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lático (PLA) e o poliácido glicólico (PGA) e seus copolímeros (PARK;
BRONZINO, 2003 apud STARES, 2007; PYLES, 2003).
Wei e Ma (2004) investigaram um novo compósito formado de
nanopartículas de HA incorporados em arcabouços porosos de PLLA
usando técnicas de separação de fase induzidas termicamente para o uso
na liberação de BMPs. Os mesmos demonstraram que as nanopartículas
de HA foram incorporadas com sucesso nos arcabouços de PLLA. A
incorporação das nanopartículas de HA melhorou as propriedades
mecânicas e a adsorção de proteínas.
Segundo Rossi, Weinfeld e Miranda (2005) a atrofia fisiológica
do rebordo alveolar decorrente de perdas dentárias é progressiva e
irreversível, constituindo problema de difícil solução para a
reconstrução protética e para a instalação de implantes osseointegrados.
Assim, várias soluções têm sido propostas para reconstrução do osso
perdido, como o uso de enxertos ósseos autógenos, substitutos ósseos
alógenos, enxertos xenógenos, enxertos aloplásticos, regeneração óssea
guiada, distração osteogênica, fatores de crescimento e combinações
dessas alternativas. Estudos clínicos e experimentais prévios
demonstraram a eficácia da osteointegração entre tecido ósseo do
hospedeiro e o tecido ósseo enxertado em cirurgias maxilofaciais em
humanos, em coelhos, em cães, em ratos e em macacos. Dentre os vários
materiais existentes de origem bovina, o “cone alveolar” é considerado
um material de enxerto xenógeno anorgânico com propriedades
osteocondutoras, que funcionaria como um arcabouço para permitir o
crescimento de capilares, de tecido perivascular e de células
osteoprogenitoras oriundas do leito receptor 5, sendo indicado na
preservação da dimensão óssea da crista alveolar para uma posterior
reabilitação com implantes osseointegrados.
Com o objetivo de acelerar a cura de um defeito pode-se cultivar
células ósseas sobre o suporte de biomaterial, sem que seja preciso,
assim, esperar o tempo de migração de células osteoblásticas na região
de implante. Além disso, deve apresentar propriedades mecânicas
similares ao tecido ósseo, ser osteoindutivo e osteocondutivo a fim de
sustentar e induzir a formação de um neotecido ósseo e osteointegrativo
para que haja uma boa fixação biológica do suporte com o osso
(LEONG; JIANG; LU, 2006).
A obtenção de um biomaterial que atraia interesse para ser usado
como substituto ósseo deve ter características tais como, gerar uma
resposta inflamatória mínima (biocompatibilidade) e ser degradado pelo
organismo (biodegradabilidade) (KUMARASURIYAR et al., 2005).