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de um tratamento isotérmico no campo bainítico (entre 350 e 450ºC), e concluíram
que, para obter os valores mais altos de alongamento, é necessário o aumento da fração
volumétrica de austenita retida bem como da sua estabilidade, até um determinado
limite. O resultado deste estudo criou as bases para um desenvolvimento de novas
pesquisas em aços de baixa liga e alta resistência.
Desde o início da década de 90, várias pesquisas (SUGIMOTO et al., 1992;
1993; HANZAKI; HODGSON e YUE, 1995; SUGIMOTO et al., 1995; HANZAKI e
YUE, 1997; GIRAULT et al., 2001 e BLECK, 2002) confirmaram o efeito TRIP, a
partir da metaestabilidade da austenita retida, em aços multifásicos de baixa liga
contendo concentrações mais altas de silício e manganês (entre 1,0 e 2,5%). São os
aços TRIP modernos, e na maioria desses trabalhos a denominação mais
freqüentemente utilizada foi: “Aços TRIP” ou “Aços Assistidos pelo Efeito TRIP”
(TRIP-assisted steels). Nesses aços os elementos de ligas são de baixo custo e por esta
razão viáveis economicamente, e portanto, atrativos para fabricação em escala
industrial (vide Tabela 2).
Tabela 2 – Composição química típica (% em massa) de aços assistidos pelo efeito TRIP
C Si Mn Al P Nb Mo Cu Referências
0,38 1,53 0,83 0,007 1
0,18 2,00 1,50 0,037 0,015 2
0,19 2,48 1,99 0,036 0,014 2
0,11 0,59 1,55 1,5 0,012 3
0,22 1,55 1,55 0,028 0,035 4
0,20 1,47 1,51 0,028 0,004 0,047 0,02 5
0,20 1,55 1,55 0,028 0,035 0,3 6
0,21 1,49 1,49 0,028 0,005 0,017 0,1 5
0,14 1,49 1,51 0,04 0,0012 0,51 7
1-MATSUMURA; SAKUMA; TAKECHI, 1987; 2-SUGIMOTO et al., 1992; 3-JACQUES et al., 2001a;
4-HANZAKI et al., 1995; 5-HASHIMOTO et al., 2004; 6-JIAO et al., 2002; 7-KIM et al., 2002a.