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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JANAINA LOPES SCHMITZ
DO CURRÍCULO AOS EXAMES NACIONAIS: UMA ANÁLISE DA ADERÊNCIA
DO CURRÍCULO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UFSC ÀS
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, AO ENADE E AO EXAME DE
SUFICIÊNCIA DO CFC.
FLORIANÓPOLIS - SC
2008
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JANAINA LOPES SCHMITZ
DO CURRÍCULO AOS EXAMES NACIONAIS: UMA ANÁLISE DA ADERÊNCIA
DO CURRÍCULO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UFSC ÀS
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, AO ENADE E AO EXAME DE
SUFICIÊNCIA DO CFC.
Dissertação apresentada como requisito à
obtenção do grau de Mestre em Ciências
Contábeis, Curso de Mestrado Acadêmico em
Ciências Contábeis, Linha de Pesquisa:
Ensino e Pesquisa em Contabilidade.
Orientadora: Profª. Bernadete Limongi, Drª.
FLORIANÓPOLIS - SC
2008
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Ficha Catalográfica
Elaborada pela Bibliotecária Eleonora M. F. Vieira – CRB – 14/786
S348d Schmitz, Janaina Lopes
Do currículo aos exames nacionais: uma análise da aderência do
currículo do curso de ciências contábeis da UFSC às diretrizes
curriculares nacionais, ao ENADE e ao exame de suficiência do CFC /
Janaina Lopes Schmitz. – Florianópolis, 2008.
258p.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa
Catarina. Programa de Pós-Graduação em Contabilidade.
1. Avaliação. 2. Currículo. 3. Projeto Político-Pedagógico. 4.
Resolução 10/04 CNE/CES. 5. ENADE. 6. Exame de Suficiência. I.
Título.
CDU 371.214
.
JANAINA LOPES SCHMITZ
DO CURRÍCULO AOS EXAMES NACIONAIS: UMA ANÁLISE DA
ADERÊNCIA DO CURRÍCULO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA
UFSC ÀS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, AO ENADE E AO
EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC.
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em
Contabilidade no Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 4 de julho de 2008.
Prof
ª
. Sandra Rolim Ensslin, Drª.
Coordenadora do Mestrado
Apresentada à Comissão Examinadora, integrada pelos professores:
Profª. Bernadete Limongi, Drª.
Orientadora
Prof. Dilvo Ilvo Ristoff, Dr.
Membro Externo
Prof. Marcos Laffin, Dr.
Membro Interno
À minha família e amigos, que me
deram força para que eu me dedicasse
ao mestrado.
AGRADECIMENTOS
O mestrado foi um grande desafio e exigiu muita motivação, trabalho e
dedicação. Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, que me iluminou em todos
os momento de minha vida.
Reforço o agradecimento aos meus pais e familiares e incluo, de forma
especial, meu esposo, Leandro, e os meus irmãos Grasiela e Wilson Junior.
Obrigado por seu suporte, apoio e carinho. Dentre os familiares também
gostaria de citar minhas tias, Claudete e Marta, minha sogra Sandra e meu
sogro Moisés que sempre me confortaram com palavras de motivação e
carinho.
Agradeço à orientadora deste estudo, Profª. Drª. Bernadete Limongi,
por compartilhar comigo sua sabedoria e sua atenção especial. Além disso,
agradeço aos professores do programa de Mestrado em Ciências Contábeis
da UFSC, enfatizando a ajuda dos professores doutores Marcos Laffin e
Eleonora Milano Falcão Vieira.
Para finalizar, não posso deixar de citar meus amigos e colegas,
companheiros de caminhada, de forma muito especial Andréia Terezinha
Faria, Deisy Cristina Corrêa Igarashi, Juliana Fernandes, Taís Mazzola e Vera
Brotti.
Agradeço novamente a Deus, pelo privilégio de contar com tantas
pessoas especiais em minha vida.
RESUMO
Os avanços e transformações que a sociedade atual vem sofrendo geraram a
necessidade de pessoas cada vez mais qualificadas para o mercado de
trabalho. Essa necessidade teve influência na educação fazendo com que
surgissem muitas Instituições de Ensino Superior e, conseqüentemente, o
aumento do número de cursos ofertados, proporcionado um número cada vez
maior de profissionais com nível superior. Com esse novo cenário o Ministério
da Educação teve que estabelecer fiscalizações que possam garantir a
qualidade da educação proporcionada pelas Instituições de Ensino Superior.
Os sistemas de avaliação desenvolvidos pelo Ministério da Educação
procuram avaliar as Instituições de Ensino Superior de diversas formas, com o
objetivo de normatizar essas Instituições e garantir a qualidade do ensino. As
Instituições de Ensino Superior sofrem dois tipos de avaliação propostos pelo
MEC, a avaliação interna e a avaliação externa. Esta pesquisa deteve-se nas
avaliações externas que o aplicadas aos alunos do curso de graduação em
Ciências Contábeis da UFSC, sendo elas o ENADE, aplicado pelo INEP e o
Exame de Suficiência, aplicado pelo CFC. Esses exames buscam verificar os
conhecimentos, capacidades e habilidades desenvolvidos pelos alunos no
curso de graduação em Ciências Contábeis. Entendendo-se que o currículo
do curso de graduação em Ciências Contábeis determina aquilo que é
necessário estudar para desenvolver as aptidões necessárias para o exercício
da profissão contábil com competência e ética, objetivou-se verificar a
aderência do currículo do CCN-UFSC às exigências da Resolução 10/04
CNE/CES, por meio da sua análise/correlação com as questões das provas
do ENADE e CFC. Para atingir esse objetivo, apresentaram-se inicialmente
elementos teóricos, da literatura pertinente, para agregar conhecimentos
necessários ao desenvolvimento do trabalho. O referencial teórico apresenta
o surgimento e a evolução dos sistemas de avaliação da educação superior;
fornece também informações sobre currículo e as diretrizes para a elaboração
dos currículos de graduação dos cursos de Ciências Contábeis bem como a
legislação pertinente a esse tema. Constituiu-se então uma verificação dos
requisitos dos Exames de Suficiência, ENADE, do Projeto Político-
Pedagógico CCN-UFSC e do Currículo do CCN-UFSC. A seguir foi feita uma
análise comparativa entre os conteúdos do ENADE e os conteúdos dos
Exames de Suficiência, seguida de uma análise comparativa do ENADE com
os conteúdos contemplados no currículo CCN-UFSC e, por fim, a análise
comparativa dos conteúdos dos Exames de Suficiência com o currículo CCN-
UFSC. Quanto aos objetivos que pretende alcançar, o presente trabalho é
realizado através de uma pesquisa exploratória e descritiva. E quanto à
abordagem é qualitativo e quantitativo. Com base na análise pode-se concluir
que o Currículo CCN-UFSC atende às exigências legais e também às
exigências dos Exames de Suficiência e do ENADE, contemplando
conhecimentos necessários para que o aluno possa desenvolver-se tanto na
área acadêmica quanto profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação; Currículo; Projeto Político-Pedagógico;
Resolução 10/04 CNE/CES; ENADE; Exame de Suficiência.
ABSTRACT
The increasing transformations and advances of society led to the
necessity of more qualified people in the job market. Such necessity
influenced education and increased the number of colleges, universities and
courses. In this new scenario the Ministry of Education had to adopt measures
to guarantee the good quality of undergraduate education in Brazil. The
evaluation systems developed by the Ministry of Education (MEC) aim at
evaluating undergraduate schools in different ways, so as to impose certain
rules and guarantee the quality of their teaching. The undergraduate
institutions have to submit to two types of evaluation proposed by MEC, one
internal and another external. The present research approaches two external
forms of evaluation applied to the accounting undergraduate course students
of the Federal University of Santa Catarina- UFSC. One of them is ENADE,
applied by INEP (MEC), and the other is the Ability Exam (Exame de
Suficiência) applied by CFC (Federal Council of Accounting). The two exams
aim at verifying the knowledge, abilities and capacity developed by the
undergraduate accounting course students. Keeping in mind that the
undergraduate accounting course curriculum should dictate what is necessary
to study and develop in order to be a competent and ethical accountant, the
aim of the present work was to verify the adherence of the CCN-UFSC
curriculum to the demands specified by the Resolution 10/04 CNE/ CES,
through the analysis/correlation with the questions of ENADE and CFC
examinations. In order to attain the objective proposed, first a theoretical
panorama concerned with the beginning and evolution of undergraduate
courses evaluation is presented, together with some information on curriculum
and legal resolutions related to it. Then an instrument was built in order to
verify the requirements demanded by the Ability Exam, ENADE, the Political-
Pedagogical CCN-UFSC Project and CCN-UFSC curriculum. A comparative
analysis of the above mentioned requirements was undertaken, first between
the contents of ENADE and those of the Ability Exam, then between the
contents of ENADE and of CCN-UFSC curriculum, and finally, between the
contents of the Ability Exams and CCN-UFSC curriculum. In what concerns
methodology, the present work followed an exploratory and descriptive type of
research which was both qualitative and quantitative. Based upon the
analyses undertaken the conclusion was that CCN-UFSC curriculum is in
accordance with the legal demands as well as with the demands of ENADE
and of the Ability Exams, offering the students the possibility of acquiring the
necessary knowledge to develop themselves both academically and
professionally.
Key-words: Evaluation. Curriculum. Political-Pedagogical Project. Resolution
10/04 CNE/CES. ENADE. Ability Exam.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – O processo científico e sistêmico da avaliação ............................. 26
Figura 2 – Matriz orientadora ......................................................................... 43
Figura 3 – Currículo CCN-UFSC – Disciplinas Obrigatórias .......................... 58
Figura 4 – Currículo 1994.1 CCN-UFSC – Disciplinas Optativas ................... 59
Figura 5 – Currículo 2006.1 CCN-UFSC – Disciplinas Optativas ................... 60
Figura 6 – ENADE/2006 ................................................................................. 81
Figura 7 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2002/I ....... 85
Figura 8 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2002/II ...... 86
Figura 9 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2003/I ....... 87
Figura 10 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2003/II .... 88
Figura 11 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2004/I ..... 89
Figura 12 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2004/II .... 90
Figura 13 Comparação da distribuição das questões dos Exames de
Suficiência, do ENADE e as disciplinas obrigatórias do currículo CCN-
UFSC. ..................................................................................................... 99
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Distribuição das questões do Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes - ENADE ........................................................................ 80
Tabela 2 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência .................... 83
Tabela 3 Comparação entre a distribuição das questões do ENADE e a
média dos Exames de Suficiência. ......................................................... 93
Tabela 4 Comparação entre a distribuição das questões do ENADE com as
médias dos Exames de Suficiência e as Disciplinas Obrigatórias do
Currículo CCN-UFSC. ............................................................................. 98
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Funções da Avaliação ................................................................. 28
Quadro 2 – Roteiro para o processo de avaliação institucional ..................... 39
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRUEM Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e
Municipais
ACG – Avaliação dos Cursos de Graduação
ANDES – Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior
ANDIFES Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CCN – Departamento de Ciências Contábeis
CEA – Comissão Especial de Avaliação
CES – Câmara de Educação Superior
CFC – Conselho Federal de Contabilidade
CNE – Conselho Nacional de Educação
CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
ENADE – Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes
ENC – Exame Nacional de Cursos
Funpesquisa – Fundo de Incentivo à Pesquisa
IES – Instituição de Ensino Superior
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC - Ministério da Educação
PAIUB – Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras
PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional
PET – Programa de Educação Tutorial
PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PNE – Plano Nacional de Educação
PPI – Projeto Pedagógico Institucional
PPP – Projeto Político-Pedagógico
PREG – Pró-Reitoria de Ensino de Graduação
QSE – Questionário Socioeconômico
SCIELO – Scientific Electronic Library Online
SESu – Secretaria de Ensino Superior
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
1.1 TEMA ................................................................................................................ 18
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................... 18
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................ 18
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................ 18
1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 18
1.4 HIPÓTESES ..................................................................................................... 19
1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ........................................................................... 19
1.6 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ............................................................................. 20
1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ......................................................................... 21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 23
2.1 AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 23
2.2 SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ............. 36
2.3 AVALIAÇÃO EXTERNA ................................................................................... 41
2.3.1 Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes ........................................ 45
2.3.2 Exame de Suficiência .................................................................................... 49
2.4 CURRÍCULO .................................................................................................... 51
2.4.1 Resolução nº 10/04 – CNE/CES ................................................................... 54
2.4.2 O Currículo CCN-UFSC ................................................................................. 56
3 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ................................................................. 63
3.1 O PROJETO-POLÍTICO PEDAGÓGICO CCN-UFSC ...................................... 65
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 70
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA .................................................. 75
5.1 ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DO ENADE ...................................................... 75
5.2 ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DO EXAME DE SUFICIÊNCIA - CFC .............. 82
5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS CONTEÚDOS DO ENADE E OS EXAMES
DE SUFICIÊNCIA – CFC .......................................................................................... 92
5.4 COMPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS DO ENADE COM O CURRÍCULO
CCN-UFSC ............................................................................................................... 95
5.5 COMPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS DOS EXAMES DE SUFICIÊNCIA
CFC COM O CURRÍCULO CCN-UFSC .................................................................... 96
5.6 RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES DE MELHORIA ................................ 100
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 103
6.1 RECOMENDAÇÕES ...................................................................................... 104
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 106
ANEXO 1: ENADE 2006 ......................................................................................... 110
ANEXO 2: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2002/I ......................................................... 111
ANEXO 3: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2002/II ........................................................ 112
ANEXO 4: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2003/I ......................................................... 113
ANEXO 5: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2003/II ........................................................ 114
ANEXO 6: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2004/I ......................................................... 115
ANEXO 7: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2004/II ........................................................ 116
16
1 INTRODUÇÃO
As avaliações surgiram com o objetivo de qualificar. Dias Sobrinho (2003, p.
15) afirma que “há mais de 2 mil anos a China fazia exames de seleção para
serviços públicos e a velha Grécia praticava a docimasia, que consistia numa
verificação das aptidões morais daqueles que se candidatavam a funções públicas”.
Nesta citação Dias Sobrinho evidencia que as avaliações eram, naquela época,
utilizadas por órgãos públicos para a seleção de funcionários.
Na academia, de acordo com Limongi (2006), “o processo de avaliação está
intimamente relacionado com o processo de aprendizagem”. Ou seja, é através da
avaliação que se pode obter informações quanto ao desempenho, aprendizagem e
habilidades do aprendiz.
De acordo com Dias Sobrinho (2003, p. 13),
Nos últimos quarenta anos, na esteira dos programas de bem-estar em
larga escala aplicados, sobretudo nos países centrais e, em seguida, em
grande parte em função das graves restrições econômicas no Norte e no
Sul, a avaliação adquiriu dimensões de enorme importância na agenda
política dos governos, organismos e agências dedicadas à estruturação e à
gestão do setor público e particularmente da educação.
A avaliação institucional da educação superior tornou-se mais premente
quando começaram a surgir muitas ofertas de cursos superiores e a sociedade
precisou assegurar-se de que o Estado estava cumprindo um de seus deveres
fundamentais que é garantir educação superior de qualidade à população.
O papel essencial da avaliação institucional, segundo Tyler (apud Dias
Sobrinho 2003, p. 19), “é averiguar até que ponto os objetivos educacionais traçados
estão sendo alcançados pelo currículo e pelas práticas pedagógicas, ou seja, a
determinação do grau em que mudanças comportamentais estão ocorrendo”.
Assim, tanto as escolas de ensino superior públicas como as particulares e
comunitárias passaram a ser avaliadas para garantir um mínimo de qualificação aos
que por elas são formados.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) veio
atender tal necessidade. A proposta do SINAES (2004, p. 84) “busca assegurar,
entre outras coisas, a integração das dimensões internas e externas, particular e
global, somativa e formativa, quantitativa e qualitativa e os diversos objetos e
objetivos da avaliação”.
De acordo com Polidori (2006, p. 6), “o SINAES busca avaliar três
17
componentes como forma de atingir as instituições de ensino superior em sua
totalidade: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos
estudantes”.
A avaliação institucional é uma avaliação que fornece informações relevantes
que podem auxiliar a instituição a satisfazer diversas necessidades. De acordo com
o SINAES (2004, p. 102), “a avaliação institucional poderá ajudar a instituição a
identificar seus aspectos mais fortes, suas carências setoriais e necessidades
gerais, definir as prioridades institucionais mais importantes, e elaborar as ações
para efetivo desenvolvimento institucional”.
A avaliação institucional tanto pode ser interna como externa e Dias Sobrinho
acredita que elas se completam. Para o referido autor (2002, p. 91), “a avaliação
interna comporta a auto-avaliação (os sujeitos se avaliam) e a hetero-avaliação (os
sujeitos avaliam os outros, pares ou não, as estruturas e relações)”.
Além da avaliação feita pelo SINAES, denominada Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE), os estudantes de Ciências Contábeis
realizam outro exame que busca avaliar a competência técnica adquirida no curso.
Essa avaliação é realizada pelo órgão de classe, o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), por meio do Exame de Suficiência.
1
As instituições de ensino superior que oferecem o curso de Ciências
Contábeis, bem como outros cursos, devem estabelecer e organizar seus currículos
observando conteúdos que sejam relevantes para a formação do estudante. E a
avaliação, segundo Tyler (1978, p. 97), “é também uma operação importante no
desenvolvimento do currículo”, pois ela contribui para a sua elaboração e
aperfeiçoamento, evidenciando pontos que devem ser melhorados e outros que são
satisfatórios.
Ristoff (1999, p. 35) acredita que a “qualidade da universidade brasileira
depende de um programa de avaliação teoricamente consistente e
democraticamente construído...”.
Pode-se observar que existe uma relevante preocupação quanto à qualidade
do ensino superior e à importância de se estruturar um sistema de avaliação que
1
Embora suspenso atualmente, este exame deverá ser restabelecido, existindo já projeto de lei neste
sentido.
18
possa garantir essa qualidade.
1.1 TEMA
O tema desta pesquisa está centralizado na avaliação do currículo do curso
de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (CCN-UFSC)
frente ao ENADE e ao Exame de Suficiência do CFC.
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O problema do presente trabalho pode ser resumido na seguinte questão: de
que modo o currículo do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da UFSC
atende aos parâmetros estabelecidos pelo ENADE e pelo CFC?
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA
A pesquisa apresenta um objetivo geral que se procura atingir através de
objetivos específicos.
1.3.1 Objetivo geral
Comparar a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes relativa
ao curso de Ciências Contábeis (ENADE) com a prova do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) e verificar a aderência do currículo do curso de Ciências
Contábeis da UFSC às exigências da Resolução 10/2004 CNE/CES por meio da sua
análise e correlação com as questões das provas do ENADE e do CFC.
1.3.2 Objetivos específicos
Dentro do escopo definido para este trabalho, apresentam-se os seguintes
objetivos específicos:
a) Apresentar o referencial teórico em relação à avaliação e temas pertinentes
tais como: SINAES, ENADE, Avaliação CFC, Currículo, parâmetros
curriculares do curso de Ciências Contábeis estabelecidos pela Resolução
10/2004 CNE/CES;
19
b) Apresentar, discutir e comparar o ferramental (prova do ENADE relativa ao
curso de Ciências Contábeis e Exames de Suficiência do CFC);
c) Verificar se o currículo do CCN UFSC atende aos requisitos de avaliação
propostos pelo ENADE e CFC (avaliações acadêmica e profissional).
1.4 HIPÓTESES
h1 - o ENADE atendeu aos parâmetros curriculares estabelecidos pela
Resolução 10/2004 CNE/CES;
h2 - O currículo do CCN UFSC atende aos requisitos de avaliação
propostos pelo ENADE;
h3 - O currículo do CCN UFSC atende aos requisitos de avaliação
propostos pelo CFC;
h4 - semelhanças e diferenças entre os requisitos das duas avaliações
(CFC e ENADE).
1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
A pesquisa limitar-se-á aos seguintes itens:
a) O referencial teórico apresentando limitou-se a atender aos objetivos
propostos, organizado de forma a esclarecer e aprofundar conhecimentos
sobre os temas que o trabalho envolve;
b) O referencial teórico, no que tange aos sistemas de avaliação, deu atenção
às normas mais recentes publicadas, não apresentando uma revisão
exaustiva do tema;
c) Escolheram-se para análise os Exames de Suficiência realizados em 2002/I,
2002/II, 2003/I, 2003/II, 2004/I e 2004/II;
d) É analisado apenas um exame do ENADE, por ter sido aplicado apenas um
no curso de graduação em Ciências Contábeis;
e) A análise do currículo CCN-UFSC é feita para averiguar se o mesmo está de
acordo com a Resolução nº 10/04 - CNE/CES;
f) A análise comparativa é feita somente entre o ENADE, Exames de
Suficiência e currículo CCN-UFSC.
20
1.6 RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Vista a atual situação em que se encontra a educação superior, com o
constante surgimento de novas instituições de ensino e, conseqüentemente, o
crescente número de pessoas formadas em nível superior, surgiu a necessidade de
avaliar a qualidade e o desempenho dessas instituições e das pessoas que estão se
graduando. Tal necessidade surgiu tanto no âmbito acadêmico quanto no âmbito
profissional.
O Ministério da Educação, com o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (SINAES), aplica atualmente a avaliação denominada Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), que é uma das avaliações
externas. O SINAES tem como objetivo, de acordo com o artigo da lei nº.
10.861/04, “assegurar o processo nacional de avaliação das instituições de
educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus
estudantes”.
no âmbito profissional o Conselho Federal de Contabilidade desenvolveu o
Exame de Suficiência. O Exame de Suficiência visa ao atendimento de um nível
mínimo de conhecimentos necessários ao bom desempenho das atribuições do
Contabilista. De acordo com o artigo da resolução do CFC nº. 853/99, o “Exame
de Suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de
conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no
curso de bacharelado em Ciências Contábeis e no Curso de Técnico em
Contabilidade”.
Ambas as avaliações buscam assegurar a qualidade da educação e do
profissional que se forma na educação superior.
Pode-se inferir que a relevância e a atualidade desta pesquisa o
destacadas por Dias Sobrinho (2002, p. 99) quando afirma que “a avaliação
institucional é, hoje, em grande parte pelo impulso do Programa de Avaliação
Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), uma das áreas de conhecimento
e de produção teórica mais férteis no âmbito da educação superior”.
A presente pesquisa procurará verificar se o ENADE atendeu aos parâmetros
curriculares estabelecidos pela Resolução 10/2004 CNE/CES, se o currículo do CCN
– UFSC atende aos requisitos de avaliação propostos pelo ENADE, se o currículo do
21
CCN – UFSC atende aos requisitos de avaliação propostos pelo CFC e, também, se
semelhanças e diferenças entre os requisitos das duas avaliações (CFC e
ENADE).
A presente pesquisa deverá contribuir também para o aprimoramento
pedagógico do Departamento de Ciência Contábeis da Universidade Federal de
Santa Catarina, como referencial documental e bibliográfico, e satisfazer o interesse
pessoal da pesquisadora.
1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO
Para atender aos objetivos da pesquisa, a estrutura do trabalho apresenta,
após esta introdução, quatro capítulos: fundamentação teórica, projeto político-
pedagógico, método e técnicas da pesquisa, e descrição e análise do estudo,
seguidos das considerações finais e referências.
Na introdução são apresentados: tema, problema, objetivos, justificativa e
metodologia da pesquisa.
A fundamentação teórica apresenta um relato sobre a conceituação de
avaliação, abordando enfoques internos e externos. Em seguida, ainda no mesmo
capítulo, fala-se sobre o Sistema de Avaliação da Educação Superior (SINAES),
sobre avaliação externa e, dentro dela, do Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes (ENADE) e do Exame de Suficiência do Conselho Federal de
Contabilidade. O capítulo encerra discorrendo sobre a Resolução nº. 10/04
CNE/CES e também sobre o currículo do CCN – UFSC.
No capítulo seguinte são abordados temas relativos ao projeto político-
pedagógico.
O quarto capítulo apresenta a metodologia e as técnicas de pesquisa que
nortearam o levantamento e a análise de dados.
Em seguida, no quinto capítulo, apresentam-se os resultados da pesquisa, de
acordo com os objetivos propostos. Inicia-se pela análise das provas do ENADE e
do CFC quanto à sua forma e conteúdos, para depois compará-las entre si e em
relação às diretrizes curriculares estabelecidas pela Resolução nº. 10/04
CNE/CES. Por fim são os dois exames comparados com o currículo CCN UFSC,
encerrando-se o capítulo com recomendações de possíveis melhorias.
22
Encerra-se o trabalho com a apresentação das considerações finais e
recomendações para trabalhos futuros.
Por fim, são relacionadas as referências utilizadas no trabalho.
23
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AVALIAÇÃO
Provavelmente desde o surgimento do homem existe a avaliação, pois a
utilizamos para fazer escolhas, para tomar decisões, para atribuir valor a alguma
coisa e até mesmo para aquilatar o valor do intangível. A avaliação pode ser
utilizada para diversas finalidades, áreas e entidades.
Para mostrar quanto tempo a avaliação vem sendo utilizada pelo homem
Dias Sobrinho (2002, p. 124) relata que “já muito antes da era cristã a avaliação
servia a propósitos de seleção de indivíduos de determinadas corporações para
ocupação de lugares e exercício de funções específicas no sistema de serviços
público”.
Inicialmente, quando surgiu, a avaliação era utilizada para se fazer escolhas.
Mesmo no nosso dia-a-dia fazemos uso da avaliação para classificar, escolher e
tomar decisões, como por exemplo, ao pesquisar preços ou produtos quando vamos
ao supermercado, ou então escolher que roupa vestir para ir ao trabalho ou a uma
entrevista.
A utilização da avaliação pelos sistemas educacionais é recente. De acordo
com Dias Sobrinho (200, p. 124),
Não é muita antiga a prática de testes e exames escritos com a finalidade
de averiguação de conhecimentos. As primeiras práticas avaliativas
promovidas pelas universidades medievais eram feitas apenas como
exercícios orais, e não escritos. A pedagogia jesuíta posteriormente
desenvolveu bastante esse tipo de competição oral, de caráter emulativo e
qualitativo, como privilegiada técnica psicológica. O sistema de exames e
sua representação através de notas, a notação, é uma prática que surge
com a institucionalização das escolas modernas.
Após a revolução industrial, a avaliação começou a ser utilizada pelos
sistemas educacionais para avaliação de seus alunos. No começo, o processo era
basicamente o de “correção dos deveres dos alunos e atribuição de notas” (Dias
Sobrinho 2002, p. 125). Surgiu assim a avaliação que mede o conhecimento do
aluno e atribui a ele uma nota ou conceito.
Com relação à evolução e ao novo papel da avaliação, Dias Sobrinho (2002,
p. 126) aponta que
Nestes últimos cem anos, a avaliação se institucionaliza como uma
complexa área de práticas, instrumentos, teorias e de profissionais,
24
cumprindo funções educacionais, mas também sociais e políticas de grande
alcance. É precisamente nessa relação entre os diversos níveis de ensino
institucionalizado a partir do século XVIII e a vida social e econômica cada
vez mais complexa que a avaliação vai exercer um papel de grande peso e
importância.
A avaliação é um tema muito discutido e ela vem apresentando uma evolução
constante ao passar dos anos por ter muitas funções e por atender à necessidade
de diversos públicos.
A avaliação pode ser conceituada de forma simples, como a análise de uma
determinada coisa (informações, indivíduos, ações, entre outros) para alcançar um
objetivo específico, que irá suprir uma necessidade do avaliador. A avaliação leva o
avaliador a ter um diagnóstico, ou seja, evidencia a situação de alguma coisa.
Hadji (2001, p. 11) ensina que “a avaliação é sempre algo diferente de uma
pura e simples medida científica; o ato de avaliar é um ato de confronto, de
correlação que, em grande parte, implica “arranjos” e é o fruto de “negociações””.
O pensamento de Hadji expõe o sentido mais profundo de avaliação, ou seja,
a avaliação não é apenas uma simples medição, vai além quando assume o papel
de produzir e fornecer informações que levam os envolvidos a ter a possibilidade de
tomar decisões.
Ristoff (1999, p. 44) acredita que “o processo de avaliação precisa, e isto é
óbvio, perseguir sempre a exatidão. Precisa ser absolutamente claro nas perguntas
que propõe e livre de ambigüidade nos resultados que apresenta”. Caso a avaliação
não seja clara podem surgir distorções nos resultados que apresentar tornando-a
sem utilidade para alcançar o objetivo estabelecido.
Na educação, particularmente, a avaliação foi e é muito utilizada para verificar
o desempenho dos estudantes possibilitando, através do resultado, a formulação de
estratégias de ações, atividades, exercícios, metodologias etc., para se alcançar
aquilo que foi proposto no plano de ensino.
Hadji (2001, p. 15) aponta que “a avaliação, em um contexto de ensino, tem o
objetivo legítimo de contribuir para o êxito do ensino, isto é, para a construção
desses saberes e competências pelo aluno”.
Por meio das avaliações é que o professor pode medir o grau de
conhecimento do aluno, sua evolução ou não dentro do curso ou disciplina, os
assuntos que mais domina e aqueles que não domina tanto, entre outros pontos.
Também através da avaliação o professor pode se auto-avaliar. Observando e
25
analisando, o desempenho da turma nas avaliações ele pode verificar se o conteúdo
foi assimilado devidamente e, se não o foi, refletir sobre o que fazer para que os
alunos tenham um melhor desempenho.
Dias Sobrinho (2003, p. 15) afirma que “é na educação que a avaliação
encontrou seu lugar privilegiado, não como prática política e pedagógica,
produzindo efeitos dentro e fora do âmbito propriamente educacional, mas também
como importante campo de estudo”.
Pode-se observar que a avaliação, como campo de estudo, torna-se cada
vez mais um assunto importante e muito discutido por inúmeras áreas do
conhecimento.
Igarashi (2007, p. 2), através de uma pesquisa realizada junto ao Scientific
Electronic Library Online (SCIELO), a partir da categoria artigo, por meio do índice
de assuntos no qual pesquisou o termo “avaliação”, encontrou 973 artigos científicos
publicados até dois de abril de 2007, evidenciando a relevância do tema.
Além de se constituir em um tema para estudo e pesquisa a avaliação trouxe
também novos campos de trabalho, pois para elaborar leis, diretrizes, sistemas,
houve a necessidade de pessoas habilitadas.
A avaliação, para Tyler (1978, p. 98), torna-se “um processo cuja finalidade é
verificar até que ponto as experiências de aprendizagem, tais como foram
desenvolvidas e organizadas, estão realmente produzindo os resultados desejados,
e o processo de avaliação compreenderá a identificação dos pontos fracos e fortes
dos planos”.
Como pode-se observar a partir do que foi exposto até agora, existem muitos
conceitos para a palavra avaliação e ela é utilizada de diversas formas, para atingir
inúmeros objetivos.
Dentro do campo educacional a avaliação tem um sentido particular, pois terá
a finalidade de avaliar instituições de ensino, seus cursos e estudantes. Neste
trabalho será estudada a questão da avaliação da educação superior. Mas antes
disso é necessário que se apresente a diferença entre avaliação da aprendizagem e
avaliação institucional.
A avaliação da aprendizagem é aquela que tem como objeto de estudo a
aprendizagem. a avaliação institucional é aquela que tem como objeto de estudo
a organização ou instituição e tudo aquilo que nela se insere.
Romão (apud Berbel et al. 2001, p. 19) traz o seguinte conceito de avaliação
26
da aprendizagem:
A avaliação da aprendizagem é um tipo de investigação e é, também, um
processo de conscientização sobre a cultura primeira” do educando com
suas potencialidades, seus limites, seus traços, e seus ritmos específicos.
Ao mesmo tempo, ela propicia ao educador a revisão de seus
procedimentos e até mesmo o questionamento de sua própria maneira de
analisar a ciência e encarar o mundo. Ocorre, nesse caso, um processo de
mútua educação.
Pode-se dizer então que a avaliação da aprendizagem busca revelar o
desempenho dos alunos, dos professores e do plano de ensino traçado para a
disciplina ou curso.
Cimadon (1998, p. 165) vem complementar o conceito de avaliação da
aprendizagem fornecido por Romão quando ensina que:
No nosso entender, a avaliação da aprendizagem é um processo
metodológico que consiste em verificar se o aluno tem habilidades
necessárias a sua formação profissional. Utiliza-se de critérios que
permitem identificar progressos e problemas, no sentido de tomar decisões.
Permite uma classificação através de instrumentos próprios, ponderações e
seleção de técnicas.
A avaliação da aprendizagem é tida pela maioria dos alunos como algo ruim.
Em geral os alunos não gostam de realizar avaliações. Porém essa é a forma mais
antiga e mais utilizada de comprovar se os alunos de fato compreenderam aquilo
que foi visto e, para o professor, permite verificar, através dos resultados, se os
objetivos foram alcançados.
Cimadon (1998, p. 165) explica que a avaliação é um processo científico e
sistêmico, conforme é apresentado na figura 01.
Figura 1 – O processo científico e sistêmico da avaliação
Fonte: Cimadon (1998, p. 165)
PROCESSO
Contínuo Cumulativo Descritivo Compreensivo
Acompanhamento
Sistemático
Estocagem
de dados
Registros
Emitidos
Conclusões
e Análises
27
Pelo fato de a avaliação ser um processo científico e sistêmico ela então é um
processo contínuo, cumulativo, descritivo e compreensivo. Cimadon (1998, p. 165)
explica cada característica da avaliação, a seguir:
A avaliação é processo contínuo, porque visa um comportamento
permanente, organizado e que é evidenciado pelo aluno. É cumulativo,
porque acompanha o aluno nas diferentes etapas através de uma visão
diferenciada, global e com observações específicas. [...]. A avaliação é um
processo descritivo porque o desempenho do aluno é medido e simbolizado
em notas e conceitos. [...]. É processo compreensivo, porque visa
acompanhamento sistemático de aprendizagem evidenciada pelo estudante
em termos de habilidade, de conhecimento, de pensamento, de atitude, de
avaliação, de síntese, de solução de problemas, etc.
A avaliação da aprendizagem é um processo complexo, pois além de ter que
observar todas as bases para sua preparação, ela terá o objetivo de fornecer
informações que deverão auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, ainda
levando em consideração o fato de estar sendo utilizada para o processo de
formação de indivíduos.
O propósito que levou ao aprimoramento das avaliações, para Tyler (1978, p.
98), foi verificar se “os planos de experiência de aprendizagem realmente funcionam
como guias do professor na obtenção de resultados desejados”.
Sendo assim, o processo de avaliação também pode funcionar como agente
fiscalizador dos alunos e dos professores, pois sabe-se que muitos professores não
cumprem aquilo que é proposto no plano, deixando os alunos despreparados quanto
ao conteúdo que deveria ser abordado.
Dentro de sua concepção de avaliação da aprendizagem, Cimadon (1998, p.
167) apresenta um quadro, quadro 01, onde são colocadas as principais funções da
avaliação.
28
ELEMENTOS DIAGNÓSTICO CONTROLE CLASSIFICAÇÃO
PROPÓSITO
Identificar presença
ou ausência de
habilidades
Deficiências Classificar alunos no
final do semestre ou
para...
OBJETO
Comportamento
cognitivo e
habilidades
afetivas
motoras
Conhecimento e
Pensamento
Cognitivo
ÉPOCA
No início do
semestre, final de
unidade etc...
Durante o ensino Ao final do curso,
semestre ou ano
INSTRUMENTOS
TÉCNICOS
Testes
padronizados, ficha
de observação,
diagnósticos
Instrumentos
elaborados para
esse fim
Exame, prova, etc.
Quadro 1 – Funções da Avaliação
Fonte: Cimadon (1998, p. 167)
O quadro 01 evidencia que a avaliação tem, além da função de ser um
processo seletivo e classificatório, a função de fornecer elementos para o
planejamento pedagógico, elaboração ou melhoramento do currículo e criação de
estratégias.
A avaliação é utilizada para verificar até que ponto o processo de ensino e
aprendizagem alcança os objetivos propostos, ou seja, por meio do processo de
avaliação, dado determinado plano ou currículo, pode-se observar quais pontos
foram atingidos e quais não foram.
Cimadon (1998, p. 171) diz que as avaliações devem seguir um caminho, que
ele denomina “etapas de avaliação”:
a) Determinar o que vai ser avaliado;
b) Estabelecer os critérios e as condições de avaliação;
c) Selecionar os procedimentos e os instrumentos;
d) Quantificar as atividades em unidades de grau.
Essas etapas são necessárias para que o avaliador possa elaborar uma
avaliação que verifique se seus objetivos, aqueles traçados no plano de ensino,
foram alcançados.
São muitos os tópicos que se pode estudar sobre avaliação, tais como: o
29
histórico, as funções, os objetivos, as finalidades, os tipos e níveis, a
regulamentação, as modalidades, entre outros. Com relação às modalidades de
avaliação, Cimadon (1998, p. 168) explica que elas podem ser entendidas como se
fossem a forma de “organização da avaliação”. Sendo assim, quanto à modalidade
as avaliações classificam-se da seguinte forma: “diagnóstica, somativa e formativa”,
de acordo com suas finalidades.
A avaliação somativa é conhecida também como classificatória ou tradicional.
Procura traduzir de forma quantitativa o desempenho do aluno em um momento
específico que poderá ser ao final do curso, semestre, trimestre etc. O instrumento
mais conhecido dessa modalidade é a prova, cujos resultados são expressos em
notas ou conceitos (Cimadon 1998).
A avaliação formativa tem por finalidade verificar e apontar a falta de
conhecimentos e habilidades iniciais necessários para o aprendizado de outros
conhecimentos e habilidades. Pode-se citar como exemplo os testes de nivelamento
que m por objetivo direcionar o aluno à classe adequada às suas capacidades
(Cimadon 1998).
A avaliação diagnóstica é uma avaliação mais abrangente, que busca
conhecer as competências do estudante e sua condição de forma geral,
classificando o aluno num determinado estágio do processo de aprendizagem. De
acordo com Cimadon (1998, p. 168), a avaliação diagnóstica é “de grande valia
quando aplicada no início do curso ou da unidade, distingue-se das outras
modalidades por se fundamentar na Metodologia Científica”.
Outra modalidade de avaliação que não foi observada por Cimadon, mas que
é praticada é a emancipatória, que utiliza a auto-avaliação do aluno para que o
professor possa emitir um relatório sobre o processo evolutivo do aluno.
Donatoni e Lemes assim conceituam avaliação emancipatória, conforme
informações publicadas no sítio da Revista Profissão Docente Online:
A avaliação emancipatória caracteriza-se como um processo de descrição,
análise e crítica de uma dada realidade, visando transformá-la. Destina-se à
avaliação de programas educacionais ou sociais. Ela está situada numa
vertente político-pedagógica cujo interesse primordial é emancipador, ou
seja, libertador, visando provocar a crítica, de modo a libertar o sujeito de
condicionamentos deterministas. O compromisso principal desta avaliação é
o de fazer com que as pessoas direta ou indiretamente envolvidas em uma
ação educacional escrevam a sua "própria história" e gerem as suas
próprias alternativas de ação.
(Acesso em 21 de setembro de 2007).
30
Tanto no caso de avaliação de programas educacionais ou sociais quanto no
caso de avaliação de alunos, a avaliação emancipatória exige o uso da auto-crítica,
ficando refém da honestidade daquele que estiver respondendo aos
questionamentos. E esse é um aspecto que deve ser levado em consideração, pois
caso a avaliação não tenha sido respondida de forma verdadeira, o levantamento e
a análise dos dados de nada servirá para aprimorar as condições do aluno e da
instituição.
Por outro lado, admitindo-se a hipótese de que a avaliação seja respondida
com honestidade, este tipo de avaliação será útil pois o próprio indivíduo apontará
seus pontos fortes e fracos e não ficará sujeito ao efeito de outros fatores como no
caso de outras avaliações, quando doente ou com problemas familiares etc., ou
ainda, quando seu desempenho é melhor em provas de múltipla escolha em vez de
questões discursivas e assim por diante.
Integrar a avaliação ao processo de ensino e aprendizagem é necessário para
a orientação do processo. A avaliação é parte constitutiva do processo de ensino-
aprendizagem, ou seja, integra-se ao processo como parte permanente das
atividades que visam ao desenvolvimento do indivíduo e das instituições.
No caso da educação superior não é diferente, ou seja, na educação superior
a avaliação teve sua evolução e vem suprir as necessidades de “medição” de
aprendizagem.
De acordo com Dias Sobrinho (2003, p. 14),
A educação superior, como também a de qualquer outro nível, está
intimamente articulada com os grandes movimentos da sociedade. Não há
nenhuma transformação educacional que não implique simultaneamente
alguma mudança social, pois são dimensões do mesmo fenômeno.
Também não nenhuma transformação importante na educação que não
se valha da avaliação.
À medida que vão surgindo mudanças sociais, vão surgindo também sistemas
de avaliação que buscam classificar, regulamentar e coordenar tais mudanças, com
a finalidade de lhes assegurar qualidade e confiabilidade, entre outros aspectos.
Com relação à avaliação institucional, pode-se observar que ela tem como
objeto de estudo uma instituição, entidade ou organização. No caso das instituições
de ensino superior (IES) a avaliação institucional pode se processar de duas formas:
avaliação interna e avaliação externa. Ambas têm o objetivo de avaliar o trabalho
pedagógico e científico, em seu sentido técnico e formativo, como também as
31
atividades mais diretamente vinculadas aos compromissos sociais da instituição, às
relações sociais e às condições de trabalho, bem como à eficiência administrativa e
à eficácia dos processos interpessoais que se desenvolvem nas distintas instâncias.
É também importante analisar as condições de sustentabilidade e continuidade, a
infra-estrutura, os fluxos de informação e o funcionamento das estruturas colegiadas
da instituição. (SINAES 2004, p. 96)
A avaliação interna ou auto-avaliação é realizada pelos próprios integrantes
da universidade. a avaliação externa ou heteroavaliação é realizada pelo
governo. A avaliação institucional irá apontar as eficiências e deficiências da IES.
As avaliações internas e externas devem ser elaboradas para que as
informações obtidas por ambas se completem buscando avaliar a IES por inteiro.
A avaliação institucional começou a ser discutida, de acordo com Ristoff
(1999, p. 49), “pelo menos desde 1982, quando a bandeira da avaliação foi
desfraldada pela Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior ANDES”.
A partir daí começaram a ocorrer mais discussões sobre o assunto.
Para Ristoff (1999, p. 49-50), houve um momento histórico no tocante à
avaliação, os anos de 1993 e 1994, quando as iniciativas da Associação Nacional de
Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), da Associação
Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM) e dos
Fóruns de Pró-Reitores de Graduação e Planejamento “encontraram eco na equipe,
ideologicamente plural do MEC”. Segundo Ristoff (1999, p. 50), o MEC passou a
exercer um papel de “articulador, viabilizador e de financiador” do processo. Cabe
ressaltar que “setenta e uma universidades submeteram projetos de avaliação à
Secretaria de Ensino Superior (SESu) do MEC para participarem do Programa de
Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB)”.
Para Ristoff (1999, p. 51), os programas de avaliação visam aumentar a
qualidade do ensino blico e isto deve ser compreendido e abraçado por três
frentes de luta que são: frente política, frente acadêmica e frente administrativa, para
a “construção do projeto pedagógico e administrativo capaz de sustentar a
resistência a favor da universidade pública”.
Segundo as Diretrizes para a Avaliação das Instituições de Educação
Superior, a avaliação institucional “é compreendida como grande impulsionadora de
mudanças no processo acadêmico de produção e disseminação de conhecimento,
que se concretiza na formação de cidadãos e profissionais e no desenvolvimento de
32
atividades de pesquisa e de extensão”. Sendo assim, a avaliação institucional
contribui para o desenvolvimento e melhoria das instituições de ensino superior.
Segundo o SINAES (2004, p. 94-96), a avaliação institucional compreende
três aspectos:
a) O objeto de análise é o conjunto de dimensões, estruturas, relações,
atividades, funções e finalidades de uma IES; dentre outros aspectos, ensino-
pesquisa-extensão, administração, responsabilidade e compromissos sociais,
formação, etc.;
b) Os sujeitos da avaliação são os conjuntos de professores, estudantes,
funcionários e membros da comunidade externa especialmente convidados e
designados; e
c) Os processos avaliativos seguem os procedimentos institucionais e se
utilizam da infra-estrutura da própria instituição.
Os resultados obtidos pela avaliação institucional, tanto interna quanto
externa, não são analisados individualmente.O SINAES (2004) explica que essas
avaliações incorporam informações e resultados de outros instrumentos como, por
exemplo, o Censo da Educação Superior, entre outros, que os colocam numa
perspectiva de globalidade, fazendo com que adquiram um significado de conjunto.
A preocupação com a educação e com os sistemas de avaliação da educação
existe principalmente pelo fato de lidar com a formação de indivíduos. Leite, Tutikian
e Holz (2000, p. 11) assim se manifestam:
Sem dúvida, sempre houve grandes expectativas sobre a instituição
universidade, tendo em vista sua vinculação direta com a produção,
disseminação e conservação da cultura e do conhecimento. Para responder
a esse perfil, dela se exige uma nova educação capaz de responder às
demandas; uma nova educação que se reveja constantemente. Esse é o
principal objetivo de um processo avaliativo [...].
Para regulamentar os sistemas de avaliação, tendo como objetivo fiscalizar a
qualidade da educação superior, o Ministério da Educação (MEC) criou o Programa
de Avaliação Institucional das Universidades Brasileira (Paiub), que foi elaborado por
uma comissão de especialistas.
Ristoff (1999, p. 44) chama atenção para o fato de os elaboradores do
Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras Paiub terem
estabelecido princípios, que foram muito discutidos e “deixaram implícita igualmente
uma concepção de ser humano e de educação superior”. Pois, ainda de acordo com
33
Ristoff, o compromisso da universidade “é o de contribuir para a formação do
homem, do ser humano, em sua totalidade. [...] A profissão é tão-somente um
aspecto do ser humano. Ajuda a completá-lo e é, por isso mesmo, necessária”. Ou
seja, a universidade tem como uma de suas finalidades contribuir para a construção
de uma sociedade melhor, por meio da formação dos seres humanos.
A proposta inicial do Programa de Avaliação Nacional das Universidades
Brasileiras – Paiub partiu dos seguintes princípios, descritos por Ristoff (1999, p. 52):
a) Globalidade: a avaliação deve procurar abordar todos os elementos que
compõem a vida universitária;
b) Comparabilidade: este princípio visa à uniformidade da metodologia de
indicadores; assim, todas as universidades deverão falar a mesma “língua”,
isto é, usar os mesmo termos quando quiserem se referir a alguma questão,
permitindo que todos possam entender aquilo que está sendo falado e, desta
forma, não distorcendo os resultados da avaliação;
c) Respeito à identidade institucional: a avaliação deve contemplar todas as
instituições de ensino superior, ou seja, todas as instituições de ensino
superior deverão ter condições de responder à avaliação independente de
seu tamanho, funções, atividades etc;
d) Não premiação ou punição: a avaliação não terá como objetivo a premiação
daquelas que se saírem bem e muito menos a punição daquelas que não
alcançarem um conceito bom;
e) Adesão voluntária: esse princípio coloca que as instituições devem aderir ao
programa de avaliação voluntariamente. Desta forma estarão reconhecendo a
importância da avaliação para a evolução da educação superior;
f) Legitimidade: a avaliação precisa refletir a realidade da instituição e gerar
informações úteis e fidedignas sobre ela;
g) Continuidade: o processo avaliativo deve ser contínuo, revelando o grau de
crescimento e desenvolvimento das instituições.
Ristoff (1999) chamava atenção para o fato de não existir um sistema de
avaliação pronto, ideal e único para o país, e que ele devia ser construído por nós.
Segundo o autor, o Paiub foi o primeiro passo para a construção desse sistema de
avaliação, pois delineava as dimensões do ensino de graduação a serem avaliadas.
Os sistemas de avaliação estarão constantemente em construção e
desenvolvimento, pois com o passar do tempo novos campos irão surgindo dentro
34
das instituições e com eles novos sistemas de ensino e aprendizagem, novas
pesquisas com técnicas novas e profissionais que deverão se capacitar
adequadamente para trabalhar nessas áreas. E conseqüentemente os sistemas de
avaliação terão que evoluir e se preparar para avaliar essas novas áreas, atividades,
pesquisas, profissionais,laboratórios, estudantes e assim por diante.
De acordo com o SINAES (2004, p. 25), o Paiub foi criado a partir da
“Constituição de 1988, que teve sucessivas Medidas Provisórias, passando pela
nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), pelo Plano Nacional de Educação (PNE) e por
vários Decretos”.
A partir dessas discussões foi reconhecida a importância da avaliação e o
efeito que ela provoca sobre a melhoria da qualidade da educação superior. Sua
origem teve início com o Paiub e foi modificada, conforme alega o SINAES (2004, p.
26), para uma “nova orientação avaliativa do governo do Presidente Fernando
Henrique Cardoso, passando a ser relegado a um processo de avaliação interna das
universidades”.
Vale mencionar que a evolução desse modelo pode ser atestada
“considerando os sucessivos diplomas legais focalizados na avaliação e na
regulação da educação superior”. (SINAES, 2004, p. 26).
Para organizar e executar a avaliação de cursos de graduação o Ministério da
Educação (MEC) resolveu utilizar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP) que funcionaria como uma ”agência reguladora”
(SINAES, 2004, p. 26).
Após várias discussões sobre as atribuições do INEP, ficou definido o
seguinte, conforme informações constantes do seu sítio (2007):
Com base na Portaria nº. 2.255, de 25 de agosto de 2003, Art. 1, o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
criado pela Lei n. 378, de 13 de janeiro de 1937, é transformado em
autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, nos termos da Lei
nº. 9.448, de 14 de março de 1997, alterada pela Lei nº. 10.269, de 29 de
agosto de 2001.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP) passou a ter entre outras funções, conforme informações fornecidas pelo seu
sítio (2007):
Promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional
Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de
políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de
qualidade e eqüidade, bem como produzir informações claras e confiáveis
35
aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.
Desta forma foi o INEP transformado em autarquia que, dentre outras
atribuições, possui a de ser responsável pelo sistema de avaliação das instituições
de ensino superior. De acordo com informações existentes no seu sítio (2007), o
INEP passou a ter as seguintes finalidades:
I. organizar e manter o sistema de informações e estatísticas
educacionais;
II. planejar, orientar e coordenar o desenvolvimento de sistemas e
projetos de avaliação educacional, visando o estabelecimento de
indicadores de desempenho das atividades de ensino no País;
III. planejar, orientar e coordenar o desenvolvimento de sistemas e
projetos de avaliação educacional, visando o estabelecimento de
indicadores de desempenho das atividades de ensino no País;
IV. desenvolver e implementar, na área educacional, sistemas de
informação e documentação que abranjam estatísticas, avaliações
educacionais, práticas pedagógicas e de gestão das políticas
educacionais;
V. subsidiar a formulação de políticas na área da educação, mediante
a elaboração de diagnósticos e recomendações decorrentes da
avaliação da educação básica e superior;
VI. coordenar o processo de avaliação dos cursos de graduação, em
conformidade com a legislação vigente;
VII. definir e propor parâmetros, critérios e mecanismos para a
realização de exames de acesso ao ensino superior;
VIII. promover a disseminação de informações sobre avaliação da
educação básica e superior; e
IX. articular-se, em sua área de atuação, com instituições nacionais,
estrangeiras e internacionais, mediante ações de cooperação
institucional, técnica e financeira, bilateral e multilateral.
(acesso em 18 de setembro de 2007).
O INEP, como se depreende por meio de suas finalidades, possui condições
de evidenciar pontos fortes e fracos na educação brasileira, contribuindo, com os
dados que obtém, para o estabelecimento de metas que precisam ser cumpridas
através de projetos e planejamento que o Sistema Educacional Brasileiro necessita
elaborar para alcançar uma educação de qualidade.
Para gerar as informações sobre o Sistema Educacional Brasileiro o INEP
realiza levantamentos estatísticos e avaliativos em todos os níveis e modalidades de
ensino. São eles:
a) Censo Escolar;
b) Censo Superior;
c) Avaliação dos Cursos de Graduação;
d) Avaliação Institucional;
e) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior;
f) Exame Nacional do Ensino Médio; e
36
g) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica.
Dentre os tipos de levantamentos estatísticos e avaliativos expostos
anteriormente, esta pesquisa irá abordar o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (SINAES), com enfoque em um de seus componentes, o Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE.
2.2 SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
O SINAES é um sistema de avaliação que tem como foco central, a dimensão
do conhecimento e as funções da educação superior.
O SINAES foi construído a partir do trabalho da Comissão Especial de
Avaliação (CEA), designada por portaria da SESu em 28 de abril de 2003, com
finalidade construtiva e formativa, abrangendo todas as instituições de ensino
superior.
As Diretrizes para a Avaliação das Instituições de Educação Superior (2004,
p.7) dizem que “as características fundamentais da nova proposta de avaliação são:
a avaliação institucional como centro do processo avaliativo, a integração de
diversos instrumentos com base em uma concepção global e o respeito à identidade
e à diversidade institucionais”. Acrescentam ainda que o novo sistema abrange
todas as instituições de educação superior, ocorrendo em processo permanente,
comprometido com a melhoria da qualidade de cada uma e do conjunto das
instituições educacionais.
Outro ponto importante exposto pelas Diretrizes para a Avaliação das
Instituições de Educação Superior (2004, p. 8) é que o SINAES “por sua
característica global, por sua abrangência nacional e seu objetivo de
aperfeiçoamento das atividades acadêmicas recupera as finalidade essenciais da
avaliação”: buscar significados mais amplos da formação profissional; evidenciar a
responsabilidade social da educação superior; destacar os significados das
atividades institucionais e da responsabilidade social; e valorizar a coletividade.
Em decorrência dessas finalidades essenciais da avaliação o SINAES
recupera alguns princípios fundamentais, que em outro momento guiaram a
ANDIFES e a elaboração do Paiub, interpretados anteriormente por Ristoff: a
responsabilidade social com a qualidade da educação superior; o reconhecimento
da diversidade do sistema; o respeito à identidade institucional; a globalidade; e a
37
continuidade.
O SINAES “fundamenta-se em princípios e objetivos francamente vinculados
aos interesses sociais da Educação Superior. Sua operacionalização deve, pois,
envolver em ampla participação a comunidade educativa e os membros da
administração central do País”. (SINAES, 2004, p. 94)
O SINAES foi instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 e a
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES é o órgão
colegiado de coordenação e supervisão do SINAES.
O SINAES envolve três componentes principais: a avaliação das instituições,
dos cursos e do desempenho dos estudantes.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) buscará
avaliar o que estiver ligado a esses três componentes, como por exemplo, os
docentes, a produção científica, os estudantes, as instalações. As informações
obtidas dessa avaliação servirão inicialmente para a instituição como instrumento de
orientação e gestão e para o governo, para controle, como instrumento de
fiscalização.
A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, institui, no seu artigo 1º,
o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior SINAES, com o
objetivo de assegurar processo nacional de avaliação das instituições de
educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico
de seus estudantes, nos termos do art. , VI, VIII e IX, da Lei 9.394, de
20 de dezembro de 1996.
O artigo da Lei 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
indica, no seu inciso VI, que é de responsabilidade da União “assegurar processo
nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e
superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de
prioridades e melhoria da qualidade do ensino”.
A Lei 10.861/04 veio conduzir e regulamentar o processo de avaliação das
instituições de educação superior, tanto de forma interna quanto externa, tendo por
finalidades, conforme o parágrafo 1º, do artigo 1º,
a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão
da sua oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional e
efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das
instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão
pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à
diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional.
38
O SINAES tem o propósito de realizar a avaliação de instituições, cursos e
desempenho estudantil, para conduzi-los ao aperfeiçoamento por meio dos dados e
informações obtidos, servindo também para a regulação e supervisão da educação
superior.
O artigo 2º da Lei 10.861 estabelece o que a avaliação aplicada pelo SINAES
deve assegurar:
I avaliação institucional, interna e externa, contemplando a análise global
e integrada das dimensões, estruturas, relações, compromisso social,
atividades, finalidades e responsabilidades sociais das instituições de
educação superior e de seus cursos;
II - o caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos
processos avaliativos;
III - o respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos;
IV - a participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo das
instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas
representações.
O artigo 3º da mesma Lei estabelece as dimensões que deverão ser objeto da
avaliação institucional, assim resumidas:
a) a missão e o plano de desenvolvimento institucional;
b) a política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as
respectivas formas de operacionalização, incluídos os procedimentos para
estímulo à produção acadêmica: as bolsas de pesquisa, de monitoria e
demais modalidades;
c) a responsabilidade social da instituição;
d) a comunicação com a sociedade;
e) as políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-
administrativo, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas
condições de trabalho;
f) organização e gestão da instituição;
g) infra-estrutura física;
h) planejamento e avaliação;
i) atendimento aos estudantes;
j) sustentabilidade financeira.
Pode-se observar que essas dimensões serviram de base para a confecção
de um roteiro básico para a avaliação institucional, estabelecido pelo SINAES (2004,
p. 118 – 125) e apresentado no quadro 02. Tal roteiro contempla as unidades
básicas de avaliação, que são indicadores qualitativos, e deverá ser utilizado por
39
todas as instituições em seus processos de auto-avaliação e pelas comissões
externas, observado o princípio do respeito à identidade institucional.
Quadro 2 – Roteiro para o processo de avaliação institucional
Fonte: SINAES (2004, p. 118 – 125).
Ainda de acordo com o SINAES (2004, p. 118), esse roteiro e os indicadores
que lhe correspondem “serão constantemente aperfeiçoados e precisados, a partir
das recomendações e de estudos da comunidade acadêmica e do MEC”.
