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A questão da Associação dos Amigos do Museu, uma organização que teve
no seu início a intenção de apoio, hoje está institucionalizada, é uma figura jurídica
com a missão de solicitar os recursos captados pelo museu. Circulam na imprensa
brasileira, do centro do país, escrita e em web jornais, notícias de distorções no
sistema, que foi transformado em política de Estado.
A Associação é que mantém administrativamente o Museu em várias
coisas, os projetos todos são pela associação, já que o museu não pode ser
proponente dos projetos, mas a direção acompanha. A Associação é forte,
ela é muito boa, porque dá apoio; e tem a independência que tem para
poder ousar como museu um pouco mais financeiramente, não depender
somente da SEDAC. Ela é um órgão separado e que atua junto ao diretor
(OM1.1).
Óbvio que não é um processo simples... Tem que ter, para outros casos de
angariar recursos, a Ass. de Amigos, grande e além de tudo qualificada. Em
muitas instituições abrem, pagam uma vez e não pagam mais, fizeram um
projeto e não concluíram (os amigos...) e aí, quando precisa a
documentação para ir adiante, eles não têm, estão presos, INSS, não está
na melhor forma na questão de associados, [...] a Associação tem poucos
sócios; quero centenas, milhares de pessoas, é um braço civil de uma
organização como o sistema nacional de museus; ajuda a traçar o perfil da
instituição, perfil de investimentos, [...] é assim que eu vejo uma associação
de amigos hoje, gestora do museu também.(OM2.2).
[...] óbvio, este exemplo são Estados Unidos e Canadá, onde têm grandes
associações e fundações. No Canadá, tem uma política de investimento
cultural e de associações que é uma das mais modernas do mundo; claro, é
um sistema diferente, porque lá, hoje, está faltando um passo muito
pequeno para que o museu e as associações culturais tenham seus títulos
na Bolsa; é uma associação que funciona voltada para isso, eles têm todo o
dinheiro de que precisam – hoje funciona com um grande poder de status;
se consegues uma associação com status, tudo bem, se não consegues, aí
é o caso do Teatro São Pedro. O M1, é status ser amigo do M1, é uma
questão tremendamente política, as pessoas que gravitam em torno têm
condições de dar um certo respaldo; não é o caso do Júlio, não é o caso do
Hipólito, do Taquara, Piratini, Arroio dos Ratos; tem esta questão,
né?(OM2.2).
Eu tenho, como opinião forte, que o M1 e o MY (tem que ter conselho
consultivo, tem que ter um conselho para dar o aval da administração; acho
que é importante, artistas, empresários, intelectuais terem a sua opinião
dentro da sua programação, isto o MAC também e vou fazer conselho de
mantenedores, acho que tem que ter um grande padrinho. Acho que tem
que ter um apoio, via projetos de Lei Rouanet, para ajudar as instituições a
sobreviverem e navegarem independentes de SEDAC; um padrinho que
adote o Museu como estrutura e dar um apoio, um suporte bom para a
secretaria, que, claro, ela mantém uma parte que é oficial, alivia a pressão.
Tu manténs a estrutura do Museu (OM1.1).
A LIC, a gente quer não pressionar ela no momento, ela está em
reestruturação e, neste momento de enxugamento de impostos, acho que é
bom pensar na federal. No estado, a gente pode ter parceiros, diretamente
ligados, que não venham a fazer isenção de impostos. Tem muita gente que
pode apoiar, como as empresas apóiam. Vamos manter a LIC, pois ela fica
na assessoria da presidência e que fica na diretoria geral da SEDAC. Pegar