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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE SEDIMENTOLOGIA
MESTRADO EM GEOLOGIA COSTEIRA E SEDIMENTAR
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ESTUDO DA FAUNA DE BRIOZOÁRIOS DO SEDIMENTO
SUPERFICIAL DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA COSTA DO
DENDÊ, BAHIA, BRASIL.
Vanessa do Espírito Santo Almeida
Orientador (a): Facelúcia Barros Côrtes Souza
SALVADOR-BAHIA
2006
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Aos meus pais, Jaime e Deijarlinda, e irmãos, Alan
e Nayara, por sempre acreditarem nas minhas
escolhas e me incentivarem na busca dos meus
ideais.
DEDICO
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RESUMO
A caracterização da fauna de briozoários presente no sedimento superficial da plataforma
continental da Costa do Dendê, situada no litoral sul da Bahia (38
o
39’W a 13
o
02’S e 39
o
02’W a 14
o
42’S) e a sua relação com os parâmetros sedimentológicos e batimétricos e a avaliação da contribuição
dos briozoários como produtores do sedimento carbonático foi realizada através da análise composicional
de amostras do sedimento superficial de 36 estações, coletados com amostrador de fundo do tipo de Van
Veen, no período de fevereiro a outubro de 2002. O estudo abrangeu a elaboração do inventário
taxonômico das espécies; a determinação dos padrões de distribuição da fauna de briozoários; elaboração
de mapas de distribuição das espécies e/ou agrupamentos; estudo da influência de fatores ambientais
(granulometria do sedimento e profundidade) sobre a distribuição e riqueza da fauna de briozoários; a
utilização de espécies indicadoras para interpretações ecológicas; a determinação do peso dos briozoários
em relação ao peso total da amostra e a determinação e correlação das formas coloniais com parâmetros
ambientais (substrato, hidrodinâmica e profundidade). Os agrupamentos foram realizados utilizando
análises multivariadas quantitativas e qualitativas (análise de Cluster, componentes principais). A
determinação específica da totalidade dos fragmentos de colônias analisados permitiu identificar setenta e
duas espécies pertencentes às classes Gymnolaemata (Ordem Cheilostomatida) e Stenolaemata (Ordem
Cyclostomatida). Os maiores valores de riqueza e do número de fragmentos se encontram entre a Cova da
Onça e a Baía de Camamu e nas proximidades de Itacaré. Os briozoários são pouco representativos em
termos de percentual de peso do sedimento, exceto localmente. As espécies mais freqüentes são Canda
retiformes, Crisia sp, Margaretta buski, Mecynoecia sp e Scrupocellaria sp, devido a facilidade de
desarticulação ou fragmentação dos segmentos de suas colônias. O padrão de distribuição das assembléias
não é definido para os tipos de sedimentos encontrados. Existe uma relação entre a distribuição das
espécies isoladamente e as frações do sedimento, devido aos tipos de formas coloniais diversos, e uma
variação composicional de norte para sul. A coloração e a boa conservação dos fragmentos sugerem taxa
de sedimentação rápida e acréscimo constante de material recente. Os substratos mais colonizados são
cascalho e areia algálica e espécies de briozoários mortos. As análises estatísticas multivariadas com
dados de natureza quantitativa e qualitativa são complementares entre si e constituem ferramentas
importantes na determinação de associações de estações em função da composição faunística e das formas
zoariais com os diversos parâmetros ambientais (profundidade, tipo de substrato e hidrodinâmica).
Palavras chave: Briozoários, Costa do Dendê, sedimento, forma zoarial, análises multivariadas.
ABSTRACT
Characterization of bryozoan fauna existing at the surface sediment at the continental shelf of the Dendê
Coast, located on the Southern shore of Bahia State (38
o
39’W a 13
o
02’S e 39
o
02’W a 14
o
42’S ) and their
relationship with the sedimentological and batimetric parameters and the assessment of contribution by
bryozoans, as producers of carbonatic sediment, were carried out through compositional analyses on
samples of surface sediment collected at 36 stations. Collection was performed using a van Veen-type
bottom graber from February to October 2002. The study encompassed the elaboration of taxonomic
inventory of species; identification of distribution patterns for bryozoan fauna; elaboration of distribution
maps for species and/or clusters; study of influence of environmental factors (granulometry and deepness
of sediment) over the distribution and richness of bryozoan fauna; utilization of indicator species for
ecological interpretations; determination of weight of bryozoans in regards to the total weight of each
sample and determination of correlation of colonial forms with environmental parameters (substrate,
hydrodynamic and deepness). Clustering (Cluster analysis, main components - PCA) was carried out using
multivariate analyses, including quantitative and qualitative data. Specific determination of total fragments
of colonies analyzed enabled the author to identify seventy-six species pertaining to the Gymnolaemata
(Cheilostomatida order) and Stenolaemata (Cyclostomatida) classes. The highest number of species
richness and number of fragments were found at the location named Cova da Onça
and the Camamu Bay,
nearby Itacaré. Bryozoans studied do not bear representativenes in terms of percentual weight of sediment,
except locally. The most frequent species found are Canda retiformes, Crisia sp, Margaretta buski,
Mecynoecia sp and Scrupocellaria sp, due to the facility of dearticulation or fragmentation. The
distribution pattern for assemblages is not defined for the sediment collected. The author encountered a
relationship between the distribution of species, on an insulated basis and the fractions of sediment, due to
the types of different colonial forms, and a composition variation from North towards the South. Both the
color and good conservation of fragments suggest the rapid rate of sedimentation and constant accretion of
recent material. The most colonized substrates are algal gravel, algal sand and additional species of
bryozoans. The multivariate statistical analyses, including both qualitative and quantitative data, are
mutually complementary and constitute important tools for associating the collection stations based on the
fauna composition and the zoarial forms with the different environmental parameters (deepness, type of
substrate and hydrodynamics).
Key-words: Bryozoans, Dendê Coast, sediment, zoarial form, multivariate analyses.
ÍNDICE
Página
RESUMO
ABSTRACT
ÍNDICE......................................................................................................................................... i
ÍNDICE DE FIGURAS..................................................................................................……….. iii
ÍNDICE DE TABELAS................................................................................................……....... v
AGRADECIMENTOS.....................................................................................................…….... vii
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................……...... 01
2. BRIOZOÁRIOS COMO COMPONENTES DO SEDIMENTO EM AMBIENTES’
PLATAFORMAIS NO NORDESTE BRASILEIRO....................................................………... 05
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.........................................................…….... 08
3.1 Localização da área de estudo..................................................................................... 08
3.2 Clima e parâmetros oceanográficos............................................................................ 08
3.3 Fisiografia e geologia da área..................................................................................... 08
4. METODOLOGIA.........................................................................................................……..... 12
4.1 Atividades de laboratório............................................................................................ 12
4.1.1 Tratamento das amostras............................................................................. 12
4.1.2 Triagem fina..........................................................................................….. 12
4.1.3 Pesagem dos fragmentos de briozoários por fração.................................... 14
4.1.4 Identificação dos briozoários................................................................….. 14
4.1.5 Grau de preservação e coloração................................................................ 14
4.1.6 Determinação das formas zoariais.............................................................. 15
4.2 Tratamento dos dados................................................................................................. 17
4.2.1 Freqüência relativa (%)............................................................................... 17
4.2.2 Freqüência de ocorrência (%)..................................................................... 17
4.3 Análise multivariada................................................................................................... 18
5. RESULTADOS.............................................................................................................…….... 22
5.1. Substrato disponível................................................................................................... 22
5.1.1 Distribuição das principais frações granulométricas................................... 22
5.1.2. Associações das frações granulométricas - Análise de classificação numérica
e ordenação......................................................................................................... 25
5.2 Inventário sistemático................................................................................................. 30
5.3. Briozoários como componentes dos sedimentos....................................................... 37
5.3.1. Representatividade dos briozoários no volume da amostra de sedimento
em cada estação de amostragem......................................................................... 37
5.4 Freqüência e características gerais da fauna de briozoários...................................... 39
5.5 Distribuição das espécies........................................................................................... 42
5.5.1. Espécies indicadoras de temperatura e águas oceânicas........................... 43
5.6. Relação entre riqueza de espécies X tipo de sedimento e composição..................... 44
5.7. Associações faunísticas - análise quantitativa........................................................... 46
5.7.1. Associação das estações de amostragem em função das espécies............ 48
5.8. Associações dos táxons de briozoários – análise qualitativa.................................... 52
5.8.1. Agrupamento das estações de amostragem em função das espécies......... 54
5.9 Associação das estações de amostragem em função das formas coloniais das
espécies dominantes......................................................................................................... 57
5.10. Tipos de suportes utilizados.................................................................................... 64
6. DISCUSSÃO.................................................................................................................……... 68
7. CONCLUSÕES.............................................................................................................……... 75
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................……... 77
ANEXO 1 – PRANCHAS
ANEXO 2 – TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Localização da área de estudo....................................................................................... 10
Figura 2. Geologia da área de estudo........................................................................................... 11
Figura 3. Localização e limites batimétricos das estações de amostragem.................................. 13
Figura 4. Relação entre formas zoariais e fatores ambientais...................................................... 16
Figura 5. Esquema geral das etapas realizadas nas análises multivariadas.................................. 18
Figura 6. Distribuição dos percentuais das frações granulométricas nas estações – Costa do Dendê,
2002.............................................................................................................................................. 23
Figura 7. Distribuição espacial (%) das frações granulométricas do sedimento superficial
- Costa do Dendê, 2002............................................................................................................... 24
Figura 8. Agrupamentos entre as estações de amostragem a partir dos percentuais de cascalho,
areia e lama – Costa do Dendê, 2002........................................................................................... 27
Figura 9. Distribuição dos grupos sedimentares a partir da análise de Cluster............................ 28
Figura 10. Ordenação das amostras a partir dos dados percentuais de cascalho, areia e lama..... 29
Figura 11. Distribuição do número fragmentos de briozoários nas estações de amostragem...... 38
Figura 12. Espécies de briozoários principais na área de estudo.................................................. 39
Figura 13. Distribuição espacial dos táxons de briozoários nas estações de amostragem (freqüência
relativa superior a 8% ) ............................................................................................................... 41
Figura 14. Distribuição da riqueza específica de briozoários (número de espécies) nas estações de
amostragem.................................................................................................................................. 45
Figura 15. Agrupamentos das espécies constantes e principais e respectivas forma coloniais.... 47
Figura 16. Agrupamentos das estações em função da freqüência relativa das espécies constantes e
principais e respectivas profundidades.......................................................................................... 50
Figura 17. Dendrograma dos táxons de briozoários (análise qualitativa)...................................... 53
Figura 18. Dendrograma de associação das estações de amostragem em função dos dados de presença
e ausência das espécies dominantes............................................................................................... 55
Figura 19. Agrupamentos das estações de amostragem em função dos grupos zoariais com mesma
característica hidrodinâmica............................................................................................……....... 59
Figura 20. Distribuição dos grupos hidrodinâmicos em função das formas coloniais................... 61
Figura 21. Formas coloniais presentes na área de estudo......................................................…...... 62
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela I – Localização e profundidade das estações de amostragem........................................... (Anexo 1)
Tabela II – Freqüência relativa das espécies dominantes (matriz quantitativa)........................... (Anexo 1)
Tabela III – Valores de presença e ausência das espécies dominantes (matriz binária)............... (Anexo 1)
Tabela IV – Distribuição das formas coloniais das espécies dominantes..................................... (Anexo 1)
Tabela V – Percentuais de cascalho, areia e lama nas estações de amostragem........................... (Anexo 1)
Tabela VII – Variação dos parâmetros analisados em cada em cada estação de amostragem - nº de
indivíduos..................................................................................................................................... (Anexo 1)
Tabela VII - Determinação do peso dos briozoários em relação ao peso total do sedimento nas estações de
amostragem............................................................................................…................................... (Anexo 1)
Tabela VIII – Freqüência de ocorrência (FO), freqüência absoluta (FA) e freqüência relativa (FR) das
espécies.....................…................................................................................................................ (Anexo 1)
Tabela IX - Freqüência absoluta e freqüência relativa (%) das espécies de briozoários nas estações de
amostragem...............................................................................……………........….................... (Anexo 1)
Tabela X - Agrupamentos das estações de amostragem em função das espécies dominantes, localização
e tipo de sedimento (análise quantitativa)..............................………............................….......... (pág. 51)
Tabela XI - Agrupamentos das estações de amostragem em função dos dados de presença e ausência das
espécies, profundidade, tipo de sedimento e comparação com grupos da análise quantitativa.... (pág. 56)
Tabela XII - Grupos hidrodinâmicos em função das formas zoariais das espécies dominantes... (Anexo 1)
Tabela XIII - Agrupamentos das estações de amostragem em função de grupos coloniais com mesma
característica hidrodinâmica, profundidade e tipo de sedimento.................................................. (pág. 60)
Tabela XIV – Principais tipos de substratos utilizados por briozoários na Costa do Dendê........ (pág. 63)
Tabela XV – Tipos de suportes colonizados pelas espécies de briozoários na Costa do Dendê... (Anexo 1)
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela força para a realização deste trabalho;
Ao Curso de Pós-Graduação em Geologia Costeira, Marinha e Sedimentar do Instituto de
Geociências da Universidade Federal da Bahia que viabilizou a realização desta dissertação de Mestrado;
Ao Coordenador do referido curso, Dr. Johildo Salomão F. Barbosa;
Ao Prof. Dr. José Maria Landim Dominguez, coordenador do Projeto Costa do Dendê, por me
permitir participar do referido projeto e disponibilizar os dados e amostras de sedimento para o
desenvolvimento do trabalho;
Ao Laboratório de Estudo Costeiros (LEC) do Instituto de Geociências da UFBA, cujo espaço
físico e equipamentos foram utilizados para execução deste trabalho;
A Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de
estudos concedida;
Ao Setor de Bioestratigrafia e Paleoecologia do Centro de Pesquisas Leopoldo A. Miguez de
Mello – CENPES da Petrobrás, pela confecção das fotografias de microscopia eletrônica sob a supervisão
do técnico Rogério da Silva Martins da Costa;
À minha Orientadora, Profa. Dra. Facelúcia Barros Côrtes Souza, pela disponibilidade e valiosa
orientação na elaboração deste trabalho, agradeço também pela confiança em mim depositada;
Ao Prof. Dr. Paulo Mafalda Júnior pelo aconselhamento, sugestões e disponibilidade dos
softwares;
Aos professores do Curso de Pós-Graduação em Geologia Costeira, Marinha e Sedimentar, pelos
ensinamentos, e funcionários do Instituto de Geociências por todo apoio, especialmente a Ana D’O,
Gilsélio, Joaquim Lago, Maria, Nilton Santos e Nilton Silva;
Aos queridos amigos, Helisângela, Israel, Patrícia, Regina, Rejane, Walter e Susan, por estarem
sempre ao meu lado, pelo incentivo, atenção e carinho que sempre me dedicaram;
À Cláudia, Grace e Tânia, pela atenção e carinho que sempre me dedicaram;
Ao meu tio Edeildo e sua família, pelo carinho e constante apoio desde minha vinda para
Salvador;
A Lucas Nascimento pela elaboração do mapa base no ArcView, necessária para a confecção dos
mapas definitivos;
Agradeço a todos sinceramente, que de alguma forma contribuíram para a elaboração deste
trabalho.