Os indicadores irão descrever a instituição e o estado em que se encontra a
partir daquilo que foi proposto por ela como seus deveres e obrigações,
descrevendo e analisando todos os elementos que a compõem, resultando numa
“pintura” ou “quadro da instituição”.
O SINAES desenvolveu e é responsável por quatro instrumentos de avaliação
das universidades, conforme consta nas Diretrizes para a Avaliação das Instituições
de Educação Superior:
A auto-avaliação institucional, realizada pelas Comissões Próprias de
Avaliação;
A avaliação institucional externa, realizada in loco por uma comissão externa
de avaliadores designadas pelo INEP;
Avaliação dos Cursos de Graduação - ACG;
Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes - ENADE.
. Missão
2. Corpo de professores/pesquisadores
3. Corpo discente
4. Corpo de servidores técnico
-
administrativos
5. Currículos e Programas
6. Produção acadêmico
-
científica
7. Atividades de extensão e ações de intervenção social
vinculação com a sociedade
8. Infra
-
estrutura
9. Gestão
10. Outros
40
Esses quatro instrumentos de avaliação irão fornecer, através dos resultados,
informações relevantes sobre todos os aspectos avaliados, informando a sociedade
sobre as condições das instituições de ensino superior de todo o país.
Neste trabalho será priorizado o estudo do Exame Nacional de Avaliação de
Desempenho dos Estudantes ENADE e também o Exame de Suficiência do
Conselho Federal de Contabilidade, que são tipos de avaliação externa. Porém é
necessário que antes se fale da avaliação institucional interna e externa, pois são
processos avaliativos que devem ser realizados de forma combinada e
complementar.
O SINAES (2004, p. 103) declara que cada Instituição de Ensino Superior -
IES é responsável pelo processo de auto-avaliação, que será realizado pela
comunidade interna com a colaboração da comunidade externa. Nessa avaliação
será dada ênfase aos processos de ensino, pesquisa e extensão, à gestão e à infra-
estrutura, tendo caráter educativo, de melhoria e de auto-regulamentação.
A auto-avaliação constitui, de acordo com as Diretrizes para a Avaliação das
Instituições de Educação Superior, um processo por meio do qual um curso ou
instituição analisa internamente suas pretensões e suas realizações, reunindo
informações que serão analisadas e interpretadas, que ajudarão a gerir a instituição,
pois “permitirão compor uma visão diagnóstica dos processos pedagógicos,
científicos e sociais da instituição, identificando possíveis causas de problemas, bem
como possibilidades e potencialidades”.
Segundo consta nas referidas diretrizes, a auto-avaliação tem “caráter
diagnóstico e formativo de auto-conhecimento que deve permitir a reanálise das
prioridades estabelecidas no Projeto Político Institucional e o engajamento da
comunidade acadêmica na construção de novas alternativas e práticas”.
Além das contribuições que a auto-avaliação traz, já mencionadas, outra
contribuição que poderá trazer é vir a tornar-se um instrumento de “construção e/ou
consolidação de uma cultura de avaliação da instituição, com o qual a comunidade
interna se identifique e comprometa”.
41
2.3 AVALIAÇÃO EXTERNA
A avaliação externa poderá ser qualquer avaliação, realizada por membros
externos à instituição. Dentro da concepção de avaliação institucional, refere-se à
avaliação elaborada por membros externos à instituição que, segundo o SINAES
(2004, p. 106), são “pertencentes à comunidade acadêmica e científica,
reconhecidos pelas suas capacidades em suas áreas e portadores de ampla
compreensão das instituições universitárias nacionais e internacionais, designados
pelo CONAES”.
Os pontos que deverão ser apreciados pelo sistema de avaliação externa
(SINAES 2004, p. 107) são “o conjunto de análises, estudos, pesquisas, discussões,
informações, instalações, recursos humanos e materiais, elementos quantitativos e
qualitativos de cada área, faculdade, departamento e curso em seus aspectos
particulares e específicos, porém sempre relacionados com as estruturas
acadêmico-científicas e administrativas mais amplas da IES”.
A avaliação institucional externa, coerente com a dimensão interna, é um
importante instrumento cognitivo, crítico e organizador. Irá avaliar aspectos internos
da IES, fornecendo informações que, unidas às informações obtidas pela avaliação
interna, servirão de base para reflexões, estruturação de metas e políticas de ação
objetivando sempre a qualidade da IES.
A avaliação externa é, de acordo com Dias Sobrinho (2002, p. 153),
“promovida por autoridades governamentais, [...] objetivista e quantitativista para
efeitos de comparações e classificações úteis ao mercado e controladora e
fiscalizadora, com a finalidade de ajustar as instituições e o sistema às normas e ao
conjunto de determinantes burocráticos e políticos”.
A caracterização de Dias Sobrinho resume os propósitos da avaliação
institucional externa em: classificação, controle e regulamentação. Os usuários das
informações obtidas com essa avaliação seriam o mercado e o governo. Porém, a
própria comunidade acadêmica poderá fazer uso dessas informações para a sua
gestão.
A avaliação externa objetiva, segundo Morales (2001, p. 68), “validar o
processo de avaliação interna, e se feita por avaliadores externos, pares
acadêmico-científicos, com alta titulação e/ou experiência relevante. Os avaliadores
externos não deverão ter vínculos afetivos com a Instituição, assegurando a lisura e
42
a imparcialidade do processo”.
A avaliação interna é encaminhada para o Ministério da Educação. será
avaliada por uma comissão avaliadora, que irá emitir um relatório. Esse relatório
servirá de referência para analisar os resultados obtidos pela avaliação externa.
Assim, serão avaliados os aspectos mencionados pela avaliação interna,
respeitando-se as especificidades de cada instituição. Cabe neste momento um
exemplo: uma instituição que criou um novo curso cuja primeira turma está na quarta
fase, e participou do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. é de se
esperar que nas questões de nível mais avançado os alunos não se saiam bem pois,
de acordo com o que foi descrito na avaliação interna, esse curso ainda está nas
fases iniciais. Fica assim evidenciada a importância da análise das avaliações
interna e externa concomitantemente.
De acordo com o SINAES (2005, p. 3), a avaliação institucional externa foi
instituída com o compromisso de credenciar novas instituições ou recredenciar
aquelas que estão com prazo de credenciamento vencido. E contará com três
instrumentos distintos: um para as universidades, um para centros universitários e
um para faculdades integradas, faculdades, institutos ou escolas superiores.
A avaliação institucional externa é realizada por meio de visita in loco de uma
comissão designada pelo INEP e será composta por uma matriz cujo eixo estrutural
é capaz de gerar instrumentos de avaliação que buscam contemplar o conjunto de
dez dimensões a serem abordadas, que são aquelas indicadas no artigo da Lei
10.861/2004, já comentadas anteriormente
2
.
Essas dimensões formam um roteiro, que será utilizado pela comissão
externa avaliadora para a verificação das condições de funcionamento da instituição.
Alguns documentos também deverão ser examinados.
Conforme mostrado na figura 2, a matriz orientadora representa o esquema
do roteiro de avaliação. Nesse esquema a matriz orientadora se desdobra em três
grandes dimensões que irão englobar as dez dimensões citadas pelo artigo 3º da Lei
10.861/04. As três dimensões são: organização institucional, corpo social, e infra-
estrutura física e logística do instrumento de avaliação. Essa matriz contém as
dimensões de avaliação, suas categorias, os grupos de indicadores, os
2
Vide página 38 do presente trabalho.
43
respectivos indicadores de qualidade e os critérios de avaliação. (SINAES 2005, p.
8).
Figura 2 – Matriz orientadora
Fonte: SINAES 2005, p. 8
De acordo com o SINAES (2005, p. 9), o significado dos termos utilizados na
matriz e apresentados em negrito é:
Dimensões: são agrupamentos de características gerais de toda a instituição
sobre os quais se emite juízo de valor.
Categorias: são aspectos específicos da instituição com relação a cada
dimensão. As categorias são organizadas de forma a relacionar-se com a respectiva
dimensão de avaliação.
Grupo de indicadores: é o grupo de medidas e/ou evidências usadas para
caracterizar o estado da categoria. São informações que caracterizam os
indicadores de qualidade.
Indicadores: são evidências concretas relativas a cada grupo de indicadores
e podem ser quantitativas ou qualitativas, retratando a realidade dos múltiplos
aspectos institucionais. São utilizados para compor o juízo de valor.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA
Dimensão 1
Dimensão 2
Dimensão 3
ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
PDI
PPI
Gestão Institucional
Avaliação Institucional
CORPO SOCIAL
Corpo Docente
Corpo Discente e Egressos
Corpo Técnico-administrativo
INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E
LOGÍSTICA
Instalações Gerais
Biblioteca
Laboratórios e Instalações
Específicas
Instrumento 1:
UNIVERSIDADES
Instrumento 2:
CENTROS
UNIVERSITÁRIOS
Instrumento 3:
FACULDADES
INTEGRADAS,
INSTITUTOS OU
ESCOLAS SUPERIORES
44
Critérios: são os atributos ou qualidades dos indicadores que permitem
avaliar uma categoria, retratando coerentemente as características da organização
acadêmica de cada instituição.
Desta forma pode-se concluir que a avaliação institucional externa, realizada
por meio de visita in loco, por uma comissão de avaliação, para credenciamento e
recredenciamento das instituições, tem como base de análise um roteiro que está
organizado em níveis hierárquicos.
O roteiro contém uma matriz orientadora do processo avaliativo; essa matriz
abrange três dimensões que, juntas, irão estabelecer todas as características da
instituição. Essas dimensões estão presentes nos três instrumentos de avaliação:
universidades, centros universitários, e faculdades integradas, faculdades e
institutos ou escolas superiores.
Os avaliadores irão atribuir conceitos a todos os indicadores e categorias que
forem avaliados, gerando um conceito para cada dimensão e, por fim, um conceito
final de avaliação.
Outra verificação feita pela Comissão Externa de Avaliação das Instituições
compreenderá o exame das seguintes informações e documentos, de acordo com o
artigo 15 da portaria nº 2.051 de 09 de julho de 2004:
a) Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
b) Projeto Pedagógico Institucional (PPI);
c) Relatórios parciais e finais do processo de auto-avaliação, produzidos pela
IES segundo orientações gerais disponibilizadas pelo INEP;
d) Dados gerais e específicos da IES constantes do Censo da Educação
Superior e do Cadastro de Instituições de Educação Superior;
e) Dados sobre o Exame de Desempenho dos Estudantes e dados do
questionário socioeconômico dos estudantes produzidos pelo ENADE;
f) Relatório de avaliação institucional produzido na última avaliação realizada
por Comissão Externa de Avaliação Institucional;
g) Relatório da Comissão de Acompanhamento do Protocolo de Compromisso,
quando for o caso;
h) Relatório e conceitos da CAPES para os cursos de pós-graduação da IES;
i) Documentos sobre o credenciamento e o último recredenciamento da IES;
j) Outros documentos julgados pertinentes.
45
No processo de avaliação das instituições, a avaliação é entendida pelo
SINAES (2005, p. 7)
como uma atividade estruturada que permite a verificação da qualidade
institucional, no sentido de sua responsabilização com o social e no
redimensionamento das ações da própria instituição. Os resultados
favoráveis da avaliação, enquanto prática de uma realidade essencialmente
complexa e múltipla, se concretizam se, democraticamente, a avaliação
for assumida por todos os seus integrantes de forma rigorosa, isenta e
autônoma.
Tyler (1978, p. 99) chamava atenção para os três aspectos da avaliação que
ele considerava importantes. O primeiro diz que a avaliação deve apreciar o
comportamento dos estudantes. O segundo adverte que é necessário fazer pelo
menos duas avaliações para identificar mudanças que talvez estejam se
processando. Ou seja, essa colocação de Tyler se enquadra no objetivo do ENADE
de avaliar o desenvolvimento dos alunos dentro do curso. Por isso são avaliados os
alunos do início do curso, para se ter idéia de como chegaram na universidade, e
são avaliados os concluintes para saber como estão saindo. Desta forma serão
obtidos resultados e assim obtendo informações sobre os resultados que
evidenciarão se a universidade contribuiu para o desenvolvimento dos alunos, se
não contribuiu em nada ou se os tornou piores.
O terceiro aspecto mencionado por Tyler diz que é necessário realizar uma
avaliação após a conclusão do ensino, para obter-se uma estimativa da
permanência da aprendizagem. Nesse caso pode-se utilizar a avaliação realizada
pelo Conselho Federal de Contabilidade, o Exame de Suficiência, que avalia o
profissional, o ex-aluno, classificando-o como apto ou não para o mercado de
trabalho.
2.3.1 Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
Como o próprio nome dessa avaliação diz, esse exame visa expor o
desempenho dos estudantes, sua evolução na vida universitária; por isso é realizado
com turmas iniciantes e com concluintes.
O ENADE originou-se do Exame Nacional de Cursos ENC, conhecido como
provão. Esse exame era aplicado aos concluintes para avaliar seus conhecimentos e
habilidades.
O Exame Nacional de Cursos começou a adquirir corpo a partir da Lei 4.024
46
de 20 de dezembro de 1961 que, em seu artigo 9º, letra e do § estabelece
“deliberar sobre as normas a serem seguidas pelo Poder Executivo para o
credenciamento, o recredenciamento periódico e o descredenciamento de
instituições de ensino superior integrantes do Sistema Federal de Ensino, bem assim
a suspensão de prerrogativas de autonomia das instituições que dessas gozem, no
caso de desempenho insuficiente de seus cursos no Exame Nacional de Cursos e
nas demais avaliações conduzidas pelo Ministério da Educação”.
Essa letra e do § 2º do artigo 9º da Lei 4.024/61 foi incluída no artigo 3º da Lei
9.131, de 24 de novembro de 1995, que estabeleceu que o “Ministério da Educação
e do Desporto fará realizar avaliações periódicas das instituições e dos cursos de
ensino superior, fazendo uso de procedimentos e critérios abrangentes dos diversos
fatores que determinam a qualidade e a eficiência das atividades de ensino,
pesquisa e extensão”. Esse artigo da Lei 9.131, de 24 de novembro de 1995, foi
revogado pela Lei nº 10.861/04, no seu artigo 16.
A Lei 10.861 de 14 de abril de 2004 instituiu o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior SINAES que terá, entre outros objetivos, o de assegurar o
processo nacional de avaliação da educação superior, autorizar, reconhecer,
credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino.
Conforme o sítio do INEP (2007), o Exame Nacional de Cursos (ENC-Provão)
“foi um exame aplicado aos formandos, no período de 1996 a 2003, com o objetivo
de avaliar os cursos de graduação da Educação Superior, no que tange aos
resultados do processo de ensino-aprendizagem”.
Dias Sobrinho (2002, p. 78) relata que os resultados obtidos no ENC “pelos
alunos são globalizados e dessa operação resulta inicialmente o enquadramento dos
cursos em uma das cinco categorias: A (12% superiores), B (18%) seguintes, C
(40% médios), D (outros 18%) e E (os últimos 12%)”. O Exame Nacional de Cursos
era um exame classificatório, que definia em que conceito os alunos de um
determinado curso de uma instituição se enquadravam.
Segundo apresentado no resumo técnico do ENC 2003, divulgado no sítio
do INEP (2007) sobre a última edição do ENC,
Participaram do Exame Nacional de Cursos de 2003, aplicado em 8 de
junho último, um total de 423.946 alunos, oriundos de 5.897 cursos, das
seguintes 26 áreas do conhecimento: Administração, Agronomia,
Arquitetura, Biologia, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Enfermagem,
Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia
47
Química, Farmácia, Física, Fonoaudiologia, Geografia, História, Jornalismo,
Letras, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia,
Pedagogia, Psicologia, Química. As duas novas áreas participantes em
2003 foram Fonoaudiologia e Geografia.
Após muitas discussões e modificações das leis que regulamentam os
sistemas de avaliação do ensino superior, o Exame Nacional de Cursos, realizado
pela última vez em 2003, foi extinto e surgiu então o Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes – ENADE.
A partir de uma pesquisa realizada por Verhine, Dantas e Soares (2006),
foram observadas diferenças entre o ENC e o ENADE, sendo que o ENADE:
a) ao realizar duas avaliações evidencia noção de "valor agregado";
b) avalia cada curso trienalmente, em lugar da freqüência anual do Provão;
c) promete ser referenciado a critérios, baseando seus testes em padrões
mínimos pré-determinados;
d) propõe-se a englobar várias dimensões em seu teste, de modo a cobrir a
aprendizagem durante o curso (em lugar de apenas medir o desempenho dos
alunos ao final do curso) e dar um peso maior às competências profissionais
e à formação geral, com ênfase nos temas transversais;
e) visa reduzir custos através da administração dos testes a uma amostra
representativa;
f) divulga seus resultados de forma discreta, com pouco alarde da mídia;
g) atribui-se um uso diagnóstico na medida em que se diz capaz de identificar as
competências não desenvolvidas pelos alunos ao longo de 3 anos de
escolarização superior; e
h) parte da premissa de que as instituições e cursos utilizarão seus resultados
como ingrediente em um processo avaliativo institucional mais abrangente.
(Acesso em 27 de setembro de 2007).
A partir dessas diferenças os pesquisadores emitiram críticas ao ENC e
apontaram a capacidade do ENADE para solucionar seus problemas.
De acordo com os pesquisadores mencionados, o ENC não era interligado
com os demais componentes de avaliação de educação superior; o ENC não
contava com a auto-avaliação institucional, que permite criar um paralelo entre a
documentação apresentada e a realidade encontrada na avaliação externa. E outro
defeito apontado é que o ENC só se preocupava com a condição final do aluno, sem
48
ter avaliado seu desenvolvimento dentro da instituição.
A proposta do ENADE, que integra o sistema de avaliação da educação
superior, é:
Aferir o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos
programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de
graduação, suas habilidades para ajustamento às exigências decorrentes
da evolução do conhecimento e suas competências para compreender
temas exteriores ao âmbito específico de sua profissão, ligados à realidade
brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento.
(Lei 10.861/04, artigo 5º § 1º).
O ENADE foi aplicado pela primeira vez, conforme informa o resumo técnico
de 2004, disponível no sítio do INEP (2007), em “07 de novembro de 2004, com a
aplicação do Exame a treze áreas do conhecimento: Agronomia, Educação Física,
Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina
Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e
Zootecnia”.
Em 2005 foi aplicado nas seguintes áreas do conhecimento: “Arquitetura e
Urbanismo, Biologia, Ciências Sociais, Computação, Engenharia (em 8 grupos),
Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia e Química”.
E em 2006 foi aplicado nas seguintes áreas do conhecimento: Administração,
Arquivologia, Biblioteconomia, Biomedicina, Ciências Contábeis, Ciências
Econômicas, Comunicação Social, Design, Direito, Formação de Professores
(Normal Superior), Música, Psicologia, Secretariado Executivo, Teatro e Turismo.
As áreas que foram avaliadas em 2007, especificamente no dia 11 de
novembro de 2007, foram as seguintes: Agronomia, Biomedicina, Educação Física,
Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina
Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Tecnologia de Radiologia,
Tecnologia em Agroindústria, Terapia Ocupacional e Zootecnia, conforme o artigo
da Portaria Normativa nº 5, de 20/03/2007.
O ENADE, segundo consta nos artigos 24 e 25 da Portaria nº 2.051, de 9 de
julho de 2004, foi realizado pelo INEP, sob orientação da CONAES, e deve ser
aplicado periodicamente a grupos de estudantes dos referidos cursos, selecionados
por amostragem, os quais se encontrarão em momentos distintos de sua graduação:
um grupo de estudantes do final do primeiro ano; e outro grupo, no último ano.
De acordo com os parágrafos 4º, , e 11 do artigo da Lei 10.861/04, o
49
ENADE tem a finalidade de levantar o perfil do estudante e é componente curricular
obrigatório dos cursos de graduação. A avaliação será expressa por meio de
conceitos, ordenados em uma escala com 5 (cinco) níveis, tomando por base
padrões mínimos estabelecidos por especialistas das diferentes áreas do
conhecimento e sua implantação será efetuada gradativamente, cabendo ao Ministro
de Estado da Educação determinar anualmente os cursos de graduação a cujos
estudantes será aplicado.
O ENADE é operacionalizado por meio de quatro instrumentos, assim listados
no sítio do INEP (2007): “a prova, o questionário de impressões dos estudantes
sobre a prova, o questionário socioeconômico e o questionário do coordenador do(a)
curso/habilitação”.
A prova tem o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes conforme o
que foi previsto no currículo do curso. O questionário de impressões da prova tem o
objetivo de colher informações referentes à opinião dos estudantes sobre a prova
(clareza, formato, tamanho, nível de dificuldade das questões, etc.). O questionário
socioeconômico tem a finalidade de traçar o perfil dos estudantes e, por fim, o
questionário do coordenador tem o objetivo de conhecer a posição do coordenador
sobre a prova, projeto pedagógico e as condições de ensino do seu curso (INEP 27
setembro de 2007).
Os resultados do ENADE são expressos mediante sete relatórios distintos,
conforme apresentado no sítio do INEP (2007): “relatório do aluno, relatório do
curso, relatório da área, relatório da instituição, resumo técnico, relatório de
conceitos e relatório técnico-científico”. Esses relatórios apresentam os resultados
obtidos no ENADE e deverão contribuir para o aperfeiçoamento dos processos de
ensino-aprendizagem e das condições de ensino e do próprio sistema de avaliação
dos cursos de graduação.
2.3.2 Exame de Suficiência
O curso de Ciências Contábeis foi estabelecido legalmente pelo Decreto-Lei
nº. 7.988 de 22 de setembro de 1945, que dispunha sobre o ensino superior de
Ciências Econômicas e de Ciências Contábeis e Atuariais. Porém em 1946, com
o Decreto-Lei 9.295/46, é que a profissão contábil começou a tomar corpo, pois
esse decreto criou o Conselho Federal de Contabilidade e definiu as atribuições do
50
contador e do guarda-livros. E o § 2º do referido Decreto-Lei estabeleceu a
necessidade de fiscalização do exercício da profissão do contabilista pelo conselho
então criado.
Os contabilistas, que são os contadores e técnicos em contabilidade, para
poderem exercer sua profissão legalmente, precisam obter o registro profissional no
conselho de contabilidade. Para isso era necessário aprovação, perfazendo no
mínimo 50% (cinqüenta por cento) de acertos, no exame de suficiência promovido
pelo Conselho Federal de Contabilidade. A Resolução CFC 853/99 instituiu, no
seu artigo 1º, “o Exame de Suficiência como requisito para obtenção de Registro
Profissional em CRC”.
O exame de suficiência objetivava verificar o conhecimento mínimo para a
prática da profissão, agindo como instrumento de fiscalização do exercício
profissional.
O artigo da referida Resolução traz o conceito do exame de suficiência:
“prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios,
consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de bacharelado em
Ciências Contábeis e no Curso de Técnico em Contabilidade”.
No artigo 3º da mesma Resolução é apresentada a forma e o conteúdo do
exame de suficiência:
O Exame de Suficiência será composto de uma prova para os Técnicos em
Contabilidade e uma para os bacharéis em Ciências Contábeis, a serem
aplicadas na mesma data e hora em todo o território nacional, ajustando-se
para isso as diferenças de fuso horário, e se dividirá em:
a) Prova para os Técnicos em Contabilidade, abrangendo as seguintes
áreas:
Contabilidade Geral;
Contabilidade de Custos;
Noções de Direito Público e Privado;
Matemática;
Legislação e Ética Profissional;
Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de
Contabilidade;
Português.
B) Prova para os Bacharéis em Ciências Contábeis, abrangendo as
seguintes áreas:
Contabilidade Geral;
Contabilidade de Custos;
Contabilidade Pública;
Contabilidade Gerencial;
Noções de Direito Público e Privado;
51
Matemática Financeira;
Teoria de Contabilidade;
Legislação e Ética Profissional;
Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de
Contabilidade;
Auditoria Contábil;
Perícia Contábil;
Português;
Conhecimentos sociais, econômicos e políticos do País.
De acordo com o sítio do Conselho Federal de Contabilidade (2007), o exame
de suficiência começou a ser realizado no ano de 2001 e sua última realização foi
em 2004. Atualmente o exame de suficiência está suspenso, mas deverá ser
restabelecido, já existindo projeto de lei neste sentido.
Muitos questionamentos e discussões foram levantados acerca da realização
desse exame, pois de certa forma ele parece ser inconstitucional, por ir de encontro
ao princípio constitucional do livre exercício profissional (artigo 170 CF).
Os assuntos descritos anteriormente, constantes do artigo da Resolução
CFC 853/99, que compõem o exame de suficiência do Conselho Federal de
Contabilidade, conforme o artigo da referida Resolução deveriam estar de acordo
com os conteúdos programáticos desenvolvidos nos cursos tanto de graduação
quanto técnico. Sendo assim, o exame de suficiência deveria estar de acordo com o
currículo do curso, que é normatizado.
A partir dos conceitos apresentados anteriormente sobre avaliação, pode-se
classificar o exame de suficiência como uma avaliação externa, pois visa verificar se
o indivíduo tem os conhecimentos necessários para o desempenho da profissão,
que foram englobados pelo currículo do curso. E a avaliação também poderá
identificar se o currículo do curso contempla os conteúdos necessários ao bom
desempenho da profissão.
2.4 CURRÍCULO
O papel essencial da avaliação, segundo Tyler (1978, p. 98), “consiste em
determinar em que medida os objetivos educacionais estão sendo realmente
alcançados pelo programa do currículo e do ensino”.
A avaliação do currículo tem, entre outras, a finalidade de garantir que a
educação, aplicada por determinadas instituição, esteja suprindo as necessidades
dos indivíduos e da sociedade.
52
Lewy (1979, p. 4) explica que:
A expansão das atividades de desenvolvimento de currículo acentuou a
necessidade de avaliar os programas educacionais. Tanto as agências
financiadoras quanto os consumidores desejavam evidências de que os
novos programas produziam resultados satisfatórios.
De acordo com as idéias de Tyler e Lewy, pode-se observar que a avaliação
do currículo possui diversas finalidades, sendo ele de grande valia para diversos
usuários.
O currículo pode ser entendido como um resumo, estruturado de forma
organizada (por assunto, ou grau de evolução), com informações sobre determinada
coisa, como se fosse um roteiro.
Em educação, o currículo contempla matérias referentes ao curso. As
matérias se distribuem em disciplinas que são organizadas em seqüência, em grau
crescente de dificuldade, separadas por períodos (trimestres, semestres, ano, entre
outros), com o número de horas-aula necessárias para o seu cumprimento.
Cada docente é responsável por uma disciplina devendo ter consciência de
que a disciplina assumida por ele é parte de um todo, que deverá se integrar com as
demais. Isto é, o docente deverá ligar sua disciplina com as demais disciplinas do
curso, apontando a ligação e sua importância para o aluno, e não tratar a disciplina
como algo isolado do contexto, sem se preocupar com as demais disciplinas que
serão vistas no curso.
Para Ochs (apud Lewy 1979, p. 6) o termo currículo
é freqüentemente usado para designar igualmente o programa de uma
determinada matéria e de uma determinada série, o programa de uma
determinada matéria para um ciclo inteiro de estudos ou o programa total de
diferentes matérias para um ciclo inteiro ou mesmo para todos os ciclos.
Além disso, o termo “currículo” é algumas vezes usado num sentido mais
amplo para abranger as várias atividades educacionais por meio das quais
o conteúdo é transmitido, assim como os materiais usados e os métodos
empregados.
Neste trabalho o termo currículo será utilizado para designar o programa
total de diferentes matérias para todos os ciclos e será observado o currículo atual
do curso de graduação em Ciências Contábeis da UFSC.
A organização do currículo é um ponto importante, pois as experiências de
aprendizagem precisam ser distribuídas de forma a garantir um bom desempenho
do aluno. A falta de organização poderá causar desarticulação entre as disciplinas
do curso, o que poderá acarretar transtornos, como dificuldade dos alunos para
53
acompanhar o curso e também do professor para ministrar suas aulas. Também a
estafa ou o desinteresse causados pela quantidade excessiva de disciplinas
reunidas em um único período poderá comprometer de igual forma o desempenho
dos professores e dos alunos.
De acordo com o artigo 53, inciso II da Lei 9.394, de 20 de dezembro de
1996, Lei de Diretrizes e Bases, as universidades, no exercício de sua autonomia,
têm a atribuição de “fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as
diretrizes gerais pertinentes”.
Anastasiou (2003, p. 43) vem reforçar o que foi exposto acima sobre a
importância da organização do currículo:
A organização acadêmica é feita por faculdades, por objetos de estudo, dos
quais decorem os conjuntos de disciplinas rigidamente determinados. Os
cursos se organizam com período básico e outro profissionalizante,
separando a teoria que necessariamente vem antes da prática. Assim,
os estágios ficam alocados no final do currículo escolar de cada curso.
A organização do currículo contribui também para assegurar que ele alcance
os objetivos estabelecidos pelo Projeto Político-Pedagógico do curso.
Sacristán (2000, p. 35) também enfatiza a importância da organização do
currículo ao afirmar que:
A aprendizagem dos alunos nas instituições escolares esorganizada em
função de um projeto cultural para a escola, para um nível escolar ou
modalidade; isto é, o currículo é, antes de tudo, uma seleção de conteúdos
culturais peculiarmente organizados, que estão codificados de forma
singular.
Masetto (2003) levanta um questionamento relevante sobre a elaboração de
um currículo: que aspectos se devem levar em consideração para se construir um
currículo?
O autor (2003, p. 68) chega à conclusão de que “se deve levar em
consideração, em primeiro lugar, as necessidades da sociedade em que vivemos e
na qual os alunos vão exercer sua profissão. [...] Um segundo ponto a considerar é a
questão do progresso científico e tecnológico”.
Observando o que foi exposto por Masetto pode-se chegar à conclusão de
que a elaboração de um currículo envolve uma série de debates e reflexões que o
corpo docente junto com a coordenação deverão fazer para que o currículo atinja o
objetivo a que se propõe e esteja de acordo com a legislação que o regulamenta.
No caso dos cursos de graduação em Ciências Contábeis, as Instituições de
54
Ensino Superior devem observar a Resolução CNE/CES 10, de 16 de dezembro de
2004, resolução que regulamenta o currículo dos cursos de graduação em Ciências
Contábeis.
2.4.1 Resolução nº 10/04 – CNE/CES
A Resolução nº 10/04 – CNE/CES no seu artigo 1º institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Ciências Contábeis,
bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Educação Superior.
A referida Resolução estabelece os aspectos que a organização curricular
dos cursos de Ciências Contábeis deverá contemplar:
a) Perfil do egresso: os artigos 3º e 4º descrevem as capacidades, competências
e habilidades que o curso deverá desenvolver no futuro contabilista, tais
como: ter domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações,
auditorias, perícias; utilizar adequadamente a terminologia Contábil; saber
elaborar pareceres e relatórios; aplicar adequadamente a legislação inerente
às funções contábeis; exercer todas as suas atribuições com ética e
proficiência;
b) Conteúdos: o artigo exibe os conteúdos que o currículo deverá contemplar,
observando o perfil do egresso, que atendam aos campos interligados à
formação Básica (administração, economia, matemática, direito, entre outros),
Profissional (estudos específicos das Teorias da Contabilidade) e Teórico-
Prática (estágios, atividades complementares, laboratórios, etc.);
c) Condições para conclusão e integralização curricular: o artigo rege que a
organização curricular deverá estabelecer o regime que adotará: anual,
semestral, sistema de créditos, com matrícula por disciplina ou por dulos
acadêmicos, com a adoção de pré-requisitos;
d) Estágio curricular supervisionado: no artigo são apresentadas informações
sobre o estágio supervisionado, que é tratado como um componente
curricular o obrigatório, direcionado para a consolidação do desempenho
profissional desejado;
e) Atividades complementares: o artigo trata das atividades complementares
como componente curricular que possibilite o enriquecimento do
conhecimento intelectual do aluno, podendo ser atividades independentes,
55
transversais, opcionais etc.
f) Trabalho de conclusão de curso (TCC): no artigo podem-se encontrar as
abordagens sobre o TCC, que é opcional para a instituição, sendo uma
monografia, projeto de iniciação científica ou projeto de atividade;
g) Duração e carga horária: o artigo 10 explica que os cursos de graduação,
bacharelado, terão suas cargas horárias e duração estabelecidas por
Resolução da Câmara de Educação Superior do CNE.
A Resolução 10/04 tem o objetivo de regulamentar os currículos dos cursos
de graduação em Ciências Contábeis, buscando assegurar que todos os alunos
tenham o conhecimento imprescindível, uma base específica para desenvolver as
capacidades e competências necessárias para o exercício da profissão,
independente da instituição em que estudem.
Os egressos deverão ter condições de exercer a profissão contábil, com ética
e responsabilidade, na sociedade em que se inserem, familiarizados com as
tecnologias existentes, sabendo interagir e utilizar as outras ciências que estejam
ligadas à Ciência Contábil para enriquecer o seu trabalho, gerando informações que
viabilizem, aos agentes econômicos e aos administradores de qualquer segmento
produtivo ou institucional, a tomada de decisões, e adotando atitudes e valores
orientados para a cidadania.
O artigo 11, da referida Resolução 10/04 estabelece que suas Diretrizes
Curriculares Nacionais deverão ser implantadas pelas Instituições de Educação
Superior, obrigatoriamente, no prazo máximo de dois anos, aos alunos ingressantes,
a partir da data de sua publicação, que foi 28 de dezembro de 2004. Desta forma, as
IES tinham prazo até o dia 28 de dezembro de 2006 para iniciarem a sua
implantação.
No dia 31 de janeiro de 2007 foi aprovado e publicado o Parecer CNE/CES
8/2007 que dispõe sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à
integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelado, na modalidade
presencial. No item 7 do referido Parecer ficou estabelecido o número de 3.000
horas/relógio como carga horária mínima para os cursos de graduação,
bacharelado, em Ciências Contábeis, na modalidade presencial.
56
2.4.2 O Currículo CCN-UFSC
De acordo com informações publicadas no sítio do Departamento do Curso de
Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, o referido curso foi
criado em 08 de fevereiro de 1965 e aprovado pelo Parecer 39/SESU/MEC/65. O
curso foi reconhecido pelo Decreto 75590/75, de 11 de abril de 1975.
O currículo do curso de Ciências Contábeis da UFSC tem o período mínimo
de conclusão de 8 semestres e prazo máximo de 16 semestres.
O currículo que será apresentado a seguir, figura 3, foi elaborado pela
coordenação juntamente com o corpo docente e comunidade acadêmica do curso
de graduação em Ciências Contábeis e iniciou sua implantação gradativa a partir do
primeiro semestre do ano de 2006.
A Portaria nº 163/PREG/2005 resolve, no seu artigo 1º, “aprovar o currículo
2006.1 do curso de Graduação em Ciências Contábeis, diurno e noturno”.
O currículo proposto se compõe de 3.000 horas/relógio, equivalentes a 3.600
horas/aula.
Observando o currículo, pode-se chegar à conclusão que para a sua
elaboração foi observada a Resolução 10/04 CNE/CES, pois o currículo CCN-UFSC
foi elaborado por meio de um Projeto-Pedagógico e esse cumpre os aspectos
mencionados no artigo da referida Resolução. E ele também contempla as
exigências expostas nos artigos 3º, e 5º, que tratam respectivamente das
capacidades, competências, habilidades e conteúdos que o currículo deverá
abranger.
Ao longo do curso, em cada fase a ser cursada, existem disciplinas de
contabilidade juntamente com disciplinas das áreas afins que estão interligadas,
gerando harmonia e proporcionando ao aluno um suporte para o desenvolvimento
dos estudos. São exemplos de disciplinas das áreas afins: Matemática, Métodos
Estatísticos, Informática, Direito, entre outras.
O currículo inicia com disciplinas básicas como Contabilidade I, Matemática I,
entre outras, em sua primeira fase, seguindo evolutivamente para disciplinas que
exigem maior aprofundamento que é adquirido ao longo do curso, chegando às
disciplinas que exigem um conhecimento mais específico, como as disciplinas de
sétima e oitava fases como, por exemplo: Auditoria, Contabilidade Avançada, Perícia
e Controladoria.
57
Observa-se também que houve uma preocupação em organizar as disciplinas
em ordem crescente de dificuldade e conhecimento progressivo, necessários para
cursá-las. Outra preocupação que fica evidente foi a distribuição igual das cargas
horárias por fase, cada fase contendo 360 horas/aula, com exceção da 1ª fase.
No projeto original, o currículo apresentava 3.048 horas/aula. Com a
publicação do Parecer CNE/CES 8/2007, aprovado em 31/01/2007, que estabeleceu
o mínimo de 3.000 horas/relógio para os cursos de graduação em Ciências
Contábeis, o colegiado do Departamento sugeriu e o colegiado do curso acatou as
seguintes modificações, conforme apresentado pela Portaria nº 326/PREG/2007:
acréscimo de 4 disciplinas a partir da fase, de 72 horas/aula cada uma, a saber:
Teoria da Contabilidade, Auditoria Contábil II, Controladoria e Planejamento
Tributário. Procurou-se, desta forma, reforçar as principais áreas da Contabilidade: a
societária, a pública, a gerencial e a tributária. Foi também aumentada a carga
horária atribuída à Monografia (TCC), que passou para 180 horas/aula, e
acrescentaram-se 120 horas às atividades de extensão. O currículo “definitivo” ficou
assim estabelecido:
58
1ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5115
CONTABILIDADE I
72
-
DIR 5966
LEGISLAÇÃO COMERCIAL E SOCIETÁRIA
72
-
CAD 5151
TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES
72
-
LLV 5603
PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA I
60
-
MTM 5134
MATEMÁTICA I
60
-
TOTAL
336 horas/aula
2ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5116
CONTABILIDADE II
72
CCN 5115
CNM 5145
TEORIA ECONÕMICA
72
-
INE 5125
MÉTODOS ESTATÍSTICOS I
72
-
MTM 5151
MATEMÁTICA FINANCEIRA I
72
-
DIR 5972
LEGISLAÇÃO SOCIAL E PREVIDENCIÁRIA
72
-
TOTAL
360 horas/aula
3ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5117
CONTABILIDADE III
72
CCN 5116
MTM 5152
MATEMÁTICA FINANCEIRA II
72
MTM 5151
CCN 5124
LABORATÓRIO DE PRÁTICA CONTÁBIL
72
CCN 5116
FIL 5109
ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA
72
-
INE 5126
MÉTODOS ESTATÍSTICOS II
72
INE 5125
TOTAL
360 horas/aula
4ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5137
CONTABILIDADE DE CUSTOS
72
CCN 5117
EPS 5119 PESQUISA OPERACIONAL APLICADA À CONTABILIDADE 72 INE 5125
DIR 5991
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
72
-
CCN 5119
CONTABILIDADE SUPERIOR
72
CCN 5117
CCN
DISCIPLINA(S) OPTATIVA(S)
72
-
TOTAL
360 horas/aula
5ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5171
CONTABILIDADE PÚBLICA I
72
-
CCN 5321
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I
72
DIR 5991
CNM 5305
MERCADO DE CAPITAIS
72
MTM 5152
CCN 5303
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÃOES CONTÁBEIS
72
CCN 5119
CCN 5139
ANÁLISE DE CUSTOS
72
CCN 5137
TOTAL
360 horas/aula
6ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5172
CONTABILIDADE PÚBLICA II
72
CCN 5171
CCN 5322
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA II
72
DIR 5991
CCN 5141
TÉCNICAS DE PESQUISA EM CONTABILIDADE
72
CCN 5119
CCN 5180
CONTABILIDADE E FINANÇAS
72
MTM 5152
CCN 5140
CONTABILIDADE GERENCIAL
72
CCN 5139
TOTAL
360 horas/aula
7ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5318
AUDITORIA CONTÁBIL
72
CCN 5303
CCN 5184
CONTABILIDADE AVANÇADA
72
CCN 5119
CCN 5185
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL
72
CCN 5124
CCN 5183
CONTABILIDADE ATUARIAL
36
CCN 5180
CCN 5181
SIMULAÇÃO GERENCIAL I
36
CCN 5140
CCN 5186
TEORIA DA CONTABILIDADE
72
CCN 5119
TOTAL
360 horas/aula
8ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5147
PERÍCIA CONTÁBIL
72
CCN 5318
CCN 5182
SIMULAÇÃO GERENCIAL II
36
CCN 5181
CCN 5320
AUDITORIA CONTÁBIL II
72
CCN 5318
CCN 5323
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
72
CCN 5321 E CCN 5322
CCN 5325
CONTROLADORIA
72
CCN 5140
CCN
DISCIPLINA OPTATIVA
36
TOTAL
360 horas/aula
9ª FASE
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN
DISCIPLINA(S) OPTATIVA(S)
72
CCN 5401
MONOGRAFIA
180
CCN 5141
CCN
DISCIPLINA(S) OPTATIVA(S)
72
CCN
DISCIPLINA OPTATIVA
36
TOTAL
360 horas/aula
Figura 3 – Currículo CCN-UFSC – Disciplinas Obrigatórias
Fonte: Sítio Departamento CCN-UFSC
59
O currículo exige ainda mais 288 horas/aula de disciplinas optativas, das
quais 144 horas/aula devem ser do rol de disciplinas optativas do currículo 1994/1,
expostas na figura 4, ou do currículo 2006/1, expostas na figura 5. Ou seja, os
alunos podem optar por cursar tanto as disciplinas optativas do currículo de 1994/1,
quanto do currículo 2006/1; algumas disciplinas diferem em horas-aula, outras são
totalmente novas, mas a idéia é que atendam aos alunos dos dois currículos que,
por enquanto, correm paralelos.
E as demais 144 horas/aula podem ser de livre escolha dentre as disciplinas
oferecidas pela UFSC, obedecidos os pré-requisitos.
As disciplinas optativas proporcionam ao aluno a escolha de disciplinas de
seu interesse maior, ligadas à área sobre a qual ele pretende adquirir mais
conhecimentos, mas de qualquer maneira são intimamente ligadas à Ciência
Contábil.
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
ANT 5203
CULTURA BRASILEIRA
72
CCN 5107
CONTABILIDADE HOSPITALAR
54
CCN 5137
CCN 5142
CONTABILIDADE DE EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
54
CCN 5137
CCN 5155
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE GERENCIAL
54
CCN 5156
SISTEMAS CONTÁBEIS
54
CCN 5140
CCN 5157
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE
54
CCN 5158
CONTABILIDADE INDUSTRIAL
54
CCN 5137
CCN 5159
CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
54
CCN 5137 e CNM 5145
CCN 5160
CONTABILIDADE RURAL
54
CCN 5137
CCN 5162
CONTABILIDADE DE EMPRESAS DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA SOCIAL
54
CCN 5137 e CNM 5145
CCN 5163
CONTABILIDADE DE HOTELARIA E TURISMO
54
CCN 537
CCN 5164
CONTABILIDADE DE COOPERATIVAS
54
CCN 5137
CCN 5165
CONTABILIDADE SINDICAL
54
CCN 5137
CCN 5402
PESQUISA EM CONTABILIDADE
54
CCN 5141
CCN5403
MONITORIA EM CONTABILIDADE
54
HST 5142
HISTÓRIA ECONOMICA GERAL I
54
HST 1142
Figura 4 – Currículo 1994.1 CCN-UFSC – Disciplinas Optativas
Fonte: Sítio Departamento CCN-UFSC
60
Código
Disciplina
Horas/aula
Pré-requisito
CCN 5166
CONTABILIDADE RURAL
72
CCN 5137
CCN 5167
CONTABILIDADE DE HOTELARIA E TURISMO
36
CCN 5137
CCN 5231
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE I
36
CCN 5117
CCN 5232
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE II
36
CCN 5117
CCN 5233
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE III
72
CCN 5117
CCN 5241
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE GERENCIAL I
36
CCN 5140
CCN 5242
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE GERENCIAL II
36
CCN 5140
CCN 5243
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE GERENCIAL III
72
CCN 5140
CCN 5251
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE PÚBLICA I
36
CCN 5171
CCN 5252
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE PÚBLICA II
36
CCN 5171
CCN 5253
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE PÚBLICA III
72
CCN 5171
CCN 5246
TÓPICOS ESPECIAIS DE CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
36
CCN 5117
CCN 5247
CONTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
72
CCN 5117
CCN 5248
CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
72
CCN 5171
CCN 5249
CONTABILIDADE DE ATIVOS INTANGÍVEIS
72
CCN 5140
CCN 5250
CONTABILIDADE E AVALIAÇÃO MULTICRITERIAL
72
CCN 5140
CCN 5255
PERÍCIA SOCIETÁRIA
72
CCN 5318
CCN 5257
CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
72
CCN 5303
CCN 5254
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
72
CCN 5117
CCN 5257
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
72
CCN 5119
CCN 5261
CONTABILIDADE DE EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
36
CCN 5137
CCN 5262
CONTABILIDADE DE COOPERATIVAS
36
CCN 5117
CCN 5263
FINANÇAS PESSOAIS
72
-
Figura 5 – Currículo 2006.1 CCN-UFSC – Disciplinas Optativas
Fonte: Sítio Departamento CCN-UFSC
O currículo aponta ainda que devem ser validadas a 200 horas de
atividades complementares e mais 120 horas de atividades de extensão.
De acordo com informações expostas no sítio do Departamento de
Contabilidade CCN-UFSC, existem cinco grupos de atividades complementares,
abordadas a seguir. O aluno poderá validar as atividades na carga horária solicitada,
200 horas, de acordo com o permitido pelo currículo. Tais atividades deverão ter
sido realizadas nos últimos 5 anos a contar da data da comprovação, podendo ser:
Grupo I - no grupo I estão as atividades de iniciação à docência e pesquisa:
a) Exercício de monitoria – até 60 horas (01 semestre);
b) Participação em pesquisas e projetos institucionais (PET/PIBIC/Funpesquisa),
outros projetos de pesquisa, trabalho técnico, sob supervisão de professores
e/ou alunos do mestrado em Contabilidade até 60 horas (01 semestre) por
atividade, até o máximo de 120 horas.
Grupo II Congressos, seminários, conferências e outras atividades
assistidas:
a) Congressos, seminários, conferências e palestras assistidas: mínimo de 01
hora por evento, atingindo o máximo de 60 horas;
b) Defesas de dissertação de mestrado e tese de doutorado assistidas: 02 horas
por defesa, até o máximo de 10 horas;
c) Apresentação de monografias de final de curso (TCC) de Ciências Contábeis
61
e/ou área afim: 01 hora por apresentação, até o máximo de 10 horas.
Grupo III – Publicações e apresentação de trabalhos em eventos científicos:
d) Artigos publicados em revistas com ‘referee’, de forma individual ou coletiva
(máximo de 3 autores): 30 pontos por artigo, correspondentes a 30 horas
cada um, até o máximo de 150 horas;
e) Artigos publicados em revistas sem ‘referee’, de forma individual ou
coletiva (máximo de 3 autores): a20 pontos por artigo, correspondentes a
20 horas cada um, até o máximo de 60 horas;
f) Apresentação de trabalhos em eventos científicos ou publicação em Anais de
Congressos, de forma individual ou coletiva (máximo de 3 autores): 30 pontos
por trabalho, correspondentes a 30 horas cada um, até o máximo de 90
horas;
g) Participação em concursos, exposições e mostras: 10 pontos por
participação, até o máximo de 50 horas (pontos);
h) Premiação em concursos de caráter nacional/internacional – 100 pontos.
Grupo IV – Vivência profissional complementar:
i) Realização de estágio não-curricular, conforme normas vigentes no CCN:
60 horas, correspondentes a estágio de 20 horas semanais, no mínimo, por
um período mínimo de 04 meses, podendo atingir o máximo de 120 horas (2
semestres nas condições mínimas mencionadas);
j) Realização de estágio em Empresa Júnior/Incubadora de Empresa: máximo
de 60 horas, correspondentes a estágio de 20 horas semanais, no mínimo,
por um período mínimo de 04 meses;
k) Participação em projetos sociais: 01 semestre de participação equivale a 30
horas, podendo o aluno computar o máximo de dois projetos.
l) Atividade profissional específica comprovada, por um período mínimo de 04
meses, correspondente a 50 pontos (horas), pontuação máxima a ser obtida
no item;
m) Participação em entidade de representação estudantil específica (Centro
Acadêmico de Ciências Contábeis), por período mínimo de 06 meses,
correspondente a 10 horas, por um período máximo de 2 anos (40 pontos),
não cumulativos;
n) Outras atividades não contempladas, a critério do Coordenador do Curso, até
o máximo de 90 horas.
62
A atividade complementar, como o próprio nome indica, complementa o
currículo, agregando conhecimentos que são de escolha do aluno, isto é, de acordo
com seu interesse, curiosidade e possivelmente com o intuito de esclarecer e
reforçar pontos que ajudarão na sua vida profissional.
As diversas atividades complementares, como assistir a defesas, participar de
congressos e eventos, realizar estágios, publicar artigos, entre outras, geram
conhecimento e instigam o aluno a se aprofundar em determinadas áreas do
conhecimento contábil.
As atividades de extensão determinadas pelo currículo CCN-UFSC permitem
a validação das seguintes atividades, conforme é apresentado no sítio do
Departamento de Contabilidade CCN-UFSC. Serão aceitas atividades realizadas,
nos últimos 05 anos, a contar da data de registro na coordenação do curso:
a) Cursos à distância: até 60 horas por curso, a critério do coordenador do
curso, atingindo o máximo de 60 horas;
b) Cursos de curta duração e/ou disciplinas cursadas em programas de
extensão: até o máximo de 60 horas;
c) Outras atividades de extensão, a critério do coordenador do Curso, até o
máximo de 90 horas.
As atividades de extensão são destinadas para atividades que enriqueçam a
cultura do aluno tais como cursos de idiomas, de informática, de artesanato entre
outros.
63
3 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Antes de abordar o Projeto Pedagógico faz-se necessária uma breve
explanação sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional PDI. Segundo
Masetto (2003, p. 61), o PDI
corresponde ao plano estratégico da Instituição. O PDI, além de definir os
objetivos de uma Instituição e princípios educacionais orientadores de suas
atividades, deverá demonstrar que possui os meios e recursos necessários
tanto para cumprir as atuais metas, em um cronograma estipulado, como
prever possível desdobramento de suas atividades, os meios e recursos
necessários.
Para Masetto o PDI, além de se constituir num planejamento, deve evidenciar
como será possível executar aquilo que foi proposto levando em conta as condições,
meios e recursos disponíveis. As Diretrizes para Elaboração do PDI (2002)
evidenciam a preocupação com a elaboração do Plano de Desenvolvimento
Institucional, como se pode verificar:
O MEC constatou a necessidade de introduzir, como parte integrante de um
projeto institucional das Instituições de Ensino Superior - IES, o seu
planejamento estratégico, sintetizado no que convencionou-se denominar
de Plano de Desenvolvimento Institucional PDI.
O Decreto nº 5.773 de 09 de maio de 2006, artigo 15, inciso II, alínea b, revela
que esse documento é exigido pelo MEC, compondo o rol de documentos
obrigatórios para o credenciamento de instituições de ensino superior.
As Diretrizes para Elaboração do PDI (2002) orientam que:
O PDI deverá ser elaborado para um período de cinco anos; é o documento
que identifica a Instituição de Ensino Superior IES, no que diz respeito à
sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes
pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às
atividades acadêmicas que desenvolve e/ou que pretende desenvolver.
O PDI deverá conter determinadas dimensões que serão analisadas pela
SESu/MEC que, de acordo com as Diretrizes para Elaboração do PDI (2002), são:
a) Perfil Institucional deverá conter informações relativas à missão, objetivos
gerais e metas para alcançar esses objetivos;
b) Planejamento e Gestão Institucional – este campo deverá ser preenchido com
informações relativas a objetivos e metas específicos para o planejamento e
gestão institucional, organização acadêmica e administrativa, planejamento e
organização didático-pedagógicos, oferta de cursos e programas, infra-
estrutura física e acadêmica e aspectos financeiros e orçamentários (para as
64
IES privadas);
c) Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento Institucional serão
expostos neste item os objetivos e metas específicos para a avaliação e
acompanhamento do desempenho institucional e também o projeto de
acompanhamento e avaliação do desempenho institucional;
d) Cronograma de Implementação do PDI – deverão ser elaboradas as etapas e
um cronograma de implementação do PDI.
Essas dimensões servem como referencial e medidas de apoio da Secretaria
de Educação Superior para as instituições do sistema federal de ensino e deverão
ser respeitadas quando da elaboração do PDI.
Após ser entendido o Plano de Desenvolvimento Institucional, pode-se
abordar o Projeto Político-Pedagógico - PPP que, na visão de Masetto (2003, p. 60),
é o subconjunto mais importante do PDI na medida em que organiza e
consolida a programação das atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e
extensão, dos cursos de graduação, especialização e pós-graduação, bem
como orienta a política de contratação de docentes e funcionários, o
aperfeiçoamento e desenvolvimento deles, o processo de seleção dos
candidatos e a infra-estrutura acadêmica, administrativa e pedagógica.
O Projeto Político-Pedagógico PPP é um documento obrigatório que deverá
ser elaborado pelas instituições de ensino. Segundo a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases, no inciso I, do artigo 12, os
estabelecimentos de ensino terão a incumbência de “elaborar e executar sua
proposta pedagógica”. A elaboração do PPP poderá ter a participação dos docentes,
profissionais da educação e também as comunidades escolares.
Masetto (2003, p. 60) revela que o PPP é:
um projeto político porque estabelece e sentido ao compromisso social
que a Instituição de ensino superior assume com a formação de
profissionais e de pesquisadores cidadãos que, na sociedade em que
vivem, trabalhando como profissionais ou pesquisadores ou cientistas,
desenvolvem sua participação e seu compromisso com a transformação da
qualidade de vida dessa sociedade.
Ainda de acordo com Masetto (2003, p. 61), o Projeto Político-Pedagógico
tem o objetivo de organizar e definir aspectos da instituição, abrangendo todos os
elementos envolvidos nela tais como: professores, alunos, disciplinas espaço e
recursos da instituição, desenvolvimento humano dos colaboradores, e
desenvolvimento da instituição como um todo.
A participação desses elementos da instituição deverá observar sempre os
65
objetivos e metas propostos.
A elaboração e implantação do Projeto Político-Pedagógico envolve várias
figuras da instituição, como foi dito anteriormente, exigindo uma série de
discussões. Sua implantação deverá ser gradativa e, inevitavelmente, surgirão
necessidades de ajustes ao longo da sua implantação. Novas discussões deverão
ocorrer e os acertos deverão ser realizados para que o PPP seja bem sucedido.
3.1 O PROJETO-POLÍTICO PEDAGÓGICO CCN-UFSC
O atual Projeto Político Pedagógico - PPP do curso de Ciências Contábeis da
UFSC foi elaborado entre agosto de 2002 e maio de 2005 pela coordenação do
curso, professores e comunidade acadêmica.
O Projeto Político Pedagógico CCN-UFSC foi estruturado da seguinte forma:
1) Introdução; 2) Contextualização institucional, geográfica e social; 3) Situação do
curso de Ciências Contábeis da UFSC e novas perspectivas; 4) Legislação; 5) Perfil
do ingressante; 6) Objetivos do curso; 7) Procedimentos metodológicos; 8) Formas
de avaliação; 9) Perfil do egresso; 10) Organização curricular; 11) Ementas e
programas; 12) Equivalências; 13) Regulamento de monografia; 14) Regulamento do
estágio não obrigatório; 15) Condições de implantação do programa político-
pedagógico; 16) Referências; 17) Anexo 1: Resolução CNE/CES 10/04; 18) Anexo 2:
Ementas e Programas; 19) Anexo 3: Regulamento da monografia; e 20) Anexo 4:
Regulamento do Estágio.
Na introdução do Projeto Político-Pedagógico fica evidente a preocupação
com o currículo e com os conteúdos contemplados por ele. E outra preocupação
evidente é com a boa preparação dos alunos.
A revisão do currículo CCN-UFSC deu-se, primeiramente, pelo fato do
currículo antigo contemplar apenas 40% da grade curricular com disciplinas de
Contabilidade, e essa era uma queixa constante dos alunos. Paralelamente a esse
fato foi elaborada e publicada a Resolução 10/04 CNE/CES, que instituiu
Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em Ciências Contábeis,
obrigando as IES a se enquadrar na nova regulamentação. A Resolução, no entanto,
não previa um número mínimo de horas para o curso nem os prazos mínimo e
máximo para a sua conclusão.
Somente em 31 de janeiro de 2007 foi publicado o Parecer CNE/CES
66
8/2007 que modificava a carga horária mínima para os cursos de graduação,
estabelecendo para o bacharelado em Ciências Contábeis 3.000 horas/relógio, o
que, conforme já exposto, refletiu diretamente no PPP e gerou novas modificações.
De acordo com o Projeto-Político Pedagógico do CCN-UFSC, as disciplinas
optativas livres (144 horas) e as atividades complementares e de extensão serão
destinadas à formação humanística e profissional de forma bastante independente,
deixando para as disciplinas obrigatórias e optativas específicas a ênfase na
Contabilidade integrada aos campos com os quais mais se relaciona, como
Economia, Administração, Direito e Matemática. O currículo salienta o
desenvolvimento de habilidades de pesquisa, investigação, análise e julgamento
assim como a conscientização da importância da informação no mundo atual,
informação esta que deverá estar integrada a uma estrutura conceitual e que deve
gerar novas informações.
Outra preocupação exposta no Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC diz
respeito às inovações tecnológicas e ao contexto social, econômico e financeiro em
âmbito nacional e internacional.
