Download PDF
ads:
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz
Instituto René Rachou
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Caracterização genética de populações de campo de
Schistosoma mansoni com o uso de microssatélites.
Nilton Barnabé Rodrigues
Belo Horizonte
Julho/2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz
Instituto René Rachou
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Caracterização genética de populações de campo de
Schistosoma mansoni com o uso de microssatélites.
por
Nilton Barnabé Rodrigues
Tese apresentada com vistas à obtenção do
Título de Doutor em Ciências da Saúde na
área de concentração de Biologia Celular e
Molecular.
Orientação: Dr. Guilherme Correa de Oliveira
Orientação: Dr. Alvaro José Romanha
Belo Horizonte
Julho/2007
ads:
Catalogação-na-fonte
Rede de Bibliotecas da FIOCRUZ
Biblioteca do CPqRR
Segemar Oliveira Magalhães CRB/6 1975
R696c
2007
Rodrigues, Nilton Barnabé.
Caracterização genética de populações de campo de
Schistosoma mansoni com o uso de microssatélites / Nilton
Barnabé Rodrigues. – Belo Horizonte, 2007.
xiii, 128 f.: il.: 210 x 297mm.
Bibliografia: f. 99 - 110
Tese para obtenção do título de Doutor em Ciências pelo
Programa de Pós - Graduação em Ciências da Saúde do
Centro de Pesquisas René Rachou. Área de concentração:
Biologia Celular e Molecular.
1. Microssatélites marcadores 2. Genética Populacional 3.
Schistosoma mansoni I. Título. II. Oliveira, Guilherme
Correa (Orientação). III. Romanha, Álvaro José (Co-
orientação)
CDD – 22. ed. – 614.553
DEDICATÓRIA
iii
Dedico este trabalho à minha família
e aos meus amigos, que sabem, tanto
quanto eu, quantas barras tive de carregar,
e sabem, cada um deles, quanto é que
colaboraram nesta caminhada.
A vocês, muito abrigado.
AGRADECIMENTOS
iv
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço aos meus orientadores, Dr. Guilherme Corrêa de Oliveira
e Dr. Alvaro José Romanha pela amizade, disponibilidade, ensinamentos e principalmente
pela coragem e confiança que demonstraram me permitindo realizar este trabalho.
Às instituições financeiras, Organização Mundial da Saúde, FIRCA, FAPEMIG,
FIOCRUZ, que possibilitaram a realização deste trabalho.
Aos pacientes das áreas estudadas, pessoas que em sua doença e sofrimento, me
possibilitaram ter material para realizar um trabalho, o qual espero um dia, possa vir a
colaborar, para pelo menos a minimização destes males, muito abrigado.
Bem, depois de tantos anos por aqui, agradeço à instituição, ao Instituto René Rachou,
nas pessoas de seus diretores e chefes de laboratórios que sempre tiveram suas portas abertas
para mim.
Agradeço a todos aqueles com quem tive oportunidade de conviver em bons e maus
momentos (a grande maioria, sem dúvida, bons momentos).
Não vou me arriscar a agradecer nominalmente a nenhum deles, pois, correria o risco
de ser injusto, e mesmo indelicado, ao priorizar algum ou ao esquecer outros.
Todos aqueles que estavam por aqui quando cheguei, passaram por aqui durante este
tempo em que aqui estive e os que ainda estão, de alguma forma contribuíram para que as
coisas tenham chegado onde estão agora, desta forma, agradeço a todos com o meu mais
sincero muito obrigado.
SUMÁRIO
v
Sumário Página
Lista de figuras VII
Lista de tabelas VIII
Lista de abreviaturas e símbolos IX
Resumo XII
Abstract XIII
1 - Introdução 14
1.1 - Aspectos gerais da esquistossomose 15
1.2 - O parasito 16
1.3 - Genoma do S. mansoni 17
1.4 - Variabilidade fenotípica do S. mansoni 20
1.5 - Estudo da variabilidade genética do S. mansoni 21
1.6 - Os microssatélites 23
1.7 - Os microssatélites na análise de populações de S. mansoni 26
2 - Justificativa 30
2.1 – Justificativa 31
3 - Objetivos 32
3.1 – Objetivo geral 33
3.2 – Objetivos específicos 33
4 – Metodologia 34
4.1 – A identificação de microssatélites em seqüências de S. mansoni 35
4.2 – Escolha de iniciadores para PCR de microssatélites 35
4.3 – Material Biológico 36
4.4 – Obtenção de ovos de S. mansoni 37
4.5 - Obtenção de ovos de vermes adultos de S. mansoni 39
4.6 - Extração de DNA de ovos e vermes adultos de S. mansoni 41
4.6.1 – “ROSE – Rapid One Step Extraction” 41
4.6.2 – “Sorensen” 41
4.6.3 – Resina 42
4.6.4 – Fenol/Clorofórmio 42
4.7 – A PCR-multiplex 43
4.8 - Determinação do tamanho dos alelos de microssatélites 44
4.9 - Análise dos dados obtidos com microssatélites: Parâmetros de genética de populações 45
4.10 – Determinação do tamanho amostral 46
5 – Artigos e Resultados 48
5 - Artigos 49
5.1 Artigo 1: Microsatellite-enriched genomic libraries as a source of polymorphic loci
for Schistosoma mansoni.
49
5.2 Artigo 2: Identification of a first nuclear minisatellite, and 4 microsatellites loci in 9
different species of Schistosoma.
53
SUMÁRIO
vi
5.3 – Comparação dos diferentes métodos de extração de DNA. 72
5.4 – Artigo 3: Genetic filtering and optimal sampling of Schistosoma mansoni populations 73
5.5 Determinação da variabilidade genética e estudo da influência da quimioterapia sobre
esta variabilidade.
83
6 – Discussão 93
7 – Considerações Finais 96
8 - Bibliografia 99
9 - Anexos 111
9.1 – Anexo I: Genome and Genomics of Schistosomes. 112
LISTA DE FIGURAS
vii
Lista de Figuras Página
Figura 1 Ciclo de vida do S. mansoni 17
Figura 2 Representação esquemática do crossing-over desigual entre 2 cromossomos homólogos 25
Figura 3 Representação esquemática do deslizamento das fitas do DNA durante a replicação 26
Figura 4 Protocolo de exames e tratamentos de moradores em VDG 37
Figura 5 Mapa da região de Virgem das Graças 38
Figura 6 Esquema representando os tipos de agrupamentos utilizados nos testes de AMOVA 46
Figura 7 Produtos de amplificação de DNA com diferentes métodos de extração 72
Figura 8 Fenograma UPGMA mostrando as distâncias RST entre as 53 infrapopulações 88
Figura 7 Fenograma UPGMA mostrando as distâncias RST entre as 44 infrapopulações pré-
tratamento
90
Figura 8 Fenograma UPGMA mostrando as distâncias RST entre as infrapopulações pré e pós-
tratamento
92
LISTA DE TABELAS
viii
Lista de Tabelas Página
Tabela 1 Tamanho das malhas das telas de filtração das fezes 37
Tabela 2 Lista de moradores de Virgem das Graças, dos quais foram analisados ovos coletados
em amostras de fezes.
39
Tabela 3 Lista dos loci analisados nas amostras de DNA de ovos coletados em fezes de
moradores.
44
Tabela 4 Número de alelos por locus, heterozigosidade observada (Ho) e esperada (He),
encontradas nas infrapopulações de parasitos de cada paciente estudado.
84
Tabela 5 Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 53
infrapopulações estudadas
87
Tabela 6 Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 44
infrapopulações amostradas apenas uma vez
89
Tabela 7 Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 18
infrapopulações amostradas pré e pós-tratamento
91
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
ix
Lista de Abreviaturas e Símbolos
µg Microgramas = 10
-6
gramas
µl Microlitros = 10
-6
litros
µM Micromolar = 10
-6
Molar
ALF Automated Laser Fluorescence
AMOVA Analysis of Molecular Variance
BAC Bacterial Artificial Chromosome
CPqRR Centro de Pesquisas René Rachou
DALYs Disability Adjusted Life Years
DNA Ácido Desoxirribonucléico
dNTP Desoxirribonucleotídeos Tri Fosfato
EDTA Ácido etilenodiaminotetracético
EST Expressed Sequence Tag
FAPEMIG/MCT/CNPq Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais/Ministério de Ciência e
Tecnologia/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FAPESP/MCT/CNPq Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo/Ministério de Ciência e
Tecnologia/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FCT Índice de Fixação que indica a correlação de pares aleatórios de haplótipos de um
grupo de infrapopulações com pares aleatórios de haplótipos da população total.
FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz
FIS Índice de Fixação que indica a correlação de haplótipos de cada indivíduo com a
média de cada infrapopulação.
FIT Índice de Fixação que indica a correlaciona de pares aleatórios de haplótipos de cada
indivíduo com pares aleatórios de haplótipos dentro da população total
fmol Fentomoles = 10
-15
moles
FSC Índice de Fixação que indica a correlação de pares aleatórios de haplótipos de uma
infrapopulação com pares aleatórios de haplótipos dentro da media dos grupos de
populações
FST Índice de Fixação que indica a correlação de pares aleatórios de haplótipos de uma
infrapopulação com pares aleatórios de haplótipos dentro da população total
GSS Genome Survey Sequences
He Heterozigosidade Esperada
Ho Heterozigosidade Observada
Kb Kilobases = 10
3
pares de bases
M Molar
Mb Megabases = 10
6
pares de bases
MG Minas Gerais
min Minutos
ml Mililitros = 10
-3
litros
mM Milimolar = 10
-3
Molar
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
x
mRNA RNA mensageiro
mtDNA DNA mitocondrial
ng Nanogramas = 10
-9
gramas
nt Nucleotídeos
OMS Organização Mundial de Saúde
ORESTES Open reading frames EST sequences
ORF Open reading frames
p/v Peso por volume
pb Pares de base
PCR Polymerase Chain Reaction
PCR-multiplex PCR em múltiplos loci
pg Picogramas = 10
-12
gramas
pH Potencial hidrogeniônico
pmol Picomoles = 10
-12
moles
PRE Polymorphic Repetitive Element
PVPP polivinilpolipirrolidone
RAPD Random Amplified Polymorphic DNA
rDNA DNA ribosomal
RFLP Restriction Fragment Lenght Polymorphism.
RNA Ácido ribonucléico
ROSE Rapid One Step Extraction
rRNA RNA ribossômico
R
ST
Índice de Fixação análogo ao F
ST
, porém utilizado para microssatélites.
S Coeficiente de sedimentação
SAGE Serial Analysis of Gene Expression
SDS Duodecil sulfato de sódio
seg Segundos
SmAE Schistosoma mansoni assembled ESTs
SNP Single Nucleotide Polymorphism
SRS Simple Repetitive Sequences
SSR Simple Sequence Repeats
STR Short Tandem Repeats Sequences
Taq Thermus aquaticus
TBE Tris Borato EDTA
TDR The Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases
TE Tris EDTA
TIGR The Institute for Genomic Reasearch
Tm Temperatura média de anelamento dos iniciadores
Tris Tri-hidroximetil amino metano
U Unidade
UPGMA Unweighet Pair Group Method Analysis
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
xi
v/v Volume por volume
VNTR Variable Number of Tandem Repeats
WGS Whole Genome Shotgun
WHO World Health Organization
RESUMO
xii
RESUMO
Apresentamos a utilização de 4 bibliotecas genômicas enriquecidas, como fonte de
microssatélites, para o estudo da estrutura genética de populações de Schistosoma mansoni. De
382 seqüências obtidas, 250 (65,4%) apresentaram loci de microssatélites. Onze destes loci foram
polimórficos quando testados em 100 vermes, com 2 a 19 alelos por loci. A heterozigosidade
esperada (He) foi de 0,79 e a observada (Ho) de 0,59. Apresentamos ainda um locus de
minissatélites, com uma porção interna variável composta por um microssatélite “CA”. Este
minissatélite e outros 3 loci de microssatélites, anteriormente descritos, mostraram sucesso na
diferenciação de cepas de S. mansoni e de 9 diferentes espécies do gênero Schistosoma.
Apresentamos também, a utilização de ovos individualizados de S. mansoni como fonte de DNA
para PCR, um novo protocolo, que utiliza resina de troca iônica, para extração do DNA e a
utilização de PCR-multiplex na genotipagem de ovos e vermes adultos de S. mansoni. O número
de alelos por locus não diferiu entre ovos e vermes e observamos ainda uma redução no número
de genótipos homozigotos nos vermes, em relação aos ovos. Tanto os ovos quanto os vermes
utilizados foram provenientes das amostras de fezes coletadas de moradores da área endêmica de
Virgem das Graças Minas Gerais. Analisamos ainda, entre 10 e 22 ovos, de outras 53
populações de parasitos, da mesma área, para a determinação de sua variabilidade genética. Para
se testar uma possível estruturação geográfica destas populações, estas foram divididas em 5
grupos, de acordo com sua origem geográfica dentro do município. Destas populações, 33 foram
coletadas de amostras de fezes pré-tratamento e 20, pós-tratamento quimioterápico. Nove
populações coletados antes e depois do tratamento foram comparadas para o estudo da influência
da quimioterapia sobre variabilidade genética. Foram utilizados nestas análises 5 loci de
microssatélites por apresentarem resultados consistentes com DNA de ovos e em PCR-multiplex.
Entre as 53 populações observamos que o número de alelos por locus variou de 2 a 13 e não
houve correlação entre variações no número de alelos por locus e o tratamento. A
heterozigozidade observada variou de 0,0 a 1,0. Com exceção de 13 populações, Ho foi sempre
menor que He. Em 39 das 53 populações, em pelo menos um locus, Ho foi significativamente
diferente de He (p<0,05) representando desvios do equilíbrio de Hardy-Weinberg. Não se
observou nenhum tipo de estruturação geográfica destas populações quando comparadas par a par,
em uma ou ambas as coletas, ou quando comparadas pré e pós-tratamento quimioterápico. Este
trabalho abre perspectivas promissoras no estudo e no entendimento de vários mecanismos
biológicos envolvidos nas interações parasito-hospedeiro, na patogenia e epidemiologia e até
numa futura quimioterapia da esquistossomose, doença que ainda hoje afeta, de maneira séria, e
em certos casos, fatal, cerca de 200 milhões de pessoas em mais de 70 paises.
ABSTRACT
xiii
ABSTRACT
We describe the development and use of genomic microsatellite markers for
Schistosoma mansoni genetic studies. Microsatellites were developed from microsatellite
enriched genomic libraries. We obtained sequence data from 382 clones and detected
microsatellites in 250 (65.4%) of the sequences. Eleven out of these loci were polymorphic
and presented between 2 to 9 alleles per loci when tested in 100 individual worms. The
average values of expected (He) and observed (Ho) heterozygosities were 0.79 and 0.59,
respectively. We also identified a minisatellite locus, which contained an internal CA repeat.
This minisatellite together with 3 previously described microsatellites loci, showed success in
the differentiation of S. mansoni strains and when applied in the differentiation of 9
Schistosoma species. We also developed a new DNA extraction protocol that uses S. mansoni
eggs as source of DNA. The genotyping reactions were conducted in a multiplex format. A
comparison between the use of adult worms or egg DNA indicated that allele number per
locus was the same. We also observed a reduction in homozygous genotypes in worms
relative to the eggs. To investigate the genetics of a parasite population from an endemic site
we obtained biological material from the village of Virgem das Graças, Minas Gerais. Ten to
22 eggs from other 53 parasite populations from the same area were analyzed in order to
determine its genetic variability. The 53 populations were divided into 5 groups in accordance
with their geographic origin in the village. Thirty-three out of these populations came from
samples collected before chemotherapy treatment and 20 after the treatment. In order to
evaluate the effects of chemotherapy in the genetic variability, 9 populations collected two
times, before and after treatment, were compared. Five microsatellite markers, that present the
consistent results in eggs and in multiplex-PCR, were selected to use in these analyses.
Among the 53 populations, allele number per locus varied from 2 to 13 and no correlation
could be established between this variation and the chemoterapic treatment. Observed
heterozygosity varied from 0.0 a 1.0. In all but 13 populations Ho was always lower than He.
In 39 out of 53 populations, Ho was significantly different from He for at least 1 locus
(p<0.05) showing no Hardy-Weinberg deviation. No genetic structuring was observed
between populations when comparing in pairs, or in one collect relative to other, neither when
comparing before and after chemoterapic treatment. This work opens interesting perspectives
for the study and knowledge of various biological points in parasite-host interaction,
pathogeny, and epidemiology and even in the chemotherapy of schistosomiasis, a diseases
affecting about 200 million people in more than 70 countries around the world.
INTRODUÇÃO
14
I - INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO
15
1 – INTRODUÇÃO
1.1 - Aspectos gerais da esquistossomose
A esquistossomose é uma doença parasitária crônica, debilitante e, em alguns casos,
fatal. A doença afeta indivíduos principalmente em áreas rurais, sendo endêmica em 74 países
tropicais e subtropicais, atingindo cerca de 200 milhões de indivíduos, 170 milhões na África
Sub-Saariana e outros 30 milhões no Norte da África, Ásia e América do Sul. Estima-se que
no mundo 600 milhões de pessoas estejam sob risco de infecção, (WHO, 2002), sendo entre 6
e 12 milhões somente no Brasil (Katz & Peixoto, 2000).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquistossomose é a terceira
doença tropical de maior importância sócio-econômica e de saúde pública do mundo,
figurando entre as doenças de categoria 2 no portfolio do TDR/OMS, ou seja, aquelas para as
quais existem estratégias de controle, mas o peso da doença para a humanidade persiste,
(Remme et al., 2002). Por ano ocorrem aproximadamente 11 mil mortes diretamente
relacionadas à esquistossomose. Seqüelas clínicas tardias e a mortalidade/morbidade indireta
causadas pela esquistossomose estão relacionadas a 200 mil mortes por ano (TDR Staff,
2005). O número de Disability Adjusted Life Years (DALYs) provenientes da
esquistossomose atinge 1,7 milhões. Um trabalho mais recente, sobre doenças negligenciadas,
aponta uma taxa de mortalidade de 280 mil e um DALYs de 4,5 milhões somente na África
(Hotez et al., 2006).
A esquistossomose é causada por um trematódeo do gênero Schistosoma. Merecem
destaque, por sua importância médica, as espécies Schistosoma mansoni, S. haematobium e
S. japonicum. O S. mansoni é a espécie com maior distribuição geográfica e a única espécie
presente no Brasil (Johnston et al., 1993).
O controle da doença atualmente consiste na quimioterapia, seja para os grupos de risco
(escolares, trabalhadores rurais) ao nível das comunidades ou de indivíduos com diagnostico
de infecção. Quando medidas efetivas de diagnóstico e quimioterapia são aliadas à educação
para a saúde, medidas sanitárias, distribuição de água potável e controles de caramujos, a
transmissão da doença pode ser eficientemente eliminada, como no Japão, partes da China e
do Brasil. Em contraste, na África sub-Saariana, estima-se que a esquistossomose perca
apenas para a malária como causa de morbidade entre as doenças tropicais (TDR Staff, 2005).
O tratamento atual para as esquistossomoses é baseado principalmente no praziquantel,
que foi introduzido aproximadamente há 25 anos e se apresenta seguro, bem tolerado e efetivo
em dose única (Cioli & Pica-Mattoccia, 2003; Doenhoff & Pica-Mattoccia, 2006; Gryseels et
INTRODUÇÃO
16
al., 2006). Entretanto, falhas no tratamento têm sido reportadas e creditadas ao grande número
de parasitos imaturos, à rapidez da reinfecção (Cioli, 2000; Gryseels et al., 2001), e à possível
resistência dos parasitos à droga (Cioli & Pica-Mattoccia, 2003; Gryseels et al., 2006). A
oxaminiquina pode ser usada como droga alternativa, mas, não apresenta efeitos contra o S.
haematobium, pode provocar efeitos colaterais pronunciados, tem um custo bem mais elevado
que o do praziquantel (Gryseels et al., 2006) e também foi demonstrada a existência de
parasitos com resistência a esta droga (Cioli et al., 1992). Infecções repetidas induzem algum
grau de imunidade em humanos, assim, uma vacina efetiva poderia oferecer uma alternativa
promissora à quimioterapia ou ser usada conjuntamente a esta. Porém, esta vacina ainda não
está disponível (TDR Staff, 2005).
1.2 - O parasito
O Schistosoma mansoni é um parasito que apresenta dimorfismo sexual na fase adulta, e
um ciclo com alternância de gerações entre um hospedeiro intermediário, molusco do gênero
Biomphalaria, e os hospedeiros definitivos vertebrados, incluindo o homem. A transmissão da
doença ocorre quando do contato do homem com águas infestadas por larvas do parasito, as
cercárias. O ciclo de vida do parasito se inicia com a penetração das cercárias na pele do
hospedeiro definitivo, onde se transformam em esquistossômulos que migram para os
pulmões, aonde chegam cerca de 7 dias após a penetração. Do pulmão os esquistossômulos
migram para o sistema porta-hepático onde se transformam em vermes que se acasalam para
terminar a maturação. Após a maturação os vermes adultos acasalados movimentam-se contra
a corrente sanguínea e se alojam no plexo mesentérico, produzindo dezenas de ovos por dia
(Pellegrino & Coelho, 1978; Valadares et al., 1981). Parte dos mais de 300 ovos produzidos
diariamente por cada par fica retida na mucosa intestinal e nos capilares do sistema porta do
hospedeiro, sendo estes os principais causadores da patogenia da doença. Ocasionalmente os
ovos podem se alojar em outros tecidos e causar doenças como a neuroesquistossomose
(Ferrari, 2004; Araujo et al., 2006). O restante dos ovos é eliminado com as fezes e em
contato com a água eclodem liberando miracídios. Estes infectam novos caramujos do gênero
Biomphalaria, nos quais, cada miracídio se transforma em esporocisto I. Cada esporocisto I,
por poliembrionia, origina 150 a 200 esporocistos II. Estes migram para as glândulas
digestivas e ovoteste do caramujo, originando as cercárias que serão liberadas na água
fechando assim o ciclo evolutivo do parasito (Figura 1).
INTRODUÇÃO
17
Figura 1 - Ciclo de vida do S. mansoni. (http://rgmg.cpqrr.fiocruz.br/)
1.3 - Genoma do S. mansoni
S. mansoni tem um genoma diplóide com 7 pares de cromossomos autossômicos e um
par de cromossomos sexuais (Short et al., 1979). O gênero Schistosoma juntamente com os
outros da família Schistosomatidae foram os primeiros, dentre os platelmintos parasitos, a
desenvolverem dimorfismo sexual e cromossomos sexuais heteromórficos (Johnston et al.,
1993). A fêmea é heterogamética, possuindo o par de cromossomos sexuais ZW e o macho o
par ZZ (Short & Menzel, 1960; Short & Grossman, 1981). Os cromossomos variam em
tamanho de 18 a 73 Megabases (Mb) e podem ser distinguidos também pela forma e padrão
de bandas C (Short & Grossman, 1981). O tamanho do genoma haplóide é de
aproximadamente 270Mb com um conteúdo CG de 29,4% (Simpson et al., 1982; Marx et al.,
2000). A metilação do DNA genômico não é observada no parasito adulto (Fantappie et al.,
2001). O genoma do parasito é constituído de 4% a 8% de seqüências de DNA altamente
repetitivas (>1.000 cópias), 35% a 40% de seqüências de média repetitividade (~100 cópias) e
INTRODUÇÃO
18
60% de seqüências correspondentes a famílias de genes ou regiões de cópia única (Simpson et
al., 1982).
A primeira região de DNA repetitivo descrita em S. mansoni consistiu do complexo
gênico que codifica o RNA ribosomal (rDNA) (Simpson et al., 1984). Este complexo ocorre
como uma unidade de 10 Kilobases (Kb), repetida em tandem, com uma abundância em torno
de 100 unidades por genoma haplóide. Cada unidade repetitiva codifica para as três espécies
conservadas de rRNA de eucariótos: 5,8S, 18S, e 28S, separadas por duas regiões espaçadoras
(Simpson et al., 1984; van Keulen et al., 1985). A família de rDNA é polimórfica com
aproximadamente 10% das unidades repetitivas mostrando heterogeneidade de tamanho
(Simpson et al., 1984). A análise de seqüências de rDNA nuclear (5,8S, 18S, e 28S) e rDNA
mitocondrial (16S rDNA) de várias espécies de Schistosoma permitiu estudos filogenéticos de
grande importância, assim como a discriminação entre espécies, cepas, sexo (McCutchan et
al., 1984; Ali et al., 1991; Despres et al., 1992; Johnston et al., 1993; McManus & Hope,
1993) e até mesmo entre populações de S. mansoni sensíveis e resistentes ao hicantone ou à
oxaminiquina (McManus & Hope, 1993).
Várias outras seqüências de DNA repetitivo foram descritas em S. mansoni. Algumas
estão presentes somente em fêmeas, localizando-se no cromossomo W (Spotila et al., 1987;
1989; 1991; Webster et al., 1989; Gasser et al., 1991; Schwarzenbach et al., 2004). A
seqüência repetitiva de W1 consiste de uma seqüência degenerada de 476 pares de bases (pb),
pode estar presente em até mais de 500 cópias no cromossomo W. Esta região foi utilizada
como sonda (Webster et al., 1989) e posteriormente, como alvo para a reação em cadeia da
polimerase (PCR) (Dias-Neto et al., 1993a), na sexagem de cercárias.
Seqüências repetitivas, distribuídas de maneira aleatoria ou em arranjos pelo genoma,
foram encontradas como parte da estrutura de RNA mensageiros (mRNA), sendo até mesmo
traduzidas em proteínas (Spotila et al., 1991; Smith et al., 1992). Uma delas é o elemento
repetitivo polimórfico (PRE) de 62 pb que está presente em transcritos de vários tamanhos em
vermes adultos. Um destes mRNAs corresponde ao gene SM750. O transcrito maduro possui
na sua extremidade 3’, anterior à cauda poli A, 5 cópias diretas do PRE, sendo que parte da
primeira repetição está contida dentro da única janela de leitura aberta (ORF), composta de 57
aminoácidos (Spotila et al., 1991). Curiosamente, um minissatélite polimórfico encontrado no
DNA mitocondrial (mtDNA) do parasito possui algumas regiões idênticas à SM750, que
contém várias cópias em tandem do PRE. O significado deste achado ainda é desconhecido,
INTRODUÇÃO
19
mas foi sugerida uma possível transferência desta seqüência do núcleo para a mitocôndria
(Pena et al., 1995).
O estudo do transcriptoma de S. mansoni foi uma iniciativa brasileira, financiada por
agências locais, e que teve início em 1992 (Franco et al., 2000). A partir de 1994, a OMS
iniciou o financiamento da Rede Genoma de Schistosoma para a descoberta de novos genes
com o objetivo final de identificar novos alvos para o desenvolvimento de drogas e vacinas.
Durante este período a comunidade científica mundial produziu aproximadamente 16.000
etiquetas de seqüências expressas (ESTs) (Oliveira & Johnston, 2001). Posteriormente, 2
outros grandes projetos de seqüenciamento do transcriptoma do S. mansoni foram realizados
(Franco et al., 2000; Verjovski-Almeida et al., 2003; Oliveira & Bahia, 2004).