1
1. INTRODUÇÃO
O Filo Bryozoa constitui um amplo e diverso grupo de invertebrados com cerca de 6.000
espécies viventes descritas (Ruppert et al, 2005) e 15.000 espécies fósseis (Horowitz & Pachut, 1998).
Os briozoários possuem aproximadamente 450 milhões de anos, com provável origem no Pré-
Cambriano. As formas fósseis são datadas desde o Ordoviciano, sendo bastante expressivos na fauna
paleozóica (McKinney & Jackson, 1989; Smith, 1995).
Os briozoários são organismos colonialmente elaborados e a maioria das espécies é bentônica,
séssil, marinha e apresentam um esqueleto biomineralizado de carbonato de cálcio denominado zoécio
(Ryland, 1970). Três classes de briozoários são reconhecidas nos dias atuais, Phylactolaemata,
(exclusivamente dulciaquícolas), Stenolaemata e Gymnolaemata. Os estenolemados, representados
pela Ordem Cyclostomatida, são essencialmente marinhos, enquanto que os gimnolemados suportam
maior variação de salinidade, além de apresentarem maior diversidade (Souza, 1986). Os briozoários
podem ser considerados oportunistas, sendo pioneiros na colonização de novos substratos disponíveis,
sejam eles fixos, móveis ou efêmeros. No caso dos briozoários marinhos, os mesmos se tornaram bem
sucedidos na exploração de substratos rígidos, como conchas, rochas, madeira, corais, e também na
utilização de espaços bastante restritos (Eggleston, 1972). A larva planctônica se fixa em função do
tamanho e natureza do substrato e o seu desenvolvimento depende da relação entre a forma da colônia
(livre, ereta rígida ou articulada e incrustante) e a hidrodinâmica local. As formas eretas, por exemplo,
só se desenvolvem em condições de hidrodinâmica calma, pois se quebram ou desarticulam sobre
impacto de hidrodinâmica forte (Souza, 1986, McKinney & Jackson, 1989, Smith & Nelson, 1994).
Em estudos geológicos os briozoários são abordados sob vários aspectos. Determinadas
classes podem ser utilizadas a partir de seus registros nos sedimentos, como excelentes fósseis guias,
levando em conta que apresentam períodos de vida bem definidos (McKinney & Jackson, 1989). De
acordo com Rao (1998), os briozoários podem ser utilizados na exploração de óleo e gás. Uma vez que
o desenvolvimento dos briozoários está diretamente relacionado às condições impostas pelo meio, o
conhecimento sobre as espécies, as associações e relativa abundância das formas coloniais (i.e. formas
zoariais), provêm úteis informações sobre os parâmetros ambientais, constituindo uma eficaz
ferramenta para sedimentologistas e paleontologistas em reconstruções ecológicas e paleoecológicas
(Souza, 1986; Nelson et al, 1988; Hageman et al, 1997; Moissete, 2000; Amini et al, 2004). Alguns
trabalhos recentes evidenciam que restos esqueléticos de briozoários representam uma fonte potencial
de informação sobre variações a médio prazo de mudanças climáticas no passado e as pesquisas
envolvendo a análise de isótopos estáveis (Carbono 13 e Oxigênio 18) nos esqueletos carbonáticos de
determinadas espécies tem sido desenvolvidas com intuito de se observar o controle, a variação e o
2
registro de mudanças climáticas sobre elas (Smith & Key, 2004). Ainda sobre a sua utilização, de
acordo com critérios logísticos e biológicos sugeridos por Pearson (1994) e evidências na literatura, os
briozoários podem ser designados como um útil taxa indicador da biodiversidade em um subcenário
representativo de um habitat ou ecossistema, uma vez que possuem uma taxonomia estável e bem
conhecida; são facilmente amostrados; exibem padrões de diversidade comparados a outros grupos
(como os moluscos); são amplamente distribuídos geograficamente, isto é, ocorrem em todos os
oceanos, predominando em habitats com substratos rígidos; possuem uma história natural
razoavelmente bem conhecida; mostram um relativo grau de especialização e são sensíveis a
mudanças no ambiente (distúrbios, poluição e sedimentação) e, apresentam um potencial econômico
importante, isto é, em biosegurança e “fouling” marinho, como habitats iniciais de juvenis de peixes
comerciais ou ainda como fonte de produtos naturais medicinalmente importantes ou como biocidas
(Narkowicz et al, 2002; Rowden et al, 2004).
Nos ambientes tropicais e subtropicais, a maior contribuição para o sedimento carbonático é
atribuída principalmente a corais hermatípicos, algas calcárias, foraminíferos bentônicos, gastrópodos
e bivalvos. Nestas regiões os briozoários raramente se sobrepõem a estes organismos, podendo,
entretanto, apresentar uma abundância suficientemente alta para formar uma fração significante do
sedimento (Nelson et al, 1988).
Os ambientes de plataforma continental são aqueles onde ocorrem os maiores valores de riqueza e
diversidade de briozoários (Ryland, 1970), grandes colônias eretas chegam a pesar 200g e viver cerca
de 20 anos (Smith et al, 2001). Nestes ambientes a maior parte dos trabalhos relaciona a ocorrência e a
diversidade das espécies, bem como a distribuição das formas coloniais, isoladamente a um ou dois
fatores ambientais, notadamente com profundidade, substrato e hidrodinâmica (Carrozzo, 2001). Nas
modernas plataformas temperadas, particularmente na Austrália, Nova Zelândia e Tasmânia, os
briozoários são os componentes faunais dominantes das comunidades bentônicas (acima de 80%),
contribuindo de forma acentuada com seus restos esqueléticos para a produção do sedimento
carbonático (Hageman et al, 1997, Nelson et al, 1988; Amini et al, 2004). Nos ambientes temperados
freqüentemente os briozoários encontram-se em associação com moluscos, formando estruturas
denominadas “bryomol”. (Nelson et al, 1988).
No Brasil a presença dos briozoários na plataforma continental tem sido documentada em diversos
trabalhos que visaram o mapeamento e a caracterização do ambiente sedimentar do fundo marinho
(Barreto et al, 1975; Melo et al, 1975; Milliman, 1975; Summerhayes et al, 1975). Estes trabalhos
demonstram que os briozoários estão distribuídos nos sedimentos em grande parte da plataforma
continental do Brasil, predominando no sedimento em alguns trechos pontuais. Caranante et al (1988)
3
com base no estudo das associações carbonáticas dos principais tipos de sedimentos e nos parâmetros
ambientais, dividiram a plataforma em três zonas, nas quais os briozoários foram registrados como
localmente abundantes nas zonas definidas como tropical e de transição.
Embora ocorram registros datados desde os meados do século XVII, o conhecimento da fauna de
invertebrados bentônicos no Brasil ainda é considerado insatisfatório. Dados obtidos recentemente
através dos Programas Revizee e Biota (Fapesp) revelaram cerca de 1.300 espécies de animais
bentônicos, sendo que os briozoários constam na listagem dos grupos mais abundantes ou freqüentes
(Amaral & Jablonski, 2005). Trabalhos mais detalhados envolvendo o Filo Bryozoa no Brasil ainda
podem ser considerados escassos, a maioria deles é de natureza sistemática e restritos a poucas
amostras em vários estados brasileiros ou limitados a apenas um Estado (Gomes, 2001). Podem ser
citados como principais estudos sistemáticos na plataforma continental brasileira os trabalhos de Canu
& Bassler (1928) e Marcus (1937, 1938 a,b, 1939, 1949 e 1955). Outros trabalhos incluem Guimarães
& Rosa (1941), Barbosa (1964), Braga (1968), Tommazi et al (1971), Souza (1986, 1995), Machado
& Souza (1994), Haddad & Ramalho (1996), Carrozzo (2001), Gomes (2001), Haddad & Souza
(2003), Vieira & Correia (2003), Winston & Migotto (2004).
No Brasil foram assinaladas 250 espécies de briozoários, sendo São Paulo o estado que apresentou
o maior número de espécies descritas (127) seguido do estado da Bahia (106) (Gomes, 2001).
Entretanto, deve se levar em consideração que a maioria dos trabalhos sobre a diversidade dos
briozoários no Brasil foi realizada nestes dois estados, e nenhum ou poucos trabalhos nos demais. No
estado da Bahia o levantamento das espécies vem sendo realizado no intuito de estudar o
comportamento destes organismos no ambiente marinho, a sua aplicação em estudos
sedimentológicos, paleoecológicos e de controle do grau de poluição em áreas industriais (Carrozzo,
2001).
Um dos trabalhos pioneiros e mais completos abrangendo aspectos sedimentológicos, ecológicos e
sistemáticos de briozoários na costa baiana foi o realizado por Souza (1986), no qual foi analisado o
sedimento superficial da plataforma continental sul do Estado, num trecho compreendido entre
Salvador e Camamu. Outros trabalhos mais recentes que enfatizam aspectos sistemáticos, ecológicos e
sedimentológicos com briozoários no litoral norte da Bahia serão descritos a seguir.
4
O presente estudo teve como objetivo geral caracterizar a fauna de briozoários presentes no
sedimento superficial da plataforma continental da Costa do Dendê, relacionando-a com parâmetros
sedimentológicos e batimétricos, e avaliar a contribuição dos briozoários como produtores do
sedimento carbonático. Para tal as seguintes atividades foram realizadas:
i – Elaboração do inventário taxonômico das espécies de briozoários encontradas na área de estudo;
ii – Determinação dos padrões de distribuição da fauna de briozoários da comunidade bentônica do
sedimento na área de estudo, através de análises multivariadas quantitativas e qualitativas e elaboração
de mapas de distribuição das espécies e/ou agrupamentos;
iii – Estudo da influência de fatores ambientais (granulometria do sedimento e profundidade) sobre a
distribuição e riqueza da fauna de briozoários, através de análises multivariadas qualitativas e
quantitativas;
iv – Utilização de espécies indicadoras para possíveis interpretações ecológicas;
v – Determinação do peso dos briozoários em relação ao peso total da amostra, buscando observar sua
contribuição para a produção do sedimento carbonático;
vi – Determinação e correlação das formas coloniais com os parâmetros ambientais (substrato,
hidrodinâmica e profundidade).
5
2. BRIOZOÁRIOS COMO COMPONENTES DO SEDIMENTO EM AMBIENTES
PLATAFORMAIS NO NORDESTE
Em ambientes recifais modernos, os briozoários podem ser encontrados formando
incrustações juntamente com as algas, corais e gastrópodos vermetídeos. De acordo Cuffey (1977), os
briozoários assinalam sua contribuição na fixação do sedimento, permitindo a colonização dos
principais organismos construtores e também rejuntando as partes mortas dos recifes. A análise da
fauna de briozoários presentes nas Ilhas Redonda, Santa Bárbara e Coroa Vermelha, no Arquipélago
de Abrolhos, litoral sul da Bahia, constatou que predominaram espécies de ambiente marinho
litorâneo, águas agitadas, associadas ao substrato carbonático grosso, misturarando-se na maior parte
das amostras com espécies adaptadas a águas mais profundas e calmas e a substratos carbonáticos
mais finos (Barbosa & Souza, 1993). No Complexo Recifal dos Abrolhos as incrustações de
briozoários são consideradas evidências do potencial destes organismos na formação dos recifes
(Leão, 1982). Estas incrustações são geralmente finas, mas se constituem num efetivo agente
cimentador, preenchendo cavidades internas dos recifes, juntando partes dos recifes ou partículas
sedimentares (Carrozzo, 2001). Os briozoários também contribuem para a composição do sedimento,
com abundâncias máximas nas áreas inter-recifais. Segundo Souza (1995), nos recifes costeiros e de
alto mar da área, os briozoários estão presentes desde a areia fina até à fração grânulo, e a fauna foi
mais freqüente em profundidades maiores, sugerindo uma forma de proteção contra a ação dos
processos sedimentares e hidrodinâmica mais forte na zona costeira. As espécies listadas para a região
de Abrolhos foram típicas de ambientes marinhos e águas agitadas, e o padrão de distribuição das
mesmas aparenta ser influenciado por fatores como influxo de sedimento continental, dominância de
substrato carbonático ou siliciclástico e presença de águas rasas e agitadas (Souza & Barbosa, 1998).
Nos recifes da praia de Guarajuba (Camaçari - Bahia), foi observada uma rica fauna de
briozoários presentes em amostras coletadas no sedimento superficial, onde predominou a fração areia
grossa a média. As espécies dominantes nos sedimentos superficiais foram formas eretas articuladas
adaptadas ao suporte granular (Souza et al, 1999).
No Atol das Rocas, anel recifal localizado a cerca de 260 km a leste-nordeste da cidade de
Natal, a contribuição dos briozoários na composição das areias carbonáticas é pequena, embora
participem das incrustações. Este fato foi atribuído à elevada fragmentação das colônias em virtude do
impacto muito forte das ondas na área (Machado & Souza, 1994). No Atol das Rocas os maiores
valores de freqüência de fragmentos de briozoários correspondem às ocorrências locais associadas ao
sedimento fino do depósito arenoso que recobre a parte central do atol (Souza, 1995; Souza et al,
1995). Apesar do número reduzido de espécies, comparada a fauna de foraminíferos na área, ainda
6
assim há o indicativo de que as condições são propícias à fixação da larva e ao desenvolvimento das
colônias. As espécies identificadas no local caracterizaram o ambiente como marinho litorâneo normal
a hipersalino, com águas quentes, bem agitadas, sob a influência da corrente do Brasil (Machado &
Souza, 1994).
