104
da empresa ou entidade, via e-mail, do acesso freqüente e intenso
os jornais on-line, às listas de discussão etc., mesmo quando está
fora do horário do expediente. A necessidade de estar plugado o dia
todo deixa-o estressado, mas este é o preço a ser pago por todos
aqueles que consomem e respiram informação. As preocupações do
trabalho ficam agora permanentemente armazenadas no seu
notebook e andam ao seu lado o dia todo. O celular fica
sistematicamente ligado, pois um jornalista ou um executivo de sua
empresa pode acessa-lo a qualquer momento para repercutir temas
ou marcar uma reunião de emergência a fim de solucionar crises
presentes ou futuras. Se ele tem uma empresa de assessoria, não
será jamais esquecido pelos clientes, que o acionam a qualquer hora
do dia ou da noite para compartilhar suas alegrias e frustrações.
(BUENO, 2003:55)
Nesse ponto, fica evidente, mais uma vez, os ícones trabalhados até
agora: a aceleração do desenvolvimento das tecnologias da informação, o
jornalismo digital, a digitalização da informação, o novo perfil do comunicador
de empresas e as tecnologias como bases da nova estrutura comunicacional
da empresa.
Entretanto, do mesmo modo em que estas tecnologias modificam o
modo de agir com responsabilidade social dentro de uma empresa, elas tornam
alguns itens da instituição vulneráveis, como expõe BUENO:
A vulnerabilidade de empresas e entidades, como ocorre com
pessoas, governos, etc., aumentou drasticamente, pois a velocidade
com que a informação transita pelas novas tecnologias é vertiginosa.
Até que um gestor de informação – assessor de imprensa, relações
públicas, gerente de comunicação, diretor de marketing etc. – que
esteja a serviço de uma empresa, entidade ou governo, consiga
descobrir o que se fala dela pela Web, identifique a origem da
informação e possa, se for o caso, desencadear um processo de
contra-informação, terá passado tempo suficiente para que a
reputação de seu cliente já esteja em perigo. Mesmo cumprindo
rapidamente todas estas etapas (identificação da informação e da
origem da fonte), será impossível rastrear por onde a informação terá
circulado e, portanto, anular, se é que isso é possível, os seus
efeitos. (BUENO, 2003:55)