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róprio cooperativismo, como se vem pratican-
do, entre nós, desapareceria, sem a assistência
e o auxílio governamental.
Acreditamos que já seja possível, no Brasil,
colher depoimentos valiosos e elucidativos, dês-
tes bravos sacerdotes, assistentes sociais, mé-
dicos, agrônomos, educadores familiares, enfim de
quantos, apóstolos e técnicos, trabalham nas Mis-
sões Rurais, nos Centros Sociais, na Ancar e
organizações semelhantes de crédito supervisio-
nado, nos Conselhos de Comunidade, sôbre a
capacidade real do nosso povo em desperta
ara êsse novo mundo da auto-determinação. Pa-
rece-nos que somente lhe falta, isto sim, prepa-
ração bastante, cada vez mais intensiva, para
sua maioridade, representando as experiências
feitas, até agora, alguns poucos oásis, num imen-
so deserto. Mas oásis que devem ser multiplica-
dos, como verdadeiras experiência-pilotô, capa-
zes de convencer aos mais céticos.
Tomemos, a propósito, o depoimento valio-
so, saber “de experiências feito”, de D. José de
Medeiros Delgado, arcebispo do Maranhão, anti-
go bispo de Caicó, antigo vigário de Campina
Grande, cuja dedicação dos problemas de ascen-
ção do povo, no sentido anti-demagógico e cristão
do têrmo, bem justificam a presidência mui-
to honrosa do Secretariado de Ação Social na
Conferencia Nacional dos Bispos. Diz sua Excia.,
em seu livro “O Homem e a Comunidade”:
“Era comum ouvir-se, até de lábios que de-
viam guardar sabedoria, que é inútil esperar o
desenvolvimento popular. Os pequeninos, sempre
massa, terão que ser, a vida inteira, tangidos.
O que urge é garantir-lhes bons governantes.
Tirá-los da mediocridade, do rudimentar, da ro-
tina é uto
ia”.
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