Um dos projetos, financiado pela FAPESP/MCT/CNPq, utilizou uma biblioteca
normalizada de verme adulto e minibibliotecas de ORESTES (sigla em inglês para Open
reading frames EST sequences) de 6 estágios do ciclo de vida do parasito (Verjovski-Almeida
et al., 2003). O projeto gerou 124.681 ORESTES de S. mansoni. As seqüências foram
agrupadas resultando em 30.988 Schistosoma mansoni assembled ESTs” (SmAE),
correspondendo a aproximadamente 92% do transcriptoma. Dentre as SmAEs anotadas, 23%
encontraram identidade com outras seqüências de S. mansoni depositadas, tendo 2% delas
identidade com genes conhecidos e 21% com ESTs depositadas no dbest. Os outros 77% não
encontraram identidade com seqüências de S. mansoni, sendo descritas como novos genes
relatados de S. mansoni. Destas, 1% apresentou identidade com proteínas de S. mansoni
conhecidas, sendo descritos como novos parálogos, 20% descritos como ortólogos de genes
de outros organismos, e 55% sem relação com nenhum outro gene relatado de outras
espécies (Verjovski-Almeida et al., 2003). A comparação das ESTs de S. mansoni com
seqüências dos bancos de dados permitiu identificar um grande número de genes de interesse.
Foi possível classificar por Gene Ontology” 8.001 ESTs, obtendo-se principalmente
proteínas envolvidas em metabolismo e processos biológicos (Verjovski-Almeida et al.,
2003).
O segundo projeto, financiado pela FAPEMIG/MCT/CNPq, consistiu de uma rede
genômica formada por instituições do Estado de Minas Gerais que teve como objetivo
caracterizar o transcriptoma de diferentes estágios de desenvolvimento do parasito, a partir da
geração de 70 mil ESTs convencionais. Esse projeto contribuirá na complementação do
projeto desenvolvido em São Paulo e também, será indispensável em estudos de proteoma e
SAGE (sigla em inglês para Serial Analysis of Gene Expression) (Oliveira & Bahia, 2004;
INTRODUÇÃO
20
Shaikenov et al., 2004). Até o final de 2004, foram geradas 74 mil ESTs das diferentes fases
do parasito, ainda não disponíveis nos bancos de dados públicos (rgmg.cpqrr.fiocruz.br). Até
o momento, mais de 150.000 ESTs foram depositadas pela comunidade científica na divisão
dbest do GenBank. O baixo nível de redundância indica que ainda existam muitos novos
genes para serem gerados pelas bibliotecas disponíveis (Oliveira & Bahia, 2004).
Os institutos TIGR (The Institute for Genomic Reasearch) e Sanger foram os
responsáveis pelo seqüenciamento em larga escala do genoma de S. mansoni, gerando juntos,
uma cobertura igual a 9 vezes o tamanho do genoma completo, estimando-se que menos de
0,5% do genoma não tenha sido seqüenciado. A estratégia de seqüenciamento utilizada foi de
“Whole Genome Shotgun” (WGS), por seleção aleatória de clones e com seqüenciamento de
ambas as extremidades. Estas seqüências estão atualmente sendo montadas e anotadas
(Oliveira & Bahia, 2004; El Sayed et al., 2004) e um banco de dados genômico está em fase
de construção pelo nosso grupo (www.schistodb.net) alem do Genedb (www.genedb.org).
Para uma revisão mais completa sobre genoma e genômica de Schistosomas ver Oliveira
e cols., (2004) anexo I, e Verjovski-Almeida e cols., (2007) A contribuição brasileira para
estas pesquisas será publicada em um número da Acta Tropica ainda em 2007.
Atualmente a abordagem mais promissora para a identificação de novos alvos de
drogas, vacinas e reagentes para diagnóstico, assim como para a compreensão da resistência
às drogas, diversidade antigênica, infectibilidade e patologia, consiste em compreender e
decifrar, com o auxilio das ferramentas de bioinformática, as informações nos genomas dos
parasitos (Remme et al., 2002; TDR Staff, 2005).
1.4 - Variabilidade fenotípica do S. mansoni
Características como variações morfológicas, diferenças de infectividade em moluscos
e/ou vertebrados, resistência às drogas, já foram citadas como possível conseqüências da
variabilidade genética do S. mansoni. Em 1963, Paraense e Corrêa, publicam ao mesmo
tempo, dois trabalhos nos quais relatam ligações entre variações nas taxas de infecção de
diferentes cepas Biomphalaria glabrata por uma cepa de S. mansoni, (Paraense & Correa,
1963b), e diferenças nas taxas de susceptibilidade de cepas de B. tenagophila (Paraense &
Correa, 1963a), a diferentes cepas de S. mansoni. Em 1988 Dias e cols., mostram diferenças
nas taxas de infecção de duas linhagens de Biomphalaria glabrata por cepas resistentes e
susceptíveis de S. mansoni, com as cepas resistentes sendo menos infectivas. Em 1973, Katz e
INTRODUÇÃO
21
cols., após estudarem 2 pacientes que permaneciam infectados mesmo depois de passarem por
três tratamentos consecutivos em um período de 15 meses, publicam, pela primeira vez na
literatura, trabalho demonstrado a existência de cepas resistentes de S. mansoni provenientes
de pacientes tratados. Resultados semelhantes são apresentados por Dias e cols., (1982) e
Coles e cols., (1986; 1987) e por Drescher e cols., (1993), ao estudar cepas provenientes de
pacientes previamente tratados com oxaminiquina e/ou praziquantel. Trabalho de 1980,
publicado por Araújo e cols., mostra as diferenças no percentual de queda na produtividade de
ovos em diferentes cepas de S. mansoni após tratamento com hicantone ou oxaminiquina. Em
todos estes trabalhos as variações fenotípicas apresentadas pelo parasito são atribuídas à sua
variabilidade genética (McManus & Hope, 1993). Neste sentido, o conhecimento da
variabilidade genética intra e interespecífica do parasito é considerado de fundamental
importância para a compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos nas interações
parasito-hospedeiro, na patogenia e epidemiologia da doença.
1.5 - Estudo da variabilidade genética do S. mansoni
Várias abordagens foram utilizadas para se estudar a variabilidade genética do S.
mansoni. Inicialmente esta variabilidade foi avaliada através da análise eletroforética de
isoenzimas. Fletcher e cols., (1981b) realizaram estudos com cepas de S. mansoni que
apresentavam diferenças em relação ao nível de infectividade em B. glabrata. Foi observado
que 3 de 18 loci estudados mostravam-se polimórficos, sem, entretanto, ter sido determinada
uma clara correlação entre infectividade e polimorfismo isoenzimático (Fletcher et al.,
1981ac; LoVerde et al., 1985ab). Navarro e cols., (1992) utilizaram a mesma técnica para o
estudo de cepas de diferentes regiões geográficas, observando diferenças entre as cepas.
Porém, quando analisaram vermes individuais todos os loci mostraram-se monomórficos para
os vermes de uma mesma cepa.
A técnica de Southern blotting foi a segunda técnica de análise molecular utilizada para
o estudo do genoma do S. mansoni. A utilização de sondas de DNA ribosomal (rDNA), foi
descrita para a distinção de espécies, cepas e sexo deste parasito (McCutchan et al., 1984;
Simpson et al., 1984; van Keulen et al., 1985). Marcadores moleculares detectáveis como
polimorfismos de tamanho de fragmentos de restrição RFLP (sigla em inglês para Restriction
Fragments Length Polymorphisms) foram correlacionados com o surgimento de resistência ao
hicantone em S. mansoni (Brindley et al., 1991), o que, entretanto, não foi encontrado por
INTRODUÇÃO
22
Vieira et al., (1991), em relação à resistência à oxaminiquina, quando utilizando a mesma
técnica.
Resultados obtidos utilizando RAPD (sigla em inglês para Random Amplified
Polymorphic DNA), com diferentes cepas e populações de S. mansoni, isoladas de regiões
geograficamente distantes como o Brasil e a África, ou mantidas por diferentes intervalos de
tempo em laboratório, mostraram um alto grau de similaridade entre as cepas estudadas
(Barral et al., 1993; Dias-Neto et al., 1993b; Pinto et al., 1997). Os primeiros autores
encontraram apenas 5% de polimorfismo entre as mais de 300 bandas obtidas através do uso
de 50 iniciadores, confirmando os achados obtidos por isoenzimas e sondas de rRNA.
A análise de polimorfismos de tamanho de regiões do DNA mitocondrial (mtDNA)
também já foi usada no estudo da variabilidade em S. mansoni. Este marcador mostrou
variabilidade dentro do gênero Schistosoma (Despres et al., 1991; 1992; Le et al., 2000), e
entre diferentes clones de uma mesma cepa de S. mansoni (Pena et al., 1995; Jannotti-Passos
et al., 1997). Recentemente, quatro regiões do mtDNA (COI, 16S-12S rDNA, cyt b-ND4L-
ND4 e NDI) correspondendo a um fragmento de aproximadamente 2500pb foram utilizadas
em estudos filogeográficos (Morgan et al., 2005). Foram comparados 143 espécimes de S.
mansoni coletados de 53 localidades da África, Ásia, América do Sul e Caribe. Neste estudo
foram encontrados 85 diferentes haplótipos possibilitando a separação dos espécimes
estudados em 5 grupos, 3 exclusivamente do leste africano, sugerindo ser ali o local de origem
da espécie. Este trabalho mostrou também a ocorrência de um pequeno número de haplótipos
(7) no Novo Mundo, sugerindo a recente introdução deste parasito nas Américas (Morgan et
al., 2005). O principal problema com o uso do mtDNA é que, devido à herança materna as
análises refletirão apenas um lado dos processos genealógicos apresentados pela espécie ou
população em estudo (Hartl & Clark, 1997).
Os marcadores do tipo polimorfismos de base única (SNP) representam uma fonte
abundante de alelos de um determinado gene, podendo estar presentes em quase todos os loci
gênicos, sendo, por esta abundância, mais informativos que microssatélites. Entretanto,
poucos destes marcadores haviam sido identificados em S. mansoni (Oliveira & Johnston,
2001; Blanton et al., 2005). Recentemente nosso grupo identificou um grande número de
SNPs após uma análise global do transcriptoma do parasito (Simões et al., 2007).
Devido à homogeneidade genotípica apresentada por S. mansoni frente aos marcadores
citados, exceto SNPs, a busca de outros marcadores polimórficos que detectem um maior grau
de variabilidade e, que sejam mais adequados aos estudos de genética de populações neste
INTRODUÇÃO
23
parasito é imprescindível. Neste contexto, os microssatélites têm se mostrado como um dos
mais promissores marcadores disponíveis atualmente.
1.6 - Os microssatélites.
Microssatélites, também conhecidos como: seqüências curtas repetidas em tandem,
STR (short tandem repeats sequences), repetições de seqüências simples, SSR (simple
sequence repeats) ou seqüências repetitivas simples, SRS (simple repetitive sequences), são
regiões de DNA repetitivo, compostas de pequenos motivos de no máximo 6pb repetidos em
tandem, e presentes em genomas de eucariotos e procariotos (Field & Wills, 1996; Toth et al.,
2000). Amplamente utilizados como marcadores genéticos os microssatélites têm como
especial atributo o fato de apresentarem maiores taxas de mutação que o restante do genoma
(Jarne & Lagoda, 1996) o que gera polimorfismos nas populações. Estudos in vitro e in vivo
indicaram que loci de microssatélites são altamente instáveis, possuindo algumas das maiores
taxas de mutação já observadas. As taxas de mutação em humanos se encontram na ordem de
10
–2
a 10
–6
repetição por locus por geração (Ellegren, 2000; Sia et al., 2000).
Os microssatélites são classificados de acordo com tipo de repetição como perfeitos,
imperfeitos, interrompidos e compostos (Weber, 1990). Nos perfeitos existe um motivo único
de repetição, sem interrupções (TATATATATA), enquanto que nos imperfeitos, existe uma
base diferente intercalada na seqüência que se repete (TATATACTATATA). No caso do
interrompidos uma pequena seqüência, diferente da principal, dentro da repetição
(TATATACGTGTATATATA). Nos compostos, uma repetição perfeita ou imperfeita
associada a outra repetição com motivo diferente (TATATATAGTGTGTGTGT).
Até poucos anos atrás os microssatélites eram tidos como marcadores seletivamente
neutros e não afetados por pressões seletivas. Entretanto, hoje existem evidências de que a
expansão no número de repetições pode causar doenças em seres humanos, por exemplo, a
doença de Huntington e causada pelo aumento do comprimento do bloco de repetição CAG
presente no gene para proteína de huntington localizado no cromossomo 4 (Rubinsztein,
1999). Estas expansões podem estar ligadas à inativação do sistema de reparo de DNA,
gerando instabilidade nos microssatélites. Instabilidades em repetições de microssatélites
estão presentes em aproximadamente 15% dos casos de câncer de cólon intestinal (Grady,
2004) e é a única forma de mutação ligada a mais de 40 desordens neurológicas,
neurodegenerativas e neuromusculares, especialmente na classe dos trinucleotídeos
INTRODUÇÃO
24
(Rubinsztein, 1999; Cummings & Zoghbi, 2000; Everett & Wood, 2004; Pearson et al.,
2005).
A estratégia utilizada para analisar o polimorfismo dos microssatélites é a
amplificação pela PCR usando um par de iniciadores específicos flanqueando o segmento
com as repetições e a verificação do tamanho do fragmento amplificado por eletroforese.
Embora extensivamente utilizados nas mais variadas áreas da genética a dinâmica
mutacional destes marcadores não é ainda bem conhecida (Schlotterer, 2000). Vários
mecanismos moleculares foram propostos como responsáveis pela geração da variabilidade
dos loci de microssatélites, incluindo erros durante a recombinação, “crossing-over” desigual
e o deslizamento das fitas do DNA durante a replicação – “DNA polymerase slippage
(Strand et al., 1993; Ellegren, 2000).
Com relação aos erros durante a recombinação, foi mostrado que cepas de
Escherichia coli, com ou sem sistema de recombinação funcional, apresentaram as mesmas
taxas de mutação, sugerindo que a recombinação não era o mecanismo predominante na
geração da variabilidade em microssatélites (Levinson & Gutman, 1987).
Quando ocorre crossing-over desigual, pode haver mudanças como a perda ou o ganho
de grande número de repetições. Isto se deve à formação de alças nas regiões de
microssatélites (Figura 2), significando que parte de diferentes tamanhos de cada cromossomo
serão trocadas e que um dos homólogos receberá um grande número de repetições enquanto o
outro receberá um pequeno número (Oliveira et al., 2006).
INTRODUÇÃO
25
Figura 2 - Representação esquemática do crossing-over desigual entre 2 cromossomos homólogos. As regiões
cinza e preta correspondem a sequências de microssatélites (Oliveira et al., 2006).
Durante a replicação as fitas de DNA podem se desanelar e se anelar novamente em
locais errados formando alças. Em conseqüência, após o reanelamento, se a alça formada
estiver na fita molde do DNA haverá uma contração do microssatélite com redução no
número de repetições. Por outro lado, se esta alça estiver na fita que estiver sendo formada,
haverá uma expansão do microssatélite com aumento no número de repetições (Figura 3).
Altas taxas de deslizamento foram demonstradas, mas parecem levar somente a
pequenas alterações no número de repetições (Hentschel, 1982; Streisinger & Owen, 1985;
Schlotterer & Tautz, 1992). Este mecanismo pode desestabilizar o microssatélite, seja por não
haver sistema de reparo efetivo para as alças do DNA ou por alterações na DNA polimerase
ou seus co-fatores, resultando em altas taxas de deslizamentos. Mutações nos genes do
sistema de reparo de DNA aumentam em mais de 700 vezes a instabilidade de microssatélites
em E. coli (Bichara et al., 2000), leveduras (Strand et al., 1993; Sia et al., 1997) e células de
mamíferos (Kolodner & Marsischky, 1999), enquanto que mutações afetando os domínios
DNA polimerase produzem efeitos menos drásticos (Sia et al., 1997).
INTRODUÇÃO
26
Figura 3 - Representação esquemática do deslizamento das fitas do DNA durante a replicação DNA polymerase
slippage model”. Durante a replicação as fitas desanelam e ao reanelar podem formar alças. Conforme as alças
estejam na fita nascente ou na fita molde irá ocorrer a formação de um novo alelo com a inserção ou deleção de
uma unidade de repetição (Kokoska et al., 1998).
Devido ao fato de apresentarem herança mendeliana, ampla distribuição no genoma, alto
nível de polimorfismo e serem facilmente analisáveis por PCR, os microssatélites têm se
tornado uma fonte precisa de informações sobre genética e evolução de populações (Wilson &
Balding, 1998).
Análises de microssatélites são empregadas com propósitos forenses (Pinheiro et al.,
1997), genética de populações de humanos (Santos et al., 1993) e dos mais diferentes tipos de
animais: mamíferos (Ishibashi et al., 1997), aves (Gibbs et al., 1996), peixes (Zheng et al.,
1995), insetos (Solano et al., 1997), moluscos (Jarne et al., 1994); plantas (Lopes et al., 2006),
fungos (Groppe et al., 1995), protozoários (Russell et al., 1999; Oliveira et al., 1999), e outros
microrganismos (Field & Wills, 1996; King et al., 1997), além de aplicações em estudos de
sócio-biologia, tais como, padrões de acasalamento, organização social de populações e
outros (Schlotterer & Pemberton, 1994).
Inserção
Deleção
Alça na fita nascente
Alça na fita molde
INTRODUÇÃO
27
No campo da parasitologia, os microssatélites foram descritos no estudo de diversos
parasitos, tanto humanos como animais. Na parasitologia humana podemos citar a
identificação de microssatélites em diferentes espécies do gênero Plasmodium
(van Belkum et
al., 1992)
com especial referência à espécie Plasmodium falciparum, parasito responsável pela
malária em humanos (Su & Wellems, 1996). Citamos ainda a descrição de microssatélites em
tripanosomatídeos como Trypanosoma cruzi, parasito causador da doença de Chagas (Oliveira
et al., 1999) e Leishmania spp (Rossi et al., 1994; Rodriguez et al., 1997; Russell et al., 1999).
No campo da parasitologia animal podemos citar, entre outros, a identificação e utilização de
microssatélites na diferenciação de isolados de Trichinella pseudospiralis, parasito de aves e
mamíferos, provenientes da América do Norte, Europa e Austrália (Zarlenga et al., 1996), e
de populações do nematóide Haemonchus contortus, parasito gastrintestinal de ovinos e
caprinos provenientes da Europa, África e Ásia (Hoekstra et al., 1997).
1.7 - Os microssatélites na análise de populações de S. mansoni.
Os primeiros trabalhos descrevendo a presença e variabilidade de microssatélites em S.
mansoni datam de 2000 (Durand et al., 2000). Naquele trabalho os autores estudaram
populações do parasito de ratos silvestres (Rattus rattus), naturalmente infectados, na ilha de
Guadalupe e descreveram 33 loci obtidos de análises de bancos de dados e de bibliotecas
enriquecidas, dos quais 11 mostraram-se polimórficos, com 2 a 8 alelos por locus. Em 2001,
Blair e cols., (2001) isolaram e caracterizaram 10 outros loci polimórficos de bancos de dados
e em uma biblioteca genômica do verme. Com estes marcadores os autores analisaram três
populações de parasitos da África, encontrando entre 2 e 6 alelos por locus e uma
heterozigosidade entre 0,33 e 1,0, demonstrando alta variabilidade tanto intra quanto
interpopulações. Também em 2001, Curtis e cols., (2001) descreveram 5 outros loci
polimórficos em isolados de S. mansoni, com 5 a 8 alelos por locus e heterozigosidade entre
0,58 e 0,70. Estes autores mostraram ainda resultados da amplificação destes marcadores em
outras espécies do gênero. Em 2002, analisando os bancos de dados do Genbank, nosso grupo
selecionou 6 loci que foram utilizados em estudos comparando uma cepa de S. mansoni
mantida em laboratório (LE) a isolados de campo do parasito (Rodrigues et al., 2002a). Foram
observados em média, 9,5 alelos por locus na cepa LE e de 14,5 nos isolados de campo,
sugerindo maior variabilidade nos isolados de campo. Ainda em 2002 nosso grupo detectou
outros 2700 loci em seqüências genômicas (GSS) e outros 100 loci em bibliotecas
INTRODUÇÃO
28
enriquecidas para microssatélites (Rodrigues et al., 2002b). Em 2004, Stohler e cols., (2004)
ao estudar cepas de laboratório e isolados de campo observaram, nas cepas de laboratório, um
número médio de alelos variando entre 10 e 14% daquele encontrado para os isolados de
campo, sugerindo também, maior variabilidade nestes que nas cepas de laboratório (Stohler et
al., 2004). Ao estudar populações de ratos silvestres (R. rattus) naturalmente infectados na
ilha de Guadalupe, foi observada a existência de maiores diferenças genética entre fêmeas do
que entre machos de um mesmo hospedeiro. Isto implica em um padrão aleatório na escolha
de parceiros sexuais (pangamia) entre os vermes, resultando em baixo nível de endogamia
(Prugnolle et al., 2004ab). Ainda usando microssatélites, estes autores estudaram o padrão de
dispersão deste parasito entre seus hospedeiros intermediários e definitivos, mas não
observram correlações entre as distâncias genéticas das populações de parasitos e as das
populações de caramujos ou ratos (Prugnolle et al., 2005).
Em 2006 Agola e cols., compararam a estrutura e a diversidade genética de 7
populações de parasitos de diferentes localidades do Kenia. Neste trabalho, utilizando 5 loci
de microssatélites, os pesquisadores observaram um alto nível de diversidade genética e
diferenças entre as populações. Estes dados indicam uma estruturação das populações, o que
se deve ao limitado fluxo gênico entre elas e ao seu grande tamanho.
Trabalho publicado em 2007 (Gower et al., 2007) descreve o uso de miracídios e da
PCR multiplex, na análise genética de 7 isolados de S. mansoni em Uganda. Neste trabalho é
feita a comparação de amostras de miracídios diretamente isoladas de fezes humanas, com
vermes adultos e miracídios oriundos de infecções de caramujos de laboratórios, também por
miracídios destes mesmos isolados. As análises do material passado pelo laboratório mostram
uma errônea estruturação geográfica destas populações indicando os possíveis problemas
causados pela amostragem indireta em populações de S. mansoni. Este mesmo grupo havia
utilizado metodologia semelhante na genotipagem de miracídios de S. japonicum infectando
animais silvestres na China e nas Filipinas (Shrivastava et al., 2005). Naquele trabalho os
autores apresentam o uso de miracídios como uma forma de estimar de maneira acurada e
ética, a estrutura genética de populações de parasitos que apresentam múltiplos hospedeiros
definitivos.
Todos os trabalhos realizados até o momento com microssatélites ou outros marcadores,
utilizaram como fonte de DNA principalmente vermes adultos, e em alguns casos, cercárias
de S. mansoni e agora miracídios. O problema chave para o estudo com schistosomas até
então era a não disponibilidade de parasitos adultos ou em estagio larval (cercarias), o que
implicava na necessidade e custos da manutenção de pelo menos parte do ciclo do parasito em
INTRODUÇÃO
29
laboratório além de significar a seleção artificial de genótipos (Gower et al., 2007). Outro
problema com os microssatélites utilizados é que quase todos derivam de sequências de
cDNA que estão sujeitas a pressões seletivas. Neste trabalho foi aumentado
significativamente o número de marcadores não derivados de cDNA, com o uso de bibliotecas
genômicas e diminuídos os custos do trabalho com a utilização de ovos como fonte de DNA
do parasito.
JUSTIFICATIVA
30
II - JUSTIFICATIVA
JUSTIFICATIVA
31
2 - JUSTIFICATIVA
2.1 – Justificativa
Os estudos dos padrões genéticos de populações do parasito contribuem para o
entendimento da dinâmica da doença, especialmente em áreas endêmicas sob a pressão de
quimioterapia. Todos os trabalhos realizados até o momento, com os mais diversos
marcadores, comparam populações de diferentes localidades geográficas ou obtidas em
diferentes intervalos de tempo, e utilizam como fonte de material genético cercárias e/ou
vermes adultos, e mais recentemente miracídios (Gower et al., 2007). Em nosso trabalho
iremos aumentar significativamente o número de marcadores disponíveis e comparar
infrapopulações de uma determinada área utilizando ovos individuais do parasito como
material genético. Esperamos assim, descartar a influencia dos filtros genéticos, representados
pelos moluscos e vertebrados de laboratório, e podermos determinar com maior precisão o
“pool” gênico dos parasitos de cada paciente. Teremos desta forma um retrato bastante fiel do
perfil genético destas populações de parasitos. Analisaremos a estruturação e a variabilidade
genética das infrapopulações de parasitos infectando cada um dos moradores de uma área
endêmica e o impacto ocorrido nesta variabilidade após o tratamento com a quimioterapia
usual. Estas informações poderão ser úteis no desenho de futuras estratégias de controle da
doença.
OBJETIVOS
32
III - OBJETIVOS
OBJETIVOS
33
3- OBJETIVOS
3.1 – Objetivo geral
Determinar a variabilidade e a estrutura inter e intrapopulacional do Schistosoma
mansoni infectando pessoas residentes em área endêmica.
3.2 – Objetivos específicos
1 Identificar marcadores genômicos polimórficos do tipo microssatélites para S. mansoni.
2 Desenvolver metodologia para o uso de ovos de S. mansoni como fonte de material
genético.
3 Determinar a diversidade genética dos parasitos infectando humanos em Virgem das
Graças.
4 Avaliar a influência da quimioterapia na diversidade genética dos parasitos infectando
humanos em Virgem das Graças.
METODOLOGIA
34
IV - METODOLOGIA
METODOLOGIA
35
4
– METODOLOGIA
4.1 – A identificação de microssatélites em seqüências de S. mansoni
Para o desenvolvimento de marcadores seguimos simultaneamente duas abordagens.
Na primeira, 4 bibliotecas genômicas enriquecidas para seqüências repetitivas de AAT, CA,
GA e TAGA (fragmentos entre 300 e 700bp) foram construídas e clonadas em pUC19 pela
Genetics Information System, Chatsworth, CA. Clones recombinantes foram transformados
em Escherichia coli, DH5α e selecionados em placas de LB/agar contendo X-gal 800µg/ml,
IPTG 800µg/ml e ampicilina 0,1µg/µl (Invitrogen). As colônias brancas foram coletadas e
crescidas a 37°C em 5ml LB com ampicilina (0,1µg/µl) sob agitação. Plasmídeos foram
preparados com R.E.A.L. prep 96 plasmid Kit (Qiagen), seguindo instruções do fabricante e
seqüenciados em seqüenciador automático de DNA (ALF – Pharmacia) usando Thermo
Sequenase Fluorescent Primer Kit (Amersham Biosciences)
A segunda abordagem foi a busca por sequências apresentando microssatélites, dentre
as seqüências de DNA transcritas - ESTs (expressed sequence tags) e seqüências genômicas
(BACs ends) depositadas em bancos de dados públicos. As seqüências obtidas das bibliotecas
e as depositadas nos bancos de dados foram agrupadas com o programa CAP3 (Huang &
Madan, 1999) e analisadas utilizando-se o programa RepeatMasker (A.F.A. Smit, R. Hubley
& P. Green RepeatMasker at http://repeatmasker.org) para a busca de regiões contendo
microssatélites.
4.2 – Escolha de iniciadores para PCR de microssatélites
Somente as seqüências que apresentaram os microssatélites perfeitos localizados a
mais de 50pb de suas extremidades 5’e 3’ foram utilizadas para o desenho dos iniciadores.
Para tal, usamos o programa Fast PCR Fast PCR© (Kalendar R, 2003), seguindo os seguintes
parâmetros:
1) o tamanho esperado para cada fragmento gerado na PCR deveria estar situado entre 150pb
e 500pb, possibilitando assim a análise simultânea de vários fragmentos gerados
individualmente ou em PCR-multiplex. 2) O tamanho dos iniciadores deveria ser de 18 a 22
nucleotídeos, com as temperaturas de anelamento entre 54°C e 58°C. 3) Os iniciadores não
poderiam apresentar complementaridade, principalmente nas suas extremidades 3’, consigo
mesmos ou com outros iniciadores. 4) Iniciadores que gerassem fragmentos com diferenças
METODOLOGIA
36
de tamanho de aproximadamente 100pb não poderiam apresentar complementaridade entre si,
possibilitando seu uso em PCR-multiplex.
