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arvensis L. e a hortelã-pimenta (Mentha x piperita L.) a mais famosa das hortelãs, sendo as
duas últimas as mais ricas em mentol (BRUGNERA et al., 1999).
Supõe-se que as hortelãs tenham sido introduzidas na Europa, via norte da África,
vinda do Oriente (RUSSOMANNO et al., 2005). Atualmente as espécies encontram-se em
quase todo centro e sul da Europa e norte da África (SANCHES et al., 1996) e nas Américas,
incluindo o Brasil, onde ocorrem desde a época da colonização (LORENZI & MATOS, 2002).
Segundo CARDOSO et al. (2001), desde a Antigüidade as plantas do gênero Mentha
são usadas para fins medicinais, alimentícios e cosméticos. Os efeitos medicinais da hortelã
estão associados à presença de óleos essenciais. Seu uso popular está relacionado ao sistema
gastrintestinal como espasmolítica, antiemética, carminativa, estomáquica, anti-helmíntica,
(LORENZI & MATOS 2002) broncodilatadora (SIMÕES & SPITZER, 2004) e estimulante
do sistema nervoso (CARDOSO et al., 2001).
As espécies de hortelã hibridizam facilmente entre si porque gera variantes
morfológicos, o que torna difícil sua identificação botânica (HALLIDAY & BEADLE, 1972).
Mentha x piperita L. é tetraplóide (2n = 4x = 72) originada da hibridização natural, entre a
Mentha spicata L. (sinonímia Mentha viridis L.) (2n = 48) e Mentha aquatica L. (2n = 96) e
estéril (SATO et al., 1996; AFLATUNI, 2005). As plantas de Mentha x piperita são perenes
de crescimento rápido e fácil, possuem ramos quadriculares de coloração verde-escura a roxo-
purpúrea, semi-ereta ou ramificando-se por mais de 50 cm. Possuem folhas pequenas e
opostas, elíptico-acuminadas, denteadas, pubescentes e muito aromáticas (LORENZI &
MATOS, 2002), de cor verde-escura. As flores estão reunidas em espigas de coloração
violácea (CARDOSO, 2001) e o fruto é do tipo aquênio (JOLY, 1970).
Mentha x piperita é cultivada principalmente nas regiões de clima temperado, nos
continentes da Austrália, África, Ásia, Europa e nas Américas, principalmente nos Estados
Unidos da América.
O óleo de Mentha x piperita, cujo principal componente é o mentol, é usado na
indústria de fármacos, perfumes, bebidas, higiênicas e tabaco (MAROTTI et al., 1993;
PICCAGLIA, 1993; MAIA, 1998) e como flavorizantes na indústria alimentícia
(LAWRENCE, 1981). O óleo ou apenas o seu componente mentol também é usado como