Souza & Gurgel (1983), estudando os briozoários incrustantes em bioclastos algais da
plataforma baiana, observaram que a maior diversidade de espécies ocorre nas desembocaduras dos
rios associados aos depósitos de cascalho e areias algais. Os briozoários ocorreram incrustando
conchas de lamelibrânquios e outros briozoários.
Souza (1986), realizando estudos sobre a fauna de briozoários no trecho da plataforma entre
Salvador e Camamu, concluiu que a fauna de briozoários é mais rica e diversificada sobre as areias
carbonáticas do infralitoral 40 – 80 metros (areias biogênicas e areias lamosas carbonáticas), sendo
pobre e pouco diversificada sobre as areias siliciclástica e, rara ou ausente, em depósitos de lama pura.
Souza et al (1996), estudando a composição das espécies de briozoários no litoral de Salvador
e Camaçari, observaram uma abundância e diversidade média a elevada, no sedimento arenoso
(conchífero e quartzozo) das Praias da Penha e Guarajuba, respectivamente. Na praia da Penha,
predominaram as colônias de briozoários incrustantes e eretas articuladas, indício de ambientes
agitados a moderadamente agitados. Em Guarajuba as formas eretas articuladas, indício de ambientes
calmos a moderadamente agitados, foram os tipos mais abundantes.
Apoluceno (1998), analisando os sedimentos superficiais de amostras coletadas na plataforma
continental da região de Ilhéus, observou a presença de briozoários entre os componentes biodetríticos
nos sedimentos da área. Foi constatada uma diversa composição de espécies e elevados percentuais de
fragmentos na porção centro-sul e na borda da plataforma, onde predominou o sedimento do tipo areia
biodetrítica. A presença elevada de fragmentos de briozoários na porção centro-sul foi associada a
ocorrência de um corpo rochoso no fundo, que fornece condições para a fixação de organismos
incrustantes, confirmado pela descrição do perfil sísmico no trecho. A presença de espécies de
foraminíferos típicas de ambientes de recifes de corais permitiu supor que se tratava de um corpo
recifal. O registro das espécies Gemelliporina glabra e Margaretta buskii, sugeriram a presença de
suporte algal.
Carrozzo (2001) descreveu a composição taxonômica da comunidade de briozoário do litoral
norte da Bahia, suas associações multiespecíficas, sazonais e espaciais e a caracterização da influência
de fatores hidrológicos e sedimentológicos sobre a estrutura de suas associações e comunidades. Na
7
região foi observada uma gradação decrescente na comunidade de briozoários. As formas zoariais
dominantes foram a membraniporóide e celarióide. De um modo geral as espécies encontradas e as
formas zoariais indicaram determinados padrões ambientais, especialmente hidrodinamismo, tipo de
disponibilidade de substrato, presença de lama e nutrientes no sedimento.
Gomes (2001), estudando a distribuição e abundância dos briozoários nos sedimentos da
plataforma continental de Guarajuba e Itacimirim, litoral norte do Estado da Bahia, constatou que os
maiores valores de riqueza (Guarajuba) e número de fragmentos (Itacimirim) ocorreram no infralitoral
e circalitoral, devido ao predomínio de sedimento grosso nessas profundidades. A plataforma da área
estudada se constitui numa zona de transição de sedimentos siliciclásticos para carbonáticos de acordo
com a profundidade, de forma que o primeiro é predominante no litoral reduzindo seu percentual em
direção ao infralitoral, até que o segundo tipo passa a dominar em profundidades maiores que 30
metros, no circalitoral. Houve um predomínio das espécies Discoporella umbellatta e Cupuladria
monotrema, associadas ao sedimento arenoso amplamente distribuído na área, enquanto que a
constância das espécies Steginoporella magnilabris e Puellina (Cribrilaria) radiata foi associada à
distribuição do sedimento grosso carbonático, já que se trata de tipos coloniais incrustantes.
Netto (2002), estudando a morfologia e sedimentologia da plataforma continental entre os
Rios Itamariri e Itapicuru, litoral norte do Estado da Bahia, observou que a maior abundância de
briozoários na plataforma estudada esteve associada às áreas que apresentaram uma textura areno-
lamosa e arenosa de composição mista (carbonática / siliciclástica) a carbonática, embora
pontualmente os briozoários apresentassem percentuais superiores a 10% dos grãos identificados,
ocorrendo em areia grossa carbonática. A análise quantitativa das espécies de briozoários que
apresentaram altas porcentagens de fragmentos nas amostras de sedimento, demonstrou uma maior
abundância das espécies Discoporella umbellata e Cupuladria umbellata sobre as espécies com
morfologias de crescimento do tipo incrustante e ereto.
Almeida (2002) realizou o levantamento sistemático da fauna de briozoários de um pequeno
trecho da Baía de Todos os Santos, correlacionando à riqueza específica com as frações
granulométricas, teor de carbonato do sedimento e profundidade das estações de amostragem. Os
resultados indicaram uma correlação positiva com a fração areia do sedimento e negativa com a fração
lama, e ausência de relação com o tamanho e a composição do substrato, teor de carbonato e
profundidade.
Souza et al (2003) estudando briozoários em trechos da plataforma continental entre o sul da
Bahia e Espírito Santo, observaram uma rica fauna de briozoários ocorrendo no sedimento arenoso da
8
área, vivendo fixas em nódulos carbonáticos algais, suportes de algas perecíveis, conchas inteiras ou
fragmentadas de moluscos bivalves e raramente sobre cnidários e briozoários. Houve um predomínio
de espécies incrustantes, refletindo energia alta no ambiente e adaptação ao suporte disponível.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
3. 1. Localização da área de estudo
A área em estudo abrange parte da plataforma continental da Bahia e está limitada ao norte
pelo município de Valença, na foz do Rio Jequiriça (38
o
92’ W e 13
o
21’ S) e ao sul pelo município de
Itacaré na foz do Rio Tijuípe (39
o
02’ W e 14
o
42’ S). (Tabela I – Anexo I, Fig. 1).
3. 2. Clima e parâmetros oceanográficos
A Costa do Dendê é uma região quente e úmida com temperaturas médias anuais em torno de
25
o
C e precipitação anual variando em torno de aproximadamente 2400 mm (SEI, 1998). O clima é
caracterizado por chuvas tropicais e estações secas (outono / inverno) sendo perturbado por
precipitações relacionadas às frentes polares. As frentes polares que avançam para regiões de baixas
latitudes são acompanhadas por fortes ventos de S e SSE, que durante o inverno reforçam os alísios de
SE, alterando o padrão de circulação atmosférica no litoral da Bahia, entretanto pode-se considerar que
as chuvas são igualmente distribuídas nesta região (Martin et al, 1998). O regime de ondas na região é
modificado ao longo do ano, de acordo as modificações inerentes ao Cinturão de Ventos Alísios e ao
avanço das frentes frias. Em relação ao regime de marés, a Costa do Dendê é considerada uma costa
de meso-marés semi-diurnas, com amplitudes médias em torno de 2,4m (Davis & Hayes, 1984).
3. 3. Fisiografia e geologia da área
A área da plataforma continental da Bahia, conhecida como Costa do Dendê, está situada ao
norte do município de Ilhéus, é caracterizada como bastante estreita e provida de gradiente batimétrico
forte com isóbatas arranjadas em linhas paralelas umas das outras (Bittencourt et al, 2000).
Do lado continental afloram as rochas do Pré-Cambriano (embasamento cristalino), rochas da
Era Mesozóica e sedimentos do Terciário, representados pela Formação Barreiras. Depósitos
quaternários também ocorrem representados por terraços marinhos dos períodos Pleistoceno e
9
Holoceno, comuns ao longo de toda a linha de costa. Sua configuração atual é resultante da evolução
quaternária de uma planície submetida às transgressões marinhas (Fig. 2).
As falhas e os estudos do passado geológico deste setor da costa mostram evidencias
morfológicas de atividade neotectônica (Dominguez et al, 2000). A Bacia de Camamu, juntamente
com a do Recôncavo, são produtos das falhas ocorridas durante as atividades tectônicas que
culminaram com a separação da América do Sul/África durante a Era Mezosóica e que deram origem
a esta fisiografia. Ela é caracterizada pela presença de baías, ilhas, canais e planícies de marés, hoje
colonizadas pelos manguezais e Mata Atlântica (Dominguez et al, 2000).
A zona costeira e a plataforma interna compreendida entre Morro de São Paulo e Itacaré
abrigam uma grande quantidade de recifes. Diversos tipos de bancos recifais afastados da costa e em
profundidades inferiores a 25m ocorrem ao longo de toda a região (Kikuchi et al, 2004).
A parte marinha da área estudada, conforme dados sedimentológicos e observações da
composição textural, biológica e de teor de carbonato, possui uma plataforma coberta por sedimentos
biodetríticos com fácies sedimentar de algas calcárias (Martins et al, 1972; Martins & Coutinho,
1981).
Os resultados da análise textural e composicional de amostras superficiais do sedimento da
área compreendida entre a Ilha de Boipeba e Camamu (Ferreira et al, 1981; Souza, 1986) revelam a
presença de cinco tipos texturais cuja distribuição é a seguinte:
(1)
lama siliciclástica na plataforma
externa próximo ao Morro de São Paulo;
(2)
areia siliciclástica com fração biodetrítica dominada por
moluscos e foraminíferos situada ao longo da plataforma interna e média entre Morro de São Paulo e a
Baía de Camamu;
(3)
areia siliciclástica com cascalho de natureza algálica, domina na plataforma
média próxima a Baia de Camamu, formando um depósito alongado entre este fácies e o descrito a
seguir;
(4)
cascalho arenoso composto por algas calcárias incrustantes, situado no bordo da plataforma
externa, formando manchas mais ou menos alongadas, e;
(5)
areia lamosa nas proximidades da Baía de
Camamu desde a entrada até a plataforma externa, limitada pelo sedimento do tipo cascalho.
Os principais rios que banham a área são os rios Jequiriçá (localizado ao norte do município
de Valença) e os rios de Contas e Tijuípe (localizados ao sul do município de Itacaré).
10
Itacaré
Mar
Igrapiúna
Ituberá
Nilo Peçanha
Taperoá
Valença
Uruçuca
J
a
g
u
a
r
i
p
e
Cairu
Camamu
-39
-39
-14
-14
10 0 10 Km
N
EW
S
Costa do Descobrimento
COSTA DO DENDÊ
Costa dos Coqueiros
Baía de Todos os Santos
Costa das Baleias
BAHIA
Costa do Cacau
Figura 1. Localização da área de estudo, situada entre os municípios de Valença e Itacaré – Costa do Dendê,
Bahia, Brasil.
Figura 2. Geologia da área de estudo, Costa do Dendê, Bahia, Brasil (Modificado de Martin , 1980).et al
39 10’00”
o
39 10’00”
o
38 40’00’’ W
o
38 40’00’’ W
o
13 30’00”S
o
13 30’00”S
o
13 50’00”
o
13 50’00”
o
Baía de CamamuBaía de Camamu
Guaibim
Morro de São Paulo
Morro de São Paulo
Barra do SerinhaémBarra do Serinhaém
Barra do JequiriçaBarra do Jequiriça
Rio MaraúRio Maraú
Itacaré
Recifes de corais holocênicosRecifes de corais holocênicos
Holoceno lagunar e mangue atualHoloceno lagunar e mangue atual
Holoceno marinho (última transgr.)Holoceno marinho (última transgr.)
Pleistoceno marinho (penúltima transgr.)Pleistoceno marinho (penúltima transgr.)
Pleistoceno continentalPleistoceno continental
Barreiras individualizadoBarreiras individualizado
Mesozóico
Pré-Cambriano
Falha
Alinhamento de cordões litorâneos
Alinhamento de cordões litorâneos
14 10’00”
o
14 10’00”
o
11
12
4. METODOLOGIA
As amostras de sedimento utilizadas neste trabalho foram fornecidas pelo Prof. Dr. José Maria
Landim Dominguez, já lavadas e peneiradas por Israel Silva, técnico do Laboratório Interdisciplinar
de Estudos Costeiros.
Duas campanhas oceanográficas foram realizadas com o objetivo de obter dados referentes à
distribuição dos sedimentos superficiais de fundo e profundidade, tais campanhas foram conduzidas
pelo Oceanógrafo Msc. Ryan Silva nos meses de fevereiro e outubro de 2002, efetuadas na área da
plataforma continental situada entre os municípios de Valença e Itacaré. Ao todo foram coletadas 134
amostras de sedimento com um busca-fundo do tipo VanVeen com capacidade para 5L, no entanto,
para este trabalho foram selecionadas somente 36 estações distribuídas ao longo da plataforma em
questão, com o objetivo de observar as variações na composição faunística dos briozoários nos
diversos tipos de substrato plataformal e de profundidade. As amostras foram coletadas ao longo de
transectos perpendiculares à linha de costa nas isóbatas de 10, 30 e 50 metros (Fig. 3). O
posicionamento das estações, bem como a obtenção dos perfis batimétricos foram realizadas através
de um ecobatímetro do tipo Furuno GPS/plotter/sonar colorido-GP-1650f/1650DF.
4.1. Atividades de laboratório
4.1.1. Tratamento das amostras - No Laboratório de Estudos Costeiros do Instituto de Geociências,
Universidade Federal da Bahia, as amostras foram lavadas sob água corrente para a eliminação dos
sais solúveis, sendo secas em estufa regulada a uma temperatura média de 40
o
C, e posteriormente
quarteadas em frações de aproximadamente 200g. Utilizando o peneiramento a úmido, foi realizada a
separação da fração lama das amostras. As frações areia e cascalho foram peneiradas a seco com
conjunto de peneiras com abertura de malhas espaçadas a ½ phi utilizando-se um agitador de peneiras
do tipo. “Ro-Tap” durante 10 minutos. As frações retidas em cada peneira foram pesadas em balança
de precisão até a segunda casa decimal.
4.1.2. Triagem fina - Os fragmentos das colônias de briozoários presentes nas amostras de sedimento
foram isolados e acondicionados em placas para microfósseis, sacos plásticos e/ou outros recipientes
adequados, com o auxílio de um microscópio estereoscópio Zeiss (lupa binocular), seguindo a
separação de acordo com a sua granulometria (>4.00mm, 4.00 - 2.00mm, 2.00 -1.00mm, 1.00 –
0.50mm e 0,50 – 0.25mm). Nas frações com quantidade elevada de fragmentos, foi utilizado o método
de quarteamento proposto por Twenhof & Tyler (1941), que consiste em se contar o total sobre
determinado peso de amostra, sendo que o número total deve ser multiplicado pelo coeficiente de
redução, isto é, caso se utilize ¼ do peso total, deve-se multiplicar por 4.