Um dos iniciadores de cada par foi marcado em sua porção 5’ com fluoresceína, o que
possibilitaria seu uso na determinação exata do tamanho dos fragmentos amplificados quando
analisados pelo seqüenciador automático de DNA, A.L.F-. Automatic Laser Fluorescence
(Pharmacia-LKB), com o programa ALF Fragment Manager.
4.3 – Material Biológico
Usamos como fonte de DNA ovos de S. mansoni recolhidos de fezes de moradores de
áreas endêmicas. Este trabalho foi realizado em colaboração com a Dra. Andréa Gazzineli que
mantém atividades de campo nas áreas em estudo. Foram coletadas amostras de fezes de
moradores de Virgem das Graças - VDG; (latitude -41,3º, longitude -16,9º), Município de
Ponto dos Volantes (latitude -41,5º, longitude -16,7º), área endêmica no Vale do
Jequitinhonha, região nordeste de Minas Gerais. Em março de 2001 foram feitos exames de
fezes (Kato-Katz) de toda a população 589 pessoas, de acordo com o censo de 2001
(Gazzinelli et al., 2006) (exame 1), e em junho/2001 amostras de fezes foram coletadas de 79
moradores infectados por S. mansoni. Estes moradores foram tratados com praziquantel
(PZQ1). Três meses após o tratamento (setembro/2001) foram realizados novos exames (2).
Foram coletadas amostras de fezes de 26 moradores que ainda se apresentavam infectados e
estes moradores passaram então por novo tratamento com praziquantel (PZQ2). Em outubro
de 2002 foram realizados novos exames (3), novas amostras de fezes foram coletadas de 16
moradores infectados e realizamos novo tratamento (PZQ3). Em abril de 2003 foi realizado
novo exame (4), e novo tratamento (PZQ4), desta vez não houve coleta de amostras. Outro
exame (5) foi realizado em outubro de 2005 com coleta de amostras de 11 moradores
infectados e novo tratamento foi realizado (PZQ5). No total foram coletadas amostras de
fezes de 114 moradores em VDG. A Figura 4 apresenta o esquema com as datas dos exames
de fezes, amostragens de material biológico e tratamentos de moradores realizados em VDG.
METODOLOGIA
37
Figura 4 – Representação esquemática dos protocolos de exames de fezes, coleta de material biológico e
tratamentos (PZQ1-5) de moradores em VDG. PZQ= Praziquantel. Entre parênteses, número de indivíduos
examinados e/ou amostrados.
4.4 – Obtenção de ovos de S. mansoni.
Para a obtenção dos ovos de S. mansoni as amostras de fezes coletadas dos residentes
de VDG passaram inicialmente pelo processo de sedimentação espontânea. As fezes foram
diluídas em solução de NaCl a 1,7%, filtradas em gaze, sedimentadas em cálices de fundo
cônico por 30min. O sobrenadante foi descartado e o sedimento ressuspendido em salina 1,7%
e filtrado seqüencialmente em 3 telas com tamanho de malhas decrescentes (Tabela 1). Os
ovos do parasito, que são elipsóides, e têm um diâmetro maior de 142µm e um menor de
60µm (Jourdane & Theron, 1987), ficaram retidos na terceira tela, juntamente com um
mínimo de detritos. Este sedimento foi transferido para uma placa de petri com salina a 1,7%.
Os ovos foram separados um a um com ajuda de uma lupa, transferidos para microtubos e
armazenados a -20ºC em 10µl de salina a 1,7%.
Tabela 1: Tamanho de malhas das telas de filtração das fezes
Tela Malha – Mesh (#)* µm
2
1 90# 190
2 120# 120
3 500# 19
*Mesh (#) = número de aberturas por polegada linear
Neste trabalho foram analisados ovos coletados de amostras de fezes de moradores na
primeira coleta (33) e na segunda coleta (20). A região de Virgem das Graças foi subdividida
Exame 4 - 4/2003
PZQ4 - 5/2003
Exame 3 (26) -
10/2002
Amostragem (16)
e PZQ3 - 11/2002
Exame 5 (16) -
10/2005
Amostragem (11)
e PZQ5 - 2/2006
Exame 1 (589) -
3/2001
Amostragem (79)
e PZQ1 - 6/2001
Exame 2 (79) -
9/2001
Amostragem (26)
e PZQ2 - 10/2001
METODOLOGIA
38
em 5 subáreas; Card1= Cardoso 1, Card2= Cardoso 2, Card3= Cardoso 3, Suss= Suçuarana,
VdG= Virgem das Graças (Tabela 2 e Figura 5). Os moradores foram designados pela subárea
de origem, número da casa e número de identificação. Os moradores da segunda coleta têm
ainda uma letra ‘a’ acompanhando esta designação, assim temos, por exemplo, Card1-
150/353 (1ª coleta) e Card1-150/353a (2ª coleta). As amostras de parasitos, coletadas de cada
morador, passaram a compor uma infrapopulação.
Figura 5 Mapa da região de Virgem das Graças mostrando a localização aproximada das 5 subáreas em que
esta foi subdividida: Cardoso 1 (Card1), Cardoso 2 (Card2), Cardoso 3 (Card3), Suçuarana (Suss) e Virgem das
Graças (VdG), estrela representam casas com amostras coletadas, linhas brancas representam os rios com a
direção do fluxo e a escala de cinza a topografia (Thiele et al., 2007)
VDG
VDGVDG
VDG
METODOLOGIA
39
4.5 – Obtenção de vermes adultos.
Alguns dos ovos de S. mansoni encontrados nas amostras de fezes coletados foram
postos a eclodir em água fresca e os miracídios foram utilizados na infecção de caramujos B.
glabrata. As cercárias liberadas por estes caramujos foram utilizadas na infecção de
camundongos, dos quais, por perfusão de seus sistemas porta-mesentéricos, foram obtidos os
vermes adultos (Pellegrino & Siqueira, 1956), o DNA extraído destes vermes foi utilizado na
padronização das reações de PCR.
Tabela 2 - Lista de moradores de Virgem das Graças, dos quais foram analisados ovos
coletados em amostras de fezes.
Área Casa Identificação OPG
1ª Coleta
OPG
2ª Coleta
Card1 147 338 67 NC
Card1 149 348 NC 140
Card1 150 352 NC 720
Card1 150 353 80 380
Card1 151 359 232 NC
Card1 154 365 246 32
Card2 164 399 82 NC
Card2 165 403 152 NC
Card2 165 407 136 NC
Card2 165 408 224 48
Card2 165 409 448 NC
Card2 167 415 144 NC
Card2 169 542 NC 572
Card2 175 384 NC 1304
Card2 182 464 64 NC
Card3 198 495 744 NC
Card3 199 499 4184 NC
Card3 199 500 3616 NC
Card3 203 516 368 NC
Card3 204 523 2088 56
Card3 204 524 3032 NC
Card3 204 525 4312 84
METODOLOGIA
40
Tabela 2 - Continuação
Área Casa Identificação OPG
1ª Coleta
OPG
2ª Coleta
Card3 204 526 448 180
Card3 207 529 144 NC
Suss 114 259 56 NC
Suss 116 261 752 NC
Suss 122 275 272 NC
Suss 125 282 64 160
Suss 125 283 NC 36
Suss 125 284 NC 100
Suss 125 284 NC 100
Suss 133 305 76 NC
Suss 134 308 NC 48
Suss 137 315 64 108
Suss 145 330 152 NC
VdG 13 50 NC 32
VdG 26 70 88 NC
VdG 26 637 NC 320
VdG 46 91 NC 48
VdG 46 543 792 40
VdG 75 141 280 NC
VdG 75 145 88 NC
VdG 83 152 NC 184
VdG 97 205 1816 NC
VdG 99 210 252 NC
Card1= Cardoso 1, Card2= Cardoso 2, Card3= Cardoso 3, Suss= Suçuarana, VdG= Virgem das Graças,
OPG=Ovos por grama de fazes, NC= não coletado.
METODOLOGIA
41
4.6 – Extração de DNA de ovos e vermes adultos de S. mansoni
Para a extração de DNA dos ovos de S. mansoni foram testados 4 métodos:
1) “ROSE - Rapid One Step Extraction” (Steiner et al., 1995).
2) “Sorensen” (Sorensen et al., 1998).
3) Resina - Instagene matrix
®
Bio-Rad
4) fenol/clorofórmio (Sambrook et al., 1989).
Em todos os 4 métodos, previamente à extração, os tubos contendo os ovos foram
centrifugados por 5min a 13.000x g à temperatura ambiente, e o excesso de líquido foi
retirado cuidadosamente para não retirar o ovo. Para o rompimento da casca do ovo,
utilizamos choque térmico com nitrogênio líquido (-196ºC) por 30s e água fervendo por 30s.
Este procedimento foi repetido três vezes.
Para a extração de DNA de vermes adultos de S. mansoni, utilizamos o método de
fenol/clorofórmio.
4.6.1 - “ROSE - Rapid One Step Extraction”
A cada tubo contendo um ovo foram adicionados, 100µl de tampão de extração
(50mM Tris-HCl, pH 8,0, 50mM EDTA, 100mM NaCl e 1% de SDS) e 50µg/ml de
proteinase K (Invitrogen). A amostra foi incubada a 37°C por período entre 12h e 16h. Foram
adicionados 200µl da solução tampão “Rose” (10mM Tris-HCl, pH 8,0; 0,3 M EDTA, pH
8,0; lauril sarcosil de sódio a 1% e polivinilpolipirrolidone-PVPP a 1%). O tubo foi incubado
por 20min a 95°C em banho-maria, colocado em gelo por 5min, centrifugado a 13.000x g por
10min e a fase aquosa foi transferida para microtubos de 1,5ml. A esta foi adicionado acetato
de sódio 3M, pH 5,2 na proporção de 1/10 do volume, seguida de centrifugação e lavagem
com etanol 70% do sedimento de DNA. O etanol da amostra foi evaporado e o material foi
ressuspendido em 25µl de TE (10mM Tris, 1mM EDTA, pH 8,0) e estocado a –20ºC.
4.6.2 - “Sorensen”
Ao tubo contendo o ovo foram adicionados 50µl de um tampão, constituído por 4
partes de um “tampão homogenizador” (0,1M NaCl; 0,2M Sucrose; 0,01M EDTA; 0,05M
Tris-HCl pH 8,0) e uma parte de tampão de lise (0,25mM EDTA, 2,5% SDS; Tris 0,5mM pH
9,2). O tubo foi incubado a 65ºC por 30min. Posteriormente foram acrescentados 7
µl de
METODOLOGIA
42
acetato de potássio a 8M à mistura. O tubo foi incubado em gelo por 30min e centrifugado por
15min a 13.000x g à temperatura ambiente. O sobrenadante foi removido e transferido para
outro tubo, ao qual foram acrescentados 150µl de etanol 100% a 4ºC. Este foi então, incubado
a -20ºC por 12 a 16h, centrifugado por 5min a 13.000x g à temperatura ambiente e o
sedimento lavado com etanol 70%. O etanol da amostra foi evaporado e o material foi
ressuspendido em 25µl de TE e estocado a –20ºC.
4.6.3 - Resina
Ao tubo com o ovo foram adicionados 100µl de resina Instagene matrix
®
Bio-Rad, e
este foi incubado por 30min a 56ºC. O tubo foi agitado em vortex com alta velocidade por
10s, centrifugado a 13.000x g por 3min à temperatura ambiente, o sobrenadante foi retirado e
estocado a –20ºC para posterior uso na PCR (a permanência do resíduo parece comprometer a
estabilidade do DNA).
4.6.4 - Fenol/Clorofórmio
Ao tubo contendo o ovo ou verme, foram adicionados 100µl de tampão de extração
(50mM Tris-HCl, pH 8,0, 50mM EDTA, 100mM NaCl, SDS 1%) e 50µg/ml de proteinase K.
A amostra foi incubada a 37ºC por 12 a 16h. Foram adicionados 100µl de fenol, a amostra foi
agitada em agitador de inversão, até formar uma emulsão e centrifugada a 13.000x g por
10min. A fase aquosa foi retirada, sendo transferida para um novo tubo, ao qual se
acrescentaram 50l de fenol e 50l de clorofórmio-álcool isoamílico (24:1). A amostra foi
agitada por 10min e centrifugada a 13.000x g por 10min. A fase aquosa foi retirada e
transferida para novo tubo, ao qual foram adicionados 100µl de clorofórmio-álcool
isoamílico. A amostra foi novamente agitada e centrifugada. A fase aquosa foi transferida
para novo tubo ao qual foi acrescentado acetato de sódio 3M, pH 5,2, em volume igual a 1/10
do seu volume. Em seguida, para a precipitação do DNA, foram adicionadas 2,5 vezes o
volume de etanol 100% a 4ºC. O tubo foi colocado a –70ºC por 1h. A amostra foi
centrifugada a 13.000x g por 10 min a 4ºC. O sedimento foi lavado 2 vezes com etanol a 70%
a 4ºC, centrifugando a 13.000x g por 10 min, a 4ºC. O sobrenadante etanólico foi eliminado e
o tubo contendo o sedimento incubado, com a tampa aberta, a 37ºC para evaporar o etanol
remanescente. O DNA foi ressuspendido em 25µl de tampão TE e estocado a –20ºC.
METODOLOGIA
43
Devido às baixas quantidades de DNA obtidas, não foi possível uma quantificação,
com o uso de nenhum dos métodos descritos, assim, testamos e utilizamos 4µl das
preparações de DNA para 15µl de volume final na PCR.
4.7 – A PCR-multiplex
A PCR-multiplex é uma variação da PCR tradicional, na qual utilizamos
simultaneamente vários pares de iniciadores, um par para cada um dos diferentes fragmentos
que se queira amplificar. Inicialmente estabelecemos condições básicas de reação
(concentração dos iniciadores, de Taq DNA polimerase, temperaturas e número de ciclos),
para os pares de iniciadores isoladamente e depois em conjunto (multiplex). Os iniciadores
que não geraram produtos foram retirados do multiplex. Nestas reações usamos, 0,15U de Taq
DNA polimerase
(Invitrogen), tampão da enzima, fornecido pelo fabricante (1,5mM de
MgCl
2
, Tris-HCl 10mM pH 8,0, KCl 50mM), 200µM de dNTP, 10pmoles de cada iniciador
(Tabela 3), l da preparação de DNA de ovo ou 1ng de DNA de verme adulto, e água
deionizada para um volume total de reação de 15µl. Alternativamente, nos casos de não
amplificação de algum locus, utilizamos a enzima AccuPrime® Taq DNA Polimerase
(Invitrogen). Em todos os casos a PCR foi realizada em termociclador “PCR Express”,
Thermo Hybaid US.
Uma vez estabelecidas as condições de amplificação para cada par de iniciadores estes
foram colocados nos devidos conjuntos e estabelecidas as novas condições de amplificação de
acordo com Henegariu e cols., (1997). O protocolo final foi de 5min a 95ºC para desnaturação
e 35 ciclos consistindo de 30s a 95ºC para desnaturação, 30s a 50ºC para anelamento dos
iniciadores, 2 min a 65ºC para extensão, finalizando com uma extensão de 2min a 65ºC e
mantido a 4ºC após o término da reação.
METODOLOGIA
44
Tabela 3 - Lista dos loci analisados nas amostras de DNA de ovos coletados em fezes de
moradores.
locus Acesso Repetição Faixa (pb) Seqüências (5’-3’) Referência
SmBr09 AF325694 (ATT)11 134/176 R: ATTGGCGTCAGTAGAAGAGATT (Rodrigues et al., 2007)
F: ATTCACCCATTGTCTTAAAACC
SmBr15 AF325695 (GATA)10 431/483 R: TTGGATAAACTTAGTGACTTTTC (Rodrigues et al., 2007)
F: TATAGGACAAAACGCGGGTC
SmBr16 L04480 (AT)10 319/345 R: GGCCTGATACAATTCTCCGA (Rodrigues et al., 2007)
F: TGTGACTTTGATGCCACTGA
SmBr17 AQ841039 (TA)10 94/130 R: TGATCCTTTGTGCCAACA (Rodrigues et al., 2007)
F: CTGCAGGGGGAAATAGAAG
SmBr19 C122522 (GATA)10 260/312 F: TAGATGATAGACAGATAGATCG NP
R: TAATTAAGCACACCAGCAAG
Os números listados nas repetições são relativos aos encontrados nas primeiras seqüências obtidas destes loci,
NP= não publicado
Para verificarmos o sucesso da PCR, 3µl dos produtos de amplificação foram
submetidos à análise em géis de poliacrilamida a 8%. Os géis foram fixados em 150ml de
solução de etanol a 10% com ácido acético 0,5% (v/v), e impregnados com nitrato de prata a
0,3%. Finalmente, os géis foram lavados em água deionizada e revelados em solução aquosa
de hidróxido de sódio 3% (p/v) com 0,5% de formaldeído (v/v), até o aparecimento das
bandas (Sanguinetti et al., 1994).
4.8 - Determinação do tamanho dos alelos de microssatélites
Para a determinação do tamanho dos alelos dos microssatélites amplificados, 1µl do
produto da PCR foi desnaturado a 95
o
C por 3min com um tampão de amostra contendo 100%
de formamida e 5mg/ml de Dextran Blue 2000, submetido à eletroforese em gel de
poliacrilamida 6% desnaturante com 7M de uréia, utilizando-se tampão de corrida TBE 0,6X
(1M de Tris, 0,83M de ácido bórico e 10mM de EDTA) em seqüenciador automático de DNA
A.L.F - Automatic Laser Fluorescence (Pharmacia-LKB) por 3h. As condições de corrida
foram: 1500V, 38mA, 34W, potência do laser 3, temperatura de 40ºC e amostragem a cada
0,84s. Também foram aplicados no gel 10fmoles de um padrão de tamanhos de fragmentos de
50pb a 500pb (Pharmacia) como referência de mobilidade dos fragmentos. Esta metodologia
permitiu a análise simultânea de até 36 amostras em cada corrida. Os resultados obtidos foram
METODOLOGIA
45
analisados com o programa AlleleLinks versão 1.00 (Pharmacia Biotech). Este programa
calcula o tamanho de cada pico, tendo como referência o padrão de tamanho de fragmentos, e
automaticamente nos o tamanho de cada alelo podendo compará-los com bancos de dados
previamente montados.
4.9 – Análise dos dados obtidos com microssatélites: estimadores de genética de
populações
Para as análises genéticas foi utilizado o programa Arlequin versão 3.0 (Excoffier et
al., 2005). Para cada locus calculou-se o número de alelos, as freqüências alélicas observadas,
as freqüências genotípicas observadas e os valores da heterozigose observada e esperada
dentro do equilíbrio de Hardy-Weinberg.
No programa Arlequin a estrutura genética das populações é investigada pela análise
de variância molecular (AMOVA), que é um método para estimar a proporção da variação
devida a cada tipo de agrupamento das populações, e a partir daí permite testar hipóteses
sobre estas diferenças (Excoffier et al., 1992).
Em nosso trabalho, para se verificar uma possível estruturação geográfica das
populações estudadas, estas foram divididas em 5 grupos conforme sua localidade de origem
(Card1, Card2, Card3, Suss e VdG). Para os testes de AMOVA foram feitos os seguintes
agrupamentos: Grupos, as 5 subáreas (Card1, Card2, Card3, Suss, VdG), infrapopulações
dentro dos grupos (cada paciente amostrado em cada subárea), indivíduos de cada população
(cada ovo de uma infrapopulação), e todos os indivíduos (todos os ovos amostrados). Os
componentes de variância em cada nível foram calculados e usados para computar uma série
de estatísticas que resumem o grau de diferenciação entre as infrapopulações nos diversos
níveis hierárquicos propostos (Figura 6). Estas estatísticas representam respectivamente os
índices de fixação (FCT, FSC, FIS, e FIT) originariamente propostos por Wright (1965) em
termos de coeficiente de endogamia e mais tarde por Slatkin (1991) em termos de tempo de
coalescencia.
METODOLOGIA
46
Figura 6 Esquema representando os tipos de agrupamentos utilizados nos teste de AMOVA e os índices de
fixação relativos a cada um.
Foi gerada ainda uma matriz de distâncias (FST) entre os pares de populações e estes
dados foram agrupados via UPGMA Unweighet Pair Group Method Analysis (Sneath &
Sokal, 1962) e usados na construção de fenogramas utilizando-se o programa MEGA versão
3.1 (Kumar et al., 2004). Os fenogramas foram construídos com as 53 infrapopulações
(número total de populações no estudo), com as 44 infrapopulações das quais tivemos apenas
uma amostragem (pré ou pós-tratamento) e com os 9 pares de infrapopulações que foram
analisados pré e pós-tratamento.
4.10 – Determinação do tamanho amostral
Para a determinação do tamanho amostral, ou o número mínimo de ovos que, com um
nível de significância de 0,05, cobriria 80% do número provável de alelos por locus estudado,
foram genotipados ovos coletados em fezes de 2 moradores e analisadas estatisticamente as
possibilidades de ocorrência de 1, 2 ou nenhum alelo novo por ovo.
Foi analisado o tipo de distribuição dos eventos, distribuição Poisson, que é utilizada
para descrever variáveis aleatórias que se expressam através de contagens como número de
ocorrências (esta distribuição tem como característica a média e a variância serem iguais).
FCT compara as subáreas
FSC compara as infrapopulações
FIS compara os ovos de uma infrapopulação
FIT compara todos os ovos analisados
METODOLOGIA
47
Logo: média = variância = µ
A fórmula é dada por:
!
)(
X
e
XP
X
µ
µ
=
Onde: X = 0, 1, 2 alelos novos e µ = taxa média de ocorrências.
E a partir desta distribuição o tamanho amostral, cuja fórmula é dada por:
Tamanho amostral
2
=
e
z
n
µ
e
(
)
µµ
+= 5,0bz
Onde: e = erro amostral, e b=0,1ou 2.
ARTIGOS E RESULTADOS
48
V – ARTIGOS & RESULTADOS
ARTIGOS E RESULTADOS
49
5 – ARTIGOS
5.1 – Artigo 1:
Microsatellite-enriched genomic libraries as a source of polymorphic loci for
Schistosoma mansoni.
Publicado na revista Molecular Ecology Notes
Rodrigues NB, Silva SA, Pucci MM, Minchella DJ, Sorensen RE, LoVerde PT,
Romanha AJ, Oliveira GC. Microsatellite-enriched genomic libraries as a source
of polymorphic loci for Schistosoma mansoni. Molecular Ecology Notes. 2007. 7,
263-265
Este artigo apresenta a síntese dos resultados relativos ao objetivo específico 1:
1 Desenvolver marcadores genômicos polimórficos do tipo microssatélites para S.
mansoni.
Neste trabalho demonstramos a utilização de bibliotecas enriquecidas como
fonte de marcadores do tipo microssatélites para o estudo da estrutura genética de
populações de S. mansoni. Adicionalmente, o trabalho apresenta outros 11 novos loci
polimórficos que vêm se juntar aos cerca de 30 loci anteriormente descritos na literatura
(Durand et al., 2000; Curtis et al., 2001; Rodrigues et al., 2002a; Rodrigues et al.,
2002b; Silva et al., 2005).
Ainda com relação a estes objetivos, estamos em fase final de preparação de um
manuscrito (Artigo 2) no qual descrevemos um locus de minissatélites (o primeiro não
mitocondrial descrito em Schistosoma mansoni). Este locus apresenta uma porção
interna variável composta por um microssatélite com o motivo repetitivo “CA”. Neste
trabalho descrevemos a utilização deste minissatélite, de seu microssatélite interno e de
outros três loci de microssatélites na identificação de cepas de S. mansoni e na
identificação de 9 diferentes espécies do gênero Schistosoma.
Molecular Ecology Notes (2007) 7, 263–265 doi: 10.1111/j.1471-8286.2006.01575.x
© 2006 The Authors
Journal compilation © 2006 Blackwell Publishing Ltd
Blackwell Publishing Ltd
PRIMER NOTE
Microsatellite-enriched genomic libraries as a source of
polymorphic loci for Schistosoma mansoni
N. B. RODRIGUES,* M. R. SILVA,* M. M. PUCCI,* D. J. MINCHELLA, R. SORENSEN,
P. T. LOVERDE,§ A. J. ROMANHA* and G. OLIVEIRA*
*Centro de Pesquisas René Rachou-FIOCRUZ, Av. Augusto de Lima 1715, 30190-002, Belo Horizonte, MG, Brazil, Department of
Biology, Purdue University, 915 W. State Street, West Lafayette, IN 47907, USA, Department of Biology, Minnesota State University
at Mankato, MN 56001, USA, §Southwest Foundation for Biomedical Research, PO Box 760549, San Antonio, TX 78245-0549, USA,
Programa de Pós-Graduação e Pesquisa, Santa Casa de Belo Horizonte, MG 30150-221, Brazil
Abstract
Microsatellite markers for Schistosoma mansoni were developed using four genomic
microsatellite-enriched libraries. Microsatellites were observed in 65.4% of all sequences.
Primer pairs were designed and tested for 23 loci. Eighteen loci produced amplification
products, out of which 11 were polymorphic and were further characterized on 100 individ-
uals of S. mansoni. Two to 19 alleles per locus were detected. The average values of expected
and observed heterozygosities among the 11 loci were 0.79 and 0.59, respectively.
Keywords: computational biology, genome, genomic library, microsatellites, population genetics,
Schistosoma mansoni
Received 10 July 2006; revision received 1 September 2006; accepted 1 September 2006
Schistosoma mansoni is the main causative agent of schis-
tosomiasis, a human disease affecting over 200 million
people (WHO 2002). The development of tools such as
polymorphic microsatellite loci for the understanding of
genetic variation and population structure of this parasite
may improve our knowledge of disease transmission and
allow the identification of genes of interest by linkage
analysis. Approximately 30 polymorphic microsatellite
markers, mostly derived from cDNAs, are available for
S. mansoni (Durand et al. 2000; Blair et al. 2001; Curtis et al.
2001; Rodrigues et al. 2002). However, selective pressures
on expressed genes may decrease microsatellite polymorphism
(Stohler et al. 2004). We sequenced clones from genomic
microsatellite-enriched libraries and identified new poly-
morphic microsatellite loci.
Four S. mansoni genomic libraries enriched for AAT, CA,
GA and TAGA repetitive sequences were constructed and
cloned into pUC19 (Genetics Information System). The
insert sizes ranged from 300 to 700 bp. Recombinant clones
were transformed into DH5α Escherichia coli, and selected
on LB agar plates containing 800 µg X-gal, 800 µg IPTG,
and 0.1 µg/µL ampicillin (Invitrogen). Selected plasmids
were purified from positive white colonies using the
R.E.A.L. prep 96 plasmid Kit (QIAGEN). Three hundred
and eighty-two clones were sequenced (automated ALF
sequencer, Pharmacia) using the Thermo Sequenase Fluore-
scent Primer Kit (GE Healthcare).
The sequences were clustered with CAP3 (Huang &
Madan 1999) and microsatellite repeats were identified
using RepeatMasker (http://repeatmasker.org). Micro-
satellites (di- to hexanucleotides) were observed in 65.4%
of the sequences and 31.29% were perfect, 57.31% imper-
fect and 11.40% compound. Sequences were grouped
into 24 clusters containing two to 35 sequences and 71
singlets. A complete description of sequences, BLAST hits,
primers and clusters can be found at bioinfo.cpqrr.fiocruz.br/
microsat.
GenBank Accession numbers for the sequences are: AAT
library, DQ137430 to DQ137590; CA library, DQ137591 to
DQ137640; GA library, DQ137641 to DQ137722; and TAGA
library, DQ137723 to DQ137796 and DQ514536. Sequences
presenting the longest perfect repetitions and flank-
ing regions were selected, and polymerase chain reaction
(PCR) primers were designed using oligos version 3.6
(www.biocentre.helsinki.fi/bi/programs/fastpcr.htm).
