organizações religiosas. (...); autoridades religiosas a incluírem informações
sobre políticas de deficiência no treinamento para profissões religiosas (...) a
acessibilidade da literatura religiosa para as pessoas com impedimentos
sensoriais (ONU, Norma 12 apud Sassaki, 1999, p. 107).
São inúmeros os encontros, seminários, cartas, conferências, realizadas no
Brasil, América Latina e Caribe, dos quais sempre saem importantes documentos
norteadores de uma prática cristã centrada no Evangelho, portanto, motivadores de
ações promotoras da justiça, da paz e da fraternidade assegurada na fé no Deus
que liberta e na valorização do ser humano, seja qual for sua condição particular, é
de muito admirar, que a questão das pessoas com deficiência, seja um “caso à
parte”. O papa João Paulo II, afirma:
A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos,
a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em
geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na
plenitude da vida cristã, (Catechesi Tradendae).
Enquanto Jesus tomava como lugar do encontro, do diálogo ou da formação,
a relva, o campo, a sombra das árvores, o homem define o lugar do culto, o cume
dos montes, o ápice de uma cascata de escadas, desconsiderando aqueles que não
andam com as próprias pernas, dificultando-lhes o acesso, como se pode ver ainda
hoje, no desenho arquitetônico das igrejas, salas catequéticas, centros comunitários,
salões paroquiais, capelas, onde muitas crianças, jovens e adultos com dificuldade
de locomoção gostariam de estar, mas são impedidos por um ou outro tipo de
barreira que, silenciosamente, não lhes permite “vir para o meio”.(Mc 3,3).
Um olhar crítico para a história da humanidade revela, com muita clareza,
mais do que aqui se expõe, que nenhuma sociedade se constitui bem sucedida, se
não favorecer, em todas as áreas da convivência humana, o respeito à diversidade
que a constitui.