Definiremos a patologia, o termo obesidade para Mcardle, et al (2003) se refere à
condição com gorduras excessiva que acompanha uma constelação de co-morbidades,
incluindo apenas um ou todos os seguintes componentes da síndrome dos obesos:
intolerância à glicose, resistência a insulina, dislipidemia, diabetes tipo 2, hipertensão,
concentrações plasmáticas elevadas de leptina, tecido adiposo visceral aumentado e
maior risco de doença cardíaca coronariana e de câncer. Para Fernandez, et al (2004) o
conceito de obesidade pode ser considerado como um acúmulo de tecido gorduroso,
regionalizado ou em todo corpo, causado por doenças genéticas ou endócrinas-
metabólicas ou por alterações nutricionais. Seguramente é uma doença geneticamente
determinada, de herança múltipla e de características que mostram penetrâncias
variáveis, modificada pelo meio ambiente. A antigamente chamada de obesidade exógena
ou nutricional reflete um excesso de depósitos de gordura decorrente de um balanço
positivo de energia entre a ingestão de gasto calórico.
Já para OPAS (2003), a obesidade e o excesso de peso representam risco
substancial para as doenças crônicas severas, como diabete tipo 2, doenças
cardiovasculares, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e certos tipos de câncer.
As conseqüências para a saúde variam desde um maior risco de morte prematura até
doenças crônicas graves que reduzem a qualidade de vida do indivíduo. O aumento da
incidência de obesidade infantil é especialmente perturbador.
De acordo com Fernandez, et al (2004) a obesidade exógena é responsável por
provavelmente 95% dos casos de obesidade. Os restantes 5% seriam os chamados
obesos endógenos, com causas hormonais. A obesidade pode ser explicada, nos
hiperfágicos, por alterações emocionais, culturais, regulatórios e metabólicos. A
predisposição hereditária favoreceria a instalação de um terreno propício, em ambientes
sociais obesogênicos.
A prevalência de excesso de peso e a obesidade são avaliadas pelo índice de
massa corporal (IMC) definido pelo OPAS (2003) como os quilogramas divididos pelo
quadrado da altura, em metros (kg/m²). IMCs superiores a 25kg/m² significam excesso de
peso. IMCs superiores a 30kg/m², obesidade. Já para Mcardle, et al (2003), a
classificação quando uma pessoa tem o baixo peso seu IMC é menor que 18,5 os riscos
de problemas clínicos como desnutrição. Já o peso normal é quando o IMC é igual a 18,5