Correspondence: G. Oliveira. Fax: +55-31-3349-7785; E-mail:
264 PRIMER NOTE
© 2006 The Authors
Journal compilation © 2006 Blackwell Publishing Ltd
Primer pairs for 23 loci were tested on 13 adult S. mansoni
worms of the LE strain. Each PCR was performed in
a 10-µL volume containing 1.5 mm MgCl
2
, 50 mm KCl
and 10 mm Tris/HCl, pH 8.3, 1 pmol of each primer,
200 µm of each dNTP, 0.75 U of Taq DNA polymerase
(CENBIOT), and 1 ng of DNA. Thermal cycling was
carried out in a PerkinElmer 9600 thermal cycler for 3 min
at 95 °C; 35 cycles of 45 s at 95 °C, 1 min at primer-specific
annealing temperature (Table 1), 30 s at 72 °C; and a
final extension of 5 min at 72 °C. The amplicons were
separated on 6% polyacrylamide 7 m urea gels using an
ALF sequencer. Allele sizes were assessed using Allelinks
(Amersham).
PCR products were observed in 18 of 23 loci tested and
11 were polymorphic. The polymorphic loci were further
characterized on 100 S. mansoni worms from field isolates.
Loci SmBr12–14 were tested on 386 individuals. DNA was
extracted from single worms using the phenol/chloroform
extraction protocol as described in Rodrigues et al. (2002).
Tests for deviations from Hardy–Weinberg equilibrium,
observed (H
O
) and expected (H
E
) heterozygosity estima-
tions, and linkage disequilibrium were performed using
arlequin 3.0 (Schneider et al. 2000). The loci presented two
to 19 alleles per locus, and H
E
ranged from 0.58 to 0.90
(Table 1). Loci SmBr7 and SmBr8 were found to be linked.
All loci, but SmBr12 and SmBr14, showed lower than
expected H
O
, albeit nonsignificant, except for locus SmBr7
(P < 0.05) (Table 1).
The use of microsatellite-enriched genomic libraries
generated a much higher percentage of microsatellite-
containing sequences (65.4%) compared to approximately
3% found by Rodrigues et al. (2002) in expressed sequence
tags (ESTs) or BAC-end sequences and 1% found by
Durand et al. (2000) by screening a partial genomic library
using CA and GA oligonucleotide probes. In addition, 25%
of the amplified loci were shown to be polymorphic. It is
noteworthy that 80% of our sequences are novel in relation
to the S. mansoni ESTs, and 91 (24%) were not detected
in the TIGR and SANGER genomic databases (El Sayed
et al. 2004). New sequences can aid in filling the gaps in the
final genome assembly. The major limitation of using
microsatellite-enriched genomic libraries is the elevated
price of library construction. However, the approach used
yielded over 60 times more microsatellite-containing
sequences, 25% of which were shown to be polymorphic. The
information presented here will be useful for the generation
of additional markers for genetic studies, and mapping
efforts and for genome gap filling.
Table 1 Characteristics of 11 Schistosoma mansoni microsatellite loci*. A total of 100 individuals were tested for each loci, except for loci
SmBr12, SmBr13 and SmBr14, for which 386 individuals were tested
Locus Accession no. Repeat Size range Primer sequences (5′−3) AT (°C) AH
O
H
E
SmBr7 DQ137434 (AAT)
9
128–172 R: AATCACCAATGGCAACAATCTG
F: CGTCATCACCTTAAACATGAAC
62 7 0.69** 0.82
SmBr8 DQ448292 (ATT)
12
246–255 R: ATGCCCACACACAAAGTAAA
F: TAGGACAGGTTTTCCACCAA
56 4 0.53 0.60
SmBr9 DQ137431 (TTA)
11
149–164 R: ATTGGCGTCAGTAGAAGAGATT
F: ATTCACCCATTGTCTTAAAACC
60 8 0.43 0.82
SmBr10 DQ448293 (GATA)
10
110–138 R: GTACATTTTATGTCAGTTAGCC
F: CATGATCTTAGCTCAGAGAGC
60 7 0.69 0.85
SmBr11 AC112150.4 (TCTA)
8
206–214 R: TTCAGTCCCTGGAACACACA
F: AAGAAGTGGAGGAGGCCTTT
60 2 0.23 0.58
SmBr12 DQ137724 (CTAT)
23
228–316 R: AGTAAAAACTATCCTATCCATTTCTATTG
F: TATATAGCAAAAGTAGTCTATATTCGTAGC
60 19 0.94 0.87
SmBr13 DQ137790 (CTAT)
16
206–254 R: ACTCCCCAGCAATTTGTCC
F: GTCACAGATACCTGACGAGCTG
60 13 0.86 0.88
SmBr14 DQ514536 (TAGA)
9
TGGA(TAGA)
19
268–308 R: TCTATGTATCTACCCCACCCTATC
F: CTGCTCATCATAGAAGTGTGGC
60 11 0.84 0.83
SmBr15 AF325695 (TAGA)
10
450–474 R: TTGGATAAACTTAGTGACTTTTC
F: TATAGGACAAAACGCGGGTC
60 8 0.51 0.82
SmBr16 L04480 (TA)
10
319–345 R: GGCCTGATACAATTCTCCGA
F: TGTGACTTTGATGCCACTGA
60 9 0.39 0.77
SmBr17 AQ841039 (TA)
10
100–130 R: TGATCCTTTGTGCCAACA
F: CTGCAGGGGGAAATAGAAG
60 16 0.41 0.90
AT, annealing temperature; A, number of alleles; observed (H
O
) and expected (H
E
) heterozygosities, *There is no indication of the presence
of null alleles, except for SmBr7 that exhibited a significant deviation from Hardy–Weinberg equilibrium. **HWE significant for P < 0.05.
Reverse (R) and Forward (F) primers. Reverse primers were labelled with fluorescein.
PRIMER NOTE 265
© 2006 The Authors
Journal compilation © 2006 Blackwell Publishing Ltd
Acknowledgements
This investigation received financial assistance from WHO/TDR
grant A20399, CNPq 521108/01-2, NIH-Fogarty (TW007012-01),
NIH (AI042768-05A2) and FAPEMIG (407/02).
References
Blair L, Webster JP, Barker GC (2001) Isolation and character-
ization of polymorphic microsatellite markers in Schistosoma
mansoni from Africa. Molecular Ecology Notes, 1, 93–95.
Curtis J, Sorensen RE, Page LK, Minchella DJ (2001) Microsatellite
loci in the human blood fluke Schistosoma mansoni and their
utility for other schistosome species. Molecular Ecology Notes, 1,
143–145.
Durand P, Sire C, Theron A (2000) Isolation of microsatellite
markers in the digenetic trematode Schistosoma mansoni from
Guadeloupe Island. Molecular Ecology, 9, 997–998.
El Sayed NM, Bartholomeu D, Ivens A, Johnston DA, LoVerde PT
(2004) Advances in schistosome genomics. Trends in Parasitology,
20, 154–157.
Huang X, Madan A (1999) CAP3: A DNA sequence assembly
program. Genome Research, 9, 868877.
Rodrigues NB, Coura-Filho P, Souza CP et al. (2002) Populational
structure of Schistosoma mansoni assessed by DNA microsatel-
lites. International Journal for Parasitology, 32, 843851.
Schneider S, Roessli D, Excoffier L (2000) ARLEQUIN: A Software for
Population Genetics Data Analysis. Version 2.000. Genetics and
Biometry Laboratory, Department of Anthropology, University
of Geneva.
Stohler RA, Curtis J, Minchella DJ (2004) A comparison of micros-
atellite polymorphism and heterozygosity among field and lab-
oratory populations of Schistosoma mansoni. International Journal
for Parasitology, 34, 595–601.
WHO (2002) Prevention and control of schistosomiasis and soil-
transmitted helminthiasis. World Health Organization Technical
Report. Series 912, i–57.
ARTIGOS E RESULTADOS
53
5.2 – Artigo 2:
Identification of a first nuclear genome minisatellite, and 4 microsatellites loci in 9
different species of Schistosoma.
Diana Bahia, Nilton B. Rodrigues, Flávio M. G.Araújo, Alvaro Romanha,
David
Johnston & Guilherme Oliveira.
Artigo em fase final de preparação e que também apresenta resultados relativos
ao objetivo específico 1:
Desenvolver marcadores genômicos polimórficos do tipo microssatélites para S.
mansoni.
Neste trabalho descrevemos um locus de minissatélites, o primeiro não
mitocondrial descrito em Schistosoma mansoni, o qual apresenta uma porção interna
variável composta por um microssatélite com o motivo repetitivo “CA”. Mostramos
também a utilização deste minissatélite, de seu microssatélite interno e de outros três
loci de microssatélites na identificação de cepas de S. mansoni e na identificação de 9
diferentes espécies do gênero Schistosoma.
ARTIGOS E RESULTADOS
54
Identification of a first nuclear genome minisatellite, and 4
microsatellites loci in 9 different species of Schistosoma.
Diana Bahia
1,2
, Nilton B. Rodrigues
1
, Flávio M. G.Araújo
1
, Alvaro
Romanha
1
,
David Johnston
3
& Guilherme Oliveira
1,4*
1
Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR) FIOCRUZ, Av. Augusto de Lima 1715,
Belo Horizonte, MG, 30190-002, Brazil.
2
Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, Escola Paulista de
Medicina, UNIFESP, Rua Botucatu 862, 6
o
andar, 04023-062, São Paulo, SP, Brazil
.
3
The Natural History Museum, London, England
;
4
Programa de Pós-Graduação e Pesquisa, Santa Casa de Belo Horizonte, Av.
Francisco Sales 1111, 9
0
andar, Ala C, Belo Horizonte, MG, 30150-221, Brazil
*Corresponding author (E-mail: ), Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR)
FIOCRUZ, Av. Augusto de Lima 1715, Belo Horizonte, MG, 30190-002, Brazil,
Telephone: +55-31-3349-7785, FAX: +55-31-3295-3115
ARTIGOS E RESULTADOS
55
ABSTRACT
Here we describe the identification of the first non-mitochondrial minisatellite (so-
called CA88 minisatellite) in the blood fluke parasite Schistosoma. It is present in a
coding region of 9 Schistosoma species, three of which are of medical importance. The
CA88 minisatellite was screened by BLAST searches against S. mansoni sequences
from public data bases and by PCR in 10 individuals of each species analyzed. The
minisatellite profiles obtained with the Schistosoma species using CA88 primers were
classified into four genotypes, three of them are in accordance with the species’ groups.
Databases searches for similarity established links between CA88 minisatellites and a
eggshell protein and other hypothetical S. mansoni protein. At present, CA88 has 903
nucleotides and at least three unity repeats of approximately 350 bp. In addition, a panel
of 4 microsatellites loci has been characterized for all Schistosoma species. We have
observed inter- and intra-specific differences among Schistosoma species. Each species
has been identified and classified on the basis of a fingerprint panel provided by mini-
and microsatellites analyses. Taken together, these results encourage the use of these
markers to investigate the population dynamics of Schistosoma species of medical and
non-medical importance in endemic areas as well as to answer a number of questions on
the relationships among different populations of parasites.
ARTIGOS E RESULTADOS
56
Introduction
The presence of some types of repetitive DNA in many parasites has allowed the
characterization of population structures as well as phylogenetic studies (1). As it has
become clear that a substantial level of intraspecific variation exists within schistosome
populations (2), interest has grown in studying the way in which that variation is
partitioned in natural populations. A minisatellite region in the mitochondrial DNA of
Schistosoma mansoni, that has high homology with transcribed nuclear sequences, was
identified (3). That minisatellite repeat is composed of a large 558-pb subunit and a
variable tandem array of the small 62-bp unit. Polymorphic DNA sequences, as the
mtDNA, have been valuable for determining how schistosome genotypes are distributed
among intermediate hosts (4-7) or even for examine S. mansoni population structure and
subdivision in definitive hosts (8). Currently, microsatellites are the chosen markers
used in population genetic studies of this parasite (9;10).
Micro- and minisatellites occur both within coding and non-coding regions of genomes
(11). The polymorphism and wide genomic distribution make microsatellites one of the
most useful genetic markers available for use in typing individuals (12) or population
studies (13), and for constructing genetic maps to identify loci involved in genetic
diseases (14). Micro- and minisatellites have become key elements to distinguish
individuals in several eukaryotic species such as Plasmodium (15), Trypanosoma brucei
(16), T. cruzi (17) and Theileria parva (18). Microsatellites are short (2–6 bp) tandenly
repeated sequences, whereas minisatellites are longer (8–100 bp) tandenly repeated
sequences (19;20). Both occur abundantly and randomly over eukaryotic genomes (1).
The mutation mechanisms in micro- and minisatellites origins are nevertheless different.
Microsatellite mutations tend to result from replication slippage and repair, whereas
minisatellite mutations mechanisms include both meiotic crossing over and replication
slippage (21). These mutations lead to high levels of polymorphism which make micro-
and minisatellites ideal for high resolution molecular fingerprinting.
Several microsatellite markers were identified and developed for S. mansoni and these
markers have proved to be highly useful for genetic and population studies of
schistosome (10;22-26). So far, only one minisatellite, located on the mitochondrial
DNA (3), has been identified in S. mansoni.
ARTIGOS E RESULTADOS
57
Here we describe the identification of the first nuclear genome schistosome minisatellite
(so-called CA88 minisatellite) present in a genomic coding
re
gion of 9 different
Schistosoma species, three of which of medical importance. The minisatellite presents
inter- and intra-specific differences among Schistosoma species and the identification
and classification of these species on the basis of a fingerprint panel provided by mini-
and microsatellites analyses.
2. Material and Methods
2.1- Schistosoma species
Adult worms of 9 different Schistosoma species, kindly provided by Dr David Johnston
from The Natural History Museum, London, England, were used in this study; S.
haematobium, S. margrebowiei, S. mattheei, S. bovis, S. intercalatum and S. curassoni,
from S. haematobium group, S. mansoni and S. rodhaini from S. mansoni group and S.
japonicum from S. japonicum group.
2.2- DNA extraction
DNA was extracted from 10 individuals of each species. The worms were washed in
phosphate buffered saline (PBS), placed, individually, in 1.5 ml microcentrifuge tubes
and stored at 8
0
C till DNA extraction. Before extraction the worms were pulverized on
dry ice bath alternated with warm bath 5 times. The individual worms were resuspended
in 50 ml of 50 mM Tris–HCl, pH=8.0, 100 mM ethylenediaminetetra-acetic acid
(EDTA), 100 mM NaCl, and 0.5% sodium dodecyl sulphate (27) and incubated in the
presence of 20 µg/ml proteinase K at 37
0
C, overnight. Standard phenol/chloroform and
ethanol precipitation (28) was used to pellet the DNA from the supernatant. DNA was
resuspended in 30 µl of 10 mM Tris–HCl and 1 mM EDTA, pH 8.0 (TE).
2.3-
Microsatellite amplification and detection
Microsatellite analyses were performed by PCR using 100 ng of template DNA, 0.75U
of Taq DNA polymerase
(Invitrogen), 1x PCR buffer (1.5mM MgCl
2
, 50mM KCl,
ARTIGOS E RESULTADOS
58
10mM Tris/HCl pH 8.3), 10µM of each primer and 200µM of each dNTP. PCR
amplifications were carried out in a Perkin Elmer model 9600 thermal cycler in a final
reaction volume of 10µl. The cycling conditions were: one cycle of denaturation at
95°C for 3 min, followed by 35 cycles of denaturation at 95°C for 45 sec, 1 min for
annealing and 30 sec at 72°C. Four microsatellite loci were used in this analyses
SmBr5, SmBr6 (25), SmBr9 (10) e SmBr18, derived from CA88 minisatellite (ACC#
DQ137431). For SmBr18 PCR primers were designed using the software Fast PCR
(29).The annealing temperature varied from 55°C to 60 °C (Table 1). To check
amplification, PCR products electrophoresis was carried out in an 8% polyacrylamide
gel employing a Mini-Protean II apparatus (Bio-Rad, Hercules, CA) using 3 µl of the
amplified products. The gel was then silver stained (30).One primer of each pair was
labelled at the 5`end with fluorescein allowing alleles scoring using an ALF automated
sequencer and the AlleleLinks software (Amersham), as previously described (10;25).
2.4- Minisatellite computational analyses
Bioinformatics tools were used to search for repetitive sequences in Schistosoma
genome. DQ137431 sequence was analyzed in BLAST searches against NCBI, TIGR,
S. mansoni geneDB version 4.0
(Sanger), and Sanger S. mansoni genome project
databases.
3. Results
3.1. Microsatellite variability among 9 Schistosoma species
A panel of four microsatellites loci, all of them designed based on S. mansoni sequences
(Table 1), was tested in DNA worms from 9 different species. All species presented
amplification products for SmBr18 loci and S. intercalatum and S. curassoni showed
amplification products only for this locus. In the loci that had been previously
described for S. mansoni we observed from 1 to 7 alleles per amplified locus among the
species (Table 2).
ARTIGOS E RESULTADOS
59
3.2. SmBr18 is a microsatellite within a minisatellite region in all 9 Schistosoma
species
Locus SmBr18 presented a multi-band profile and BLAST search showed it was
inserted in a minisatellite unity (CA88). It is present in a coding region of 9 studied
Schistosoma species, three of which of medical importance (S. japonicum, S.
intercalatum and S. haematobium) in addition to S. mansoni.
SmBr18 is a 364bp S. mansoni DNA sequence derived from a partial S. mansoni
genomic library enriched for CA (Fig 1). BLAST searches against S. mansoni
sequences from NCBI databases showed similarity with sequences DQ137590.1,
DQ137585.1, DQ137520.1, DQ137504.1, DQ137567.1, DQ137605.1, DQ137539.1,
DQ137537.1, DQ137526.1, DQ137489.1, DQ137525.1, DQ137461.1, DQ137466.1
(10). It also showed 84% similarity with TC34704 EST, a Eggshell protein precursor
(Chorion protein) at TIGR database, 94% similarity, BlastN, 93% similarity in BlastX
with Sm02551 (a putative hypothetical protein of S. mansoni) at Sanger S. mansoni
geneDB and 90% similarity with shisto4743c05.p1k sequence, at Sanger databases.
Those sequences were clustered using CAP3 (31) and the consensus sequence screened
against the same databases. Those alignments showed that SmBr18 is inserted in a
repetitive unity of a minisatellite.
This minisatellite has two different repetitive unities, one of about 70bp and other one
of about 360bp. The consensus sequence has 9,030bp and presents 8 repetitions unities,
three of the short type and five of the long type. The short type repetition presents a
(CA)n microsatellite located at position 35 that varied from 7 to 14 repetitions. The long
type repetition presents that same microsatellite and another one at position 205 that
varied from 10 to 12 repetitions.
SmBr18 PCR primers were designed to amplify a fragment of about 145bp in the long
microsatellite repetition. Those primers were applied in PCR using DNA samples from
10 individuals of each one of 9 different species. We observed a band pattern in PAGE
gels consistent with the presence of more than one amplification site in all the species
tested, indicating the presence of CA88 minisatellite in all of these species (Fig 2). S.
mansoni, S. rodhaini and S. japonicum presented an extra band shorter than that
expected, it could be explained by an amplification of CA88 short sub-unit (Fig 2).
ARTIGOS E RESULTADOS
60
3.3. CA88 minisatellite provides four different Schistosoma genotypes
The multiple band profiles of Schistosoma species on polyacrylamide gel (Fig 2A and
B) obtained by PCR with SmBR18 primers were visually scored and analyzed for
polymorphism based on the presence or absence of bands according to (32).
The species tested for the presence of CA88 minisatellite were classified into four
genotypes, (Fig 2 A and B and Table 2). With the sole exception of S. margrebowiei, all
the genotype profiles for the others were in complete accordance with the species group
they are traditionally placed in (33).
In Figure 2B we estimate the apparent molecular weight of the CA88 minisatellite
bands. Lanes 1 and 2 show the pattern obtained with S. mansoni and S. rodhaini,
respectively. Both species present bands of around 141, 158, 210 and 240 kb, besides
bands of 400 kb or more. Both profiles are identical, and were define as genotype I.
Lanes 3, 4, 6, 7 and 8 correspondent to S. haematobium, S. intercalatum, S. bovis, S.
curassoni and S. mattheei, respectively, show a profile of bands of 158, 280, 520 and
750 kb and were named as genotype II. All species are in S. haematobium group (Table
2). Lane 9 shows the profile of S. japonicum that corresponds to the S. japonicum group
and the genotype IV, besides bands 141 and 158 also present in the S. mansoni group
we could observe a banding pattern ranging from about 237 and 280 and a band of 500
kb, approximately. Curiously, only S margrebowiei presents a different profile from the
others of the same group (S. haematobium group). Besides the 158 kb band, it clearly
has a ladder of bands ranging from 158 to 280 kb.
As one primer of each pair was fluorescein labelled, allowing allele scoring, each
species has been identified and classified on the basis of a fingerprint panel provided by
mini- and microsatellite analyzes (Table 2). Figure 3 shows an example of SmBr18
microsatellite amplified from one individual of each different species and analyzed in
the ALF automated sequencer. We observed peaks around 150bp, 300bp and 500bp
indicating a minisatellite pattern and the extra band for S. mansoni, S. rodhaini and S.
japonicum species.
ARTIGOS E RESULTADOS
61
4. Discussion
Here we describe the identification of the first non-mitochondrial minisatellite, CA88,
in parasites of Schistosoma genus. It is present in a genomic coding region of 9 different
Schistosoma species, three of which are of medical importance. The minisatellite
profiles obtained with the Schistosoma species using SmBr18 primers were classified
into four genotypes, three of them are in accordance with the traditional species’ groups
previously delineated by (33) Besides the alignment of CA88 with different contigs, in
SangerDB, no link has yet been established between this minisatellites and a specific
gene. At present, CA88 has 9,030 nucleotides and at least three repeat units of
approximately 360 bp. In addition, a panel of 3 microsatellite loci has been
characterized for all Schistosoma species. CA88 genotypes showed to be a useful tool to
distinguish different Schistosoma groups. Together with the microsatellite loci here
presented we have observed inter- and intra-specific differences among Schistosoma
species and each species has been identified and classified on the basis of a fingerprint
panel provided by mini- and microsatellites analyses, providing additional useful tool to
assess population diversity within and between isolates.
In the S. haematobium species group are include S. haematobium, S. intercalatum, and
the recently described S. guineensis (34), all human parasites, and S. margrebowiei, S.
leiperi, S. mattheei, S. bovis and S. curassoni, predominantly parasitizing livestock
(artiodactyls). These facts make this group, as a whole, a group of immense medical and
veterinary importance. Undoubtedly, S margrebowiei might retain some characteristics
that could separate this specie from the other members of the group. Webster et al (35),
showed that the use of entire nuclear ssrDNA and lsrDNA and partial mitochondrial
cox1 does not recognize S. margrebowiei and S. mattheei as sister taxa as was found by
Kane et al. (36) using only cox1 sequences. Instead, S. margrebowiei is placed as a
sister taxa to all other species within the group. Other interesting feature that put S.
margrebowiei apart of the other species in this group is the fact that it is the unique that
does not make hybrids within the group (37). In our mini satellite analysis, S
margrebowiei exhibited a different profile when compared to other members of its
group.
ARTIGOS E RESULTADOS
62
Taken together, these results encourage the use of these and the search for additional
markers to investigate the population dynamics and phylogeny of Schistosoma species
of medical and non-medical importance in endemic areas as well as to answer a number
of questions on the relationships among different populations of parasites which can not
be addressed with current methodologies.
ARTIGOS E RESULTADOS
63
Reference List
1. Oliveira,E.D., Pádua,J.G., Zucchi,M.I., Vencovsky,R., and Vieira,M.L.C. (2006)
Gen and Mol Biol 29, 294-307.
2. Curtis,J. and Minchella,D.J. (2000) Parasitology Today 16, 68-71.
3. Pena,H.B., Souza,C.P., Simpson,A.J.G., and Pena,S.D.J. (1995)
Proc,Natl.Acad.Sci.USA 92, 915-919.
4. Minchella,D.J., Lewis,F.A., Sollenberger,K.M., and Williams,J.A. (1994)
Mol.Biochem.Parasitol. 68, 307-313.
5. Dabo,A., Durand,P., Morand,S., Diakite,M., Langand,J., Imbert-Establet,D.,
Doumbo,O., and Jourdane,J. (1997) Acta Tropica 66, 15-26.
6. Eppert,A., Lewis,F.A., Grzywacz,C., Coura-Filho,P., Caldas,I., and
Minchella,D.J. (2002) J.Parasitol. 88, 232-236.
7. Sire,C., Durand,P., Pointier,J.P., and Theron,A. (2001) Int.J.Parasitol. 31, 1609-
1616.
8. Curtis,J., Fraga,L.A., Souza,C.P., Correa-Oliveira,R., and Minchella,D.J. (2001)
J.Heredity 92, 248-253.
9. Sorensen,R.E., Rodrigues,N.B., Oliveira,G., Romanha,A.J., and Minchella,D.J.
(2006) Parasitology 133, 443-451.
10. Rodrigues,N.B., Silva,S.A., Pucci,M.M., Minchella,D.J., Sorensen,R.E.,
LoVerde,P.T., Romanha,A.J., and Oliveira,G.C. (2007) Mol Ecol Notes 7, 263-
265.
11. Macleod,A. (2004) Methods Mol.Biol. 270, 187-202.
12. Hagelberg,E., Gray,I.C., and Jeffreys,A.J. (1992) Nature 352, 427-429.
13. Jarne,P. and Lagoda,J.L. (1996) Trends in Ecology and Evolution 11, 424-429.
14. Dietrich,W.F., Miller,J., Steen,R., Merchant,M.A., Damron-Boles,D., Husain,Z.,
Dredge,R., Daly,M.J., Ingalls,K.A., O'Connor,T.J., and . (1996) Nature 380,
149-152.
15. Collins,H.E., Li,H., Inda,S.E., Anderson,J., Laiho,K., Tuomilehto,J., and
Seldin,M.F. (2000) Hum.Genet. 106, 218-226.
16. Macleod,A., Tweedie,A., Welburn,S.C., Maudlin,I., Turner,C.M., and Tait,A.
(2000) Proc.Natl.Acad.Sci.U.S.A 97, 13442-13447.
17. Macedo,A.M., Martins,M.S., Chiari,E., and Pena,S.D.J. (1992)
Mol.Biochem.Parasitol. 55, 147-154.
ARTIGOS E RESULTADOS
64
18. Oura,C.A., Odongo,D.O., Lubega,G.W., Spooner,P.R., Tait,A., and Bishop,R.P.
(2003) Int.J.Parasitol. 33, 1641-1653.
19. Hamada,H., Petrino,M.G., and Kakunaga,T. (1982) Proc.Natl.Acad.Sci.U.S.A
79, 6465-6469.
20. Tautz,D. and Renz,M. (1984) Nucleic Acids Research 12, 4127-4139.
21. Armour,J.A., Brinkworth,M.H., and Kamischke,A. (1999) Mutat.Res. 445, 73-
80.
22. Blair,L., Webster,J.P., and Barker,G.C. (2001) Molecular Ecology Notes 1, 93-
95.
23. Durand,P., Sire,C., and Theron,A. (2000) Mol.Ecol. 9, 997-998.
24. Prugnolle,F., de Meeus,T., Durand,P., Sire,C., and Theron,A. (2002) Mol.Ecol.
11, 1231-1238.
25. Rodrigues,N.B., Coura-Filho,P., Souza,C.P., Jannoti Passos,L.K., Dias-Neto,E.,
and Romanha,A.J. (2002) Inter.J.Parasitol. 32, 843-851.
