como propio, dinámico, con la oportunidad de hacer ‘hablar’ a las paredes, a los
rincones, a los techos, al mobiliario”
8
(BRINNITZER, 2008, p. 18).
Se para Souza Lima (1989, p. 30) o espaço é o “pano de fundo”, a
“moldura”, para Barbosa e Horn (2001) o espaço da sala de aula vai além, é parte
integrante da ação pedagógica. Segundo elas, a organização adequada do espaço
e dos materiais disponíveis na sala de aula será fator decisivo na construção da
autonomia intelectual e social das crianças. “Na medida em que planejamos um
ambiente onde ela (a criança) possa por si só dominar seu espaço, fornecendo
instalações físicas para que com independência possa beber água, ir ao banheiro,
pegar toalhas, materiais, ter acesso a prateleiras e estantes, estamos pensando
num ambiente não somente como cenário, mas certamente como parte integrante
da ação pedagógica”. (BARBOSA; HORN, 2001, p. 76-77).
A organização do espaço da instituição infantil é parte do planejamento do
professor e, segundo Carvalho e Rubiano (2007) podem estar organizados a partir
de arranjos espaciais semi-aberto, aberto e fechado:
O arranjo semi-aberto é caracterizado pela presença de zonas
circunscritas, proporcionando à criança uma visão fácil de todo o campo
de ação, incluindo a localização do adulto e demais crianças. As crianças,
geralmente em subgrupos, ocupam preferencialmente as zonas
circunscritas, mesmo quando afastadas do adulto; em tais zonas
geralmente ocorrem interações afiliativas entre crianças. Suas
aproximações do adulto, embora menos frequentes, tendem a evocar mais
respostas deste em comparação com outros arranjos. No arranjo aberto,
há ausência de zonas circunscritas, geralmente havendo um espaço
central vazio. As interações entre as crianças são raras, as quais tendem
permanecer em volta do adulto, porém ocorrendo pouca interação com o
mesmo. No arranjo fechado há presença de barreiras físicas, por exemplo
um móvel alto, dividindo o local em duas ou mais áreas, impedindo uma
visão total da sala. As crianças tendem a permanecer em volta do adulto,
evitando áreas onde a visão do mesmo não é possível, havendo poucas
interações entre as crianças. (CARVALHO; RUBIANO, 2007, p. 118).
Neste estudo, a idéia de arranjo espacial diz respeito à maneira como
móveis e equipamentos existentes em um local posicionam-se entre si. Carvalho e
Rubiano (2007) apresentam as diferenças de arranjo espacial com a finalidade de
auxiliar o leitor a reconhecer como aspectos físicos do ambiente exercem impacto
8
“A sala tem, então, um grande valor educativo como parte do currículo que se desenvolve na
escola. O espaço da sala como lugar de ensino e de aprendizagem, mas também como lugar de
vida, de emoções, de comunicação, de sentimentos, de jogo, é um lugar para senti-lo coletivamente
como próprio, dinâmico, com a oportunidade de fazer ‘falar’ as paredes, os cantos, os tetos, o
mobiliário” (tradução minha).
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