Figura 3. Localização e limites batimétricos das estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
##
#
#
##
#
##
#
##
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####
####
#
###
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##
#
#
#
#
##
#
#
#
#
#
#
#
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#
#
#
012 013
014
021
022023
024
029030
031
033 034
035 036 037
056
057
058
059
060
061
062
063
064
071
072073
074
088
089
097098
099
106
107 108
10 0
N
EW
S
40 - 60 m (PE)
20 - 40 m (PM)
0 - 20 m (PI)
10 km
Rio Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Garapuá
Boipeba
Moreré
Cova da Onça
Baía de Camamu
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Rio de Contas
#
#
#
500000
500000
850000
845000
13
14
4.1.3. Pesagem dos fragmentos de briozoários por fração - Buscando observar sua contribuição
para a produção do sedimento carbonático, após triagem fina foi determinado o percentual do peso dos
fragmentos de briozoários em relação ao peso total do sedimento nas cinco frações analisadas. Nas
frações onde predominaram espécies incrustantes sobre nódulos algais (>4.00mm e 4.00 - 2.00mm
principalmente), o peso dos briozoários não pode ser avaliado devido à impossibilidade de se proceder
à retirada das colônias. Para posterior comparação e estimativa da contribuição dos fragmentos de
briozoários o peso destas frações onde predominaram os nódulos algais não foi incluído no somatório
do peso total. A pesagem do material foi realizada através de uma balança analítica de precisão do tipo
Marte – AL50.
4.1.4. Identificação dos briozoários - A identificação das espécies de briozoários foi efetuada ao
menor nível taxonômico possível, comparando-as com uma coleção sistemática padrão e sendo
fundamentada com base nas seguintes bibliografias especializadas disponíveis: Canu & Bassler
(1928); Gautier (1962); Gordon (1984, 1986, 1989); Hayward & Ryland (1979); Marcus (1937, 1938,
1939, 1941. 1955); Osburn (1952); Moore (1953); Ryland & Hayward (1977); Soule et al (1995);
Souza (1986) e Winston (1982).
4.1.5. Grau de preservação e coloração - Além da identificação e classificação sistemática das
espécies, foram observados também o grau de preservação e a coloração das colônias e /ou fragmentos
de colônias dos indivíduos encontrados de acordo padrões descritos por Labracherie (1973), Souza
(1986) e Gomes (2001).
- Grau de preservação: Labracherie (1973), Souza (1986) e Gomes (2001) estabeleceram estados de
conservação ou preservação que permitem definir os seguintes tipos de fauna:
i – Biocenose: fauna representada por espécies providas de opérculo, juntas córneas, cerdas,
membrana frontal, cutícula ou ainda de aviculárias com mandíbulas preservadas.
ii - Tanatocenose: espécies que não apresentam nenhum dos elementos anteriormente citados, mas
cujas paredes zoeciais possuem aspecto delgado e transparente, bem como espécies em bom estado de
preservação, mas com paredes zoeciais opacas sem vestígios de sedimento, também são
representativas da biocenose.
iii - Paleotanatocenose: fauna representada por espécies com frontal lisa ou deteriorada, com aparência
retrabalhada. Denomina-se paleotanatocenose, pois essas espécies representam uma associação de
espécies de uma biocenose antiga, que pode representar uma associação antiga autóctone ou alóctone.
Não são consideradas representativas da biocenose.
15
- Coloração: A cor apresentada pelos espécimes, independente do uso de corantes artificiais, reflete os
processos físico-químicos pelos quais os fragmentos de briozoários foram submetidos. Espécimes
recentes geralmente exibem cor branca, fragmentos que apresentam cor ocre provavelmente foram
sujeitos a processos de oxidação e, finalmente, espécimes exibindo cor preta ou cinza estão
relacionados à ambientes com redução bacteriana ou substrato sedimentar lamoso (Leão & Machado,
1989).
4.1.6. Determinação das formas zoariais - As formas zoariais ou coloniais exibidas pelos briozoários,
podem refletir uma variedade de condições ambientais como o tipo de substrato de fundo,
profundidade, hidrodinamismo e a taxa de sedimentação (Stach, 1936; Lagaaij & Gautier, 1965;
Harmelin, 1988; McKinney & Jackson, 1988; Moissete, 1989; Amini et al, 2004). Os fragmentos de
briozoários isolados durante triagem para posterior identificação foram classificados entre as
categorias zoariais incrustante (membraniporóide e celeporóide), ereta rígida (adeonióide,
vincularióide e reteporóide), ereta flexível (celarióide) e de vida livre (lunulitóide) de acordo literatura
pertinente. A seguir os subtipos de formas zoariais citadas anteriormente são descritas segundo Stach
(1936), Lagaaij & Gautier (1965) e Nelson et al (1988):
1. Membraniporóide - Colônia usualmente unilamelar, com uma lâmina basal incrustando um
substrato sólido e algumas vezes flexível.
2. Celeporóide - Colônia com formato variável, formando massas multilamelares, que podem viver
sobre substratos rígidos ou flexíveis.
3. Adeonióide - Colônia ereta e rígida, lobada, com ramos bifurcados, que vivem firmemente fixadas
ao substrato através de uma base calcária.
4. Vincularióide – Colônia ereta, rígida, consistindo de ramos subcilíndricos e bifurcados, aderidas
firmemente ao substrato por uma base calcária.
5. Reteporóide – Colônia ereta, rígida, fenestrada a reticulada, fortemente calcificada, fixas ao
substrato através de base calcária.
6. Celarióide – Colônia ereta, ramos subcilíndricos e flexíveis conectados através de juntas quitinosas
e fixas ao substrato por radículas.
16
7. Lunulitóides – Colônias em forma de disco ou cúpula, com lâmina basal fortemente calcificada.
Zoécios dispostos radialmente. Fixos a uma variedade de substratos (grãos de areia, foraminíferos,
fragmentos de algas calcárias, moluscos, etc..).
Após identificação, os morfotipos coloniais foram agrupados segundo a sua adaptação a
hidrodinâmica (Moissete, 2000, Fig 4):
(1)
Formas de águas agitadas (celeporóides e
membraniporóides),
(2)
Formas de águas calmas a moderadamente agitadas (adeonióides, celarióides
lunulitóides, reteporóides) e
(3)
Formas de águas calmas (vincularióides).
Figura 4. Relação entre formas zoariais e fatores ambientais. Os pequenos círculos negros indicam uma relação
ocasional, enquanto que os círculos maiores indicam uma relação freqüente. Correntes fracas (menos que 20
cm/s), moderadas (de 20 a 100 cm/s) e fortes (acima de 100 cm/s). Sedimentação lenta (1 a 10 cm/milhares de
anos), moderada (de 10 a 100 cm/milhares de anos) e forte (de 100 a 1000 cm/milhares de anos). Profundidade
rasa (10 a 30 metros), moderada (30 a 100 metros) e grande (> 100 metros) (Modificado de Moissete, 2000).
17
4.2. Tratamento dos dados:
4.2.1. Freqüência relativa (%): Utilizando-se os dados de freqüência absoluta, determinados a partir
da totalidade dos fragmentos encontrados, foram realizados os cálculos de freqüência relativa. Esta
freqüência é um importante valor a ser quantificado, pois ela expressa a razão entre o número de
indivíduos de uma determinada espécie com relação ao número total de indivíduos da amostra,
definindo então o número de exemplares por unidade de volume ou peso da amostra (Tinoco, 1989). A
freqüência relativa foi calculada de acordo a seguinte fórmula:
F = (n x 100) / T
Onde n corresponde ao número total de fragmentos de determinada espécie na estação e T ao
número total de espécies na estação.
A interpretação dos resultados foi realizada tomando como base três classes de freqüência
segundo Dajoz (1983): (i) > 5% - espécies principais; (ii) 4,99 - 1% - espécies acessórias e (iii) < 1% -
espécies traço. A partir dos valores de freqüência relativa foram confeccionados gráficos e tabelas. A
partir dos dados de freqüência relativa foi montado um mapa de distribuição das espécies na área de
estudo, no entanto apenas espécies que apresentaram um percentual superior a 8% de freqüência
relativa foram utilizadas para a confecção dos gráficos que foram posteriormente plotados neste mapa.
Considerando que os briozoários são animais coloniais e que se está analisando fragmentos de
colônias o n da fórmula acima correspondeu ao número total de fragmentos de colônias de
determinada espécie. De modo semelhante, na interpretação os percentuais alcançados refletiram quais
as espécies que mais contribuem com fragmentos para a formação do sedimento.
4.2.2. Freqüência de ocorrência (%): Segundo Tinoco (1989) a freqüência de ocorrência é uma
relação entre as espécies e a amostragem, expressa em percentagem segundo a fórmula:
FO = (p x 100) / P
Onde p corresponde ao número de estações onde a espécie ocorre e P corresponde ao número
de estações analisadas. Estas categorias, portanto fornecem uma idéia da distribuição espacial da
espécie. De acordo Dajoz (1983) os espécimes foram agrupados em três categorias:
18
Espécies constantes: presentes em mais de 50% das estações,
Espécies acessórias: presentes em 25 a 50% das estações,
Espécies acidentais: presentes em menos de 25% das estações.
4.3. Análise Multivariada
O esquema abaixo demonstra resumidamente o procedimento utilizado para realização da
análise multivariada. A seguir as etapas presentes em cada passo são descritas detalhadamente.
PASSO
1 - ANÁLISES DE AGRUPAMENTO
o Montagem da matriz básica de dados granulométricos,
o Seleção de espécies dominantes para montagem da matriz básica dos dados
quantitativos e qualitativos,
o Montagem da matriz básica do número de espécies para cada forma colonial
agrupadas de acordo com a hidrodinâmica:
(1)
águas agitadas (celeporóide e
membraniporóide);
(2)
águas calmas a moderadamente agitadas (adeonióide,
celarióide, lunulitóide e reteporóide) e
(3)
águas calmas (vincularióide),
o Escolha dos índices de similaridade apropriados para dados quantitativos e
qualitativos,
o Escolha dos métodos adequados de aglomeração para a formação de grupos,
o Detecção dos grandes grupos e subgrupos formados.
PASSO
2 VALIDAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS OBTIDOS
o Análise de ordenamento: PCA – detecção dos grupos da análise de
agrupamento (soma das variâncias capturadas nos dois primeiros eixos > 50%),
o Coeficiente cofenético maior ou igual a 0,8
Figura 5. Esquema geral das etapas realizadas nas análises multivariadas.
19
Técnicas envolvendo análise multivariada como métodos de agrupamento e multidimensionais
de ordenação, permitem simplificar e representar sinteticamente complexos conjuntos de dado. Tais
métodos são empregados sobre as matrizes de dados (objetos e descritores biológicos) de forma que
formação de grupos de objetos similares e suas posições relativas a um ou mais eixos proporcionem
possíveis interpretações ecológicas (Valentin, 2000). Neste estudo a análise multivariada teve como
objetivo estabelecer inter-relações entre os dados ambientais disponíveis, no caso profundidade e
granulometria do sedimento (objetos) com a fauna de briozoários (descritores biológicos) encontrada
na área.
Análise de agrupamento é um termo usado para descrever um conjunto de técnicas numéricas
cuja finalidade principal é classificar os valores de uma matriz de dados sob estudo em grupos
distintos. Os métodos para a análise de agrupamentos podem ser enquadrados em quatro tipos gerais:
(i) métodos de partição, (ii) métodos de origem arbitrária, (iii) métodos por similaridade mútua e (iv)
métodos por agrupamentos hierárquicos (Davis, 1986). Neste trabalho são utilizados os métodos por
agrupamentos hierárquicos, uma vez que são as técnicas mais comumente usadas em Geologia e
Biologia, além de visualmente didáticas para a análise dos dados. Neste método, a partir de uma
matriz inicial de dados obtém-se uma matriz simétrica de similaridades, iniciando a detecção de pares
de casos com a mais alta similaridade ou a menor distância (Davis, 1986). Os resultados deste tipo de
análise são exibidos em um diagrama semelhante a uma árvore chamado dendrograma.
As comunidades biológicas são geralmente compostas de um pequeno número de espécies
dominantes e de um elevado número de espécies raras, que proporcionam um grande número de
valores nulos (Valentin, 2000). Os critérios para a definição das espécies dominantes incluídas nas
matrizes básicas de dados foram a freqüência de ocorrência superior a 50% e freqüência relativa igual
ou superior a 5%. Desta forma foram excluídas as espécies raras cujas similaridades entre si tem
pouco significado (Clarke & Warwick, 1994).
Neste trabalho o agrupamento das associações dos táxons de briozoários foi realizado sob duas
formas: uma fundamentada em dados quantitativos e a outra baseada em dados qualitativos com o
intuito de se comparar as duas análises e observar se há uma reprodutibilidade entre ambas. Foram
montadas duas matrizes básicas de dados. Para a análise quantitativa foram inseridos os valores de
freqüências relativas das espécies dominantes (Tabela II – Anexo I) enquanto que para a análise
qualitativa foram utilizados os valores de presença/ausência de cada espécie (Tabela III – Anexo I).
Além da associação dos táxons de briozoários com base em dados quantitativos e qualitativos,
foram também aplicadas duas análises de agrupamentos para as estações de amostragem: uma em
20
função da granulometria e outra em função de grupos hidrodinâmicos categorizados de acordo
presença de espécies com determinadas formas coloniais (Tabela IV– Anexo I).
Foram empregados diferentes índices ou coeficientes de similaridade/dissimilaridade e
métodos de aglomeração adequados para análise de dados quantitativos e qualitativos, objetivando
quantificar e visualizar graficamente a distância entre os objetos e os grupos formados.
- Análise quantitativa (Freqüência relativa das espécies dominantes, porcentagem da classe
granulométrica para cada estação e grupos de formas coloniais): para este tipo de análise foi
escolhido o índice de similaridade de Bray-Curtis, que varia entre 0 (similaridade) e 1
(dissimilaridade). Segundo Valentin (2000) este índice não considera as duplas ausências e é
fortemente influenciado pelas espécies dominantes.