26. Rodrigues,N.B., LoVerde,P.T., Romanha,A.J., and Oliveira,G. (2002)
Mem.Inst.Oswaldo Cruz 97 Suppl 1, 71-75.
27. Grossman,Z., Ram,D., Markovics,A., Tarrab-Hazdai,R., Lantner,F., Ziv,E., and
Schechter,I. (1990) Experimental Parasitology 70, 62-71.
28. Sambrook,J., Fritsch,E.F., and Maniatis,T. (1989) Molecular Cloning: a
laboratory manual, Cold Spring Harbor Laboratory Press, New York, NY-USA.
29. Kalendar R. Fast PCR. (3.6). 2003. Finland., Institute of Biotechnology.
University of Helsinki.
Ref Type: Computer Program
30. Sanguinetti,C.J., Dias-Neto,E., and Simpson,A.J.G. (1994) BioTechniques 17,
915-918.
31. Huang,X. and Madan,A. (1999) Genome Research 9, 868-877.
32. Zalloum,L., Gomes,M.L., Kinoshita,A.T., Toledo,M.J., Prioli,A.J., and de
Araujo,S.M. (2005) Exp.Parasitol. 111, 55-58.
33. Rollinson,D. and Southgate,V.R. (1987) in The biology of schistosomes: from
genes to latrines. (Rollinson,D. and Simpson,A.J.G., Eds.), pp. 1-49 Academic
Press, London.
34. Webster,B.L., Southgate,V.R., and Littlewood,D.T. (2006) Int.J.Parasitol. 36,
947-955.
35. Webster,B.L., Southgate,V.R., and Littlewood,D.T. (2006) Int.J.Parasitol. 36,
947-955.
ARTIGOS E RESULTADOS
65
36. Kane,R.A., Southgate,V.R., Rollinson,D., Littlewood,D.T., Lockyer,A.E.,
Pages,J.R., Tchuem Tchuente,L.A., and Jourdane,J. (2003) Parasitology 127,
131-137.
37. Webster,B.L., Southgate,V.R., and Littlewood,D.T. (2006) Int.J.Parasitol. 36,
947-955.
ARTIGOS E RESULTADOS
66
Legends to Figures
Figure 1- Global alignment of both, short and long sub-units of CA88 minisatellite. In
bold the primers and underlined CA repetitions.
Figure 2- MW Molecular Weight (50bp), 1– Schistosoma mansoni, 2– S. rodhaini, 3–
S. haematobium, 4– S. intercalatum, 5– S. margrebowiei, 6– S. bovis, 7– S. curassoni,
8–S. mattheei, 9– S. japonicum
Figure 3- Electropherogram showing analyses of the microsatellite locus SmBr18 in 9
individual worms from different species: S - a 50 to 500bp sizer. Lines 1 - Schistosoma
rodhaini, 2 - S. mansoni, 3 - S. haematobium, 4 - S. intercalatum, 5 - S. japonicum, 6 -
S. margrebowiei, 7 - S. curassoni, 8 S. bovis, 9 - S. mattheei. Squares pick
representing the amplification products of each minisatellite sub-unit.
ARTIGOS E RESULTADOS
67
Table 1: Characteristics of analyzed S. mansoni microsatellite loci.
Locus Accession
no.
Repeat Primer sequences (5’-3’)
a
Amplicon
AT (°C)
Ref.
SmBr5 L25065 (ATT)7 GAATTACTGTCCCTTTATCTC 328bp 58 (Rodrigues et al, 2002)
F-AAACTATTCATTACTGTCGGG
SmBr6 AF009659 (CTT)10 CTTAACAGACATACACGC 265bp 55 (Rodrigues et al, 2002)
F-GAATACAGGCTATAATCTACA
SmBr9 DQ137431
(TTA)11
ATTGGCGTCAGTAGAAGAGATT 161bp 60 (Rodrigues et al., 2007)
F-ATTCACCCATTGTCTTAAAACC
SmBr18 DQ448293
(CA)10 TTTTCTGTCTACATGTTGATGAAG 141bp 60 -
F-TAACCATCATTCACCAAACATTC
a: The reverse primer of each pair is 5’ Fluorescein labelled (F-).
ARTIGOS E RESULTADOS
68
Table 2: Schistosoma specie’s profile for three different microsatellite loci
Species SmBr5 (ATT)n
Alleles
SmBr6 (CTT)n
Alleles
SmBr9 (TTA)n
Alleles
Genotypes
*S. haematobium 448 257 149, 152 II
S. margrebowiei 445,448,451 254, 257, 260 146, 149, 152 III
S. mattheei 448,451,460, 463, 466 NA 158 II
S. bovis 445, 448, 457 NA 146 II
S. intercalatum NA NA NA II
S. curassoni NA NA NA II
*S. mansoni 451, 454, 457, 463, 475, 478, 481 254, 257, 260, 263, 266, 272 146, 149, 152, 158 I
S. rodhaini 445 263 146, 152 I
*S. japonicum NA 254, 260 NA IV
*specie’s groups
NA= not amplified
ARTIGOS E RESULTADOS
69
Figure 1
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
5 15 25 35 45 55
Short GAGAGTACTT ACATGCATTA CACACACTAG AACATCACAA CACACACAAC -C--------
Long GAGAGTACTT ACATGCATTA CACACACTAG AACATCACAA CACACACAAC ACACACAACA
Contig GAGAGTACTT ACATGCATTA CACACACTAG AACATCACAA CACACACAAC ACACACAACA
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
65 75 85 95 105 115
Short ---------T GAACAACGGA AACATAACAG GGAACAC~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~
Long CACACAACCT GAACAACGGA AACATAACAG GGAACACCAC TCCTCCCCAT AACCATCATT
Contig CACACAACCT GAACAACGGA AACATAACAG GGAACACCAC TCCTCCCCAT AACCATCATT
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
125 135 145 155 165 175
Short ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~
Long CACCAAACAT TCAAACACCA CGATTACAAC GAAAAACAAT CAACACATAA TCAACCCAAC
Contig CACCAAACAT TCAAACACCA CTATTACAAC GAAAAACAAT CAACACATAA TCAACCCAAC
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
185 195 205 215 225 235
Short ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~
Long ACACTATATC CCACATTCAC ACACACACAC ACACACAAAC ACACTCCTTC ATCAACATGT
Contig ACACTATATC CCACATTCAC ACACACACAC ACACACAAAC ACACTCCTTC ATCAACATGT
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
245 255 265 275 285 295
Short ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~
Long AGACAGAAAA TGGAACACGA CTACGCAAAT CAACATCGTC GTCCAACGAG AAATCTGTCC
Contig AGACAGAAAA TGGAACACGA CTACGCAAAT CAACATCGTC GTCCAACGAG AAATCTGTCC
....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....|
305 315 325 335 345 355
Short ~~~~~~~~~~ ~~~~~TCTCA TTACACCCAC ACATATGTTA ACAAACAACA AGTGGACTGG
Long AACCATCAAT GTCACTCTCA TTACACCCAC ATATATGTTA ACAAACAACA AGTGGACTGG
Contig AACCATCAAT GTCACTCTCA TTACACCCAC ACATATGTTA ACAAACAACA AGTGGACTGG
Short TT
Long TT
Contig TT
ARTIGOS E RESULTADOS
70
Figure 2
A
B
ARTIGOS E RESULTADOS
71
Figure 3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
S
S
ARTIGOS E RESULTADOS
72
5.3 – Comparação dos diferentes métodos de extração de DNA.
Testamos quatro diferentes métodos de extração de DNA de ovos com o objetivo de
avaliar qual seria o mais eficaz. Os DNAs extraídos destes ovos foram utilizados em rações de
PCR com iniciadores específicos para loci de microssatélites.
De nove amostras de DNA extraídas com fenol/clorofórmio, obtivemos produtos de
amplificação para apenas uma amostra (Figura 7A). De 10 amostras de DNA extraídas pelo
método ROSE, três apresentaram produtos de amplificação (Figura 7B). Das nove amostras
de DNA extraídas com o método “Sorensen”, obtivemos produtos de amplificação para
apenas uma (Figura 7C). Com o método que utiliza a resina Instagene matrix”, obtivemos
produtos de amplificação para oito das 10 amostras de DNA extraídas (Figura 7D). É
importante ressaltar que nestas reações utilizamos o mesmo para de iniciadores (SmBr09) que
gera um fragmento de aproximadamente 161pb. Devemos ressaltara também que as duas
amostras não amplificadas nesta reação (canaletas 1 e 9 da Figura 7D), apresentaram produtos
em outras reações com estes e com outros iniciadores.
Figura 7 Produtos de amplificação de DNA de ovos individuais de S. mansoni utilizando o par de iniciadores
SmBr09. Preparações de DNA obtidas por diferentes métodos: A) Fenol/clorofórmio, B) “ROSE”, C)
“Sorensen” e D) Resina Instagene Matrix®. CP= controle positivo da reação, DNA de verme adulto. MM=
marcador molecular. CN= controle negativo, reação sem adição de DNA.
194pb
161pb
1 2 3 4 5 6 7 8 9
CP
MM
118pb
A)
161pb
1 2 3 4 5 6 7 8 9
CN
CP
MM
194pb
118pb
B)
161pb
118pb
19
4pb
1
2
3
4
5
6
7
8
9
CP
MM
C)
D)
CN
1
2
3
4
5
6
7
8
9
CP
MM
118pb
194pb
161pb
ARTIGOS E RESULTADOS
73
5.4 – Artigo 3:
Genetic filtering and optimal sampling of Schistosoma mansoni populations
Publicado na revista Parasitology (Sorensen et al., 2006)
Sorensen RE, Rodrigues NB, Oliveira G, Romanha AJ, Minchella DJ. Genetic filtering
and optimal sampling of Schistosoma mansoni populations. Parasitology. 2006. 133: Pt 4,
443-451
Neste trabalho estão sintetizados os resultados relativos ao objetivo específico 2:
2 Desenvolver metodologia para o uso de ovos de S. mansoni como fonte de material
genético para genotipagem
Neste trabalho mostramos, pela primeira vez, a utilização de ovos individualizados de
S. mansoni como fonte de DNA para PCR, bem como um novo protocolo para extração deste
DNA. O protocolo apresentado é o que utiliza resina na extração e foi o que apresentou os
melhores resultados dentre os 4 descritos na metodologia.
Mostramos também, pela primeira vez, a utilização de PCR-multiplex na genotipagem
de miracídios e vermes adultos de S. mansoni. Tanto os miracídios quanto os vermes
utilizados são provenientes das amostras de fezes coletadas de moradores de Virgem das
Graças – Minas Gerais.
Genetic filtering and optimal sampling of
Schistosoma mansoni populations
R. E. SORENSEN
1
*, N. B. RODRIGUES
2
,G.OLIVEIRA
2
,A.J.ROMANHA
2
and D. J. MINCHELLA
3
1
Department of Biological Sciences, Minnesota State University Mankato, Mankato, MN 56001, USA
2
Centro de Pesquisas Rene´ Rachou FIOCRUZ, Belo Horizonte, Minas Gerais , Brazil
3
Department of Biological Sciences, Purdue University, West Lafayette, IN 47907, USA
(Received 28 March 2006; revised 29 April 2006; accepted 1 May 2006; first published online 4 July 2006)
SUMMARY
Allelic variation in 6 microsatellite markers was compared between frozen Schistosoma mansoni eggs and laboratory-
passaged worms originating from the same 5 fecal samples obtained from Brazilian residents. Based on allelic richness
values, the number of alleles detected per locus did not differ between egg and worm DNA templates. However, our ability
to score loci differed between these DNA templates, with worms providing more scored loci per individual than eggs.
Differences also existed between the worms and eggs in the identity of the specific alleles that were detected. Additionally,
we observed a reduction in homozygous genotypes among laboratory-passaged worms relative to the eggs. Allelic diversity
curves were calculated by genotyping all worms from a representative host sample to determine the relationship between
the number of alleles detected at a locus and the number of worms genotyped. Curves for the 5 residents’ worm infra-
populations for each of the loci were very similar. The equation y=19
.
55rln(x)+9
.
992 explained the association between
sampling effort (x) and number of alleles detected (y) with an R
2
of 0
.
775. In conclusion, egg DNA templates and allelic
diversity curves can benefit efforts to discern the sociological, ecological and evolutionary forces impacting the genetic
diversity and disease epidemiology of human schistosomes.
Key words: Schistosoma mansoni, microsatellites, allelic diversity, miracidia, population genetics, host-induced selection,
sampling approaches.
INTRODUCTION
Schistosomiasis remains a major public health con-
cern affecting over 200 million people worldwide. As
such, con siderable financial, medical and scientific
effort has been devoted to understanding the epi-
demiological factors influencing the transmission and
spread of the parasite. Population-genetics theories
and methodologies have enhanced our knowledge of
Schistosoma mansoni population dynamics in light of
the sociological, ecological and evolutionary forces
that impact disease epidemiology. As studies inves-
tigating Schistosoma population genetics increase,
our ability to discern the relative strength of these
forces over space and time improves. However, ac-
curate interpretation of natural genetic patterns of
schistosomes requires both direct collection of geno-
typic data and assurance that the portion of sampled
parasites constitutes an unbiased estimate of genetic
diversity.
Schistosoma mansoni genetic studies involving both
sylvatic and human transmission cycles have been
performed to discern the forces shaping parasite
transmission and maintenance in endemic areas
(Minchella et al. 1995; Barral et al. 1996 ; Sire et al.
1999; Curtis et al. 2001, 2002 ; Sire et al . 2001 a, b;
Eppert et al. 2002; Prugnolle et al. 2002, 2004, 2005;
Theron et al. 200 4). While the intramolluscan para-
site stages can be studied equitably in either cycle,
differences exist in how parasite tissue is recovered
from the vertebrate host. In sylvatic cycles of
S. mansoni, adult worms are harvested directly from
sacrificed murine hosts (Barral et al. 1993, 1996; Sire
et al. 2001 a, b; Prugnolle et al. 2002, 2004, 2005 ;
Theron et al. 2004). Alternatively, among human
hosts, S. mansoni eggs are collected from patient feces
and subsequently passaged through laboratory popu-
lations of snails and rodents to obtain adult worms
for genetic analysis (Minchella et al. 1994; Curtis
et al. 2001, 2002 ; Rodri gues et al. 2002; Stohler et al.
2004). An important problem associated with this
methodology is the potential for artificially selecting
genotypes of the parasite that are better adapted for
laboratory hosts, while filtering out genotypes
adapted to natural host populations (LoVerde et al.
1985). The ability to genotype multiple loci from
* Corresponding author : Department of Biological
Sciences, Minnesota State University Mankato, Mankato,
MN 56001, USA. Tel: +507 389 1280. Fax:
+507 389 2788. E-mail: [email protected]
443
Parasitology (2006), 133, 443–451. f 2006 Cambridge University Press
doi:10.1017/S0031182006000552 Printed in the United Kingdom
individual miracidia collected from eggs in human
stool samples would circumvent the need for lab-
oratory passage of the schistosomes, allo wing a more
direct assessment of genotypes associated with
human schistosomiasis.
Determining the appropriate number of worms to
sample from infected hosts is also an important
problem facing researcher s investigating S. mansoni
population genetics. Currently, there are 2 commonly
employed methodologies for collecting genotypic
information from vertebrate hosts: genotyping all
worms within a single host (Sire et al. 2001a ; Theron
et al. 2004) or genotyping an arbitrarily-sized sub-
sample of worms (Curtis et al. 2001, 2002; Sire et al.
2001a; Rodrigues et al. 2002). Both of these methods
have shortcomings. Genotyping all worms can lead
to sampling redundancy (and wasted effort), as hosts
often carry redundant clonal genotypes due to trans-
mission from snail hosts. However, choosing an
arbitrary number of worms from each host presents
the risk of under-sampling the available parasite
genotypes. A more efficient method would involve
genotyping all worms from a subset of hosts and de-
termining the relationship between the number of
unique alleles and the number of genotyped worms.
This relationship could help to determine the pro-
portion of an infrapopulation that should be geno-
typed in the remainder of the hosts.
This paper presents our approaches to optimize
S. mansoni sampling efforts in endemic regions.
Herein, we describe a proto col for extracting DNA
from single S. mansoni eggs (from human feces) that
allows subsequent multiloc us, microsatellite geno-
typing. We also assess the importance of genetic
filtering during laboratory passage of S. mansoni,by
genotyping parasites prior to laboratory infections
(from eggs) and after passage through both snails and
rodent hosts (from adult worms). Lastly, we present
a methodology to empirically optimize the trade-off
between capturing sufficient parasite genetic varia-
bility in adult worms and reducing the sampling
effort necessary to gather that information.
MATERIALS AND METHODS
Collection of allelic information
Schistosoma man soni eggs (in feces) were collected
from 5 residents (hereafter, individually referred to
as PID142, PID259, PID404, PID447, and PID008)
of the Virgem das Grac¸as (VdG) study area in the
Jequitinhonha Valley of northern Minas Gerais,
Brazil. These residents were expected to comprise a
good sample of S. mansoni genetic variability within
the larger VdG study population based on their high
parasite intensities and the dispersed nature of their
residences across the study area. The larger study
population consisted of 47 individuals residing in a
60 km
2
area surrounding Corrego do Cardoso and
Corrego do Suc¸uarana. The village of VdG is near the
centre of this study area. Participants of this study
were divided into 5 geographical groups based on
their proximity to the village. The 5 residents con-
sidered in this paper represent all 5 of the geo-
graphical groups. Evaluation of which residents to
select as representatives of a geographical group was
based on the number of S. mansoni adults that were
collected following laboratory passage of miracidia
through Biomphalaria glabrata snails and BALB/c
mice. Within each geographical group, the resident
providing the most worms from a mouse infection
involving o5 cercariae-releasing snails was chosen
for this study. This selection criteria offered the best
a priori opportunity of detecting maximal levels of
genetic variability within each of the study areas,
while minimizing the number of parasite infrapopu-
lations assessed since the greatest loss of schistosome
genetic diversity is assumed to occur when the snails
and the mice are exposed to their respective infective
stages (mean number of snails per infected mouse for
all 47 VdG residents ¡1 standard deviation=3
.
54¡
1
.
75 based on 130 mice infected in the larger study).
Eggs were removed from feces using 2 washes
and sedimentation in a 1
.
85% NaCl solution. These
eggs were either (1) transferred individually to 0
.
5ml
microfuge tubes containing 50 mlofa1
.
85% NaCl
solution for storage at x20 xC (14–17 eggs per resi-
dent) or (2) transferred to dechlorinated tap water
under a 100 W light source to induce miracidial
hatching. Five groups of 15 laboratory-reared Biom-
phalaria glabrata snails were individually exposed
to 10 miracidia per snail to represent the S. mansoni
infections of the 5 VdG residents. Unfortunately,
logistical constraints limited our ability to freeze
enough eggs to provide a more equitable number of
eggs and miracidia. Cercariae from each group of
snails were used to infect 2–5 BALB/c mice (100–120
cercariae/mouse). Mouse infections and the sub-
sequent collection of adult worms followed pro-
cedures described by Curtis et al. (2001). For each of
the 5 VdG residents, the mouse that offered the
greatest potential recovery of schistosome diversity,
based on the number of snails providing cercariae
and the number of worms recovered, was selected to
represent that individual’s schistosome infrapopu-
lation. These experimentally infected mice yielded
414 adult schistosomes (Table 1). DNA from these
worms was extracted using mechanical pulveriz-
ation, chemical degradation, and ethanol precipi-
tation (Sorensen et al. 1998).
In order to extract DNA from the 74 individual
S. mansoni eggs, the eggs were first isolated from
the saline storage buffer by centrifuging each tube
at 13 400 g for 5 min and eluting the supernatant.
Tubes containing the single egg were then sub-
merged in liquid nitrogen for 30 sec to rupture the
surface of the eggs hell and then 100 ml of InstaGene
Matrix (Bio-Rad) was added to the disrupted egg,
R. E. Sorensen and others 444
followed by a 3-min. incubation at 56 xC. This
was followed by 30 sec of high-speed vortexing, a
second incubation for 8 min at 100 xC, a final 10-sec
high-speed vortexing, and 3 min of centrifugation.
An aliquot of this supernatant was used as template
DNA in 10 ml vol. PCRs.
Table 1. Summary table showing allelic data for 6 microsatellite loci detected among adult Schistosoma
mansoni worms (W) and miracidia within eggs (E). Worms were harvested from BALB/c mice following
laboratory passage of miracidia obtained from fecal samples from 5 Virgem das Grac¸as residents
(PID142–PID008). Eggs were collecte d when miracidia for laboratory passage were harvested.
Parameter
PID142 PID259 PID404 PID447 PID008
WE WE WE WE W E
Total Collected 54 15 86 14 90 17 74 14 110 14
Total Genotyped 48 14 78 13 84 15 69 14 106 14
DA03 Locus
Number Genotyped 47 6 78 11 84 11 69 12 106 10
Number of Alleles 8 4 12 8 12 8 16 8 8 8
Frequency f0
.
0520648594 30
Frequency o0
.
2022222221 21
H
O
a
1
.
000 0
.
333 0
.
885 0
.
545 0
.
857 0
.
364 0
.
957 0
.
583 1
.
000 0
.
000
H
E
b
0
.
809 0
.
625 0
.
835 0
.
781 0
.
834 0
.
781 0
.
865 0
.
757 0
.
717 0
.
840
Allelic Richness 3
.
93 2
.
97 4
.
14 4
.
00 4
.
16 3
.
94 4
.
46 3
.
85 3
.
26 4
.
57
DO03 Locus
Number Genotyped 43 11 78 11 83 9 69 9 106 4
Number of Alleles 7 9 10 8 11 8 10 7 5 6
Frequency f0
.
0533435040 00
Frequency o0
.
2021211121 32
H
O
a
0
.
744 0
.
545 0
.
974 0
.
545 0
.
590 0
.
444 0
.
957 0
.
556 0
.
991 0
.
500
H
E
b
0
.
777 0
.
855 0
.
789 0
.
831 0
.
773 0
.
815 0
.
789 0
.
796 0
.
738 0
.
813
Allelic Richness 3
.
69 4
.
64 3
.
81 4
.
36 3
.
75 4
.
13 3
.
83 4
.
39 3
.
32 4
.
93
DO23 Locus
Number Genotyped 47 7 71 12 84 10 64 11 103 5
Number of Alleles 9 5 10 9 8 7 11 6 8 5
Frequency f0
.
0520512051 50
Frequency o0
.
2021112311 35
H
O
a
0
.
872 0
.
143 0
.
465 0
.
500 0
.
690 0
.
300 0
.
797 0
.
273 0
.
903 0
.
000
H
E
b
0
.
835 0
.
622 0
.
731 0
.
847 0
.
824 0
.
835 0
.
858 0
.
806 0
.
714 0
.
800
Allelic Richness 4
.
13 3
.
24 3
.
58 4
.
58 4
.
03 4
.
40 4
.
38 4
.
06 3
.
17 4
.
33
ED28 Locus
Number Genotyped 28 9 78 11 83 12 66 10 106 14
Number of Alleles 22323252 22
Frequency f0
.
0500101020 00
Frequency o0
.
2022222222 22
H
O
a
0
.
143 0
.
111 0
.
128 0
.
455 0
.
277 0
.
083 0
.
424 0
.
100 0
.
321 0
.
000
H
E
b
0
.
436 0
.
500 0
.
165 0
.
500 0
.
386 0
.
413 0
.
395 0
.
495 0
.
429 0
.
490
Allelic Richness 1
.
91 1
.
99 1
.
46 1
.
99 1
.
91 1
.
93 2
.
02 1
.
99 1
.
90 1
.
98
ED57 Locus
Number Genotyped 46 9 78 12 82 12 67 10 105 3
Number of Alleles 6 10 7 9 14 9 12 9 6 3
Frequency f0
.
0520247454 20
Frequency o0
.
2020312110 23
H
O
a
0
.
522 0
.
444 0
.
667 0
.
583 0
.
854 0
.
583 0
.
716 0
.
300 0
.
533 0
.
000
H
E
b
0
.
704 0
.
883 0
.
735 0
.
771 0
.
820 0
.
771 0
.
860 0
.
845 0
.
707 0
.
667
Allelic Richness 3
.
19 5
.
07 3
.
36 4
.
03 4
.
10 4
.
80 4
.
38 4
.
59 3
.
16 3
.
00
G5 Locus
Number Genotyped 47 8 71 10 83 10 63 8 104 6
Number of Alleles 33633443 43
Frequency f0
.
0500310010 10
Frequency o0
.
2022222222 32
H
O
a
0
.
681 0
.
125 0
.
620 0
.
300 0
.
602 0
.
100 0
.
635 0
.
125 0
.
633 0
.
167
H
E
b
0
.
567 0
.
617 0
.
560 0
.
485 0
.
559 0
.
675 0
.
566 0
.
570 0
.
661 0
.
569
Allelic Richness 2
.
42 2
.
73 2
.
39 2
.
22 2
.
35 3
.
22 2
.
38 2
.
48 2
.
75 2
.
68
a
Observed heterozygosity value.
b
Expected heterozygosity value.
Genetic filtering in Schistosoma mansoni 445
Six schistosome microsatellite loci (ED28, ED57
(Durand et al. 2000), DA03, DO03, DO23, and G5
(Rodrigues et al. manuscript in preparation)) were
amplified in 15 ml vol.multiplexed PCR reactions for
the worms and in 10 ml vol.singl e-locus PCR reac-
tions for the eggs ; multiplexed reactions using egg
template failed to produce detectable alleles. Whether
for eggs or worms, each amplification reaction con-
tained 10 m
M Tris-HCl, pH 9
.
0, 50 mM KCl, 0
.
1%
Triton
1
X-100, 200 mM dNTP, 2 mM MgCl
2
, 167 nM
of each primer (3–4 primer pairs/reaction for multi-
plex reactions), 0
.
6 units of Taq DNA Polymerase
(Promega), 0
.
8 mg BSA and 50 ng of worm DNA or
a4ml aliquot of the InstaGene Matrix supernatant.
Thermal cycling was performed under the following
conditions : 4 min at 94 xC ; 32 cycles of 30 s at 94 xC,
30 s at 55 xC, and 1 min at 65 xC ; and a final 3 min
extension at 65 xC, in either a MJ Research PTC-100
or an Eppendorf Mastercycler gradient thermo-
cycler. T he fluorescently labelled PCR products
were electrophoresed on an ABI 377 sequencer using
G
ENESCAN
1
-500[TAMRA] as an internal size stan-
dard for each lane. Allele sizes were determined using
G
ENESCAN v3.1 and GENOTYPER v2.5 software (PE
Applied Biosystems).
Assessing equality of egg and worm DNA so urces
Allelic diversity (number of alleles and allele fre-
quency), heterozygosity measures (observed and
expected values), and Hardy-Weinberg equilibrium
statistics of egg and worm DNA tem plates were de-
termined using GenAlEx 6 (Peakall and Smouse,
2005). Since exhaustive collection of the parasites
from experimentally infected mice yielded over 5
times more worms than the number of eggs that were
initially reserved for genetic analyses, comparison of
allelic diversity from the two sources was biased in
favour of worms. This bias was addressed by calcu-
lating the allelic richness of each locus (El Mousadik
and Petit, 1996 ; Petit et al. 1998) for the egg and
worm templates using FSTAT v.2.9.3 (Goudet,
2001). All statistical tests were performed using
SPSS 11 for Mac OS X. One-way ANOVA was
used to compare the number of alleles detected per
locus and overall allelic richness values between
eggs and worms, while Mann-Whitney U or
Kruskal-Wallis tests were used to make statistical
comparisons when assumptions of normality or
homoscedasticity were not met. Frequency differ -
ences were tested using chi-square analysis. An a
of 0
.
05 was used to evaluate statistical significance
in all cases.
