Experimentalmente, vários hospedeiros foram submetidos à infestação
por larvas de D. hominis: cães (NEIVA e GOMES, 1917), humanos (DUNN, 1930),
cobaias (NEEL et al., 1955), coelhos (LELLO, MOTA, PERAÇOLI, 1980; LELLO e
BOULARD, 1990; LELLO e PERAÇOLI, 1993), bovinos (OLIVEIRA-SEQUEIRA et
al., 1996; SANCHO, CABALLERO, RUÍZ-MARTINEZ, 1996), ratos (JOBSEN e
MOURIER, 1972; DE FILIPPIS e LEITE, 1997; EVANGELISTA e LEITE, 2005,
GONÇALVES et al., 2007) e camundongos (LELLO e ROSIS, 2003).
Quanto à resposta imunológica, os primeiros estudos foram realizados em
coelhos (MOTA, PERAÇOLI, LELLO, 1980; PERAÇOLI, LELLO, MOTA, 1980), cuja
imunização com macerado total de larvas (L
1
+ L
3
) de D. hominis induziram a
produção de anticorpos circulantes (não identificadas). Outros estudos também
utilizando coelhos imunizados (LELLO e BOULARD, 1990), através de macerado
total de L
1
, L
2
e L
3
, foram observados níveis elevados de anticorpos (não identificada
a imunoglobulina) contra os antígenos das larvas. Estes animais, subsequentemente
infestados, permaneceram com altas titulações de anticorpos que decresceram logo
após a saída da larva.
A presença de imunoglobulinas M (IgM) e imunoglobulinas G (IgG) foram
detectadas em tecidos cutâneos de bovinos, que já haviam sido parasitados
naturalmente por D. hominis (OLIVEIRA-SEQUEIRA et al., 1996) e os animais,
quando experimentalmente infestados, tanto IgM como IgG estavam presentes nos
tecidos da reação inflamatória, sendo encontrada IgG aos 1, 2, 7 dias pós-
-infestação (dpi) um fato associado a miíase primária (natural) dos bovinos.
Sob o enfoque imune-celular, coelhos previamente imunizados com
extratos (macerado total de L
1
, L
2
e L
3
) de D. hominis e subsequentemente
infestados, evidenciavam, no local da miíase, uma infiltração de eosinófilos (LELLO
et al.,1980). Grogan et al. (1987) estudando um caso de miíase por D. hominis, em
indivíduo humano, revelou nos tecidos lesados: infiltrado de linfoblastos, eosinófilos,
fibroblastos ativados, histiócitos maduros, mastócitos e células plasmáticas, que
indicou haver uma resposta imunológica complexa do hospedeiro. Também usando
coelhos imunizados com macerado total (L
2
ou L
3
) e posteriormente infestados por
D. hominis (LELLO e PERAÇOLI, 1993), foi demonstrado que os animais
imunizados desenvolveram uma resposta imunológica mais rápida, em função do
grande infiltrado celular da pele, do que em coelhos apenas infestados. Oliveira-
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