A escolha do método de aglomeração foi baseada naquele que fornece uma imagem menos
distorcida da realidade. Nesta análise o método escolhido para a formação de grupos foi o UPGMA
(“agrupamento pareado igualmente ponderado” ou “Arithimetic Average Clustering”). Este método
calcula a média aritmética da similaridade (ou da distância) entre o objeto que se quer incluir num
grupo e cada objeto desse grupo. O objeto é atribuído ao grupo com o qual ele tem a maior
similaridade média (ou menor distância média) com todos os objetos (Valentin, 2000). Para efetuar as
análises de agrupamento e de ordenação dos dados quantitativos foi utilizado o programa MVSP
(3.11).
Com o propósito de se confirmar os grupos obtidos após a análise de agrupamentos dos dados
granulométricos, foi aplicado o método de ordenação conhecido como Análise dos Componentes
Principais (PCA). Para que os resultados obtidos a partir da aplicação deste método sejam confiáveis o
ideal é que a soma das variâncias capturadas nos dois primeiros eixos seja superior a 50% (Clarke &
Warwick, 1994).
Para a confirmação dos grupos obtidos nas análises de agrupamentos dos dados bióticos
(espécies em função das estações, estações em função das espécies e grupos hidrodinâmicos de formas
coloniais) foi realizado o cálculo do coeficiente cofenético (comunicação pessoal Prof. Paulo Mafalda
Júnior), necessário para se avaliar o grau de deformação resultante da formação do dendrograma.
Quanto mais próximo de 1 for o coeficiente cofenético menor a distorção observada, sendo que a
literatura considera aceitável um coeficiente superior a 0,8 (Valentin, 2000). O cálculo foi efetuado a
partir do Software FITOPAC 1- Programa Cluster Versão 2.0 (Shepard, G. J. UNICAMP).
21
- Análise qualitativa (dados de presença e ausência das espécies dominantes): para este tipo
de análise foi escolhido o Coeficiente de Manhattan Total, onde a máxima similaridade é representada
pelo valor 0. Este índice de dissimilaridade corresponde à soma das diferenças na densidade dos
táxons quando duas unidades de amostragem são comparadas (Pielou, 1984).
Como estratégia para a formação dos grupos foi aplicado o Método de Wards também
conhecido como Método pela Variância Mínima, no qual um grupo é reunido ao outro se essa reunião
proporcionar o menor aumento de variância intragrupo. A variância intragrupo é calculada para todas
alternativas de aglomeração, sendo escolhida a que proporcione menor variância. (Valentin, 2000).
Para efetuar as análises de agrupamento foi utilizado o programa Statistica 5.5.
Após as análises de agrupamentos, para confirmação dos grupos obtidos, assim como na
análise quantitativa foi realizado o cálculo do coeficiente cofenético.
Nas análises de agrupamentos dos dados quantitativos e qualitativos, a representação dos
táxons de briozoários foi realizada através das seguintes abreviaturas: Aty (Antropora typica), Bvg
(Biavicularium tenue), Can (Canda retiformes), Clp (Celleporaria sp), Cpo (Cleidochasma
porcellana), Cri (Crisia sp), Cmo (Cupuladria monotrema), Duc (Discoporella umbellata), Gem
(Gemelliporina glabra), Him (Hippaliosina imperfecta), Hpo1 (Hippoporina sp1), Mbu (Margaretta
buskii), Mec (Mecynoecia sp), Mic (Micropora coriacea), Noc (Nellia ocullata), Nev (Nevianipora
sp), Par (Parasmittina sp), Pra (Puellina (cribrilaria) radiata), Rvi (Reptadeonella violacea), Rde
(Reteporellina denticulata), Rha (Rhynchozoon arborescens), Rhv (Rhynchozoon verruculatum), Sca
(Schizoporella carvalhoi), Scu (Schizoporella unicornis), Scr (Scrupocellaria sp), Sac (Smittipora
acustirostris), Sgr (Siphonoporella granulosa), Sma (Steginoporella magnilabris), Sin (Stylopoma
informata), Tmu (Tremogasterina mucronata), Tub (Tubulipora sp) e Tve (Trypostega venusta).
22
5. RESULTADOS
5.1. Substrato disponível
5.1.1. Distribuição das principais frações granulométricas
Os dados obtidos na análise da granulometria (tamanho dos grãos) foram reunidos nos
intervalos de classe cascalho, areia e lama (Tabela V– Anexo I). Os valores respectivos a cada fração
foram utilizados para a confecção do mapa de distribuição espacial do percentual das frações do
sedimento superficial na área de estudo.
A distribuição apresentada nas estações mostra que há o predomínio das frações areia e
cascalho. A fração areia se encontra presente em todas as estações, com aproximadamente 100%
próximo a Morro de São Paulo (estação #12) e em frente à Baía de Camamu (#73 e 74). O percentual
superior a 50% ocorre em quase metade delas (#13, 21, 22, 23, 29, 31, 34, 36, 56, 57, 58, 62, 71, 72,
89, 97 e 99) (Fig. 6).
A fração cascalho ocorre em 31 estações, no entanto o percentual superior a 50% aparece
localmente na Baía de Camamu e Maraú (#60, 63 e 98) (Fig. 6).
A fração lama é a menos representativa, ocorrendo apenas em 11 estações com percentual acima
de 30%. No entanto se apresenta aproximadamente com 100% na estação #14 e com um percentual
superior a 50% em estações situadas no norte da área (#24, #33 e #35). Na parte sul próximo a
Saquaíra (#88 e 89) a lama também é uma fração importante do sedimento, porém não dominante (Fig.
6).
A comparação entre os percentuais de cascalho, areia e lama nas estações possibilitam
reconhecer o padrão de distribuição espacial do percentual dos tipos de sedimento na área de estudo
(Fig. 7).
Durante a análise composicional da fauna briozoológica pode-se observar que a fração cascalho
utilizada pelos briozoários é constituída principalmente por algas calcárias incrustantes e em algumas
amostras por briozoários e moluscos bivalvos e gastrópodos. Na fração areia além de fragmentos de
algas calcárias incrustantes e ramificadas são encontrados fragmentos esqueléticos de outros
organismos.
23
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
100%
#108
#107
#106
#99
#98
#97
#89
#88
#74
#73
#72
#71
#64
#63
#62
#61
#60
#59
#58
#57
#56
#37
#36
#35
#34
#33
#31
#30
#29
#24
#23
#22
#21
#14
#13
#12
Amostra
s
Cascalho (%) Areia (%) Lama (%)
Figura 6. Distribuição dos percentuais das frações granulométricas nas estações - Costa do Dendê, 2002.
##
#
#
##
#
##
#
##
#
#
#
####
####
#
###
#
##
#
#
#
#
##
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
012 013
014
021
022023
024
029030
031
033 034
035 036 037
056
057
058
059
060
061
062
063
064
071
072073
074
088
089
097098
099
106
107 108
10 0
W
N
E
S
10 km
Rio Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Garapuá
Boipeba
Moreré
Cova da Onça
Baía de
Camamu
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Rio de Contas
#
#
#
500000
500000
850000
845000
Cascalho (%)
Are ia (%)
Lama (%)
Figura 7. Distribuição espacial (%) das frações granulométricas do sedimento superficial - Costa do Dendê, 2002
(Dados fornecidos pelo Projeto Costa do Dendê coordenado pelo Prof. José Maria Landim Dominguez).
24
25
5.1.2. Associações das frações granulométricas - Análise de classificação numérica e ordenação
O dendrograma resultante da aplicação da análise de agrupamento das estações em função da
granulometria apresenta uma distinção nítida entre três grandes grupos à distância de
aproximadamente 0,4 (Fig. 8). Esta distinção está condicionada pela presença do sedimento lama no
primeiro grupo ou grupo 1, pelo sedimento cascalho no grupo 2 e pela associação dos diversos tipos de
sedimento no grupo 3, predominando a fração areia (areia, areia lamosa e areia cascalhosa).
O grupo 1 se localiza em pontos isolados na plataforma interna e externa entre Guaibim e
Boipeba (estações #35, 33, 24 e 14) (Fig. 9). As três primeiras estações são constituídas por
sedimentos com teores de lama de 55 a 70% e de areia de 28 a 42% (Tabela V – Anexo I). Os
sedimentos foram classificados como lama na estação #14 e como lama arenosa nas demais estações.
O grupo 2 também é representado por estações isoladas (estações #98, 63 e 60) constituídas
por sedimentos com teores de cascalho superior a 65% (Tabela V – Anexo I). A primeira estação se
localiza na plataforma continental ao sul de Saquaíra e as duas últimas se encontram entre Cova da
Onça e ao norte da Baía de Camamu (Fig. 9). Os sedimentos foram classificados como cascalho na
estação #98 e como cascalho arenoso nas demais estações.
O grupo 3 compreende os agrupamentos 3A e 3B. O agrupamento 3A se divide em 3A’ e A’’,
as estações que compõem este agrupamento estão distribuídas em toda área de estudo (Fig. 9).
O agrupamento 3A’, caracterizado pela presença de areia lamosa, forma uma concentração
principalmente entre Morro de São Paulo e Boipeba (estações # 23, 22, 30, 29 e 36), enquanto que as
demais estações estão distribuídas esparsamente ao longo da área de estudo (estações #59, 72, 88, 89 e
108) (Fig. 9). Este agrupamento é constituído por sedimentos com teores de areia de 40 a 70% e de
lama de 22 a 47% (Tabela II – Anexo I).
O agrupamento 3A’’, caracterizado pelo sedimento areia cascalhosa, forma um depósito mais
largo próximo a Cova da Onça, que vai desde a plataforma interna até a plataforma externa (estações
#64, 56, 57 e 58) e se estreita na plataforma média em direção a Baía de Camamu (estações #62, 61 e
71) (Fig. 9). Um depósito menor ocorre da plataforma interna a externa entre Saquaíra e Itacaré
(estações #99, 97, 106, 107). Este grupo é constituído por sedimentos com teores de areia de 40 a 80%
e de cascalho de 9 a 50% (Tabela V – Anexo I).
O agrupamento 3B, caracterizado pelo sedimento areia, é pouco representativo na área, sendo
estritamente localizado em frente ao Canal de Taperoá (estação #12) e na saída da Baía de Camamu
26
(estações #74 e #73) (Fig. 12). Este grupo é constituído por sedimentos com teores de areia superiores
a 99% (Tabela V – Anexo I).
Na análise de ordenamento do tipo PCA, representada na figura 11, a soma das variâncias
capturadas nos dois primeiros eixos foi de 100% , validando os grupos formados na análise de
agrupamentos da figura 8.
UPGMA
Bray Curtis
012
073
074
013
062
031
034
064
106
037
061
058
107
021
071
097
099
056
057
022
029
072
089
023
088
030
108
036
059
060
063
098
014
024
033
035
0,72
0,6 0,48 0,36 0,24 0,12 0
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
3A ’’
3A
3B
Figur .a 8 Agrupamentos entre as estações de amostragem a partir dos percentuais de cascalho, areia e lama - Costa do Dendê, 2002.
Amostras
27
Figura 9. Distribuição dos grupos sedimentares a partir da análise de Cluster - Costa do Dendê, 2002.
500000
500000
# #
#
#
##
#
##
#
# #
#
#
#
# # # #
####
#
###
#
# #
#
#
#
#
# #
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
012 013
014
021
022023
024
029030
031
033 034
035 036 037
056
057
058
059
060
061
062
063
064
071
072073
074
088
089
097098
099
10
6
107 108
N
EW
S
10 0
10 km10
km
Rio JequiriçáRio
Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Morro
de
São
Paulo
Garapuá
Boipeba
Cova da Onça
Cova
da
Onça
Baía de
Camamu
Baía
de
Camamu
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Canal
de Taperoá
Rio de ContasRio
de
Contas
#
#
#
850000
845000
Grupo 1 - Lama / lama arenosaGrupo 1 - Lama / lama arenosa
Grupo 2 - Cascalho / cascalho arenosoGrupo 2 - Cascalho / cascalho arenoso
Agrupamento 3A’ - Areia lamosaAgrupamento 3A’ - Areia lamosa
Agrupamento 3A’’ - Areia cascalhosaAgrupamento 3A’’ - Areia cascalhosa
Agrupamento 3B - AreiaAgrupamento 3B - Areia
28
PCA case scores
Eixo 2
Eixo 1
12
13
14
21
22
23
24
29
30
31
33
34
35
36
37
56
57
58
59
60
61
62
63
64
71
72
73
74
88
89
97
98
99
106
107
108
-3.2
-6.4
-9.6
-12.8
3.2
6.4
9.6
12.8
16.0
Cascalho
Areia
Lama
Vector scaling: 16,27
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
3A
3A’
3B
Figura 10. Ordenação da amostras a partir dos dados percentuais de cascalho, areia e lama - Costa do Dendê, 2002.
29
30
5.2. Inventário Sistemático
A fauna de briozoários analisada nas 36 amostras do sedimento superficial da plataforma
continental da Costa do Dendê é constituída por 72 espécies pertencentes as ordens Cyclostomatida e
Cheilostomatida. A ordem Cyclostomatida está representada por 3 subordens, 5 famílias, 5 gêneros e 5
espécies. A ordem Cheilostomatida está representada por 3 subordens, 16 superfamílias, 34 famílias,
50 gêneros e 82 espécies. Dentre as subordens encontradas, a Ascophorina apresentou o maior número
de espécies (61 espécies), seguida pela subordem Neocheilostomina (15 espécies) e Malacostegina (2
espécies) conforme a lista sistemática abaixo. Algumas espécimes em função do mal estado de
conservação (material bastante fragmentado ou retrabalhado) não foram identificados.