Após a introdução, o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC faz uma
explanação sobre a contextualização institucional, geográfica e social, abordando
aspectos quanto à região e à UFSC, colocando informações referentes à localização
da UFSC, dados sobre sua fundação, número de cursos, seus integrantes, infra-
estrutura, missão, objetivo, entre outros, além de uma breve explanação sobre o
município de Florianópolis.
O item número 3 do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC contém
informações a respeito da situação então vigente no curso de Ciências Contábeis da
UFSC e novas perspectivas. Nesse item é informado que o curso é ofertado em dois
turnos (matutino e noturno), sendo ofertadas 80 vagas no primeiro semestre e outras
80, no segundo. O curso matutino estava previsto para 8 semestres e o noturno,
para 10. O tempo médio para a formação dos acadêmicos, nos últimos 10 anos, gira
em torno de 5 anos.
O atual Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC foi aprovado pelo colegiado
do departamento de Ciências Contábeis em reunião realizada no dia 04 de maio de
2005. Ele prevê a manutenção dos dois turnos e a uniformização da seqüência
curricular, de forma que não haja diferenças entre a oferta de disciplinas dos turnos
matutino e noturno. Todas as fases terão 4 horas/aula diárias previstas, com
67
exceção da última fase, quando os alunos deverão cursar apenas as disciplinas
optativas que faltarem para que possam se dedicar à redação da monografia,
exigência do curso. Outra informação no item 3 é relacionada ao quadro de
professores.
O item 4 do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC dedica-se à legislação
pertinente. Este item começa com informações sobre o surgimento e deliberações
estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Dando ênfase
às diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o item 4 do Projeto Político-
Pedagógico CCN-UFSC aborda o parecer 776/97-CNE/CES que trata justamente
das orientações para as diretrizes curriculares dos cursos de graduação. Entre os
princípios a serem observados quando da formulação das diretrizes curriculares, de
acordo com o referido parecer, o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC salienta
alguns que considera importantes, relativos à liberdade na composição da carga
horária e especificação das unidades de estudos a serem ministradas, assim como
na indicação dos tópicos que comporão o currículo, entre outros.
O Projeto Político-Pedagógico, no item 4, lista e resume a seguinte legislação:
a) Edital 4 de 10 de dezembro de 1997, da SESu/MEC (convoca as IES a
apresentar propostas para as ditas Diretrizes a serem elaboradas pelas
Comissões de Especialistas daquela Secretaria);
b) Lei 10.172, que “aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras
providências”;
c) Portaria nº 3.018/01 – MEC, que estabelece as Diretrizes para o Exame
Nacional de Cursos/2002;
d) Parecer nº 146/02 – CNE/CES, que estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais comuns e específicas aos cursos de graduação em Direito,
Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Turismo, Hotelaria,
Secretariado Executivo, Música, Dança, Teatro e Design;
e) Resolução 6/04 CNE/CES, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais do curso de graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, e
outras providências;
f) Resolução 10/04 CNE/CES, que altera e revoga a Resolução 6/04
CNE/CES.
No item 5 do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC, são tecidos
comentários sobre o perfil do ingressante com o objetivo de elencar as expectativas
68
do aluno em relação ao curso e fornecer informações sobre eles que pudessem
embasar algumas decisões a serem tomadas quanto ao currículo, mínimo de
horas/aula diárias e semanais, tempo mínimo e máximo para conclusão,
metodologias a serem adotadas, etc.
No item 6 são expostos os objetivos do curso, objetivo geral e objetivos
específicos. Segundo o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC, o objetivo geral é:
“proporcionar uma visão ampla e interdisciplinar da Contabilidade e do Mercado,
formar profissionais capazes de atuar com competência e ética, cônscios de sua
cidadania, e estimular a pesquisa na área contábil”.
Logo a seguir são apresentados os objetivos específicos, que são:
a) Capacitar o aluno a mensurar, avaliar, registrar e controlar o patrimônio das
organizações, tanto públicas como privadas, e suas alterações;
b) Capacitar o aluno a relatar, de forma correta e analítica, os eventos
patrimoniais;
c) Estimular o aluno à produção científica;
d) Estimular o aluno a participar da vida social através de atividades
complementares e de extensão.
Na seqüência do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC encontra-se o item
7, que traça os procedimentos metodológicos. De acordo com o referido projeto, os
procedimentos metodológicos têm o objetivo comum de integrar as disciplinas de
forma vertical e horizontal, visando ampliar a qualidade do processo ensino-
aprendizagem e desenvolver alternativas pedagógicas para a aquisição de novos
conhecimentos.
No item 8 apresentam-se as formas de avaliação adotadas pelo Projeto
Político-Pedagógico CCN-UFSC. O item 9 traça o perfil desejado do egresso e o
item 10, que se apresenta na seqüência, expõe a organização curricular .
O item 10 do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC chama atenção para o
fato de ter havido muito cuidado na elaboração da grade curricular, colocando as
disciplinas numa seqüencia lógica, em termos de conteúdo e grau de complexidade.
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC (200, p. 28),
As disciplinas de formação básica, como seria esperado, estão colocadas
nas primeiras quatro fases do curso, pois dão suporte às demais. A partir da
fase começam as disciplinas de caráter mais prático, em grau
ascendente de dificuldade: Laboratório de Prática Contábil, com ênfase na
prática manual de lançamentos, Sistemas de Informação Contábil, com
ênfase em softwares da Contabilidade, e Simulação Gerencial I e II, em que
69
os alunos são solicitados a gerir uma empresa virtual.
Observa-se que na estrutura definitiva do currículo, a disciplina Laboratório de
Prática Contábil permaneceu na 3ª fase, por motivos operacionais.
Ainda dentro do item 10, são feitos comentários a respeito dos pré-requisitos
que, segundo o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC, têm o objetivo de orientar o
aluno. Por fim são feitas colocações a respeito da monografia, atividades
complementares e estágio.
O item 11 refere-se às ementas e programas que foram colocadas em anexo
no Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC.
O item 12 dedica-se às equivalências, o item 13, ao regulamento de
monografia, que também se encontra em anexo. E o item 14 fala sobre o
regulamento do estágio não-curricular, colocado em anexo no Projeto Político-
Pedagógico CCN-UFSC.
No item 15 são colocadas as condições de implantação do Projeto Político-
Pedagógico CCN-UFSC. E por último, no item 16, aparecem as referências
utilizadas para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC.
Analisando o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC como um todo observa-
se que em todos os itens houve a preocupação de explicar e descrever todos os
aspectos e elementos componentes do projeto, ficando evidente a preocupação em
atender à legislação pertinente e zelar pela construção de um currículo com
qualidade, que atenda às necessidades dos alunos, da sociedade e, dentro dela,
das organizações, preparando os discentes para desenvolverem suas atividades
profissionais com ética e competência.
70
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para se desenvolver um trabalho científico, segundo Salvador e Severino
(apud Zapelini 1997, p. 39),
“seja ele um projeto, uma resenha, uma monografia, é preciso seguir um
“caminho”, isto é, utilizar um método. O método é a orientação técnica da
investigação, é o procedimento ordenado de investigação que garante a
obtenção de resultados válidos para o trabalho científico”.
Richardson (1999, p. 22) explica que “o método é o caminho ou a maneira
para chegar a determinado fim ou objetivo, distinguindo-se assim do conceito de
metodologia, [...] que são os procedimentos e regras utilizadas por determinado
método”.
Para se realizar uma pesquisa é necessário que se escolha o caminho que se
vai tomar para alcançar o objetivo final do trabalho, utilizando regras para a sua
realização.
Richardson (1999, p. 70) ensina que “o trabalho de pesquisa deve ser
planejado e executado de acordo com normas requeridas por cada método de
investigação. Adotando uma classificação bastante ampla, podemos dizer que há
dois grandes métodos: o quantitativo e o qualitativo”.
Richardson (1999, p. 70) coloca que: “o método quantitativo, como o próprio
nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades
de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas
estatísticas...”. Enquanto (1999, p. 79)
... O método qualitativo não emprega um instrumental estatístico como base
do processo de análise de um problema. Não pretende numerar ou medir
unidades ou categorias homogêneas... os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado
problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e
classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,... possibilitar em
maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do
comportamento dos indivíduos.
Quanto à abordagem, o presente trabalho será qualitativo/quantitativo:
a) Qualitativo: realizará comparações entre as provas do ENADE e do CFC e
das mesmas em relação ao currículo e aos parâmetros curriculares do CNE.
b) Quantitativo: fará uso de procedimentos sistemáticos (estatísticos) para a
descrição e explicação dos itens apresentados nas provas do ENADE e CFC.
Quando aos objetivos que pretende alcançar, o presente trabalho será
71
realizado através de uma pesquisa exploratória e descritiva. Exploratória, pois,
envolve levantamento bibliográfico para aprofundar os conhecimentos sobre o
problema pesquisado.
De acordo com Settiz et al. (apud Gil, 2002, p. 41), as pesquisas exploratórias
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que
estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a
descoberta de intuições.
A presente pesquisa também se classifica como exploratória por assumir a
forma de levantamento. Sell et al. (apud Gil 2002, p. 41) ensinam que as pesquisas
exploratórias envolvem: “(a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas
que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; (c) análise de
exemplos que “estimulem a compreensão””. E este trabalho também é descritivo,
pois descreve as características dos objetos de estudo: Resolução 10/04, Projeto
Político-Pedagógico e o Currículo do Curso de Ciências Contábeis, ENADE/2006 e
Exames de Suficiência (2002/I, 2002/II, 2003/I, 2003/II, 2004/I e 2004/II),
estabelecendo relações entre os requisitos do ENADE e CFC e também destes com
o currículo CCN-UFSC. Pretende ainda gerar conhecimento para o CCN-UFSC e
seus professores, no sentido de verificar se o currículo atende aos requisitos para a
formação acadêmica e para a formação profissional, a partir da análise dos exames.
as pesquisas descritivas, segundo Gil (2002, p. 42), “têm como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Neste trabalho são
estabelecidos relações entre as provas CFC e ENADE e também dessas com o
currículo CCN-UFSC, por isso a sua classificação também como pesquisa descritiva.
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica, documental e
utiliza também o levantamento. É pesquisa bibliográfica porque é centrada na
análise da literatura sobre representação bibliográfica. É pesquisa documental
porque manipula documentos selecionados do universo identificado através da
análise. Para a análise dos exames, selecionaram-se duas provas direcionadas aos
cursos de graduação em Ciências Contábeis, ENADE e Exame de Suficiência. E
também se realizaram mais duas análises de dados, uma junto à Coordenação do
curso de graduação da UFSC sobre o Projeto Político-Pedagógico, e outra da
Resolução 10/04.
72
Gil (2002, p. 43) explica que
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. [...] A pesquisa
documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença
essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa
bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos
autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de
materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
Para Gil (2002, p. 50), o levantamento “caracteriza-se pela interrogação direta
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. [...] Na maioria dos
levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população estudada”.
A pesquisa não realizou um estudo profundo e exaustivo dos objetivos
propostos, permitindo amplo e detalhado conhecimento. Por essa razão deixa de ser
um estudo de caso, reforçando a forma de levantamento.
A população da pesquisa são os Exames de Suficiência, O ENADE, as
Diretrizes Curriculares, e o currículo do curso de graduação de Ciências Contábeis
da UFSC.
As amostras selecionadas não foram aleatórias, foram intencionais, tendo
sido escolhidos os Exames de Suficiência (2002/I, 2002/II, 2003/I, 2003/II, 2004/II e
2004/II), para que a comparação leve em consideração a legislação vigente e a nova
conjuntura da educação superior.
A amostra é composta: pelos Exames de Suficiência (2002/I, 2002/II, 2003/I,
2003/II e 2004/I); pelo ENADE, tendo sido selecionado o único aplicado aos cursos
de Graduação em Ciências Contábeis; pela Resolução 10/04 CNE/CES, pois é esta
que estabelece as diretrizes curriculares para os cursos de graduação em Ciências
Contábeis, e, por fim, selecionou-se o currículo do curso de graduação em Ciências
Contábeis da UFSC.
A análise de conteúdo desenvolveu-se em três fases, sugeridas por Bardin
(apud Gil 2002, p. 89). A primeira é a pré-análise, quando se procedeu à escolha
dos documentos (exames, currículo, PPP e Resolução 10/04), à formulação de
hipóteses e à preparação do material para análise. A segunda é a exploração do
material, que envolveu a escolha das unidades, sua enumeração e classificação:
ENADE realizado no ano de 2006, para os cursos de graduação em Ciências
Contábeis, os Exames de Suficiência realizados em 2002/I, 2002/II, 2003/I, 2003/II e
2004/I, o Currículo e o PPP do CCN-UFSC e a Resolução 10/04 CNE/CES, que
73
regulamenta os currículos dos cursos de graduação em Ciências Contábeis. Na
etapa final, a terceira, que é constituída pelo tratamento, inferência e interpretação
dos dados, foram realizadas as análises dos exames e do currículo, estabelecendo-
se relações entre eles e buscando verificar se o Currículo CCN-UFSC atende aos
requisitos estabelecidos pelo ENADE e pelo CFC.
O instrumental foi elaborado da seguinte forma: para a análise das provas
(ENADE e CFC) e do currículo CCN-UFSC, os conteúdos foram divididos por áreas
e subáreas. O termo área refere-se à distribuição dos conteúdos em áreas do
conhecimento. As áreas definidas foram: Conhecimentos Contábeis, Contabilidade
Avançada, Conhecimentos Gerais, Conhecimentos de Língua Portuguesa,
Conhecimentos Matemáticos e Outras. Essas áreas foram divididas em subáreas
formadas por disciplinas como, por exemplo: Contabilidade Geral, Contabilidade de
Custos, Teoria da Contabilidade, Direito, Economia, Matemática, entre outras. As
áreas ficaram assim distribuídas:
1) Conhecimentos Contábeis: esta área refere-se a disciplinas de
Contabilidade Societária ou Geral, que envolvem os conhecimentos contábeis
básicos que todos os contadores devem possuir; são conhecimentos fundamentais
para o desempenho da profissão, distribuídas nas disciplinas de Contabilidade (I, II,
III, IV, Avançada, Superior etc.). Inclui esta área também a subárea de Contabilidade
de Custos, que engloba os conteúdos das disciplinas de Custos e Análise de
Custos. Outra subárea incluída é a Contabilidade Tributária cujos conteúdos estão
distribuídos nas disciplinas de Contabilidade Tributária, englobando os conteúdos
exigidos pela Legislação Tributária mas, diferentemente do Direito Tributário, onde
os alunos aprendem a interpretar as leis, os lculos, seu resultado e sua
interpretação é que são objeto de estudos das disciplinas de Contabilidade
Tributária. Outra subárea desta área que se denomina Conhecimentos Contábeis é
a Contabilidade Pública, cujos conteúdos fazem parte das disciplinas de
Contabilidade Pública e Orçamento Público.
2) Contabilidade Avançada: nesta área concentram-se os conhecimentos
referentes às ramificações da Ciência Contábil. São conhecimentos mais específicos
da Ciência Contábil, que surgiram após a Contabilidade Geral, quando os usuários
das informações Contábeis tiveram necessidade de estudar determinado assunto
com mais ênfase, e podem ser: Perícia Contábil, Auditoria Contábil, Análise das
Demonstrações Contábeis, Contabilidade Gerencial e Teoria da Contabilidade, entre
74
outras.
3) Conhecimentos Gerais: esta área foi incluída para concentrar as disciplinas
que contêm conteúdos de áreas afins à Ciência Contábil, necessários para o
desenvolvimento do acadêmico, para lidar com as situações do dia-a-dia da
profissão contábil. Essas disciplinas podem ser: Direito, Administração, Economia,
Ética, Atualidades, Informática, etc.
4) Conhecimentos de Língua Portuguesa: contempla as disciplinas que
fornecem aos acadêmicos conteúdos que desenvolvem as habilidades de escrita e
interpretação de textos, necessários à profissão para que o acadêmico possa
interpretar as leis, textos, documentos, etc. e também desenvolva habilidades para a
elaboração de relatórios e pareceres.
5) Conhecimentos Matemáticos: contempla as disciplinas de Matemática e
Matemática Financeira, propiciando ao acadêmico o desenvolvimento do raciocínio
lógico e também a solução de questões financeiras ligados à Contabilidade.
6) Outras: esta área foi criada para agrupar as disciplinas que são obrigatórias
no currículo CCN-UFSC porém não foram cobradas diretamente nas provas do CFC
nem no ENADE, como por exemplo, Métodos Estatísticos, Técnicas de Pesquisa,
Pesquisa Operacional, entre outras.
Aqui se faz necessário explicar que para a classificação da questão em uma
subárea o que foi levado em consideração foi o cerne da questão e não os outros
conhecimentos nela envolvidos. Por exemplo: se uma pergunta que sobre um
texto cujo tema é “Contabilidade Tributária” e é solicitado que o aluno responda a
uma questão gramatical, essa questão será computada na área de Língua
Portuguesa e não de Contabilidade Tributária.
75
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA
Os documentos que foram analisados são os cinco últimos Exames de
Suficiência aplicados em 2004/II, 2004/I, 2003/I, 2003/II, 2002/I e 2002/II, e o Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, aplicado no ano de 2006.
Após a análise dos documentos foram realizadas comparações visando
verificar se os conhecimentos exigidos para responder aos Exames de Suficiência e
ENADE são similares ou não e se o currículo CCN-UFSC atende aos requisitos de
avaliação propostos pelo ENADE e pelo Exame de Suficiência.
5.1 ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DO ENADE
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) foi aplicado
pela primeira vez ao curso de graduação, bacharelado em Ciências Contábeis da
UFSC, no ano de 2006. Participaram do ENADE alunos ingressantes e concluintes.
De acordo com o artigo 5º, § da Lei 10.861/04, “o ENADE será aplicado
periodicamente, admitida a utilização de procedimentos amostrais, aos alunos de
todos os cursos de graduação, ao final do primeiro e do último ano de curso”.
De acordo com o Relatório Síntese de Ciências Contábeis, (2006, p. 1)
elaborado pelo INEP, disponível no seu sítio, referente ao ENADE, aplicado no ano
de 2006, o exame era dirigido aos estudantes dos cursos selecionados para o ano
de 2006, que foram: Administração, Arqueologia, Biblioteconomia, Biomedicina,
Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Design, Direito,
Formação de Professores, Música, Psicologia, Secretariado Executivo, Teatro e
Turismo.
O ENADE 2006 abrangeu dois grupos de estudantes dos cursos citados
anteriormente, selecionados por amostragem, que se submeteram à mesma prova:
o grupo dos ingressantes, formado pelos alunos que estavam no final do primeiro
ano do curso e o grupo dos concluintes, que estavam no final do último ano do
curso, conforme exposto no Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 1).
Ainda de acordo com o Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 1),
a esses estudantes foi aplicado também um questionário (Questionário
Socioeconômico - QSE) que teve a função de compor o perfil dos estudantes,
integrando informações do seu contexto às suas percepções e vivências. Investigou,
76
ainda, a percepção dos estudantes frente à sua trajetória no curso e na IES, por
meio de questões objetivas que exploraram a função social da profissão e os
aspectos fundamentais da formação profissional.
O Questionário Socioeconômico - QSE deve ser um instrumento importante
para muitos usuários das informações provenientes dele, mas serve principalmente
para a IES verificar o perfil dos estudantes e observar se o que foi planejado no
Projeto Político-Pedagógico, com relação à função social e aos aspectos da
formação profissional do curso, está de acordo com a situação e os ideais dos
alunos, subsidiando redefinições dos Planos Político-Pedagógicos, caso necessário.
Com relação à abrangência da prova, o ENADE se caracterizou, segundo
consta no Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 2), por "abranger
amplamente o currículo, além de investigar temas contextualizados e atuais,
problematizados em forma de estudo de caso, situações-problemas e outros, não
tendo, portanto, ênfase exclusiva no conteúdo".
O objetivo geral do ENADE, exposto pelo Relatório Síntese de Ciências
Contábeis (2006, p. 05), foi:
Avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos
programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades escolares
e competências para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre
a realidade brasileira e a mundial e sobre outras áreas do conhecimento,
considerando as definições estabelecidas pela Comissão Assessora de
Avaliação da Área de Ciências Contábeis e pela Comissão Assessora de
Avaliação da Formação Geral do ENADE.
A prova do ENADE 2006 teve o seguinte formato, de acordo com o Relatório
Sintético de Ciências Contábeis (2006, p. 9): duas partes, a primeira comum a todos
os cursos, composta por 8 questões objetivas de múltipa escolha e 2 discursivas,
objetivando investigar a aquisição de competências, habilidades e conhecimentos
considerados essenciais a formação de qualquer estudante, de qualquer área da
Educação Superior. As 8 questões objetivas abordaram situações-problema,
estudos de caso, simulações e interpretações de textos, imagens, gráficos e tabelas.
As 2 questões discursivas buscaram investigar também, aspectos como
clareza, coerência, coesão, estratégias argumentativas, utilização de vocabulário
adequado e correção gramatical do texto.
A parte de formação geral do ENADE procurou contemplar alguns dos vários
temas propostos na legislação relativa ao Exame; dentre eles, sócio-diversidade,
políticas públicas, redes sociais e responsabilidade. Esses assuntos deveriam ser
77
contemplados no currículo do curso, nas disciplinas das áreas afins à área de
Ciências Contábeis. São conhecimentos necessários para o bom desenvolvimento
das capacidades, competências e habilidades do futuro Contador.
O Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 02) explica que a
segunda parte, denominada Componente Específico, como o próprio nome indica
contemplava os conhecimentos e habilidades esperadas do profissional de cada
área.
A parte específica do ENADE 2006 foi elaborada, conforme afirma o Relatório
Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 08), a partir das Diretrizes Curriculares
Nacionais dos cursos que, no caso da prova específica para os cursos de Ciências
Contábeis, é a Resolução CNE/CES 10/04. Pode-se observar que não as
questões da prova, mas também seus objetivos e finalidades estão intimamente
ligados às Diretrizes Curriculares Nacionais.
A segunda parte, pois, composta por questões específicas de Ciências
Contábeis, apresentou 26 questões de múltipla escolha e 4 questões discursivas,
totalizando 30 questões. Essas questões buscavam provar o domínio dos
conhecimentos e habilidades esperadas do futuro Contador.
O Relatório Síntese de Ciências Contábeis 2006 (2006, p. 7) traz uma Matriz
de Avaliação que procura explicar os quesitos que foram avaliados nos alunos.
Com relação aos componentes de avaliação da formação geral, o ENADE
buscou investigar a formação de um profissional ético, competente e comprometido
com a sociedade em que vive. As questões objetivavam obter indícios relativos à
capacidade do estudante para analisar, sintetizar, criticar, deduzir, construir
hipóteses, estabelecer relações, fazer comparações, detectar contradições, decidir e
organizar, trabalhar em equipe e administrar conflitos.
Quanto à parte específica, o Relatório Síntese de Ciência Contábeis (2006, p.
7) revela que o ENADE teve como objetivos aferir:
a) Nível de compreensão em relação às questões sociais, econômicas e
financeiras;
b) Grau de domínio de elaboração das demonstrações contábeis e de análise e
interpretação das suas informações, e consecutiva utilização no processo
decisório;
c) Os conhecimentos das funções de prestações de contas, auditorias, perícias
e arbitragem;
78
d) Conhecimento de análise quantitativa e qualitativa de dados e informações;
e) A capacidade de reconhecer, de avaliar e de utilizar tecnologias de
informação.
O Relatório Síntese (2006, p. 08) revela que a prova do ENADE/2006 tomou
como referência o seguinte perfil do profissional:
a) Domínio da Ciência Contábil;
b) Capacidade de abstração;
c) Habilidade numérica;
d) Visão sistêmica;
e) Habilidade de comunicação oral e escrita;
f) Capacidade de assumir responsabilidades;
g) Conduta ética;
h) Capacidade de conviver em ambientes de conflitos.
O Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p. 8-9) diz que, com
relação a capacidades e competências específicas da área de Ciências Contábeis, o
ENADE avaliou os pontos a seguir:
a) Utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem das Ciências Contábeis;
b) Demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil;
c) Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente
e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais;
d) Aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis;
e) Desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a
liderança entre equipes multidisciplinares para a captação de insumos
necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de
informações contábeis, com reconhecido nível de precisão;
f) Exercer suas responsabilidades com domínio das funções contábeis,
incluindo atividades de quantificação de informações financeiras, físicas,
econômicas e de outra natureza , que viabilizem ao agentes econômicos e
aos administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno
cumprimento de seus encargos quanto ao gerenciamento, aos controles e às
prestações de contas de sua gestão perante a sociedade, gerando também
informações para a tomada de decisão, julgamento, organização de atitudes e
construção de valores orientados para a cidadania;
79
g) Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de
controle gerencial, revelando capacidade crítico-analítica para avaliar as
implicações organizacionais da tecnologia da informação;
h) Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são
prescritas através da legislação específica, revelando domínios adequados
aos diferentes modelos organizacionais.
Quanto aos conteúdos cobrados no ENADE/2006, segundo o Relatório
Síntese (2006, p. 9), foram eles:
a) Teoria contábil e características qualitativas da informação contábil;
b) Ética geral e profissional;
c) Escrituração contábil e elaboração de demonstrações contábeis;
d) Análise e interpretação das demonstrações contábeis;
e) Contabilidade e análise de custos;
f) Controladoria;
g) Orçamento e demonstração financeira;
h) Contabilidade e orçamento governamental;
i) Noções de auditoria externa e interna;
j) Noções de perícia e arbitragem;
k) Noções de legislação societária, trabalhista e tributária;
l) Noções de estatística descritiva e inferência (especialmente, probabilidade);
m) Noções de sistemas e tecnologia de informações.
Com relação às 9 questões sobre as impressões que os estudantes tiveram
sobre a prova do ENADE/2006, o Relatório Síntese de Ciências Contábeis (2006, p.
03) explica que visaram avaliar desde o grau de dificuldade da prova até o tempo
gasto para resolver as questões.
A tabela 1 traz o resumo da distribuição das questões do ENADE realizado no
ano de 2006 para os cursos de graduação em Ciências Contábeis.
80
Distribuição das questões do Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes ENADE
Nº de
Questões
Percentual
1. Conhecimentos Contábeis
20
50,0%
1.1. Contabilidade Geral
10 25,0%
1.2. Contabilidade de Custos
6 15,0%
1.3. Contabilidade Tributária
1 2,5%
1.4. Contabilidade Pública
1 2,5%
1.5. Contabilidade e Finanças
2
5,0%
2. Contabilidade Avançada
6
15,0%
2.1. Contabilidade Gerencial
0 0,0%
2.2. Auditoria
1 2,5%
2.3. Perícia
0 0,0%
2.4. Teoria da Contabilidade
0 0,0%
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
5
12,5%
3. Conhecimentos Gerais
3
7,5%
3.1. Direito
0 0,0%
3.2. Ética
0 0,0%
3.3. Economia
0 0,0%
3.4. Atualidades
2 5,0%
3.5. Informática
1
2,50%
4. Conhecimentos de Língua Portuguesa
6
15,0%
4.1. Interpretação de Texto
5 12,5%
4.2. Gramática
1
2,5%
5. Conhecimentos Matemáticos
5
12,5%
5.1. Matemática Financeira
3 7,5%
5.2. Métodos Quantitativos
2
5,0%
Total de Questões
40
100,0%
ENADE
Áreas
Tabela 1 – Distribuição das questões do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - ENADE
Fonte: Elaborado pela autora (2008).
A análise realizada e exposta na tabela 1 respeitou a mesma distribuição das
questões por áreas de formação, explicada no capítulo 4.
Nas questões relativas à área de Conhecimentos Contábeis, a matéria que
teve o maior número de questões foi Contabilidade Geral, com um total de 10,
correspondendo a 25% do total da prova.
Contabilidade de Custos ficou em segundo lugar, com 6 questões, o que
representou 15% da prova. Os demais assuntos evidenciados nesta área
apresentavam entre 1 e 2 questões para cada. Porém juntos totalizaram 10% da
prova.
Outro assunto que mereceu destaque, porém na área de Contabilidade
Avançada, foi Análise das Demonstrações Contábeis, com 5 questões, que
correspondiam a 12,5% do exame. E depois nesta área foi cobrada um questão
de Auditoria.
Na área de Conhecimentos Gerais, que representava 7,5% da prova, foram
81
elaboradas duas questões para Atualidades e uma questão para informática.
Na parte relativa a Conhecimentos de Língua Portuguesa, o maior mero de
questões destinava-se à Interpretação de Texto; somaram 5 questões,
correspondendo a 12,5% da prova.
Para a área de Conhecimentos Matemáticos foram colocadas 5 questões,
correspondendo a 12,5% da prova, sendo 3 de Matemática Financeira e 2 de
Métodos Quantitativos. A distribuição das questões pode ser também visualizada na
figura a seguir:
25%
15%
3%
3%
5%
0%
3%
0%
0%
13%
0%
0%
0%
5%
3%
13%
3%
8%
5%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.3. Contabilidade Triburia
1.4. Contabilidade Pública
1.5. Contabilidade e Finanças
2.1. Contabilidade Gerencial
2.2. Auditoria
2.3. Perícia
2.4. Teoria da Contabilidade
2.5. Análise das Demonstrações Conbeis
3.1. Direito
3.2. Ética
3.3. Economia
3.4. Atualidades
3.5. Informática
4.1. Interpretação de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
5.2. Métodos Quantitativos
Figura 6 – ENADE/2006
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
A partir do gráfico exibido pela figura 6, verifica-se que a maior parte das
questões destina-se à parte específica da prova, ou seja, questões que cobram
conhecimentos contábeis, com mais questões para a área de Conhecimentos
Contábeis, que representa 50% da prova. Depois vêm Contabilidade Avançada e
Conhecimentos de Língua Portuguesa, que ficam empatadas com 15% das
questões da prova, cada uma.
Em terceiro lugar vem Conhecimentos Matemáticos, com 12,5% das questões
da prova. E por último, com 7,5% das questões da prova, apenas 3 questões de
82
conhecimentos Gerais. Um número pequeno, comparado ao número de áreas afins
com as quais a Ciência Contábil mantém um relacionamento próximo, que são:
Administração, Direito e Economia. E nenhuma foi cobrada na prova.
Analisando as questões do ENADE/2006 e buscando compará-las com a
Resolução CNE/CES 10/04, pode-se perceber que na parte de formação
específica o ENADE pouco observou as áreas que possuem interdisciplinaridade
com a Ciência Contábil. Foi elaborada uma única questão de informática, por
exemplo. na área das ciências exatas, no entanto, como matemática ou
estatística, as questões não eram exclusivas, e os conhecimentos que demandavam
deviam ser utilizados para responder questões de Contabilidade, numa clara
demonstração de interdisciplinaridade.
No exame não foram encontradas questões que solicitassem conhecimentos
de Administração, Economia ou Direito que, de acordo com o inciso I do artigo da
Resolução CNE/CES 10/04, são áreas do conhecimento que devem ser
contempladas pelos projetos pedagógicos dos cursos de Ciências Contábeis,
juntamente com Métodos Quantitativos, Matemática e Estatística. Outro ponto não
abordado no exame está relacionado a questões de âmbito internacional,
apresentadas no inciso I do artigo da Resolução CNE/CES 10/04; isto talvez
pelo fato de ser um assunto muito recente no âmbito da Contabilidade, normalmente
ligado à Contabilidade Internacional, muitas vezes incluído em Teoria da
Contabilidade.
Na parte de formação geral o exame apresentou questões tanto de
Interpretação de Texto quanto de Gramática e Matemática, além de focalizar nas
questões, temas relativos à atualidade, sociologia, política e ética, sumarizadas na
tabela e gráfico na subárea “Atualidades”.
5.2 ANÁLISE DOS CONTEÚDOS DO EXAME DE SUFICIÊNCIA - CFC
Foram analisados seis exames de suficiência, para contador, relativos aos
anos de 2004/II, 2004/I, 2003I, 2003II, 2002/II e 2002/I, conforme se verifica na
tabela 2.
83
Distribuição das Questões do Exame de Suficiência
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
1. Conhecimentos Contábeis
16
32,0%
18
36,0%
18
36,0%
18
36,0%
18
36,0%
22
44,0%
1.1. Contabilidade Geral
9 18,0% 12 24,0% 9 18,0% 10 20,0% 10 20,0% 14 28,0%
1.2. Contabilidade de Custos
3 6,0% 2 4,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0%
1.3. Contabilidade Tributária
0 0,0% 0 0,0% 1 2,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%
1.4. Contabilidade Pública
4
8,0%
4
8,0%
4
8,0%
4
8,0%
4
8,0%
4
8,0%
2. Contabilidade Avançada
16
32,0%
15
30,0%
15
30,0%
15
30,0%
15
30,0%
16
32,0%
2.1. Contabilidade Gerencial
4 8,0% 4 8,0% 0 0,0% 4 8,0% 0 0,0% 4 8,0%
2.2. Auditoria
4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0%
2.3. Perícia
4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0% 4 8,0%
2.4. Teoria da Contabilidade
4 8,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0% 4 8,0%
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
0
0,0%
0
0,0%
4
8,0%
0
0,0%
4
8,0%
0
0,0%
3. Conhecimentos Gerais
12
24,0%
11
22,0%
11
22,0%
11
22,0%
11
22,0%
6
12,0%
3.1. Direito
9 18,0% 8 16,0% 5 10,0% 6 12,0% 8 16,0% 2 4,0%
3.2. Ética
3 6,0% 3 6,0% 4 8,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0%
3.3. Economia
0 0,0% 0 0,0% 1 2,0% 2 4,0% 0 0,0% 1 2,0%
3.4. Atualidades
0
0,0%
0
0,0%
1
2,0%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
4. Conhecimentos de Língua Portuguesa
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
4.1. Interpretação de Texto
1 2,0% 1 2,0% 1 2,0% 1 2,0% 1 2,0% 2 4,0%
4.2. Gramática
2
4,0%
2
4,0%
2
4,0%
2
4,0%
2
4,0%
1
2,0%
5. Conhecimentos Matemáticos
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
3
6,0%
5.1. Matemática Financeira
3 6,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0% 3 6,0%
5.2. Métodos Quantitativos
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
0
0,0%
Total de Questões
50
100,0%
50
100,0%
50
100,0%
50
100,0%
50
100,0%
50
100,0%
Áreas
2002/I
2002/II
2003/I
2003/II
2004/I
2004/II
Tabela 2 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
84
Todos os exames tinham um total de cinqüenta questões objetivas,
numeradas de 1 a 50, distribuídas entre as áreas de: Conhecimentos Contábeis,
Contabilidade Avançada, Conhecimentos Gerais, Conhecimentos de Língua
Portuguesa e Conhecimentos Matemáticos.
Nas questões da área de Conhecimentos Contábeis havia perguntas sobre
Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Contabilidade Pública e Contabilidade
Tributária.
As questões da área de Contabilidade Avançada abordavam as matérias:
Contabilidade Gerencial, Auditoria Contábil, Perícia Contábil, Teoria da
Contabilidade e Análise das Demonstrações Contábeis.
As questões elaboradas para a área de Conhecimentos Gerais incluíram:
Direito, Ética Profissional, e Conhecimentos Sociais, Econômicos e Políticos do país.
Por fim, as duas últimas áreas que compunham o Exame eram referentes a
Conhecimentos de Língua Portuguesa, com questões de interpretação de texto e
gramática, e Conhecimentos Matemáticos, com questões sobre matemática
financeira.
O Exame de Suficiência referente ao primeiro semestre de 2002 foi
constituído de 16 questões de Conhecimentos Contábeis, que representaram 32%
da prova; essas questões foram compostas por 9 perguntas de Contabilidade Geral,
3 de Contabilidade de Custos e 4 de Contabilidade Pública.
A área de Contabilidade Avançada respondeu também por 32% das questões
totais do Exame. As 16 questões desta área foram distribuídas da seguinte forma: 4
questões de Contabilidade Gerencial, 4 de Auditoria Contábil, 4 de Perícia Contábil e
4 de Teoria da Contabilidade.
A área de Conhecimentos Gerais foi composta por 9 questões de Direito e 3
de Ética, somando 12 questões no total, resultando em 12% das questões totais da
prova.
Nas áreas de Conhecimentos de Língua Portuguesa e Conhecimentos
Matemáticos foram apresentadas 3 questões por área, cada área correspondendo a
6% da prova. As questões de Conhecimentos de Língua Portuguesa se dividiram da
seguinte forma: 1 questão de interpretação de texto e 2 questões de gramática.
na área de Conhecimentos Matemáticos todas as questões se limitaram à
Matemática Financeira.
Na figura 7 pode-se observar a distribuição das questões por assunto: o maior
85
percentual corresponde às questões de Contabilidade Geral e Direito, 18% para
cada assunto.
Nas demais matérias as questões foram distribuídas uniformemente: de 8% a
6% para cada uma.
18%
6%
8%
8%
8%
8%
8%
18%
6%
2%
4%
6%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.4. Contabilidade Pública
2.1. Contabilidade Gerencial
2.2. Auditoria
2.3. Pecia
2.4. Teoria da Contabilidade
3.1. Direito
3.2. Ética
4.1. Interpretão de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
Figura 7 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2002/I
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
O Exame realizado no segundo semestre de 2002 distribuiu as questões entre
as áreas de forma diferente do exame realizado no semestre anterior, 2002/I. As
questões foram distribuídas da seguinte forma: 18 questões para a área de
Conhecimentos Contábeis, representando 36% da prova, havendo o aumento de
duas questões com relação ao exame de 2002/I; já as áreas de Contabilidade
Avançada e Conhecimentos Gerais tiveram, cada uma, a redução de uma questão,
em comparação com o exame realizado no semestre 2002/I.
Contabilidade Avançada somou 15 questões, respondendo por 30% da prova;
11 questões de Conhecimentos Gerais representaram 22% da prova e mais 3
questões de Conhecimentos de Língua Portuguesa e 3 questões de Conhecimentos
Matemáticos responderam por 6% da prova, cada matéria.
As questões da área de Conhecimentos Contábeis continuaram a demandar
conhecimentos de Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos e Contabilidade
Pública, porém em números diferentes. Contabilidade Geral agora somou 12
86
questões, três a mais que no semestre 2002/I, Contabilidade de Custos teve
redução de uma questão, totalizando 2 questões e Contabilidade Pública
permaneceu com o mesmo número, 4 questões.
Na área de Contabilidade Avançada, que compreendeu: Contabilidade
Gerencial, Auditoria e Perícia, foi elaborado o mesmo número de questões
apresentadas no Exame 2002/I, ou seja, 4 questões para cada matéria. Houve
redução de uma questão para a matéria Teoria da Contabilidade, e não foram
cobradas questões sobre Análise das Demonstrações Contábeis, ausência também
constatada em 2002/I.
Quanto à área de Conhecimentos Gerais, agora com 11 questões no total,
foram apresentadas 8 questões para Direito e 3 questões para Ética.
Com relação às áreas de Conhecimentos de Língua Portuguesa e
Conhecimentos Matemáticos, a distribuição das questões por matéria permaneceu a
mesma, isto é, três questões para cada uma.
Na figura 8 pode-se observar que as questões referentes aos assuntos
Contabilidade Geral e Direito continuaram perfazendo o maior percentual de
questões do exame, 24% e 16%, respectivamente.
24%
4%
8%
8%
8%
8%
6%
16%
6%
2%
4%
6%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.4. Contabilidade Pública
2.1. Contabilidade Gerencial
2.2. Auditoria
2.3. Pecia
2.4. Teoria da Contabilidade
3.1. Direito
3.2. Ética
4.1. Interpretão de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
Figura 8 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2002/II
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
Os Exames de Suficiência realizados no primeiro semestre de 2003, segundo
semestre de 2003 e primeiro semestre de 2004 mantiveram a mesma distribuição
das 50 questões adotada no Exame de Suficiência realizado no segundo semestre
de 2002, quanto às áreas de conhecimento. Porém quanto aos assuntos das áreas,
87
de Conhecimentos Contábeis, de Contabilidade Avançada e de Conhecimentos
Gerais, as questões foram distribuídas de forma diferente. as áreas de
Conhecimentos de Língua Portuguesa e Conhecimentos Matemáticos mantiveram a
mesma distribuição de assuntos do segundo semestre de 2002.
O Exame de Suficiência realizado no primeiro semestre de 2003, na área de
Conhecimentos Contábeis, apresentou 9 questões para o assunto Contabilidade
Geral, 4 questões para Contabilidade de Custos, 1 questão para Contabilidade
Tributária e 4 questões para Contabilidade Pública.
Para a área de Contabilidade Avançada as 15 questões foram distribuídas por
assuntos, da seguinte forma: 4 questões de Auditoria, 4 questões de Perícia, 3
questões de Teoria da Contabilidade e 4 questões de Análise das Demonstrações
Contábeis.
Na área de Conhecimentos Gerais foram cobradas 5 questões de Direito, 4
questões de Ética, 1 questão de Economia e 1 questão de Atualidades.
Neste exame, o maior número de questões continuou a se concentrar em
Contabilidade Geral, 18%, e Direito, 10%, porém foram elaboradas questões para
assuntos que não vinham sendo cobrados nos exames anteriores, como
Contabilidade Tributária, Análise das Demonstrações Contábeis, Economia e
Atualidades, como se pode observar no gráfico da figura 9.
18%
8%
2%
8%
8%
8%
6%
8%
10%
8%
2%
2%
2% 4%
6%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.3. Contabilidade Tributária
1.4. Contabilidade Pública
2.2. Auditoria
2.3. Pecia
2.4. Teoria da Contabilidade
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
3.1. Direito
3.2. Ética
3.3. Economia
3.4. Atualidades
4.1. Interpretão de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
Figura 9 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2003/I
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
88
No Exame 2003/II havia, na área de Conhecimentos Contábeis, 10 questões
de Contabilidade Geral, 4 questões de Contabilidade de Custos e 4 questões de
Contabilidade Pública.
Quanto às questões da área de Contabilidade Avançada, Contabilidade
Gerencial apresentou 4 questões, Auditoria também 4 questões, assim como
Perícia, 4 questões, e Teoria da Contabilidade apresentou 3 questões. Na parte da
prova relativa à área de Conhecimentos Gerais foram apresentadas: 6 questões de
Direito, 3 questões de Ética e 2 questões de Economia.
Analisando o gráfico da figura 10, observa-se que Contabilidade Geral e
Direito continuaram mantendo o maior número de questões da prova, 20% e 12%,
respectivamente. As outras áreas representam cada uma, em média, 6% das
questões da prova.
Comparado com o exame do semestre anterior, este exame não apresentou
questões de Contabilidade Tributária, Análise das Demonstrações Contábeis e
Atualidades. Porém apresentou questões de Contabilidade Gerencial, o que não
ocorreu no exame do semestre 2003/I.
20%
8%
8%
8%
8%
8%
6%
12%
6%
4%
2%
4%
6%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.4. Contabilidade Pública
2.1. Contabilidade Gerencial
2.2. Auditoria
2.3. Pecia
2.4. Teoria da Contabilidade
3.1. Direito
3.2. Ética
3.3. Economia
4.1. Interpretação de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
Figura 10 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2003/II
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
O Exame de Suficiência realizado no primeiro semestre de 2004 apresentou a
seguinte distribuição de assuntos para a área de Conhecimentos Contábeis: 10
relativas à Contabilidade Geral, 4 à Contabilidade de Custos e 4 à Contabilidade
Pública.
Logo a seguir a aluno deveria responder a 15 questões de Conhecimentos
89
Contábeis Avançados. Essas 15 questões eram formadas por 4 questões de
Auditoria Contábil, 4 de Perícia Contábil, 3 de Teoria da Contabilidade e 4 de Análise
das Demonstrações Contábeis. Na seqüência foram apresentadas 11 questões de
Conhecimentos Gerais, assim distribuídas: 8 questões de Direito e 3 de Ética
Profissional.
O gráfico da figura 11 permite verificar que, como em todos os exames
anteriores analisados, Contabilidade Geral e Direito compreenderam o maior número
de questões do exame: 20% e 16%, respectivamente.
Comparando com o exame realizado no segundo semestre de 2003, o exame
realizado em 2004/I não contemplou os assuntos: Contabilidade Gerencial,
Economia e Atualidades. Os outros assuntos foram contemplados com
aproximadamente o mesmo número de questões da prova realizada em 2003/II.
20%
8%
8%
8%
8%
6%
8%
16%
6%
2%
4%
6%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.4. Contabilidade Pública
2.2. Auditoria
2.3. Pecia
2.4. Teoria da Contabilidade
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
3.1. Direito
3.2. Ética
4.1. Interpretão de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
Figura 11 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2004/I
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
O Exame de Suficiência realizado no segundo semestre de 2004 apresentou
uma estrutura diferente em relação às provas anteriores, pois a questões de
Conhecimentos de Língua Portuguesa encontravam-se na mesma área que
Conhecimentos Gerais, não havendo uma área exclusiva para essas questões, ao
contrário dos exames anteriores.
O Exame de Suficiência realizado no segundo semestre de 2004, na área de
Conhecimentos Contábeis, apresentou 14 questões para Contabilidade Geral, 4
90
questões para Contabilidade de Custos e 4 questões para Contabilidade Pública.
Observa-se a ausência de questões sobre Contabilidade Tributária neste Exame.
Para a área de Contabilidade Avançada, as 16 questões foram distribuídas da
seguinte forma: 4 questões de Auditoria, 4 questões de Perícia, 4 questões de
Teoria da Contabilidade e 4 questões de Contabilidade Gerencial. Observa-se aqui a
ausência de questões sobre Análise das Demonstrações Contábeis.
Na área de Conhecimentos Gerais foram cobradas 2 questões de Direito, 3
questões de Ética e 1 questão de Economia.
Nas áreas de Conhecimentos de Língua Portuguesa e Conhecimentos
Matemáticos foram apresentadas 3 questões por área, cada área correspondendo a
6% da prova. As questões de Conhecimentos de Língua Portuguesa se dividiram da
seguinte forma: 2 questão de interpretação de texto e 1 questão de gramática. na
área de Conhecimentos Matemáticos, todas as questões se limitaram à Matemática
Financeira.
Na figura 12 pode-se observar a distribuição das questões por assunto: o
maior percentual corresponde às questões de Contabilidade Geral, 28%.
Nas demais matérias, a distribuição das questões variou de 2% a 8% para
cada uma.
28%
8%
0%
8%
8%
8%
8%
8%
0%
4%
6%
2%
0%
4%
2%
6%
0%
1.1. Contabilidade Geral
1.2. Contabilidade de Custos
1.3. Contabilidade Tributária
1.4. Contabilidade Pública
2.1. Contabilidade Gerencial
2.2. Auditoria
2.3. Perícia
2.4. Teoria da Contabilidade
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
3.1. Direito
3.2. Ética
3.3. Economia
3.4. Atualidades
4.1. Interpretação de Texto
4.2. Gramática
5.1. Matemática Financeira
5.2. todos Quantitativos
Figura 12 – Distribuição das questões do Exame de Suficiência – 2004/II
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
91
Analisando as provas do CFC selecionadas para este trabalho pode-se
observar que todas continham questões sobre os assuntos Contabilidade Geral,
Contabilidade de Custos, Auditoria Contábil, Perícia Contábil, Teoria da
Contabilidade, Direito, Ética, Interpretação de Texto, Gramática e Matemática
Financeira.
Contabilidade Geral sempre foi aquinhoada com o maior número de questões,
comprometendo em média 20% das questões da prova. Contabilidade de Custos
abrangeu, em média, 5% das questões da prova; Auditoria e Perícia Contábil
mantiveram cada uma, em todas as provas, 8% das questões totais. Direito, outra
matéria que comprometeu o maior número de questões, ficando atrás apenas de
Contabilidade Geral, apresentou em média 11% do total das questões dos exames.
Ética apresentou uma média de 6% do total das questões dos exames. E, por fim,
Interpretação de Texto, Gramática e Matemática Financeira mantiveram, em todas
as provas, 2%, 4% e 6%, respectivamente, do total de questões.
Observando as provas selecionadas para esta pesquisa e levando em conta o
conceito do Exame, exarado pelo artigo da Resolução CFC 853/99
3
, citado
anteriormente, que afirma que a prova tem o objetivo de comprovar a obtenção de
conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no
curso, conclui-se que este exame busca verificar se os formados nos cursos de
graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, têm condições de praticar a
profissão contábil.
A Resolução CFC 853/99, no seu artigo 3º, apresenta as áreas do
conhecimento contábil exigidas nas provas, que são: Contabilidade Geral,
Contabilidade de Custos, Contabilidade Pública, Contabilidade Gerencial, Noções de
Direito blico e Privado, Matemática Financeira, Teoria da Contabilidade,
Legislação Ética e Profissional, Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de
Contabilidade, Auditoria Contábil, Perícia Contábil, Português e Conhecimentos
Sociais, Econômicos e Políticos do País.
Analisando os artigos e pode-se concluir que, para a elaboração do
exame, foram respeitados os conteúdos desenvolvidos no curso de graduação, ou
seja, mesmo que de forma involuntária, observou-se o currículo do curso de
3
Vide página 50 do presente trabalho.
92
graduação que se baseia nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos que, no
caso dos cursos de graduação em Ciências Contábeis, é a Resolução CNE/CES
10/04.
As questões apresentadas nos Exames analisados são questões práticas,
que ocorrem no dia-a-dia do profissional contábil, seja ele perito, auditor, controller,
gestor, analista financeiro, entre outras áreas do conhecimento contábil escolhidas
pelo profissional.
A partir da análise das questões das provas selecionadas para este trabalho,
percebeu-se que o Exame de Suficiência concentrou-se mais em averiguar os
conteúdos necessários para o exercício da profissão contábil e não em verificar
conhecimentos necessários para o exercício acadêmico das Ciências Contábeis.
Conclui-se que o Exame de Suficiência visava verificar a aptidão dos
bacharéis em Ciências Contábeis para o exercício da profissão contábil.
5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS CONTEÚDOS DO ENADE E OS EXAMES
DE SUFICIÊNCIA – CFC
Os Exames ENADE e Exame de Suficiência possuem um objetivo comum
que é averiguar os conhecimentos obtidos nos cursos de Graduação em Ciências
Contábeis. Porém esses exames possuem outras finalidades.
O ENADE é utilizado para atribuir um conceito aos alunos, examinando o
desempenho e a evolução do aluno na vida acadêmica: ao fazer isso avalia também
a qualidade dos cursos de graduação em Ciências Contábeis. Já o Exame de
Suficiência é utilizado para atestar a aptidão do profissional, fornecendo-lhe um
registro que o autoriza a exercer a profissão contábil, agindo como instrumento de
fiscalização do exercício da profissão.
Pode-se inferir que o ENADE está mais voltado para a área acadêmica
enquanto o Exame de Suficiência, para a área profissional. Tanto é assim que o
percentual de questões de Conhecimentos de Língua Portuguesa e Conhecimentos
Matemáticos no ENADE (27,5% do total), por exemplo, é mais do que o dobro do
percentual dos Exames de Suficiência (12% do total).
Embora os dois exames se baseiem nos conteúdos programáticos previstos
nos currículos do curso de graduação em Ciências Contábeis, a ênfase dada por
cada um às diferentes matérias é diferente, como visto anteriormente.
93
Após analisar as questões de ambos os exames observou-se que os
requisitos do ENADE e do Exame de Suficiência o semelhantes, embora não
exatamente iguais, pois cobram os mesmos conteúdos, divergindo apenas em
alguns deles. Contudo as questões de cada exame possuem características
próprias, evidentemente, voltadas para a sua finalidade. As semelhanças e
divergências ficam mais claras ao se observar a tabela 3.
Na coluna “CFC- Média”, da tabela 3, são apresentas as médias aritméticas
dos números de questões, por área de conhecimento, e o seu percentual, dos
Exames de Suficiência analisados. E na coluna “ENADE” estão expostos o número
de questões e o seu percentual.
Comparação entre a Distribuição das Questões do ENADE com a Média dos
Exames de Suficiência.
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
1. Conhecimentos Contábeis
17,60
35,2%
20
50,0%
1.1. Contabilidade Geral
8,33 20,0% 10 25,0%
1.2. Contabilidade de Custos
2,83
6,8%
6 15,0%
1.3. Contabilidade Tributária
0,17 0,4% 1 2,5%
1.4. Contabilidade Pública
3,33
8,0%
1 2,5%
1.5. Contabilidade e Finanças
0,00
0,0%
5,0%
2. Contabilidade Avançada
15,20
30,4%
15,0%
2.1. Contabilidade Gerencial
2,40
4,8%
0 0,0%
2.2. Auditoria
4,00 8,0% 1 2,5%
2.3. Perícia
4,00
8,0%
0 0,0%
2.4. Teoria da Contabilidade
3,20 6,4% 0 0,0%
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
1,60
3,2%
12,5%
3. Conhecimentos Gerais
11,20
22,4%
7,5%
3.1. Direito
7,20
14,4%
0 0,0%
3.2. Ética
3,20 6,4% 0 0,0%
3.3. Economia
0,60
1,2%
0 0,0%
3.4. Atualidades
0,20 0,4% 2 5,0%
3.5. Informática
0,00
0,0%
2,50%
4. Conhecimentos de Língua Portuguesa
3,00
6,0%
15,0%
4.1. Interpretação de Texto
1,00 2,0% 5 12,5%
4.2. Gramática
2,00
4,0%
2,5%
5. Conhecimentos Matemáticos
3,00
6,0%
12,5%
5.1. Matemática Financeira
3,00
6,0%
3 7,5%
5.2. Métodos Quantitativos
0,00
0,0%
5,0%
Total de Questões
50,00
100,0%
40
100,0%
Áreas
CFC - Média
ENADE
Tabela 3 Comparação entre a distribuição das questões do ENADE e a média dos Exames de
Suficiência.
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
As semelhanças encontram-se nos seguintes conteúdos, embora com ênfase
diferente: Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Análise das Demonstrações
Contábeis, Contabilidade de Custos, Matemática Financeira, Contabilidade Pública,
Auditoria, Contabilidade Tributária, Atualidades e Conhecimentos de Língua
94
Portuguesa.
Outra semelhança encontrada nos exames diz respeito aos conteúdos mais
cobrados que, em ambos, foram relativos à Contabilidade Geral (Básica ou
Introdutória) e Contabilidade de Custos.
As divergências referentes a conteúdos cobrados no ENADE e que não foram
cobrados nos Exames de Suficiência dizem respeito a Contabilidade e Finanças,
Informática e Métodos Quantitativos.
As divergências referentes a conteúdos cobrados nos Exames de Suficiência
e que não foram cobrados no ENADE dizem respeito a Contabilidade Gerencial,
Perícia Contábil, Teoria da Contabilidade, Direito e Economia.
Comparando a média das questões apresentadas nos Exames de Suficiência
com as questões apresentadas no ENADE pode-se verificar que o ENADE dá
ênfase maior às matérias da área de Conhecimentos Contábeis, que corresponde a
50% da prova, e 15% destinou-se à área de Contabilidade Avançada. o Exame
de Suficiência distribuiu suas questões de forma quase igual entre as áreas de
Conhecimentos Contábeis e Contabilidade Avançada, 35,2% e 30,4%,
respectivamente. À área de Conhecimentos Gerais o CFC deu ênfase maior que o
ENADE, pois este lhe destinou 7,5% e o CFC, 22,4% das questões.
Tanto à área de Conhecimentos de Língua Portuguesa quanto à de
Conhecimentos Matemáticos o ENADE deu ênfase maior que o CFC, mais que o
dobro em ambas, como foi visto anteriormente.
Comparado com o ENADE, o Exame de Suficiência compreendeu um
percentual menor de questões destinadas às matérias de Contabilidade Geral, 20%,
ou seja, 5% a menos que o ENADE, porém nos exames analisados corresponde à
parte mais relevante da prova.
Essa distribuição feita pelo CFC, dando maior ênfase às áreas de
Conhecimentos Específicos de Contabilidade e distribuindo de forma uniforme entre
as matérias as questões destinadas a essas áreas, evidencia a preocupação em
verificar se os alunos possuem o conhecimento necessário para desempenhar as
atividades ligadas ao campo profissional. O que era de se esperar, pois o Exame
de Suficiência destina-se a verificar se o profissional contábil possui conhecimentos
necessários para o bom desempenho da profissão. No entanto, é intrigante a pouca
ênfase dada à Contabilidade Tributária em ambos os exames.
A existência de diferenças e semelhanças entre as matérias abordadas em
95
ambos os exames já era esperada, de acordo com o que foi levantado nas hipóteses
da pesquisa.
Outra hipótese que se confirmou parcialmente foi a questão do ENADE
atender aos parâmetros curriculares estabelecidos pela Resolução 10/04 CNE/CES.
Mesmo a Resolução sendo de 2004 e a prova do ENADE realizada em 2006, prazo
que as Instituições de Ensino Superior tinham para começar a implantar os novos
currículos, percebeu-se, através da análise do ENADE/2006, que este estava de
acordo com as solicitações da referida Resolução, com algumas omissões (áreas
afins, como Direito e Economia) .
5.4 COMPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS DO ENADE COM O CURRÍCULO
CCN-UFSC
Os assuntos exigidos no ENADE são contemplados sem exceção pelo
currículo do curso de Ciências Contábeis CCN-UFSC.
O currículo destina seis disciplinas, das quarenta obrigatórias, aos
conhecimentos de Contabilidade Geral, logo, 15% das disciplinas obrigatórias, que
são: Contabilidade I, II e III, Laboratório de Prática Contábil, Contabilidade Superior
e Contabilidade Avançada, sendo este o assunto com maior número de questões no
ENADE, representando 50% daquela prova.
Para o assunto Contabilidade de Custos e Análise de Custos o currículo CCN-
UFSC destina duas disciplinas, denominadas Contabilidade de Custos e Análise de
Custos, representando 5% das disciplinas obrigatórias do currículo, sendo que no
ENADE esse assunto representou 15% das questões totais da prova.
