A Teoria Geral de Sistemas, Gestão do Conhecimento e Educação a Distância: revisão e integração dos temas
dentro das organizações
à construção de um novo conhecimento. Essa é a dinâmica da sociedade evoluída, à qual se
voltam aquelas em processo de desenvolvimento, por isto está época é reconhecida como a
era da informação e do conhecimento.
A sociedade, ou grupos sociais, que se distancia demais dos processos evolutivos, cujo
princípio ativo é o conhecimento, tende a se tornar retardatária. Na modernidade, as
categorias de sociedades, diferenciadas pela informação e conhecimento ficam bem distintas.
Após a humanidade passar por vários séculos numa sociedade essencialmente
agrícola, os últimos duzentos anos foram dominados por um tipo de organização
social em torno da indústria. Estaríamos agora em vias de passar para o outro tipo de
organização social com novas características, novas formas de trabalho e de vida.
(TEIXEIRA FILHO, 2000, p.19).
Hoje, o destaque maior é para o conhecimento que até o fim do século XIX teve uma
evolução lenta de certo modo. Eram inúmeras as restrições às novas idéias motivadas, quase
sempre, por condicionamentos religiosos. Mas a partir do momento em que a ciência foi se
impondo ao pensamento universal, o conhecimento foi alargando seu espaço e se
reproduzindo rapidamente, conduzido pelos avanços das tecnologias da informação. A
amplitude tecnológica, desenvolvida a partir dos anos 1970, estabeleceu novos marcos,
paradigmas e modelos de organização da sociedade. Assim, produziu-se uma transposição de
época. “A modernidade, que marcou o longo período da era industrial e que produziu
costumes, modos de produção, relações sociais, tendências políticas e confrontos ideológicos,
esgotou-se com as transformações que introduziram a pós-modernidade” (VIEIRA; VIEIRA,
2004, p.80).
A gestão da informação e do conhecimento é no momento uma das fontes da
qualificação do sujeito individual e da coletividade. Por si só, informação e conhecimento não
resolvem todos os problemas da organização social, contudo, contribuem, decisivamente, para
contornar os desequilíbrios da ordem social e econômica.
Por outro lado, as organizações sociais, econômicas e culturais têm que disponibilizar
a informação e conhecimento de modo a garantir uma ordem suficientemente inteligente e
diferenciada a todos os que nela se inserem. Daí a importância fundamental dos processos de
gestão da informação e do conhecimento.
“O conhecimento, ao contrário das informações e dos dados, sempre envolve um fator
humano” (DAFT, 2002, p. 239). O fator humano é, pois, o que determina o sentido evolutivo
do conhecimento. São a mente humana, o pensamento, as estruturas cognitivas que
Revista de Ciências da Administração – v.7, n.14, jul/dez 2005 2