Filo Bryozoa Ehrenberg, 1831
Classe Stenolaemata Marcus, 1938
Ordem Cyclostomatida Busk, 1852
Subordem Tubuliporina Milne-Edwards, 1838
Família Tubuliporidae Johnston, 1838
Gênero Tubulipora Lamarck, 1816
Tubulipora sp
Família Terviidae Canu & Bassler, 1920
Gênero Nevianipora Borg, 1944
Nevianipora sp
Subordem Articulata Busk, 1859
Família Crisiidae Johnston,1847
Gênero Crisia Lamouroux, 1812
Crisia sp
Família Mecynoeciidae, Canu, 1918
Gênero Mecynoecia Canu, 1918
Mecynoecia sp
Subordem Rectangulata Waters, 1887
Família Lichenoporidae Smitt,1867 (=Disporellidae Borg,1944)
Gênero Disporella Gray, 1848
Disporella sp
31
Classe Gymnolaemata Allman,1856
Ordem Cheilostomatida Busk,1852
Subordem Malacostegina Levinsen, 1902
Superfamília Membraniporoidea Busk, 1852
Família Membraniporidae Busk, 1854
Gênero Membranipora Blainville, 1830
Membranipora sp
Família Electridae d’Orbigny, 1851
Gênero Conopeum Gray, 1848
Conopeum commensale Kirkpatrik & Metzelaar, 1922
Subordem Neocheilostomina Flustrina Smitt,1868
Superfamília Calloporoidea Norman, 1903
Família Calloporidae Norman, 1903
Gênero Copidozoum Harmer, 1926
Copidozoum tenuirostre Hincks, 1880
Família Antroporidae Vigneaux, 1949
Gênero Antropora Norman, 1903
Antropora typica (Canu & Bassler,1928)
Família Quadricellariidae Gordon, 1984
Gênero Nellia Busk, 1852
Nellia oculata Busk, 1852
Família Cupuladriidae Lagaaij, 1952
Gênero Discoporella d'Orbigny, 1852
Discoporella umbellata Defrance, 1823
Gênero Cupuladria Canu & Bassler, 1919
Cupuladria monotrema Busk, 1884
Infraordem Cellulariomorpha Smitt,1867
Superfamília Buguloidea Gray,1848
Família Beanidae Canu & Bassler, 1927
Gênero Beania Jonhston, 1840
Beania hirtissima (Heller, 1867)
Família Candidae d’Orbigny, 1851
Gênero Canda Lamouroux, 1816
Canda retiformis Pourtales, 1867
Gênero Scrupocellaria Van Beneden, 1845
32
Scrupocellaria sp.
Superfamília Microporoidea Gray, 1848
Família Microporidae Gray, 1848
Gênero Micropora Gray, 1848
Micropora coriacea (Esper, 1791)
Gênero Mollia Lamouroux, 1816
Mollia elongata Canu & Bassler, 1928
Família Onychocellidae Jullien, 1881
Gênero Smittipora Jullien, 1881
Smittipora acutirostris Canu & Bassler, 1928
Família Steginoporellidae Hincks, 1884
Gênero Steginoporella Smitt, 1873
Steginoporella magnilabris Busk, 1854
Steginoporella buskii Harmer, 1900
Gênero Siphonoporella Canu & Bassler, 1928
Siphonoporella granulosa Canu & Bassler, 1928
Superfamília Cellarioidea Fleming, 1828
Família Cellariidae Fleming, 1828
Gênero Cellaria Ellis & Solander, 1786
Cellaria bahiensis Souza 1986
Subordem Ascophorina Levinsen. 1909
Infraordem Acanthostegomorpha Levinsen, 1902
Superfamília Cribrilinoidea Hincks, 1879
Família Cribrilinidae Hincks, 1879
Gênero Puellina Canu & Bassler,1929
Puellina sp1
Puellina (Cribrilaria) radiata Moll, 1803
Infraordem Hippothoomorpha Gordon, 1989
Superfamília Hippothooidea Busk, 1859
Família Trypostegidae Gordon, 1998
Gênero Trypostega Levinsen, 1909
Trypostega venusta (Norman, 1864)
33
Infraordem Umbonulomorpha Gordon, 1989
Superfamília Arachnopusioidea Jullien, 1888
Família Exechonellidae Harmer, 1957
Gênero Tremogasterina Canu, 1911
Tremogasterina mucronata Smith, 1873
Gênero Coleopora, Canu & Bassler, 1927
Coleopora corderoi Marcus, 1949
Gênero Exechonella Durvegier, 1924
Exechonella brasiliensis Canu & Bassler, 1928
Superfamília Adeonoidea Busk, 1884
Família Adeonidae Busk, 1884
Gênero Reptadeonella Busk, 1884
Reptadeonella violacea Johnston, 1847
Reptadeonella tubulifera Canu & Bassler, 1930
Superfamília Lepralielloidea Vigneaux, 1949
Família Lepraliellidae Vigneaux, 1949 ( =Celleporariidae)
Gênero Celleporaria Lamouroux, 1821
Celleporaria sp
Celleporaria vagans Busk, 1881
Celleporaria mordax (Marcus, 1937)
Família Exochellidae Bassler, 1935
Gênero Exochella Jullien, 1888
Exochella longirostris Jullien, 1888
Família Umbonulidae Canu, 1904
Gênero Umbonula Hincks, 1880
Umbonula sp
Família Metrarabdotosidae Vigneaux, 1949
Gênero Biavicularium Cheetham, 1968
Biavicularium tenue (=Smittia tenuis, Busk, 1884)
Gênero Uniavicularium Cheetham, 1968
Uniavicularium unguiculatum (Canu & Bassler, 1928)
Infraordem Lepraliomorpha Gordon, 1989
Superfamília Smittinoidea Levinsen, 1909
Família Smittinidae Levinsen, 1909
34
Gênero Parasmittina Osburn, 1952
Parasmittina sp
Parasmittina spathulata Smith, 1873
Gênero Smittoidea Osburn, 1952
Smittoidea sp
Smittoidea reticulata (MacGillivray, 1842)
Família Bitectiporidae MacGillivray, 1895
Gênero Hippoporina Neviani, 1895
Hippoporina sp1
Hippoporina sp2
Gênero Schizomavella Canu & Bassler, 1917
Schizomavella linearis Hassal, 1841)
Família Watersiporidae Vingneaux, 1949
Gênero Watersipora Neviani, 1896
Watersipora sp
Superfamília Schizoporelloidea Jullien, 1883
Família Schizoporellidae Jullien, 1883
Gênero Schizoporella Hincks, 1877
Schizoporella sp
Schizoporella unicornis (Jonhston, 1847)
Schizoporella carvalhoi (Marcus, 1937)
Gênero Stylopoma Levinsen, 1909
Stylopoma informata Londsdale, 1845
Família Tetraplaridae Harmer, 1957
Gênero Tetraplaria Tenison Woods, 1879
Tetraplaria dichotoma (Osburn, 1914)
Família Margarettidae Harmer, 1957
Gênero Margaretta Gray, 1843 (= Tubucellariidae,1884))
Margaretta buskii Harmer, 1954
Família Myriaporidae Gray, 1841
Gênero Gemelliporina Bassler, 1926
Gemelliporina glabra Smitt, 1873
Família Hippopodinidae Levinsen, 1909
Gênero Hippopodina Levinsen, 1909
Hippopodina sp
Família Gigantoporidae Bassler,1935
35
Gênero Gigantopora Ridley, 1881
Gigantopora sp
Família Petraliellidae Harmer, 1957
Gênero Utinga Marcus, 1949
Utinga castanea (Busk, 1884)
Família Crepidacanthidae Levinsen, 1909
Gênero Crepidacantha, Levinsen, 1909
Crepidacantha sp (Hincks,1880)
Superfamília Dydimoselloidea Busk, 1952
Família Dydimosellidae Brown, 1952
Gênero Dydimosella (Canu & Bassler, 1917)
Dydimosella sp
Superfamília Mamilloporoidea Canu & Bassler, 1927
Família Mamilloporidae Canu & Bassler, 1927
Gênero Mamillopora Smitt,1873
Mamillopora cupula Smitt, 1873
Família Cleidochasmatidae Cheetham and Sandberg, 1964
Gênero Cleidochasma Harmer, 1957
Cleidochasma porcellana Busk, 1860
Superfamília Celleporoidea Johnston, 1838
Família Hippoporidridae Vigneaux, 1949
Gênero Hippoporella Canu, 1917
Hippoporella gorgonensis Hastings, 1930
Gênero Hippoporidra Canu & Bassler, 1927
Hippoporidra sp1
Hippoporidra sp2
Hippoporidra sp3
Família Phidoloporidae Gabb & Horn, 1862
Gênero Reteporellina Harmer, 1933
Reteporellina denticulata (Busk, 1884)
Gênero Rhynchozoon Hincks, 1895
Rhynchozoon sp.
Rhynchozoon phrynoglossum Marcus, 1937
36
Rhynchozoon rostratum (Busk, 1855)
Rhynchozoon arborescens Canu & Bassler, 1928
Rhynchozoon tuberculatum Osburn, 1914
Rhynchozoon verruculatum (Smitt, 1873)
Gêneros sem classificação
Gênero Escharina Milne-Edwards, 1836
Escharina pesanseris Smitt, 1873
Gênero Hippaliosina Canu, 1918
Hippaliosina imperfecta Canu & Bassler, 1928
37
5.3. Briozoários como componentes dos sedimentos
O número de espécimes (fragmentos) varia bastante entre as estações de amostragem, com
valor máximo de 7.864 fragmentos na estação #106 e apenas um fragmento na estação #14 (Tabela VI
– Anexo I). A média do número de fragmentos na área foi de 1.884 fragmentos, e 16 estações
apresentaram valores superiores a esta média. De um modo geral, a distribuição dos fragmentos
mostra que as maiores concentrações, acima de 2.000 fragmentos, ocorrem na borda da plataforma ou
plataforma externa (profundidades superiores a 50 metros) em toda a área estudada (Fig. 11) e em
estações onde predomina o sedimento classificado como areia cascalhosa ou areia lamosa.
A quase totalidade dos fragmentos analisada não apresenta opérculo, juntas córneas, cerdas,
membrana frontal, cutícula ou aviculárias com mandíbulas preservadas. As paredes zoeciais possuem
aspecto delgado, transparente, mostrando um bom estado de preservação, sem indícios de
retrabalhamento, sendo assim classificados como uma tanatocenose representativa da biocenose atual.
Quanto a coloração a maioria dos fragmentos apresenta cor esbranquiçada. Fragmentos de coloração
ocre e cinza ocorrem em quase todas as estações, mas em pequenas proporções. A totalidade dos
fragmentos brancos ocorre na borda da plataforma externa em frente a Boipeba (#36 e 37) e na
plataforma interna na saída da Baía de Camamu (#73 e 74).
5.3.1. Representatividade dos briozoários no volume da amostra de sedimento em cada estação
de amostragem
Buscando observar sua contribuição para a produção do sedimento carbonático, foi
determinado o percentual do peso dos fragmentos de briozoários em relação ao peso total do
sedimento nas seguintes frações analisadas: > 4,00mm, 4,00 – 2,00mm, 2,00 –1,00mm, 1,00 – 0,50mm
e 0,50 – 0.25mm. De um modo geral, os briozoários contribuíram com 6,5% sobre o peso total do
sedimento das estações de amostragem (Tabela VII – Anexo I). A média do peso de fragmentos de
briozoários na área foi de 2,77 gramas, sendo que apenas quatro estações apresentaram valores
superiores a esta média.
O peso dos fragmentos variou relativamente entre as estações, com valor máximo de 56
gramas na estação #107 (atribuído em grande parte aos fragmentos presentes na fração > 4,00mm),
contribuindo localmente com 70% sobre o peso total do sedimento (Tabela VII – Anexo I). Esta
estação localiza-se na plataforma média (30m de profundidade) ao norte do município de Itacaré, onde
o sedimento é classificado como areia cascalhosa. Os briozoários estão ausentes na estação #73,
situada na plataforma interna (11,20m) em frente à Baía de Camamu, onde o sedimento apresentou
teor de areia superior a 99%.
850000
845000
##
#
#
##
#
##
#
##
#
#
#
####
####
#
###
#
##
#
#
#
#
##
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
012 013
014
021
022023
024
029030
031
033 034
035 036 037
056
057
058
059
060
061
062
063
064
071
072073
074
088
089
097098
099
106
107 108
10 0
N
EW
S
> 2000 fragmentos
1000 - 2000 fragmentos
< 1000 fragmentos
10 km
Rio Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Garapuá
Boipeba
Moreré
Cova da Onça
Baía de Camamu
Barra Grande
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Rio de Contas
#
#
#
500000
500000
Figura 11. Distribuição do número de fragmentos de briozoários nas estações de amostragem - Costa do
Dendê, 2002.
38
39
5.4. Freqüência e características gerais da fauna de briozoários
Dentre os espécimes identificados, destacam-se como espécies principais na área: Mecynoecia
sp (8,97%), Canda retiformes (7,83%), Scrupocellaria sp (7,42%), Margaretta buskii (6,46%), Crisia
sp (5,43%), Cupuladria monotrema (5,25%). (Tabela VIII – Anexo I, Fig. 12). Espécies com
freqüências relativas inferior a 1% foram agrupadas na categoria “outras” e os espécimes identificados
ao nível de ordem não foram incluídos.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
%
Mec
Can
Scr
Mbu
Cri
Cmo
Outras
Espécies
Figura 12. Principais espécies de briozoários - Costa do Dendê, 2002. (Mec = Mecynoecia sp; Can = Canda
retiformes; Scr = Scrupocellaria sp; Mbu = Margaretta buski; Cri = Crisia sp ; Cmo = Cupuladria monotrema).
Um mapa de distribuição da freqüência relativa das espécies foi elaborado para se observar à
existência ou não de um padrão de distribuição das mesmas (Fig. 13). Devido ao número elevado de
espécies com freqüência relativa muito baixa, foi necessário limitar o uso de espécies com freqüência
superior a 8% por estação de amostragem.
A distribuição espacial mostra que a composição da briofauna varia para cada setor da
plataforma estudada, embora não haja um padrão bem definido. No entanto, as principais espécies
citadas anteriormente mostram que a sua distribuição apresenta concentração em determinado setor ou
setores (Fig. 13).
40
Mecynoecia sp predomina nas estações entre Garapuá e Boipeba. Canda retiformes,
Scrupocellaria sp e Margaretta buskii predominam nas estações entre Cova da Onça e entrada da Baía
de Camamu. Scrupocellaria sp juntamente com Crisia sp e Nellia oculata dominam em estações na
entrada da Baía de Camamu. Cupuladria monotrema ocorre pontualmente dominando em frente a
Morro de São Paulo e próximo a Saquaíra.
Na parte sul da área estudada em frente a Maraú a fauna briozoológica possui uma composição
distinta da parte norte, devido ao domínio das espécies Gemelliporina glabra, Mollia elongata,
Micropora coriacea, Rhynchozoon verruculatum, cuja distribuição será discutida adiante.
42
5.5. Distribuição das espécies
A freqüência de ocorrência das espécies encontradas na área estudada evidencia a presença de
31 espécies constantes (37,80% das espécies), 27 espécies acessórias (32,92% das espécies) e 28
acidentais (34,14% das espécies) (Tabela VIII – Anexo I).