O assunto Contabilidade Tributária representou 2,5% do ENADE, apenas uma
questão, porém o currículo CCN-UFSC destina três disciplinas a esse assunto.
Quanto à Contabilidade Pública, o currículo CCN-UFSC destina as disciplinas
Contabilidade Pública I e II. Esse assunto foi exigido no ENADE por apenas uma
questão.
Contabilidade e Finanças, que representou aproximadamente 5% das
questões do ENADE, é contemplada pelo currículo CCN-UFSC com uma única
disciplina.
Com relação ao assunto Contabilidade Avançada, que representou 15% das
questões do ENADE, o currículo CCN-UFSC contém 9 disciplinas obrigatórias que
96
contemplam esse assunto, que são Contabilidade Gerencial, com 4 disciplinas,
Auditoria, com 2 disciplinas, Perícia, com uma disciplina, Teoria da Contabilidade,
também com 1 disciplina e Análise das Demonstrações Contábeis, com 1 disciplina.
Esta área corresponde a 22,5% das disciplinas obrigatórias do currículo.
No ENADE o assunto Auditoria Contábil também foi contemplado com apenas
uma questão, porém para esse assunto o currículo CCN-UFSC reservou duas
disciplinas: Auditoria Contábil I e II.
À matéria Análise das Demonstrações Contábeis, que compromete 12,5%
das questões totais do ENADE, o currículo CCN-UFSC destina uma disciplina,
correspondente a 2,5% das disciplinas obrigatórias do currículo.
Na área de Conhecimentos Gerais os assuntos relativos a: Direito,
Administração, Economia e Estatística, não foram contemplados pelo ENADE e são
contemplados pelo currículo CCN-UFSC. Para o assunto Informática, o ENADE
reservou uma questão. Esse assunto é contemplado no currículo CCN-UFSC com
uma disciplina.
À área de Conhecimentos de Língua Portuguesa o ENADE reservou 15% das
questões da prova e essa área é contemplada no currículo CCN-UFSC com a
disciplina Produção Textual Acadêmica I.
Os assuntos da área de Conhecimentos Matemáticos representaram 12,5%
da prova do ENADE; também o contemplados no currículo CCN-UFSC com as
disciplinas: Matemática I, Matemática Financeira I e II, representando 7,5% das
disciplinas obrigatórias do currículo CCN-UFSC.
5.5 COMPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS DOS EXAMES DE SUFICIÊNCIA
CFC COM O CURRÍCULO CCN-UFSC
A análise e comparação do Currículo CCN-UFSC também com os Exames de
Suficiência permite concluir que o currículo CCN-UFSC contempla todos os assuntos
exigidos pelos Exames de Suficiência selecionados e analisados neste trabalho.
Respeitando a divisão das questões pelas áreas de Conhecimentos
Contábeis, Contabilidade Avançada, Conhecimentos Gerais, Conhecimentos de
Língua Portuguesa e Conhecimentos Matemáticos, o currículo CCN-UFSC destina
para:
a) Conhecimentos Contábeis, 11 disciplinas: Contabilidade I, II e III, Laboratório
97
de Prática Contábil, Contabilidade de Custos, Contabilidade Pública I e II,
Contabilidade Tributária I e II, Análise de Custos e Planejamento Tributário;
b) Contabilidade Avançada, 13 disciplinas: Contabilidade Superior, Análise das
Demonstrações Contábeis, Contabilidade e Finanças, Contabilidade
Gerencial, Auditoria Contábil I e II, Contabilidade Avançada, Contabilidade
Atuarial, Simulação Gerencial I e II, Teoria da Contabilidade, Perícia Contábil
e Controladoria;
c) Conhecimentos Gerais, 6 disciplinas: Legislação Comercial e Societária,
Teoria Econômica, Legislação Social e Previdenciária, Ética e Filosofia
Política, Legislação Tributária e Mercado de Capitais;
d) Conhecimentos de Língua Portuguesa, 1 disciplina: Produção Textual
Acadêmica I; e
e) Conhecimentos Matemáticos, 3 disciplinas: Matemática I e Matemática
Financeira I e II.
Os assuntos que são contemplados no currículo CCN-UFSC que não foram
contemplados no Exame de Suficiência são: Administração, representada pela
disciplina Teoria das Organizações; Estatística, a que o currículo destina duas
disciplinas: todos Estatísticos I e II; Informática, ministrada pela disciplina
Sistemas de Informação Contábil, e Pesquisa Operacional, ministrada pela disciplina
Pesquisa Operacional Aplicada à Contabilidade.
98
Comparação entre a Distribuição das questões dos Exames de Suficiência, do
ENADE e as Disciplinas Obrigatórias do Currículo CCN-UFSC
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Questões
Percentual
Nº de
Disciplinas
Obrigatórias
Percentual
1. Conhecimentos Contábeis
17,60
35,2%
20
50,0%
14
35,0%
1.1. Contabilidade Geral
8,33 20,0% 10 25,0% 6 15,0%
1.2. Contabilidade de Custos
2,83
6,8%
6 15,0% 2 5,0%
1.3. Contabilidade Tributária
0,17 0,4% 1 2,5% 3 7,5%
1.4. Contabilidade Pública
3,33
8,0%
1 2,5% 2 5,0%
1.5. Contabilidade e Finanças
0,00
0,0%
2
5,0%
1
2,5%
2. Contabilidade Avançada
15,20
30,4%
6
15,0%
9
22,5%
2.1. Contabilidade Gerencial
2,40
4,8%
0 0,0% 4 10,0%
2.2. Auditoria
4,00 8,0% 1 2,5% 2 5,0%
2.3. Perícia
4,00
8,0%
0 0,0% 1 2,5%
2.4. Teoria da Contabilidade
3,20 6,4% 0 0,0% 1 2,5%
2.5. Análise das Demonstrações Contábeis
1,60
3,2%
5
12,5%
1
2,5%
3. Conhecimentos Gerais
11,20
22,4%
3
7,5%
6
15,0%
3.1. Direito
7,20
14,4%
0 0,0% 2 5,0%
3.2. Ética
3,20 6,4% 0 0,0% 1 2,5%
3.3. Economia
0,60
1,2%
0 0,0% 2 5,0%
3.4. Atualidades
0,20 0,4% 2 5,0% 0 0,0%
3.5. Informática
0,00
0,0%
1
2,50%
1
2,50%
4. Conhecimentos de Língua Portuguesa
3,00
6,0%
6
15,0%
1
2,5%
4.1. Interpretação de Texto
1,00 2,0% 5 12,5% 1 2,5%
4.2. Gramática
2,00
4,0%
1
2,5%
0
0,0%
5. Conhecimentos Matemáticos
3,00
6,0%
5
12,5%
3
7,5%
5.1. Matemática Financeira
3,00
6,0%
3 7,5% 2 5,0%
5.2. Métodos Quantitativos
0,00
0,0%
2
5,0%
1
2,5%
6. Outras
7
17,5%
Total
50,00
100,0%
40
100,0%
40
100,0%
CFC - Média
ENADE
Currículo CCN-UFSC
Áreas
Tabela 4 – Comparação entre a distribuição das questões do ENADE com as médias dos Exames de
Suficiência e as Disciplinas Obrigatórias do Currículo CCN-UFSC.
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
Pode-se observar que o currículo atende aos requisitos das provas do
ENADE e do CFC e que contempla proporcionalmente o conteúdo cobrado nas
provas com as disciplinas obrigatórias. O currículo ainda oferece 7 disciplinas
obrigatórias que não foram cobradas diretamente nas provas, expostas na área
denominada “Outras” mas esses conhecimentos eram necessários para responder a
algumas questões, tais como Métodos estatísticos, Pesquisa Operacional, Técnicas
de Pesquisa, entre outras.
99
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
35,2%30,4%22,4%6,0%6,0%0,0%50,0%15,0%7,5%15,0%12,5%0,0%35,0%22,5%15,0%2,5%7,5%17,5%
CFC - Média
ENADE
Currículo CCN-UFSC
Figura 13 – Comparação da distribuição das questões dos Exames de Suficiência, do ENADE e as
disciplinas obrigatórias do currículo CCN-UFSC.
Fonte: Elaborada pela autora (2008).
Observando o gráfico da figura 13, pode-se concluir que à área de
Conhecimentos Contábeis o ENADE dedicou mais questões que o CFC. Porém em
comparação com as demais áreas, tanto o CFC quanto o ENADE destinaram o
maior número de questões para essa área. E o currículo CCN-UFSC também
oferece mais disciplinas obrigatórias em Conhecimentos Contábeis que para as
demais áreas. Na área de Contabilidade Avançada, o CFC destina mais questões
que o ENADE, e o currículo CCN-UFSC fica na média entre os percentuais das duas
provas, proporcionando disciplinas obrigatórias que atendem as duas provas. Para a
área de Conhecimentos Gerais o ENADE destinou apenas 7,5% das suas questões,
três vezes menos que o CFC, não se preocupando em observar se os alunos estão
obtendo conhecimentos das áreas afins e não buscando, portanto, verificar se
interdisciplinaridade curricular. O currículo CCN-UFSC destina 15% das disciplinas
obrigatórias a essa área. Na área de Conhecimentos de Língua Portuguesa o
ENADE dedicou mais questões que o CFC, mais que o dobro, e o Currículo CCN-
UFSC dedica apenas uma disciplina para essa área. Em conhecimentos
100
matemáticos o ENADE também destina mais questões que o CFC, e também mais
que o dobro, porém o currículo CCN-UFSC lhe destina mais disciplinas que à área
de Conhecimentos de Língua Portuguesa. A área, “Outras” abrange as disciplinas
que o currículo CCN-UFSC oferece e que não tiveram nenhuma questão exclusiva
que abordasse os conteúdos nelas, ministrados. Nenhuma área de concentração
fica descoberta pelo currículo CCN-UFSC.
Faz-se necessário comentar que o currículo CCN-UFSC contempla muitas
disciplinas em que são ensinados conteúdos que contribuem para o entendimento
ou aprimoramento do entendimento de outros assuntos. Por exemplo, em Mercado
de Capitais, que é uma disciplina da Economia, o aluno também terá a oportunidade
de estudar mais sobre Análise das Demonstrações Contábeis. Assim como nas
disciplinas de Estatística e Pesquisa Operacional o aluno desenvolverá também
conhecimentos matemáticos.
Verificou-se que o currículo CCN-UFSC atende tanto aos requisitos de
avaliação propostos pelo ENADE quanto aos propostos pelo CFC, confirmando as
hipóteses de pesquisa levantadas.
5.6 RESULTADOS E RECOMENDAÇÕES DE MELHORIA
A partir da análise feita nos documentos, objetos de análise do trabalho
(Exames de Suficiência, ENADE/2006, Resolução 10/04-CNE/CES, Projeto Político-
Pedagógico do CCN-UFSC) pode-se concluir que o currículo CCN-UFSC foi
elaborado observando, entre outras leis e normas pertinentes, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Ciências Contábeis,
Resolução CNE/CES 10/04. E o currículo cumpriu todos os requisitos exigidos pelos
exames e também pela Resolução 10/04-CNE/CES.
O Projeto Político-Pedagógico do CCN-UFSC observou todas as exigências
estabelecidas pela Resolução 10/04-CNE/CES, preocupando-se com a revisão de
sua grade curricular e com os ensinamentos oferecidos, tendo em vista as
necessidades dos alunos, da sociedade e, dentro dela, das organizações.
Por meio das análises e comparações pode-se concluir que o currículo foi
construído de acordo com aquilo que foi estabelecido pelo Projeto Político
Pedagógico CCN-UFSC.
O currículo CCN-UFSC cumpriu todos os requisitos estabelecidos pelo
101
ENADE e pelos Exames de Suficiência analisados e inclusive contempla mais
assuntos que aqueles exigidos nos exames.
Por meio da tabela 4, na página 122, observa-se que o Currículo sempre
oferece disciplinas que abordam os assuntos cobrados nos exames e o percentual
de disciplinas oferecidas, das disciplinas totais do curso acompanha de forma
proporcional o percentual de questões por área do conhecimento. Por exemplo, para
a área de Conhecimentos Contábeis o CFC destinou, na média das provas, 35,2%
das questões, o ENADE destinou 50%, e o currículo CCN-UFSC oferece 42,4% de
disciplinas obrigatórias que contemplam essa área.
à área de Contabilidade Avançada o CFC destinou em média 30,4% de
questões, o ENADE 15% e o currículo CCN-UFSC oferece 27,3% de disciplinas
obrigatórias que contemplam essa área.
À área de conhecimentos gerais o CFC destinou em média 22,4% de
questões, o ENADE 7,5% e o currículo CCN-UFSC oferece 18,2% de disciplinas
obrigatórias que contemplam essa área.
Com relação aos Conhecimentos de Língua Portuguesa, o CFC destinou em
média 6% das questões, o ENADE 15% e o currículo CCN-UFSC oferece 3% de
disciplinas obrigatórias que contemplam essa área, contemplada pela disciplina
Produção Textual Acadêmica I; porém existe outra disciplina que instiga o aluno a
desenvolver conhecimentos de língua portuguesa, que é a disciplina Técnicas de
Pesquisa em Contabilidade, na qual o aluno deverá produzir vários materiais e um
projeto de trabalho de conclusão de curso.
Para Conhecimentos Matemáticos, o CFC destinou em média 6% de
questões, o ENADE 15% e o currículo CCN-UFSC oferece 9,1% de disciplinas
obrigatórias que contemplam essa área. Tal como em conhecimentos de língua
portuguesa ocorre com conhecimentos matemáticos, pois além das disciplinas
próprias da matemática, o currículo CCN-UFSC oferece outras disciplinas que a
incluem como Estatística e Pesquisa Operacional Aplicada à Contabilidade; e até
mesmo as disciplinas de Contabilidade exercitam e desenvolvem nos alunos o
raciocínio matemático.
O CFC buscou destinar as questões para a área de conhecimento contábil,
pois tem a finalidade de verificar o conhecimento voltado para o exercício da
profissão, já o ENADE, que busca verificar os conhecimentos acadêmicos dos
alunos de forma geral, destina mais questões à área de conhecimentos de base, da
102
parte específica, e distribui o restante das questões nas demais áreas de forma
uniforme.
O Currículo CCN-UFSC destina 62,5% de suas disciplinas obrigatórias para
as disciplinas de conhecimentos específicos do curso, deixando o restante, 37,5%,
para as demais áreas, evidenciando preocupação em preparar um bom profissional
sem deixar de lado conhecimentos que devem ser inerentes a um bom cidadão.
Como recomendações de melhorias sugere-se a inclusão, talvez no rol de
disciplinas optativas, de conteúdos voltados para a área de sociologia e ciências
humanas, para aqueles alunos que tenham interesse em aprofundar seus
conhecimentos ligados a essas áreas. É bem verdade que o currículo CCN-UFSC
prevê a realização pelo aluno de 120 horas de atividade de extensão, além de 200
horas de atividades complementares, o que deveria suprir as possíveis lacunas do
currículo. Sugere-se também a inclusão de mais uma disciplina obrigatória de
Perícia Contábil que poderia ajudar a aprofundar um pouco mais os conhecimentos
nesse assunto que comprometeu 8% das questões dos Exames de Suficiência
analisados.
103
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Com o crescente surgimento de Instituições de Ensino Superior e com elas o
aumento de oferta de cursos de graduação, o Ministério da Educação desenvolveu
sistemas de avaliação para as Instituições de Ensino Superior, visando garantir que
os cursos oferecidos estejam preparados para receber alunos e oferecer uma
formação de qualidade que possibilite o desenvolvimento do indivíduo, com
habilidades e competências próprias de cada profissão. A promoção da qualidade da
educação é preocupação primordial do MEC.
Observou-se na pesquisa que os sistemas de avaliação buscam cercar as
Instituições de Ensino Superior, por meio da denominada Avaliação
Institucional, com questionamentos e investigações referentes a vários elementos. O
sistema de avaliação busca investigar desde a infra-estrutura das Instituições de
Ensino Superior, passando por currículo, qualificação dos docentes, desempenho
dos discentes, até aspectos socioeconômicos dos estudantes.
A avaliação institucional divide-se em duas modalidades: a auto-avaliação, ou
avaliação interna e a avaliação externa. De acordo com o MEC, os processos
avaliativos, em conjunto, devem possibilitar avaliar todas as dimensões da realidade
em estudo, permitindo alcançar os objetivos a que se propõem.
Neste trabalho pesquisou-se sobre a avaliação externa aplicada ao curso de
graduação de Ciências Contábeis - UFSC, especificamente a prova do ENADE e o
Exame de Suficiência.
Pode-se entender que o ENADE tem o objetivo de verificar o desempenho
dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos,
suas habilidades e competências, por meio de um exame que se divide em questões
objetivas e discursivas, de conhecimento geral e de conhecimento específicos.
Os conteúdos programáticos avaliados pelo ENADE são definidos no
currículo de cada curso de graduação, que foi estabelecido a partir do Projeto
Político-Pedagógico e este é construído pela Coordenação de cada curso, junto com
os professores e comunidade acadêmica, observando a legislação que o
regulamenta.
A Legislação que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais, que deve ser
observadas para a construção dos Projetos Político-Pedagógicos e que regulamenta
os currículos dos cursos de graduação em Ciências Contábeis é a Resolução
104
10/04 – CNE/CES.
O Exame de Suficiência, estabelecido pelo Conselho Federal de
Contabilidade, avalia os alunos dos cursos de graduação em Ciências Contábeis e
objetiva verificar as habilidades e competências desenvolvidas no curso por meio
dos conteúdos programáticos.
Neste trabalho foram analisados os Exames de Suficiência aplicados em
2002/I, 2002/II, 2003/I, 2003/II, 2004/I, 2004/II e o ENADE destinado ao curso de
Ciências Contábeis, com o objetivo de verificar se os requisitos exigidos por ambos
os exames são contemplados pelo Currículo CCN-UFSC. Também foi analisada a
Resolução nº 10/04 – CNE/CES objetivando verificar se o Currículo CCN-UFSC está
de acordo com a referida norma.
Por meio da análise/correlação realizada pode-se concluir que o Currículo
CCN-UFSC cumpre todos os quesitos de ambas as provas e também os requisitos
estabelecidos pela Resolução nº 10/04 – CNE/CES.
Analisando o Projeto Político-Pedagógico CCN-UFSC pode-se verificar que
para a elaboração do currículo CCN-UFCS foram observadas não só a Resolução nº
10/04 – CNE/CES, mas uma série de normas relacionadas ao tema.
É importante ressaltar que neste trabalho foi feita uma verificação do currículo
frente aos exames nacionais buscando, através da análise do currículo e dos
exames nacionais, verificar a aderência do currículo aos exames, porém em nenhum
momento deste trabalho o currículo foi subestimado. Até porque o currículo é muito
mais relevante que os exames.
Foi possível observar, através da análise/correlação entre o currículo CCN-
UFSC e a Resolução 10/04 CNE/CES, a preocupação com todas as exigências
quanto ao currículo e ao projeto político-pedagógico contidas na Resolução 10/04
CNE/CES e também a preocupação quanto ao advento da globalização e
inovação tecnológica, ética e responsabilidade social, o que se espera de uma
universidade.
6.1 RECOMENDAÇÕES
Como recomendação para futuros trabalhos pode-se sugerir a análise do
ENADE com a finalidade de estabelecer relação entre o desempenho dos alunos
naquele exame e o currículo do curso.
105
Outra sugestão seria analisar os próximos ENADEs e procurar verificar se à
medida que passam os anos a mudança curricular proporcionou melhor
desempenho dos alunos ou não.
106
REFERÊNCIAS
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107
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ZAPELINI, Marcello B. Métodos e técnicas de pesquisa em administração: Núcleo
Teórico. Florianópolis: UDESC, 1997, unidade I, p. 2-3.
110
ANEXO 1: ENADE 2006
Partes
Número das
questões
Número das páginas
neste caderno
Peso de cada parte
Formação geral/Múltipla escolha
Formação geral/Discursivas
Componente específico/Múltipla escolha
Componente específico/Discursivas
Percepção sobre a prova
Diretoria de Estatísticas e
Avaliação da Educação Superior
DEAES
Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira - INEP
Ministério da
Educação
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO
11a36
41a49
9e10
37a40
01
questões de múltipla escolha discursivas, das partes de formação geral e componente específico da
área percepção sobre a prova
- Você está recebendo o seguinte material:
a) este caderno com as e
, e das questões relativas à sua , assim distribuídas:
b) Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um cartão destinado às respostas das questões de múltipla escolha e
de percepção sobre a prova. As respostas às questões discursivas deverão ser escritas a caneta esferográfica de tinta preta nos
espaços especificados no Caderno de Respostas.
02
03
04
05
06
07
- Verifique se este material está completo e se o seu nome no Cartão-Resposta está correto. Caso contrário, notifique imediatamente a
um dos responsáveis pela sala. Após a conferência de seu nome no Cartão-Resposta, você deverá assiná-lo no espaço próprio,
utilizando caneta esferográfica de tinta preta.
- Observe, no Cartão-Resposta, as instruções sobre a marcação das respostas às questões de múltipla escolha (apenas uma resposta
por questão).
- Tenha muito cuidado com o Cartão-Resposta, para não dobrar, amassar ou manchar. Esse Cartão somente poderá ser substituído
caso esteja danificado em suas margens - área de reconhecimento para leitura ótica.
- Esta prova é individual. São vedados o uso de calculadora, qualquer comunicação e troca de material entre os presentes, consultas a
material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
- Quando terminar, entregue a um dos responsáveis pela sala o Cartão-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista
de Presença. Cabe esclarecer que você poderá sair levando este Caderno de Questões, decorridos 90 (noventa) minutos do início
do Exame.
- Você terá 04 (quatro) horas para responder as questões de múltipla escolha, discursivas e de percepção sobre a prova.
60 %
40 %
Consórcio
Cesgranrio- FCC -
CESPE
80 %
20 %
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
2
6
8
17
24
a
e
a
a
5
7
16
23
1
a
8
2
FORMAÇÃO GERAL
QUESTÃO 1
INDICADORES DE FRACASSO ESCOLAR NO BRASIL
(Disponível em
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0173/aberto/fala_exclusivo.pdf)
Observando os dados fornecidos no quadro, percebe-se
(A) um avanço nos índices gerais da educação no País, gra-
ças ao investimento aplicado nas escolas.
(B) um crescimento do Ensino Médio, com índices superio-
res aos de países com desenvolvimento semelhante.
(C) um aumento da evasão escolar, devido à necessidade de
inserção profissional no mercado de trabalho.
(D) um incremento do tempo médio de formação, sustentado
pelo índice de aprovação no Ensino Fundamental.
(E) uma melhoria na qualificação da força de trabalho, incen-
tivada pelo aumento da escolaridade média.
QUESTÃO 2
José Pancetti
O tema que domina os fragmentos poéticos abaixo é o mar.
Identifique, entre eles, aquele que mais se aproxima do qua-
dro de Pancetti.
(A) Os homens e as mulheres
adormecidos na praia
que nuvens procuram
agarrar?
(MELO NETO, João Cabral de. Marinha. Os
melhores poemas. São Paulo: Global, 1985. p. 14.)
(B) Um barco singra o peito
rosado do mar.
A manhã sacode as ondas
e os coqueiros.
(ESPÍNOLA, Adriano. Pesca. Beira-sol. Rio de
Janeiro: TopBooks, 1997. p. 13.)
(C) Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.
(MORAES, Vinícius de. Mar. Antologia
poética. 25 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984. p. 93.)
(D) E olhamos a ilha assinalada
pelo gosto de abril que o mar trazia
e galgamos nosso sono sobre a areia
num barco de vento e maresia.
(SECCHIN, Antônio Carlos. A ilha. Todos os
ventos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 148.)
(E) As ondas vêm deitar-se no estertor da praia larga...
No vento a vir do mar ouvem-se avisos naufragados...
Cabeças coroadas de algas magras e de estrados...
Gargantas engolindo grossos goles de água amarga...
(BUENO, Alexei. Maresia. Poesia reunida. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. p. 19.)
3
QUESTÃO 3
Jornal do Brasil, 3 ago. 2005.
Tendo em vista a construção da idéia de nação no Brasil, o
argumento da personagem expressa
(A) a afirmação da identidade regional.
(B) a fragilização do multiculturalismo global.
(C) o ressurgimento do fundamentalismo local.
(D) o esfacelamento da unidade do território nacional.
(E) o fortalecimento do separatismo estadual.
QUESTÃO 4
A formação da consciência ética, baseada na promoção dos
valores éticos, envolve a identificação de alguns conceitos
como: “consciência moral”, “senso moral”, “juízo de fato” e
“juízo de valor”.
A esse respeito, leia os quadros a seguir.
Qual afirmativa e respectiva razão fazem uma associação mais
adequada com a situação apresentada?
(A) Afirmativa 1- porque o “senso moral” se manifesta como
conseqüência da “consciência moral”, que revela senti-
mentos associados às situações da vida.
(B) Afirmativa 1- porque o “senso moral” pressupõe um “juízo
de fato”, que é um ato normativo enunciador de normas
segundo critérios de correto e incorreto.
(C) Afirmativa 1- porque o “senso moral” revela a indignação
diante de fatos que julgamos ter feito errado provocando
sofrimento alheio.
(D) Afirmativa 2- porque a “consciência moral” se manifesta
na capacidade de deliberar diante de alternativas possí-
veis que são avaliadas segundo valores éticos.
(E) Afirmativa 2- porque a “consciência moral” indica um “juízo
de valor” que define o que as coisas são, como são e por
que são.
QUESTÃO 5
Samba do Approach
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
Fica ligada no link
Que eu vou confessar, my love
Depois do décimo drink
um bom e velho engov
Eu tirei o meu green card
E fui pra Miami Beach
Posso não ser pop star
Mas sou um nouveau riche
Eu tenho sex-appeal
Saca meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite uma drag queen.
(Zeca Baleiro)
I - “(...) Assim, nenhum verbo importado é defectivo ou sim-
plesmente irregular, e todos são da primeira conjugação
e se conjugam como os verbos regulares da classe.”
(POSSENTI, Sírio. Revista Língua. Ano I, n.3, 2006.)
II - “O estrangeirismo lexical é válido quando incorpora-
ção de informação nova, que não existia em português.”
(SECCHIN, Antonio Carlos. Revista Língua, Ano I, n.3, 2006.)
III - “O problema do empréstimo lingüístico não se resolve
com atitudes reacionárias, com estabelecer barreiras ou
cordões de isolamento à entrada de palavras e expres-
sões de outros idiomas. Resolve-se com o dinamismo
cultural, com o gênio inventivo do povo. Povo que não
forja cultura dispensa-se de criar palavras com energia
irradiadora e tem de conformar-se, queiram ou não quei-
ram os seus gramáticos, à condição de mero usuário de
criações alheias.”
(CUNHA, Celso. A língua portuguesa e a realidade brasileira.
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1972.)
IV - “Para cada palavra estrangeira que adotamos, deixa-se
de criar ou desaparece uma existente.”
(PILLA, Éda Heloisa. Os neologismos do português e a
face social da língua. Porto Alegre: AGE, 2002.)
O Samba do Approach, de autoria do maranhense Zeca
Baleiro, ironiza a mania brasileira de ter especial apego a
palavras e a modismos estrangeiros. As assertivas que se
confirmam na letra da música são, apenas,
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
4
QUESTÃO 6
A legislação de trânsito brasileira considera que o condutor de um veículo está dirigindo alcoolizado quando o teor alcoólico de
seu sangue excede 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. O gráfico abaixo mostra o processo de absorção e eliminação do
álcool quando um indivíduo bebe, em um curto espaço de tempo, de 1 a 4 latas de cerveja.
QUESTÃO 7
A tabela abaixo mostra como se distribui o tipo de ocupação dos jovens de 16 a 24 anos que trabalham em 5 Regiões
Metropolitanas e no Distrito Federal.
(Fonte: Convênio DIEESE / Seade, MTE / FAT e convênios regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego Elaboração: DIEESE)
Nota: (1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.
Das regiões estudadas, aquela que apresenta o maior percentual de jovens sem carteira assinada, dentre os jovens que são
assalariados do setor privado, é
(A) Belo Horizonte.
(B) Distrito Federal.
(C) Recife.
(D) Salvador.
(E) São Paulo.
Considere as afirmativas a seguir.
I - O álcool é absorvido pelo organismo muito mais lenta-
mente do que é eliminado.
II - Uma pessoa que dirigir imediatamente após a ingestão
da bebida pode consumir, no máximo, duas latas de cer-
veja.
III - Se uma pessoa toma rapidamente quatro latas de cerve-
ja, o álcool contido na bebida é completamente elimi-
nado após se passarem cerca de 7 horas da ingestão.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
(A) II, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
0
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
1lata
2 latas
3 latas
4 latas
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1
2
3
4
5
6
7
8
Tempo (horas)
(Fonte: National Health Institute, Estados Unidos)
Álcool no Sangue (g/litro)
5
QUESTÃO 8
Observe as composições a seguir.
Os dois textos acima relacionam a vida a sinais de pontuação, utilizando estes como metáforas do comportamento do ser
humano e das suas atitudes.
A exata correspondência entre a estrofe da poesia e o quadro do texto “Uma Biografia” é
(A) a primeira estrofe e o quarto quadro.
(B) a segunda estrofe e o terceiro quadro.
(C) a segunda estrofe e o quarto quadro.
(D) a segunda estrofe e o quinto quadro.
(E) a terceira estrofe e o quinto quadro.
QUESTÃO DE PONTUAÇÃO
Todo mundo aceita que ao homem
cabe pontuar a própria vida:
que viva em ponto de exclamação
(dizem: tem alma dionisíaca);
viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora é poesia);
viva equilibrando-se entre vírgulas
e sem pontuação (na política):
o homem só não aceita do homem
que use a só pontuação fatal:
que use, na frase que ele vive
o inevitável ponto final.
(MELO NETO, João Cabral de. Museu de tudo e depois.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.)
(CAULOS. dói quando eu respiro. Porto Alegre: L & PM, 2001.)
6
QUESTÃO 9 - DISCURSIVA
Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em
tramitação no Congresso Nacional, leia os dois textos a seguir.
Texto I
“Representantes do Movimento Negro Socialista entregaram ontem no Congresso um manifesto contra a votação dos projetos
que propõem o estabelecimento de cotas para negros em Universidades Federais e a criação do Estatuto de Igualdade Racial.
As duas propostas estão prontas para serem votadas na Câmara, mas o movimento quer que os projetos sejam retirados da
pauta. (...) Entre os integrantes do movimento estava a professora titular de Antropologia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Yvonne Maggie. ‘É preciso fazer o debate. Por isso ter vindo aqui foi um avanço’, disse.”
(Folha de S.Paulo Cotidiano, 30 jun. 2006 com adaptação.)
Texto II
“Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à
adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes
e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende
a adoção do sistema de cotas.”
(Agência Estado-Brasil, 03 jul. 2006.)
Ampliando ainda mais o debate sobre todas essas políticas afirmativas, também os que adotam a posição de que o critério
para cotas nas Universidades Públicas não deva ser restritivo, mas que considere também a condição social dos candidatos
ao ingresso.
Analisando a polêmica sobre o sistema de cotas “raciais”, identifique, no atual debate social,
a) um argumento coerente utilizado por aqueles que o criticam; (valor: 5,0 pontos)
b) um argumento coerente utilizado por aqueles que o defendem. (valor: 5,0 pontos)
Item a)
Item b)
RASCUNHO
1
2
3
4
5
6
7
8
RASCUNHO
1
2
3
4
5
6
7
8
7
QUESTÃO 10 - DISCURSIVA
Leia com atenção os textos abaixo.
Duas das feridas do Brasil de hoje, sobretudo nos grandes centros urbanos, são a banalidade do crime
e a violência praticada no trânsito. Ao se clamar por solução, surge a pergunta: de quem é a
responsabilidade?
São cerca de 50 mil brasileiros assassinados a
cada ano, número muito superior ao de civis
mortos em países atravessados por guerras. Por
que se mata tanto? Por que os governantes não
se sensibilizam e só no discurso tratam a se-
gurança como prioridade? Por que recorrer a
chavões como endurecer as leis, quando
existe legislação contra a impunidade? Por que
deixar tantos jovens morrerem, tantas mães cho-
rarem a falta dos filhos?
(O Globo. Caderno Especial. 2 set. 2006.)
Diante de uma tragédia urbana, qualquer reação das pessoas diretamen-
te envolvidas é permitida. Podem sofrer, revoltar-se, chorar, não fazer
nada. Cabe a quem está de fora a atitude. Cabe à sociedade perceber
que o drama que naquela hora é de três ou cinco famílias é, na verdade,
de todos nós. E a nós não é reservado o direito da omissão. Não pode-
mos seguir vendo a vida dos nossos jovens escorrer pelas mãos. Não
podemos achar que evoluir é aceitar crianças de 11 anos consumindo
bebidas alcoólicas e, mais tarde, juntando esse hábito ao de dirigir, sem
a menor noção de responsabilidade. (...) Queremos diálogo com nossos
meninos. Queremos campanhas que os alertem. Queremos leis que os
protejam. Queremos mantê-los no mundo para o qual os trouxemos. Que-
remos e precisamos ficar vivos para que eles fiquem vivos.
(O Dia, Caderno Especial, Rio de Janeiro, 10 set. 2006.)
Com base nas idéias contidas nos textos acima, responda à seguinte pergunta, fundamentando o seu ponto de vista com
argumentos.
Como o Brasil pode enfrentar a violência social e a violência no trânsito?
(valor: 10,0 pontos)
Observações:
Seu texto deve ser dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema ou de narração).
O seu ponto de vista deve estar apoiado em argumentos.
Seu texto deve ser redigido na modalidade escrita padrão da Língua Portuguesa.
O texto deve ter entre 8 e 12 linhas.
8
COMPONENTE ESPECÍFICO
QUESTÃO 11
A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade emanadas pelo CFC Conselho Federal de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
A Norma Contábil que determina a inclusão das receitas e despesas na apuração do resultado do período a que
pertencerem, de forma simultânea quando se correlacionarem, independentemente de ter havido recebimento no caso
de receita, ou pagamento, no caso de despesa, está contida no Princípio Fundamental de Contabilidade da
(A) Competência.
(B) Continuidade.
(C) Oportunidade.
(D) Tempestividade.
(E) Uniformidade.
QUESTÃO 12
Saldos finais das contas patrimoniais da Cia. Colibri em 31.12.2005:
Caixa
Capital Social
Contas a Pagar até 90 dias
Contas a Receber até 360 dias
Depreciação Acumulada
Financiamentos a Longo Prazo
Imobilizado
Lucro Acumulado
Provio para Crédito de Liquidação Duvidosa
Salários a Pagar
R$ 1.000,00
R$ 1.000,00
R$ 1.000,00
R$ 2.000,00
R$ 1.200,00
R$ 2.000,00
R$ 700,00
R$ 300,00
R$ 300,00
Os valores totais do Ativo e do Patrimônio Líquido são, respectivamente,
(A) R$ 2.800,00 e R$ 3.600,00
(B) R$ 4.200,00 e R$ 1.700,00
(C) R$ 4.200,00 e R$ 2.800,00
(D) R$ 4.300,00 e R$ 1.200,00
(E) R$ 5.000,00 e R$ 1.000,00
QUESTÃO 13
A renovação anual dos contratos de seguros do ativo operacional da Empresa Organizadinha ocorre sistematicamente
no primeiro dia do mês de junho e o pagamento do contrato é sempre efetuado à vista em uma única parcela. Foram
pagos R$ 2.400,00 em cada um dos exercícios de 2004 e 2005. Com base nessas informações, os saldos finais das
contas Despesas Pagas Antecipadamente e Despesas de Seguros, nessa ordem, em 31.12.2005, são:
(A) R$ 1.000,00 e R$ 2.400,00
(B) R$ 1.000,00 e R$ 1.200,00
(C) R$ 1.000,00 e R$ 1.000,00
(D) R$ 1.200,00 e R$ 1.200,00
(E) R$ 1.200,00 e R$ 2.400,00
QUESTÃO 14
A Lei n
o
6.404/76, ao dispor sobre as características e natureza das Sociedades por ões, estabelece a classificação
das contas segundo os elementos do patrimônio, agrupando-as de modo a facilitar a evidenciação e a análise financeira
das companhias. Assim, se uma empresa adquire o controle acionário de outra, esse evento é registrado no Ativo
(A) Permanente Imobilizado.
(B) Circulante.
(C) Permanente Diferido.
(D) Realizável a Longo Prazo.
(E) Permanente Investimento.
9
QUESTÃO 15
A diretoria financeira da Cia. Itamaracá estabelece como política: manter o Capital Circulante Líquido da empresa sempre
positivo e acompanhar continuamente o desempenho dos seus Índices de Liquidez. Para colocar em prática essa
determinação, a empresa efetua a quitação de 50% do saldo da conta de fornecedores, que venceria em até 120 dias.
Quais as alterações que o registro desse evento produz no CCL Capital Circulante Líquido e no Índice de Liquidez
Corrente?
C.C.L. Índice de Liquidez Corrente
(A) Não altera Não altera
(B) Não Altera Aumenta
(C) Aumenta Diminui
(D) Diminui Diminui
(E) Aumenta Aumenta
QUESTÃO 16
A Empresa CustaKaro Ltda. apresentou, em determinado momento, os dados abaixo:
Margem de Contribuição
(considerando somente
os custos variáveis)
Matéria-Prima
Preço de Venda (líquido dos
impostos)
Produto Alpha
Produto Beta
R$ 380,00 R$ 420,00
R$ 240,00 R$ 360,00
R$ 860,00 R$ 900,00
De acordo com esses dados, qual o percentual de participação da matéria-prima em relação ao custo variável total dos
produtos Alpha e Beta, nessa ordem?
(A) 25% e 50%
(B) 44% e 46%
(C) 50% e 25%
(D) 50% e 75%
(E) 75% e 50%
QUESTÃO 17
A diretoria da Cia. Aroeira quer que seus gerentes se concentrem em melhorar a rentabilidade de cada uma das divisões
sob sua responsabilidade. Quais as medidas de avaliação de desempenho que mais possibilidades têm de estimular
esse comportamento?
(A) Dividendo por ação, retorno sobre o Patrimônio Líquido e índice de endividamento.
(B) Rotatividade dos Ativos Operacionais, margem bruta e retorno sobre o patrimônio.
(C) Retorno sobre Ativos Operacionais, índice de liquidez geral e índice de endividamento.
(D) Rotatividade dos Ativos Operacionais, dividendos por ação e participação do capital de terceiros.
(E) Retorno sobre o Patrimônio Líquido, margem bruta de lucro e índice de endividamento.
QUESTÃO 18
O diretor financeiro da InvestNew Ltda., em reunião de executivos da empresa para definir a estratégia de atuação para o
próximo triênio, apresenta, para discussão e análise, a viabilidade de implantação de um novo projeto no próximo ano.
Após as justificativas da necessidade técnica do referido projeto, a discussão concentra-se em relação ao retorno que o
projeto geraria. O diretor financeiro informa, então, os seguintes valores:
R$ 20.000,00 R$ 2.500,00 R$ 1.000,00 R$ 21.500,00
Valor no início
do mês
Juros
incorridos
Receita líquida
de impostos
recebida
ao final do mês
Valor do
investimento no
fim do mês
Com base nesses dados, qual é a taxa de retorno do projeto no mês?
(A) 4,65%
(B) 5,00%
(C) 7,50%
(D) 10,00%
(E) 12,50%
10
QUESTÃO 19
Por ocasião da aprovação da LOA Lei de Orçamento Anual, a previsão das Receitas e a fixação das Despesas de
uma determinada entidade governamental foram as seguintes:
Receitas Correntes Despesas Correntes
Receitas de Capital Despesas de Capital
Receita da
vida Ativa
Outras Receitas
Correntes
Alienação de
Bens Móveis
Transferências
de Capital
Operações
de Crédito
R$ 300.000,00
R$ 400.000,00
R$ 200.000,00
R$ 200.000,00
R$ 400.000,00
R$ 300.000,00
R$ 400.000,00
R$ 200.000,00
R$ 200.000,00
R$ 400.000,00
Aquisição de Material
de Consumo
Aquisição de Bens
Móveis
Outras Despesas
Correntes
Empréstimos
Concedidos
Amortização
da Dívida
Ao final do período orçamentário aprovado, os saldos contábeis indicavam um total executado de Receitas e Despesas
conforme os valores a seguir:
Receitas Correntes Despesas Correntes
Receitas de Capital Despesas de Capital
Receita da
vida Ativa
Outras Receitas
Correntes
Alienação de
Bens Móveis
Transferências
de Capital
Operações
de Crédito
R$ 260.000,00
R$ 340.000,00
R$ 200.000,00
R$ 190.000,00
R$ 340.000,00
R$ 260.000,00
R$ 330.000,00
R$ 204.000,00
R$ 205.000,00
R$ 402.000,00
Aquisição de Material
de Consumo
Aquisição de Bens
Móveis
Outras Despesas
Correntes
Empréstimos
Concedidos
Amortização
da Dívida
Com base nessas informações, qual foi o resultado orçamentário?
(A) Superávit corrente de R$ 99.000,00
(B) Superávit de capital de R$ 89.000,00
(C) Déficit orçamentário de R$ 71.000,00
(D) Déficit corrente de R$ 81.000,00
(E) Déficit corrente de R$ 10.000,00
QUESTÃO 20
Um auditor externo, em procedimento para confirmação dos passivos tributários e trabalhistas, solicita à empresa
auditada que envie carta aos escritórios de advocacia contratados para confirmar a existência de processos,
classificando-os de acordo com o risco e a probabilidade de êxito em possíveis, prováveis e remotos”. Qual a
denominação desse procedimento?
(A) Constituição.
(B) Certificação.
(C) Constatação.
(D) Conciliação.
(E) Circularização.
11
QUESTÃO 21
O Departamento responsável pelo controle de tributos da Cia. Amazônia, ao final do exercício de 2005, elabora um
relatório contendo os dados constantes na tabela abaixo:
R$ 100.000,00
R$ 50.000,00
R$ 10.000,00
R$ 22.000,00
R$ 13.000,00
5%
Capital Social
Reserva de Reavaliação
Reserva Especial Artigo 460 RIR
Lucros Acumulados até 2004
Lucro quido do Ano de 2005 (ajustado
para cálculo do limite)
TJLP no Ano
Contas
Valores
Com base nas informações, considerando que o será efetuado nenhum ajuste no Lucro Real, qual é o valor máximo
permitido pela Legislação do Imposto de Renda, a ser pago ou creditado a título de Juros Sobre o Capital Próprio,
dedutíveis na base do Lucro Real da empresa?
(A) R$ 11.000,00
(B) R$ 9.100,00
(C) R$ 7.250,00
(D) R$ 6.750,00
(E) R$ 6.500,00
QUESTÃO 22
Uma empresa contratou assessores especializados para examinar o desempenho do seu lucro operacional para o
próximo ano em função do cenário econômico.
A diretoria, orientada por esses especialistas, estabeleceu diversos cenários possíveis e suas respectivas probabilidades de
ocorrência. Dentro de cada um desses cenários, as áreas de contabilidade e controladoria, com os dados históricos
disponíveis e sua tendência, fazem a previsão do lucro operacional anual.
O resultado do trabalho é a seguinte distribuição de probabilidade:
Eventos
Lucro Operacional
Previsto
Probabilidade
do Evento
Economia em Crescimento Acelerado
Economia em Crescimento Moderado
Economia em Crescimento Estável
Economia em Recessão Moderada
Economia em Recessão Profunda
R$ 110 milhões
R$ 80 milhões
R$ 50 milhões
R$ 40 milhões
R$ 20 milhões
0,10
0,15
0,40
0,25
0,10
Nessas condições, qual será o lucro operacional esperado para o próximo ano?
(A) R$ 80 milhões.
(B) R$ 60 milhões.
(C) R$ 55 milhões.
(D) R$ 50 milhões.
(E) R$ 45 milhões.
QUESTÃO 23
A diretoria da Cia. Itacolomy, empresa do comércio varejista, com filiais em todo o Brasil, preocupada com a guarda e
segurança de seus arquivos de dados, das informações que envolvem o Processamento Eletrônico e da perfeita
reconstituição de relatórios e demonstrações contábeis, reúne-se com a área responsável para estabelecer as normas e
os procedimentos de segurança que deverão ser adotados em relação ao assunto. Qual é o procedimento que a
empresa deve adotar para assegurar a recuperação de seus dados?
(A) Cuidar para que existam cópias de segurança e centros de contingências de processamento de dados.
(B) Determinar que os procedimentos sistêmicos e os controles do sistema sejam de conhecimento restrito do
departamento de informática da empresa.
(C) Criar um setor de armazenamento, de modo que todos os arquivos de dados estejam na sede da empresa.
(D) Permitir que os funcionários tenham acesso ilimitado aos sistemas e dados da empresa.
(E) Exigir que todos os documentos sejam guardados durante a existência da empresa.
12
QUESTÃO 24
A Empresa Comercial Aurora Ltda. negociou, em 31.12.2005, uma operação de Desconto de Duplicatas no valor total de
R$ 1.500.000,00 distribuídos conforme o fluxo de vencimento das duplicatas a seguir:
0
30 dias
R$ 400.000,00
60 dias
R$ 600.000,00
90 dias
R$ 500.000,00
Nessa operação, a instituição financeira cobrou e recebeu juros antecipados no valor de R$ 155.000,00, calculados à
taxa de 5% ao mês (juros simples), e taxas de serviços de R$ 500,00.
Se a empresa encerra o seu exercício contábil ao final de dezembro, qual foi o efeito do registro dessa operação nas
Demonstrações Contábeis da empresa?
(A) Diminuição no Resultado do Exercício no valor de R$ 155.500,00.
(B) Diminuição no Ativo no valor de R$ 155.500,00.
(C) Diminuição no Ativo Circulante no valor de R$ 500,00.
(D) Aumento de Despesas Financeiras no valor de R$ 155.000,00.
(E) Aumento do Passivo Circulante no valor de R$ 500,00.
QUESTÃO 25
A Cia. Manufatura Guaracy adquiriu um equipamento, em outubro de 2005, colocando-o em funcionamento em 01.12.2005.
Do custo de aquisição desse bem, no valor de R$ 63.000,00, foi paga uma parcela de R$ 30.000,00 e o restante financiado
com incidência de juros de 12% ao ano. Além desse valor, no mês de novembro, a empresa incorreu nos seguintes
desembolsos:
Itens Pagos
Valor
Transporte do Equipamento
Instalação e Adequão Física do Equipamento
Testes de Funcionamento do Equipamento
Juros sobre Empréstimos
R$ 2.500,00
R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
R$ 330,00
Qual é o valor a ser contabilizado no Ativo Permanente da empresa, em 30.11.2005, em relação a esse equipamento?
(A) R$ 63.000,00
(B) R$ 65.500,00
(C) R$ 69.500,00
(D) R$ 71.500,00
(E) R$ 71.830,00
QUESTÃO 26
A empresa Itaici Indústria e Comércio Ltda. vem acumulando prejuízos constantes nos últimos 4 anos. Após várias
reuniões, a direção identificou algumas razões que justificavam esses resultados, tais como:
As decisões de preços são tomadas erroneamente em função de falha no fluxo de informações.
Produção de itens gerando alto grau de rejeitos no processo.
A Diretoria toma decisões baseadas em informações não atualizadas.
Itens de Despesas com valores altamente crescentes e sem controle.
Em vista dos fatos, a direção da empresa decidiu investir em uma reorganização nas áreas de vendas, produção e
financeira. Para isso, contratou profissionais que propuseram, além de uma completa modificação no fluxo de
informações da empresa, alterações no processo produtivo.
Que tipo de tratamento contábil devem receber os gastos incorridos com esta assessoria e os advindos das alterações
propostas pelos consultores no fluxo de informações?
(A) Lançar para Resultado no momento em que ocorrerem, em virtude de a empresa estar em funcionamento.
(B) Registrar no Patrimônio Líquido na conta Lucros/ Prejuízos Acumulados, como Ajustes de Exercícios Anteriores.
(C) Contabilizar no grupo Ativo Permanente Diferido e amortizá-los segundo a expectativa de geração dos benefícios
futuros.
(D) Apropriar como Resultado de Exercícios Futuros e transferi-los para o resultado em 10 anos.
(E) Registrar como gastos antecipados e amortizá-los como Custos dos Produtos Vendidos no exercício em que
ocorrerem.
13
QUESTÃO 27
A Cia. Alterosa, seguindo seu planejamento estratégico, terceiriza os serviços de limpeza e segurança de suas unidades
administrativas e comerciais. Em 01.07.2005, após minuciosa cotação de preços, contrata a empresa Serviços Limpinha
& Segura Ltda., por 3 anos, pagando, na ocasião da assinatura do contrato, o valor de R$ 1.200.000,00 correspondente
ao montante total dos serviços contratados.
Na empresa prestadora de serviços, no momento da assinatura e recebimento total do contrato, qual o procedimento
contábil para o registro dessa operação?
(A) Reconhecer como Receita Operacional do período o valor total recebido.
(B) Registrar como conta de Passivo o valor contratado.
(C) Lançar o valor do contrato em conta do Ativo Diferido.
(D) Registrar o total contratado como Resultado de Exercícios Futuros.
(E) Contabilizar o valor total contratado como Receita Não Operacional.
QUESTÃO 28
A Cia. Alfa, principal empresa do grupo GRECCO, possui aplicações em participações societárias em diversas
empresas, desde janeiro de 2002. Em 31.12.2005, ocasião da elaboração de suas demonstrações contábeis, identifica
suas participações acionárias diretas e indiretas, formadas por ações ordinárias e preferenciais, todas com valor nominal
de R$ 1,00, conforme o quadro a seguir:
Quadro de Participações Acionárias (quantidade de ações)
Investidores
Total d e
ações
Investidas
Cia. Beta
Cia. Celta
Cia. Delta
Cia. Alfa Cia. Beta
Outros
30.000.000
10.000.000
19.700.000
40.000.000
20.000.000
50.000.000
100.000
25.000.000
200.000
5.000.000 20.000.000
O Departamento de Controle informa que:
os acionistas externos possuem apenas o controle do capital ordinário da Cia. Celta; nas demais empresas, esse
tipo de capital está sob o controle direto ou indireto da Cia. Alfa.
Os valores corretamente ajustados para a elaboração da avaliação dos investimentos são os apresentados no
quadro a seguir:
Investidas
Patrimônio Líquido
Base para a Avaliação
da Participação
Societária
Valor Contábil dos
Investimentos da Cia.
Alfa
Valor Contábil das
Participações da
Cia. Beta
R$ 58.500.000,00
R$ 25.000.000,00
R$ 51.000.000,00
R$ 42.075.000,00
R$ 100.000,00
R$ 25.500.000,00
Cia. Beta
Cia. Celta
Cia. Delta
R$ 200.000,00
R$ 5.060.000,00
No início de dezembro de 2005, a Cia. Delta realizou uma venda a prazo de produtos para a Cia. Beta no valor de
R$ 500.000,00, dos quais R$ 300.000,00 já foram repassados a terceiros. O lucro total obtido nessa operação pela Cia.
Delta foi de 20%.
Com base nos dados fornecidos é correto afirmar:
(A) O resultado do cálculo da equivalência patrimonial referente à participação da Cia. Beta na Cia. Delta é zero.
(B) Todas as participações societárias das empresas do grupo devem ser avaliadas por equivalência patrimonial.
(C) Todos os dividendos recebidos pela Cia. Alfa referentes às suas participações societárias devem ser registrados
como Receitas Operacionais.
(D) A empresa Beta deve reconhecer como Resultado Não Operacional o valor da equivalência patrimonial calculado
sobre a Cia. Delta.
(E) A empresa Alfa deve reconhecer uma Despesa Operacional com relação à avaliação de sua participação societária
na Cia. Beta.
14
QUESTÃO 29
O Grupo empresarial Sideral é formado por três empresas das quais a Cia. Lua é a controladora, participando com 70%
da Cia. Marte e 50% da Cia. Terra. Em 31.12.2005 o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado, ajustados,
de cada uma dessas empresas, eram os apresentados a seguir:
Balanços Patrimoniais (ajustados para efeito de consolidação)
Passivo + Patrimônio Líquido
Total do Passivo + PL
184.000,00
185.000,00
168.500,00
75.000,00
90.000,00
25.000,00
441.000,00
441.000,00
275.000,00
275.000,00
120.000,00
120.000,00
5.000,00
14.000,00
4.000,00
12.000,00
1.000,00
6.000,00
25.000,00
51.000,00
70.000,00
38.000,00
20.000,00
34.000,00
(1.200,00)
40.000,00 24.000,00 2.000,00
(1.500,00) (4.000,00)
26.000,00
110.000,00 100.000,00 50.000,00
00
38.200,00
21.000,00
34.000,00
21.000,00
10.000,00
2.000,00
164.000,00
20.000,00 5.000,00
0 3.000,00
1.000,00
Ativo Cia. Lua
Cia. Lua
Cia. Marte
Cia. Marte
Cia. Terra
Cia. Terra
Disponibilidades
Contas a Pagar
Clientes
Fornecedores
(-) PDD (Provisão para Devedores
Duvidosos)
Dividendos a Pagar
Estoques
Impostos e Contribuições
Dividendos a Receber
Capital Social
Participações Societárias
Reservas
Imobilizadoquido
Total Ativo
Lucros/Prejuízos Acumulados
Demonstração de Resultado do Exercio findo em 31.12.2005
(21.000,00) (21.000,00) (2.000,00)
400.000,00 300.000,00 100.000,00
(200.000,00) (150.000,00) (70.000,00)
200.000,00 150.000,00 30.000,00
95.000,00
0 0
(64.000,00) (45.000,00) (20.000,00)
231.000,00 105.000,00 10.000,00
Contas Cia. Lua Cia. Marte Cia. Terra
Vendas
(-) CMV - Custos das Mercadorias
Vendidas
Resultado Bruto
(-) Despesas Operacionais
Resultado do Exercício
(-) Impostos e Contribuições provi-
sionados
Resultado Líquido
210.000,00 84.000,00 8.000,00
Além dos dados fornecidos anteriormente, as informações contábeis evidenciaram vendas de mercadorias a prazo, feitas
pela Cia. Marte para a controladora. Essa operação correspondeu a 50% do total das receitas de vendas da investida e,
ao final do período, esses estoques da controladora foram integralmente repassados a terceiros.
Com base nesses dados, é correto afirmar que o valor
(A) consolidado do Ativo Total é R$ 239.000,00 e o das obrigações é R$ 92.000,00.
(B) consolidado do resultado do grupo é R$ 302.000,00 e do Ativo Total é R$ 836.000,00.
(C) total das receitas auferidas pelo grupo é de R$ 800.000,00.
(D) da participação dos minoritários é R$ 92.000,00 e o do Permanente consolidado é R$ 445.500,00.
(E) consolidado do Passivo Total é R$ 315.000,00 e o do Patrimônio Líquido é R$ 110.000,00.
QUESTÃO 30
A Cia. Eficiência fabrica equipamentos de irrigação agrícola modular. Em um determinado mês, produz e vende 450
unidades ao preço unitário de R$ 3.500,00. A estrutura de custos e despesas da empresa é a seguinte:
1. Custos e Despesas Variáveis
2. Custos e Despesas Fixas
R$ 2.500,00 por mês
R$ 360.000,00 por mês
Com base nos dados apresentados e considerando o conceito de alavancagem operacional é correto afirmar:
(A) A empresa opera com uma margem de segurança de 20%.
(B) A empresa nestas condições obtém um lucro de R$ 60.000,00.
(C) O ponto de equilíbrio da empresa se após a venda de 380 unidades.
(D) A empresa apura, no período, um prejuízo de R$ 100.000,00.
(E) O resultado da empresa é nulo.
15
QUESTÃO 31
A Indústria Laguna S.A. planeja fabricar e vender 100.000 unidades de um único produto durante o exercício fiscal de
2005, com um custo variável de R$ 4,00 por unidade e um custo fixo de R$ 2,00 por unidade.
Se nesse mesmo período a empresa não alcançar o planejado e fabricar e vender somente 80.000 unidades, incorrendo
em um custo total de R$ 515.000,00, qual será a variação de custo de manufatura nesse período?
(A) R$ 85.000,00 favorável.
(B) R$ 85.000,00 desfavorável.
(C) R$ 80.000,00 desfavorável.
(D) R$ 5.000,00 favorável.
(E) R$ 5.000,00 desfavorável.
QUESTÃO 32
Ao analisar os registros contábeis da Cia. Pintassilgo, o contador orienta a diretoria a tomar uma importante decisão que
melhora sensivelmente a Taxa de Retorno sobre Investimentos, calculada sobre o Ativo Operacional da empresa. Qual
das orientações abaixo contribuiu para essa melhora?
(A) Diminuir o elevado valor do saldo do Passivo Circulante pagando dívida de significativo montante aos fornecedores.
(B) A obtenção de um financiamento em um Banco de Desenvolvimento, com juros subsidiados e carência de 4 anos.
(C) A aquisição de estoques em quantidade um pouco acima do normal para que a empresa venha a obter ganho com
a inflação.
(D) Providenciar a demissão de 5 funcionários, que percebiam salários médios, nos Departamentos Administrativo e
Comercial, com o objetivo de reduzir despesas.
(E) A reclassificação como Bens Não de Uso de um terreno de elevado valor, registrado no Ativo Imobilizado, que o
mesmo não está sendo utilizado pela empresa em suas operações e o perspectiva dessa utilização nos
próximos 10 anos.