Construction of an allelic diversity curve
Genotypic data from the most diverse microsatellite
locus for each of the 5 VdG worm infrapopulations
was used to determine how the cumulative number
of unique alleles at these loci increased as a function
of the number of worms assayed. By considering the
most diverse locus in worms obtained from each of
the VdG residents, we necessarily encompass the
diversity of other less-diverse loci within their worm
infrapopulations. Because the relationship between
the number of unique alleles detected and the num-
ber of worms genotyped depends upon the order in
which individual worms in a population are con-
sidered, an algorithm was written in Python 2.3.3 to
randomly reorder and resample the original data
from each of the 5 VdG worm infrapopulations. This
program allowed us to consider the relationship be-
tween number of alleles detected and number of
worms genotyped by iteratively shuffling the order in
which individuals were genotyped (program avail-
able upon request from RES via email). Python’s
random.shuffle function was used to randomly cha nge
the order in which alleles from these worms were
considered as unique or redundant.
Regression analysis was used to determine the
most biologically relevant, mathematical relationship
(based on R
2
values) between the percentage of
unique alleles detected and the percentage of the
infrapopulation assayed using re-sampled data and
SPSS 11 for Mac OS X. The optimal number of
times to shuffle allelic data from each of the 5 VdG
resident infrapopulations was determined iteratively
using the single most diverse locus among the 5
worm infrapopulations. In this case, genotypic data
from locus DA03 in PID447 was iteratively shuffled
and reassembled 5, 10, 15, 20, 30, or 60 times. The
best-fit curve was calculated for each of the resulting
6 datasets. The coefficients of determination (R
2
)
from these curves were retained, and the process
was repeated 4 additional times to determine the
mean R
2
and its standard deviation based on 5 trials
for each of the 6 reassembly alternatives. This
allowed to us to find the number of re-sampling
iterations that minimized variation in the R
2
value.
Outputs generated using the optimal number of
re-sampling iterations were combined into a single
dataset to determine an overall best-fit regression
curve.
RESULTS
Equality of egg and worm DN A sources
The 5 groups of experimentally infected BALB/c
mice considered in this study yielded 414 adult
schistosomes (Table 1) representing offspring of the
infections in 5 Virgem das Grac¸as residents. Of these,
385 (9 3
.
0%) produced allelic information for at least
1 of the 6 microsatellite loci under consideration
(Table 1). PID142 yielded the fewest scored worms
(88
.
9%), and PID008 offered the most (96
.
4%).
Seventy (94
.
6%) of the collected eggs provided allelic
information for at least 1 of the loci being studied,
R. E. Sorensen and others 446
and the number of genotyped eggs app eared evenly
distributed across the 5 residents (Table 1).
Our ability to detect microsatellite alleles differed
somewhat among egg and worm DNA templates.
This difference was observed in the mean number of
loci scored per individual and in the proportion of
genotypes detected per locus. Worms provided
significantly more scored loci per individual than
did eggs (mean=5
.
8 vs 4; Z=x9
.
985, U=6164, P<
0
.
001). In the same manner, a significantly smaller
proportion of eggs provided genotypic information
at each locus than did worms, with 60
.
0–80
.
0% of the
eggs and 93
.
8–99
.
7% of the worms offering genotypic
information across the 6 loci (mean=67
.
2% vs
96
.
9%; x
2
=445
.
42, D.F.=1, P<0
.
001). However, at
a given locus , the number of alleles that were de-
tected did not differ between the egg and worm popu-
lations assayed (F
1
,
10
=0
.
586, P=0
.
462).
Allelic variability was similar for both DNA
sources in terms of the number of alleles per locus.
Four of the loci, DA03, ED57, DO03, and DO23, all
possessed >10 alleles, while G5 and ED28 presented
<10 alleles regardless of the DNA source (Table 1).
The frequency of more common alleles (frequency
o0
.
20) was also similar in both the worm and egg
portion of the population (Z=x0
.
589, U=14
.
500,
P=0
.
589). However, rare alleles (frequency f0
.
05)
were detected more frequently in the worm popu-
lation compared to the egg population (Z=x2
.
166,
U=4
.
500, P=0
.
026). The occurrence of specific
alleles differed between worms and eggs as well.
Twenty alleles were found among the worm s that
were absent from the eggs, while 5 alleles were
detected among the eggs that were lackin g in the
sampled worms (data not shown).
Allelic richness per locus did not differ between
the 5 VdG residents when the egg samples and the
worm samples were considered separately (worm :
F
4
,
25
=0
.
434, P=0
.
783; egg : F
4
,
25
=0
.
056, P=0
.
994;
Table 1). Furthermore, when the egg and worm
samples were combined, allelic richness per locus did
not differ between the residents or between the
sources (egg or worm) of the DNA (resident: F
4
,
55
=
0
.
260, P=0
.
903; source: F
1
,
58
=1
.
714, P=0
.
196).
Although, allelic richness values were similar in eggs
and worms, whether considered on a per locus or
a per resident basis, the number of microsatellite
alleles present differed among the loci, both when the
egg and worm samples were considered separately
and when they were grouped (egg: H=21
.
856,
D.F.=5, P=0
.
001; worm : H=21
.
388, D.F.=5, P=
0
.
001; grouped : H=40
.
295,
D.F.=5, P<0
.
001).
Measures of observed and expected heterozygosity
differed between the worm and egg portions of the
S. mansoni population (Table 1). Observed levels of
heterozygosity (H
o
) were significantly larger among
worms compared to eggs across all loci ( U = 4
.
000,
Z=x2
.
246, P=0
.
026), while expected hetero-
zygosity (H
e
) values were comparable for the eggs
and the worms (U=13
.
5, Z=x0
.
727, P=0
.
485).
When egg s were used as the DNA source, H
o
per
locus and over all loci in each patient were lower than
H
e
. Nevertheless, some of the loci (PID142: loci
DA03 and DO03; PID259: loci DO03, ED28, and
G5; PID404 : locus DO03 ; PID447: loci DA03 and
DO03; PID008 loci DO03 ED57, and G5 ; P>0
.
05)
did not deviate significantly from Hardy-Weinberg
equilibrium (HWE), which may be due to the
paucity of eggs genotyped for these loci among the
individual residents. Unexpectedly, however, when
adult worms were used as the DNA source, 16 loci
showed H
o
higher than the H
e
, while 14 loci showed
the opposite outcomes (Table 1). All but 1 (PID259:
G5; P>0
.
05) loci in the worm populations deviated
significantly from HWE (P<0
.
05).
Estimation of an allelic diversity curve
Using reshuffled data from the most diverse locus in
each of the 5 VdG resident’s worms, a logarithmic
relationship, of the form y= mrln (x)+b, best fit
the association between the percentage of the unique
alleles detected (x) and the percentage of the worm
population sampled (y) better than alternative re-
lationships (data not shown). The coefficie nt of
determination’s (R
2
) mean standard deviation de-
creased dramatically as the number of shuffling
iterations increased from 5 to 15 and remained rela-
tively constant as iterations increased beyond 15. As
such, 30 re-sampling iterations of the most diverse
microsatellite locus for each worm infrapopulation
was used to determine the logarithmic relationship
between the number of worms analysed and the
number of unique alleles detected. The allelic di-
versity curves for each of the 5 VdG resident’s worm
populations were very similar (Fig. 1). Furthermore,
for all resident-locus combinations, other than
PID008, R
2
for the regression exceeded 0
.
780
(range=0
.
544–0
.
916; mean=0
.
806) indicating a
reasonable fit of the calculated relationship to the
data. When the data used to produce these 5 curves
were combined to determine an overall relationship,
we found that the equation y=19
.
55rln(x)+9
.
992
explained the association between worm number and
unique allele number with an R
2
of 0
.
775.
DISCUSSION
Our results show that sufficient high-quality DNA
for microsatellite analyses can be obtained from in-
dividual Schistosoma mansoni eggs (collected from
human feces) when an extraction protocol containing
InstaGene Matrix is used. This technique greatly
reduces the time and expense necessary to compile
schistosome allelic data from human hosts by making
laboratory passage of the parasites prior to genetic
analysis unnecessary. PCR amplification of schisto-
some DNA has been utilized for microsatellite loci
Genetic filtering in Schistosoma mansoni 447
from pooled miracidia (Silva et al. 2006) and multi-
copy or mitochondrial loci from eggs within fecal
samples (Pontes et al. 2002; Gobert et al. 2005 ;
Shrivastava et al. 2005), but to our knowledge this is
the first demonstration of multilocus microsatellite
genotyping of single copy loci from individual mir-
acidia within schistosome eggs. Collection of multi-
locus genotypic information from individual eggs,
as shown herein, enables the most comprehensive
testing of hypotheses about the evolution of human
schistosome pop ulations. Although, allele frequency
data can be obtained by genotyping a single locus
from individual miraci dia (Shrivastava et al. 2005),
single locus genotypes are limited in their ability to
identify alleles that are identical by descent com-
pared to multilocus genotypes. Likewise, estimates
of allele frequency that are calculated from pools of
schistosome eggs (Silva et al. 2006) cannot provide
measures of heterozygosity, limiting their usefulness
in explaining modes of evolution within and among
populations.
The use of individual S. mansoni eggs , rather than
worms, as a DNA source may warrant reservations
when successful detection of all microsatellite alleles
under investigation is essential or when multiplexed
PCR reaction s are preferred. The success rate of
microsatellite PCR reactions was greate r using a
worm DNA template in terms of the number of loci
detected per individual and the proportion of geno-
types detected per locus. Furthermore, the fact that
worm DNA allowed multiplexed PCR reactions
and egg DNA did not, may influe nce the economics
of some studies. These negative aspects of using
schistosome eggs m ay be countered by our finding
that a comparable number of alleles was detected per
locus whether egg or worm DNA was used and that
the same common alleles were detected with both
template sources. Similarly, further experimentation
with single locus and multiplex PCR conditions
should increase the efficiency of DNA amplification
from egg templates. A somewhat similar DNA ex-
traction protocol for nematode eggs that does not
require freezing the eggs in liquid nitrogen has been
described by Floyd et al. (2002), and may be worth
considering in future studies.
In this study, we detected rare alleles more fre-
quently among sampled worm s than among gen o-
typed eggs. However, this finding is confounded by
the fact that 5 times more worms were genotyped
than eggs in this study. It is worth reiterating that the
lack of eggs was not related to the availability of eggs
for collection, rather it was limited by our ability
to store and freeze more eggs when the fecal samples
were being processed. Because this method of col-
lecting schistosome DNA from an individual egg was
unproven at the time the eggs were harvested, greater
emphasis was placed on the proven technique for
collecting schistosome genetic information, which
meant that infecting snails was the primary focus.
Although more rare alleles were detected among the
worms, 5 alleles were detected among the eggs that
were not observed among the worms, which is note-
worthy given that many times fewer eggs were
analysed. This finding demonstrates that S. mansoni
allelic diversity was lost from the original egg
population as evidenced by their absence fo llowing
passage through laboratory hosts. This supports
previous evidence (Stohler et al. 2004) that genetic
diversity is lost while maintaining laboratory popu-
lations of this parasite. However, this does not re-
quire that these alleles were lost due to selection
pressures imposed by the laboratory hosts since rare
alleles are strongly affected by chance events.
To more equitably compare the genetic diversity
of our egg populations to the larger worm popu-
lations, we utilized allelic richness values to compare
the number of alleles detected among the egg and
worm samples. Allelic richness per resident did not
differ among the 5 VdG residents suggesting that
S. mansoni expresses similar intra-host genetic di-
versity in our study site. In other words, residents
sample similar levels of the S. mansoni genetic di-
versity (richness) within the study area. Differences
were detected in allel ic richness between loci when
eggs and worms were analysed individually. How-
ever, no such differences were found between the egg
and worm subpopul ations when data from both
subpopulations were pooled. These results show that
harvesting S. mansoni eggs from stool samples does
not limit our ability to detect microsatellite alleles.
This study also considered the genetic conse-
quences of laboratory passage of natural S. mansoni
isolates since the worms we analysed were derived
from the same stool samples as the genotyped eggs.
We anticipated no difference in the expected and
observed heterozygosity values for the two DNA
100
80
60
40
% Unique Alleles Detected
20
0
02040
% Individuals Sampled
60
PID142 (Locus DO23)
PID259 (Locus DA03)
PID404 (Locus ED57)
PID447 (Locus DA03)
PID008 (Locus DA03)
80 100
Fig. 1. Trendlines representing logarithmic relationships
for the percentage of unique alleles detected for each of
5 microsatellite loci (DA03–G5) as a function of the
percentage of worms in the infrapopulation
(PID142–PID008) that were sampled. Each trendline is
based on re-sampling allelic data from the single most
diverse locus detected in a single patient infrapopulation
of Schistosoma mansoni 30 times.
R. E. Sorensen and others 448
sources because the genotyped eggs and the mir-
acidia, which produced the worms, were obtained
through replicate sampling of a common set of eggs.
Our results do not support this hypothesis. When
eggs were used as a DNA source, deficits in hetero-
zygosity, relative to HWE, were detected in all loci
across the 5 VdG residents. This finding does not
seem to be related to technical limitations associated
with our DNA extraction technique since het-
erozygotes were detected among 30
.
5% of the loci
across all individual eggs. Furthermore, 74
.
7% of the
sampled eggs were heterozygous at one or more loci
and 63
.
1% of the eggs that yielded wholly homo-
zygous multilocus genotypes came from PID008
(data not shown). Worms from PID008 also showed
high levels of homozygosity. Therefore, the observed
lack of heterozygous genot ypes among eggs is likely
due to natural causes including : inbreeding of the
worms within a resident, population substructuring
(Wahlund effect) due to residents sampling cercariae
from several different S. mansoni subpopulations,
or from positive selection pressures. Interestingly,
when passaged adult worms were used as the DN A
source, an excess of heterozygotes relative to HWE
was observed in 3–4 of the loci among all the studied
VdG residents. Selection pressures that favour
heterozygous individuals would favour such an out-
come. Comparison of H
o
and H
e
values in eggs and
worms also suggests that heterozygote advantage
may have affected the genetic diversity of the worm
subsample since H
e
values were equivalent for the
two DNA sources but H
o
for worms was significantly
larger than that for eggs. Since the worms and eggs
used in this study were derived from a common stool
sample, this result suggests that passage through
laboratory strains of snails and mice favoured
heterozygous S. mansoni genotypes. This is an in-
triguing result as long-ter m passage of schistosomes
through laboratory hosts results in reduced hetero-
zygosity (Stohler et al. 2004), whereas heterozygote
advantage should promote the maintenance of allelic
diversity. In light of our current results, it appears
that the reduction in diversity of laboratory popu-
lations, due to founder effects and potential bottle-
necks, is sufficient to counter any initial heterozygote
advantage that may result from passage through
laboratory hosts.
To the extent that the 5 individuals from VdG
used as the source of worms fo r this study represent
all VdG residents, y=19
.
55rln(x)+9
.
992, allows us
to determine the proportion of worms required to
obtain high allelic diversity among parasites from
other VdG residents. Based on our overall equation,
we can predict that when 60 % of the S. mansoni tissue
(laboratory passaged worms, most specifically) from
other VdG resident infrapopulations is genotyped
90% of the distinct alleles present among that worm
population should be detected. This is a powerful
approach because it relies on allelic data from a
subset of the original study population to define
sampling effort fo r the remainder of the study
population rather than arbitrarily choosing a num-
ber of individuals to genot ype. It is likely that popu-
lation genetic patterns discerned using this method
are more indicative of the actual population structure
than patterns suggested by less stringent sam-
pling methods. Since this approach is based on pre-
viously obtained evidence of genotypic redundancy
for a defined study area, its use can substantially re-
duce the overall cost of genetic analyses for para-
site populations where clonality is an important
determinant of population structure. Use of a cost-
benefit curve can also limit over-sampling, which
would be accompanied by exclusion of redundant
genotypes.
Selecting appropriate hosts for generating parasite
allelic diversity curves is critical for the applicability
of this methodology. Variables that we con sider most
important for choosing host candidates include: the
number of infection foci in the study area, the spatial
distribution of these foci, aggr egation of hosts rela-
tive to the foci, and the host’s parasite intensity. As
a general rule, the number of sampled hosts should
be increased relative to the number of infection foci
since a single host is unlikely to adequately represent
the genetic diversity of multiple foci unless the foci
are close together. As a result, aggregated host popu-
lations and /or foci may require fewer sampled hosts
relative to populations and/or foci that are more
diffuse. Lastly, hosts with similarly high parasite
intensities (based upon initial intensity screening)
should be given priority, as these individuals like ly
posses the richest parasite diversity. Each of these
variables (a nd their interactions) should be con-
sidered within a particular study area to avoid biasing
estimates of parasite genetic diversity.
In summary, the schistosome sampling approaches
presented here provide worthwhile methods to in-
crease the efficiency of our efforts to discern the
sociological, ecological and evol utionary forces that
impact genetic diversity and disease epidemiology.
The use of template DNA from individual schisto-
some eggs can dramatically reduce the time and costs
associated with obtaining multilocus genotypes by
negating the need to artificially passage life-cycle
stages in the laboratory. Likewise, sampling schemes
that are defined by the underlying allelic diversity
provide a realistic view of the genetic diversity in
that population while limiting both the time and re-
sources necessary to collect that view.
We are indebted to Laura Warlow, Kathy Mounts, Esther
Dubrovsky, Marcilene Rezende Silva and Maı
´
ra Mazzoni
Pucci for their technical support. We also wish to thank
Liana Konovaloff Jannotti Passos for help with purifying
the eggs and infecting snails as well as recognizing Andrea
Gazzinelli and Rodrigo Correa-Oliveira for assistance with
the field portion of this work. Manuscript comments, by
Monika Zavodna, Greg Sandland and Jason Curtis were
Genetic filtering in Schistosoma mansoni 449
especially valuable. This work was funded by a National
Institutes of Health (USA) Research Grant (R01-AI-
42768) to D. J.M. and in part by a Fundac¸a
˜
o de Amparo a
˚
Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) Re-
search Grant (407/02) and a World Health Organization/
Tropical Disease Research (WHO/TDR) Grant (A20399)
to G. O.
REFERENCES
Barral, V., This, P., Imbert-Establet, D., Combes, C.
and Delseny, M. (1993). Genetic variability and
evolution of the Schistosoma genome analysed by
using random amplified polymorphic DNA markers.
Molecular and Biochemical Parasitology 59, 211–222.
Barral, V., Morand, S., Pointier, J. P. and Theron, A.
(1996). Distribution of schistosome genetic diversity
within naturally infected Rattus rattus detected by
RAPD markers. Parasitology 113, 511–517.
Curtis, J., Fraga, L. A., de Souza, C. P.,
Correa-Oliveira, R. and Minchella, D. J. (2001).
Widespread heteroplasmy in schistosomes makes
an mtVNTR marker ‘‘ nearsighted’’. Journal of Heredity
92, 248–253.
Curtis, J., Sorensen, R. E. and Minchella, D. J. (2002).
Schistosome genetic diversity : the implications of
population structure as detected with microsatellite
markers. Parasitology 125 (Suppl.), S51–S59.
Durand, P., Sire, C. and Theron, A. (2000). Isolation
of microsatellite markers in the digenetic trematode
Schistosoma mansoni from Guadeloupe Island.
Molecular Ecology 9, 997–998.
El Mousadik, A. and Petit, R. J. (1996). High level of
genetic differentiation for allelic richness among
populations of the argan tree [ Argania spinosa (L.)
Skeels] endemic to Morocco. Theoretical and Applied
Genetics 92, 832–839.
Eppert, A., Lewis, F. A., Grzywacz, C., Coura Filho,
P., Caldas, I. and Minchella, D. J. (2002).
Distribution of schistosome infections in molluscan
hosts at different levels of parasite prevalence.
Journal of Parasitology 88, 232–236.
Floyd, R., Abebe, E., Papert, A. and Blaxter, M. (2002).
Molecular barcodes for soil nematode identification.
Molecular Ecology 11, 839–850.
Gobert, G. N., Chai, M., Duke, M. and McManus,
D. P. (2005). Copro-PCR based detection of Schistosoma
eggs using mitochondrial DNA markers. Molecular and
Cellular Probes 19, 250–254.
Goudet, J. (2001). FSTAT, a program to estimate and test
gene diversities and fixation indices (version 2.9.3).
Available from http://www.unil.ch/izea/softwares/fstat.
html. Updated from Goudet (1995).
LoVerde, P. T., DeWald, J., Minchella, D. J.,
Bosshardt, S. C. and Damian, R. T. (1985). Evidence
for host-induced selection in Schistosoma mansoni.
Journal of Parasitology 71, 732–734.
Minchella, D. J., Lewis, F. A., Sollenberger, K. M.
and Williams, J. A. (1994). Genetic diversity of
Schistosoma mansoni : quantifying strain heterogeneity
using a polymorphic DNA element. Molecular and
Biochemical Parasitology 68, 307–313.
Minchella, D. J., Sollenberger, K. M. and Pereira
de Souza, C. (1995). Distribution of schistosome
genetic diversity within molluscan intermediate hosts.
Parasitology 111, 217–220.
Peakall, R. and Smouse, P. E. (2005). GenAlEx 6 :
Genetic Analysis in Excel. http://www.anu.edu.au/
BoZo/GenAlEx/. Population genetic software for
teaching and research. The Australian National
University.
Petit, R. J., El Mousadik, A. and Pons, O. (1998).
Identifying populations for conservation on the basis
of genetic markers. Conservation Biology 12 , 844–855.
Pontes, L. A., Dias Neto, E. and Rabello, A. (2002).
Detection by polymerase chain reaction of Schistosoma
mansoni DNA in human serum and feces. American
Journal of Tropical Medicine and Hygiene 66, 157–162.
Prugnolle, F., De Meeus, T., Durand, P., Sire, C. and
Theron, A. (2002). Sex-specific genetic structure in
Schistosoma mansoni : evolutionary and epidemiological
implications. Molecular Ecology 11, 1231–1238.
Prugnolle, F., The
´
ron, A., Durand, P. and
De Meeus, T. (2004). Test of pangamy by genetic
analysis of Schistosoma mansoni pairs with its natural
murine host in Guadeloupe. Journal of Parasitology 90,
507–509.
Prugnolle, F., The
´
ron, A., Pointier, J.-P.,
Jabbour-Zahab, R. and Jarne, P. (2005). Dispersal in
a parasitic worm and its two hosts: consequence for local
adaptation. Evolution 59, 296–303.
Rodrigues, N. B., Loverde, P. T., Romanha, A. J.
and Oliveira, G. (2002). Characterization of new
Schistosoma mansoni microsatellite loci in sequences
obtained from public DNA databases and microsatellite
enriched genomic libraries. Mem Inst Oswaldo Cruz 97
(Suppl. 1), 71–75.
Shrivastava, J., Gower, C. M., Balolong, E. J.,
Wang, T. P., Quian, B. Z. and Webster, J. P. (2005).
Population genetics of multi-host parasites—the case
for molecular epidemiological studies of Schistosoma
japonicum using larval stages from naturally infected
hosts. Parasitology 131, 1–10.
Silva, L. K., Liu, S. and Blanton, R. E. (2006).
Microsatellite analysis of pooled Schistosoma mansoni
DNA: an approach for studies of parasite populations.
Parasitology 132, 331–338.
Sire, C., Durand, P., Pointier, J. P. and Theron, A.
(1999). Genetic diversity and recruitment pattern of
Schistosoma mansoni in a Biomphalaria glabrata snail
population: a field study using random-amplified
polymorphic DNA markers. Journal of Parasitology
85, 436–441.
Sire, C., Durand, P., Pointier, J. P. and Theron, A.
(2001a). Genetic diversity of Schistosoma mansoni
within and among individual hosts (Rattus rattus ):
infrapopulation differentiation at microspatial scale.
International Journal for Parasitology 31, 1609–1616.
Sire, C., Langand, J., Barral, V. and Theron, A.
(2001b). Parasite (Schistosoma mansoni) and host
(Biomphalaria glabrata) genetic diversity : population
structure in a fragmented landscape. Parasitology 122,
545–554.
Sorensen, R. E., Curtis, J. and Minchella, D. J.
(1998). Intraspecific variation in the rDNA ITS loci of
37-collar-spined echinostomes from North America:
implications for sequence-based diagnoses and
phylogenetics. Journal of Parasitology 84, 992–997.
R. E. Sorensen and others 450
Stohler, R. A., Curtis, J. and Minchella, D. J.
(2004). A comparison of microsatellite
polymorphism and heterozygosity among field
and laboratory populations of Schistosoma
mansoni. International Journal of Parasitology 34,
595–601.
Theron, A., Sire, C., Rognon, A., Prugnolle, F.
and Durand, P. (2004). Molecular ecology of
Schistosoma mansoni transmission inferred from the
genetic composition of larval and adult infrapopulations
within intermediate and definitive hosts. Parasitology
129, 571–585.
Genetic filtering in Schistosoma mansoni 451
ARTIGOS E RESULTADOS
83
5.5 – Determinação da variabilidade genética e estudo da influência da quimioterapia
sobre esta variabilidade.
Para a determinação da variabilidade genéticas dos parasitos (objetivo 3), foram
analisadas 53 infrapopulações de parasitos de 33 de amostras de fezes da primeira coleta e de
20 da segunda coleta (Tabela 2). Para o estudo da influência da quimioterapia sobre esta
variabilidade (objetivo 4), parasitos coletados em amostras de fezes após o tratamento e em
maior detalhe, de 9 moradores, amostrados nas duas coletas, foram analisados; Card1-
150/353, Card1-154/365, Card2-165/408, Card3-204/523, Card3-204/525, Card3-204/526,
Suss-125/282, Suss-137/315 e VdG-46/543.
Foram selecionados 5 pares de iniciadores para esta fase do trabalho por apresentarem
melhores resultados com DNA de ovos e em PCR-multiplex (Tabela 3).
A determinação do tamanho amostral indicou que um ‘N’=21 ovos seria o número
ideal a ser analisado de cada amostra de fezes. Entretanto, este número não foi possível em
todas as amostras, desta forma o tamanho de nossa amostra variou de 10 a 22 ovos.
Em uma análise global, com as 53 infrapopulações observamos que o número de
alelos por locus variou de 2 a 13, não houve correlação entre os alelos e o tratamento nas 9
infrapopulações estudadas (Tabela 4, sombreado). A heterozigozidade observada variou de
0,00 a 1,00. Com exceção de 13 infrapopulações (Tabela 4 índice b), em todas as outras e para
todos os loci a heterozigosidade observada (Ho) foi sempre menor que a esperada (He). Em
39 das 53 populações, em pelo menos um locus, Ho foi não significativamente diferente de
He (p<0,05) representando desvios para equilíbrio de Hardy-Weinberg. (Tabela 4*).
