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A contribuição do valor de uso médio por categoria revela que a categoria
veterinária tem a maior média de uso (0,96), seguida por forragem (0,67), medicinal
(0,56), construção e outros (ambas com 0,54), tecnologia (0,50), combustível (0,48), e
por último alimentação com 0,30. Apesar dessas diferenças, o teste de Kruskal-Wallis
mostrou não serem as mesmas significativas. Provavelmente, esse fato se deve a
presença das espécies com maior valor de uso em todas as categorias, o que
homogeneizou os dados (Tabela 6).
As famílias que apresentaram maiores valores para a freqüência relativa, na área
distante da comunidade, foram Caesalpiniaceae e Euphorbiaceae (ambas com 12,72) e
Mimosaceae com 12,21. Na área adjacente, a família Mimosaceae e Solanaceae, ambas
com 12,01, foram as mais freqüentes, seguidas por Malpighiaceae (11,76) e
Caesalpiniaceae (11,52). Porém as famílias com maior valor de uso foram
Anacardiaceae (1,62) e Rhamnaceae (0,81) (Tabela 4). Combinando o valor de uso com
o valor de importância para fazer o ordenamento das famílias, observou-se que as
famílias com maior valor de uso permaneceram em destaque. Contudo, famílias como a
Euphorbiaceae se destacaram neste ordenamento, e famílias com alto valor de uso,
como a Rhamnaceae, ficaram em posição inferior (Tabela 4). Não há correlação entre o
valor de uso de uma família e o seu índice de valor de importância. A combinação do
valor de uso com o valor de importância, mostrou-se interessante uma vez que, para
ambas as áreas, verificou-se uma expressiva e significativa correlação entre a ordenação
das espécies pelo seu valor de uso e pelo índice combinado (VU x VI) (área distante: r =
0,66, p< 0,01; área adjacente: r = 0,75, p< 0,001), como também, entre o índice
combinado e valor de importância (área distante: r = 0,69, p< 0,001; área adjacente: r =
0,72, p = 0,001).