QUESTÃO 33
A Irmãos Anhangá é uma empresa de manufatura que produziu e comercializou, no exercício social de 2005, um único
produto. A fábrica entrou em operação nesse ano, não havendo, portanto, qualquer tipo de estoque no início do exercício
fiscal de 2005.
Durante este período a contabilidade reporta dados da produção e das despesas incorridas:
200 unidades produzidas e acabadas
Custo variável de fabricação: R$ 30,00 por unidade
Custos fixos de fabricação: R$ 600,00
Despesas operacionais de administração e vendas: R$ 400,00
120 unidades vendidas
Preço líquido de venda por unidade: R$ 40,00
Com base nas informações, é correto afirmar que os resultados finais apurados pelo método de custeio por absorção e
pelo método de custeio variável são, respectivamente,
(A) R$ 200,00 e R$ 200,00
(B) R$ 440,00 e R$ 200,00
(C) R$ 440,00 e R$ 600,00
(D) R$ 600,00 e R$ 800,00
(E) R$ 840,00 e R$ 600,00
16
QUESTÃO 34
A Indústria Laboriosa fabrica apenas um produto, gastando 12 minutos de hora/máquina para produzir cada unidade. Em
um determinado mês sua estrutura de custos e despesas é a seguinte:
Dados Valor
Custos Fixos Mensais
Custos Variáveis
Despesas Fixas Mensais
Despesas Variáveis de Vendas
Horas Máquinas Totais/Mês Aplicadas
R$ 1.920.000.00
R$ 1.260.000.00
R$ 1.200.000.00
R$ 0,20 para cada R$ 1,00 das Vendas
2.000 Horas
Nessas condições, para a empresa vender toda a sua produção e obter um resultado, antes do Imposto de Renda e
Contribuições, no valor de R$ 1.400.000,00, qual a margem de contribuição unitária?
(A) R$ 140,00
(B) R$ 318,50
(C) R$ 452,00
(D) R$ 578,00
(E) R$ 722,50
QUESTÃO 35
A Empresa Percapita Ltda. apresenta um Patrimônio Líquido de R$ 50.000,00. Considerando que o Capital Circulante
Líquido foi de R$ 120.000,00, o Ativo Circulante foi de R$ 200.000,00 e o Ativo Total foi de R$ 300.000,00, qual o Índice
de Participação do Capital de Terceiros, em relação ao Capital Próprio?
(A) 500%
(B) 160%
(C) 75%
(D) 60%
(E) 47%
QUESTÃO 36
A empresa Giro Alto Ltda. pretende aumentar suas vendas a prazo para manter suas vendas totais de 2005, iguais às de
2004. Em 2004, o valor total das vendas foi de R$ 1.800.000,00, considerando um ano comercial de 360 dias e que a
empresa operou com um prazo médio de recebimento de vendas de 30 dias.
Para alcançar esse objetivo, a empresa terá que ampliar para 32 dias o prazo médio de recebimento de vendas. Desse
modo, o valor das Duplicatas a Receber, em 30 de dezembro de 2.005, deve ser
(A) R$ 56.250,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 116.250,00
(D) R$150.000,00
(E) R$160.000,00
17
QUESTÃO 37
DISCURSIVA
O Controler José Avalista Maior recebeu de uma das empresas do Grupo, via fax, o Balanço Patrimonial dos anos 2004
e 2005, abaixo evidenciado. Por problemas na transmissão do fax, alguns dados da Demonstração não saíram.
Balanço Patrimonial
Realizável a
Longo Prazo
15.000,00 25.000,00
Notas Promissórias
a Pagar
16.000,00
Dispo nib ilidade
Ativo
2004
2005
Passivo + PL
2004 2005
Circulante
70.000,00
Circulante
25.000,00
Contas a Pagar
Clientes 40.000,00 60.000,00 Fornecedores 25.000,00 38.000,00
(-) Provio para
Devedores Dividosos
(1.200,00) Dividendos a Pagar
1.000,00 3.000,00
Estoques
1.200,00 4.300,00
8.000,00 20.000,00
tulos a Receber
tulos a Receber
5.000,00
Exigível a
Longo Prazo
15.000,00
Financiamentos
16.000,00 25.000,00
Permanente
Patrimônio quido
Participações
Societárias
6.000,00 6.000,00 Capital Social 36.000,00 37.500,00
Imóveis
12.000,00
Lucros/Prejuízos
Acumulados
Equipamentos
15.000,00 15.000,00
Veículos
20.000,00 20.000,00
(-) Depreciação
Acumulada
(2.500,00)
Total Geral
Total Geral
Dados Complementares:
I. A análise horizontal de 2005 apresentou uma evolução de 40% das disponibilidades.
II. O contador o efetuou a reclassificação de 50% dos Títulos a Receber de Longo Prazo. Não ocorreram
transações: de vendas (Curto ou Longo Prazo) e recebimentos (Curto ou Longo Prazo).
III. Foram Adquiridos em 2005 imóveis no valor de R$ 5.000,00.
IV. A depreciação anual de Equipamentos é de 10% e a de Veículos é de 20%.
V. A média de perdas de Clientes permaneceu constante e equivalente à dos anos anteriores.
VI. O Índice de Liquidez Corrente foi de:
2004 2005
2,00 1,10
VII. O Índice de Liquidez Geral foi de:
2005
0,94
18
Para que o Controler possa complementar os dados no Balanço e avaliar o desempenho das empresas, solicita-se:
a) Elaborar corretamente os balanços, ajustando os dados. (valor 3,0 pontos)
b) Apurar os valores das Contas a Pagar e do Passivo Circulante do Exercício 2004. (valor 1,0 pontos)
c) Apurar os valores dos Lucros Acumulados e do Passivo Circulante do Exercício 2005. (valor 1,0 pontos)
R
A
S
C
U
N
H
O
1
2
3
4
5
6
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19
QUESTÃO 38
DISCURSIVA
Na teoria contábil um dos aspectos intensamente discutido é o momento de reconhecimento das receitas. Para isto
existem vários critérios que podem ser aplicados a uma ou a outra empresa, dependendo do tipo produto/serviço que
vende. A importância deste assunto é ressaltada, pois o correto reconhecimento das receitas influencia diretamente no
retorno do investimento do acionista.
Pede-se:
a) Indicar, no mínimo, três formas de reconhecimento das receitas.
(valor 3,0 pontos)
b) Justificar dois dos métodos apontados.
(valor 2,0 pontos)
R
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1
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19
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20
20
QUESTÃO 39
DISCURSIVA
A diretoria da Cia. Altamira tem como meta abrir o capital da empresa em 2006, para isso resolve ajustar suas
demonstrações contábeis a partir de 2004, de acordo com as exigências da CVM Comissão de Valores Mobiliários.
Ocorre que por um problema em seus arquivos eletrônicos perdeu as demonstrações finais dos exercícios de 2004/2005
já padronizadas conforme as exigências daquele órgão.
Após intenso esforço de recuperação dos dados obteve as seguintes listagens:
I. Saldos finais dos itens patrimoniais após a apuração do Resultado Líquido de 2005:
Saldo do Razão das Contas de Ativo
Saldo do Razão das Contas
de Passivo e Patrimônio Líquido
R$ 46.000,00
R$ 50.000,00
R$ 12.000,00
R$ 3.450,00
(R$ 5.000,00)
R$ 3.500,00
R$ 5.000,00
R$ 9.000,00
R$ 20.000,00
R$ 5.050,00
R$ 14.000,00
R$ 2.000,00
R$ 4.000,00
R$ 16.200,00
(R$ 300,00)
R$ 3.000,00
R$ 95.700,00
R$ 3.500,00
R$ 95.700,00
R$ 50.000,00
R$ 70.000,00
R$ 20.500,00
R$ 1.600,00
(R$ 10.000,00)
R$ 13.500,00
R$ 10.700,00
R$ 24.600,00
R$ 6.000,00
R$ 22.000,00
R$ 2.500,00
R$ 5.500,00
R$ 26.200,00
(R$ 600,00)
R$ 5.000,00
R$ 125.500,00
R$ 3.500,00
R$ 125.500,00
2004
2004
2005
2005
Bens de Uso
Capital Social
Clientes
Contas a Pagar
Depreciação Acumulada
Dividendos a Pagar
Disponibilidades
Empréstimos de Longo Prazo
Estoques
Fornecedores
Imóveis
IPI e ICM S a Pagar
Participações Societárias
Lucros/Prejuízos Acumulados
Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa
Provisão para Pagamento do Imposto
de Renda e Contribuições
Total dos Saldos das Contas de Ativo
Reserva Legal
Total dos Saldos das Contas
do Passivo e de Patrimônio Líquido
II. Listagem das contas de resultados de apuração do Resultado Líquido do exercício:
R$ 340.300,00
(R$ 12.000,00)
(R$ 200.400,00)
(R$ 300,00)
(R$ 3.000,00)
(R$ 63.600,00)
(R$ 49.000,00)
R$ 1.000,00
(R$ 3.000,00)
R$ 10.000,00
R$ 400.000,00
(R$ 15.000,00)
(R$ 220.000,00)
(R$ 600,00)
(R$ 5.000,00)
(R$ 79.900,00)
(R$ 56.000,00)
R$ 1.500,00
(R$ 5.000,00)
R$ 20.000,00
2004 2005
Receitas de Vendas
Impostos Diretos sobre Vendas
CMV - Custo da Mercadorias Vendidas
Despesas com Créditos
de Liquidação Duvidosas
Despesas de Depreciação
Despesas Administrativas
Despesas de Vendas
Resultado de Equivalência Patrimonial
Imposto de Renda e Contribuições
Resultado Líquido do Exercio
Demonstração do Resultado
21
III. Dados sobre as distribuições dos Resultados Líquidos recuperados:
R$ 10.000,00
(R$ 500,00)
(R$ 3.500,00)
R$ 6.000,00
R$ 20.000,00
(R$ 1.000,00)
(R$ 9.000,00)
R$ 10.000,00
Distribuição do Resultado
Resultado Líquido do Exercício
Reserva Legal
Dividendos
Lucros Acumulados
2004 2005
IV. Informações sobre a movimentação da conta Capital Social:
Ao final de junho de 2005 ocorreu um aumento do Capital Social em R$ 20.000,00, sendo 50% com aporte de
recursos dos sócios e o restante com incorporação de lucros retidos.
V. A Composição do Patrimônio Líquido ao final do Exercício de 2003:
Contas do
Patrimônio Líquido
Capital
Reservas
Lucros
Acumulados
Total
R$ 50.000,00 R$ 3.000,00 R$ 10.200,00
Saldos Finais
em 31.12.2003
R$ 63.200,00
Com base nos dados recuperados, pede-se:
Elaborar as seguintes Demonstrações Contábeis:
a) Balanço Patrimonial (2004/2005). (valor 1,0 ponto)
b) Demonstração do Resultado de Exercício (2004/2005). (valor 0,5 ponto)
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (2004/2005). (valor 1,0 ponto)
d) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (2005). (valor 1,0 ponto)
e) Fluxo de Caixa (Modelo Indireto) (2005). (valor 1,5 ponto)
R
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60
23
QUESTÃO 40
DISCURSIVA
A Cia. Malta é uma indústria eletrônica que produz dois produtos: gravadores de “CD” e gravadores de “DVD”. A
empresa possui na área de produção departamentos de serviços e departamentos produtivos. Os departamentos da
área fabril são considerados como centros de resultado, logo, seus gerentes são responsáveis por gerar lucro nos
departamentos sob sua responsabilidade e, para tanto, utilizam o conceito de preço de transferência para transferir o
produto de uma área para outra. O preço de transferência é calculado tomando como base o custo do departamento,
acrescido de uma margem de 10%.
Até o ano de 2005, a Cia. tinha uma participação de mercado de 60% e era lucrativa. Recentemente, as análises
econômico-financeiras mostraram que a Malta vem perdendo participação no mercado em razão da falta de
competitividade de seus preços.
Um novo presidente foi contratado e, ao marcar a primeira reunião com todos os executivos da empresa, solicita aos
departamentos de finanças/custos, a preparação de um relatório constando, de forma detalhada, definições, conceitos e
exemplos da composição dos custos da empresa.
Em atendimento à solicitação do presidente, pede-se:
a) Conceituar e exemplificar os itens a seguir listados: (valor 3,0 pontos)
Custos primários dos produtos da empresa
Custos de conversão dos produtos
Custos comuns exemplificando na estrutura de custos e quais os itens componentes
Custos diretos e indiretos
Custos periódicos, variáveis e fixos
b) Especificar a aplicabilidade, os pontos positivos e negativos e a forma de cálculo do preço de transferência.
(valor 2,0 pontos)
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24
QUESTÃO 41
Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Formação
Geral?
(A) Muito fácil.
(B) Fácil.
(C) Médio.
(D) Difícil.
(E) Muito difícil.
QUESTÃO 42
Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de
Componente Específico?
(A) Muito fácil.
(B) Fácil.
(C) Médio.
(D) Difícil.
(E) Muito difícil.
QUESTÃO 43
Considerando a extensão da prova, em relação ao tempo
total, você considera que a prova foi:
(A) muito longa.
(B) longa.
(C) adequada.
(D) curta.
(E) muito curta.
QUESTÃO 44
Os enunciados das questões da prova na parte de Formação
Geral estavam claros e objetivos?
(A) Sim, todos.
(B) Sim, a maioria.
(C) Apenas cerca da metade.
(D) Poucos.
(E) Não, nenhum.
QUESTÃO 45
Os enunciados das questões da prova na parte de Componente
Específico estavam claros e objetivos?
(A) Sim, todos.
(B) Sim, a maioria.
(C) Apenas cerca da metade.
(D) Poucos.
(E) Não, nenhum.
QUESTÃO 46
As informações/instruções fornecidas para a resolução das
questões foram suficientes para resolvê-las?
(A) Sim, até excessivas.
(B) Sim, em todas elas.
(C) Sim, na maioria delas.
(D) Sim, somente em algumas.
(E) Não, em nenhuma delas.
QUESTÃO 47
Você se deparou com alguma dificuldade ao responder à prova.
Qual?
(A) Desconhecimento do conteúdo.
(B) Forma diferente de abordagem do conteúdo.
(C) Espaço insuficiente para responder às questões.
(D) Falta de motivação para fazer a prova.
(E)
Não tive qualquer tipo de dificuldade para responder à prova.
QUESTÃO 48
Considerando apenas as questões objetivas da prova, você
percebeu que:
(A) não estudou ainda a maioria desses conteúdos.
(B) estudou alguns desses conteúdos, mas não os aprendeu.
(C)
estudou a maioria desses conteúdos, mas não os aprendeu.
(D) estudou e aprendeu muitos desses conteúdos.
(E) estudou e aprendeu todos esses conteúdos.
QUESTÃO 49
Qual foi o tempo gasto por você para concluir a prova?
(A) Menos de uma hora.
(B) Entre uma e duas horas.
(C) Entre duas e três horas.
(D) Entre três e quatro horas.
(E) Quatro horas e não consegui terminar.
QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO SOBRE A PROVA
As questões abaixo visam a levantar sua opinião sobre a qualidade e a adequação da prova que você acabou de realizar.
Assinale as alternativas correspondentes à sua opinião, nos espaços próprios (parte inferior) do Cartão-Resposta.
Agradecemos sua colaboração.
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ANEXO 2: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2002/I
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
EXAME DE SUFICIÊNCIA
Bacharel em Ciências Contábeis
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ÁREA DE CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
1. Classifique as contas abaixo apurando o somatório respectivo dos saldos
devedores e credores, admitindo-se que os mesmos não são coincidentes:
a) R$ 121.050,00 e R$ 185.400,00
b) R$ 153.900,00 e R$ 152.550,00
c) R$ 164.700,00 e R$ 141.750,00
d) R$ 166.500,00 e R$ 139.950,00
2. Determinada empresa adquiriu uma máquina em 2 de janeiro de 1998,
colocando-a em funcionamento na mesma data.
Sabendo-se que:
- A taxa de depreciação foi de 20% ao ano.
- O valor de aquisição da máquina foi de R$ 22.000,00.
- A máquina foi vendida por R$ 20.000,00 em 1 de julho de 2001.
Pode-se afirmar que o valor residual da máquina em 31.12.2000, era de:
a) R$ 8.800,00
b) R$ 13.200,00
c) R$ 15.400,00
d) R$ 22.000,00
CONTAS R$
Adiantamento a Fornecedores 2.250,00
Bancos Conta Movimento 4.500,00
Reserva de Lucros a Realizar 4.950,00
Juros Pagos Antecipadamente 450,00
Lucros Acumulados 3.150,00
Capital Social 90.000,00
Participações em Coligadas 22.500,00
Empréstimos a Pagar 900,00
Provisão para Perdas no Recebimento de Créditos 2.700,00
Clientes 81.000,00
Tributos a Recolher 3.150,00
Duplicatas Descontadas 8.100,00
Empréstimos Recebidos de Empresas Coligadas 5.400,00
Receitas de Exercícios Futuros 21.600,00
Ações em Tesouraria 32.850,00
Provisão para Ajuste a Valor de Mercado de Clientes 12.600,00
Mercadorias 10.350,00
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3. Uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 25.000,00, para
capital de giro, com vencimento dentro do próprio mês. Pagou no
ato R$ 1.500,00 a título de encargos financeiros. Este fato implica em:
a) Aumento do Ativo e Patrimônio Líquido no valor de R$ 25.000,00 e
diminuição do Passivo no valor de R$ 1.500,00.
b) Aumento do Ativo no valor de R$ 25.000,00 e redução do Passivo em
R$ 1.500,00 e aumento do Patrimônio Líquido em R$ 23.500,00.
c) Aumento do Patrimônio Líquido e Ativo em R$ 23.500,00 e aumento do
Passivo em R$ 25.000,00.
d) Aumento de Passivo em R$ 25.000,00, aumento do Ativo em R$ 23.500,00
e redução do Patrimônio Líquido em R$ 1.500,00.
4. Uma determinada empresa apresenta a conta Móveis e Utensílios com um
saldo inicial de R$ 15.000,00. Durante o exercício adquiriu mesas e
cadeiras no valor de R$ 18.000,00, sendo 50% à vista e o restante no prazo
de 30 dias. Vendeu cadeiras usadas à prazo por R$ 4.000,00 sendo este o
preço de custo e adquiriu à vista prateleiras por R$ 5.000,00. O saldo final
da conta é:
a) R$ 25.000,00
b) R$ 33.000,00
c) R$ 34.000,00
d) R$ 38.000,00
5. Uma empresa adquiriu um lote de mercadorias para revenda por
R$ 250.000,00. No encerramento do exercício, este lote, a preço de
mercado, estava avaliado em R$ 200.000,00. No Balanço Patrimonial final
do exercício, essa mercadoria tem o valor correspondente ao custo de
aquisição subtraído da Provisão para Ajuste de Estoque ao Preço de
Mercado de:
a) R$ 250.000,00, mas com redução de R$ 50.000,00.
b) R$ 250.000,00, sem qualquer redução.
c) R$ 200.000,00, mas com ágio de R$ 50.000,00.
d) R$ 250.000,00, mas com redução de R$ 200.000,00.
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6. Com base nos dados abaixo, apure o valor CORRETO da situação líquida.
Caixa R$ 830,00
Capital Social R$ 1.200,00
Duplicatas a Receber R$ 450,00
Mercadorias R$ 350,00
Duplicatas a Pagar R$ 600,00
Lucros Acumulados R$ 230,00
Móveis e Utensílios R$ 400,00
a) R$ 600,00
b) R$ 830,00
c) R$ 1.430,00
d) R$ 2.030,00
7. Uma empresa comercial mantém controle permanente de estoque e o
avalia pelo método do custo médio ponderado. O estoque final de
mercadorias em 28 de fevereiro de 2002 era de 200 unidades avaliadas ao
custo unitário de R$ 10,00. As compras e as vendas dessas mercadorias
estão isentas de tributações. Em março de 2002 a empresa realizou os
seguintes movimentos de compra e venda de mercadorias:
02/03/2002 compra a prazo de 400 unidades pelo valor total de
R$ 5.200,00.
03/03/2002 venda a prazo de 500 unidades pelo valor total de
R$ 6.000,00.
04/03/2002 compra a vista de 400 unidades ao preço unitário de
R$ 15,00
05/03/2002 venda à vista de 200 unidades ao preço unitário de
R$ 18,00
Com base nas informações, é CORRETO afirmar que:
a) O Custo Total das Vendas do dia 3 de março foi de R$ 5.900,00.
b) O Lucro Bruto total das operações alcançou a cifra de R$ 3.900,00.
c) O Lucro Bruto alcançado nas vendas do dia 5 de março foi de R$ 3,00 por
unidade.
d) O Estoque Final existente após a venda do dia 5 de março é de 300
unidades ao custo médio de R$ 14,40.
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8. O Resultado Operacional Líquido de uma empresa, com os seguintes
saldos é:
Caixa R$ 1.000,00
Duplicatas a Pagar R$ 15.000,00
Instalações R$ 8.000,00
Capital Subscrito R$ 20.000,00
Receita Bruta de Vendas R$ 35.000,00
Despesas Operacionais R$ 10.000,00
Custos de Mercadorias Vendidas R$ 11.500,00
Veículos R$ 8.000,00
Bancos Conta Movimento R$ 4.000,00
Duplicatas a Receber R$ 12.000,00
INSS a Recolher R$ 1.700,00
Lucros e/ou Prejuízos Acumulados R$ 3.000,00
Impostos sobre Vendas R$ 7.200,00
Receita Não Operacional R$ 1.000,00
Mercadorias R$ 12.500,00
Seguros a Amortizar R$ 1.500,00
a) R$ 6.300,00
b) R$ 7.300,00
c) R$ 16.300,00
d) R$ 27.800,00
9. Uma empresa apresenta, no sistema de controle de estoque, no item
matéria-prima, em quilos:
Data Entrada Saída Saldo
31/03/2001 250
06/04/2001 200 450
09/04/2001 90 540
17/04/2001 30 570
18/04/2001 230 340
22/04/2001 170 170
O estoque inicial foi comprado a R$ 1,50 o quilo. As demais compras foram
a R$ 1,70, R$ 1,90 e R$ 2,10 o quilo, respectivamente. Pelo método PEPS
o estoque final é de:
a) R$ 255,00
b) R$ 289,00
c) R$ 319,00
d) R$ 357,00
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10. Custo dos Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos em
31/03/2002 de uma Companhia, tendo em vista as informações abaixo
mencionadas, são:
Registros contábeis do primeiro trimestre de 2002
Aquisições de Matérias-Primas R$ 2.625,00
Custo de Mão-de-Obra Direta R$ 525,00
Custos com Água e Luz da Fábrica R$ 126,00
Depreciação da Fábrica R$ 567,00
Despesas Administrativas R$ 945,00
Despesas de Vendas R$ 490,00
Estoque de Matéria-Prima em 01/01/2002 R$ 315,00
Estoque de Matéria-Prima em 31/03/2002 R$ 210,00
Estoque de Produtos Acabados em 01/01/2002 R$ 910,00
Estoque de Produtos Acabados em 31/03/2002 R$ 735,00
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 01/01/2002 R$ 630,00
Estoque de Produtos Semi-Acabados em 31/03/2002 R$ 350,00
Manutenção da Fábrica R$ 304,50
Mão-de-Obra Indireta R$ 1.050,00
Seguro da Fábrica R$ 140,00
Suprimentos da Fábrica R$ 52,50
Vendas R$ 8.750,00
a) R$ 3.150,00 e R$ 3.325,00
b) R$ 5.775,00 e R$ 5.950,00
c) R$ 7.420,00 e R$ 7.420,00
d) R$ 8.540,00 e R$ 7.315,00
11. A conta Matéria-Prima ficará INCORRETA quando:
a) Creditada pelos materiais indiretos adicionados a Custos Indiretos de
Fabricação.
b) Debitada pelo Custo de Aquisição dos Materiais.
c) Creditada pelos materiais diretos adicionados a Produtos Semi-Acabados.
d) Debitada pelo Custo de Produtos Acabados.
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12. O estoque inicial de produtos acabados e o estoque de produtos em
elaboração, em unidades, era de zero. Foram produzidas 7.200 unidades e
60% foram vendidas.
Considerando as informações abaixo, o Custo dos Produtos Vendidos e o
Estoque Final de Produtos Acabados, de um determinado período, são:
- Custo padrão por unidade de produto:
Custos Indiretos de Fabricação R$ 2,50
Mão-de-Obra Direta R$ 2,80
Material Direto R$ 3,70
- Custo real apurado no final do período:
Custos Indiretos de Fabricação R$ 18.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 22.600,00
Material Direto R$ 28.800,00
a) R$ 38.880,00 e R$ 25.920,00
b) R$ 41.640,00 e R$ 27.760,00
c) R$ 32.360,00 e R$ 37.040,00
d) R$ 44.400,00 e R$ 29.600,00
13. o requisitos essenciais da responsabilidade da gestão fiscal:
a) Concessão de anistia, subsídio e crédito presumido mediante o
aperfeiçoamento da ação governamental que melhore a performance da
despesa.
b) Geração de despesa ou assunção de obrigação por conta de dotação
orçamentária específica e suficiente a ser conquistada no exercício
seguinte.
c) Instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional de cada ente da Federação.
d) Aplicação de receita de capital derivada da alienação de bens do patrimônio
público em despesas obrigatórias de caráter continuado.
14. O elemento básico da contabilidade pública é:
a) Empenho.
b) Licitação.
c) Patrimônio.
d) Orçamento.
15. Compreende uma Variação Ativa:
a) Aumento do Ativo ou diminuição do Passivo.
b) Aumento das Obrigações ou diminuição dos Direitos.
c) Aumento dos Direitos ou diminuição do Ativo.
d) Aumento do Resultado ou diminuição das Despesas.
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16. Ordenador de despesa é:
a) Contabilista responsável pelos registros.
b) Autoridade sujeita à tomada de contas.
c) Servidor que responde pela análise dos suprimentos de fundos.
d) Responsável pelo controle interno de órgão.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
17. Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo
semestre de 2002.
Orçamento 1 % Orçamento 2 %
Vendas R$ 5.700.000,00
100
R$
7.200.000,00
100
Custos Variáveis R$ 3.500.000,00
61
R$
4.200.000,00
58
Margem Contribuição R$ 2.200.000,00
39
R$
3.000.000,00
42
Custos Fixos R$ 1.000.000,00
18
R$
1.800.000,00
25
Lucro Líquido R$ 1.200.000,00
21
R$
1.200.000,00
17
Os pontos de equilíbrio dos respectivos orçamentos, em valores monetários,
são:
a) R$ 1.754.385,00 e R$ 2.500.000,00
b) R$ 1.639.344,30 e R$ 3.103.448,30
c) R$ 2.564.102,60 e R$ 4.285.714,30
d) R$ 2.857.142,00 e R$ 4.285.714,00
18. Uma empresa apresentou em 31/12/2001 as informações gerenciais para o
ano de 2002:
Orçamento %
Vendas R$
9.800.000,00 100
Custos Variáveis R$
5.096.000,00 52
Margem de Contribuição R$
4.704.000,00 48
Custos e Despesas Fixas
R$
3.332.000,00 34
Lucro Líquido R$
1.372.000,00 14
Considerando as informações acima, indique o Grau de Alavancagem
Operacional, a Margem de Segurança e o Percentual da Margem de
Segurança da previsão feita pela empresa:
a)
3,43;
R$ 2.858.333,34; 29,17%
b)
3,43;
R$ 6.941.666,66; 70,83%
c)
4,80;
R$ 2.858.333,34; 48,00%
d)
4,80;
R$ 6.941.666,66; 70,83%
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19. Uma empresa apresenta uma proposta para manter o mesmo nível de
estoque no início e no final do mês. Os custos fixos estimados, para o mês,
são de R$ 720.000,00 e os custos variáveis unitários
estimados são R$ 35,00 a unidade. A empresa espera que 150.000
unidades sejam vendidas ao preço de R$ 50,00 por unidade. A quantidade
máxima de vendas, dentro do mês, é de 175.000 unidades.
O Índice de Margem de Contribuição e a Margem de Contribuição Unitária
esperada, são:
a) 18% e R$ 10,89
b) 18% e R$ 15,00
c) 30% e R$ 10,20
d) 30% e R$ 15,00
20. Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do 2º. semestre
de 2002:
Preço de Venda Unitário R$ 33,40
Custo Variável Unitário R$ 28,80
Custos Fixos R$ 384.000,00
Para gerar o lucro operacional de R$ 30.000,00 são necessárias:
a) 45.000 unidades.
b) 76.957 unidades.
c) 83.478 unidades.
d) 90.000 unidades.
21. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, a responsabilidade
do auditor independente, quando utilizar o trabalho do auditor interno é:
a) Dividida com o auditor interno.
b) Integralmente sua.
c) Integralmente do auditor interno.
d) Evidenciada no parecer.
22. Uma das finalidades dos papéis de trabalho em auditoria é:
a) Ajudar a empresa na maximização dos seus lucros.
b) Ajudar o auditor independente na elaboração das Demonstrações
Contábeis e do relatório do Conselho de Administração.
c) Fornecer dados para a empresa elaborar as Demonstrações Contábeis.
d) Registrar as descobertas realizadas e comprovar o cumprimento do
trabalho de auditoria.
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23. Os papéis de trabalho de auditoria correntes são utilizados em:
a) Um exercício social.
b) Dois exercícios sociais.
c) Três exercícios sociais.
d) Mais de um exercício social.
24. Indique o saldo inicial da conta Caixa considerando os dados abaixo:
01/02/2002 Vendas à vista, recebidas em moeda corrente, no valor
de R$ 300.000,00.
05/02/2002 Liquidação de duplicata no valor de R$ 200.000,00 com
desconto de 10%, pago através de cheque.
07/02/2002 Pagamento de salários no valor de R$ 80.000,00, em
moeda corrente.
11/02/2002 Aquisição de mercadorias, em moeda corrente, no valor
de R$ 120.000,00.
18/02/2002 – Vendas à prazo no total de R$ 700.000,00.
18/02/2002 – Saldo final da conta Caixa: R$ 200.000,00.
a) R$ 20.000,00
b) R$ 100.000,00
c) R$ 220.000,00
d) R$ 280.000,00
25. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A perícia poderá ser anulada se forem provados vícios formais.
b) A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
c) A parte que se sentir prejudicada poderá determinar a realização de nova
perícia.
d) Se forem provados comprometimentos éticos ocorre a elaboração de nova
perícia.
26. Prazo para apresentação da escusa do perito-contador:
a) Dentro de cinco dias contados da intimação ou do impedimento
superveniente.
b) De acordo com a decisão do Juiz.
c) Dentro de quinze dias contados da intimação ou do impedimento
superveniente.
d) Não existe prazo definido para apresentação da escusa.
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27. No processo judicial, o Contador pode funcionar como perito do juízo ou
como perito-contador assistente das partes. Em relação ao perito do juízo,
os honorários periciais são:
a) De responsabilidade exclusiva do donatário.
b) De responsabilidade da parte que houver requerido o exame, ou pelo autor,
quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz.
c) De responsabilidade parcial do donatário.
d) Não que se falar em honorários, por ser o perito do juízo componente do
quadro regular da justiça, contratado mediante salário.
28. O perito-contador que prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos que causar à parte, ficando inabilitado a atuar em outras perícias
por:
a) Um ano.
b) Dois anos.
c) Três anos.
d) Seis anos.
29. A escola de pensamento contábil cujas idéias foram defendidas por Vicenzo
Masi e que definiu o patrimônio como objeto de estudo da contabilidade é:
a) Patrimonialismo.
b) Personalismo.
c) Controlismo.
d) Aziendalismo.
30. Uma empresa tem uma dívida de R$ 2.000,00 com obtenção de um
desconto de 20% no pagamento terá praticado um fato contábil
denominado:
a) Modificativo diminutivo.
b) Misto diminutivo.
c) Modificativo aumentativo.
d) Misto aumentativo.
31. Os efeitos relativos a um fato permutativo concernente a itens
exclusivamente do Ativo alteram a substância patrimonial apenas:
a) Econômico.
b) Quantitativamente.
c) Qualitativamente.
d) Quantitativamente e qualitativamente.
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32. O proprietário majoritário de uma empresa presenteou um amigo com um
produto de venda sem nenhum ressarcimento financeiro para a empresa ou
qualquer outro procedimento contábil. Neste caso é CORRETO afirmar que
o proprietário:
a) Atendeu a Teoria Personalista, pois a empresa e seus sócios formam um
único ente.
b) Não atendeu a Teoria Patrimonialista, pois o patrimônio pertence aos dois
sócios.
c) Atendeu a Teoria Patrimonialista, pois o produto foi fornecido pelo sócio
majoritário.
d) Não atendeu a Teoria Personalista, pois a empresa é um ente independente
dos sócios.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS GERAIS
33. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir:
a) Da eleição ao cargo de direção ou representação.
b) Do dia da divulgação do resultado final de eleição para cargo de direção ou
representação sindical.
c) Do dia em que toma posse no sindicato.
d) Do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical.
34. O tipo societário em que todos os cios respondem ilimitadamente pelas
obrigações sociais é:
a) Em comandita simples.
b) De capital indústria.
c) Em nome coletivo.
d) Por quotas de responsabilidade limitada.
35. o coligadas as sociedades quando uma participa com:
a) No mínimo 5% (cinco por cento) do capital da outra.
b) No máximo 5% (cinco por cento) do capital da outra, sem controlá-la.
c) 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.
d) 40% (quarenta por cento) do capital da outra e detiver o controle acionário.
36. A transgressão de preceito do Código de Ética Profissional do Contabilista
constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação
das seguintes penalidades:
a) Advertência Reservada, Censura Reservada e Censura Pública.
b) Advertência Reservada, Advertência Pública e Censura Reservada.
c) Advertência Reservada, Advertência Pública e Censura Pública.
d) Advertência Pública, Censura Reservada e Censura Pública.
37. Na aplicação das sanções éticas O é considerada como atenuante:
a) Ausência de punição ética anterior.
b) Falta cometida em defesa de prerrogativa profissional.
c) Prestação de relevantes serviços à Contabilidade.
d) Registro originário anterior à aprovação do Código de Ética.
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38. O objetivo do Código de Ética Profissional do Contabilista é:
a) Proporcionar ao profissional da contabilidade os procedimentos no exercício
dos registros contábeis.
b) Fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no
exercício profissional.
c) Fixar diretrizes de bom relacionamento do contabilista com seus clientes.
d) Fixar padrões morais no sentido estrito da palavra, com relação
exclusivamente à relação dos contabilistas com sua classe.
39. Simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do
patrimônio e de suas mutações, determinando que este seja feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as
originaram. Esta afirmativa refere-se ao Princípio da:
a) Oportunidade.
b) Continuidade.
c) Entidade.
d) Competência.
40. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade o Patrimônio
Liquido Negativo é considerado Passivo a Descoberto. No Balanço
Patrimonial o Passivo a Descoberto será demonstrado:
a) Após o Ativo.
b) Após o Passivo.
c) No Patrimônio Líquido.
d) No Resultado do Exercício.
41. A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso
com os agentes externos ou da imposição destes. Esta afirmativa refere-se
ao:
a) Principio da Atualização Monetária.
b) Principio da Continuidade.
c) Principio do Registro Pelo Valor Original.
d) Principio da Competência.
42. A instituição que tem por função primordial regular o fluxo da moeda e do
crédito na economia nacional é:
a) A Caixa Econômica Federal.
b) O Banco Central do Brasil.
c) O Banco do Brasil.
d) A Secretaria do Tesouro Nacional.
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19
43. o direitos e deveres individuais e coletivos, dentre outros:
a) É assegurado aos presos somente o respeito à integridade física.
b) É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
c) É parcial a liberdade de associação para fins lícitos e parcialmente vedada
a de caráter paramilitar.
d) É a propriedade que poderá atender a função econômica.
44. Uma criança nascida em solo brasileiro, filha de pai alemão e mãe
australiana, no período em que seu pai encontrava-se a serviço de uma
multinacional alemã no Brasil, é considerada:
a) Estrangeira.
b) Brasileira naturalizada.
c) Semi-brasileira.
d) Brasileira nata.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS LÍNGUA PORTUGUESA
Leia o texto abaixo, extraído da Revista VEJA, de 20/02/2002, e responda à
questão 45.
“Por causa da necessidade de pagar por serviços que o integravam o
orçamento doméstico do passado, o custo de vida subiu. Uma equipe do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada comandada pelo economista
Fernando Gaiger concluiu que as famílias de classe média passaram a gastar
cada vez menos com a compra de itens como comida e roupa. O dinheiro foi
canalizado para o consumo de serviços, entre os quais saúde e educação.
Entre 1988 e 1996, a participação na cesta de consumo de alimentos chegou a
cair 19% e na de roupas, 50%. Em contrapartida, a habitação subiu até 35% e
a educação e a saúde chegaram a mais de 40%. Utilizando dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, o economista Ricardo Carneiro, da
Universidade de Campinas, constatou que os gastos com saúde da classe
média consumiam 6% do orçamento doméstico no início da década de 90.
Agora engolem quase 10% do total.”
45. De acordo com o texto acima, é INCORRETO afirmar que:
a) O pagamento de novos serviços elevou o custo de vida doméstico atual.
b) Existem várias equipes de trabalho no Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada.
c) Saúde e educação eram os setores de consumo que canalizavam o
dinheiro.
d) Gastos com saúde subiram quase 4% do orçamento doméstico da classe
média em aproximadamente dez anos.
Leia o texto abaixo, extraído da Revista VEJA, de 20/02/2002, e responda à
questão 46.
“Alguns métodos para estratificar a sociedade são desenvolvidos por
especialistas, mas há três principais. Um deles, o mais tradicional, classifica as
pessoas segundo o nível educacional e a profissão do chefe de família. Por
esse critério, a classe média é formada basicamente por universitários e
pessoas que não exercem trabalhos manuais. São advogados, médicos,
funcionários públicos e comerciários. Alguns de seus integrantes podem até
ganhar menos que um operário de fábrica, mas renda não importa nesse caso.”
46. No texto, é CORRETO substituir:
a) “estratificar” pela variante gráfica extratificar.
b) “segundo o nível educacional” por secundariamente
o nível educacional.
c) “Por esse critério” pela expressão Através
desse critério.
d) “até” por até
mesmo.
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Leia o texto abaixo, extraído da Revista VEJA, de 20/02/2002, e responda à
questão 47.
“Depois da mudança na educação, as pessoas mergulharam para valer nos
planos de saúde. Embora muitas empresas dessa área tenham enganado o
consumidor, o modelo de financiamento é irreversível. Afinal, de que forma se
vai pagar a conta da UTI? Para quem acredita em alternativas, uma
informação: nos dois últimos anos de vida, o indivíduo gasta com saúde, em
média, 50% de tudo o que desembolsou durante a vida inteira.”
47. Fazendo adaptações do texto acima, o item que contém enunciado
gramaticalmente CORRETO é:
a) Após a mudança na educação, mergulhou-se efetivamente nos planos de
saúde.
b) Embora muitas empresas dessa área haja enganado o consumidor, o
modelo de financiamento é irreversível.
c) Inclusive, de que forma se vai pagar a conta da UTI?
d) 50% de tudo o que desembolsou durante a vida inteira é gasto com saúde,
em média, pelo indivíduo.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. Marque a alternativa CORRETA, no regime de juros compostos, dos itens
abaixo:
(I) Se um investidor tem seu dinheiro investido a juros de 6% ao ano
então a taxa de capitalização mensal é de 0,5%.
(II) Investido a juros de 10% ao mês, um capital dobraria de valor num
período de tempo menor do que ℓn
2
(logaritmo natural de 2).
(III) Se um apartamento que vale R$ 100.000,00 deve ser alugado por
1% de seu valor, então o aluguel deve ser maior do que R$ 1.000,00
mensais.
(IV) As taxas de 5% ao mês e de 30% ao semestre são proporcionais.
a) I e II
b) I e IV
c) II e III
d) III e IV
49. Um banco opera a uma taxa efetiva de juros simples de 48% a.a. para
operações de três meses. A taxa de desconto comercial anual deve estar
entre:
a) 37% e 39%
b) 39% e 41%
c) 41% e 43%
d) 43% e 45%
50. Uma loja vende computadores em três pagamentos mensais iguais e
antecipados. O valor à vista do computador é de R$ 2.890,00 e a loja opera
a uma taxa de juros compostos de 4% ao mês. Nessas condições, cada
pagamento deverá estar entre:
a) R$ 980,00 e R$ 1.080,00
b) R$ 1.080,00 e R$ 1.180,00
c) R$ 1.180,00 e R$ 1.280,00
d) R$ 1.280,00 e R$ 1.380,00
112
ANEXO 3: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2002/II
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ÁREA DE CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
1. A empresa elaborou a folha de pagamento de pessoal da área
administrativa com salários no montante de R$ 30.000,00. É de 34% a
alíquota total da Previdência, sendo 11% da parte dos empregados e 23%
da parte patronal. A contabilização dos encargos da empresa com a
Previdência é:
a) Despesas com Salários
a Contribuições a Recolher R$ 3.300,00
b) Despesas com Previdência
a Contribuições a Recolher R$ 6.900,00
c) Despesas com Previdência
a Contribuições a Recolher R$ 10.200,00
d) Despesas com Salários
a Contribuições a Recolher R$ 30.000,00
2. A empresa recebeu a importância líquida de R$ 20.000,00 referente a
quitação de um título, tendo concedido um desconto de 20% ao cliente,
gerando o seguinte lançamento:
a) Caixa
a Descontos Concedidos R$ 20.000,00
b) Caixa
a Títulos a Receber R$ 20.000,00
c) Caixa R$ 25.000,00
a Descontos Concedidos R$ 5.000,00
a Títulos a Receber R$ 20.000,00
d) Caixa R$ 20.000,00
Descontos Concedidos R$ 5.000,00
a Títulos a Receber R$ 25.000,00
3. Em 29/11/01 uma empresa comercial obteve um empréstimo para capital de
giro no valor de R$ 20.000,00, com vencimento para liquidação em
28/01/2002 no valor total de R$ 23.000,00. Considerando que os juros
referem-se ao período de 30/11/2001 a 28/01/2002, o valor dos encargos
financeiros a ser apropriado no ano 2002, é de:
a) R$
1.400,00
b) R$
1.550,00
c) R$
1.600,00
d) R$
3.000,00
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4. Considerando o saldo das contas abaixo, os valores do Resultado Líquido
Operacional e do Passivo Circulante, são:
Receitas Operacionais R$
3.000,00
Terrenos R$
1.800,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$
1.600,00
Capital Social R$
1.500,00
Contas a Receber R$
1.250,00
Financiamento a Longo-Prazo R$
1.000,00
Financiamento a Curto-Prazo R$
825,00
Estoques R$
800,00
Caixa R$
700,00
Despesas Financeiras R$
375,00
Impostos a Pagar R$
365,00
Despesas Administrativas R$
340,00
Contas a Pagar R$
340,00
Despesas com Vendas R$
325,00
Depreciação Acumulada R$
280,00
Despesas Antecipadas R$
200,00
Fornecedores R$
180,00
Móveis e Utensílios R$
100,00
a) R$
160,00
; R$
1.710,00
b) R$
360,00
; R$
1.710,00
c) R$
360,00
; R$
2.720,00
d) R$
1.160,00
; R$
885,00
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5. Em 31/12/2001 as empresas A e B apresentaram as seguintes informações:
EMPRESA A EMPRESA B
Ativo Circulante R$
12.000,00
R$
5.000,00
Ativo Realizável a Longo-Prazo R$
18.000,00
Ativo Permanente - Investimentos R$
30.000,00
Ativo Permanente - Imobilizado Líquido
R$
110.000,00
R$
49.000,00
Passivo Circulante R$
25.000,00
R$
15.000,00
Passivo Exigível a Longo-Prazo R$
15.000,00
R$
5.000,00
Capital Social R$
80.000,00
R$
50.000,00
Reservas R$
10.000,00
R$
1.000,00
Lucros/Prejuízos Acumulados R$
20.000,00
R$
(14.000,00)
Despesas Operacionais R$
60.000,00
R$
45.000,00
Receitas Operacionais R$
80.000,00
R$
42.000,00
A Empresa A participa com 60% da Empresa B, sendo a única participação
societária. Aplicando o Método da Equivalência Patrimonial, o valor dos
investimentos permanentes é de:
a) R$
20.400,00
b) R$
22.200,00
c) R$
28.800,00
d) R$
30.600,00
6. De acordo com os dados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final totaliza
R$ 400.000,00 em 31/12/2001, pode-se afirmar que o Resultado Líquido do
Exercício é de:
Capital Social R$
25.000,00
Depreciações Acumuladas R$
50.000,00
Juros Ativos R$
60.000,00
Caixa R$
75.000,00
Móveis e Utensílios R$
80.000,00
Juros Passivos R$
105.000,00
Duplicatas a Receber R$
120.000,00
Estoque Inicial R$
220.000,00
Despesas Gerais R$
330.000,00
Fornecedores R$
420.000,00
Compras de Mercadorias R$
750.000,00
Venda de Mercadorias R$
1.125.000,00
a) R$
930.000,00
b) R$
570.000,00
c) R$
555.000,00
d) R$
180.000,00
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7. Uma empresa que trabalhava com um único tipo de mercadoria realizou,
na ordem abaixo, as seguintes operações:
1ª) Compra de 20 unidades a R$ 20,00 cada e com destaque de 17% de
ICMS.
2ª) Compra de 30 unidades a R$ 25,00 cada e com destaque de 17% de
ICMS.
3ª) Venda de 15 unidades a R$ 50,00 cada e com destaque de 17% de
ICMS.
Tendo em vista que essa empresa adota o Método do Custo Médio
Ponderado Variável, podemos afirmar que o Custo das Mercadorias
Vendidas relativo à 3ª operação é de:
a) R$
286,35
b) R$
337,50
c) R$
345,00
d) R$
403,65
8. A contabilidade de uma empresa acusava no dia 31/12/2001 os seguintes
saldos:
Duplicatas a Pagar R$
66.175,00
Mercadorias R$
60.675,00
Receita com Vendas R$
53.000,00
Duplicatas a Receber R$
40.000,00
Capital Social R$
30.500,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$
22.000,00
Despesas com ICMS R$
8.500,00
Despesas de Juros R$
6.000,00
Despesas com Salários R$
5.000,00
Imóveis R$
5.000,00
Prejuízos Acumulados R$
5.000,00
Receitas de Descontos R$
3.825,00
Devolução de Vendas R$
3.000,00
ICMS a Recolher R$
2.500,00
Salários a Pagar R$
2.000,00
Despesas com COFINS R$
1.500,00
Despesas de Descontos R$
1.000,00
Despesas com PIS R$
325,00
Tendo em vista os saldos acima podemos afirmar que a Receita Líquida
Operacional foi de:
a) R$
31.000,00
b) R$
39.675,00
c) R$
48.175,00
d) R$
50.000,00
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9. Após o encerramento do exercício, o total do Patrimônio Líquido de uma
empresa que apresentou os seguintes saldos em 31/12/2001 é:
Depreciação Acumulada R$
1.500,00
Salários a Pagar R$
1.500,00
Caixa R$
2.000,00
Lucros Acumulados R$
3.000,00
Mercadorias R$
4.000,00
Duplicatas a Pagar R$
5.000,00
Equipamentos R$
6.000,00
Duplicatas a Receber R$
8.000,00
Bancos Conta Movimento R$
12.000,00
Capital Social R$
20.000,00
Despesas Gerais R$
22.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas R$
68.000,00
Receitas de Vendas R$
91.000,00
a) R$
1.000,00
b) R$
3.000,00
c) R$
23.000,00
d) R$
24.000,00
10. Com base no saldo das contas abaixo, o valor do Ativo é:
Duplicatas a Receber R$ 41.000,00
Edifícios R$ 28.800,00
Estoque de Mercadorias para Revenda R$ 20.000,00
Terrenos R$ 15.000,00
Móveis e Utensílios R$ 13.400,00
Depreciação Acumulada de Edifícios R$ 12.500,00
Empréstimos a Sociedades Controladas R$ 12.400,00
Duplicatas Descontadas R$ 10.600,00
Bancos Conta Movimento R$ 10.200,00
Caixa R$ 10.100,00
Participações em Sociedades Controladas R$ 9.000,00
Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios R$ 6.500,00
Aplicações Financeiras de Curto Prazo R$ 4.100,00
Provisão para Devedores Duvidosos R$ 1.950,00
Impostos a Recuperar R$ 1.700,00
Despesas Pré-Operacionais R$ 1.320,00
Adiantamento para Despesas de Viagens R$ 1.300,00
Despesas Financeiras Pagas Antecipadamente R$ 1.280,00
Prêmios de Seguros a Vencer R$ 1.120,00
Amortizações Acumuladas de Despesas Pré-Operacionais R$ 1.020,00
a) R$
134.620,00
b) R$
135.510,00
c) R$
138.150,00
d) R$
148.750,00
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11. Uma empresa produz apenas um tipo de produto e possuía 125 unidades
no Estoque de Produtos Acabados em 31/12/2001 no montante de
R$ 375,00. No primeiro semestre de 2002 foram produzidas 3.750 unidades
deste produto e foram vendidas 3.125 unidades a R$ 4,50 cada. Nesse
mesmo primeiro semestre de 2002 os custos totalizaram R$ 11.250,00
e as despesas R$ 2.375,00.
O Custo dos Produtos Vendidos, o saldo do Estoque de Produtos Acabados
em unidades e o Resultado Bruto no primeiro semestre de 2002 foram,
respectivamente:
a) R$
9.375,00
;
750 unidades
;
R$
2.312,50
b) R$
9.375,00
;
750 unidades
;
R$
4.687,50
c) R$
11.625,00
;
875 unidades
;
R$
62,50
d) R$
11.625,00
;
875 unidades
;
R$
2.437,50
12. Uma empresa tinha zerado seus estoques em 01/08/2002. Durante o mês
de agosto realizou as seguintes operações: de entradas: no dia 05 um
montante de 1.500 unidades ao custo de R$ 11,00 cada; no dia 12 um
montante de 1.800 unidades ao custo de R$ 12,00 cada e no dia 19 um
montante de 600 unidades ao custo de R$ 13,00 cada; de saídas: no dia 09
um montante de 800 unidades; no dia 16 um montante de 1.300 unidades e
no dia 23 um montante de 200 unidades. Considerando o Método PEPS os
saldos iniciais dos dias 06/08, 17/08 e 20/08, eram, respectivamente:
a) R$
16.500,00
;
R$
13.700,00
;
R$
21.500,00
b) R$
16.500,00
;
R$
14.400,00
;
R$
19.800,00
c) R$
16.500,00
;
R$
14.064,00
;
R$
21.864,00
d) R$
16.500,00
;
R$
14.400,00
;
R$
22.200,00
13. Uma empresa orçou para o mês de agosto o gasto de 20 toneladas de
matéria-prima, a um custo de R$ 600,00 cada, para produzir uma unidade
de determinado produto. Ao final de agosto, constatou que, embora tivesse
economizado 10% no preço do material, havia um gasto de 10% a mais de
material que o orçado. A variação desses custos levaram a empresa a ter:
a) Um Custo Real de R$ 12.120,00, apresentando assim um
comprometimento de R$ 120,00 em relação ao Custo Padrão para ser
investido em outras operações na empresa.
b) Um Custo Padrão de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de
R$ 120,00 em relação ao Custo Real para ser investido em outras
operações na empresa.
c) Um Custo Real de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de
R$ 120,00 em relação ao Custo Padrão para ser investido em outras
operações na empresa.
d) Um Custo Padrão de R$ 12.120,00, apresentando assim um
comprometimento de R$ 120,00 em relação ao Custo Real para ser
investido em outras operações da empresa.
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14. Uma empresa vende 40 unidades de produtos. O preço unitário de venda
é de R$ 12.000,00, os custos e despesas variáveis unitários de
R$ 3.000,00 e os custos e despesas fixas mensais totais de R$ 36.000,00.
O Ponto de Equilíbrio em unidades e o Resultado Operacional Líquido das
operações normais na empresa são, respectivamente:
a)
4 unidades
; R$
48.000,00
b)
4 unidades
; R$
324.000,00
c)
30 unidades
; R$
270.000,00
d)
30 unidades
; R$
360.000,00
15. A Lei das Diretrizes Orçamentárias é de iniciativa do:
a) Poder Executivo.
b) Poder Judiciário.
c) Poder Legislativo.
d) Senado Federal.
16. O exercício financeiro, tendo em vista a Lei 4.320/64:
a) Coincide com o mandato do gestor.
b) Permite mais de um exercício.
c) Coincide com o ano civil.
d) Não coincide com o ano civil.
17. As Obrigações Tributárias e Contributivas são despesas decorrentes do
pagamento de:
a) Tributos e contribuições sociais e pensão alimentícia.
b) Tributos e contribuições econômicas e de terceiros.
c) Tributos e contribuições sociais e econômicas.
d) Tributos e contribuições sociais e patronais.
18. A execução do Orçamento demonstra que a despesa percorre três estágios,
são eles:
a) Empenho, licitação e pagamento.
b) Licitação, empenho e liquidação.
c) Licitação, empenho e pagamento.
d) Empenho, liquidação e pagamento.
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31
ÁREA DE CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
19. No primeiro semestre de 2002 as vendas orçadas de uma determinada
empresa foram de R$ 1.530.000,00 (85.000 unidades x R$ 18,00 a
unidade), porém, neste mesmo período, as vendas efetivas totalizaram
R$ 1.600.000,00 (80.000 unidades x R$ 20,00 a unidade). A diferença entre
as vendas reais e as vendas orçadas devido ao fator quantidade e aos
valores das vendas totais são, respectivamente:
a) Uma redução de R$ 90.000,00 e um aumento de R$ 70.000,00
b) Uma redução de R$ 70.000,00 e um aumento de R$ 90.000,00
c) Um aumento de R$ 70.000,00 e uma redução de R$ 160.000,00
d) Um aumento de R$ 160.000,00 e uma redução de R$ 90.000,00
20. Uma empresa obteve, no primeiro semestre de 2002, uma Receita com
Vendas no montante de R$ 1.650.000,00, um Custo Variável de Fabricação
de R$ 720.000,00, uma Despesa Variável de Vendas de R$ 135.000,00 e
um Custo Fixo de Fabricação de R$ 320.000,00. A Margem de Contribuição
pelo Custeio Direto e o Resultado Bruto pelo Custeio por Absorção no
semestre são, respectivamente:
a) R$
475.000,00
;
R$
610.000,00
b) R$
610.000,00
;
R$
795.000,00
c) R$
795.000,00
;
R$
475.000,00
d) R$
795.000,00
;
R$
610.000,00
21. Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2003,
com um total de receita de 495.000 unidades, um estoque estimado no
início do ano de 82.500 unidades e um estoque desejado no final do ano de
49.000 unidades. A produção anual total, indicada no orçamento de
produção, em unidades, será de:
a) 363.500 unidades
b) 461.500 unidades
c) 528.500 unidades
d) 544.000 unidades
22. Uma empresa investiu R$ 150.000,00 num empreendimento novo e deseja
um lucro correspondente a 6% ao mês. Os dados projetados são os
seguintes: Preço de Venda unitário R$ 7,00, Custo Variável unitário
R$ 4,00, Despesas Variáveis 20% do Preço de Venda e Custos Fixos e
Despesas Fixas num total de R$ 5.000,00 por mês. Diante destes fatos o
Ponto de Equilíbrio Econômico esperado é de:
a) 2.500 unidades
b) 3.182 unidades
c) 4.667 unidades
d) 8.750 unidades
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23. A finalidade principal dos papéis de trabalho do Auditor é:
a) Ajudar o Auditor independente no preparo das demonstrações contábeis e
do relatório do Conselho de Administração.
b) Fornecer dados para a empresa elaborar as demonstrações financeiras.
c) Servir como base e sustentação da opinião do Auditor.
d) Registrar o lucro ou prejuízo da entidade no período.
24. O tempo em que a auditoria externa deve guardar em seu poder os papéis
de trabalho de uma Auditoria realizada de acordo com as Normas
Brasileiras de Contabilidade é de:
a) 1 ano.
b) 3 anos.
c) 5 anos.
d) 10 anos.
25. De acordo com as Normas Profissionais de Auditor Independente, o Auditor
deve observar o sigilo profissional, exceto quando:
a) Autorizado por escrito pela entidade auditada, contendo os limites das
informações a serem fornecidas.
b) Solicitado pela Comissão de Valores Mobiliários, no caso de Sociedades
por Ações de Capital.
c) Solicitado pelo Auditor Independente que o suceder, após o término de
compromissos contratuais.
d) Terminados os trabalhos e compromissos contratuais.
26. Numa auditoria efetuada nas disponibilidades de uma empresa, o Auditor
constatou a falta de numerário no caixa. Na situação houve furto de dinheiro
por parte do responsável pela tesouraria e o saldo anterior existente era de
R$ 60.000,00.
Assinale a alternativa que corresponde ao valor subtraído do caixa da
empresa, levando em consideração os fatos contábeis ocorridos na
situação:
- Pagamento de ICMS efetuado através de cheque, no valor de
R$ 12.000,00 acrescido de 10% de multa moratória.
- Recebimento de duplicatas em carteira, no valor de R$ 24.000,00.
- Pagamento de despesas com material de escritório no valor de
R$ 1.500,00.
- Pagamento de adiantamento a funcionários, no valor de R$ 13.000,00.
a) R$ 56.300,00
b) R$ 57.500,00
c) R$ 60.000,00
d) R$ 69.500,00
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33
27. O laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil deve ter por limite:
a) Os livros e documentos a serem analisados.
b) Os próprios objetivos da perícia deferida ou contratada.
c) Os quesitos quando formulados.
d) Os serviços especializados necessários para a execução dos trabalhos.
28. Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade a execução da perícia
quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a
orientação e supervisão do:
a) Perito-Contador indicado pela ré.
b) Perito-Contador indicado pela autora.
c) Perito-Contador que assume a responsabilidade pelos trabalhos.
d) Juiz e advogados das partes.
29. Segundo o Código de Processo Civil o Perito cumprirá escrupulosamente o
encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de
compromisso. Os Assistentes Técnicos são de confiança:
a) Do Juízo, sujeitos a impedimento ou suspeição.
b) Do Juízo, não sujeitos a impedimento ou suspeição.
c) Da parte, sujeitos a impedimento e suspeição.
d) Da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição.
30. O Perito e o Assistente Técnico estarão obrigados a prestar
esclarecimentos ao Juiz, quando intimados a comparecer à audiência,
formulando as perguntas, sob a forma de quesitos, quando intimados:
a) 5 dias antes da audiência.
b) 30 dias antes da audiência.
c) 15 dias antes da audiência.
d) 10 dias antes da audiência.
31. A opção que contém fato contábil misto é:
a) Venda de imóvel, com lucro.
b) Pagamento de salários do mês anterior.
c) Pagamento de compras e recebimento de vendas do mesmo mês.
d) Liquidação de duplicata, parte em cheque e o restante em dinheiro.
32. No seu sentido mais amplo de ciência social o objeto da contabilidade é:
a) Avaliação dos componentes pelo valor original.
b) Os registros contábeis.
c) O patrimônio das entidades.
d) Transferência de propriedades.
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33. O pagamento de uma duplicata com juros constitui-se em um fato:
a) Permutativo.
b) Modificativo Aumentativo.
c) Misto Negativo.
d) Misto Positivo.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS GERAIS
34. Na sociedade em conta de participação, podemos afirmar que:
a) Nenhum sócio é pessoalmente responsável perante terceiros pelas
obrigações sociais, desde que atuando dentro dos limites do objeto social.
b) O sócio ostensivo é o único que se obriga para com terceiro.
c) Seu capital social deve ser integralizado apenas em dinheiro.
d) Sua constituição exige pelo menos dois sócios, dos quais um contribuirá
para a sociedade com trabalho e o outro com capital.
35. Constitucionalmente a função fiscalizadora é vinculada a um dos poderes
da República. O Tribunal de Contas da União funciona como órgão auxiliar
do:
a) Poder Independente.
b) Poder Executivo.
c) Poder Legislativo.
d) Poder Judiciário.
36. O prazo de instauração de inquérito para apuração de falta grave contra
empregado garantido com estabilidade é de:
a) 30 dias, contados da data da suspensão do empregado.
b) 15 dias, contados da data da suspensão do empregado.
c) 30 dias, contados da falta grave cometida.
d) 15 dias, contados da falta grave cometida.
37. A transgressão dos preceitos descritos no Código de Ética Profissional do
Contabilista constitui:
a) Infração ética disciplinar, sancionada, segundo a gravidade, com a
aplicação de penalidades que podem ser a censura reservada ou censura
pública.
b) Infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação das
seguintes penalidades: advertência reservada, censura reservada ou
censura pública.
c) Infração disciplinar, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de
valores distintos de multa pecuniária.
d) Infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de
penalidades que vão desde o pagamento de multa pecuniária até a
suspensão do registro profissional.
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38. Com relação às transações comerciais com fornecedores e clientes, no que
se refere ao Código de Ética Profissional do Contabilista:
a) A participação pessoal, ou de família, em empresas que mantenham
relações comerciais não é impedimento desde que não tenha conflito de
interesse devido a seus investimentos representarem mais de 3% de ações.
b) As informações obtidas em função de seu cargo, mesmo que confidenciais,
poderão ser liberadas para outro cliente, independentemente de
autorização.
c) Nas compras em geral e vendas de seus produtos ou serviços, não é
permitido ao empregado ou familiares receberem favores ou propinas
superiores a um salário mínimo.
d) Os empregados não podem aceitar presentes monetários em quaisquer
circunstâncias, nem pleitear algum tipo de benefício ou favor pessoal.
39. O princípio ético genérico aplicável às relações pós vendas é o de que
estas devam ter a mesma atenção do fornecedor, mantidas as relações da
pré vendas. Este princípio genérico leva aos seguintes princípios éticos
específicos, exceto:
a) Analisar continuamente, unilateralmente e em conjunto com o cliente, se
todas as promessas feitas foram adequadamente atendidas dentro do
prazo.
b) Cumprir fielmente tudo que tiver sido prometido ao cliente, ético, legal e
moral, sempre que tal promessa tenha sido feita por escrito e registrado em
cartório.
c) Estabelecer um sistema de mensuração do desempenho do produto ou do
equipamento fornecido em face da expectativa do cliente.
d) Manter um canal de comunicação eficiente com o cliente, pelo qual possa
obter dele todos os dados relevantes para uma avaliação do fornecimento.
40. Uma empresa comprou à vista um veículo por R$ 20.000,00, nessa data
avaliado a preço de mercado por R$ 28.000,00. A empresa terá que
contabilizar o referido veículo pelo valor de R$ 20.000,00 de acordo com o
Princípio:
a) Da Competência.
b) Da Entidade.
c) Da Oportunidade.
d) Do Registro pelo Valor Original.
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37
41. A contabilidade de uma empresa em 31/12/2001 na conta Mercadorias
registrava um saldo de R$ 10.000,00 avaliado pelo custo de aquisição,
sendo R$ 4.000,00 o valor de mercado. O investimento em mercadorias
deverá ser ajustado ao valor de mercado tendo em vista o Princípio
Fundamental de Contabilidade:
a) Da Continuidade.
b) Da Entidade.
c) Da Prudência.
d) Do Registro pelo Valor Original.
42. Um dos clientes de uma empresa teve, no exercício de 2001, a sua
insolvência decretada pelo Juiz competente. A perda relativa à dívida que o
referido cliente tinha com uma empresa deve ser reconhecida no exercício
de 2001 de acordo com o Princípio:
a) Da Competência.
b) Da Continuidade.
c) Da Entidade.
d) Do Registro pelo Valor Original.
43. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei. Esta afirmativa é um preceito:
a) Constitucional.
b) De analogia.
c) De Lei Ordinária.
d) Dos usos e costumes.
44. A idade mínima para o trabalho no Brasil, como regra geral, é de
a) Dezoito anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos doze anos.
b) Dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos.
c) Quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos doze anos.
d) Quatorze anos, tanto como empregado, como aprendiz.
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ÁREA DE CONHECIMENTOS LÍNGUA PORTUGUESA
ARQUEOLOGIA CONTÁBIL
Gabriela Barreto Araújo Sweris & Josemar Azevedo Araújo
1 Introdução
Giovani Rossi justifica a importância de um estudo arqueológico da
Contabilidade com a seguinte frase:
“Uma cultura contábil será completa quando investigar a origem e o
desenvolvimento da ciência das contas.”
A rápida evolução do mundo nos coloca cada vez mais distantes do
passado, o que nos distancia também da cultura.
As pessoas não se dão conta de que os fatos que nos antecederam são
os grandes responsáveis pelos que vivemos nos dias de hoje, assim como o
que realizarmos hoje influenciará nossa vida no futuro.
O conhecimento da evolução do pensamento contábil é de suma
importância para todos os profissionais da área, pois é através dele que
tiramos as conclusões do que estamos vendo nos dias de hoje; e não só de um
passado próximo, mas sim desde o seu primeiro passo.
Por isso, desenvolvemos um trabalho de arqueologia contábil, voltando a
8.000 a.C. e tentando entender como tudo começou.
Pensar Contábil. Conselho Regional de Contabilidade do Estado do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Ano V, nº 15, p.32-37, Fev/Abr 2002
45. No texto, é INCORRETO afirmar que
a) “ARQUEOLOGIA CONTÁBIL” é semanticamente equivalente a “investigar a
origem e o desenvolvimento da ciência das contas”.
b) a rápida evolução do mundo modifica o conceito de espaço e,
contraditoriamente, aumenta as distâncias.
c) é importante conhecer a evolução do pensamento contábil tanto para
identificar as causas do presente, quanto para antecipar as conseqüências
futuras.
d) a arqueologia contábil investiga um período de mais de dez mil anos.
46. No texto, é gramaticalmente INCORRETA
a) a substituição da forma verbal, em: Uma cultura contábil só se
completará
quando investigar a origem e o desenvolvimento da
ciência das contas.
b) a colocação pronominal enclítica, em “A rápida evolução do mundo nos
coloca cada vez mais distantes do passado.”, resultando em coloca-nos.
c) a substituição de “através de”, em: é por meio dele que tiramos as
conclusões do que estamos vendo nos dias de hoje.
d) a substituição do pronome demonstrativo de pessoa (“isso”), pelo de
pessoa (isto), resultando em Por isto, desenvolvemos um trabalho de
arqueologia contábil.
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47. No texto é CORRETA a associação por antonímia contida no item:
a) “importância” / irreflexão.
b) “evolução” / desenvolução.
c) “suma” / suprema.
d) “passo” / momento.
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40
ÁREA DE CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. Uma operação, com Letras do Tesouro Nacional, que tem 39 dias para seu
vencimento e está sendo negociada a uma taxa de rentabilidade de 1,20%
ao mês, sob o regime de capitalização simples, terá uma taxa de desconto
simples anual de:
a) 124,61% a.a.
b) 12,46% a.a
c) 14,18% a.a.
d) 14,41% a.a.
49. Um apartamento é vendido, à vista por R$ 220.000,00. Caso o comprador
opte por pagar em uma única parcela após certo período de tempo, o
vendedor exige R$ 61.618,59 como juros, pois quer ganhar 2,5% a.m., sob
o regime de capitalização composta. O prazo de financiamento na hipótese
acima é de:
a) n = 9 meses
b) n = 10 meses
c) n = 11 meses
d) n = 12 meses
50. Um aparelho de som é vendido em 5 prestações de R$ 2.000,00 a serem
pagas a cada 2 meses, sendo a primeira prestação com vencimento após 2
meses. A taxa de juros cobrada é de 3 % a.m., sob o regime de
capitalização composta. O valor do aparelho à vista e o pagamento em
uma única vez após 10 meses, admitindo-se a mesma taxa de juros é de,
respectivamente:
a) R$ 8.044,14 ; R$ 11.492,46
b) R$ 8.404,14 ; R$ 11.294,46
c) R$ 8.414,00 ; R$ 11.249,00
d) R$ 8.440,41 ; R$ 11.294,46
113
ANEXO 4: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2003/I
BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Nome: _______________________________________________________________
Nº de Inscrição: ___________________________________________________
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5
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EXAME DE SUFICIÊNCIA – 01/2003
Edital 05/2002
SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO
Este caderno contém as questões da prova de Bacharel em Ciências Contábeis.
Use como rascunho as páginas 27, 28, 29 e 30 no final deste caderno, as
mesmas não poderão ser destacadas, durante a realização da prova.
Ao receber a Folha de Respostas:
- Confira seu número de inscrição.
- Assine, à CANETA, no espaço próprio indicado (a assinatura não deve ultrapassar
o espaço delimitado).
.01.
A B C D
.02.
A B C D
.03.
A B C D
.04.
A B C D
Observações quanto ao preenchimento da folha de
respostas:
Use caneta esferográfica preta ou azul.
Aplique traços firmes, sem forçar o papel, dentro da área
reservada à letra correspondente à resposta que julgar
correta, procurando unir o ponto lateral à esquerda ao ponto
lateral à direita, conforme exemplo ao lado.
Assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua
resposta não será computada se houver marcação de duas
ou mais alternativas.
Não deixe nenhuma questão sem resposta.
A folha de respostas não deve ser dobrada, amassada ou
rasurada.
Utilize o rascunho do gabarito na página 31, antes de
transferir as informações nele contidas para a folha de
respostas.
É de inteira responsabilidade do candidato qualquer prejuízo
advindo de marcação incorreta efetuada na folha de
respostas.
SERÁ PERMITIDA A SAÍDA DO CANDIDATO DA SALA DE PROVA
SOMENTE APÓS 1 (UMA) HORA DO SEU INÍCIO.
FICA LIBERADA A ENTREGA DO CADERNO DE PROVAS AO CANDIDATO
QUANDO DE SUA SAÍDA.
DURAÇÃO DESTA PROVA:
QUATRO HORAS
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6
ATENÇÃO
Sr. (a) Candidato (a),
Antes de começar a fazer a prova, confira se este caderno tem, ao
todo, 50 (cinqüenta) questões de múltipla escolha, cada uma
constituída de 04 (quatro) alternativas, assim distribuídas: 18
(dezoito) questões de Conhecimentos Contábeis, 15 (quinze)
questões de Conhecimentos Contábeis Avançados, 11 (onze)
questões de Conhecimentos Gerais, 3 (três) questões de
Conhecimentos de Língua Portuguesa e 3 (três) questões de
Conhecimentos Matemáticos.
Havendo algum problema, informe imediatamente ao fiscal de
provas, para que ele tome as providências necessárias.
Caso V. Sa. não observe essa recomendação, não lhe caberá
qualquer reclamação ou recurso posteriores.
O uso de máquina calculadora PESSOAL é permitido, sendo
VEDADO o empréstimo da mesma.
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7
CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
1. Uma determinada empresa comercial encerra seu exercício em 31 de
dezembro de cada ano. Em 31.12.2002, as deduções da Receita
Operacional Bruta da empresa em questão foram de R$ 4.800,00 e
representavam 10% da Receita Operacional Bruta; o Custo das
Mercadorias Vendidas foi de 70% da Receita Operacional Líquida; o valor
do Estoque de Mercadorias existente era de R$ 6.600,00.
Tendo em vista as informações, podemos afirmar que o Lucro Operacional
Bruto, a Receita Operacional Líquida e o Custo das Mercadorias Vendidas
foram, respectivamente:
a)
R$ 12.960,00 ; R$ 43.200,00 e R$ 30.240,00
b) R$ 12.960,00 ; R$ 48.000,00 e R$ 30.240,00
c) R$ 17.760,00 ; R$ 43.200,00 e R$ 48.000,00
d) R$ 17.760,00 ; R$ 48.000,00 e R$ 43.200,00
2. A apropriação de um serviço realizado, relativo a uma receita antecipada,
pode ser contabilizada da seguinte forma:
a) Receitas Antecipadas
a Receitas de Serviços
b) Clientes
a Caixa
c) Caixa
a Receitas Antecipadas
d) Receitas de Serviços
a Receitas Antecipadas
3. O recebimento de uma determinada importância em dinheiro em 2002 por
conta de serviços a serem realizados em 2003, provocou em 2002:
a) Redução do Prejuízo ou Aumento do Lucro.
b) Aumento do Prejuízo ou redução do Lucro.
c) Aumento do Ativo e do Passivo.
d) Redução do Ativo e do Passivo.
4. Em relação à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, a
alternativa CORRETA é:
a) O aumento do Ativo Diferido é uma origem.
b) O encargo de depreciação é uma origem.
c) A realização do Capital é uma aplicação.
d) O aumento do Exigível a Longo Prazo é uma aplicação.
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5. Considerando as informações abaixo, assinale a alternativa CORRETA:
Balancete de Verificação em 31.12.2002
CONTAS SALDOS FINAIS
Devedores Credores
Caixa R$ 1.000,00
Capital Social R$ 10.000,00
Clientes R$ 8.000,00
Compra de Mercadorias para Revenda R$ 3.400,00
Depreciação Acumulada Móveis e Utensílios R$ 600,00
Despesas com Aluguéis R$ 400,00
Despesas com Depreciação R$ 600,00
Despesas com Salários R$ 1.200,00
Despesas com Viagens R$ 600,00
Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$ 2.500,00
Fornecedores R$ 2.800,00
Móveis e Utensílios R$ 5.300,00
Venda de Mercadorias R$ 9.600,00
Total R$ 23.000,00 R$ 23.000,00
Sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias, em 31.12.2002 é de R$
1.200,00, os valores, respectivamente, do Custo de Mercadorias Vendidas,
do total do Ativo e do Resultado Operacional Líquido serão:
a)
R$ 5.900,00 ; R$ 13.900,00 e R$ 900,00
b) R$ 4.700,00 ; R$ 18.600,00 e R$ 2.100,00
c) R$ 4.700,00 ; R$ 14.900,00 e R$ 2.100,00
d) R$ 5.900,00 ; R$ 18.600,00 e R$ 3.100,00
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6. Com base nos saldos das contas abaixo, determine o montante do Passivo
Circulante:
Adiantamento para Despesas de Viagens R$ 1.000,00
Amortizações Acumuladas de Despesas Pré-Operacionais R$ 1.000,00
Bancos Conta Movimento R$ 3.250,00
Caixa R$ 8.500,00
Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios R$ 5.100,00
Despesas Financeiras Pagas Antecipadamente R$ 1.230,00
Despesas Pré-Operacionais R$ 2.180,00
Duplicatas a Pagar R$ 17.300,00
Duplicatas Descontadas R$ 2.000,00
Edifícios R$ 20.000,00
Encargos Sociais a Recolher R$ 6.500,00
Estoque de Mercadorias para Revenda R$ 12.000,00
Fornecedores R$ 11.800,00
Impostos a Recolher R$ 700,00
Participações em Sociedades Controladas R$ 3.000,00
Prêmios de Seguros a Apropriar R$ 1.300,00
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 2.100,00
Salários a Pagar R$ 12.000,00
Terrenos R$ 15.000,00
a) R$ 51.300,00
b) R$ 50.300,00
c) R$ 49.600,00
d) R$ 48.300,00
7. Uma entidade apura seu resultado pelo Princípio da Competência. O
movimento de receitas e despesas de 2002 foi o seguinte:
Receita de 2001 recebida em 2002 R$ 10.000,00
Receita de 2002 recebida em 2003 R$ 200.000,00
Receita de 2003 recebida em 2002 R$ 20.000,00
Despesa de 2001 paga em 2002 R$ 5.000,00
Despesa de 2002 paga em 2002 R$ 150.000,00
Despesa de 2003 paga em 2002 R$ 10.000,00
Despesa de 2002 paga em 2003 R$ 10.000,00
Em vista disso, afirmamos que o resultado em 2002 foi:
a)
Prejuízo de R$ 30.000,00
b)
Prejuízo de R$ 40.000,00
c) Lucro de R$ 40.000,00
d) Lucro de R$ 150.000,00
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8. A contabilidade de determinada empresa apresentava, em 31.12.2002, os saldos:
Compras R$ 85.000,00
Despesas com Propaganda R$ 4.100,00
Despesas de Aluguel R$ 1.200,00
Despesas de Salários R$ 9.300,00
Devolução de Compras R$ 2.000,00
Devolução de Vendas R$ 1.600,00
Estoque Final R$ 18.000,00
Estoque Inicial R$ 25.000,00
Fretes sobre Compras R$ 500,00
Receitas Financeiras R$ 4.000,00
Seguro sobre Compras R$ 200,00
Vendas R$ 120.000,00
Considerando apenas os saldos das contas acima, pode se dizer que o valor das
compras líquidas, do Custo das Mercadorias Vendidas e o Resultado Líquido do
Período são, respectivamente:
a)
R$ 83.000,00 ; R$ 94.700,00 e R$ 17.800,00
b)
R$ 83.700,00 ; R$ 90.700,00 e R$ 17.100,00
c) R$ 85.000,00 ; R$ 90.000,00 e R$ 13.100,00
d) R$ 85.700,00 ; R$ 112.000,00 e R$ 18.700,00
9. Uma determinada empresa adquiriu um veículo em 1º de março de 1997 por R$
72.000,00, sendo estimado o seu valor residual em R$ 9.000,00 e a vida útil em 5
anos. O setor de contabilidade efetuou, anualmente, todos os registros contábeis
relativos às despesas de depreciação, elaborando o seguinte quadro demonstrativo
da depreciação acumulada do citado bem:
Período Depreciação Dep. Acumulada
01.03.1997 à 31.12.1997 R$ 10.500,00 R$ 10.500,00
01.01.1998 à 31.12.1998 R$ 12.600,00 R$ 23.100,00
01.01.1999 à 31.12.1999 R$ 12.600,00 R$ 35.700,00
01.01.2000 à 31.12.2000 R$ 12.600,00 R$ 48.300,00
01.01.2001 à 31.12.2001 R$ 12.600,00 R$ 60.900,00
01.01.2002 à 28.02.2002 R$ 2.100,00 R$ 63.000,00
Se o veículo fosse vendido por R$ 60.000,00 em 31.12.2000, após a depreciação o
resultado seria:
a)
Uma perda de R$ 2.700,00
b)
Uma perda de R$ 10.500,00
c) Um ganho de R$ 23.700,00
d) Um ganho de R$ 36.300,00
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10. Uma empresa apresentou a seguinte composição do Patrimônio Líquido
antes do encerramento das Contas de Resultado.
Capital Social R$ 480.000,00
( – ) Capital Social a Integralizar R$ 120.000,00
Reserva de Capital R$ 40.000,00
Reserva Legal R$ 66.000,00
Lucros Acumulados R$ 2.400,00
Após a Provisão para Imposto de Renda, Contribuição Social e sem outros
destaques do lucro, o Resultado Líquido do período foi de R$ 180.000,00.
Em obediência à lei das sociedades anônimas o valor para constituição da
Reserva Legal que a auditoria interna deverá considerar é de:
a) R$ 2.000,00
b) R$ 9.000,00
c) R$ 9.120,00
d) R$ 38.000,00
11. A empresa apresentou os seguintes saldos no mês de fevereiro de 2003:
Depreciação de Equipamentos Administrativos R$ 38.000,00
Depreciação de Equipamentos de Fábrica R$ 64.000,00
Energia Elétrica Consumida na Fábrica R$ 160.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 40.000,00
Mão-de-Obra Indireta R$ 140.000,00
Materiais Diretos R$ 560.000,00
Materiais Indiretos R$ 18.000,00
Receita Líquida de Vendas R$ 1.365.000,00
Salário da Equipe de Administração R$ 18.000,00
Salário da Equipe de Vendas R$ 28.000,00
Seguro das Instalações Fabris R$ 8.000,00
Posição dos Estoques
Estoques 31.01.2003 28.02.2003
Matéria Prima R$ 120.000,00 R$ 75.000,00
Produtos em Elaboração R$ 180.000,00 R$ 65.000,00
Produtos Acabados R$ 220.000,00 R$ 90.000,00
Indique, respectivamente, a alternativa que concentra os Custos de
Produção, Custos dos Produtos Vendidos e o Lucro Operacional Bruto:
a)
R$ 900.000,00 ; R$ 1.030.000,00 e R$ 335.000,00
b)
R$ 990.000,00 ; R$ 1.235.000,00 e R$ 130.000,00
c) R$ 1.018.000,00 ; R$ 1.105.000,00 e R$ 260.000,00
d) R$ 1.074.000,00 ; R$ 1.204.000,00 e R$ 161.000,00
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12. O valor das Despesas Indiretas de Fabricação numa empresa industrial que
teve os seguintes saldos no mês de fevereiro de 2003 é:
Compras de Materiais Diretos R$ 135.000,00
Estoque Final da Conta Materiais Diretos R$ 130.000,00
Estoque Final de Produtos em Processamento R$ 300.000,00
Estoque Inicial da Conta Materiais Diretos R$ 105.000,00
Estoque Inicial de Produtos em Processamento R$ 0,00
Mão-de-Obra Direta R$ 145.000,00
a) R$ 165.000,00
b) R$ 155.000,00
c) R$ 45.000,00
d) R$ 20.000,00
13. Uma empresa possui um custo fixo mensal pré-determinado no montante
de R$ 297.000,00. No mês de fevereiro de 2003 produziu 99.000 unidades
de seu produto, incorrendo em R$ 693.000,00 de custo variável. Se a
produção tivesse sido de 74.250 unidades, o valor do custo unitário da
produção seria de:
a)
R$ 10,00
b)
R$ 11,00
c) R$ 12,33
d) R$ 13,33
14. Uma empresa fabrica um produto que utiliza dois tipos de matérias-primas
pesando 2,50 kg, sendo 1,40 kg de Matéria-Prima A e 1,10 kg de Matéria-
Prima B. O método utilizado pela empresa para valorar seus estoques é o
do Custo Médio Ponderado Móvel. Em agosto de 2002, os custos unitários
das requisições foram Matéria-Prima A = R$ 276,00/kg e Matéria-Prima B
= R$ 632,00/kg. Durante o processo de fabricação existe uma perda de 8%
na quantidade requisitada de matéria-prima. O Custo da Matéria-Prima para
cada unidade é de:
a) R$ 454,00
b) R$ 587,83
c) R$ 908,00
d) R$ 1.175,65
15. A compra de material permanente, na contabilidade pública, gera
lançamento no sistema:
a) Orçamentário e financeiro.
b) Financeiro e patrimonial.
c) Orçamentário e patrimonial.
d) Orçamentário, financeiro e patrimonial.
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16. Considere a situação abaixo relativa a um determinado exercício financeiro.
Receitas Correntes Previstas R$ 60,00
Receitas Correntes Executadas R$ 80,00
Receitas de Capital Previstas R$ 40,00
Receitas de Capital Executadas R$ 30,00
Despesas Correntes Fixadas R$ 50,00
Despesas Correntes Executadas R$ 40,00
Despesas de Capital Fixadas R$ 50,00
Despesas de Capital Executadas R$ 50,00
Com base nos dados apresentados, na execução do orçamento, afirmamos
que:
a) Houve um superávit corrente de R$ 40,00 e um déficit de capital de
R$ 20,00.
b) O excesso de R$ 20,00 na receita realizada não poderá ser utilizado na
suplementação de despesa de capital.
c) É inevitável a realização da despesa de R$ 100,00, em função do limite
inicialmente fixado.
d) O efeito resultante do excesso de arrecadação e da economia de despesa
incorpora-se automaticamente ao orçamento do exercício financeiro
seguinte.
17. Despesas Correntes compreendem as despesas de:
a) Pessoal, equipamentos e instalações, serviços de terceiros, encargos
diversos e transferências correntes.
b) Investimentos, inversões financeiras e transferências de capital.
c) Pessoal, material de consumo, serviços de terceiros, encargos diversos e
transferências correntes.
d) Investimentos, pessoal e transferências correntes.
18. Na gestão fiscal constituem requisitos essenciais da responsabilidade:
a) Instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os impostos da
competência constitucional do ente da federação.
b) Instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da federação.
c) Instituição, lançamento e previsão de todos os tributos da competência
constitucional do ente da federação.
d) Instituição e lançamento de todos os tributos da competência constitucional
do ente da federação.
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CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
19. Em 31 de dezembro de 2002 uma determinada companhia publicou a
seguinte demonstração contábil:
Balanço Patrimonial
ATIVO 2001 em R$ 2002 em R$ PASSIVO 2001 em R$ 2002 em R$
Circulante 28.700,00 30.900,00 Circulante 18.300,00 21.700,00
Disponível 700,00 3.300,00 Fornecedores 11.000,00 14.000,00
Duplicatas
a Receber
12.000,00
13.600,00
Contas a
Pagar
2.800,00
4.700,00
Estoques 16.000,00 14.000,00 Empréstimos 4.500,00 3.000,00
Realizável a
Longo-Prazo
6.000,00
9.000,00
Exigível a Longo
Prazo
10.900,00
15.000,00
Ativo
Permanente
9.500,00
13.600,00
Patrimônio
Líquido
15.000,00
16.800,00
Total 44.200,00 53.500,00 Total 44.200,00 53.500,00
A alternativa CORRETA é:
a) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 1.200,00 e a Liquidez
Corrente foi reduzida em R$ 0,15, deixando a empresa com uma Liquidez
Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.
b) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 2.300,00 e a Liquidez
Corrente foi reduzida em R$ 0,10, deixando a empresa com uma Liquidez
Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.
c) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 1.200,00 e a Liquidez
Corrente foi reduzida em R$ 0,15, não deixando a empresa com uma
Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.
d) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 2.300,00 e a Liquidez
Corrente foi reduzida em R$ 0,10, não deixando a empresa com uma
Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.
20. Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete
de Verificação em 2002:
Grupos de Contas 01.01.2002 31.12.2002
Ativo Circulante R$ 7.000,00 R$ 15.850,00
Passivo Circulante R$ 3.800,00 R$ 8.200,00
A alternativa CORRETA em relação à variação do Capital Circulante
Líquido da empresa em 2002 é:
a) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no
montante de R$ 4.450,00.
b) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no
montante de R$ 4.450,00.
c) A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no
montante de R$ 3.200,00.
d) A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no
montante de R$ 7.650,00.
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21. Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balanço
Patrimonial e Demonstração de Resultados em 2002:
PERÍODOS LUCRO DO EXERCÍCIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO TOTAL
2000
R$ 8.000,00 R$ 20.000,00 R$ 40.000,00
2001
R$ 12.000,00 R$ 60.000,00 R$ 240.000,00
2002
R$ 16.000,00 R$ 100.000,00 R$ 400.000,00
A análise CORRETA em relação à Rentabilidade dos Capitais Totais, nos
respectivos períodos é:
a) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o
desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em
cada exercício está em declínio, uma vez que os índices foram de 40,0%,
20,0% e 16,0% devido ao crescimento do Patrimônio Líquido da empresa.
b) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o
desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em
cada exercício está em declínio, uma vez que os índices foram de 20,0%,
5,0% e 4,0% devido ao crescimento de investimentos no Ativo da empresa.
c) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o
desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em
cada exercício está em crescimento, uma vez que os índices foram de
500,0%, 2.000,0% e 2.500,0% devido ao crescimento de investimentos no
Ativo da empresa.
d) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o
desempenho da mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em
cada exercício está em crescimento, uma vez que os índices foram de
250,0%, 500,0% e 625,0% devido ao crescimento do Patrimônio Líquido da
empresa.
22. A Receita Operacional Líquida de uma empresa em 2002 foi de R$
625.000.00 e o Resultado Operacional Bruto foi de R$ 125.000,00. Em
relação à Lucratividade Bruta podemos afirmar que:
a) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade
Bruta na ordem de 20,0%, pois a mesma não tem como saber os seus
Custos de Produtos Vendidos e se houve devolução de mercadorias.
b) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta
na ordem de 25,0% e que pode contar com este percentual para repassar
suas Despesas Operacionais na empresa.
c) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade
Bruta na ordem de 25,0%, pois a mesma não tem como separar os seus
Custos de Produtos Vendidos das devoluções de mercadorias, para calcular
a sua Lucratividade Bruta sobre seus Custos.
d) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta
na ordem de 20,0% e que pode contar com este percentual para repassar
suas Despesas Operacionais na empresa.
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23. Uma empresa de auditoria, durante o desenvolvimento de seu trabalho
numa determinada companhia de capital aberto, examinou os documentos
comprobatórios das transações na conta corrente de um banco. Mereceram
ressalvas as seguintes anotações:
¾ Os cheques de números 22.919 e 22.920, incluídos no extrato no mês
de dezembro, foram examinados e localizados no razão analítico no mês de
novembro.
¾ O cheque número 22.926 foi emitido para adiantamento de salário a um
funcionário, sem o devido registro na conta analítica correspondente.
¾ O depósito de R$ 31.000,00 em 28.12.2002 foi creditado pelo banco
indevidamente na conta corrente da companhia, já que este pertencia à
outra companhia e encontra-se estornado no dia 02.01.2002.
¾ Os cheques de números 22.928, 22.932 e 22.933 e o depósito de R$
47.000,00 efetuado em 30.12.2002 foram apresentados no extrato em
02.01.2003, uma vez que eles foram depositados após as 18 horas no caixa
eletrônico.
¾ O cheque número 22.929 foi cancelado conforme documentação
apresentada.
¾ O cheque número 22.924 foi contabilizado por R$ 4.000,00 sendo seu
valor pago pelo banco corretamente por R$ 12.000,00.
EXTRATO CONTA BANCÁRIA
Data Histórico Débito Crédito Saldo
30.11.2002 Saldo Transportado R$ R$ R$ 171.000,00
01.12.2002 Cheque 22.922 R$ 11.000,00 R$ R$ 160.000,00
Cheque 22.919 R$ 6.000,00 R$ R$ 154.000,00
02.12.2002 Cheque 22.920 R$ 14.000,00 R$ R$ 140.000,00
Cheque 22.923 R$ 7.000,00 R$ R$ 133.000,00
02.12.2002 Depósito R$ R$ 22.000,00 R$ 155.000,00
Cheque 22.924 R$ 12.000,00 R$ R$ 143.000,00
10.12.2002 Cheque 22.925 R$ 8.000,00 R$ R$ 135.000,00
20.12.2002 Depósito R$ R$ 26.000,00 R$ 161.000,00
Depósito R$ R$ 31.000,00 R$ 192.000,00
Cheque 22.926 R$ 2.500,00 R$ R$ 189.500,00
23.12.2002 Cheque 22.927 R$ 17.000,00 R$ R$ 172.500,00
28.12.2002 Depósito R$ R$ 70.000,00 R$ 242.500,00
Cheque 22.930 R$ 18.500,00 R$ R$ 224.000,00
Depósito R$ R$ 31.000,00 R$ 255.000,00
30.12.2002 Depósito R$ R$ 32.000,00 R$ 287.000,00
Depósito R$ R$ 45.000,00 R$ 332.000,00
Cheque 22.931 R$ 22.000,00 R$ R$ 310.000,00
Cheque 22.934 R$ 27.000,00 R$ R$ 283.000,00
31.12.2002 Saldo Final R$ R$ R$ 283.000,00
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RAZÃO ANÁLITICO DESTA CONTA BANCARIA
Data Histórico Débito Crédito Saldo
30.11.2002 Saldo Transportado R$ R$ R$ 151.000,00
01.12.2002 Cheque 22.922 R$ R$ 11.000,00 R$ 140.000,00
Cheque 22.923 R$ R$ 7.000,00 R$ 133.000,00
02.12.2002 Depósito R$ 22.000,00 R$ R$ 155.000,00
Cheque 22.924 R$ R$ 4.000,00 R$ 151.000,00
08.12.2002 Cheque 22.925 R$ R$ 8.000,00 R$ 143.000,00
20.12.2002 Depósito R$ 26.000,00 R$ R$ 169.000,00
Depósito R$ 31.000,00 R$ R$ 200.000,00
21.12.2002 Cheque 22.927 R$ R$ 17.000,00 R$ 183.000,00
28.12.2002 Depósito R$ 70.000,00 R$ R$ 253.000,00
Cheque 22.928 R$ R$ 12.000,00 R$ 241.000,00
Cheque 22.930 R$ R$ 18.500,00 R$ 222.500,00
30.12.2002 Depósito R$ 47.000,00 R$ R$ 269.500,00
Depósito R$ 32.000,00 R$ R$ 301.500,00
Depósito R$ 45.000,00 R$ R$ 346.500,00
Cheque 22.931 R$ R$ 22.000,00 R$ 324.500,00
Cheque 22.932 R$ R$ 8.000,00 R$ 316.500,00
Cheque 22.933 R$ R$ 21.000,00 R$ 295.500,00
Cheque 22.934 R$ R$ 27.000,00 R$ 268.500,00
31.12.2002 Saldo Final R$ R$ R$ 268.500,00
Marque a alternativa INCORRETA:
a) Após os devidos ajustes indicados pela auditoria da companhia, o saldo
final disponível em 30.11.2002 nessa conta bancária totalizou R$
151.000,00 a movimentação líquida do mês de dezembro totalizou R$
107.000,00 e o saldo final disponível em 31.12.2002 totalizou R$
258.000,00.
b) A empresa de auditoria adotou a seguinte fórmula para indicar o ajuste que
teria que ser feito pela companhia no saldo disponível da conta bancária:
Ajuste = (Saldo final da conta bancaria) – (Depósito indevido de R$
31.000,00) – (Cheques de números 22.919, 22.920, 22928, 22932, 22933)
+ (diferença Cheque 22.924).
c) Após os devidos ajustes indicados pela auditoria da companhia, o razão
analítico desta conta bancária possui um saldo final em 31.12.2002 líquido
de R$ 266.000,00.
d) A empresa de auditoria adotou a seguinte fórmula para indicar o ajuste que
teria que ser feito pela companhia no saldo disponível da conta bancária:
Ajuste = (Saldo final da conta bancária) – (Depósito indevido de R$
31.000,00) + (Depósito de R$ 47.000,00) – (Cheques de números 22928,
22932, 22933).
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24. Diante da seguinte afirmativa: “A data contábil do inventário será no dia
30.06.2003. O inventário físico em todos os tipos de estoques da
companhia, começará na sexta-feira dia 27.06.2003 e será encerrado na
quarta-feira dia 02.07.2003”. O auditor terá que ficar atento para as
seguintes situações EXCETO:
a) Durante o período de 27.06.2003 até 02.07.2003 deverão ser apuradas
separadamente as notas fiscais de entradas e saídas, diminuindo as
quantidades da contagem física das notas fiscais de saída e somando as
quantidades das notas fiscais de entradas para ser realizado o ajuste do dia
30.06.2003.
b) Durante o período de 27.06.2003 até 02.07.2003 os auditores deverão
acompanhar o inventário físico, procedendo contagens físicas aleatórias
acompanhadas de funcionários da companhia auditada.
c) Durante o período de 27.06.2003 até 02.07.2003 os auditores deverão estar
atentos à variação cambial relativa às notas fiscais de entrada, pois deverão
atualizar essas notas fiscais pelo valor da cotação da moeda estrangeira em
30.06.2003.
d) Durante o período de 27.06.2003 até 02.07.2003 os auditores deverão ficar
atentos à movimentação de sucatas e sobras de produtos em processo,
pois isso caracteriza possibilidade de diferenças no inventário físico,
garantindo a fidelidade das informações para o ajuste dos estoques no dia
30.06.2003.
25. Uma companhia levantou seu balanço patrimonial em 31.12.2002. Todas as
alternativas abaixo demonstradas são eventos subseqüentes. Assinale a
alternativa que a auditoria deverá observar se será informada em Notas
Explicativas:
a) A companhia perdeu uma ação trabalhista coletiva em última instância em
janeiro de 2003 e teve que desembolsar uma quantia significativa. No
Balanço Patrimonial de 31.12.2002 não foi apresentado tal provisão ou
registro na contabilidade.
b) A companhia teve que fazer em fevereiro de 2003 um recall de um
determinado componente dos produtos fabricados e vendidos, relativo aos
lotes de produção realizados de agosto de 2002 até janeiro de 2003. Com
isto a mesma incorreu em custos significativos de garantia de seus
produtos. A companhia não levou em consideração a provisão para
garantias no Balanço Patrimonial de 31.12.2002.
c) A companhia em janeiro de 2003 mudou de controle acionário, pois o maior
acionista decidiu vender suas ações para um grande grupo empresarial no
Brasil. Como conseqüência houve uma mudança de controle acionário da
companhia, o que não está demonstrado no Balanço Patrimonial de
31.12.2002.
d) A companhia teve perdas cambiais em janeiro de 2003 relevantes, em
função da atualização de suas obrigações para com terceiros em moeda
estrangeira. A maioria das operações com terceiros, principalmente
fornecedores internacionais, começaram a vencer na segunda quinzena.
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26. O documento emitido pela entidade auditada, para o auditor independente,
confirmando as informações e dados fornecidos ao auditor para preparação
e apresentação das Demonstrações Contábeis submetidos à auditoria,
denomina-se:
a) Circularização de partes relacionadas.
b) Confirmação de partes relacionadas.
c) Carta conclusiva de auditoria.
d) Carta de responsabilidade da administração.
27. Quando houver divergência do laudo pericial contábil apresentado pelo
perito-contador, o perito-contador assistente deverá:
a) Transcrever o quesito objeto de discordância, a resposta constante do
laudo, seus comentários e, finalmente sua resposta devidamente
fundamentada.
b) Comunicar aos interessados a sua discordância e os seus comentários.
c) Comunicar ao Juízo, as partes e ao perito contador, sua discordância e os
seus comentários.
d) Transcrever o quesito objeto de discordância, a respeito do laudo, seus
comentários e finalmente sua resposta devidamente aceita pelo perito-
contador.
28. Na esfera judicial, o parecer pericial contábil serve para:
a) Subsidiar o Juízo e as partes, bem como para analisar de forma técnica e
científica o laudo pericial contábil.
b) Subsidiar o Juízo e as partes sobre a responsabilidade da preparação e da
redação do parecer pericial.
c) Subsidiar as partes sobre a responsabilidade da preparação e da redação
das recomendações inseridas no laudo pericial.
d) Subsidiar o árbitro e as partes nas suas tomadas de decisão.
29. A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista ao cumprimento do
prazo. Na impossibilidade do cumprimento deste, deve o profissional antes
do vencimento:
a) Comunicar, de qualquer forma, a necessidade de suplementação de prazo.
b) Entregar o trabalho no ponto em que estiver, pois não se pode requerer
prazo suplementar.
c) Na entrega dos trabalhos, na data limite, requerer pessoalmente o prazo
suplementar.
d) Requerer prazo suplementar, sempre por escrito.
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30. Não havendo quesitos a serem respondidos, a perícia será orientada:
a) Pelo Juízo e pela parte que solicitou a perícia.
b) Pelo perito-contador e pelo perito-contador assistente.
c) Pelo Juízo e pelo perito-contador.
d) Pelo objeto da matéria, se assim decidir quem a determinou.
31. Os fatos contábeis podem ser classificados em três grupos: permutativo,
modificativos e mistos. É CORRETO afirmar que:
a) Fatos contábeis modificativos produzem efeitos sobre o Patrimônio Líquido,
aumentando-o, apenas.
b) Fatos contábeis modificativos não produzem efeitos sobre o Patrimônio
Líquido.
c) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram apenas os
elementos componentes do Ativo e do Passivo, sem alterar
quantitativamente o Patrimônio Líquido.
d) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram os elementos
componentes do Ativo e do Passivo, e interferem positivamente no
Patrimônio Líquido.
32. Os grupos contábeis representativos das origens de recursos são:
a) Passivo, Patrimônio Líquido e Receitas.
b) Ativo e Receitas.
c) Patrimônio Líquido, Receitas e Ativo.
d) Patrimônio Líquido, Ativo e Passivo.
33. As Contas Diferenciais são demonstradas na Teoria Materialista:
a) Pelo Caixa e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.
b) Pelos Adiantamentos a Clientes e Adiantamento a Fornecedores.
c) Pelas Despesas, Receitas e Patrimônio Líquido.
d) Pelos Fornecedores e Juros Pagos Antecipadamente.
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21
CONHECIMENTOS GERAIS
34. A alternativa que contêm todos os elementos do contrato de trabalho é:
a) Eficiência, continuidade, eventualidade e complexidade.
b) Pessoalidade, continuidade, onerosidade e subordinação.
c) Eficiência, continuidade, onerosidade e subordinação.
d) Subordinação, continuidade, eventualidade e complexidade.
35. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis não incide sobre a:
a) Incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital
nela subscrito, cujo objeto não seja a atividade imobiliária.
b) Transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens
imóveis.
c) Transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os
direitos reais de garantia.
d) Venda de imóveis realizada por sociedades imobiliárias.
36. O novo Código Civil que entrou em vigor em 2003 passou a ter mais um
ramo do Direito Civil, que é o:
a) Direito das Obrigações.
b) Direito das Coisas.
c) Direito de Empresa.
d) Direito de Família.
37. A suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa na:
a) Rescisão indireta do contrato de trabalho.
b) Rescisão do contrato de trabalho por culpa recíproca.
c) Rescisão do contrato de trabalho por tempo de serviço.
d) Rescisão injusta do contrato de trabalho.
38. O espírito construtivo de um vendedor em relação à concorrência não
promove a venda do produto concorrente, mas demonstra uma postura
elegante e madura de quem busca satisfazer à necessidade real do
comprador, grande objetivo da função de vendas. Contudo, a atitude
presunçosa do vendedor, insinuando monopólio de poder, é hoje fortemente
questionada por uma sociedade mais predisposta:
a) A gastar menos.
b) À conduta ética.
c) A gastar mais.
d) À conduta neo-liberalista.
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39. A transgressão de preceito do Código de Ética Profissional do Contabilista
constitui infração sancionada com a aplicação de uma das seguintes
penalidades:
a) Advertência reservada, advertência pública e censura pública.
b) Advertência reservada, advertência pública e multa.
c) Advertência reservada e suspensão do exercício da profissão.
d) Advertência reservada, censura reservada e censura pública.
40. Um contador recebeu proposta para executar uma perícia e reconhece não
estar devidamente capacitado para executá-la. Mas, os honorários são
compensadores. Segundo o Código de Ética Profissional do Contabilista, o
contador deverá:
a) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face
da especialização requerida.
b) Aceitar a proposta, porque não se recusa trabalho.
c) Buscar o apoio necessário em algum colega que tenha a especialidade.
d) Aceitar a proposta, mas informar ao cliente da incapacidade.
41. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente:
a) À tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações.
b) Aos componentes do patrimônio registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior.
c) Ao valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento
dos passivos.
d) Às receitas e despesas que devem ser incluídas na operação do resultado
do período em que ocorram.
42. O Princípio da Competência determina quando as alterações no Ativo ou no
Passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais,
resultantes da observância do Princípio da:
a) Entidade.
b) Oportunidade.
c) Continuidade.
d) Prudência.
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43. Muito se tem escrito sobre crescimento, pobreza e distribuição de renda. É
um tema particularmente propício para a demagogia política e o
sensacionalismo informativo. Para não incorrer em deformações ópticas,
convém analisar os dados e a experiência concreta dos países em
desenvolvimento nos últimos anos.
A análise das implicações do crescimento e desenvolvimento econômico
pode ser feita levando-se em consideração, EXCETO:
a) As diferenças de renda entre países.
b) As diferenças econômicas e populacionais em relação ao sexo.
c) O crescimento e distribuição de renda entre as pessoas.
d) A educação, a distribuição de renda e o crescimento econômico.
44. Analisando a evolução tecnológica mundial, observamos que cada país
absorve a tecnologia de informação na medida de suas possibilidades.
Novos modelos de equipamentos são criados a cada dia, softwares ficam
cada vez mais avançados, mas tudo que é novo é mais caro. E para se
manterem atualizadas com respeito às versões dos programas disponíveis
no mercado local, as pessoas gastam acima de suas possibilidades.
Marque a opção que NÃO condiz com a realidade descrita acima:
a) A distância tecnológica existente entre os países desenvolvidos e os países
em desenvolvimento poderá aumentar em proporções muito maiores do que
as que temos visto ao longo dos anos, o que acelerará e aumentará a
desigualdade entre eles, impossibilitando o seu relacionamento.
b) Além de uma questão ética, isso parece ser um risco para a economia
mundial, e um perigo político de suscitar novas formas de dominação.
c) A chegada da era da informação não tem muita importância para as
pessoas de baixo poder aquisitivo pelo fato de elas não poderem estar “on
line” com o mundo tecnológico, e, portanto não se deixarem influenciar pelo
avanço tecnológico.
d) As mudanças decorrentes dos avanços da tecnologia da informação não se
encontram apenas nas atividades econômicas e de produção, mas também
na forma de trabalhar, de viver e de aprender de cada cidadão.
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CONHECIMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
BALANÇO SOCIAL: RESPONSABILIDADE,
PADRONIZAÇÃO E OBRIGATORIEDADE
Marco Antonio Perottoni
A evolução nas finalidades do balanço, partindo do balanço para os
proprietários ou gestores e passando para o atendimento das necessidades de
informações para um público externo cada vez maior, envolvendo,
principalmente, as comunidades, trouxe à discussão um assunto importante no
relacionamento em sociedade: a Responsabilidade Social. Esta evolução vem
realçando a responsabilidade social da empresa e a Contabilidade, em sua
visão social, está intimamente vinculada a esta Responsabilidade.
A Responsabilidade Social da empresa está na sua participação direta
nas ações da comunidade onde está presente e na minimização de possíveis
danos ambientais decorrentes de suas atividades, capacitando a empresa a
crescer e a permanecer no mercado.
Neste cenário, o Balanço Social desempenha papel fundamental para a
divulgação da Responsabilidade Social das empresas. A cada ano, um número
maior de entidades vem-se somando a outras que divulgam publicamente sua
atuação social. Conforme levantamento realizado pelo IBASE, tivemos um
crescimento de dez empresas, em 1997, para 250, em 2000, que tornaram
públicos seus investimentos e sua atuação na sociedade.
Revista Brasileira de Contabilidade. Revista do Conselho Federal
de Contabilidade. Ano XXXI, Nº 35, p. 51, março / abril 2002.
45. Identifique a afirmativa INCORRETA, de acordo com o texto.
a) A participação direta nas ações da comunidade, que corresponde à
Responsabilidade Social, é divulgada pelo Balanço Social das empresas.
b) As medidas de preservação do meio ambiente contra possíveis danos de
suas atividades integram as informações constantes no Balanço Social.
c) De 1987 a 2000, a divulgação do balanço social cresceu vinte e cinco
vezes.
d) O Balanço Social tem várias finalidades, resultantes da evolução por que
passou a atividade.
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46. Algumas modificações foram feitas no parágrafo abaixo, extraído do texto.
A Responsabilidade Social da empresa está em (i) sua
participação direta nas ações comunitárias na qual (ii) presente e na
minimização de possíveis danos ao meio ambiente (iii) que decorre (iv) de
suas atividades, capacitando a empresa ao crescimento e à permanência
(v) no mercado.
Julgue as afirmativas, quanto à correção e à adequação das
modificações.
a) As modificações (i), (ii) e (iii) são corretas e adequadas.
b) As modificações (ii), (iii) e (iv) são corretas e adequadas.
c) As modificações (i), (iii) e (v) são corretas e adequadas.
d) As modificações (ii), (iv) e (v) são corretas e adequadas.
47. Associe a coluna da direita à da esquerda.
A – evolução ( ) união
B – vínculo ( ) habilitação
C – minimização ( ) redução
D – decorrência ( ) desenvolvimento
E – Capacitação ( ) derivação
A ordem CORRETA é:
a)
A D B E C
b) C B D A E
c) B E C A D
d) D A C E B
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CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. Os juros cobrados numa operação de desconto composto foram iguais a R$
370,00. Sabendo que o valor do título é de R$ 1.800,00 e que faltavam 75
dias para o vencimento deste, a taxa de desconto mensal aplicada é de:
a) d% = 0,31%
b) d% = 8,22%
c) d% = 8,79%
d) d% = 9,64%
49. Numa aplicação, sob o regime de capitalização composta, deseja-se dobrar
os juros. Considere o tempo de aplicação maior do que 1 (um). O que
deverá ser feito é:
a) Dobrar a taxa de juros.
b) Dobrar o capital aplicado.
c) Dobrar o tempo de aplicação.
d) Quadruplicar o tempo de aplicação.
50. Uma casa está sendo vendida por R$ 240.000,00 à vista. Se desejarmos
financiá-la pelo seguinte plano:
R$ 45.000,00 após 60 dias
Mais 36 prestações mensais e iguais, sendo a 1
a
após 30 dias.
O valor das prestações, se a taxa de juros compostos cobrada é de 3% ao
mês é de:
a) R$ 5.416,67
b) R$ 8.786,47
c) R$ 8.931,74
d) R$ 9.050,06
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A B C D
.01.
.02. A B C D
.03. A B C D
.04. A B C D
.05. A B C D
.06. A B C D
.07. A B C D
.08. A B C D
.09. A B C D
.10. A B C D
.11. A B C D
.12. A B C D
.13. A B C D
.14. A B C D
.15. A B C D
.16. A B C D
.17. A B C D
.18. A B C D
.19. A B C D
.20. A B C D
.21. A B C D
.22. A B C D
.23. A B C D
.24. A B C D
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A B C D
.26.
.27. A B C D
.28. A B C D
.29. A B C D
.30. A B C D
.31. A B C D
.32. A B C D
.33. A B C D
.34. A B C D
.35. A B C D
.36. A B C D
.37. A B C D
.38. A B C D
.39. A B C D
.40. A B C D
.41. A B C D
.42. A B C D
.43. A B C D
.44. A B C D
.45. A B C D
.46. A B C D
.47. A B C D
.48. A B C D
.49. A B C D
.50. A B C
RASCUNHO DO GABARITO
ESTA PÁGINA PODERÁ SER DESTACADA
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ANEXO 5: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2003/II
BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Nome: _____________________________________________________
Nº de Inscrição: ___________________________________________________
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
EXAME DE SUFICIÊNCIA – 02/2003
Edital 05/2002
SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO
Este caderno contém as questões da prova de Bacharel em Ciências Contábeis.
Use como rascunho as páginas finais no final deste caderno. As mesmas não
poderão ser destacadas durante a realização da prova.
Ao receber a Folha de Respostas:
- Confira seu número de inscrição.
- Assine, à CANETA, no espaço próprio indicado (a assinatura não deve ultrapassar o
espaço delimitado).
.01.
A B C D
.02.
A B C D
.03.
A B C D
.04.
A B C D
Observações quanto ao preenchimento da folha de respostas:
Use caneta esferográfica preta.
Aplique traços firmes, sem forçar o papel, dentro da área
reservada à letra correspondente à resposta que julgar correta,
procurando unir o ponto lateral à esquerda ao ponto lateral à
direita, conforme exemplo ao lado.
Assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua
resposta não será computada se houver marcação de duas ou
mais alternativas.
Não deixe nenhuma questão sem resposta.
A folha de respostas não deve ser dobrada, amassada ou
rasurada.
Utilize como rascunho do gabarito a última folha do caderno,
antes de transferir as informações nele contidas para a folha de
respostas.
É de inteira responsabilidade do candidato qualquer prejuízo
advindo de marcação incorreta efetuada na folha de respostas.
SERÁ PERMITIDA A SAÍDA DO CANDIDATO DA SALA DE PROVA SOMENTE
APÓS 1 (UMA) HORA DO SEU INÍCIO.
FICA LIBERADA A ENTREGA DO CADERNO DE PROVAS AO CANDIDATO
QUANDO DE SUA SAÍDA.
DURAÇÃO DESTA PROVA:
QUATRO HORAS
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ATENÇÃO
Sr. (a) Candidato (a),
Antes de começar a fazer a prova, confira se este caderno tem, ao
todo, 50 (cinqüenta) questões de múltipla escolha, cada uma
constituída de 04 (quatro) alternativas, assim distribuídas: 18 (dezoito)
questões de Conhecimentos Contábeis, 15 (quinze) questões de
Conhecimentos Contábeis Avançados, 11 (onze) questões de
Conhecimentos Gerais, 3 (três) questões de Conhecimentos de Língua
Portuguesa e 3 (três) questões de Conhecimentos Matemáticos.
Havendo algum problema, informe imediatamente ao fiscal de provas,
para que ele tome as providências necessárias.
Caso V. Sa. não observe essa recomendação, não lhe caberá qualquer
reclamação ou recurso posteriores.
O uso de máquina calculadora PESSOAL é permitido, sendo VEDADO
o empréstimo da mesma.
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CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
1. O encerramento das contas de resultado, arroladas dentre as contas
relacionadas abaixo, evidencia:
Contas Saldos
Bancos Conta Movimento R$
800,00
Caixa R$
350,00
Capital Social R$
1.600,00
Despesas Antecipadas de Juros R$
1.800,00
Despesas com Energia Elétrica R$
60,00
Despesas com Material de Escritório R$
120,00
Despesas com Publicidade R$
250,00
Despesas com Salários R$
500,00
Despesas de Seguros R$
100,00
Duplicatas a Pagar R$
500,00
Duplicatas a Receber R$
500,00
Impostos R$
500,00
Instalações R$
600,00
Lucros Acumulados R$
230,00
Móveis e Utensílios R$
1.000,00
Receitas de Serviços a Prestar R$
1.200,00
Receitas de Serviços Prestados R$
1.650,00
Receitas Financeiras R$
400,00
Salários a Pagar R$
500,00
a) R$ 80,00 de prejuízo.
b) R$ 120,00 de lucro.
c) R$ 520,00 de lucro.
d) R$ 750,00 de lucro.