ARTIGOS E RESULTADOS
84
Tabela
4
: Número de alelos por locus, heterozigosidade observada (Ho) e esperada (He), encontradas nas populações de parasitos de cada paciente
estudado. As linhas sombreadas indicam indivíduos que foram amostrados antes e após o tratamento
Locus
SmBr19 SmBr16 SmBr17 SmBr9 SmBr15
Moradores (N) Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He
Card1-147/338 (14) 6 0.29 0.73 8 0.43 0.83 7 0.14 0.71 4 0.43 0.60* 6 0.64 0.81*
Card1-149/348a (12) 8 0.25 0.92 8 0.42 0.88 9 0.50 0.85 5 0.83b 0.67* 6 0.67 0.84*
Card1-150/352a (12) 7 0.42 0.87 6 0.17 0.85 11 0.75 0.90* 4 0.08 0.78 5 0.50 0.80*
Card1-150/353 (13) 6 0.08 0.67 7 0.23 0.88 13 0.85 0.95* 4 0.38 0.80* 5 0.63 0.84*
Card1-150/353a (14) 8 0.64 0.79 8 0.14 0.81 8 0.29 0.90 5 0.64 0.69 5 0.50 0.81*
Card1-151/359b (18) 4 0.06 0.54 9 0.17 0.90 8 0.11 0.75 4 0.44 0.75 6 0.89b 0.78*
Card1-154/365 (10) 3 0.60b 0.55* 3 0.60b 0.57* 9 0.30 0.92 5 0.30 0.85 5 0.50 0.79*
Card1-154/365a (13) 6 0.23 0.82 7 0.23 0.88 7 0.15 0.88 4 0.77 0.75* 6 0.77 0.83*
Card2-164/399 (16) 6 0.06 0.84 8 0.00 0.88 3 0.25 0.61 5 0.44 0.68 6 0.57 0.80
Card2-165/403 (11) 6 0.18 0.88 7 0.00 0.95 6 0.09 0.66 3 0.18 0.26* 6 0.64 0.85*
Card2-165/407 (21) 5 0.00 0.81 8 0.57 0.84 10 0.71 0.78 6 0.19 0.84 6 0.48 0.82
Card2-165/408b (11) 7 0.09 0.89 10 0.27 0.94 6 0.36 0.83 4 0.64 0.68* 5 0.82b 0.67*
Card2-165/408a (10) 8 0.50 0.92 5 0.20 0.86 10 0.60 0.93 3 0.40 0.44* 5 0.60 0.80
Card2-165/409 (13) 5 0.00 0.73 7 0.15 0.86 11 0.31 0.93 4 0.08 0.77 7 0.54 0.87
Card2-167/415 (18) 6 0.06 0.78 6 0.06 0.59 8 0.28 0.83 4 0.56 0.75 6 0.50 0.82
Card2-169/542ab (12) 10 0.83 0.89 6 0.17 0.86 10 0.67 0.89 5 0.92b 0.82* 6 0.67 0.84
Card2-175/384a (18) 10 0.44 0.90 11 0.50 0.91 12 0.61 0.87 4 0.72 0.77 6 0.84 0.77*
Card2-182/464 (11) 5 0.09 0.84 7 0.00 0.93 3 0.18 0.61 2 0.09 0.09* 5 0.82 0.77*
Card3-198/495 (12) 7 0.00 0.86 8 0.17 0.93 5 0.33 0.70 4 0.42 0.70* 5 0.50 0.78
Card3-199/499 (12) 5 0.17 0.84 7 0.00 0.90 6 0.42 0.63 5 0.17 0.68 6 0.75 0.83*
Card3-199/500 (12) 7 0.42 0.84 5 0.00 0.85 7 0.17 0.80 4 0.50 0.71* 5 0.50 0.84
ARTIGOS E RESULTADOS
85
Tabela
4
: Continuação.
Locus
SmBr19 SmBr16 SmBr17 SmBr9 SmBr15
Moradores (N) Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He
Card3-203/516 (10) 3 0.00 0.66 7 0.20 0.92 10 0.60 0.95 3 0.40 0.44* 5 0.40 0.76
Card3-204/523 (15) 9 0.07 0.92 13 0.00 0.99 9 0.33 0.90 5 0.54 0.74* 6 0.80 0.82*
Card3-204/523a (14) 7 0.00 0.87 6 0.07 0.84 5 0.07 0.54 5 0.43 0.78 6 0.50 0.83
Card3-204/524 (10) 6 0.00 0.89 9 0.00 0.98 5 0.30 0.84 5 0.60 0.71* 5 0.70 0.81*
Card3-204/525 (20) 11 0.10 0.85 11 0.00 0.94 16 0.45 0.92 5 0.20 0.77 6 0.55 0.77
Card3-204/525a (13) 6 0.31 0.82 7 0.15 0.85 8 0.08 0.93 3 0.38 0.38* 6 0.77 0.83*
Card3-204/526 (20) 9 0.10 0.82 7 0.15 0.86 12 0.45 0.88 6 0.40 0.75 6 0.50 0.81
Card3-204/526ab (14) 8 0.14 0.86 8 0.21 0.90 7 0.14 0.74 6 0.86b 0.84 6 0.86b 0.72*
Card3-207/529 (11) 8 0.33 0.76 10 0.08 0.95 7 0.08 0.79 5 0.42 0.77 7 0.67 0.83*
Suss-114/259 (18) 3 0.06 0.39 7 0.28 0.83 12 0.39 0.89 5 0.61 0.70 7 0.61 0.80
Suss-116/261 (18) 4 0.11 0.57 5 0.17 0.78 13 0.67 0.92 4 0.17 0.67 5 0.50 0.80
Suss-122/275b (19) 6 0.26 0.79 5 0.42 0.83 9 0.15 0.89 5 0.64 0.80 6 0.84b 0.79*
Suss-125/282 (15) 13 0.27 0.95 8 0.07 0.91 14 0.33 0.97 5 0.27 0.84 5 0.53 0.80*
Suss-125/282a (20) 9 0.55 0.89 10 0.25 0.91 15 0.50 0.96 5 0.15 0.74 6 0.50 0.80
Suss-125/283ab (14) 5 0.43 0.77 10 0.64 0.90 16 0.64 0.98 4 0.64 0.79* 5 0.79b 0.73*
Suss-125/284a (13) 10 0.38 0.87 6 0.08 0.89 13 0.54 0.94 4 0.46 0.77 6 0.62 0.80*
Suss-133/305b (12) 5 0.17 0.82 5 0.17 0.66 9 0.42 0.82 4 0.58 0.73* 5 0.83b 0.77*
Suss-134/308a (10) 5 0.00 0.84 5 0.00 0.89 6 0.11 0.93 3 0.00 0.78 5 0.56 0.78
Suss-137/315 (14) 7 0.21 0.77 8 0.36 0.86 7 0.29 0.73 4 0.57 0.75 7 0.64 0.86
Suss-137/315a (12) 5 0.17 0.75 9 0.58 0.92 13 0.50 0.94 4 0.42 0.49* 5 0.58 0.80*
Suss-145/330b (22) 7 0.23 0.83 6 0.27 0.82 9 0.32 0.82 5 0.41 0.75 6 0.83b 0.79*
VdG-13/50ab (10) 2 0.33 0.48* 4 0.33 0.76 5 1,00b 0.79 3 0.00 0.68 5 0.50 0.83*
ARTIGOS E RESULTADOS
86
Tabela
4
: Continuação.
Locus
SmBr19 SmBr16 SmBr17 SmBr9 SmBr15
Moradores (N) Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He Alelos Ho He
VdG-26/637a (17) 7 0.35 0.71 7 0.12 0.73 8 0.59 0.73 4 0.41 0.49* 7 0.59 0.80*
VdG-26/70 (15) 7 0.20 0.81 7 0.33 0.87 7 0.40 0.75 4 0.27 0.68 6 0.60 0.80*
VdG-46/543 (16) 7 0.06 0.89 8 0.31 0.85 9 0.31 0.89 5 0.44 0.76 5 0.63 0.83*
VdG-46/543a (14) 7 0.14 0.90 9 0.07 0.93 3 0.07 0.21 3 0.21 0.36* 5 0.57 0.78*
VdG-46/91ab (13) 3 0.15 0.61 5 0.31 0.76 12 0.38 0.96 5 0.77 0.81* 5 1,00b 0.78*
VdG-75/141 (10) 5 0.00 0.79 7 0.60 0.90* 7 0.20 0.71 3 0.30 0.54* 5 0.60 0.84
VdG-75/145 (11) 4 0.45 0.82 4 0.36 0.79 5 0.09 0.75 5 0.28 0.48 6 0.36 0.89
VdG-83/152ab (11)
5 0.18 0.84 4 0.09 0.83 10 0.36 0.96 4 0.73b 0.71* 5 0.73 0.76*
VdG-97/205b (11) 7 0.09 0.76 6 0.18 0.88 7 0.18 0.87 6 0.82 0.84* 6 0.91b 0.74*
VdG-99/210 (10) 4 0.14 0.82 4 0.00 0.86 5 0.14 0.86 4 0.43 0.87 5 0.57 0.84
*significantemente não diferente de Ho (p<0,05)
a=amostras coletadas após tratamento quimioterápico
b=Ho>He
(N)=tamanho das amostras
ARTIGOS E RESULTADOS
87
As infrapopulações de parasitos foram comparadas par-a-par e estimou-se o RST entre
elas em três situações diferentes: a) todas as 53 infrapopulações; b) as 44 infrapopulações
amostradas apenas uma vez; e c) as 9 infrapopulações amostradas pré e pós-tratamento. A
partir destes dados foram montadas matrizes de distância utilizando como método a soma dos
quadrados das diferenças de tamanhos RST (Step-wise-mutation model). Com base nestas
matrizes foram gerados fenogramas utilizando o método de UPGMA com o programa MEGA
3.1. A Figura 8 mostra o fenograma construído com as 53 infrapopulações. A topologia do
fenograma mostra as infrapopulações formando grupos distintos, porém não houve relação
com a origem (subáreas) das amostras.
Os percentuais de variação, os índices de fixação em cada nível e os respectivos testes
de significância estão apresentados na Tabela 5. Os testes de significância são relativos às
comparações entre os valores obtidos a partir das permutações de dados (1023 permutações
neste trabalho) e os valores observados nas análises. Os menores índices de fixação foram
observados entre as subáreas, com percentagem de variação de 0,32% e FCT de 0,00316. As
diferenças entre as infrapopulação foram da ordem de 19,49%, FSC de 0,19464 (p=0,00000).
Entre cada parasito de uma infrapopulação as diferenças foram de 62,49% com FIS de
0,77835 (p=0,00000). Entre todos os parasitos as diferenças foram de 17,79% com FIT de
0,82205 (p=0,00000).
Tabela 5: Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 53
infrapopulações estudadas.
Fonte de
variação
Percentagem
de variação
Entre subáreas
0,32
Entre infrapopulações
19,40
Entre parasitos
dentro das
infrapopulações
62,49
Entre todos
os parasitos
17,79
Índices de fixação Testes de significância
FCT: 0,00316 P = 0,37146
FSC: 0,19464 P = 0,00000*
FIS: 0,77835 P = 0,00000*
FIT: 0,82205 P = 0,00000*
*significativo para p<0,05
ARTIGOS E RESULTADOS
88
Figura 8 – Fenograma UPGMA baseado em Rst entre as 53 populações.
VdG-75/145
VdG-99/210
Card3-204/524
Card3-204/525a
Suss-134/308a
Suss-137/315a
Card1-154/365a
Card2-165/403
Card1-147/338
Card1-150/353a
Suss-116/261
Suss-125/282
Suss-145/330
Card1-150/353
VdG-75/141
VdG-97/205
Card2-165/408a
VdG-13/50a
Suss-125/284a
Card3-207/529
VdG-46/543a
Suss-125/282a
VdG-26/637a
Card3-203/516
Card3-204/523a
Card2-182/464
Card3-199/499
Card2-165/409
VdG-83/152a
Card1-150/352a
Card1-154/365
Card3-204/525
Card3-204/526
Card3-199/500
Card1-149/348a
Card3-198/495
VdG-26/70
Card2-165/407
Card3-204/523
Card1-151/359
Card2-164/399
Suss-114/259
Suss-122/275
Card3-204/526a
VdG-46/543
VdG-46/91a
Suss-125/283a
Card2-165/408
Card2-167/415
Suss-133/305
Suss-137/315
Card2-175/384a
Card2-169/542a
0.00.20.40.60.8
ARTIGOS E RESULTADOS
89
A Figura 9 mostra o fenograma construído a partir da análise das 44 infrapopulações
de parasitos amostradas apenas uma vez. A topologia deste também mostra uma formação de
grupos entre as populações, entretanto, sem relação com a origem geográfica das amostras.
Nesta análise também, os menores índices de fixação foram observados entre as
subáreas com percentagem de variação de 0,09% e FCT de 0,00095. As diferenças entre as
infrapopulação foram da ordem de 19,05%, FSC de 0,19071 (p=0,00000). Entre cada parasito
de cada infrapopulação, as diferenças foram de 61,98% com FIS de 0,76657 (p=0,00000).
Entre todos os parasitos as diferenças foram de 18,87% com FIT de 0,81127 (p=0,00000)
(Tabela 6).
Tabela 6: Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 44
infrapopulações amostradas apenas uma vez.
Fonte de
variação
Percentagem
de variação
Entre Subáreas
0,09
Entre infrapopulações
19,05
Entre parasitos
dentro das infrapopulações
61,98
Entre todos
os parasitos
18,87
Índices de fixação Testes de significância
FCT: 0,00095 P = 0,44770
FSC: 0,19071 P = 0,00000*
FIS: 0,76657 P = 0,00000*
FIT: 0,81127 P = 0,00000*
*significativo para p<0,05
ARTIGOS E RESULTADOS
90
Figura 9 – Fenograma UPGMA baseada em RST entre as 44 populações pré-tratamento.
Card1-150/352a
Card2-169/542a
Suss-125/284a
Card3-204/523
Card3-204/525
Card2-165/407
Card2-165/409
VdG-26/70
VdG-75/145
Card2-182/464
Card3-199/499
Card1-151/359
Card2-164/399
Suss-137/315
Card1-147/338
VdG-99/210
Suss-116/261
VdG-97/205
Suss-114/259
VdG-46/91a
VdG-26/637a
VdG-75/141
Suss-122/275
Suss-133/305
Suss-145/330
Card1-150/353
Card1-154/365
Card2-165/403
Card3-198/495
Card3-199/500
Card3-207/529
VdG-83/152a
Card3-203/516
Card3-204/524
Suss-125/282
Suss-134/308a
Card2-165/408
Card2-167/415
Card1-149/348a
Card2-175/384a
Card3-204/526
VdG-46/543
VdG-13/50a
Suss-125/283a
0.00.20.40.60.8
ARTIGOS E RESULTADOS
91
A Figura 10 mostra o fenograma construído a partir do resultado da análise das 18
infrapopulações de parasitos amostradas pré e pós-tratamento. A topologia deste fenograma
também mostra que estas infrapopulações formam grupos distintos, entretanto, sem relação
com o tratamento.
Novamente, os menores índices de fixação foram observados entre os grupos de
populações (pré e pós-tratamento), com percentagem de variação de 0,47% e FCT de 0,00469,
e significativo para p<0,05 (p = 0,29814). As diferenças entre as cada infrapopulação foram
da ordem de 12,42%, FSC de 0,12480 (p=0,00000). Entre os parasitos de uma infrapopulação,
as diferenças foram de 72,07% com FIS de 0,82730 (p=0,00000). Entre todos os parasitos as
diferenças foram de 15,04% com FIT de 0,84956 (p=0,00000) (Tabela 7).
Tabela 7: Análise de variância molecular (AMOVA) e índices de fixação entre as 18
infrapopulações amostradas pré e pós-tratamento.
Fonte de
variação
Percentagem
de variação
Entre
Grupos
0,47
Entre infrapopulações
12,42
Entre parasitos
dentro das infrapopulações
72,07
Entre todos
os parasitos
15,04
Índices de fixação Testes de significância
FCT: 0,00469 P = 0,29814
FSC: 0,12480 P = 0,00000*
FIS: 0,82730 P = 0,00000*
FIT: 0,84956 P = 0,00000*
*significativo para p<0,05
ARTIGOS E RESULTADOS
92
Figura 10 – Fenograma UPGMA baseada em RST entre as populações pré e pós-tratamento.
Card3-204/525
Card3-204/526
VdG-46/543
Card2-165/408a
Suss-137/315
Card1-150/353
Card1-154/365
Card1-154/365a
Card3-204/523
Suss-125/282
Suss-137/315a
Card1-150/353a
Card3-204/525a
Card3-204/526a
Card2-165/408
Card3-204/523a
VdG-46/543a
Suss-125/282a
0.00.20.40.60.8
DISCUSSÃO
93
VI – DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
94
Analisamos a estruturação e a variabilidade genética de infrapopulações de S. mansoni
que infectavam moradores de uma área endêmica e tentamos avaliar o impacto ocorrido nesta
variabilidade após o tratamento com a quimioterapia usual. Vimos que estas infrapopulações
não apresentam uma estruturação que se possa relacionar à distribuição geográfica dos
moradores dos quais as amostras foram isoladas. Os resultados indicam que não restrição
ao fluxo gênico dos parasitos nesta área endêmica. Também não foi possível observar
relações entre tratamento quimioterápico e as distâncias entre as populações. Porem, temos
coletado, material biológico para a análise do impacto da quimioterapia após quatro anos de
tratamento em massa realizado anualmente.
Com exceção de 13 das 53 infrapopulações, em todas as outras e para todos os 5 loci a
heterozigosidade observada (Ho) foi sempre menor que a esperada (He). Em 39 das 53
infrapopulações esta diferença foi significativa para p<0,05, configurando desvio do
equilíbrio de Hardy-Weinberg em pelo menos um locus. Estes resultados estão de acordo com
os apresentados por Rodrigues e cols., (2002a), Stohler e cols., (2004) e Gower e cols.,
(2007), que reportaram um déficit de heterozigotos em populações de campo. Uma explicação
plausível para este déficit pode ser o fato de as populações de parasitos de cada morador
sofrer a influencia do efeito fundador ao se estabelecer neste hospedeiro. Outra explicação
poderia ser o acasalamento entre vermes geneticamente relacionados (Gower et al., 2007).
Uma terceira explicação poderia ser uma possível estruturação sexo-específica dos parasitos,
fato relatado por Prugnolle e cols.,(2002). Naquele trabalho os autores mostraram que
parece haver uma competição entre fêmeas, eliminando aquelas com genótipos diferentes das
já estabelecidas em determinado hospedeiro.
Em todos os níveis nos quais tentamos analisar a estruturação destas populações: entre
as subáreas, entre as infrapopulações, entre os parasitos de cada infrapopulação, ou entre
todos os parasitos; vimos que elas apresentam os maiores percentuais de distância quando
comparamos os indivíduos internamente às populações (parasito a parasito) e os menores
percentuais quando comparamos os grupos (as infrapopulações), mesmo quando se tratam de
grupos pré e pós-tratamento. Em todos os nossos testes os índices de fixação entre as subáreas
(FCT) foram inferiores a 0,05, com p<0,05 em todos os casos. Segundo Wright (Wright S,
1965) valores para os índices de fixação entre 0,05 e 0,15 indicam uma distância genética
moderada, de 0,15 a 0,25, grande e maiores que 0,25, muito grande. Nossos resultados
sugerem um grande fluxo gênico entre os parasitos das regiões estudadas (possivelmente um
grande transito dos moradores e/ou vetores de uma região a outra) e que não existem barreiras
físicas que impeçam a migração dos parasitos de uma subárea para a outra. Estes resultados
DISCUSSÃO
95
são contrários aos apresentados por Agola e cols.,(2006) para populações de parasitos do
Kenia, entre os quais foi observada uma forte estruturação geográfica das populações. As
amostras analisadas por Agola e cols, eram provenientes de pontos distantes vários
quilômetros uns dos outros, nossas amostras não apresentavam um distanciamento geográfico
tão grande com as subáreas não distanciando umas das outras mais que 4 ou 5 quilômetros
(Figura 5).
Os indicadores FIS (0,77 a 0,83), que indicam as diferenças entre os parasitos de uma
infrapopulação e FIT (0,81 a 0,85), que indicam as diferenças entre todos os parasitos,
indicam um alto nível de endogamia entre os indivíduos das populações estudadas. Este fato
pode ser relacionado às múltiplas infecções dos moradores, ocorridas em diferentes
localidades nas subáreas, o que poderia ser explicado pelas pequenas diferenças encontradas
entre estas subáreas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
96
VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
97
A proposta do nosso trabalho era desenvolver uma metodologia rápida e acurada que
nos permitisse estudar a variabilidade genética de populações de S. mansoni infectando
moradores de uma área endêmica. A acurácea dos microssatélites para estudos de
variabilidade genética já foi extensivamente comprovada em diferentes organismos, incluindo
o S. mansoni. De 2002, quando começaram a ser descritos, até o momento, apenas 30 loci
polimórficos de microssatélites haviam sido descritos em S. mansoni. Em nosso trabalho
acrescentamos à literatura, mais 11 loci polimórficos de microssatélites deste parasito, além
de um 12º que pode ser funcional na identificação de outras espécies do gênero. Outra
vantagem destes novos marcadores é que todos são de origem genômica, ao contrário dos
anteriores que são originários de cDNA.
Quanto à rapidez, além de apresentarmos a utilização da PCR-multiplex na
genotipagem de S. mansoni, minimizando o tempo de análise, apresentamos também, a
utilização de ovos do parasito como fonte de DNA para esta genotipagem. O uso de ovos
como material biológico reduz o tempo necessário entre a coleta de material e os resultados da
análise em aproximadamente 90 dias, e elimina os filtros genéticos representados por
caramujos e vertebrados de laboratório necessários à manutenção do ciclo do parasito.
O uso destas metodologias nos possibilitou fazer a análise genética de, 53 populações
de parasitos coletadas de moradores de área endêmica para esquistossomose. Pudemos,
verificar que não houve uma estruturação das populações em infrapopulações
geograficamente definidas e ainda determinar que não houve influência da quimioterapia
sobre a variabilidade dos 9 pares de populações de parasitos estudadas.
Temos, além dos marcadores testados e citados na literatura, um grande número de
outros marcadores que poderão ser de grande utilidade em futuras análises genotípicas deste
parasito. Estes marcadores poderão ser ainda utilizados na confecção de mapas gênicos assim
que os trabalhos, em andamento, de montagem e anotação do genoma do S. mansoni
estiverem concluídos, podendo num futuro de médio prazo, conduzir à descoberta de genes
que poderão ser alvos de quimioterapias mais eficazes e mesmo de vacinas.
No tocante à diversidade de material biológico, temos, ainda por analisar, outras
amostras coletadas em Virgem das Graças no decorrer deste projeto e amostras coletadas em
outras áreas endêmicas do Estado de Minas Gerais e de outros estados do Brasil. Estes
estudos nos darão uma melhor visão da dinâmica das populações de S. mansoni no país e até
mesmo a possibilidade de compará-las com populações de outros paises onde a doença seja
endêmica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
98
Este trabalho abre perspectivas promissoras no estudo e no entendimento de vários
mecanismos biológicos envolvidos nas interações parasito-hospedeiro vertebrado, na
patogenia e epidemiologia, através de estudos de ligação com genes de resistência, genes
responsáveis por traços patogênicos, ou alvos para uma futura quimioterapia da
esquistossomose, doença que ainda hoje afeta, de maneira séria, e em certos casos, fatal, cerca
de 200 milhões de pessoas em mais de 70 paises.
BIBLIOGRAFIA
99
VIII – BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
100
BIBLIOGRAFIA
Agola LE, Mburu DN, Dejong RJ, Mungai BN, Muluvi GM, Njagi EN, Loker ES,
Mkoji GM. Microsatellite typing reveals strong genetic structure of Schistosoma
mansoni from localities in Kenya. Infect Genet Evol. 2006;6(6):484-490
Ali PO, Simpson AJG, Allen R, Waters AP, Humphries CJ, Johnston DA, Rollinson D.
Sequence of a small subunit rRNA gene of Schistosoma mansoni and its use in
phylogenetic analysis. Mol Biochem Parasitol. 1991;46,201-208
Araujo KC, Rosa e Silva, Barbosa CS, Ferrari TC. Clinical-epidemiological profile of
children with schistosomal myeloradiculopathy attended at the Instituto Materno-
Infantil de Pernambuco. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2006;101 Suppl 1,149-156
Araujo N, Katz N, Dias EP, Souza CP. Susceptibility to chemotherapeutic agents of
strains of Schistosoma mansoni isolated from treated and untreated patients. Am J Trop
Med Hyg. 1980;29(5):890-894
Barral V, This P, Imbert-Establet D, Combes C, Delseny M. Genetic variability and
evolution of the Schistosoma genome analysed by using random amplified polymorphic
DNA markers. Mol Biochem Parasitol. 1993;59,211-222
Bennett JL, Day T, Liang FT, Ismail M, Farghaly A. The development of resistance to
anthelmintics: a perspective with an emphasis on the antischistosomal drug
praziquantel. Exp Parasitol. 1997;87(3):260-267
Bichara M, Pinet I, Schumacher S, Fuchs RP. Mechanisms of dinucleotide repeat
instability in Escherichia coli. Genetics. 2000;154(2):533-542
Blair L, Webster JP, Barker GC. Isolation and characterization of polymorphic
microsatellite markers in Schistosoma mansoni from Africa. Molecular Ecology Notes.
2001;1(1-2):93-95
Blanton RE, Salam EA, Ehsan A, King CH, Goddard KA. Schistosomal hepatic fibrosis
and the interferon gamma receptor: a linkage analysis using single-nucleotide
polymorphic markers. Eur J Hum Genet. 2005;13(5):660-668
Brindley PJ, Heath S, Waters AP, McCutchan TF, Sher A. Characterization of a
programmed alteration in an 18S ribosomal gene that accompanies the experimental
induction of drug resistance in Schistosoma mansoni. Proc Natl Acad Sci USA.
1991;88,7754-7758
Campos R, Moreira AA, Sette H, Jr., Chamone DA, Da Silva LC. Hycanthone
resistance in a human strain of Schistosoma mansoni. Trans R Soc Trop Med Hyg.
1976;70(3):261-262
Cioli D. Praziquantel: is there real resistance and are there alternatives? Curr Opin
Infect Dis. 2000;13(6):659-663
Cioli D & Pica-Mattoccia L. Praziquantel. Parasitol Res. 2003;90 Supp 1,S3-S9
BIBLIOGRAFIA
101
Cioli D, Pica-Mattoccia L, Moroni R. Schistosoma mansoni: hycanthone/oxamniquine
resistance is controlled by a single autosomal recessive gene. Exp Parasitol.
1992;75(4):425-432
Coles GC, Bruce JI, Kinoti GK, Mutahi WT, Dias EP, Katz N. Drug resistance in
schistosomiasis. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1986;80(2):347-347
Coles GC, Mutahi WT, Kinoti GK, Bruce JI, Katz N. Tolerance of Kenyan Schistosoma
mansoni to oxamniquine. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1987;81(5):782-785
Cummings CJ & Zoghbi HY. Trinucleotide repeats: mechanisms and pathophysiology.
Annu Rev Genomics Hum Genet. 2000;1,281-328
Curtis J, Sorensen RE, Page LK, Minchella DJ. Microsatellite loci in the human blood
fluke Schistosoma mansoni and their utility for other schistosome species. Mol Ecol
Notes. 2001;1(3):143-145
Despres L, Imbert-Establet D, Combes C, Bonhomme F. Molecular evidence linking
hominid evolution to recent radiation of schistosomes (Platyhelminthes: Trematoda).
Mol Phyl Evol. 1992;1(4):295-304
Despres L, Imbert-Establet D, Combes C, Bonhomme F, Monneron M. Isolation and
polymorphism is mitochondrial DNA from Schistosoma mansoni. Mol Biochem
Parasitol. 1991;47,139-142
Dias LCS, Bruce JI, Coles GC. Strain variation in the infectivity of Schistosoma
mansoni for Biomphalaria glabrata. Rev Inst Med trop Sao Paulo. 1988;30(2):86-90
Dias LCS, Jesus Pedro R, Deberaldini E. Use of praziquantel in patients with
schistosomiasis mansoni previously treated with oxamniquine and/or hycanthone:
resistance of Schistosoma mansoni to schistosomicidal agents. Trans R Soc Trop Med
Hyg. 1982;76,652-659
Dias-Neto E, Santos FR, Pena SDJ, Simpson AJG. Sex determination by low stringency
PCR (LS-PCR). Nucleic Acids Research. 1993a;21(3):763-764
Dias-Neto E, Souza CP, Rollinson D, Katz N, Pena SDJ, Simpson AJG. The random
amplification of polymorphic DNA allows the identification of strains and species of
schistosome. Mol Biochem Parasitol. 1993b;57,83-88
Doenhoff MJ & Pica-Mattoccia L. Praziquantel for the treatment of schistosomiasis: its
use for control in areas with endemic disease and prospects for drug resistance. Expert
Rev Anti Infect Ther. 2006;4(2):199-210
Drescher KM, Rogers EJ, Bruce JI, Katz N, Dias LC, Coles GC. Response of drug
resistant isolates of Schistosoma mansoni to antischistosomal agents. Mem Inst
Oswaldo Cruz. 1993;88(1):89-95
Durand P, Sire C, Theron A. Isolation of microsatellite markers in the digenetic
trematode Schistosoma mansoni from Guadeloupe island. Mol Ecol. 2000;9,997-998
BIBLIOGRAFIA
102
El Sayed NM, Bartholomeu D, Ivens A, Johnston DA, LoVerde PT. Advances in
schistosome genomics. Trends Parasitol. 2004;20(4):154-157
Ellegren H. Microsatellite mutations in the germline: implications for evolutionary
inference. Trends Genet. 2000;16(12):551-558
Everett CM & Wood NW. Trinucleotide repeats and neurodegenerative disease. Brain.