Dentre as espécies classificadas como constantes, Scrupocellaria sp e Margaretta buskii são
as espécies mais freqüentes na área (91,67%) estando presentes em 33 estações das 36 analisadas
(Tabela VIII – Anexo I), seguido de Crisia sp (88,89%), Mecynoecia sp (80,56%) e Canda retiformes
(77,78%). A espécie constante com menor freqüência foi Smittipora acutirostris (52,78%), ocorrendo
em 19 estações, embora não esteja entre as principais.
Dentre as espécies classificadas como acessórias, Celleporaria vagans, Reptadeonella
tubulifera e Escharina pesanseris apresentaram os maiores valores de freqüência (50%), aparecendo
em 18 estações. As espécies acessórias com menores valores de freqüência foram Ascophorina sp9
(25%) e Hippoporina sp2 (25%), estando presentes em 9 estações (Tabela VIII - Anexo I).
Entre as espécies acidentais, Crepidacantha teres, apresenta o maior valor de freqüência
(22,22%), sendo encontrada em 8 estações. Dentre as espécies acidentais, Beania hirtissima,
Exochellla longirostris e três espécies da sub-ordem Ascophorina não identificadas (sp10, sp11, sp13)
ocorrem com 2,78% de freqüência e estão presentes em apenas uma estação. (Tabela VIII - Anexo I).
Comparando-se este resultado com o da freqüência relativa de fragmentos das espécies pode-
se afirmar que à exceção de Cupuladria monotrema (FO = 47,22%), as principais espécies possuem
uma representação espacial significativa (FO = 77,78 a 91,67%).
Algumas espécies acessórias ocupam até 50% da área e não se pode negligenciar a presença de
uma espécie acidental que atinge 22% de área recoberta. Levando-se em conta a forma zoarial das
espécies constantes, as membraniporóides possuem baixos valores de freqüência relativa e mesmo
assim ocupam mais da metade da área de estudo.
43
5.5.1. Espécies indicadoras de temperatura e águas oceânicas na Costa do Dendê
- Uniavicularium unguiculatum: Espécie incrustante descrita como típica de zona tropical encontrada
entre 18 e 146 metros de profundidade em águas entre 16
o
e 21ºC (Cheetham, 1967). As estações de
amostragem onde U. unguiculatum ocorre são: #13, 21, 22, 24, 29, 36, 37, 58, 59, 61, 63, 71, 72, 88,
98 e 99 (Tabela IX), sendo encontrados fragmentos de colônias desde as maiores até as menores
frações do sedimento (>4,00 até 0,50 – 0,25 mm). Percebe-se que o aumento da freqüência relativa é
diretamente proporcional ao aumento da profundidade. As maiores freqüências são observadas nas
estações entre Garapuá e Moreré (#21 e 37) e entre Cova da Onça e a Baía de Camamu (#58, 59 e 61),
com valores entre 1,45 a 2,78%, (Tabela IX). Estas estações se localizam na plataforma externa, em
profundidades superiores a 40 metros, e são constituídas por sedimento classificado como areia
cascalhosa. No litoral norte da Bahia esta espécie foi encontrada na plataforma externa em zona
carbonática com sedimento grosso (cascalho e areia grossa) sugerindo temperaturas menores da água
nesta parte da plataforma (Gomes, 2001).
- Gemelliporina glabra: Espécie característica de águas oceânicas, que vivem sobre algas e
fragmentos vegetais, limite de profundidades entre 0 e 80 metros (Marcus, 1939; Souza, 1986). G.
glabra ocorre com as freqüências mais altas na plataforma externa (#21, 22, 36, 58, 97), com valores
entre 4,33 a 10,68% exceto em uma estação da plataforma interna (#99) onde alcançou valor máximo
de 28, 32% (Tabela IX). Os fragmentos coloniais desta espécie encontram-se em todas as frações
granulométricas, nos diversos tipos de sedimento. No litoral norte Carrozzo (2001) registra a presença
de G. glabra sobre o sedimento do tipo areia cascalhosa, profundidade de 24 metros, águas com
salinidade de 39, temperatura de 25
o
C e correntes com velocidade de 32 cm/s.
44
5.6. Relação entre riqueza de espécies X tipo de sedimento e composição
Após a análise da fauna de briozoários a partir dos dados biológicos (número de espécies por
estação e freqüência absoluta) foi possível estimar a riqueza específica (S) (Tabela VI – Anexo I).
A maior riqueza específica apresentada pelos fragmentos de colônia na área apontou maior
valor para as estações situadas entre Cova da Onça e a Baía de Camamu (estações #61, 58, 59, 72, 71)
O número de espécies variou de 51 a 65, o que representa 62,20 a 79,25% do total de espécies (Tabela
VI – Anexo I, Fig. 14). As estações #61 e #58 possuem sedimento do tipo areia cascalhosa.
De acordo com a distribuição da riqueza específica de briozoários na Costa do Dendê (Fig.
14), os fragmentos zoariais estão representados por espécies cuja riqueza não apresenta um padrão
bem definido, mas são observadas algumas concentrações e peculiaridades na distribuição. Na parte
central da área, entre Cova da Onça e a Baía de Camamu, os maiores valores de espécies (acima 45) se
situam na plataforma externa e diminuem em direção ao continente (10 a 30 espécies), exceto para a
estação #60 (1 a 15 espécies).
Na parte mais sul da área observa-se o contrário. Nas proximidades de Saquaíra e Maraú os
fragmentos coloniais são representados por uma riqueza maior (acima de 45 espécies) próximo à
plataforma interna (continente) em dois perfis (estações #88, 89, 106, 107 e 108). O perfil
intermediário entre eles (#99, 98 e 97) não acompanha este padrão (Fig. 14).
A menor riqueza específica ocorre na parte norte (estações #14, 12) e pontualmente em frente
a Baía de Camamu (#73) cujo número de espécies variou de 1 a 10, o que representa 12,20% (Tabela
VI – Anexo I). As estações #14 e 73 apresentam altos teores de areia, enquanto que a estação #12
possui um alto teor de lama de composição predominantemente bioclástica.
Figura 14. Distribuição da riqueza específica de briozoários (número de espécies) nas estações de
amostragem - Costa do Dendê, 2002.
45
# #
#
#
##
#
##
#
# #
#
#
#
# # # #
####
#
###
#
# #
#
#
#
#
# #
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
10 0
N
EW
S
10 km10 km
Rio JequiriçáRio Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Morro de São Paulo
Garapuá
Boipeba
Moreré
Cova da Onça
Cova da Onça
Baía de CamamuBaía de Camamu
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Canal de Taperoá
Rio de ContasRio de Contas
#
#
#
500000
500000
850000
845000
> 45 espécies> 45 espécies
30 - 45 espécies30 - 45 espécies
1 - 15 espécies1 - 15 espécies
15 - 30 espécies15 - 30 espécies
014
013
012
021
022
023
024
029030
031
037
036
035
034
033
059
058
057
056
060
061
062
063
071
072
073
074
064
089088
097
098
099
108107
106
46
5.7. Associações faunísticas (análise quantitativa)
O dendrograma resultante da aplicação da análise de agrupamento das espécies com base na
freqüência relativa das espécies constantes e principais, realizada através do Coeficiente Bray-Curtis e
utilizando o Método de Agrupamento UPGMA, apresenta uma nítida distinção entre quatro grupos à
distância de aproximadamente 0,7 e um coeficiente de correlação cofenético de 0,72 (Fig. 15).
Comparando-se estes quatro grupos com os grupos da análise de Cluster para a granulometria,
as espécies mostram correlação com areia lamosa (agrupamento 3A’ da granulometria – Fig. 8) e areia
cascalhosa (agrupamento 3A’’ da granulometria – Fig. 8). A correlação foi realizada utilizando as
estações com maior freqüência relativa de fragmentos das espécies, tendo em vista que o uso das
menores freqüências não altera o resultado.
O grupo 1 é composto pelas espécies Cupuladria monotrema e Discoporella umbellata (Fig.
19), que em geral se apresentam mais abundantes no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’).
O grupo 2 foi o maior grupo e compreende os agrupamentos 2A e 2B. O agrupamento 2A
engloba as espécies Cleidochasma porcellana, Parasmittina sp, Celleporaria sp, Reteporellina
denticulata, Hippoporina sp1, Biavicularium tenue, Tremogasterina mucronata, Stylopoma informata,
Schizoporella unicornis e Steginoporella magnilabris. Em geral estas espécies se apresentam mais
abundantes no sedimento areia cascalhosa (agrupamento 3A’’) e, secundariamente no sedimento areia
lamosa (agrupamento 3A’).
O agrupamento 2B é composto pelas espécies Rhynchozoon arborescens, Schizoporella
carvalhoi, Puellina (Cribrilaria) radiata, Hippaliosina imperfecta, Reptadeonella violacea,
Siphonoporella granulosa, Trypostega venusta, Smittipora acutirostris, Rhynchozoon verruculatum e
Micropora coriacea. Em geral estas espécies se apresentam mais abundantes no sedimento areia
cascalhosa (agrupamento 3A’’) e, secundariamente no sedimento cascalho do grupo 2 do Cluster da
granulometria.
O grupo 3 é composto pelas espécies Antropora typica e Tubulipora sp. Em geral estas espécies
se apresentam mais abundantes no sedimento areia cascalhosa (agrupamento 3A’’).
O grupo 4 compreende as espécies Gemelliporina glabra, Mecynoecia sp, Nevianipora sp,
Margaretta buskii, Nellia oculata, Canda retiformes, Scrupocellaria sp e Crisia sp. Este grupo de
espécies se apresenta mais abundante no sedimento areia cascalhosa (agrupamento 3A’’ da
granulometria – Fig. 8) e secundariamente no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’).
UPGMA
Bray Curtis
Cri
Scr
Can
Noc
Mbu
Nev
Mec
Gem
Tub
Aty
Mic
Rhv
Sac
Tve
Sgr
Rvi
Him
Pra
Sca
Rha
Sma
Scu
Sin
Tmu
Bvt
Hpo1
Rde
Clp
Par
Cpo
Duc
Cmo
0,96 0,8 0,64 0,48 0,32 0,16 0
LU
LU
MB
MB
CP
RE
MB
AD
MB
CP
MB
MB
AD
MB
MB
MB
MB
MB
MB
MB
MB
MB
MB
CY
CY
CY
CE
CE
CE
CE
CE
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Forma
Colonial/
Ordem
Espécies
VI
2A
2B
47
Figura 15. Agrupamentos das espécies constantes e principais e respectivas formas coloniais – Costa do Dendê, 2002.
Espécies: (Cmo = Cupuladria monotrema, Duc = Discoporella umbellata, Cpo = Cleidochasma porcellana, Par = Parasmittina sp, Clp = Celleporaria sp, Rde = Reteporellina denticulata,
Hpo1 = Hippoporina sp1, Bvt = Biavicularium tenue, Tmu = Tremogasterina mucronata , Sin = Stylopoma informata, Scu = Schizoporella unicornis, Sma = Steginoporella magnilabris,
Rha = Rhynchozoon arborescens, Sca = Schizoporella carvalhoi, Pra = Puellina (Cribrilaria) radiata, Him = Hippaliosina imperfecta, Rvi = Reptadeonella violacea, Sgr = Siphonoporella
granulosa, Tve = Trypostega venusta, Sac = Smittipora acutirostris, Rhv = Rhynchozoon verruculatum, Mic = Micropora coriacea, Aty = Antropora typica, Tub = Tubulipora sp, Gem =
Gemelliporina glabra, Mec = Mecynoecia sp, Nev = Nevianipora sp, Mbu = Margaretta buski, Noc = Nellia ocullata, Can = Canda retiformes, Scr = Scrupocellaria sp, Cri = Crisia sp).
Forma Colonial: AD = Adeonióide; CE = Celarióide; CP = Celeporóide; LU = Lunulitóide; MB = Membraniporóide; RE = Reteporóide
Ordem: CY (Cyclostomatida)
48
5.7.1. Associação das estações de amostragem em função das espécies
As associações obtidas entre as estações de amostragem, baseadas nas freqüências
relativas das espécies constantes (freqüência de ocorrência > 50%) e principais (freqüência relativa >
5%), visualizadas no dendrograma da figura 16 permite detectar seis grupos distintos à distância de
aproximadamente 0,7 do índice de Bray-Curtis e um coeficiente de correlação cofenético de 0,83.
O grupo 1, constituído pelas estações #89 e 14 (Fig. 16) se caracteriza por apresentar uma alta
freqüência das espécies Cupuladria monotrema e Discoporella umbellata, ambas com forma colonial
lunulitóide. A estação #14 ocorre ao norte, em frente ao Canal de Taperoá e é constituída por
sedimento com teor de lama superior a 99%. A estação #89 se localiza num trecho estreito da
plataforma ao norte de Saquaíra e é constituída por sedimento do tipo areia lamosa (Fig. 9)
O grupo 2, formado apenas pela estação #98, se caracteriza por apresentar uma elevada
freqüência relativa das espécies Micropora coriacea e Rhynchozoon verruculatum, ambas possuem
forma colonial membraniporóide. Este grupo ocorre no sedimento com teor de cascalho superior a
90%, na plataforma média ao sul de Saquaíra.
O grupo 3 se diferencia dos demais, pois é formado por estações que apresentam as maiores
freqüências relativas da espécie Margaretta buskii na área de estudo (estação #56 >30%, #62 e #34
>50%). O grupo 3 ocorre no sedimento areia cascalhosa e forma um depósito alongado localizado na
plataforma média entre Boipeba e ao norte da Baía de Camamu (Fig. 13)
O grupo 4, formado pelas estações #64, 74, 108, 73 e 63, se caracteriza por apresentar uma
alta abundância das espécies Crisia sp, Nellia oculata e Scrupocellaria sp, que apresentam uma forma
colonial celarióide. O conjunto destas estações, com exceção da #108, se localizam na plataforma
interna ao norte da Baía de Camamu e são constituídas por sedimentos do tipo areia e cascalho
arenoso, formando um depósito de forma oval paralelo ao grupo anterior (Fig. 13).
O grupo 5, formado pela maioria das estações e é subdividido por dois agrupamentos: 5A e B.
