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degenerativo seguramente presente (Abdulkarim, Dhingsa et al., 2003). Tal limitação do método
radiográfico, caracteriza a sua relativa insensibilidade na avaliação das patologias dos discos cervicais. Esse
fato tem estimulado a pesquisa de outros métodos complementares de diagnóstico por imagem. Nesse
sentido, o método de RNM surge como opção adequada, que poderia permitir a identificação do disco
intervertebral e a detecção precoce de sua degeneração. O sistema de análise da densidade óptica, utilizado
no presente estudo, a partir de imagens de RNM, complementa a investigação da região cervical, na medida
em que permite o estudo quantitativo (e não apenas qualitativo, como o que ora se processa na maior parte
dos centros de imagens médicas) do processo de degeneração óssea das vértebras, num processo de
desmineralização das vértebras cervicais que não é habitualmente percebido a olho nu, mesmo por
experientes radiologistas. Esse sistema de tonalidade baseado na densidade das estruturas ósseas examinadas
pelo sistema de reconhecimento de centenas de tonalidades de cinza do software ImageDig, revela de modo
claro as diferentes densidades ósseas. No presente estudo, utilizamos as imagens de RNM em T1 (tempo 1
de relaxamento ou recuperação da orientação do “spin” do átomo de hidrogênio) e em T2, porém, para as
mensurações vertebrais utilizamos principalmente as imagens em T1, embora as imagens em T2 estejam
sendo analisadas para estudo posterior de nosso grupo envolvendo alterações do canal vertebral, pois, essas
imagens são mais adequadas para análise do disco intervertebral e das alterações do espaço subaracnóideo
em que circula o líquor (Humphreys, Hodges et al., 1998; Kaiser e Holland, 1998; Kim, Kwak et al., 2007) .
Saliente-se que a análise da densidade óptica computadorizada a partir de imagens de ressonância
nuclear magnética, que ora utilizamos, é um método complementar, não-invasivo e de baixo custo, que pode
ser usado, tanto na análise quantitativa, como qualitativa de diferentes patologias da coluna vertebral,
especialmente no estudo da osteoporose e da espondilose cervical. A análise de densitometria óssea das
vértebras cervicais é muito importante para a escolha de sistemas de instrumentação que devem promover
estabilidade imediata, melhorar a fusão óssea e corrigir deformidades da coluna vertebral (Panjabi, Chen et
al., 2001; Kothe, Ruther et al., 2004). Em pacientes com osteoporose, que, portanto, apresentam
empobrecimento da densidade óssea e que necessitam de fixação multisegmentar para a correção da
deformidade, bem como para pacientes com artrite reumatóide, têm sido propostos procedimentos de
estabilização dorsal da região subaxial da coluna cervical (Kothe, Ruther et al., 2004; Richter, Cakir et al.,
2005; Yoganandan, Pintar et al., 2006). Em tais casos, a fixação de parafusos nos pedículos cervicais foi