Dissertação de Mestrado Iracilde Clara Vasconcelos PPGDI – UNESP 2007
A mesma autora aborda que, sob o ponto de vista ergonômico, os agentes químicos,
físicos e biológicos podem desequilibrar a saúde psicofisiológica do policial militar, e
classifica esses agentes da seguinte forma:
[...] químicos, correspondem os produtos de reações químicas intermediárias
e estão dispersos no ar atmosférico; os agentes físicos são as oscilações de
temperatura, a umidade do ar ambiente, o ruído, a pressão atmosférica e as
radiações sobre o organismo humano; os agentes biológicos, representados
por vírus, bactérias, fungos, e gérmens de um modo geral, geralmente em
contato com o policial durante a execução de trabalho assistencial ou de
busca e apreensão em águas poluídas e ambientes contaminados. (SIMÕES,
2003, grifo nosso)
Além disso, o policial pode sofrer agressões físicas, ataques por objetos cortantes e
perfurantes (projétil de arma de fogo) e, sobre todos os aspectos, os incidentes em tiroteio
com armas de fogo são reconhecidos como os mais traumatizantes para o policial.
Este meio laboral exige do policial o máximo de sua coordenação motora e dos seus
músculos, com movimentos rápidos, ágeis e precisos em ações como correr, pular, puxar,
carregar pesos, levantar ou caminhar rapidamente.
E ainda, o policial, durante sua jornada de trabalho, carrega vários equipamentos que,
em geral, são: arma de porte, algemas, rádio HT, cassetete, e bolsa com bloco de infrações,
que pesam em torno de 2,10 kg, e ainda, o peso dos coletes balísticos que variam em torno de
1,6 Kg a 2,6 Kg os masculinos e 1,1 Kg a 1,8 Kg os femininos, que dependendo da condição
física do policial, pode ser um fator limitante para o bom desempenho de suas atividades, e
assim, colaborar para o aparecimento de sinais de cansaço, dores nos membros inferiores e
nas costas (SIMÕES, 2003).
Vários estudiosos da área da saúde, entre os quais citamos Assunção (2003), Allegretti
(1996), Simões (2003), Piva (2005) e Dela Coleta (2007), abordam a atividade policial como
extremamente estressante, desencadeada por fatores profissionais, como o número excessivo
de horas de trabalhos, a má distribuição dos períodos de repouso, os relacionamentos nos
ambientes de trabalho, a falta de reconhecimento em relação à capacidade do policial -