2. Determinada indústria mantém um controle individual de seu imobilizado. Em
31.12.2001 os saldos das contas no Balanço Patrimonial eram os seguintes:
Itens Máquinas e Equipamentos Depreciação Acumulada
Máquina A R$
43.190,00 R$
34.370,00
Máquina B R$
63.360,00 R$
53.160,00
As máquinas foram utilizadas em três turnos de 8 horas, em todo o período de
2002. A empresa adota o método das quotas constantes de depreciação, sendo
sua vida útil de 10 anos. Considerando-se que o coeficiente adotado é de dois
para três turnos de 8 horas, o valor da depreciação no período, de tais
máquinas, a ser contabilizado pela empresa, será de:
a) R$ 10.655,00
b) R$ 18.838,00
c) R$ 19.020,00
d) R$ 21.310,00
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3. As informações abaixo destacadas projetam um resultado com mercadorias de:
Devolução de Vendas de Mercadorias R$
7.000,00
Estoque Final de Mercadorias R$
8.000,00
Estoque Inicial de Mercadorias R$
12.000,00
Fretes Pagos sobre Compras de Mercadorias R$
5.000,00
ICMs Incidente sobre as Compras de Mercadorias R$
15.000,00
ICMs Incidente sobre as Vendas de Mercadorias R$
33.000,00
Total das Compras de Mercadorias R$
180.000,00
Total das Vendas de Mercadorias R$
240.000,00
a) R$ 33.000,00
b) R$ 31.000,00
c) R$ 26.000,00
d) R$ 11.000,00
4. Tendo em vista as contas e saldos abaixo, marque a alternativa representativa
dos somatórios dos saldos devedores e credores, respectivamente:
Contas Saldos
Ações em Tesouraria R$ 28.000,00
Adiantamentos a Fornecedores R$ 2.500,00
Adiantamentos de Clientes R$ 2.200,00
Bancos Conta Movimento R$ 2.000,00
Capital Social R$ 30.000,00
Clientes R$ 35.000,00
Duplicatas Descontadas R$ 8.000,00
Empréstimos a Pagar R$ 10.000,00
Juros Pagos Antecipadamente R$ 800,00
Lucros Acumulados R$ 4.200,00
Mercadorias R$ 25.000,00
Participações em Coligadas R$ 7.000,00
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa R$ 1.050,00
Receitas de Exercícios Futuros R$ 30.000,00
Reservas de Lucros R$ 1.500,00
Tributos a Recolher R$ 3.500,00
a) R$ 99.500,00 e R$ 91.250,00
b) R$ 100.300,00 e R$ 90.450,00
c) R$ 102.500,00 e R$ 88.250,00
d) R$ 103.800,00 e R$ 86.950,00
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5. Indique o Resultado Operacional Bruto e o Resultado Líquido do Exercício,
respectivamente, face aos saldos das contas relacionadas abaixo:
Contas Saldos
Impostos sobre Serviços R$ 30.000,00
ICMs sobre Vendas R$ 204.000,00
Despesas Financeiras R$ 180.000,00
Despesas Administrativas R$ 150.000,00
Custo de Serviços Prestados R$ 100.000,00
Custo de Mercadorias Vendidas R$ 600.000,00
Venda de Mercadorias R$ 1.200.000,00
Dividendos Propostos R$ 30.000,00
Receitas de Serviços Prestados R$ 600.000,00
Provisão para Imposto de Renda R$ 80.400,00
a) R$ 1.070.000,00 e R$ 659.600,00
b) R$ 896.000,00 e R$ 425.600,00
c) R$ 866.000,00 e R$ 455.600,00
d) R$ 770.000,00 e R$ 485.600,00
6. Considerando os saldos apresentados abaixo e sabendo-se que o Estoque
Final de Mercadorias em 31.12.2002 era de R$ 1.800,00, podemos afirmar que
o Custo de Mercadorias Vendidas, o total do Ativo e o Resultado Operacional
Líquido são, respectivamente:
Balancete de Verificação em 31.12.2002
Saldos Finais
Contas
Devedores Credores
Caixa R$
1.500,00
Capital Social
R$
15.000,00
Clientes R$
12.000,00
Compra de Mercadorias para Revenda R$
5.100,00
Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios
R$
900,00
Despesas com Aluguéis R$
600,00
Despesas com Depreciação R$
900,00
Despesas com Salários R$
1.800,00
Despesas com Viagens R$
900,00
Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$
3.750,00
Fornecedores
R$
4.200,00
Móveis e Utensílios R$
7.950,00
Venda de Mercadorias
R$
14.400,00
Total R$
34.500,00
R$
34.500,00
a) R$ 3.300,00, R$ 24.150,00 e R$ 4.050,00.
b) R$ 7.050,00, R$ 22.350,00 e R$ 3.150,00.
c) R$ 8.850,00, R$ 20.550,00 e R$ 7.350,00.
d) R$ 8.850,00, R$ 23.250,00 e R$ 4.950,00.
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EXAME DE SUFICIÊNCIA
Bacharel em Ciências Contábeis
10
7. As Companhias A e B apresentaram em 31.12.2002 as seguintes informações:
CONTAS CIA A CIA B
Ativo Circulante R$
412.000,00
R$
105.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo R$
28.000,00
R$
11.000,00
Ativo Permanente – Investimentos R$
84.000,00
Ativo Permanente – Imobilizado Líquido R$
170.000,00
R$
49.000,00
Passivo Circulante R$
125.000,00
R$
35.000,00
Passivo Exigível a Longo Prazo R$
25.000,00
Capital Social R$
360.000,00
R$
80.000,00
Reservas R$
93.000,00
R$
48.000,00
Lucros / Prejuízos Acumulados R$
20.000,00
R$
(16.000,00)
Lucro Líquido do Período R$
71.000,00
R$
18.000,00
A CIA A participa com 75% da CIA B, sendo esta sua única participação societária.
Aplicando o Método da Equivalência Patrimonial, o valor dos investimentos
permanentes é de:
a) R$
60.000,00
b) R$
96.000,00
c) R$
97.500,00
d) R$
109.500,00
8. Uma empresa encerrou seu exercício em 31.12.2002 e efetuou o pagamento de
salários de dezembro somente em janeiro de 2003. Não apropriou na data
devida a despesa de salários inobservando ao Princípio da Competência, tendo
como conseqüência:
a) Diminuição do saldo do caixa em 2002.
b) Diminuição do resultado de 2002.
c) Aumento do saldo do caixa em 2003.
d) Aumento do resultado de 2002.
9. Tendo em vista as informações abaixo, correspondentes à Demonstração de
Origens e Aplicações de Recursos, elaborada em 31.12.2002, a Variação do
Capital Circulante Líquido é de:
Aquisição de Direitos do Ativo Imobilizado R$ 15.000,00
Aumento do Ativo Realizável a Longo Prazo R$ 2.000,00
Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo R$ 4.000,00
Dividendos Distribuídos R$ 5.000,00
Encargos de Depreciação R$ 11.000,00
Lucro Líquido do Exercício R$ 17.000,00
Realização do Capital Social em dinheiro R$ 3.000,00
a) R$ 35.000,00
b) R$ 22.000,00
c) R$ 17.000,00
d) R$ 13.000,00
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11
10. Uma empresa comercial encerra seu exercício social em 31 de dezembro de
cada ano. Em 31.12.2002, as deduções da Receita Operacional Bruta da
empresa foram de R$ 7.680,00 e representaram 10% da Receita Operacional
Bruta. Em 31.12.2002, o Custo das Mercadorias Vendidas foi de 70% da
Receita Operacional Líquida. O valor do Estoque de Mercadorias existente em
31.12.2002 foi de R$ 10.560,00.
Em 31.12.2002 o Lucro Operacional Bruto, a Receita Operacional Líquida e o
Custo das Mercadorias Vendidas foram, respectivamente:
a) R$ 20.736,00, R$ 69.120,00 e R$ 48.384,00
b) R$ 20.736,00, R$ 76.800,00 e R$ 48.384,00
c) R$ 28.416,00, R$ 69.120,00 e R$ 76.800,00
d) R$ 28.416,00, R$ 76.800,00 e R$ 69.120,00
11. No mês de agosto de 2003 uma indústria apresentou as seguintes informações:
Aquisição de Novo Equipamento Industrial R$ 98.100,00
Compras de Matéria-Prima R$ 3.600,00
Depreciação de Máquinas Industriais R$ 27.000,00
Depreciação de Móveis e Utensílios do Escritório R$ 22.500,00
Energia Elétrica da Fábrica R$ 112.500,00
Mão-de-Obra Direta R$ 9.000,00
Mão-de-Obra Indireta R$ 180.000,00
Materiais Indiretos Consumidos na Fábrica R$ 810.000,00
Receita de Vendas R$ 1.666.500,00
Salário de Vendedores R$ 18.000,00
Salários Administrativos R$ 900,00
Seguros da Fábrica R$ 1.800,00
Estoques Finais Julho Agosto
Matéria-Prima R$
90.000,00
R$ 72.000,00
Produtos em Processo R$
54.000,00
R$ 72.000,00
Produtos Acabados R$
54.000,00
R$ 72.000,00
O Custo com Materiais Diretos, o Custo Fabril e o Custo de Produtos Vendidos de
uma indústria são respectivamente:
a)
R$
33.600,00
;
R$
1.137.900,00
e
R$
1.113.900,00
b)
R$
25.200,00
;
R$
1.165.500,00
e
R$
1.129.500,00
c)
R$
21.600,00
;
R$
1.161.900,00
e
R$
1.125.900,00
d)
R$
18.000,00
;
R$
1.143.900,00
e
R$
1.215.900,00
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12
12. Uma empresa constrói um edifício comercial composto de 10 unidades, sendo 4
unidades de metragem igual e o restante das unidades com o dobro da
metragem. Durante a construção foram registrados os seguintes custos:
Terreno R$ 30.000,00, Projetos R$ 5.000,00, Materiais Aplicados R$
105.000,00, Mão-de-Obra Direta R$ 44.000,00 e outros custos R$ 16.000,00. O
custo total das quatro unidades iguais de metragem menor é de:
a) R$ 25.000,00
b) R$ 50.000,00
c) R$ 75.000,00
d) R$ 80.000,00
13. Uma empresa elabora apenas dois produtos: A e B. No mês de agosto de 2003
foram produzidas 400 unidades de A e 360 unidades de B. Os critérios de rateio
adotados pela empresa para apropriação dos Custos Indiretos são: Horas-
Máquina e a Mão-de-Obra Direta. Face às informações retro, a alternativa
CORRETA é:
Produto A Produto B
Total
Materiais Diretos R$
96.000,00
R$
74.000,00
R$
170.000,00
Mão de Obra Direta R$
42.000,00
R$
24.000,00
R$
66.000,00
Custo Primário Direto R$
138.000,00
R$
98.000,00
R$
236.000,00
Custos Indiretos de Fabricação R$
100.000,00
Total R$
138.000,00
R$
98.000,00
R$
336.000,00
Horas-Máquina Empregada 630 920 1.550
a) O produto A tem um custo unitário de produção mais alto considerando o
critério de rateio base Mão-de-Obra Direta no montante de R$ 57,50 devido ao
montante de Mão-de-Obra Direta utilizada na fabricação; o produto B tem um
custo unitário de produção mais alto considerando o critério base Horas-
Máquina no montante de R$ 63,89 devido ao volume de horas trabalhadas na
fabricação do produto.
b) O produto A tem um custo unitário de produção mais baixo considerando o
critério horas-máquina no montante de R$ 132,78 devido ao volume de horas
trabalhadas na fabricação do produto; o produto B tem um custo unitário de
produção mais baixo considerando o critério de rateio Mão-de-Obra Direta no
montante de R$ 11,39 devido ao montante de Mão-de-Obra Direta utilizada na
fabricação.
c) O produto A tem um custo unitário de produção mais alto considerando o
critério horas-máquina no montante de R$ 68,89 devido ao montante de Mão-
de-Obra Direta do produto; o produto B tem um custo unitário de produção mais
alto considerando o critério de rateio Mão-de-Obra Direta no montante de R$
75,28 devido ao volume de horas-máquina na fabricação.
d) O produto A tem um custo unitário de produção mais alto considerando o
critério de rateio Mão-de-Obra Direta no montante de R$ 57,50 devido ao
volume de horas-máquina utilizadas na fabricação; o produto B tem um custo
unitário de produção mais alto considerando o critério Mão-de-Obra Direta no
montante de R$ 63,89 devido ao volume de horas trabalhadas na fabricação do
produto.
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13
14. Uma empresa tem um Custo Fixo mensal pré-determinado no montante de R$
297.000,00. No mês de julho de 2003 produziu 99.000 unidades de seu
produto, incorrendo em R$ 693.000,00 de Custo Variável. Considerando,
alternativamente, uma produção de 74.250 unidades o Custo Unitário da
produção seria de:
a) R$
10,00
b) R$
11,00
c) R$
12,33
d) R$
13,33
15. O superávit financeiro que permitirá a abertura de créditos suplementares nos
termos da lei é apurado em:
a) Balanço das Variações Patrimoniais.
b) Balanço Financeiro.
c) Balanço Orçamentário.
d) Balanço Patrimonial.
16. O ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição é:
a) Despesa.
b) Empenho.
c) Orçamento.
d) Pagamento.
17. As leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecem:
a) O Orçamento Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social.
b) Os planos Governamentais da União, dos Estados e Municípios.
c) Os Créditos Suplementares e Extraordinários.
d) O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais.
18. O saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício,
entende-se por:
a) Excesso de Arrecadação.
b) Superávit Financeiro.
c) Ativo Real Líquido.
d) Superávit Orçamentário.
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14
CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
19. Considerando o Prazo Médio de Estocagem (Matéria-Prima), o Prazo Médio de
Fabricação e o Prazo Médio de Venda, de uma empresa que teve as seguintes
informações gerenciais extraídas dos relatórios dos exercícios 2001 e 2002,
durante seus 365 dias anuais, a administração julgará INCORRETA a seguinte
informação:
Contas 31.12.2001 31.12.2002
Compras de Matéria-Prima Anual R$
175.000,00
Consumo Anual de Matéria-Prima R$
150.000,00
Custo dos Produtos Vendidos R$
210.000,00
Custo Total da Produção Anual R$
320.000,00
Duplicatas a Receber R$
90.000,00
R$
110.000,00
Duplicatas Descontadas R$
45.000,00
R$
60.000,00
Estoque de Matéria-Prima R$
65.000,00
R$
85.000,00
Estoque de Produtos Acabados R$
53.000,00
R$
67.000,00
Estoque de Produtos em Processo R$
51.000,00
R$
75.000,00
Fornecedores R$
95.000,00
R$
110.000,00
Receita de Vendas Anual a Prazo R$
320.000,00
a) O tempo médio de permanência da matéria-prima em estoque no processo de
produção é de 182,5 dias; o tempo dio de elaboração do produto é de 71,86
dias e o prazo de estocagem do produto acabado é de 104,29 dias.
b) O estoque de matéria-prima é renovado 2,0 vezes no período, o estoque de
produto em transformação giram 5,08 vezes no período e o giro no período do
estoque vendido é de 3,50 vezes.
c) O investimento médio em estoque de matéria-prima é de R$ 75.000,00; o
investimento médio em estoque de produtos em processo é de R$ 63.000,00 e
o investimento médio em estoque de produtos acabados é de R$ 60.000,00.
d) O tempo médio de permanência da matéria-prima em estoque no processo de
produção é de 85,55 dias; o tempo médio de elaboração do produto é de
109,50 dias e o prazo de estocagem do produto acabado é de 68,44 dias.
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15
20. Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do primeiro
semestre de 2004:
Preço de Venda Unitário R$
66,80
Custo Variável Unitário R$
57,60
Custo Fixo R$
768.000,00
Para gerar um lucro operacional de R$ 60.000,00 no primeiro semestre de 2004
serão necessários:
a) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 45.000 unidades.
b) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 76.957 unidades.
c) Produzir e vender no mínimo 83.478 unidades.
d) Produzir e vender no mínimo 90.000 unidades.
21. A administração de uma empresa apresentou em 01.09.2003 as informações
gerenciais para o ano de 2004. A alternativa CORRETA que indica o Grau de
Alavancagem Operacional, a Margem de Segurança e o Percentual da Margem
de Segurança da previsão feita pela empresa para a tomada de decisão sobre
2004 é:
Orçamento 2004
Vendas R$
45.000.000,00
100%
Custos Variáveis R$
20.384.000,00
45%
Margem de Contribuição R$
24.616.000,00
55%
Custos e Despesas Fixas
R$
13.316.000,00
30%
Lucro Líquido R$
11.300.000,00
25%
a)
2,18;
R$
20.789.090,91;
46,20%
b)
2,18;
R$
24.210.909,09;
53,80%
c)
3,98;
R$
44.386.666,67;
98,64%
d)
3,98;
R$
24.616.000,00;
54,70%
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22. No primeiro semestre de 2003 uma empresa produziu e vendeu 5.500 unidades
de um determinado produto, apresentando o seguinte resultado:
Receita Total R$
99.000.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis de Produtos Vendidos R$
60.500.000,00
Margem de Contribuição R$
38.500.000,00
Custos e Despesas Fixas R$
11.000.000,00
Resultado Operacional R$
27.500.000,00
A alternativa INCORRETA baseada nos dados acima é:
a) O Ponto de Equilíbrio Contábil demonstra que a empresa precisa vender 1.571
unidades para cobrir seus custos fixos e despesas.
b) O Ponto de Equilíbrio Financeiro demonstra que a empresa precisa vender
1.550 unidades para cobrir uma dívida total de R$ 13.000.000,00 pagável em 5
parcelas, vencendo a primeira neste ano e uma depreciação no montante de
25% dos custos e despesas fixas.
c) O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender
3.235 unidades para cobrir um lucro desejado de 25% numa política sobre os
custos além de levar em conta o custo de oportunidade.
d) O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender
1.335 unidades para obter um lucro desejado de 30%, numa política sobre os
custos e não levando em conta o custo de oportunidade.
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23. Em relação ao parecer de auditoria desenvolvido abaixo, marque a alternativa
CORRETA:
Aos Acionistas
Empresa S.A.
I. Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa S.A. levantados em 31
de dezembro de 2002 e de 2001, e as respectivas demonstrações do resultado,
das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos
correspondentes aos exercícios findos daquelas datas, elaborados sob a
responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de
expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
II. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância
dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos
da companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c)
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas
adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das
demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
III. A variação cambial sobre os empréstimos em moeda estrangeira está sendo
contabilizada pela companhia somente por ocasião do pagamento ao credor no
exterior. Essa prática está em desacordo com os princípios fundamentais de
contabilidade, os quais requerem que a variação cambial seja registrada no
regime de competência, ou seja, no ano em que houve a mudança da taxa de
câmbio. Se a variação cambial tivesse sido contabilizada com base no regime
de competência, o lucro líquido estaria a menor em R$ 121.000,00 e R$
145.000,00, em 2002 e 2001, respectivamente.
IV. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos do assunto comentado no
parágrafo III, as demonstrações contábeis acima referidas representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira, o resultado de suas operações, as mutações do patrimônio líquido e
as origens e aplicações de recursos referentes aos exercícios findos naquelas
datas, da Empresa S.A. em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, de acordo com
os princípios fundamentais de contabilidade.
05 de março de 2003
YEY Auditores Independentes Fulano de Tal
CRC-UF- 1111 Contador
CRC-UF-11.111-1
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18
a) O parecer emitido relativo à Empresa S.A. foi do tipo Adverso, conforme
parágrafo IV, pois a empresa de auditoria possuiu informações suficientes para
formar opinião de que as demonstrações financeiras não representam
adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações,
as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade.
b) Diante da situação apresentada no parágrafo IV, podemos afirmar que o
parecer emitido relativo à Empresa S.A. foi do tipo Negativa de Parecer, pois a
empresa de auditoria não obteve elementos comprobatórios suficientes para
formar sua opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto
devido ao fato do não cumprimento do regime de competência.
c) Diante da situação apresentada no parágrafo IV, podemos afirmar que o
parecer emitido relativo à Empresa S.A. foi do tipo Parecer com Ressalvas, pois
a empresa de auditoria apresenta no parágrafo-padrão da opinião, clareza da
natureza da ressalva e seu efeito sobre a situação patrimonial e financeira,
resultado das operações, mutações do patrimônio líquido e origens e aplicações
de recursos.
d) O parecer emitido relativo à Empresa S.A. foi do tipo Parecer sem Ressalvas,
conforme parágrafo IV, pois a empresa de auditoria possuiu informações
suficientes para verificar que o exame foi efetuado de acordo com as normas de
auditoria, que as demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com
os princípios fundamentais de contabilidade e os mesmos aplicados com
uniformidade e que as demonstrações financeiras possuem todas as
informações necessárias.
24. O auditor registra no papel de trabalho os ajustes, as reclassificações e
eliminações de lançamentos contábeis, afim, de refletir adequadamente a
realidade das demonstrações contábeis. Assim a correlação INCORRETA é, o
auditor ter que:
a) Reclassificar o lançamento contábil quando verificar que a empresa registrou
uma despesa com lubrificantes para manutenção de equipamentos como conta
de resultado do exercício.
b) Reclassificar o lançamento contábil quando verificar que a empresa registrou
uma despesa com encargos previdenciários erroneamente no grupo de
despesas não operacionais.
c) Eliminar o lançamento contábil quando verificar que a empresa registrou as
vendas dos primeiros dias do ano seguinte ao período de dezembro do
exercício auditado.
d) Ajustar o lançamento contábil quando verificar que a empresa não registrou os
juros devidos referente às aplicações financeiras de curto prazo.
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25. Quanto aos procedimentos de auditoria, marque a alternativa CORRETA:
I. A contagem física é um procedimento realizado no caixa, nos estoques e
nos bens do imobilizado.
II. A confirmação com terceiros é um procedimento utilizado na conta corrente
bancária, nos estoques em poder de terceiros, nos empréstimos a pagar e nas
contas a receber de clientes.
III. A conferência de cálculos é um procedimento efetuado nos estoques, nas
despesas antecipadas, nas depreciações de bens do imobilizado e nos juros
provisionados.
IV. A inspeção de documentos é um procedimento que ocorre nos relatórios de
despesas, nas licitações de compras, nos contratos e nos livros sociais.
a) As alternativas I, II, III e IV são verdadeiras, pois todas retratam procedimentos
corretos de auditoria.
b) As alternativas I, II e IV são verdadeiras, porém a alternativa II não possui
fundamento, pois a mesma requer quebra do sigilo bancário que não é
permitido.
c) As alternativas II e IV são falsas, uma vez que não retratam procedimentos de
auditoria, pois as mesmas trabalham com documentos externos à empresa, o
que muitas vezes o auditor não pode ter acesso.
d) As alternativas I e III o falsas, pois existem procedimentos que o auditor
depende de terceiros e muitas vezes os mesmos não conseguem retorno a
tempo de emitir um parecer,
26. Quanto ao Controle Interno, marque a alternativa INCORRETA:
a) São exemplos de confronto de ativos com os registros contábeis, a contagem
de caixa e comparação com o saldo do razão geral, as conciliações bancárias e
inventário físico de bens confrontado com os registros contábeis de cada um.
b) Segregação de funções consiste em estabelecer que uma mesma pessoa pode
ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, pois essas funções são
compatíveis.
c) A conferência independente dos cálculos, a conferência da classificação
contábil de todos os registros finais e a conferência independente do registro
das transações contábeis são exemplos de amarração de sistema.
d) Os testes de observância consistem em o auditor confrontar os manuais
internos com a prática existente na empresa, podendo assim trabalhar com
segurança na observância de documentos e registros contábeis.
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27. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 13 Da
Perícia Contábil, o Laudo Pericial Contábil é:
a) A peça escrita na qual o perito-contador assistente expressa, de forma
circunstanciada, clara e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e
as observações que realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados, os
resultados fundamentados e as suas conclusões.
b) A indagação e a busca de informações mediante conhecimento do objeto da
perícia, solicitada nos autos.
c) A investigação e a pesquisa sobre o que está oculto por quaisquer circunstância
nos autos.
d) A peça escrita na qual o perito-contador expressa, de forma circunstanciada,
clara e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações
que realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados, os resultados
fundamentados e as suas conclusões.
28. Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade o contrato de honorários na
Perícia Extrajudicial e na Perícia Arbitral deve ser elaborado com base no:
a) Valor estimado da causa.
b) Planejamento realizado.
c) Valor do honorário dos advogados das partes.
d) Valor arbitrado pelo Juiz.
29. O parecer pericial contábil, quando judicial e arbitral deve ser:
a) Encaminhado por petição protocolada.
b) Entregue pessoalmente.
c) Entregue pelo correio.
d) Encaminhado via cartório.
30. Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que
serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem
total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame,
vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e
certificação. A indagação corresponde:
a) A diligência que objetiva a verificação e a constatação de situações de forma
circunstancial.
b) A busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto da
perícia.
c) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico.
d) A análise de livros, registros das transações e documentos.
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21
31. Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização
para fins residenciais. Uma empresa de grande sucesso, atuante no ramo de
indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos
disponíveis por tempo indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de
R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal bem
deve ser registrado no:
a) Ativo Circulante.
b) Ativo Realizável a Longo-Prazo.
c) Ativo Permanente – Imobilizado.
d) Ativo Permanente – Investimento.
32. As receitas e as despesas estão geralmente relacionadas nas empresas com
fins lucrativos. Sendo assim, podemos afirmar que:
a) A despesa é incorrida no momento em que ocorre o consumo e a receita no
momento em que recebemos direitos já provisionados.
b) A despesa é incorrida no momento em que ocorre o desembolso e a receita é
realizada no momento em que se transfere a propriedade do bem.
c) A receita é realizada no momento em que é transferida a propriedade do bem
ou serviço e a despesa é incorrida no momento do consumo.
d) A receita é realizada por ocasião da transferência da propriedade e a despesa é
incorrida no momento da aquisição, independente do pagamento.
33. De acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, o Princípio da
Prudência determina que:
a) O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado, base
necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
b) A adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do
Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente validas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
c) A continuidade influência o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o
valor ou vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da
entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
d) A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores
de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os
agentes externos ou da imposição destes.
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CONHECIMENTOS GERAIS
34. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Taxa é um tributo que pode ser instituído pela utilização efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a
sua disposição.
b) Taxa é um tributo vinculado, eis que, para sua exigência, é necessária atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.
c) Taxa é um tributo que pode ser instituído em razão do exercício do poder de
polícia.
d) Taxa é um tributo não vinculado, eis que, para sua exigência, independe de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
35. Crédito tributário tem privilégio sobre qualquer outro, ressalvados os créditos:
a) Bancários.
b) Fornecedores.
c) Quirografários.
d) Trabalhistas.
36. Extingue-se o crédito tributário, EXCETO:
a) Pelo parcelamento.
b) Pelo pagamento.
c) Pela prescrição e decadência.
d) Pela conversão de depósito em renda.
37. O intervalo entre duas jornadas de trabalho mínimo segundo a Legislação
Trabalhista é de:
a) 01 hora.
b) 02 horas.
c) 11 horas.
d) 12 horas.
38. Uma das normas de conduta que o Contabilista deve observar, em relação aos
seus colegas é:
a) Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado
e munido de documentos.
b) Abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo
desabonadoras.
c) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da
especialização requerida.
d) Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a
sua apreciação.
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39. De acordo com o Código de Ética Profissional, um dos deveres do Contabilista
é:
a) Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado,
eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe
formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e
executores.
b) Anunciar em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que
resulte na diminuição do colega, Organização Contábil ou da classe, sendo
sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos,
trabalhos realizados e relação de clientes.
c) Deixar de atender a fiscalização dos Conselhos Federal e Regionais de
Contabilidade, no sentido de colocar à disposição desses, sempre que
solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem
e orientaram a execução de seu trabalho.
d) Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal
sobre direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em
que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos
quesitos propostos.
40. O Código de Ética Profissional do Contabilista tem por objetivo fixar normas
éticas a serem observadas pelo profissional da contabilidade no exercício de
suas atividades. A partir dessa afirmativa é vedado ao Contabilista:
a) Renunciar as funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por
parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de
antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam
prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia.
b) Emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo
profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado
ou orientado, salvo quando autorizado por eles.
c) Comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado,
eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe
formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e
executores.
d) Atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade no sentido de
colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho,
relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram execução do
seu trabalho.
41. Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve
ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua
ocorrência. Este é um dos resultados da observância do Princípio da:
a) Competência.
b) Continuidade.
c) Oportunidade.
d) Prudência.
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42. De acordo com o Princípio da Competência, as receitas consideram-se
realizadas:
a) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua
propriedade para terceiro.
b) Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo.
c) Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
d) Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou
maior.
43. É incluído no cálculo do Produto Interno Bruto:
a) A exportação de serviços de engenharia para a construção de uma ferrovia no
exterior.
b) A prestação de serviços de computação por uma empresa especializada a um
banco comercial.
c) A importação de uma máquina nova.
d) A compra de um imóvel usado.
44. “Regulamentar, sempre que julgar necessário, as taxas de juros, comissões e
qualquer outra forma de remuneração praticada pelas instituições financeiras”.
É uma das principais atribuições:
a) Do Banco Central do Brasil.
b) Comissão de Valores Mobiliários.
c) Banco de Desenvolvimento Econômico Social.
d) Do Conselho Monetário Nacional.
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CONHECIMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Declara sua renda
Sr. Diretor do Imposto de Renda:
O senhor me perdoe se venho molestá-lo. Não é consulta: é caso de
consciência. Considerando o formulário para declaração de imposto de renda algo
assimilável aos textos em caracteres cuneiformes, sempre me abstive
religiosamente de preenchê-lo. Apenas dato e assino, entregando-o, imaculado
como uma virgem, a um funcionário benévolo, a quem solicito: “Bote o que
quiser”. Ele me encara, que não sou nenhum tubarão, rabisca uns números
razoáveis, faz umas contas, conclui: “É tanto”. Pago, e vivemos in love, o Fisco e
eu. Mas este ano ocorreu-me uma dúvida, a primeira até hoje, em matéria de renda
e de imposto devido. O bom funcionário não soube resolvê-la, ninguém na
repartição o soube.
Minha dúvida, meu problema, Sr. Diretor, consiste na desconfiança de que
sou, tenho sido a vida inteira um sonegador do Imposto de Renda. Involuntário,
inconsciente, mas de qualquer forma sonegador. Posso alegar em minha defesa
muita coisa: a legislação, embora profusa e até florestal, é omissa ou não explícita;
os itens das diferentes cédulas não prevêem o caso; o órgão fiscalizador jamais
cogitou disso; todo mundo está nas mesmas condições que eu, e ninguém se
acusa ou reclama contra si mesmo. Contudo, não me conformo, e venho expor-lhe
lealmente as minhas rendas ocultas.
A lei manda cobrar imposto a quem tenha renda líquida superior a
determinada importância; parece claro que tributam rendimentos em dinheiro. A
seguir, entretanto, a mesma lei declara: “São também contribuintes as pessoas
físicas que perceberem rendimentos de bens de que tenham a posse, como se
lhes pertencessem.” E aqui me vejo enquadrado e faltoso. Tenho a posse de
inúmeros bens que não me pertencem e que desfruto copiosamente. Eles me
rendem o máximo, e nunca fiz constar de minha declaração tais rendimentos.
Esses bens são: o Sol, para começar do alto (só a temporada de praia,
neste verão que acabou, foi uma renda fabulosa); a Lua, que, vista do terraço ou
da calçada da Avenida Atlântica, diante do mar, me rendeu milhões de cruzeiros-
sonho: as árvores do Passeio Público e do Campo de Santana, que alguém se
esqueceu de cortar; a montanha, as crianças brincando no play-ground ou a
caminho da escola; em particular, três meninos que vêm e vão pelo ar, tão
moleques e tão rendosos para este coração; as mangas, os chocolates comidos
contra prescrição médica, um ou outro uísque sorvido com amigos, com calma
calmíssima; os ventos de três poetas, um francês, um português e um brasileiro;
certos prazeres como andar por andar, ver figura em edições de arte, conversar
sem sentido e sem cálculo, um filmezinho como Le petit poison rouge, em que o
gato salva o peixe para ser gentil com o canário, indicando um caminho aos
senhores da guerra fria; e isso e aquilo e tudo mais de alta rentabilidade... não em
espécie.
Estes os meus verdadeiros rendimentos, senhor; salários e dividendos não
computados na declaração. Agora estou confortado porque confessei; invente
depressa uma rubrica para incluir esses lucros e taxe-me sem piedade. Multe, se
for o caso; pagarei feliz. Atenciosas saudações.
Carlos Drummond de Andrade. Cadeira de Balanço. A vida de qualquer um.
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45. De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que:
a) Houve desonestidade na declaração de imposto de renda.
b) A sonegação de impostos refere-se a bens e rendimentos computados na
declaração.
c) Os bens mencionados são de natureza afetiva, logo subjetiva.
d) necessidade de criar uma rubrica específica e a taxa correspondente ao
lucro obtido.
46. Assinale o item que contém a associação semântica INCORRETA.
a) “textos em caracteres cuneiformes” (1º parágrafo) / escritos hieroglíficos
b) “não sou nenhum tubarão” (1º parágrafo) / não sou nenhum inescrupuloso
c) “legislação (...) florestal” (2º parágrafo) / leis complexas ou confusas
d) “senhores da guerra fria” (4º parágrafo) / líderes de conflitos desarmados
47. O único enunciado INCORRETO quanto à norma culta da língua portuguesa é:
a) O senhor perdoe-me se o venho molestar.
b) Pago, e o Fisco e eu vivemos in love.
c) Me rendeu milhões de cruzeiro-sonhos.
d) Porque confessei, estou confortado agora.
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CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. Uma empresa contratou um financiamento para ser pago em 12 parcelas iguais
de R$ 1.990,53, pactuando a taxa nominal dos juros de 40% ao ano,
capitalizados mensalmente. O valor liberado no financiamento é de:
a) R$ 20.000,00
b) R$ 21.578,60
c) R$ 22.000,00
d) R$ 23.886,36
49. O tesoureiro de uma empresa decidiu realizar uma aplicação financeira de R$
15.000,00 para ser resgatada ao final de 15 meses, à taxa nominal dos juros de
18% ao ano. O valor a ser resgatado no final do período, se considerarmos a
capitalização dos juros mensal, anual e ao final do contrato, respectivamente é
de:
a) R$ 16.447,65; R$ 16.375,23 e R$ 16.150,00
b) R$ 17.494,32; R$ 17.753,49 e R$ 17.265,00
c) R$ 18.753,48, R$ 18.447,77 e R$ 18.375,00
d) R$ 19.565,48; R$ 19.494,58 e R$ 19.375,00
50. Uma determinada empresa tomou emprestado em 01.09.2002, a importância de
R$ 30.000,00, sendo pactuado para pagar o montante da dívida em 30.04.2003,
corrigido pela variação dos índices do IGP-M (FGV), acrescido de juros simples
de 0,5% ao mês é de:
Variação do IGP-M
(FGV)
30.09.2002
2,40%
31.10.2002
3,87%
30.11.2002
5,19%
31.12.2002
3,75%
31.01.2003
2,33%
28.02.2003
2,28%
31.03.2003
1,53%
30.04.2003
0,92%
O valor do montante a ser pago na data do vencimento será de:
a) R$ 34.642,58
b) R$ 37.345,58
c) R$ 38.174,85
d) R$ 38.839,46
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A B C D
.01.
.02. A B C D
.03. A B C D
.04. A B C D
.05. A B C D
.06. A B C D
.07. A B C D
.08. A B C D
.09. A B C D
.10. A B C D
.11. A B C D
.12. A B C D
.13. A B C D
.14. A B C D
.15. A B C D
.16. A B C D
.17. A B C D
.18. A B C D
.19. A B C D
.20. A B C D
.21. A B C D
.22. A B C D
.23. A B C D
.24. A B C D
25. A B C D
A B C D
.26.
.27. A B C D
.28. A B C D
.29. A B C D
.30. A B C D
.31. A B C D
.32. A B C D
.33. A B C D
.34. A B C D
.35. A B C D
.36. A B C D
.37. A B C D
.38. A B C D
.39. A B C D
.40. A B C D
.41. A B C D
.42. A B C D
.43. A B C D
.44. A B C D
.45. A B C D
.46. A B C D
.47. A B C D
.48. A B C D
.49. A B C D
.50. A B C
RASCUNHO DO GABARITO
ESTA PÁGINA PODERÁ SER DESTACADA
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ANEXO 6: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2004/I
BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Nome: _____________________________________________________
Nº de Inscrição: ___________________________________________________
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EXAME DE SUFICIÊNCIA – 01/2004
Edital 03/2003
SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO
Este caderno contém as questões da prova de Bacharel em Ciências Contábeis.
Use como rascunho as páginas finais no final deste caderno. As mesmas não
poderão ser destacadas durante a realização da prova.
Ao receber a Folha de Respostas:
- Confira seu número de inscrição.
- Assine, à CANETA, no espaço próprio indicado (a assinatura não deve ultrapassar o
espaço delimitado).
.01.
A B C D
.02.
A B C D
.03.
A B C D
.04.
A B C D
Observações quanto ao preenchimento da folha de respostas:
Use caneta esferográfica preta.
Aplique traços firmes, sem forçar o papel, dentro da área
reservada à letra correspondente à resposta que julgar correta,
procurando unir o ponto lateral à esquerda ao ponto lateral à
direita, conforme exemplo ao lado.
Assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua
resposta não será computada se houver marcação de duas ou
mais alternativas.
Não deixe nenhuma questão sem resposta.
A folha de respostas não deve ser dobrada, amassada ou
rasurada.
Utilize como rascunho do gabarito a última folha do caderno,
antes de transferir as informações nele contidas para a folha de
respostas.
É de inteira responsabilidade do candidato qualquer prejuízo
advindo de marcação incorreta efetuada na folha de respostas.
SERÁ PERMITIDA A SAÍDA DO CANDIDATO DA SALA DE PROVA SOMENTE
APÓS 1 (UMA) HORA DO SEU INÍCIO.
FICA LIBERADA A ENTREGA DO CADERNO DE PROVAS AO CANDIDATO
QUANDO DE SUA SAÍDA.
DURAÇÃO DESTA PROVA:
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6
QUATRO HORAS
ATENÇÃO
Sr. (a) Candidato (a),
Antes de começar a fazer a prova, confira se este caderno tem, ao
todo, 50 (cinqüenta) questões de múltipla escolha, cada uma
constituída de 04 (quatro) alternativas, assim distribuídas: 18 (dezoito)
questões de Conhecimentos Contábeis, 15 (quinze) questões de
Conhecimentos Contábeis Avançados, 11 (onze) questões de
Conhecimentos Gerais, 3 (três) questões de Conhecimentos de Língua
Portuguesa e 3 (três) questões de Conhecimentos Matemáticos.
Havendo algum problema, informe imediatamente ao fiscal de provas,
para que ele tome as providências necessárias.
Caso V. Sa. não observe essa recomendação, não lhe caberá qualquer
reclamação ou recurso posterior.
O uso de máquina calculadora PESSOAL é permitido, sendo VEDADO
o empréstimo da mesma.
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CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
1. Determinada empresa possuía, em sua carteira de clientes, três duplicatas a
receber – Cliente A: R$ 15.000,00; Cliente B: R$ 20.000,00; Cliente C: R$
25.000,00. O saldo da Conta Duplicatas a Receber é de R$ 60.000,00. No dia
02 de janeiro de 2004, todas as duplicatas foram descontadas junto a um
banco. Após o lançamento contábil do desconto das duplicatas junto ao banco,
os saldos das contas Duplicatas a Receber e Duplicatas Descontadas ficaram
assim representados, respectivamente:
a) Credor em R$ 60.000,00 e devedor em R$ 60.000,00.
b) Devedor em R$ 60.000,00 e credor em R$ 60.000,00.
c) Devedor em R$ 60.000,00 e saldo zero.
d) Saldo zero e credor em R$ 60.000,00.
2. Analise o Balanço Patrimonial abaixo.
ATIVO
Ativo Circulante R$
5.000,00
Caixa R$
1.500,00
Bancos Conta Movimento R$
2.000,00
Duplicatas a Receber R$
1.500,00
Ativo Permanente R$
5.000,00
Veículos R$
5.000,00
Ativo Total R$
10.000,00
PASSIVO
Passivo Circulante R$
6.700,00
Fornecedores R$
2.700,00
Empréstimos a Pagar R$
4.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social R$
3.300,00
Passivo Total R$
10.000,00
Os percentuais de Capital Próprio e de Terceiros são, respectivamente:
a)
33,00%
e
67,00%.
b)
49,25%
e
203,03%.
c)
106,06%
e
52,24%.
d)
197,00%
e
67,00%.
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3. Analise os saldos contábeis a seguir.
Compra de Mercadorias para Revenda R$ 280.000,00
Custo de Mercadorias Vendidas R$ 232.000,00
Devolução de Compras R$ 21.000,00
Duplicatas a Receber R$ 5.000,00
Empréstimos a Pagar R$ 13.000,00
Estoque Inicial R$ 105.000,00
Fretes sobre Compras R$ 8.200,00
Pis sobre Receita Operacional R$ 10.000,00
Venda de Mercadorias R$ 380.000,00
Com base nestes dados, o valor do Estoque Final é de:
a)
R$
123.800,00.
b)
R$
140.200,00.
c)
R$
148.400,00.
d)
R$
153.000,00.
4. Determinada empresa apresentou, em 31.12.2003, os saldos das contas abaixo
relacionadas.
Bancos Conta Movimento R$
1.150,00
Capital Social R$
3.850,00
Custo com Mercadorias Vendidas R$
650,00
Despesas com Aluguéis R$
1.600,00
Despesas com Salários R$
1.620,00
Duplicatas a Pagar R$
3.000,00
Duplicatas a Receber R$
2.500,00
Imóveis em Uso R$
2.350,00
Impostos a Pagar R$
2.450,00
Lucros Acumulados R$
1.120,00
Máquinas e Equipamentos R$
2.000,00
Mercadorias para Revenda R$
1.100,00
Receitas de Aplicações Financeiras
R$
2.450,00
Receitas de Vendas R$
2.000,00
Títulos a Receber R$
1.900,00
Após a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço
Patrimonial, a empresa encontrará um:
a) Ativo Circulante no valor de R$ 7.300,00.
b) Lucro Líquido no valor de R$ 1.230.00.
c) Patrimônio Líquido no valor de R$ 5.550,00.
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d) Passivo Circulante no valor de R$ 4.800,00.
5. Considere os saldos apresentados nas contas especificadas a seguir:
COFINS sobre Receita Operacional R$
21.600,00
Custo de Mercadorias Vendidas R$
288.000,00
Descontos Concedidos Incondicionais R$
12.000,00
Despesas Administrativas R$
35.000,00
Despesas Financeiras R$
13.000,00
ICMS sobre Vendas R$
122.400,00
PIS sobre Receita Operacional R$
11.880,00
Provisão para Contribuição Social sobre Lucros R$
18.551,00
Provisão para Imposto de Renda R$
30.918,00
Vendas Canceladas R$
10.000,00
Vendas de Mercadorias
R$
720.000,00
A Receita Operacional Líquida do Exercício e o Resultado do Exercício são,
respectivamente:
a) R$
254.120,00
e R$ 206.120,00.
b) R$
432.000,00
e R$ 237.038,00.
c) R$
532.120,00
e R$ 156.651,00.
d) R$
542.120,00
e R$ 156.651,00.
6. No s de setembro de 2003, uma empresa comprou a prazo material de
expediente, no valor de R$ 30.000,00. Os pagamentos das faturas ocorreram
em 30 de outubro, 30 de novembro e 30 dezembro de 2003. O material utilizado
em dezembro de 2003 totalizou R$ 10.000,00.
O valor a ser apropriado como Despesas será de:
a) R$ 30.000,00, em setembro de 2003.
b) R$ 10.000,00, em outubro de 2003.
c) R$ 20.000,00, em novembro de 2003.
d) R$ 10.000,00, em dezembro de 2003.
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7. Uma empresa comercial registra sua movimentação patrimonial pelo Regime de
Competência com as seguintes situações abaixo:
Despesas relativas a dez/2003 e pagas em dez/2003 - R$ 45.000,00;
Despesas relativas a jan/2004 e pagas em dez/2003 - R$ 54.000,00;
Despesas relativas a dez/2003 e pagas em jan/2004 - R$ 36.000,00;
Receitas relativas a dez/2003 e recebidas em jan/2004 - R$ 27.000,00;
Receitas relativas a jan/2004 e recebidas em dez/2003 - R$ 63.000,00;
Receitas relativas a dez/2003 e recebidas em dez/2003 - R$ 51.000,00.
Para fins de análise da diretoria e com base nas informações apresentadas, os
Resultados do Exercício dessa empresa em dezembro de 2003, pelo Regime
de Caixa e pelo Regime de Competência foram, respectivamente:
a) Prejuízo de R$ 3.000,00 e Lucro de R$ 6.000,00.
b) Lucro de R$ 6.000,00 e Prejuízo de R$ 3.000,00.
c) Prejuízo de R$ 3.000,00 e Lucro de R$ 15.000,00.
d) Lucro de R$ 15.000,00 e Prejuízo de R$ 3.000,00.
8. Analise as informações retiradas da Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados de uma empresa comercial referente ao período de 01.01.2003 a
31.12.2003.
Dividendos Distribuídos R$
300,00
Lucros ou Prejuízos Acumulados em 31.12.2002 R$
3.800,00
Parcela dos Lucros Incorporada ao Capital Social
R$
1.000,00
Resultado Operacional Líquido do Exercício (R$
700,00)
Reversão de Reserva de Exercícios Anteriores R$
400,00
Transferências para Reservas R$
200,00
Com base nestes dados, o saldo ao final do período da conta Lucros ou
Prejuízos Acumulados é de:
a)
R$
2.000,00.
b)
R$
2.200,00.
c)
R$
2.400,00.
d)
R$
2.600,00.
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11
9. Analise os saldos a seguir em 31.12.2003:
Bancos Conta Movimento R$
9.000,00
Caixa
R$
3.000,00
Capital Social
R$
30.000,00
Compras de Mercadorias
R$
42.000,00
Custo de Mercadorias Vendidas R$
30.000,00
Duplicatas a Pagar de Curto Prazo
R$
28.000,00
Duplicatas a Receber de Curto Prazo
R$
14.000,00
Duplicatas Descontadas
R$
6.000,00
Mercadorias – Saldo Inicial
R$
4.000,00
Vendas
R$
50.000,00
Os valores do Capital Circulante Líquido e do Patrimônio Líquido foram,
respectivamente:
a) R$
8.000,00
e
R$
50.000,00.
b) R$
14.000,00
e
R$
30.000,00.
c) R$
14.000,00
e
R$
50.000,00.
d) R$
42.000,00
e
R$
30.000,00.
10. Determinada empresa apresenta as contas de seu Balanço Patrimonial.
Caixa R$
30.000,00
Capital Social R$
100.000,00
Contas a Pagar de Curto Prazo R$
160.000,00
Duplicatas a Receber R$
90.000,00
Estoques R$
120.000,00
Financiamentos a Pagar de Longo Prazo R$
60.000,00
Fornecedores R$
180.000,00
Lucros ou Prejuízos Acumulados R$
30.000,00
Máquinas e Equipamentos R$
150.000,00
Participações em Outras Empresas R$
140.000,00
O valor do Ativo Permanente e o do Passivo Circulante são, respectivamente:
a) R$ 240.000,00 e R$ 340.000,00.
b) R$ 290.000,00 e R$ 340.000,00.
c) R$ 290.000,00 e R$ 400.000,00.
d) R$ 430.000,00 e R$ 150.000,00.
11. Na produção de dois tipos de tratores, incorreram os seguintes custos:
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Trator A Trator B
Matéria-Prima R$ 250.000,00 R$ 150.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 125.000,00 R$ 100.000,00
Os Custos Indiretos de Fabricação totalizaram R$ 125.000,00 e foram alocados
nos Centros de Custos Ca e Cb, no montante de R$ 80.000,00 e R$ 45.000,00,
respectivamente. Os custos de R$ 80.000,00 pertencentes ao Ca foram
rateados proporcionalmente à mão-de-obra direta aplicada para cada produto,
enquanto os de R$ 45.000,00 pertencentes ao Cb foram rateados
proporcionalmente à matéria-prima consumida para cada produto. Todos os
produtos foram concluídos. Os Custos dos Produtos Acabados Trator A e
Trator B foram, respectivamente:
a) Trator A = R$ 375.000,00 e Trator B = R$ 250.000,00.
b) Trator A = R$ 427.427,00 e Trator B = R$ 322.573,00.
c) Trator A = R$ 447.573,00 e Trator B = R$ 302.427,00.
d) Trator A = R$ 455.000,00 e Trator B = R$ 295.000,00.
12. Numa ordem de produção, utilizaram-se R$ 280.000,00 de o-de-obra direta
e R$ 420.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram
aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da
ordem de produção foi de:
a) R$
252.000,00.
b) R$
588.000,00.
c) R$
812.000,00.
d) R$
1.288.000,00.
13. Uma empresa apresentou, em sua contabilidade em 31.01.2004, os seguintes
dados:
Aluguel de Fábrica R$
40.000,00
Compra de Matéria-Prima R$
120.000,00
Consumo de Matéria-Prima R$
100.000,00
Custos Diversos R$
60.000,00
Despesas Administrativas R$
120.000,00
Despesas de Vendas R$
80.000,00
Mão-de-Obra da Fábrica R$
80.000,00
No mês de fevereiro de 2004, foram fabricadas 800 unidades do produto e
vendidas 540 unidades por R$ 650,00 cada uma. O saldo de Estoques de
Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos foram, respectivamente:
a) R$
91.000,00
e
R$
189.000,00.
b) R$
189.000,00
e
R$
260.000,00.
c) R$
192.000,00
e
R$
162.000,00.
d) R$
280.000,00
e
R$
351.000,00.
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14. Em determinado período, foram produzidas 5.400 unidades, das quais 400
unidades defeituosas, que foram vendidas pelo valor líquido de R$ 64.000,00,
incluídas as despesas diretas com vendas. Sabendo-se que os custos de
fabricação do período importaram em R$ 616.000,00, o custo de cada unidade
perfeita foi de:
a) R$
102,22.
b) R$
110,40.
c) R$
114,07.
d) R$
123,20.
15. De acordo com a legislação vigente, os recursos disponíveis para fins de
abertura de créditos suplementares e especiais incluem:
I. Produto de operações de crédito por antecipação de receita autorizada, em
forma que, juridicamente, possibilite ao Poder Executivo realizá-los.
II. Superávit financeiro apurado em Balanço Financeiro do exercício anterior.
III. Recursos provenientes do excesso de arrecadação.
IV. Resultados de anulação parcial ou total de Dotações Orçamentárias ou de
Créditos Adicionais autorizados em lei.
V. Operações de crédito.
A alternativa CORRETA é:
a)
I ,
II
e
IV.
b)
II
,
III
e
IV.
c)
III
,
IV
e
V.
d)
I ,
II
e
III.
16. Identifique a informação CORRETA sobre a Despesa de Custeio.
a) Despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou
serviços.
b) Despesas para planejamento e execução de obras.
c) Investimentos e Inversões Financeiras.
d) Despesas na manutenção e na operacionalização de serviços criados
anteriormente.
17. Determinado município assinou, com uma empresa de consultoria, contrato de
prestação de serviços. O fato deve ser registrado contabilmente em contas do
sistema:
a) Controlador.
b) Patrimonial.
c) Financeiro.
d) De compensação.
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14
18. Considere os itens seguintes.
I. Todas as receitas e as despesas constarão na Lei Orçamentária pelos seus
totais, vedadas quaisquer deduções.
II. A Lei Orçamentária deverá conter apenas matérias financeiras, excluindo-se
dela qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da
despesa para o próximo exercício.
III. A Lei Orçamentária não consignará dotações globais destinadas a atender
indiferentemente despesas de pessoal, material, serviços de terceiros,
transferências ou quaisquer outras.
IV. Os Princípios Orçamentários são preceitos que deverão ser observados na
elaboração da proposta orçamentária.
No tocante aos princípios orçamentários:
a) Todos os itens são corretos.
b) Apenas os itens I, II e III são corretos.
c) Apenas os itens II e IV são corretos.
d) Todos os itens são incorretos.
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15
CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
19. Determinada empresa apresenta a projeção do Balanço Patrimonial e da
Demonstração do Resultado do Exercício para 2004 e 2005.
BALANÇO PATRIMONIAL PROJETADO
2004 2005
ATIVO
R$
25.096,00
R$
28.496,00
ATIVO CIRCULANTE
R$
20.920,00
R$
24.688,00
Caixa R$
1.280,00
R$
2.912,00
Bancos Conta Movimento R$
10.120,00
R$
6.688,00
Clientes R$
7.600,00
R$
11.600,00
(–) Duplicatas Descontadas R$
(3.440,00)
R$
(4.192,00)
Estoque R$
5.360,00
R$
7.680,00
ATIVO PERMANENTE
R$
4.176,00
R$
3.808,00
IMOBILIZADO
R$
4.176,00
R$
3.808,00
Móveis e Utensílios R$
5.760,00
R$
5.760,00
(–) Depreciações Acumuladas R$
(1.584,00)
R$
(1.952,00)
PASSIVO
R$
25.096,00
R$
28.496,00
PASSIVO CIRCULANTE
R$
8.864,00
R$
11.492,00
Fornecedores R$
8.864,00
R$
11.492,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
R$
16.232,00
R$
17.004,00
Capital Social R$
13.696,00
R$
13.696,00
Reservas de Reavaliação R$
992,00
R$
992,00
Lucros ou Prejuízos Acumulados R$
1.544,00
R$
2.316,00
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PROJETADO
2004 2005
Receita Operacional Bruta com Vendas R$
4.224,00
R$
5.040,00
(–) Devolução de Vendas R$
(80,00)
R$
(180,00)
(–) ICMS sobre Vendas R$
(500,00)
R$
(596,00)
Receita Operacional Líquida com Vendas R$
3.644,00
R$
4.264,00
(–) Custo de Mercadorias Vendidas R$
(1.120,00)
R$
(1.880,00)
= Resultado Operacional Bruto R$
2.524,00
R$
2.384,00
(–) Despesas Com Vendas R$
(216,00)
R$
(268,00)
(–) Despesas Administrativas R$
(1.336,00)
R$
(1.656,00)
(+) Resultado Financeiro R$
40,00
R$
52,00
(=) Resultado Operacional Líquido R$
1.012,00
R$
512,00
(+) Receitas não Operacionais R$
240,00
R$
260,00
(=) Resultado Operacional do Exercício R$
1.252,00
R$
772,00
Identifique a afirmação CORRETA acerca do Endividamento, para decisão da
empresa.
a) O endividamento esperado em 2004 e 2005 é, respectivamente, R$ 0,45 e R$ 0,32. A
empresa tem menos recursos próprios do que recursos de terceiros, por isso, ela não
demonstra garantia das dívidas contratadas com seus credores.
b) O endividamento esperado em 2004 e 2005 é, respectivamente, R$ 1,83 e R$ 1,48.
Para a empresa, faltam R$ 0,83 e R$ 0,48, respectivamente, de recursos próprios, para
garantir as dívidas contratadas com seus credores.
c) O endividamento esperado em 2004 e 2005 é, respectivamente, R$ 0,55 e R$ 0,68. A
empresa tem mais recursos próprios do que recursos de terceiros, por isso, ela
demonstra garantia das dívidas contratadas com seus credores.
d) O endividamento esperado em 2004 e 2005 é, respectivamente, R$ 1,83 e R$ 1,48.
Para a empresa, sobram R$ 0,83 e R$ 0,48, respectivamente, de recursos próprios,
para consolidar a garantia das dívidas contratadas com seus credores.
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20. A direção de uma empresa apresentou as informações gerenciais para o
semestre de 2004.
Orçamento 2º Semestre de 2004
Receitas de Vendas R$ 18.000.000,00
100,00%
Custos Variáveis R$ 8.153.600,00
45,30%
Margem de Contribuição R$ 9.846.400,00
54,70%
Custos e Despesas Fixas R$ 7.989.600,00
44,39%
Lucro Líquido do Exercício R$ 1.856.800,00
10,31%
Sobre o Grau de Alavancagem Operacional e o Percentual da Margem de
Segurança da previsão feita pela empresa, para a tomada de decisão sobre o
2º semestre de 2004, é CORRETO afirmar que:
a) A empresa apresentará, no semestre de 2004, um Percentual de Margem de
Segurança da ordem de 80,70%, devido ao Grau de Alavancagem Operacional
encontrado, da ordem de 5,30.
b) A empresa apresentará, no semestre de 2004, um Percentual de Margem de
Segurança da ordem de 18,86%, devido ao Ponto de Equilíbrio encontrado, da
ordem de R$ 14.605.622,36.
c) A empresa apresentará, no semestre de 2004, um Grau de Alavancagem
Operacional da ordem de 5,30, devido à proporcionalidade da Receita com
Vendas, em relação à Margem de Contribuição.
d) A empresa apresentará, no semestre de 2004, uma Margem de Segurança
da ordem de R$ 3.394.377,64, devido à aplicação do Grau de Alavancagem ao
Lucro Líquido do Exercício esperado.
21. Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete de
Verificação:
31.12.2002 31.12.2003
Ativo Circulante R$
17.500,00
R$
39.625,00
Passivo Circulante
R$
9.500,00
R$
20.500,00
Em relação ao crescimento do Índice de Liquidez Corrente da empresa em
2003, é CORRETO afirmar que:
a) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na Liquidez
Corrente de aproximadamente R$ 0,09.
b) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na Liquidez
Corrente de aproximadamente R$ 0,93 para cada R$ 1,00 de Passivo
Circulante.
c) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento negativo na Liquidez
Corrente de aproximadamente R$ 0,09.
d) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento negativo na Liquidez
Corrente de aproximadamente R$ 0,91 para cada R$ 1,00 de Passivo
Circulante.
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22. Em 31.12.2003, determinada companhia publicou a demonstração contábil que
se segue.
Balanço Patrimonial
ATIVO 2002 2003
Ativo Circulante R$
71.750,00
R$
77.250,00
Realizável a Longo Prazo R$
15.000,00
R$
22.500,00
Ativo Permanente R$
23.750,00
R$
34.000,00
Total do Ativo R$
110.500,00
R$
133.750,00
PASSIVO 2002 2003
Passivo Circulante R$
45.750,00
R$
54.250,00
Exigível a Longo Prazo R$
27.250,00
R$
37.500,00
Patrimônio Líquido R$
37.500,00
R$
42.000,00
Total do Passivo R$
110.500,00
R$
133.750,00
A afirmativa CORRETA é:
a) O índice de Liquidez Geral foi reduzido em R$ 0,09 de 2002 para 2003, porém
este fator compromete a liquidez da companhia em curto prazo, uma vez que o
índice de Liquidez Corrente, ao final de 2003, é de R$ 1,42.
b) O índice de Liquidez Corrente foi reduzido em R$ 0,15 de 2002 para 2003,
porém esta redução não interfere no fluxo de caixa da companhia, uma vez que
este índice considera operações de longo prazo.
c) O índice de Liquidez Corrente de 2002 para 2003 decresceu de R$ 1,57 para
R$ 1,42, porém este fator não compromete a liquidez da companhia em curto
prazo, uma vez que a capacidade de endividamento dela está acumulada em
longo prazo.
d) O índice de Liquidez Geral foi reduzido em R$ 0,10 de 2002 para 2003, porém
este fator não compromete a liquidez da companhia em curto prazo, uma vez
que o índice de Liquidez Corrente, ao final de 2003, é de R$ 1,42.