2004;127(Pt 11):2385-2405
Excoffier L, Lawlor S, Schneider S. Arlequin ver.3,0: An integrated software package
for population genetics data analysis.2005;
Excoffier L, Smouse PE, Quattro JM. Analysis of molecular variance inferred from
metric distances among DNA haplotypes: application to human mitochondrial DNA
restriction data. Genetics. 1992;131(2):479-491
Fantappie MR, Freebern WJ, Osman A, LaDuca J, Niles EG, LoVerde PT. Evaluation
of Schistosoma mansoni retinoid X receptor (SmRXR1 and SmRXR2) activity and
tissue distribution. Mol Biochem Parasitol. 2001;115(1):87-99
Ferrari TC. Involvement of central nervous system in the schistosomiasis. Mem Inst
Oswaldo Cruz. 2004;99(5 Suppl 1):59-62
Field D & Wills C. Long, polymorphic microsatellites in simple organisms. Proc Biol
Sci. 1996;263(1367):209-215
Fletcher M, LoVerde PT, Kuntz RE. Electrophoretic differences between Schistosoma
mansoni and S. rodhaini. J Parasitol. 1981a;67(4):593-595
Fletcher M, LoVerde PT, Richards CS. Schistosoma mansoni: electrophoretic
characterization of strains selected for different levels of infectivity to snails. Exp
Parasitol. 1981b;52(3):362-370
Fletcher M, LoVerde PT, Woodruff DS. Genetic variation in Schistosoma mansoni:
enzyme polymorphisms in populations from Africa, southwest Asia, south America, and
the west indies. Am J Trop Med Hyg. 1981c;30(2):406-421
Franco GR, Valadao AF, Azevedo V, Rabelo EML. The Schistosoma gene discovery
program: state of the art. Inter J Parasitol. 2000;30,453-463
Gasser RB, Morahan G, Mitchell GF. Sexing single larval stages of Schistosoma
mansoni by polymerase chain reaction. Mol Biochem Parasitol. 1991;47,255-258
Gazzinelli A, Velasquez-Melendez G, Crawford SB, LoVerde PT, Correa-Oliveira R,
Kloos H. Socioeconomic determinants of schistosomiasis in a poor rural area in Brazil.
Acta Trop. 2006;99(2-3):260-271
Gibbs HL, Brooke ML, Davies NB. Analysis of genetic differentiation of host races of
the common cuckoo Cuculus canorus using mitochondrial and microsatellite DNA
variation. Proc R Soc Lond B. 1996;263,89-96
BIBLIOGRAFIA
103
Gower CM, Shrivastava J, Lamberton PH, Rollinson D, Webster BL, Emery A,
Kabatereine NB, Webster JP. Development and application of an ethically and
epidemiologically advantageous assay for the multi-locus microsatellite analysis of
Schistosoma mansoni. Parasitology. 2007;134(Pt 4):523-536
Grady WM. Genomic instability and colon cancer. Cancer Metastasis Rev. 2004;23(1-
2):11-27
Groppe K, Sanders I, Wiemken A, Boller T. A microsatellite marker for studying the
ecology and diversity of fungal endophytes (Epichloe spp.) in grasses. Applied and
Environmental Microbiology. 1995;61(11):3943-3949
Gryseels B, Mbaye A, de Vlas SJ, Stelma FF, Guisse F, Van Lieshout L, Faye D, Diop
M, Ly A, Tchuem-Tchuente LA, Engels D, Polman K. Are poor responses to
praziquantel for the treatment of Schistosoma mansoni infections in Senegal due to
resistance? An overview of the evidence. Trop Med Int Health. 2001;6(11):864-873
Gryseels B, Polman K, Clerinx J, Kestens L. Human schistosomiasis. Lancet.
2006;368(9541):1106-1118
Hartl DL & Clark AG. Principles of population genetics1997;3ed. 23 Plumtree Road,
Sunderland, MA, 01375 USA: Sinauer Associates, Inc., 542p, 1997.
Henegariu O, Heerema NA, Dlouhy SR, Vance GH, Vogt PH. Multiplex PCR: critical
parameters and step-by-step protocol. BioTechniques. 1997;23(3):504-511
Hentschel CC. Homocopolymer sequences in the spacer of a sea urchin histone gene
repeat are sensitive to S1 nuclease. Nature. 1982;295(5851):714-716
Hoekstra R, Criado-Fornelio A, Fakkeldij J, Bergman J, Roos MH. Microsatellites of
the parasitic nematode Haemonchus contortus: polymorphism and linkage with a direct
repeat. Mol Biochem Parasitol. 1997;89,97-107
Hotez PJ, Molyneux DH, Fenwick A, Ottesen E, Ehrlich SS, Sachs JD. Incorporating a
rapid-impact package for neglected tropical diseases with programs for HIV/AIDS,
tuberculosis, and malaria. PLoS Med. 2006;3(5):e102-e102
Ishibashi Y, Saitoh T, Abe S, Yoshida MC. Sex-related spatial kin structure in a spring
population of grey-sided voles Clethrionomys rufocanus as revealed by mitochondrial
and microsatellite DNA analyses. Mol Ecol. 1997;6,63-71
Jannotti-Passos LK, Vidigal THDA, Dias-Neto E, Pena SDJ, Simpson AJG, Dutra WO,
Souza CP, Carvalho-Parra JF. PCR amplification of the mitochondrial DNA
minisatellite region to detect Schistosoma mansoni infection in Biomphalaria glabrata
snails. J Parasitol. 1997;83(3):395-399
Jarne P & Lagoda JL. Microsatellites, from molecules to populations and back. Trends
in Ecology and Evolution. 1996;11,424-429
Jarne P, Viard F, Delay B, Cuny G. Variable microsatellites in the highly selfing snail
Bulinus truncatus (Basommatophora: Planorbidae). Mol Ecol. 1994;3,527-528
BIBLIOGRAFIA
104
Johnston DA, Dias-Neto E, Simpson AJG, Rollinson D. Opening the can of worms:
molecular analysis of schistosome populations. Parasitology Today. 1993;9(8):286-291
Jourdane J & Theron A. Larval Development: Eggs to Cercariae.1987;London
Academic Press(3):83-113. London
Kalendar R. Fast PCR2003;(3.6). Finland. Institute of Biotechnology. University of
Helsinki.
Katz N, Dias EP, Araujo N, Souza CP. Estudos de uma cepa humana de Schistosoma
mansoni resistente a agentes esquistossomicidas. Rev Soc Bras Med Trop. 1973;7,381-
387
Katz N & Peixoto SV. Análise crítica da estimativa do número de portadores de
esquistossomose mansoni no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2000;33(3):303-308
King DG, Soller M, Kashi Y. Evolutionary tuning knobs. Endeavour. 1997;21(1):36-40
Kokoska RJ, Stefanovic L, Tran HT, Resnick MA, Gordenin DA, Petes TD.
Destabilization of yeast micro- and minisatellite DNA sequences by mutations affecting
a nuclease involved in okazaki fragment processing (rad27) and DNA polymerase δ
(pol3-t). Mol Cell Biol. 1998;18(5):2779-2788
Kolodner RD & Marsischky GT. Eukaryotic DNA mismatch repair. Curr Opin Genet
Dev. 1999;9(1):89-96
Kumar S, Tamura K, Nei M. MEGA3: Integrated software for Molecular Evolutionary
Genetics Analysis and sequence alignment. Briefings in Bioinformatics. 2004;5,150-
163
Le TH, Blair D, Agatsuma T, Humair P-F, Campbell NJH, Iwagami M, Littlewood
DTJ, Peacock B, Johnston DA, Bartley J, Rollinson D, Herniou EA, Zarlenga DS,
McManus DP. Phylogenies inferred form mitochondrial gene orders - a cautionary tale
from the parasitic flatworms. Mol Biol Evol. 2000;17(7):1123-1125
Levinson G & Gutman GA. High frequencies of short frameshifts in poly-CA/TG
tandem repeats borne by bacteriophage M13 in Escherichia coli K-12. Nucleic Acids
Res. 1987;15(13):5323-5338
Lopes R, Lopes MT, Carneiro MS, Matta FP, Camargo LE, Vieira ML. Linkage and
mapping of resistance genes to Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae in yellow
passion fruit. Genome. 2006;49(1):17-29
LoVerde PT, DeWald J, Minchella DJ. Further studies of genetic variation in
Schistosoma mansoni. J Parasitol. 1985a;71(6):732-734
LoVerde PT, DeWald J, Minchella DJ, Bosshardt SC, Damian RT. Evidence for host-
induced selection in Schistosoma mansoni. J Parasitol. 1985b;71(3):297-301
Marx KA, Bizzaro JW, Blake RD, Hsien TM, Feng TL. Experimental DNA melting
behavior of the three major Schistosoma species. Mol Biochem Parasitol.
2000;107(2):303-307
BIBLIOGRAFIA
105
McCutchan TF, Simpson AJG, Mullins JA, Sher A, Nash TE, Lewis F, Richards C.
Differentiation of schistosomes by species, strain, and sex by using cloned DNA
markers. Proc,Natl Acad Sci USA. 1984;81,889-893
McManus DP & Hope M. Molecular variation in the human schistosomes. Acta
Tropica. 1993;53,255-276
Morgan JA, Dejong RJ, Adeoye GO, Ansa ED, Barbosa CS, Bremond P, Cesari IM,
Charbonnel N, Correa LR, Coulibaly G, D'Andrea PS, DE Souza CP, Doenhoff MJ, File
S, Idris MA, Incani RN, Jarne P, Karanja DM, Kazibwe F, Kpikpi J, Lwambo NJ,
Mabaye A, Magalhaes LA, Makundi A, Mone H, Mouahid G, Muchemi GM, Mungai
BN, Sene M, Southgate V, Tchuente LA, Theron A, Yousif F, Zanotti-Magalhaes EM,
Mkoji GM, Loker ES. Origin and diversification of the human parasite Schistosoma
mansoni. Mol Ecol. 2005;14(12):3889-3902
Navarro MC, Cesari IM, Incani RN. Isoenzyme studies in one brazilian and two
venezuelan strains of Schistosoma mansoni. Comp Biochem Physiol.
1992;102B(3):471-474
Oliveira ED, Pádua JG, Zucchi MI, Vencovsky R, Vieira MLC. Origin, evolution and
genome distribution of microsatellites. Gen and Mol Biol. 2006;29(2):294-307
Oliveira GC & Bahia D. The genome of Schistosoma mansoni. Proceedings of the Third
Brazilian Syposium of Mathematical and Computational Biology. 2004;1,101-115
Oliveira GC & Johnston DA. Mining the schistosome DNA sequence database.
TRENDS in Parasitol. 2001;17(10):501-503
Oliveira GC, Rodrigues NB, Romanha AJ, Bahia D. Genome and Genomics of
Schistosomes. Canadian Journal of Zoology. 2004;82,375-390
Oliveira RP, Melo AI, Macedo AM, Chiari E, Pena SD. The population structure of
Trypanosoma cruzi: expanded analysis of 54 strains using eight polymorphic CA-repeat
microsatellites. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1999;94 Suppl 1,65-70
Paraense WL & Correa LR. Susceptibility of Australorbis tenagophilus to infection with
Schistosoma mansoni. Rev Inst Med Trop Sao Paulo. 1963a;5,23-29
Paraense WL & Correa LR. Variation in susceptibility of populations of Australorbis
glabratus to a strain of Schistosoma mansoni. Rev Inst Med Trop Sao Paulo.
1963b;5,15-22
Pearson CE, Edamura KN, Cleary JD. Repeat instability: mechanisms of dynamic
mutations. Nat Rev Genet. 2005;6(10):729-742
Pellegrino J & Coelho PMZ. Schistosoma mansoni, wandering capacity of a worm
couple. J Parasitol. 1978;64(1):181-182
Pellegrino J & Siqueira AF. A perfusion technic for recovery of Schistosoma mansoni
from experimentally infected guinea pigs. Rev Bras Malariol Doencas Trop.
1956;8(4):589-597
BIBLIOGRAFIA
106
Pena HB, Souza CP, Simpson AJG, Pena SDJ. Intracellular promiscuity in Schistosoma
mansoni: nuclear transcribed DNA sequences are part of a mitochondrial minisatellite
region. Proc,Natl Acad Sci USA. 1995;92,915-919
Pinheiro F, Pontes L, Gene M, Huguet E, Costa JP, Moreno P. Population study of the
HUMTH01, HUMVWA31A, HUMF13A1, and HUMFES/FPS STR polymorphisms in
the north of Portugal. Journal of Forensic Sciences. 1997;42(1):121-124
Pinto PM, Brito CFA, Jannoti Passos LK, Tendler M, Simpson AJG. Contrasting
genomic variability between clones from field isolates and laboratory populations of
Schistosoma mansoni. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 1997;92(3):409-414
Prugnolle F, Choisy M, Theron A, Durand P, de Meeus T. Sex-specific correlation
between heterozygosity and clone size in the trematode Schistosoma mansoni. Mol
Ecol. 2004a;13(9):2859-2864
Prugnolle F, de Meeus T, Durand P, Sire C, Theron A. Sex-specific genetic structure in
Schistosoma mansoni: evolutionary and epidemiological implications. Mol Ecol.
2002;11(7):1231-1238
Prugnolle F, de Meeus T, Pointier JP, Durand P, Rognon A, Theron A. Geographical
variations in infectivity and susceptibility in the host-parasite system Schistosoma
mansoni / Biomphalaria glabrata : no evidence for local adaptation. Parasitology.
2006;133(Pt3):313-319
Prugnolle F, Theron A, Durand P, de Meeus T. Test of pangamy by genetic analysis of
Schistosoma mansoni pairs within its natural murine host in Guadeloupe. J Parasitol.
2004b;90(3):507-509
Prugnolle F, Theron A, Pointier JP, Jabbour-Zahab R, Jarne P, Durand P, de Meeus T.
Dispersal in a parasitic worm and its two hosts: consequence for local adaptation.
Evolution Int J Org Evolution. 2005;59(2):296-303
Remme JH, Blas E, Chitsulo L, Desjeux PM, Engers HD, Kanyok TP, Kengeya
Kayondo JF, Kioy DW, Kumaraswami V, Lazdins JK, Nunn PP, Oduola A, Ridley RG,
Toure YT, Zicker F, Morel CM. Strategic emphases for tropical diseases research: a
TDR perspective. Trends Parasitol. 2002;18(10):421-426
Rodrigues NB, Silva SA, Pucci MM, Minchella DJ, Sorensen RE, LoVerde PT,
Romanha AJ, Oliveira GC. Microsatellite-enriched genomic libraries as a source of
polymorphic loci for Schistosoma mansoni. Mol Ecol Notes. 2007;7,263-265
Rodrigues NB, Coura-Filho P, Souza CP, Jannoti Passos LK, Dias-Neto E, Romanha
AJ. Populational structure of Schistosoma mansoni assessed by DNA microsatellites.
Inter J Parasitol. 2002a;32(7):843-851
Rodrigues NB, LoVerde PT, Romanha AJ, Oliveira G. Characterization of new
Schistosoma mansoni microsatellite loci in sequences obtained from public DNA
databases and microsatellite enriched genomic libraries. Mem Inst Oswaldo Cruz.
2002b;97 Suppl 1,71-75
BIBLIOGRAFIA
107
Rodriguez N, Lima H, Rodriguez A, Brewster S, Barker DC. Genomic DNA repeat
from Leishmania (Viannia) braziliensis (Venezuelan strain) containing simples repeats
and microsatellites. Parasitology. 1997;115,349-358
Rossi V, Wincker P, Ravel C, Blaineau C, Pages M, Bastien P. Structural organisation
of microsatellite families in the Leishmania genome and polymorphisms at two (CA)
n
loci. Mol Biochem Parasitol. 1994;65,271-282
Rubinsztein DC. Trinucleotide expansion mutations cause diseases which do not
conform to classical Medelian expectations1999;1(7):80-97 Oxford University Press.
Russell R, Iribar MP, Lambson B, Brewster S, Blackwell JM, Dye C, Ajioka JW. Intra
and inter-specific microsatellite variation in the Leishmania subgenus viannia. Mol
Biochem Parasitol. 1999;103,71-77
Sambrook J, Fritsch EF, Maniatis T. Molecular Cloning: a laboratory
manual1989;2nd(2):8.3-15.109. New York, NY-USA. Cold Spring Harbor Laboratory
Press.
Sanguinetti CJ, Dias-Neto E, Simpson AJG. Rapid silver staining and recovery of PCR
products separated on polyacrylamide gels. BioTechniques. 1994;17(5):915-918
Santos FR, Pena SDJ, Epplen JT. Genetic and population study of a Y-linked
tetranucleotide repeat DNA polymorphism with a simple non-isotopic technique. Hum
Genet. 1993;90,655-656
Schlotterer C. Evolutionary dynamics of microsatellite DNA. Chromosoma.
2000;109,365-371
Schlotterer C & Pemberton J. The use of microsatellites for genetic analysis of natural
populations. EXS. 1994;69,203-214
Schlotterer C & Tautz D. Slippage synthesis of simple sequence DNA. Nucleic Acids
Res. 1992;20(2):211-215
Schwarzenbach H, Muller V, Stahmann N, Pantel K. Detection and characterization of
circulating microsatellite-DNA in blood of patients with breast cancer. Ann N Y Acad
Sci. 2004;1022,25-32
Shaikenov BS, Rysmukhambetova AT, Massenov B, Deplazes P, Mathis A, Torgerson
PR. Short report: the use of a polymerase chain reaction to detect Echinococcus
granulosus (G1 strain) eggs in soil samples. Am J Trop Med Hyg. 2004;71(4):441-443
Short RB & Grossman AI. Conventional giemsa and C-banded karyotypes of
Schistosoma mansoni and S. rodhaini. J Parasitol. 1981;67(5):661-671
Short RB & Menzel MY. Chromosomes of nine species of schistosomes. J Parasitol.
1960;46,273-287
Short RB, Menzel MY, Pathak S. Somatic chromosomes of Schistosoma mansoni. J
Parasitol. 1979;65(3):471-473
BIBLIOGRAFIA
108
Shrivastava J, Gower CM, Balolong E Jr, Wang TP, Qian BZ, Webster JP. Population
genetics of multi-host parasites--the case for molecular epidemiological studies of
Schistosoma japonicum using larval stages from naturally infected hosts. Parasitology.
2005;131(Pt 5):617-626
Sia EA, Butler CA, Dominska M, Greenwell P, Fox TD, Petes TD. Analysis of
microsatellite mutations in the mitochondrial DNA of Saccharomyces cerevisiae. Proc
Natl Acad Sci U S A. 2000;97(1):250-255
Sia EA, Kokoska RJ, Dominska M, Greenwell P, Petes TD. Microsatellite instability in
yeast: dependence on repeat unit size and DNA mismatch repair genes. Mol Cell Biol.
1997;17(5):2851-2858
Silva LK, Liu S, Blanton RE. Microsatellite analysis of pooled Schistosoma mansoni
DNA: an approach for studies of parasite populations. Parasitology. 2005;1-8
Simões M, Bahia D, Zerlotini A, Torres K, Artiguenave F, Neshich G, Kuser P, Oliveira
G. Single nucleotide polymorphisms identification in expressed genes of Schistosoma
mansoni. Mol Biochem Parasitol. 2007;in press
Simpson AJG, Dame JB, Lewis FA, McCutchan TF. The arrangement of ribosomal
RNA genes in Schistosoma mansoni identification of polymorphic structural variants.
Eur J Biochem. 1984;139,41-45
Simpson AJG, Sher A, McCutchan TF. The genome of Schistosoma mansoni: isolation
of DNA, its size, bases and repetitive sequences. Mol Biochem Parasitol. 1982;6,125-
137
Sire C, Durand P, Pointier JP, Theron A. Genetic diversity of Schistosoma mansoni
within and among individual hosts (Rattus rattus): infrapopulation differentiation at
microspatial scale. Int J Parasitol. 2001;31(14):1609-1616
Slatkin M. Inbreeding coefficients and coalescence times. Genet Res. 1991;58(2):167-
175
Smith AL, Huggins MC, Havercroft JC. Schistosoma mansoni: adult males and females
differentially express antigens encoded by repetitive genomic DNA. Parasitology.
1992;105 ( Pt 1),63-69
Sneath P & Sokal R. Numerical taxonomy. Nature. 1962;193,855-860
Solano P, Duvallet G, Dumas V, Cuisance D, Cuny G. Microsatellite markers for
genetic population studies in Glossina palpalis (Diptera: Glossinidae). Acta Tropica.
1997;65,175-180
Sorensen RE, Curtis J, Minchella DJ. Intraspecific variation in the rDNA its loci of 37-
collar-spined echinostomes from North America: implications for sequence-based
diagnoses and phylogenetics. J Parasitol. 1998;84(5):992-997
Spotila LD, Hirai H, Rekosh DM, LoVerde PT. A retroposon-like short repetitive DNA
element in the genome of the human blood fluke, Schistosoma mansoni. Chromosoma
(Berl). 1989;97,421-428
BIBLIOGRAFIA
109
Spotila LD, Rekosh DM, Boucher JM, LoVerde PT. A cloned DNA probe identifies the
sex of Schistosoma mansoni cercariae. Mol Biochem Parasitol. 1987;26(1-2):17-20
Spotila LD, Rekosh DM, LoVerde PT. Polymorphic repeated DNA element in the
genome of Schistosoma mansoni. Mol Biochem Parasitol. 1991;48,117-120
Steiner JJ, Poklemba CJ, Fjellstrom RG, Elliott LF. A rapid one-tube genomic DNA
extraction process for PCR and RAPD analyses. Nucleic Acids Res. 1995;23(13):2569-
2570
Stohler RA, Curtis J, Minchella DJ. A comparison of microsatellite polymorphism and
heterozygosity among field and laboratory populations of Schistosoma mansoni. Int J
Parasitol. 2004;34(5):595-601
Strand M, Prolla TA, Liskay RM, Petes TD. Destabilization of tracts of simple
repetitive DNA in yeast by mutations affecting DNA mismatch repair. Nature.
1993;365(6443):274-276
Streisinger G & Owen J. Mechanisms of spontaneous and induced frameshift mutation
in bacteriophage T4. Genetics. 1985;109(4):633-659
Su X & Wellems TE. Toward a high-resolution Plasmodium falciparum linkage map:
polymorphic markers from hundreds of simple sequence repeats. Genomics.
1996;33,430-444
TDR Staff . TDR; Making health research work for poor people - Progress 2003-2004.
Seventeenth Programme Report2005;17,51-53. Geneve - Switzerland WHO.
Thiele EA, Sorensen RE, Minchella DJ. Genetic diversity and population structuring of
Schistosoma mansoni in a Brazilian village. Int J Parasitol. 2007;
Toth G, Gaspari Z, Jurka J. Microsatellites in different eukaryotic genomes: survey and
analysis. Genome Res. 2000;10(7):967-981
Valadares TE, Coelho PMZ, Pellegrino J, Sampaio IBM. Schistosoma mansoni:
aspectos da oviposicao da cepa LE em camundongos infectados com um casal de
vermes. Rev Inst Med trop Sao Paulo. 1981;23(1):6-11
van Belkum A, Ramesar J, Trommelen G, Uitterlinden AG. Mini- and micro-satellites
in the genome of rodent malaria parasites. Gene. 1992;118(1):81-86
van Keulen H, LoVerde PT, Bobek LA, Rekosh DM. Organization of ribosomal RNA
genes in Schistosoma mansoni. Mol Biochem Parasitol. 1985;15,215-230
Verjovski-Almeida S, DeMarco R, Martins EA, Guimaraes PE, Ojopi EP, Paquola AC,
Piazza JP, Nishiyama MY, Jr., Kitajima JP, Adamson RE, Ashton PD, Bonaldo MF,
Coulson PS, Dillon GP, Farias LP, Gregorio SP, Ho PL, Leite RA, Malaquias LC,
Marques RC, Miyasato PA, Nascimento AL, Ohlweiler FP, Reis EM, Ribeiro MA, Sa
RG, Stukart GC, Soares MB, Gargioni C, Kawano T, Rodrigues V, Madeira AM,
Wilson RA, Menck CF, Setubal JC, Leite LC, Dias-Neto E. Transcriptome analysis of
the acoelomate human parasite Schistosoma mansoni. Nat Genet. 2003;35(2):148-157
BIBLIOGRAFIA
110
Verjovski-Almeida S, Venancio TM, Oliveira KC, Almeida GT, DeMarco R. Use of a
44k oligoarray to explore the transcriptome of Schistosoma mansoni adult worms. Exp
Parasitol. 2007;
Vieira LQ, Correa-Oliveira R, Katz N, Souza CP, Carvalho OS, Araujo N, Sher A,
Brindley PJ. Genomic variability in field populations of Schistosoma mansoni in Brazil
as detected with a ribosomal gene probe. Am J Trop Med Hyg. 1991;44(1):69-78
Weber JL. Human DNA polymorphisms and methods of analysis. Curr Opin
Biotechnol. 1990;1(2):166-171
Webster P, Mansour TE, Bieber D. Isolation of a female-specific, highly repeated
Schistosoma mansoni DNA probe and its use in an assay of cercarial sex. Mol Biochem
Parasitol. 1989;36,217-222
WHO. Prevention and control of schistosomiasis and soil-transmitted helminthiasis.
World Health Organ Tech Rep Ser. 2002;912,1-57
Wilson IJ & Balding DJ. Genealogical inference from microsatellite data. Genetics.
1998;150,499-510
Wright S. The interpretation of population structure by F-statistics with special regard to
systems of mating. Evolution. 1965;19,395-420
Zarlenga DS, Aschenbrenner RA, Lichtenfels JR. Variations in microsatellites
sequences provide evidence for population differences and multiple ribosomal gene
repeats within Trichinella pseudospiralis. J Parasitol. 1996;82(4):534-538
Zheng W, Stacey NE, Coffin J, Strobeck C. Isolation and characterization of
microsatellite loci in the goldfish Carassius auratus. Mol Ecol. 1995;4,791-792
ANEXOS
111
IX – ANEXOS
ANEXOS
112
9 – ANEXOS
9.1 – Anexo I:
Genome and genomics of schistosomes.
Publicado na revista Canadian Journal of Zoology
Oliveira GC, Rodrigues NB, Romanha AJ, Bahia D. Genome and Genomics of
Schistosomes. Canadian Journal of Zoology. 2004;82,375-390
ANEXOS
113
ANEXOS
114
ANEXOS
115
ANEXOS
116
ANEXOS
117
ANEXOS
118
ANEXOS
119
ANEXOS
120
ANEXOS
121
ANEXOS
122
ANEXOS
123
ANEXOS
124
ANEXOS
125
ANEXOS
126
ANEXOS
127
ANEXOS
128
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo