50
Balestrin e Verschoore (2008) apresentam uma relação de ganhos competitivos
adquiridos pelas empresas a partir das redes de cooperação, em que se identifica também o
foco da aprendizagem coletiva presente no estudo, conforme quadro 2.
Ganhos
Competitivos
Definição Benefícios para os associados
Maior escala e
poder de mercado
Benefícios obtidos em decorrência
do crescimento do número de
associados da rede. Quanto maior o
número de empresas, maior a
capacidade da rede de obter ganhos
de escala e poder de mercado.
Poder de barganha, relações
comerciais amplas,
representatividade, credibilidade,
legitimidade, força de mercado.
Geração de soluções
coletivas
Os serviços, os produtos e a infra-
estrutura disponibilizados pela rede
para o desenvolvimento dos seus
associados.
Capacitação, consultoria
empresarial, marketing
compartilhado, prospecção de
oportunidades, garantia ao crédito,
inclusão digital, estruturas de
comercialização.
Redução de custos e
riscos
A vantagem de dividir entre os
associados os custos e riscos de
determinadas ações e investimentos
Que são comuns aos participantes.
Atividades compartilhadas,
confiança em novos investimentos,
complementaridade facilidade
transacional, produtividade.
Acúmulo de capital
social
Diz respeito ao aprofundamento das
relações entre os indivíduos, ao
crescimento da sensação de
pertencer ao grupo, à evolução das
relações sociais, além daquelas
puramente econômicas.
Limitação do oportunismo,
ampliação confiança, laços
familiares, reciprocidade, coesão
interna.
Aprendizagem
coletiva
A socialização de conhecimentos
entre os associados e o acesso a
conhecimentos externos fortalecem
o processo de aprendizagem
coletiva entre as empresas da rede.
Socialização de informações e
experiências, acesso a novos
conhecimentos externos.
benchmarking interno e externo.
Inovação
colaborativa
As ações de cunho inovador
desenvolvidas em conjunto por
empresas, centros de pesquisa e
demais agentes, por meio de um
modelo de inovação aberto,
integrado e em rede.
Novos produtos e serviços, adoção
de novas práticas organizacionais,
acesso a novos mercados e
desenvolvimento de novos modelos
de negócios.
Quadro 2 – Ganhos competitivos das redes de cooperação
Fonte: Balestrin e Verschoore (2008, p. 120).
Porter (1999) argumenta que as empresas organizadas em redes de cooperação
apresentam excelentes condições para a competitividade. Além de outras vantagens, uma rede
tem a capacidade de acumular grande quantidade de informações dos mais diversos tipos,
com acesso preferencial garantido pela inter-relação de seus membros. Os relacionamentos
pessoais e os laços com a comunidade também promovem a confiança e facilitam o fluxo de
informações, sendo este último um fator altamente enriquecedor para a integração da
informação em novos conhecimentos.