23. O auditor interno de determinada empresa, na conferência física do dinheiro em
custódia na tesouraria, verificou que havia ali R$ 6.000,00, enquanto que o
saldo contábil da conta Caixa era de R$ 8.000,00. Verificou-se a divergência
com a seguinte constatação:
a) Houve omissão de compras no valor de R$ 1.000,00.
b) Houve omissão de escrituração de vendas no valor de R$ 2.000,00.
c) Um adiantamento salarial de R$ 2.000,00 escriturado duas vezes.
d) Uma nota de compra de R$ 1.000,00 escriturada como sendo de venda.
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24. Para preparar seus procedimentos de revisão analítica, uma empresa de
auditoria verificou as seguintes informações, ao iniciar, em 2004, seus trabalhos
numa companhia.
Clientes
31/01/2003 R$
900.000,00
28/02/2003 R$
550.000,00
31/03/2003 R$
850.000,00
30/04/2003 R$
990.000,00
31/05/2003 R$
685.000,00
30/06/2003 R$
895.000,00
31/07/2003 R$
920.000,00
31/08/2003 R$
890.000,00
30/09/2003 R$
795.000,00
31/10/2003 R$
865.000,00
30/11/2003 R$
760.000,00
31/12/2003 R$
980.000,00
Vendas a Prazo Anual em 2003
R$ 7.560.000,00
Em relação a rotação de Contas a Receber, a afirmativa CORRETA é:
a) A rotação das Contas a Receber em 2003 gira em torno de 40,55 dias, o que
pode significar que a companhia tem atraso no recebimento de duplicatas.
Neste caso um dos procedimentos de auditoria a ser adotado é verificar, em
base de teste, as vendas a vista, cruzando saldo confirmado pelo banco com os
depósitos bancários durante o exercício social de 2004 da companhia.
b) A rotação das Contas a Receber em 2003 gira em torno de 40,55 dias, o que
pode significar que a companhia tem atraso no recebimento de duplicatas.
Nesse caso, um dos procedimentos de auditoria a ser adotado é verificar, em
base de teste, as duplicatas que serão baixadas durante o exercício social de
2004 da companhia.
c) A rotação das Contas a Receber em 2003 gira em torno de 22,81 dias, o que
pode significar que a companhia tem atraso no recebimento de duplicatas.
Neste caso um dos procedimentos de auditoria a ser adotado é verificar, em
base de teste, as duplicatas baixadas durante o exercício social de 2004 da
companhia.
d) A rotação das Contas a Receber em 2003 gira em torno de 22,81 dias, o que
pode significar que a companhia tem atraso no recebimento de duplicatas.
Neste caso um dos procedimentos de auditoria a ser adotado é verificar, em
base de teste, as duplicatas descontadas, cruzando saldo confirmado pelo
banco com as duplicatas baixadas durante o exercício de 2004 da companhia.
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25. Identifique a afirmação CORRETA acerca dos testes realizados pelos auditores
nas conciliações bancárias.
a) Em 30/12/2003, o banco debitou R$ 75.000,00 na conta da empresa, referente
ao depósito de um cheque sem fundo de cliente. A empresa registrou a
devolução do cheque depositado em 05/01/2004. Considerando essa transação
como o único item pendente, a reconciliação bancária para 31/12/2003 seria
apresentada da seguinte forma:
Extrato Razão Analítico
Saldos em 31/12/2003 R$ 4.752.820,00 R$
4.827.820,00
Cheque cliente - devolvido
sem fundo
R$ 75.000,00
Saldos ajustados R$ 4.827.820,00 R$
4.827.820,00
b) Em 30/12/2003, o banco debitou R$ 75.000,00 na conta da empresa, referente
ao depósito de um cheque sem fundo de cliente. A empresa registrou a
devolução do cheque depositado em 05/01/2004. Considerando essa transação
como o único item pendente, a reconciliação bancária para 31/12/2003 seria
apresentada da seguinte forma:
Extrato Razão Analítico
Saldos em 31/12/2003 R$ 4.752.820,00 R$
4.827.820,00
Cheque cliente - devolvido
sem fundo
(R$
75.000,00)
Saldos ajustados R$ 4.752.820,00 R$
4.752.820,00
c) Em 30/12/2003, o banco recebeu R$ 620.000,00 referentes às duplicatas de
clientes e creditou esse valor na conta da empresa, que registrou a transação
em 05/01/2004. Considerando essa transação como o único item pendente, a
reconciliação bancária para 31/12/2003 seria apresentada da seguinte forma:
Extrato Razão Analítico
Saldos em 31/12/2003 R$ 6.570.680,00 R$
5.950.680,00
Recebimento de Duplicatas
não contabilizadas
(R$ 620.000,00) R$
620.000,00
Saldos ajustados R$ 5.950.680,00 R$
6.570.680,00
d) Em 30/12/2003, o banco recebeu R$ 620.000,00 referentes às duplicatas de
clientes e creditou esse valor na conta da empresa, que registrou a transação
em 05/01/2004. Considerando essa transação como o único item pendente, a
reconciliação bancária para 31/12/2003 seria apresentada da seguinte forma:
Extrato Razão Analítico
Saldos em 31/12/2003 R$ 6.570.680,00 R$
5.950.680,00
Recebimento de Duplicatas
não contabilizadas
(R$
620.000,00)
Saldos ajustados R$ 6.570.680,00 R$
5.330.680,00
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26. Balanço Patrimonial de determinada empresa encerrado, em 31.12.2003,
apresentava contas com valores correntes ou circulantes, com os seguintes
saldos:
Bancos Conta Movimento R$
900,00
Caixa R$
300,00
Capital Social R$
1.000,00
Duplicatas a Pagar R$
900,00
Duplicatas a Receber R$
800,00
Duplicatas Descontadas R$
500,00
Estoque de Material de Consumo R$
340,00
Estoque de Mercadorias R$
800,00
Impostos a Pagar R$
150,00
Lucros Acumulados R$
870,00
Valores Mobiliários R$
280,00
A auditoria interna da empresa constatou alguns fatos não abordados pela
contabilidade:
O extrato bancário indicava a emissão de um cheque de R$ 1.200,00, não
sacado pelo portador, porém já contabilizado.
Os valores mobiliários totalizavam mil ações, avaliadas R$ 0,30 cada uma,
no dia do balanço.
R$ 240,00 de receitas antecipadas não haviam sido contabilizadas.
R$ 350,00 de despesas antecipadas não haviam sido contabilizadas.
A auditoria interna solicitou que a contabilidade efetuasse as atualizações
contábeis necessárias. Assim, o Balanço Patrimonial apresentará Ativo
Circulante no valor de:
a) R$
2.810,00.
b) R$
2.920,00.
c) R$
3.160,00.
d) R$
3.660,00.
27. Por ocasião das diligências a serem executadas no trabalho pericial, o Perito-
Contador e o Perito-Contador Assistente, devem:
a) Comunicar aos advogados das partes qualquer dificuldade na execução dos
trabalhos.
b) Estabelecer seus honorários, mediante avaliação dos serviços, incluindo todas
as diligências a serem realizadas.
c) Examinar os livros contábeis e fiscais, bem como as fichas financeiras dos
empregados, e interpretar a legislação vigente.
d) Relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-
os, por escrito, em termo de diligência.
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28. O Perito-Contador e o Perito-Contador Assistente, de acordo com as Normas
Brasileiras de Contabilidade, podem romper o sigilo profissional:
a) Somente em defesa da própria conduta técnica profissional, quando autorizado
por quem de direito.
b) Sempre que, por qualquer razão, forem substituídos pelo juiz.
c) Quando ocorrer o desligamento deles, antes de o trabalho ser concluído.
d) Depois de concluídos os trabalhos e entregue o Laudo Pericial.
29. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 13 Da Perícia
Contábil, o planejamento deve considerar os seguintes fatores relevantes na
execução dos trabalhos, EXCETO:
a) A forma de reajuste e parcelamento de honorários, se houver.
b) Os serviços especializados, necessários para a execução do trabalho.
c) O conhecimento detalhado dos fatos concernentes à demanda.
d) O tempo necessário para a elaboração do trabalho.
30. Visando fundamentar as conclusões que serão levadas ao Laudo Pericial, além
de exame e vistoria, os procedimentos de perícia contábil são em ordem de
procedência:
a) Execução, indagação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
b) Indagação, investigação, arbitramento, execução, avaliação e certificação.
c) Indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
d) Indagação, investigação, execução, mensuração, avaliação e certificação.
31. Analise os fatos contábeis que se seguem:
I. Os fatos contábeis mistos diminutivos são aqueles que, ao permutarem os
elementos patrimoniais provocam redução no Patrimônio Líquido.
II. Os fatos contábeis permutativos provocam alteração no Patrimônio Líquido.
III. Os fatos contábeis mistos combinam, um fato contábil permutativo e um fato
contábil modificativo, relacionados na mesma operação.
IV. Os fatos contábeis mistos aumentativos são aqueles que, ao permutarem os
elementos patrimoniais, aumentam o Patrimônio Líquido.
V. Os fatos contábeis modificativos não provocam alteração no Patrimônio
Líquido.
No tocante aos fatos contábeis:
a) Os itens I, III e V são incorretos.
b) Os itens I, III e IV são corretos.
c) Os itens II, III e V são corretos.
d) Os itens II, III e IV são incorretos.
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32. As Normas Brasileiras de Contabilidade definem como oficial, para a realização
das Demonstrações Contábeis, o Regime de Competência. O efeito que
representa uma despesa incorrida, mas não paga no decurso do exercício
financeiro, se adotado o Regime de Caixa, é:
a) Ativo maior que o Real e Lucro maior que o Real.
b) Ativo maior que o Real e Lucro menor que o Real.
c) Passivo maior que o Real e Lucro maior que o Real.
d) Passivo menor que o Real e Lucro maior que o Real.
33. Para avaliarmos a qualidade e a utilidade de uma informação contábil, além de
compará-la ao custo, devemos analisar algumas características da informação.
As características da informação são:
a) Complexibilidade, Relevância, Confiabilidade e Comparabilidade.
b) Compreensibilidade, Complexibilidade, Confiabilidade e Comparabilidade.
c) Compreensibilidade, Relevância, Confiabilidade e Comparabilidade.
d) Relevância, Descontinuidade, Confiabilidade e Comparabilidade.
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CONHECIMENTOS GERAIS
34. É tributo municipal o imposto sobre:
a) Operações de crédito, câmbio e seguro, ou as relativas a títulos ou valores
mobiliários.
b) Propriedade territorial rural e transações de títulos mobiliários.
c) Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos.
d) Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis.
35. A lei que determina o cancelamento de certos créditos tributários até
determinado valor, inscritos em Dívida Ativa, trata de:
a) Moratória.
b) Remissão.
c) Isenção.
d) Prescrição.
36. A sociedade entre cônjuges O é permitida se estiverem casados sob o
regime da:
a) Comunhão parcial de bens, ou da comunhão universal de bens.
b) Comunhão parcial de bens, ou da separação obrigatória.
c) Comunhão universal de bens, ou da separação obrigatória.
d) Separação de bens, ou da comunhão parcial de bens.
37. A sociedade limitada pode ser administrada por uma ou mais pessoas,
designadas em contrato ou em ato separado, podendo ser elas sócios ou não.
A permissão de administradores não sócios depende da aprovação:
a) De no mínimo 2/3 dos sócios, independentemente da integralização do capital
social.
b) De no mínimo 2/3 dos cios, quando o capital não tiver sido integralizado, e
por unanimidade, após a integralização.
c) Unânime dos sócios, independentemente da integralização do capital social.
d) Unânime dos cios, quando o capital não tiver sido integralizado, e de 2/3
deles no mínimo, após a integralização.
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38. O Código de Ética Profissional do Contabilista tem como objetivo:
a) Assinalar equívocos ou divergências no que concerne à aplicação dos
Princípios Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade.
b) Fixar a forma pela qual se devem conduzir os Contabilistas, quando no
exercício profissional.
c) Informar os fatos que devam chegar ao conhecimento dos Contabilistas, a fim
de habilitá-los para o bom desempenho das suas funções.
d) Representar irregularidades comprovadamente ocorridas na administração de
entidade da classe.
39. O Código de Ética Profissional do Contabilista fixa normas éticas a serem
observadas pelo profissional da contabilidade no exercício de suas atividades.
Por isso, o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro,
deverá:
a) Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal
sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa
em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos
quesitos propostos.
b) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra
exclusivamente de sua prática lícita.
c) Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não
tenha participado, mesmo que tenha acompanhado seu desenvolvimento na
fase de elaboração, embora os artigos tenham sido publicados em nome de
outros.
d) Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação deste nos honorários
a receber.
40. A transgressão ao Código de Ética Profissional do Contabilista implica infração
ética, sancionada, segundo a gravidade, mediante aplicação de uma das
penalidades a seguir.
a) Advertência reservada; cancelamento do registro profissional; suspensão do
exercício da profissão, pelo prazo de seis meses.
b) Advertência reservada; censura reservada; censura pública.
c) Censura Pública; multa pecuniária; suspensão do exercício profissional.
d) Censura reservada; advertência reservada; suspensão do exercício da
profissão, pelo prazo de noventa dias.
41. O cio de uma empresa autorizou o departamento financeiro a efetuar
pagamento do aluguel de sua residência do s de dezembro de 2003, sendo
a operação registrada como despesa da empresa. Esse fato representa a
inobservância do Princípio Fundamental de Contabilidade:
a) Da Continuidade.
b) Da Entidade.
c) Da Prudência.
d) Do Registro pelo Valor Original.
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42. De acordo com o Princípio da Competência, as despesas são consideradas
incorridas:
a) Sempre que ocorrer diminuição ou extinção do valor econômico de um passivo,
em correlação com o Patrimônio Líquido.
b) Quando houver geração natural de novos ativos independentes da intervenção
de terceiros.
c) Quando houver extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo, sem o desaparecimento de um ativo de valor igual ou maior.
d) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua
propriedade para terceiro.
43. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 enumerou os
chamados “direitos sociais”. Entre eles, podemos citar o direito:
a) À educação, à correspondência e à propriedade.
b) À infância, à intimidade e à igualdade.
c) À saúde, ao lazer e ao trabalho.
d) Ao FGTS e ao acesso à informação.
44. A aprovação das contas anuais prestadas pelo Presidente da República
compete:
a) Ao Tribunal de Contas da União.
b) Ao Senado Federal.
c) Ao Congresso Nacional.
d) À Câmara dos Deputados.
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CONHECIMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
A Contabilidade como conhecimento
A Contabilidade possui objeto próprio o Patrimônio das Entidades e
consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de
generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às
demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a
Contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica. Por
conseqüência, todas as demais classificações método, conjunto de
procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes referem-
se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à
sua aplicação prática, na solução de questões concretas. (...)
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência, tanto nas
ciências formais quanto nas factuais, das quais fazem parte as ciências sociais. Na
Contabilidade, o objeto é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a
uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades
informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. O
essencial é que o patrimônio disponha de autonomia em relação aos demais
patrimônios existentes, o que significa que a Entidade dele pode dispor livremente,
claro que nos limites estabelecidos pela ordem jurídica e, sob certo aspecto, da
racionalidade econômica e administrativa.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais por exemplo, da
Economia, da Administração e do Direito que, entretanto, o estudam sob ângulos
diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos e
qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente, apreender, no sentido mais
amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em mira,
muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto
podem decorrer da ação do homem, quanto, embora quase sempre
secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o Patrimônio.
(Antônio Lopes de Sá. Princípios Fundamentais de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1985, p. 224 – 225.)
45. De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que:
a) Em termos de funcionamento sintático, “objeto próprio” está para “o Patrimônio
das Entidades”, assim como “todas as demais classificações” está para
“método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte”.
b) A Contabilidade é uma ciência factual. Ora, as ciências sociais o ciências
factuais. Logo, a Contabilidade é uma ciência social.
c) Considerar o Patrimônio (ou conjunto de bens de uma Entidade) como objeto
da Contabilidade implica identificar nele a finalidade lucrativa.
d) O objetivo da Contabilidade é apreender e compreender as mutações que o
Patrimônio sofre em decorrência das ações humanas e eventualmente dos
efeitos da natureza sobre ele.
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46. No texto, é semântica e gramaticalmente CORRETA a substituição feita pelo
vocábulo sublinhado em:
a) “consiste em conhecimentos obtidos mediante
metodologia racional”.
b) “busca pelas
causas”.
c) “a
nível qualitativo”.
d) “alicerça-se sob
a premissa”.
47. Assinale a associação semântica CORRETA de acordo com o texto.
a) “premissa” / prerrogativa
b) “epistemológica” / epistêmica
c) “concernentes” / concertantes
d) “prospectiva” / aproximada
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CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. Em contrato de financiamento de R$ 22.000,00, a serem pagos em 12 parcelas
iguais, fixou-se em 12% ao ano a taxa efetiva de juros, capitalizados
mensalmente. Considerando a inflação zero, o valor das parcelas é de:
a) R$ 1.771,24.
b) R$ 1.859,80.
c) R$ 1.948,37.
d) R$ 1.992,65.
49. O valor a ser resgatado ao final do período de 24 meses de uma aplicação
financeira de R$ 12.000,00 com a taxa nominal de juros contratados de 1% ao
mês, se considerarmos a capitalização mensal dos juros, é de:
a) R$ 14.880,00.
b) R$ 15.052,80.
c) R$ 15.236,82.
d) R$ 15.680,00.
50. Determinada empresa tomou emprestada, em 01.05.2003, a importância de R$
500.000,00, sendo pactuado o pagamento em 31.12.2003, corrigido pela
variação dos índices do IGP-M Índice Geral de Preços Mercado da FGV
Fundação Getúlio Vargas, acrescido de juros simples de 1% ao mês, conforme
o quadro abaixo.
Variação do IGP-M (FGV)
Maio / 2003 -0,26%
Junho / 2003 -1,00%
Julho / 2003 -0,42%
Agosto / 2003 0,38%
Setembro / 2003 1,18%
Outubro / 2003 0,38%
Novembro / 2003 0,49%
Dezembro / 2003 0,61%
O valor total da dívida, em 31.12.2003, é de:
a) R$ 547.297,54.
b) R$ 556.604,63.
c) R$ 558.243,49.
d) R$ 567.736,72.
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RASCUNHO
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A B C D
.01.
.02. A B C D
.03. A B C D
.04. A B C D
.05. A B C D
.06. A B C D
.07. A B C D
.08. A B C D
.09. A B C D
.10. A B C D
.11. A B C D
.12. A B C D
.13. A B C D
.14. A B C D
.15. A B C D
.16. A B C D
.17. A B C D
.18. A B C D
.19. A B C D
.20. A B C D
.21. A B C D
.22. A B C D
.23. A B C D
.24. A B C D
25. A B C D
A B C D
.26.
.27. A B C D
.28. A B C D
.29. A B C D
.30. A B C D
.31. A B C D
.32. A B C D
.33. A B C D
.34. A B C D
.35. A B C D
.36. A B C D
.37. A B C D
.38. A B C D
.39. A B C D
.40. A B C D
.41. A B C D
.42. A B C D
.43. A B C D
.44. A B C D
.45. A B C D
.46. A B C D
.47. A B C D
.48. A B C D
.49. A B C D
.50. A B C
RASCUNHO DO GABARITO
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ANEXO 7: EXAME DE SUFICIÊNCIA 2004/II
BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Nome: ___________________________________________________________
Nº de Inscrição: ___________________________________________________
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EXAME DE SUFICIÊNCIA – 02/2004
Edital 03/2003
SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO
Este caderno contém as questões da prova de Bacharel em Ciências Contábeis.
Use como rascunho as páginas finais no final deste caderno. As mesmas não poderão ser
destacadas durante a realização da prova.
Ao receber a Folha de Respostas:
- Confira o seu número de inscrição.
- Assine, à CANETA, no espaço próprio indicado (a assinatura não deve ultrapassar o
espaço delimitado).
.01.
A B C D
.02.
A B C D
.03.
A B C D
.04.
A B C D
Observações quanto ao preenchimento da folha de respostas:
1. Use caneta esferográfica de tinta preta.
2. Aplique traços firmes, sem forçar o papel, dentro da área
reservada à letra correspondente à resposta que julgar
correta, procurando unir o ponto lateral à esquerda ao ponto
lateral à direita, conforme exemplo ao lado.
3. Assinale somente uma alternativa em cada questão. Sua
resposta não será computada se houver marcação de duas
ou mais alternativas.
4. Não deixe nenhuma questão sem resposta.
5. A folha de respostas não deve ser dobrada, amassada ou
rasurada.
6. Utilize como rascunho do gabarito a última folha do caderno,
antes de transferir as informações nele contidas para a folha
de respostas.
7.
É de inteira responsabilidade do candidato qualquer prejuízo
advindo de marcação incorreta efetuada na folha de
respostas.
SERÁ PERMITIDA A SAÍDA DO CANDIDATO DA SALA DE PROVA SOMENTE
APÓS 1 (UMA) HORA DO SEU INÍCIO.
FICA LIBERADA A ENTREGA DO CADERNO DE PROVAS AO CANDIDATO
QUANDO DE SUA SAÍDA.
DURAÇÃO DESTA PROVA:
QUATRO HORAS
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ATENÇÃO
Sr. (a) Candidato (a),
Antes de começar a fazer a prova, confira se este caderno tem, ao
todo, 50 (cinqüenta) questões de múltipla escolha, cada uma
constituída de 04 (quatro) alternativas, assim distribuídas: 05 (cinco)
questões de Conhecimentos Sociais, Econômicos e Políticos do País e
de Língua Portuguesa, 08 (oito) questões de Conhecimentos Gerais,
18 (dezoito) questões de Conhecimentos Contábeis, 16 (dezesseis)
questões de Conhecimentos Contábeis Avançados e (três) questões de
Conhecimentos Matemáticos.
Havendo algum problema, informe, imediatamente, ao fiscal de provas,
para que ele tome as providências necessárias.
Caso Vossa Senhoria não observe as recomendações acima, não lhe
caberá qualquer reclamação ou recurso posterior.
O uso de máquina calculadora própria é permitido, sendo vedado o seu
empréstimo.
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CONHECIMENTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO PAÍS
E DE LÍNGUA PORTUGUESA
O perdulário municipalismo brasileiro
À parte a corrupção, o municipalismo brasileiro é um caso único no
mundo. Ele combina a tradição de descentralização administrativa que caracteriza
os países europeus com a dependência de recursos federais típica da federação
brasileira. Com isso, os prefeitos escapam da fiscalização direta de suas contas e
sentem-se à vontade para aumentar gastos na certeza de que o salvamento virá
dos cofres federais. A Constituição de 1988 deu às Assembléias Legislativas
estaduais o poder de criar municípios, antes uma prerrogativa da União. Desde
então, a multiplicação do número de cidades no Brasil tornou-se uma farra. “Mais
de 1000 municípios foram criados nos últimos doze anos. A maioria deles sem
nenhuma justificativa econômica”, diz o ex-ministro da Fazenda Maílson da
Nóbrega, da consultoria Tendências. O peso do sistema municipal nas contas
nacionais cresceu em ritmo menor do que o do déficit previdenciário. Mas, ao
contrário dele, o custo de manter as atuais prefeituras e criar novas cidades no
Brasil tende a crescer. “Sua dinâmica é de um câncer”, diz Maílson. O Brasil tem o
sistema municipalista mais adubado com verbas federais do mundo e mesmo
assim os prefeitos são os maiores pidões da República. As prefeituras brasileiras
rateiam entre si 15% de toda a arrecadação nacional. A média mundial é de 6%.
No México, por exemplo, a União fica com 97% da arrecadação. Estados e
municípios dividem os restantes 3%. “Agora os prefeitos brasileiros reivindicam
também participação nos tributos aos quais eles não têm direito por lei e que
chegam a 40% da arrecadação da União”, diz Maílson. Ele alerta: “Se essa
bandeira deles vingar, o desequilíbrio fiscal vai se acentuar de maneira ainda mais
dramática no Brasil”.
Alexandre Oltramari, Leandra Peres e Malu Gaspar. Veja. Nº 1851, 28 de abril de 2004, p. 40.
1. De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que:
a) São proporcionais as relações entre tradição de descentralização administrativa
/ países europeus e dependência de recursos federais / Estados do Brasil.
b) A fiscalização imperfeita das prefeituras propicia crescimento de gastos
municipais.
c) O peso do sistema municipal define-se na razão inversa ao déficit
previdenciário.
d) O rateio da arrecadação nacional entre as prefeituras brasileiras é nove pontos
percentuais maior que a média mundial e o quíntuplo do percentual de recursos
destinados às prefeituras mexicanas.
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2. De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que:
a) Desde 2003, o ex-ministro Maílson da Nóbrega verificou a criação média de
mais de oitenta municípios.
b) Os prefeitos brasileiros reivindicam mais 60% do restante arrecadado pela
União, com base no direito legal de participação nos tributos federais.
c) O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega alerta para a bandeira de
vingança das prefeituras brasileiras.
d) Nenhum desequilíbrio crescerá mais que o fiscal, o que provocará uma
dramática conseqüência nas finanças dos prefeitos no Brasil.
3. No texto, é semântica e gramaticalmente CORRETO afirmar que:
a) O vocábulo “perdulário” é sinônimo de usurário
.
b) “À parte a corrupção” equivale a a
par da corrupção.
c) A locução no
entanto equivale a “Ao contrário dele”.
d) Apesar
disso substitui “mesmo assim”.
4. Assinale a afirmativa CORRETA.
a) A Carta Magna de 1988, citada no texto, que declara os direitos e garantias
individuais, é anterior ao Código Civil em vigor.
b) Ao traçar limites entre os poderes, a Constituição federal autoriza a
fiscalização das contas do Executivo pela Controladoria-Geral da União.
c) Apesar de geralmente elaborada e votada por um congresso de representantes
do povo, a Constituição de 1988 é emendada por consulta à vontade popular.
d) Além de conter as leis fundamentais que regem a vida da Nação, a Carta
Magna de 1988 promove a regulamentação destas leis.
5. Correlacione os ex-presidentes com suas realizações, durante os seus
respectivos mandatos.
(A) Getúlio Vargas ( ) Constituição de 1988
(B) Juscelino Kubitschek ( ) Abertura da rodovia Transamazônica
(C) Emílio Garrastazu Medici ( ) Criação da Petrobras
(D) Ernesto Geisel ( ) Plano de Metas “50 anos em 5”
(E) José Sarney ( ) Plano Real
(F) Itamar Franco ( ) Acordo Mercosul–União Européia
(G) Fernando Henrique Cardoso ( ) Programa de Cooperação Nuclear Brasil–
Alemanha
A seqüência CORRETA de correlação é:
a) E, B, D, A, G, F, C.
b) E, C, A, B, F, G, D.
c) F, D, C, A, G, E, B.
d) F, A, B, C, E, D, G.
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CONHECIMENTOS GERAIS
6. Em relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, é INCORRETO
afirmar:
a) O Princípio da Prudência estabelece a adoção do maior valor para os
componentes do Ativo e do menor valor para os do Passivo, com função de
criar reservas ocultas.
b) A Continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o
valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da
Entidade tem prazo determinado previsto ou previsível.
c) Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade, desde que
tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito
mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência.
d) O Princípio da Prudência estabelece a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior valor para os do Passivo, com função de criar
reservas ocultas.
7. Uma empresa comprou, em novembro de 2003, material de expediente para
utilização nos próximos seis meses, registrando o valor da compra,
integralmente, em conta de despesas. O Princípio Contábil não-observado foi o:
a) Da Competência.
b) Da Oportunidade.
c) Da Prudência.
d) Do Registro pelo Valor Original.
8. A correta aplicação do Princípio da Competência deve ser precedida da
observância ao Princípio da:
a) Consistência.
b) Continuidade.
c) Integridade.
d) Materialidade.
9. Numa sociedade composta de três sócios, no caso de morte de um deles:
a) A sociedade fica, automaticamente, dissolvida.
b) A sociedade, para prosseguir, depende de autorização judicial.
c) Os sócios remanescentes podem prosseguir com a sociedade juntamente com
os herdeiros do de cujus, se tal constar de cláusula contratual societária.
d) Os sócios sobrevindos deverão, em qualquer hipótese, ser consultados da
conveniência da dissolução da sociedade.
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10
10. Considere as afirmativas a seguir acerca dos direitos e garantias
constitucionais:
I. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei.
II. a lei penal não retroagirá para beneficiar o réu.
III.
é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
IV.
a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.
V. o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a)
I, II, III,
e
IV.
b)
I, II, IV,
e
V.
c)
I, III,
IV,
e
V.
d)
II,
III,
IV,
e
V.
11. Determinado cliente deixou de pagar os honorários profissionais pela execução
de serviços contábeis. Para garantir o recebimento das dívidas, o Contabilista
decidiu reter os livros e documentos que se encontravam sob sua guarda. Este
procedimento, de acordo com o Código de Ética Profissional do Contabilista, é:
a) Correto, porque é permitida a retenção dos livros escriturados pelo profissional
de contabilidade.
b) Correto, pois a retenção de livros e documentos do cliente é permitida em caso
de recusa de pagamento dos honorários.
c) Incorreto, porque não é permitida a retenção de documentos do cliente, exceto
os livros contábeis, neste caso.
d) Incorreto, porque não é permitido reter nem os livros contábeis nem os
documentos do cliente.
12. Indique a afirmativa CORRETA:
a) A transgressão dos preceitos descritos no Código de Ética Profissional do
Contabilista constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a
aplicação das seguintes penalidades: advertência reservada, censura reservada
ou censura pública.
b) A transgressão dos preceitos descritos no Código de Ética Profissional do
Contabilista constitui infração disciplinar, sancionada, segundo a gravidade,
com a aplicação de valores distintos de multa pecuniária.
c) A transgressão dos preceitos descritos no Código de Ética Profissional do
Contabilista constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a
aplicação de penalidades que vão desde o pagamento de multa até a
suspensão do registro profissional.
d) A transgressão dos preceitos descritos no Código de Ética Profissional do
Contabilista constitui infração ético-disciplinar, sancionada, segundo a
gravidade, com a aplicação de penalidades que podem ser a censura reservada
ou a censura pública.
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13. Constitui condição de legitimidade do exercício eventual ou temporário da
profissão, em jurisdição diferente daquela de origem do Contabilista:
a) Aprovação em Exame de Suficiência para habilitar-se ao exercício da profissão
em outra jurisdição.
b) Comunicação ao Conselho Federal de Contabilidade sobre a mudança.
c) Requisição de registro secundário dirigido ao Conselho Regional de
Contabilidade de origem do Contabilista.
d) Solicitação ao Conselho Regional de Contabilidade de autorização para se
apresentar no novo local dos trabalhos.
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CONHECIMENTOS CONTÁBEIS
14. Em relação à disposição na Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos DOAR, classifique os itens abaixo como Origens ou Aplicações de
Recursos:
Aquisição de Equipamentos para pagamento em 30 dias.
Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo.
Distribuição de Dividendos.
Aumento de Capital em Dinheiro.
Obtenção de Financiamento a Longo Prazo.
A seqüência CORRETA é:
a) Aplicação, Aplicação, Aplicação, Origem, Aplicação.
b) Aplicação, Origem, Aplicação, Origem, Origem.
c) Origem, Aplicação, Aplicação, Origem, Origem.
d) Origem, Origem, Aplicação, Aplicação, Origem.
15. Considere os saldos iniciais e os fatos ocorridos no Patrimônio Líquido de uma
Companhia no ano de 2003:
Saldos em 01.01.2003
Capital Social R$
100.000,00
Reservas de Lucros R$
15.000,00
Lucros Acumulados R$
12.800,00
Fatos ocorridos durante o ano de 2003
Aumento de capital com reservas de lucros R$
10.000,00
Aumento de capital com imóveis R$
34.000,00
Lucro do exercício R$
26.000,00
Distribuição de dividendos retirados do lucro do exercício R$
15.000,00
Destinação de parte do lucro para reservas R$
8.000,00
O valor do Patrimônio Líquido, em 31.12.2003, é:
a)
R$
172.800,00.
b)
R$
174.800,00.
c)
R$
182.800,00.
d)
R$
190.800,00.
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16. Uma empresa possuía um imóvel, utilizado no desempenho de suas atividades,
adquirido por R$ 30.000,00 e depreciado em 20% do seu valor. Vendeu-o por
R$ 25.000,00, em 30.09.2003, concedendo prazo ao comprador para
pagamento até o final de fevereiro de 2004, com juros simples de 5% ao mês,
recebidos no ato da venda. A empresa encerra seu exercício social em 31 de
dezembro de cada ano. A operação proporcionou à empresa vendedora:
a) Aumento do Ativo Circulante no valor de R$ 4.750,00.
b) Aumento do Patrimônio Líquido no exercício de 2003 no valor de R$ 7.250,00.
c) Um Ativo Imobilizado reduzido no valor de R$ 25.000,00.
d) Uma Receita Financeira, no exercício de 2003, no valor de R$ 3.750,00.
17. Uma determinada Companhia gastou, em 2003, com pesquisas para
desenvolvimento de um novo produto, o montante de R$ 152.800,00. Neste
período, estudos técnicos indicaram que o produto era viável e teria uma vida
útil estimada de dez anos. Este valor deverá ser contabilizado no seguinte
subgrupo:
a) Ativo Circulante – Imobilizado.
b) Ativo Permanente – Diferido.
c) Ativo Permanente – Investimentos.
d) Ativo Realizável a Longo Prazo – Diferido.
18. Dois sócios resolveram constituir uma sociedade, para tanto investiram R$
100.000,00. No ato da constituição da sociedade, em 10.06.2003, o sócio A
integralizou a importância de R$ 10.000,00 em dinheiro e R$ 40.000,00 em
imóveis; o sócio B integralizou a importância de R$ 30.000,00 em dinheiro e se
comprometeu integralizar o restante em 30.12.2003. No Balancete de
Verificação, de 30.11.2003, as contas Capital Subscrito e Capital a Integralizar
possuíam os seguintes saldos, respectivamente:
a)
R$
20.000,00
e R$
100.000,00.
b)
R$
80.000,00
e R$
20.000,00.
c)
R$
100.000,00
e R$
20.000,00.
d)
R$
100.000,00
e R$
100.000,00.
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19. Uma determinada empresa de manutenção de veículos em seu Balancete de
Verificação, de 31.12.2003, apresentava os seguintes saldos das contas:
CONTAS SALDOS
Adiantamento de Clientes R$ 5.000,00
Bancos conta Movimento R$ 4.000,00
Caixa R$ 800,00
Capital a Integralizar R$ 8.000,00
Capital Social R$ 12.000,00
Clientes R$ 800,00
Custo de Serviços Vendidos R$ 3.500,00
Despesas com Aluguel R$ 500,00
Despesas com Energia Elétrica R$ 200,00
Despesas com Pró-Labore R$ 3.200,00
Despesas com Propaganda R$ 1.500,00
Despesas com Salários R$ 3.400,00
Despesas com Seguros R$ 300,00
Despesas com Telefone R$ 200,00
Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00
Equipamentos R$ 4.000,00
Estoques de Peças de Reparos R$ 5.000,00
Imóveis R$ 12.000,00
Lucros Acumulados R$ 2.200,00
Receita com Venda de Serviços R$ 28.000,00
Seguros a Vencer R$ 3.300,00
Após o encerramento das contas de resultado, o Balanço Patrimonial
apresentou o Ativo Total e o Patrimônio Líquido, respectivamente, de:
a)
R$
26.600,00
e
R$
21.400,00.
b)
R$
29.900,00
e
R$
21.400,00.
c)
R$
31.600,00
e
R$
29.400,00.
d)
R$
34.900,00
e
R$
29.400,00.
20. Um trator de esteira foi adquirido por R$ 45.000,00, em janeiro de 2003.
Segundo as especificações do fabricante, as horas estimadas de vida útil desse
trator são de 9.000 horas. Considerando-se que no ano de 2003 o trator tenha
trabalhado 1.200 horas, a taxa e o valor da depreciação por horas trabalhadas
seria, respectivamente, de:
a) R$ 4,00/hora trabalhada e R$ 4.800,00.
b) R$ 5,00/hora trabalhada e R$ 6.000,00.
c) R$ 6,00/hora trabalhada e R$ 7.200,00.
d) R$ 10,00/hora trabalhada e R$ 12.000,00.
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21. Analise as informações abaixo, desconsiderando os aspectos tributários. O
Custo das Mercadorias Vendidas e o Resultado Operacional Líquido do período
são, respectivamente:
Compras de Mercadorias R$
55.000,00
Despesas com Aluguel R$
1.500,00
Despesas com Propaganda R$
3.000,00
Despesas com Salários R$
6.000,00
Devolução de Compras de Mercadorias R$
1.000,00
Devolução de Vendas de Mercadorias R$
1.000,00
Estoque Final de Mercadorias R$
10.000,00
Estoque Inicial de Mercadorias R$
20.000,00
Fretes sobre Compras de Mercadorias R$
400,00
Receita com Vendas de Mercadorias R$
80.000,00
Receitas Financeiras R$
3.000,00
Seguro sobre Compras de Mercadorias R$
1.200,00
a)
R$
62.400,00
e
R$
9.100,00.
b)
R$
63.200,00
e
R$
8.300,00.
c)
R$
65.600,00
e
R$
5.900,00.
d)
R$
67.600,00
e
R$
3.900,00.
22. Uma empresa apresentou, no início do exercício, um Ativo Circulante de R$
75.000,00 e um Passivo Circulante de R$ 46.500,00. No final do exercício, o
Balanço Patrimonial apresentou um Ativo Circulante de R$ 98.000,00 e um
Passivo Circulante de R$ 51.400,00. Na elaboração da Demonstração de
Origens e Aplicações de Recursos, foi apurada uma aplicação de recursos no
montante de R$ 37.000,00. O valor das origens de recursos, na referida
demonstração, é de:
a)
R$
18.100,00.
b)
R$
18.900,00.
c)
R$
55.100,00.
d)
R$
75.100,00.
23. Considere os dados a seguir referentes ao mês de dezembro de 2003:
Despesa de dezembro/2003, paga em janeiro/2004 no valor de R$ 46,00.
Despesa de janeiro/2004, paga em dezembro/2003 no valor de R$ 52,00.
Despesa de dezembro/2003, paga em dezembro/2003 no valor de R$ 50,00.
Receita de dezembro/2003, recebida em janeiro/2004 no valor de R$ 30,00.
Receita de janeiro/2004, recebida em dezembro/2003 no valor de R$ 60,00.
Receita de dezembro/2003, recebida em dezembro/2003 no valor de R$ 54,00.
O resultado do referido mês, conforme os Princípios Fundamentais da
Contabilidade é:
a)
Prejuízo de
R$
12,00.
b)
Prejuízo de
R$
4,00.
c)
Lucro de R$
12,00.
d)
Lucro de R$
38,00.
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24. No mês de agosto de 2004, foi iniciada a produção de 1.700 unidades de um
determinado produto. Ao final do mês, 1.400 unidades estavam totalmente
concluídas e restaram 300 unidades em processo, as quais estavam 75%
acabadas. O Custo Total de Produção do período foi de R$ 640.250,00. O
Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos
Produtos em Processo são, respectivamente:
a)
R$
527.264,71
e
R$
112.985,29.
b)
R$
551.600,00
e
R$
88.650,00.
c)
R$
555.512,00
e
R$
84.738,00.
d)
R$
640.250,00
e
R$
0,00.
25. Uma Companhia fabrica os produtos P1, P2 e P3. Os custos diretos para
fabricação dos produtos, no mês de abril de 2004, foram:
P1 P2 P3
Matéria-Prima R$ 15.000,00
R$ 25.000,00
R$ 10.000,00
Mão-de-Obra Direta
R$ 4.000,00
R$ 4.000,00
R$ 2.000,00
Os Custos Indiretos de Produção identificados com os departamentos foram os
seguintes:
Administração
Geral
Manutenção Montagem Acabamento
Mão-de-Obra R$ 4.500,00 R$ 3.000,00 R$ 10.000,00 R$ 8.000,00
Depreciação R$ 1.500,00 R$ 2.500,00 R$ 12.000,00 R$ 18.000,00
Materiais R$ 3.000,00 R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 R$ 1.500,00
Os critérios de rateio adotados pelo sistema de custos da empresa são os
seguintes:
Administração geral – percentuais iguais para cada departamento.
Manutenção – 70% para montagem e o restante para acabamento.
Montagem – proporcional ao consumo de matéria-prima por produto.
Acabamento – proporcional à mão-de-obra direta por produto.
O custo do departamento de montagem, rateado para os produtos P1, P2 e P3,
será, respectivamente:
a)
R$
7.500,00;
R$
12.500,00
e
R$
5.000,00.
b)
R$
10.000,00;
R$
10.000,00
e
R$
5.000,00.
c)
R$
10.500,00;
R$
17.500,00
e
R$
7.000,00.
d)
R$
14.000,00;
R$
14.000,00
e
R$
7.000,00.
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26. Um fabricante produz malas pequenas, dias e grandes. As malas são
vendidas, respectivamente, aos preços de R$ 15,00, R$ 25,00 e R$ 35,00. São
vendidos 1.000 modelos de cada tipo, por mês, no mercado nacional, para os
quais incorrem em custos variáveis de R$ 7,60 para malas pequenas, R$ 9,40
para malas médias e R$ 11,00 para malas grandes. Os custos indiretos fixos,
tais como depreciação, aluguel e supervisão são de R$ 18.000,00, os quais são
rateados em função da quantidade produzida. A empresa está operando
abaixo de sua capacidade de produção, que é de 4.500 malas mensais. O
diretor comercial negociou uma venda de 1.000 malas pequenas para o
exterior, ao mesmo preço vendido no mercado local. Para exportar as malas, há
um custo adicional de R$ 2,40 por unidade.
Em relação à negociação do diretor, o resultado da empresa irá:
a)
Diminuir em R$ 2.400,00.
b)
Diminuir em R$ 1.000,00.
c)
Aumentar em R$ 500,00.
d)
Aumentar em R$ 5.000,00.
27. Uma empresa apresenta os seguintes saldos contábeis, desconsiderando os
aspectos tributários: Estoque Inicial R$ 1.400,00; Compras R$ 1.700,00;
Devolução de Vendas R$ 400,00; Estoque Final R$ 1.600,00; Devolução de
Compras R$ 400,00; Receita com Vendas de Mercadorias R$ 2.600,00;
Despesas Administrativas R$ 260,00; Despesas Financeiras R$ 240,00.
Considerando estes saldos, o Custo das Mercadorias Vendidas e o Resultado
Operacional Bruto, respectivamente, são:
a)
R$
1.100,00
e
R$
600,00.
b)
R$
1.100,00
e
R$
1.100,00.
c)
R$
1.500,00
e
R$
600,00.
d)
R$
1.500,00
e
R$
1.100,00.
28. Sabendo-se que o Ativo Real é R$ 27.000,00, o Saldo Patrimonial negativo é
R$ 6.000,00. O valor do Passivo Permanente, tendo em vista que ele
corresponde ao dobro do Passivo Financeiro, é de:
a)
R$
11.000,00.
b)
R$
18.000,00.
c)
R$
20.000,00.
d)
R$
22.000,00.
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29. Em 20.03.2004, foi apropriada a folha de pagamento, referente ao mês de
março, para pagamento até o quinto dia útil do mês seguinte, conforme quadro
abaixo:
Salários R$
10.000,00
Gratificações R$
25.000,00
Salário-Família (estatutário) R$
500,00
INSS R$
4.000,00
IRRF R$
5.000,00
Outros Consignatários R$
1.000,00
Líquido R$
25.500,00
Empenhando e liquidando as despesas, têm-se os seguintes valores de Crédito
Disponível, Crédito Empenhado e Crédito Liquidado:
a)
R$
25.500,00,
R$
35.500,00
e
R$
10.000,00.
b)
R$
29.500,00,
R$
35.500,00
e
R$
30.500,00.
c)
R$
30.500,00,
R$
29.500,00
e
R$
35.500,00.
d)
R$
35.500,00,
R$
25.500,00
e
R$
30.500,00.
30. O balanço orçamentário elaborado por um ente da federação era:
RECEITA
Receitas Correntes R$
150.000,00
Tributária R$
125.000,00
Outras Receitas Correntes R$
25.000,00
Receitas de Capital R$
200.00,00
Operações de Crédito R$
90.000,00
Outras Receitas de Capital R$
110.000,00
TOTAL R$
350.000,00
DESPESA
Despesas Correntes R$
150.000,00
Pessoal e Encargos Sociais R$
100.000,00
Juros e Encargos da Dívida R$
50.000,00
Despesas de Capital R$
100.000,00
Investimentos R$
25.000,00
Amortização da Dívida R$
75.000,00
TOTAL R$
250.000,00
Analisando o quadro acima, a resposta CORRETA é:
a) O resultado de capital foi um déficit de R$ 200.000,00.
b) Houve um superávit de R$ 100.000,00.
c) Houve uma capitalização de R$ 200.000,00.
d) O resultado corrente foi de R$ 100.000,00.
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31. De acordo com o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública no Brasil:
a) As despesas compreendem os desembolsos, os compromissos e os encargos,
quando imputados no resultado.
b) As receitas e despesas extra-orçamentárias integram o resultado patrimonial do
exercício.
c) O pagamento da despesa será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
d) O reconhecimento da receita ocorre somente com o lançamento, que permite a
identificação do devedor.
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CONHECIMENTOS CONTÁBEIS AVANÇADOS
32. Considere as afirmativas, a seguir, acerca das Notas Explicativas:
I. As informações contidas nas Notas Explicativas devem ser relevantes,
complementares e/ou suplementares àquelas não suficientemente
evidenciadas ou não-constantes nas demonstrações contábeis
propriamente ditas.
II. As Notas Explicativas incluem informações de natureza patrimonial,
econômica, financeira, legal, física e social, bem como os critérios
utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos
subseqüentes ao balanço.
III.
As Notas Explicativas devem restringir-se às informações requeridas em
decorrência de legislação e outros dispositivos regulamentares
específicos em função das características da Entidade.
IV.
Entre outros, os seguintes aspectos devem ser observados na
elaboração das Notas Explicativas: os assuntos relacionados devem ser
agrupados segundo seus atributos comuns e os dados devem permitir
comparações com os de datas de períodos anteriores.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a)
I,
II
e
III.
b)
I,
II
e
IV.
c)
I,
III
e
IV.
d)
II,
III
e
IV.
33. A alternativa INCORRETA em relação à Contabilidade enquanto conhecimento
é:
a) A Contabilidade deve permitir ao usuário, como partícipe do mundo econômico,
observar e avaliar o comportamento; comparar seus resultados com os de
outros períodos ou Entidades; avaliar seus resultados à luz dos objetivos
estabelecidos.
b) A Contabilidade possui objeto próprio, que é o Patrimônio das Entidades, e
consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições
de generalidade, incerteza e falta de causas, em nível qualitativo diferente das
demais ciências sociais.
c) Na Contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio de uma Entidade, definido
como um conjunto de bens, direitos e obrigações para informais, ou a uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza, independente da sua finalidade,
que pode, ou não, incluir o lucro.
d) Os usuários tanto podem ser internos e externos e, mais ainda, com interesses
diversificados, razão pela qual as informações geradas pela Entidade devem
ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua
situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a
realização de inferências sobre o seu futuro.
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34. O lançamento de pagamento de duplicata com juros por meio de cheque é um
fato:
a) Permutativo ou misto, compensando elementos ativos e passivos.
b) Modificativo Diminutivo.
c) Modificativo Aumentativo.
d) Misto com compensação de elementos ativos e passivos.
35. Considere as afirmativas a seguir a respeito das formalidades da escrituração
contábil:
I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos
lançamentos.
II. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e
mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e
responsabilidade exclusivas de Contabilista legalmente habilitado.
III.
O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de
exercício serão transcritos no “Razão”, completando-se com as
assinaturas do Contabilista e do titular ou do representante legal da
Entidade.
IV.
No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo
eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou
tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a)
I
e
III.
b)
I
e
IV.
c)
II
e
III.
d)
II
e
IV.
36. Levando-se em consideração os procedimentos da Perícia Contábil, afirma-se
que:
a) A certificação é o ato de atestar informações trazidas ao Laudo Pericial
Contábil, estabelecendo valores.
b) A mensuração é o conjunto de dados que busca trazer informações mediante
entrevista e verificação da situação.
c) A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação,
coisa ou fato, de forma circunstancial.
d) O arbitramento é a quantificação física para a solução de controvérsia por
critérios qualitativos.
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37. Quando nomeado em Juízo e reconhecer não estar capacitado a desenvolver o
objeto do trabalho, o Perito Contador deverá:
a) Aceitar o trabalho devido a sua responsabilidade profissional.
b) Comunicar as partes, por escrito, a razão de seu impedimento.
c) Declarar sua impossibilidade na primeira audiência do processo.
d) Dirigir petição ao Juízo, no prazo legal, justificando sua escusa.
38. O Juiz indeferirá a perícia quando:
I. – a prova do fato não depender de conhecimento especial técnico.
II. carecer de conhecimento técnico ou científico.
III. – for desnecessária em vista de outras provas produzidas.
IV. – não houver cumprimento do encargo no prazo estipulado.
V. – a verificação for impraticável.
As alternativas CORRETAS são:
a)
I, III e
V.
b)
I, IV
e
V.
c)
II,
III e
IV.
d)
II,
IV
e
V.
39. Em relação ao prazo estipulado pelo Juiz para a entrega de laudos:
a) A parte poderá intimar o Perito para comparecimento em audiência para prestar
esclarecimento sobre o laudo.
b) O Perito não podendo apresentar o laudo dentro do prazo, o Juiz conceder-lhe-
á, por uma vez, a prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio.
c) O Perito poderá apresentar laudo em cartório, no prazo fixado pelo Juiz, no
prazo de vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento.
d) Os Peritos e assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum
de vinte dias.
40. Com relação ao risco de auditoria, marque a alternativa INCORRETA:
a) Na fase do planejamento da auditoria, um dos níveis a serem analisados é o
específico, que considera a análise das demonstrações contábeis tomadas no
seu conjunto, bem como as atividades.
b) O auditor deve avaliar o ambiente de controle da Entidade para determinar o
risco da auditoria, como por exemplo, as limitações de acesso físico a ativos e
registros contábeis e/ou administrativos.
c) O auditor deve avaliar o ambiente de controle da Entidade, como por exemplo,
a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados,
especificamente, quanto a limites de autoridade e responsabilidade.
d) Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião
tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis, significativamente,
incorretas.
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41. Na auditoria efetuada numa empresa, os auditores constataram na averiguação
da conta Bancos conta Movimento que os cheques emitidos e ainda não-
entregues aos seus beneficiários estavam subtraídos do saldo disponível. A
recomendação dos auditores será:
a) Cancelar os cheques emitidos, uma vez que ainda não foram entregues.
b) Deixar de efetuar o pagamento aos beneficiários.
c) Manter o saldo de bancos, pois os cheques, ao final, serão descontados.
d) Recompor o saldo de bancos, reclassificando como cheques a pagar.
42. Com relação aos papéis de trabalho elaborados pela auditoria, é CORRETO
afirmar:
a) O papel de trabalho pode constar de documentos e demonstrações preparados
ou fornecidos pela Entidade, desde que seja avaliada a sua consistência, e
satisfeita sua forma e conteúdo.
b) Os documentos e as demonstrações elaborados pela Entidade não devem ser
utilizados como papel de trabalho, mesmo que estejam adequados, pois
estariam comprometendo a independência da auditoria.
c) Os documentos e as demonstrações elaborados pela Entidade não podem ser
utilizados como papéis de trabalho, pois não constituem evidências do trabalho
executado pela auditoria.
d) Os documentos e as demonstrações elaborados pela Entidade não podem ser
utilizados como papéis de trabalho, pois não serão contemplados quando da
revisão dos trabalhos pela supervisão da auditoria.
43. Considera-se impedido para realizar trabalhos de auditoria independente o
auditor que:
a) Tenha emitido parecer sem ressalva durante quatro anos consecutivos, ou oito
anos intercalados, independente da empresa de auditoria.
b) Tenha emitido parecer com ressalva nos últimos três anos.
c) Mantenha relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador
assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos últimos dois anos.
d) Execute trabalhos de auditoria para empresa nos últimos três anos.
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44. Uma empresa fabrica três produtos: produto A, produto B e produto C, com os
seguintes preços, custos diretos e consumo de matéria-prima unitários:
Produto
Preço Custos Diretos
Matéria-prima
consumida
A R$ 300,00 R$ 150,00 5 Kg
B R$ 270,00 R$ 170,00 4 kg
C R$ 200,00 R$ 110,00 2 kg
A mesma matéria-prima é utilizada na fabricação dos três produtos. Numa situação
de restrição de quantidade de matéria-prima, para que a empresa tenha o maior
lucro possível, os produtos que deverão ter suas produções e vendas priorizadas
são:
a) Os produtos B e C, que consomem uma menor quantidade de matéria-prima.
b) Os produtos A e B, que têm o maior preço de venda.
c) Os produtos A e B, que apresentam maior margem de contribuição unitária
devido ao seu montante de custos.
d) Os produtos A e C, que proporcionam a maior margem de contribuição por kg
de matéria-prima.
45. Uma empresa fabrica um produto que é vendido a R$ 16,00 por unidade e tem
custos variáveis totais de R$ 42.000,00 para a produção atual de 6.000
unidades. Sabendo-se que os custos fixos correspondem a R$ 31.500,00
mensais, é INCORRETO afirmar que:
a) O preço de venda de R$ 16,00 cobre o custo unitário de produção de R$ 12,25
numa análise de custeio por absorção.
b) O ponto de equilíbrio contábil foi atingido com 3.500 unidades.
c) O custo total para uma produção de 10.000 unidades será de R$ 122.500,00
numa análise de custeio variável.
d) A margem de contribuição unitária é de R$ 9,00.
46. Uma indústria lança um novo produto e projeta os custos fixos unitários em R$
100,00 e os custos variáveis unitários em R$ 150,00. Deseja uma margem de
lucro de 20% sobre o preço de venda. As despesas variáveis unitárias
correspondem a 10% e o somatório dos tributos incidentes 23% sobre o preço
de venda. Sabendo que é utilizado o custeio por absorção, o preço de venda
com o qual se deve trabalhar com base nos custos e na margem de lucro
objetivada será de:
a)
R$
229,50.
b)
R$
382,50.
c)
R$
471,69.
d)
R$
531,91.
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47. Considerando uma empresa que tenha um valor total de seus ativos de R$
139.180,00, um Valor Econômico Adicionado (VEA) de R$ 12.730,00 e um
custo médio ponderado de capital de 13,98%. O valor do goodwill e o valor de
mercado desta empresa serão, respectivamente, de:
a)
R$
14.509,65
e R$
153.689,65.
b)
R$
19.457,36
e R$
58.637,36.
c)
R$
91.058,65
e R$
230.238,65.
d)
R$
177.965,40
e R$
317.145,40.
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CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS
48. O Patrimônio Líquido de uma determinada empresa, em 31.12.2003, era de R$
150.000,00. O Lucro Líquido apurado no exercício de 2003 foi de 12,50% do
total do Patrimônio Líquido. Considerando que o nível de lucratividade
permaneça, o retorno total dos investimentos dos sócios será de:
a)
6
anos.
b)
8
anos.
c)
10
anos.
d)
12
anos.
49. Uma aplicação financeira de R$ 22.000,00 será resgatada ao final de 15 meses,
à taxa nominal dos juros de 12% ao ano. O valor a ser resgatado no final do
período, se considerarmos a capitalização mensal dos juros, é de:
a)
R$
24.640,00.
b)
R$
25.300,00.
c)
R$
25.348,09.
d)
R$
25.541,32.
50. Na constituição de uma sociedade, o sócio A entrou com R$ 75.000,00; o sócio
B, com R$ 187.500,00; o sócio C, com R$ 225.000,00; e o sócio D, com R$
262.500,00. O sócio D recebeu R$ 125.000,00 ao ser distribuído o lucro final do
exercício, proporcionalmente às cotas do capital de cada cio. O lucro total e
as parcelas que couberam a cada um dos sócios A, B e C são,
respectivamente:
a) Lucro total: R$ 125.000,00; Sócio A - R$ 12.500,00; Sócio B - R$ 31.250,00;
Sócio C - R$ 37.500,00.
b) Lucro total: R$ 125.000,00; Sócio A - R$ 37.500,00; Sócio B - R$ 31.250,00;
Sócio C - R$ 12.500,00.
c) Lucro total: R$ 357.142,86; Sócio A - R$ 35.714,29; Sócio B - R$ 89.285,71;
Sócio C - R$ 107.142,86.
d) Lucro total: R$ 357.142,86; Sócio A - R$ 107.142,86; Sócio B - R$ 89.285,71;
Sócio C - R$ 35.714,29.
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A B C D
.01.
.02. A B C D
.03. A B C D
.04. A B C D
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.06. A B C D
.07. A B C D
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.16. A B C D
.17. A B C D
.18. A B C D
.19. A B C D
.20. A B C D
.21. A B C D
.22. A B C D
.23. A B C D
.24. A B C D
25. A B C D
A B C D
.26.
.27. A B C D
.28. A B C D
.29. A B C D
.30. A B C D
.31. A B C D
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.33. A B C D
.34. A B C D
.35. A B C D
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.44. A B C D
.45. A B C D
.46. A B C D
.47. A B C D
.48. A B C D
.49. A B C D
.50. A B C
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