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fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias, sobretudo com material
genético, manejo de solo, manejo hídrico, manejo de culturas e manejo de pragas.
(CARMO, 1994)
Originalmente, os solos de cerrado são pobres e arenosos, com baixa
capacidade de retenção de água, baixo teor de matéria orgânica e alto teor de
acidez. Todas essas características são contra-indicadas para a agricultura.
Entretanto, o uso intensivo e racional dos fertilizantes, corretivos agrícolas e
irrigação, possibilitou cultivar esses solos, que atualmente estão presentes nos
Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Minas
Gerais (SEAGRI, 2007). Assim sendo, melhorar as condições de oferta nacional de
nutrientes, de modo a não estabelecer uma dependência crescente de importações,
é condição determinante para a evolução futura da agropecuária do Brasil.
Além dos fatores discutidos acima, outros contribuíram para o
desenvolvimento da agricultura nacional, como a disponibilidade de terras a preços
competitivos, desenvolvimento de implementos agrícolas modernos, demanda
mundial crescente por proteínas, isenção de impostos para exportação de produtos
agrícolas, estabilidade da política monetária-cambial, capacidade técnica dos
agricultores e empreendedorismo dos empresários rurais.
A produção agrícola na Bahia cresceu, principalmente, na produção de grãos,
café, algodão e fruticultura, após o desenvolvimento do Oeste baiano, com destaque
para os Municípios de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães (REVISTA
AGROANALYSIS, 2007). Entretanto, outras regiões desempenham importante papel
no cenário agrícola local. O Sul do Estado destaca-se pela produção de celulose,
mamão e cacau, embora o bom momento do álcool tenha estimulado alguns
agricultores a investirem no plantio de cana. Atualmente, o Extremo-Sul possui uma
usina de açúcar e álcool operando e duas em fase de conclusão. Na Região
Sudoeste, encontram-se a cafeicultura e o algodão como principais atividades
agrícolas. O Vale do São Francisco destaca-se pela produção de frutas e cebola em
áreas irrigadas. No Nordeste do Estado, divisa com Sergipe, a citricultura é a
principal atividade. O Recôncavo Baiano é muito diversificado, mas destacam-se a
cana, hortifruticultura, seringueira, guaraná e dendê. E, finalmente, na parte central
do Estado destacam-se o feijão, café, batata e cebola. O mapa abaixo mostra as