ba (18%), Alagoas (17%), Piauí (10%) e Mara-
nhão (10%) - situam-se acima da média da re-
qião (9%. Em termos absolutos, também essas
UF, à exceção do Maranhão, apresentam valores
acima da média (Cr$ 6.165). Em qualquer
das situações, não se dispõe de elementos que
permitam afirmar se, por exemplo, as escolas da
Paraíba (Cr$ 14.092) estão melhor equipadas do
que as do Ceará (Cr$ 3.999). Novamente aqui,
dificilmente as diferenças de custo poderiam es-
tar tão-somente captando diferenças de preços
no varejo entre as UF.
O item "Outros Custos" é o menos significa-
tivo em todos os estados, representando 4% na
média da região Nordeste.
Analisando-se o custo aluno/ano de acordo
com a localização das escolas segundo a zona a
que pertencem, urbana ou rural (Tabela II.12),
nota-se que o mesmo se apresenta bem dife-
renciado. O custo aluno/ano de uma escola pú-
blica na zona rural da região é de Cr$ 56.535 e,
na zona urbana, de Cr$ 120.464, ou seja, mais
que o dobro (2,1 vezes). Resultados bastante pa-
recidos foram encontrados nas regiões Norte e
Centro-Oeste. Na Paraíba e Rio Grande do Nor-
te, o custo aluno/ano da escola urbana é 1,4 ve-
zes o da rural; no Maranhão, 1,5 vezes; em Per-
nambuco, 1,8 vezes; no Piauí, 1,9 vezes; em Ser-
gipe, 2,0 vezes; em Alagoas, 2,3 vezes; na Bahia,
2,7 vezes; e no Ceará, 3,1 vezes, É de se esperar
que o custo aluno/ano seja realmente mais baixo
nas escolas rurais, visto que: a) pertencem, em
sua maioria, à esfera municipal, que geralmente
remunera o pessoal abaixo do que faz a adminis-
tração estadual, e b) contam com contingente
mais reduzido de pessoal não docente, já que a
maior parte das escolas é de 1 sala, dispensando,
no mais das vezes, o pessoal de apoio.
Se, na média da região, o custo/aluno ano
com pessoal das escolas urbanas chega a 4,1 ve-
zes o das rurais, no referente a material de con-
sumo e permanente, o custo é um pouco mais
elevado na zona rural. Tal fato, em relação ao
material de consumo poderia demonstrar que o
atendimento, principalmente quanto à merenda
e distribuição de material didático, estaria sendo
quase homogêneo. Porém, quando se analisa a si-
tuação por estado, o quadro já é um pouco di-
verso, apresentando, num extremo, o estado de
Alagoas onde o custo aluno/ano com material de
consumo é 1,5 vezes maior na zona urbana, e,
noutro extremo, o Rio Grande do Norte onde o
rural representa 1,7 vezes o urbano.
Com relação ao material permanente, o fato
de os custos serem bastante próximos, e até um
pouco mais elevados na zona rural (17%), não
significa que, em termos qualitativos e quantita-
tivos, haja identidade entre os materiais e equi-
pamentos utilizados nas escolas rurais e urba-
nas, visto que a qualidade dos mesmos é reco-
nhecidamente inferior nas escolas rurais. Assim,
o fato de o custo aluno/ano do material perma-
nente ser praticamente igual nas duas zonas de-
ve-se a duas razões fundamentais: a primeira, de
que o aspecto qualidade não foi considerado no
levantamento, e a segunda, talvez mais impor-
tante, de que nas escolas urbanas há uma utiliza-
ção mais intensiva desse material do que o verifi-
cado nas escolas rurais. Nestas, usualmente, ob-
serva-se menor número de turnos e menor rela-
ção aluno por salas de aula do que nas escolas ur-
banas.
Na Tabela II.12 pode-se observar uma outra
variação significativa dos custos unitários, quan-
do se analisam os dados conforme estejam as
escolas localizadas no interior ou na capital. O
custo aluno/ano em uma escola pública nas ca-
pitais da região Nordeste é, em média, 2,8 ve-
zes maior do que em escolas do interior; no Cea-
rá, 3,9 vezes; na Bahia, 3,8 vezes; em Alagoas, 3
vezes; em Pernambuco, 2,6 vezes; em Sergipe,
2,4 vezes; no Piauí, 2,1 vezes; na Paraíba, 2,0
vezes; no Rio Grande do Norte, 1,9 vezes; e ro
Maranhão, 1,6 vezes. Por seu turno, nas capitais
do Nordeste, o aluno em escola na zona urbana
custa, em média, 2,6 vezes que em escola na zo-
na rural; no interior essa média é de 1,9 vezes.
Esse custo mais elevado em escolas situadas na
capital deve ser atribuído principalmente ao fato
de os municípios da capital remunerarem me-
lhor o pessoal do que os municípios do inte-
rior.
Uma terceira variação significativa dos cus-
tos unitários por aluno na escola pública está
vinculada ao tamanho da escola, conforme apre-
sentado na Tabela II.13.
Entre as escolas urbanas, as que possuem até
4 salas têm o menor custo (Cr$ 113.337 por alu-
no/ano), seguidos pelas de 5 a 8 salas (Cr$
120.066 por aluno/ano) e, com maior custo
(Cr$ 145.796 por aluno/ano) as escolas com
mais de 8 salas. Também na zona rural as escolas
com mais de uma sala têm o custo aluno (Cr$
63.503) mais elevado que nas de 1 sala (Cr$
55.357). Parece haver, dessa forma, uma deseco-
nomia de escala, confirmando o encontrado pa-
ra o Centro-Oeste, onde uma escola quanto