As estações que constituem o agrupamento 5A (#106, 71, 99, 60, 88, 57, 59, 61, 37, 33, 24,
107, 72, 31, 29, 36, 97, 58, 22 e 21) se caracterizam pela elevada abundância das espécies Cupuladria
monotrema e Discoporella umbellata (forma colonial lunulitóide), Canda retiformes, Crisia sp,
Margaretta buskii e Scrupocellaria sp (forma colonial celarióide), Gemeliporina glabra (forma
colonial vincularióide) e ciclostomatideos do gênero Tubulipora sp. A maior parte das estações do
49
agrupamento 5A ocorre no sedimento classificado como areia cascalhosa e se distribui desde a
plataforma interna até a plataforma externa ao longo de toda área.
As estações do agrupamento 5B (#35, 30, 23 e 13) se caracterizam por apresentar uma alta
abundância dos ciclostomatideos Mecynoecia sp e Nevianipora sp. O agrupamento 5B ocorre em
sedimentos com elevados teores de areia e lama e se localiza entre Garapuá e Boipeba, em
profundidades superiores a 40m (com exceção da estação #13).
Finalmente o grupo 6, constituído apenas pela estação #12, apresentou proporções
semelhantes das espécies Antropora typica, Discoporella umbellata, Exechonella brasiliensis e
Gemelliporina glabra. Este grupo está localizado na plataforma interna em frente do Canal de
Taperoá, onde o sedimento apresenta teor de areia superior a 99%.
Um sumário das particularidades de cada grupo está representado a seguir na tabela X.
UPGMA
Bray Curtis
12
13
23
30
35
21
22
58
97
36
29
31
72
107
24
33
37
61
59
57
88
60
99
71
106
63
73
108
74
64
34
62
56
98
14
89
0,96 0,8 0,64 0,48 0,32 0,16
0
Amostras
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
36,00
51,80
31,20
22,20
42,40
22,90
10,60
4,30
51,80
11,20
13,80
15,00
45,30
15,80
46,30
17,60
35,10
47,60
42,40
45,80
15,00
19,50
30,00
32,90
20,70
58,90
48,20
48,20
47,70
43,30
53,20
43,00
45,00
40,00
24,70
7,60
Prof.
Figura 16. Agrupamentos das estações de amostragem em função da freqüência relativa das espécies constantes e principais, e respectivas profundidades - Costa do Dendê, 2002
Grupo 6
5B
Grupo 4
Grupo 5
5A
50
51
Tabela X. Agrupamentos das estações de amostragem em função das espécies dominantes, localização e tipo de
sedimento (análise quantitativa) – Costa do Dendê, 2002.
Grupos/Estações Espécies abundantes
(elevada FR%)
Localização dos grupos /
Tipo de sedimento
GRUPO 1
#89 e 14
Discoporella umbellata
Cupuladria monotrema
#14 - plataforma externa em frente ao Canal de
Taperoá / Lama
#89 - plataforma média ao norte de Saquaíra / Areia
lamosa
GRUPO 2
#98
Micropora coriacea
Rhynchozoon verruculatum
- Plataforma média ao sul de Saquaíra
- Cascalho
GRUPO 3
#56, 62 e 34
Margaretta buskii
- Corpo alongado na plataforma média entre
Boipeba e ao norte da Baía de Camamu
- Areia (#56)
- Areia cascalhosa (#62 e 34)
GRUPO 4
#64, 74, 108, 73 e
63
Crisia sp
Nellia oculata
Scrupocellaria sp
- Depósito oval na plataforma interna em frente à
Baía de Camamu (#64, 63, 74 e 73)
- Amostra isolada na plataforma externa ao norte de
Itacaré (#108)
- Areia e cascalho
GRUPO 5A
#106, 71, 99, 60,
88, 57, 59, 61, 37,
33, 24, 107, 72, 31,
29, 36, 97, 58, 22 e
21
C. monotrema, D. umbellata,
Canda retiformes, Crisia sp,
Gemelliporina glabra, M. buski,
Scrupocellaria sp e Tubulipora sp
*Celleporaria sp e Parasmittina sp
- Subgrupo das estações #37, 57, 58, 59, 60, 61, 71
e 72 forma um corpo largo e alongado na
plataforma externa entre Boipeba e Camamu / Areia
e cascalho
- *Subgrupo das estações #33 e 24 limitados à
plataforma interna entre Garapuá e Boipeba / Lama
arenosa
GRUPO 5B
#35, 30, 23 e 13
Mecynoecia sp e Nevianipora sp
- Corpo alongado entre Garapuá e Boipeba
- Profundidade superior a 40 metros / Areia lamosa
e lama arenosa (exceção da #13)
GRUPO 6
#12
Antropora typica, D. umbellata,
Exechonella brasiliensis, G. glabra
- Plataforma interna em frente ao Canal de Taperoá
- Areia
52
5.8. Associação dos táxons de briozoários (análise qualitativa - presença e ausência)
A análise de agrupamento dos táxons de briozoários nas estações de amostragem, realizada
através do Coeficiente de Manhattan Total e utilizando o Método de Agrupamento de Wards, permite
visualizar 3 grupos distintos em um nível de corte de 25% de dissimilaridade e um coeficiente de
correlação cofenético de 0,45 (Fig. 17). Apesar de não apresentar um coeficiente cofenético
satisfatório, semelhante à análise quantitativa, as espécies presentes nos 3 grupos quando comparados
com os agrupamentos do tipo de sedimento obtidos na análise de Cluster da granulometria, se mostram
abundantes nos sedimentos do tipo areia lamosa (agrupamento 3A’ – Fig. 8) e areia cascalhosa
(agrupamento 3A’’ - Fig. 8) respectivamente.
O grupo 1 compreende dois agrupamentos, 1A e 1B (Fig. 17). Associados aos tipos de
sedimentos diversos.
O agrupamento 1A é formado pelas espécies Hippoporina sp1 e Cupuladaria monotrema. Estas
espécies se apresentam mais abundantes no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’ da
granulometria) e secundariamente no sedimento areia cascalhosa (agrupamento 3A’’ da
granulometria).
O agrupamento 1B engloba as espécies Discoporella umbellata, Nellia oculata, Stylopoma
spongites, Schizoporella unicornis, Celleporaria sp, Biavicularium tenue, Steginoporella magnilabris
e Antropora typica. Estas espécies se apresentam mais abundantes no sedimento areia cascalhosa
(agrupamento 3A’’) e, secundariamente no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’).
O grupo 2 compreende dois agrupamentos associados aos dois tipos de sedimentos
proporcionalmente.
O agrupamento 2A é composto pelas espécies Hippaliosina imperfecta, Tremogasterina
mucronata, Siphonoporella granulosa, Rhynchozonn verruculatum e Smittipora acustirostris. Estas
espécies se mostram mais abundantes no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’) e areia
cascalhosa (agrupamento 3A’’).
O agrupamento 2B é constituído pelas espécies Rhynchozoon arborescens, Gemelliporina
glabra, Reteporellina denticulata, Nevianipora sp, Micropora coriacea e Tubulipora sp. Estas
espécies se mostram mais abundantes no sedimento areia lamosa (agrupamento 3A’) e areia
cascalhosa (agrupamento 3A’’).
53
O grupo 3 compreende os agrupamentos 3A e 3B.
O agrupamento 3A é formado pelas espécies Trypostega venusta, Schizoporella carvalhoi e
Puellina (Cribrilaria) radiata. Estas espécies se mostram mais abundantes no sedimento areia
cascalhosa (agrupamento 3A’’).
O agrupamento 3B engloba as espécies Margaretta buskii, Scrupocellaria sp, Mecynoecia sp,
Cleidochasma porcellana, Reptadeonella violacea, Canda retiformes, Parasmittina sp e Crisia sp.
Estas espécies se mostram mais abundantes no sedimento areia cascalhosa (agrupamento 3A’’) e,
secundariamente no sedimento lama arenosa (Grupo 1).
Todos os grupos estão relacionados aos sedimentos do tipo areia lamosa e areia cascalhosa. O
agrupamento 1A está relacionado principalmente ao primeiro tipo de sedimento. Os agrupamentos 1B,
3A e 3B estão associados ao segundo tipo. Apenas o grupo 2 está relacionado aos dois tipos de
sedimento.
Tree Diagram for 32 Variables
Ward`s method
City-block (Manhattan) distances
Linkage Distance
0
5
10
15
20
25
30
35
40
HPO1
CMO
DUC
NOC
SIN
SCU
CLP
BVG
SMA
ATY
HIM
TMU
SGR
RHV
SAC
RHA
GEM
RDE
NEV
MIC
TUB
TVE
SCA
PRA
MBU
SCR
MEC
CPO
RVI
CAN
PAR
CRI
Figura 17 Dendrograma dos táxons de briozoários na Costa do Dendê, 2002 (análise qualitativa). Espécies: (Hpo1 =
Hippoporina sp1, Cmo = Cupuladria monotrema, Duc = Discoporella umbellata, Noc = Nellia ocullata, Sin = Stylopoma
informata, Scu = Schizoporella unicornis, Clp = Celleporaria sp, Bvg = Biavicularium tenue, Sma = Steginoporella
magnilabris, Aty = Antropora typica, Him = Hippaliosina imperfecta, Tmu = Tremogasterina mucronata, Sgr = Siphonoporella
granulosa, Rhv = Rhynchozoon verruculatum, Sac = Smittipora acutirostris, Rha = Rhynchozoon arborescens, Gem =
Gemelliporina glabra, Rde = Reteporellina denticulata, Nev = Nevianipora sp, Mic = Micropora coriacea, Tub = Tubulipora
sp, Tve = Trypostega venusta, Sca = Schizoporella carvalhoi, Pra = Puellina (Cribrilaria) radiata, Mbu = Margaretta buski,
Scr = Scrupocellaria sp, Mec = Mecynoecia sp, Cpo = Cleidochasma porcellana, Rvi = Reptadeonella violacea, Can = Canda
retiformes, Par = Parasmittina sp, Sac = Smittipora acutirostris, Cri = Crisia sp).
54
5.8.1. Agrupamento das estações de amostragem em função das espécies
No dendrograma da figura 18 resultante da análise de agrupamento das estações de
amostragem em função dos dados de presença / ausência das espécies é possível detectar uma nítida
distinção entre três grandes grupos em um nível de corte de 40% de dissimilaridade e um coeficiente
de correlação cofenético de 0,82.
O grupo 1 formado pelas estações #107, 72, 97, 57, 31, 29, 59, 37, 88, 61, 106, 71, 58, 36, 22
e 21 (Fig. 18) se caracteriza por apresentar uma elevada abundância das espécies Cupuladria
monotrema, Discoporella umbellata, Canda retiformes, Crisia sp, Gemelliporina glabra, Margaretta
buskii e Scrupocellaria sp. A maioria das estações deste grupo ocorre no sedimento classificado como
areia cascalhosa e se distribuem desde a plataforma interna até a externa ao longo de toda área. Grande
parte das estações do grupo 1 corresponde às estações do agrupamento 5A da análise quantitativa.
O grupo 2 compreende os agrupamentos 2A e 2B. O agrupamento 2A engloba os sub-
agrupamentos 2A’ e 2A’’.
O agrupamento 2A’ é formado pelas estações #98 e 60, nas quais as espécies Cleidochasma
porcellana, Micropora coriacea e Rhynchozoon verruculatum se destacam como abundantes. As
estações deste agrupamento ocorrem no sedimento cascalho, na plataforma média e externa e
equivalem ao grupo 2 (#98) e à parte do agrupamento 5A (#60) da análise quantitativa.
O agrupamento 2A’’ engloba as estações #64, 108, 62, 99, 33 e 24. As três primeiras se
caracterizam pela elevada abundância das espécies Crisia sp, Margaretta buskii e Scrupocellaria sp,
ocorrem nos sedimentos areia e cascalho desde a plataforma interna até a externa e equivalem à parte
do grupo 3 (#62) e 4 (#64 e 108) da análise quantitativa. As três últimas apresentam Gemelliporina
glabra, Celleporaria sp e Parasmittina sp como espécies mais freqüentes, ocorrem nos sedimentos
lama arenosa e areia cascalhosa limitadas à plataforma interna e, equivalem à parte do agrupamento
5A da análise quantitativa.
O agrupamento 2B, representado pelas estações #35, 30, 23 e 13, apresentam Nevianipora sp e
Mecynoecia sp como espécies mais freqüentes. Este agrupamento ocorre em sedimentos com elevados
teores de areia e lama, em profundidades superiores a 40m (com exceção da estação #13) e equivale ao
agrupamento 5B da análise quantitativa.
O grupo 3 compreende os agrupamentos 3A e 3B.
55
O agrupamento 3A engloba as estações #74, 73, 63, 56, 89 e 34, que se caracterizam pela
elevada freqüência das espécies Cupuladria monotrema, Discoporella umbellata, Margaretta buskii,
Nellia oculata e Scrupocellaria sp. As estações que compõem este agrupamento ocorrem nos
sedimentos areia e cascalho, na plataforma interna e média e equivalem à parte do grupo 1 (#89),
grupo 3 (#34 e 56) e grupo 4 (#63, 73 e 74) da análise quantitativa.
O agrupamento 3B é constituído pelas estações #12 e 14. A primeira apresenta Discoporella
umbellata entre as espécies freqüentes, ocorre no sedimento areia na plataforma interna e equivale ao
grupo 6 da análise quantitativa. A segunda tem Cupuladria monotrema como espécie mais abundante,
ocorre no sedimento lamoso na plataforma externa e equivale a parte do grupo 1 da análise
quantitativa.
A seguir, na tabela XI, são apresentadas as particularidades de cada grupo conforme descrito
acima. Nesta tabela fica evidente que as análises quantitativas e qualitativas mostram dados
equivalentes na maioria dos grupos. A exceção foi observada para os grupos 3 e 4 obtidos na análise
quantitativa (Tabela VII) cujas estações e respectivas assembléias ocorrem em dois outros
agrupamentos da análise qualitativa (2
A’’ e 3A). Estes agrupamentos de estações são caracterizados
pela presença das espécies Margaretta buskii, Scrupocellaria sp, Crisia sp e Nellia oculata, cujas
colônias são eretas articuladas e após a morte se desarticulam e vão constituir a fração areia. As outras
espécies possuem formas do tipo eretas rígidas e incrustantes e apresentam processos tafonômicos
diferenciados que podem justificar a presença delas associada aos depósitos areia cascalhosa e
cascalho.
Tree Diagram for 36 Cases
Ward`s method
City-block (Manhattan) distances
Linkage Distance
0
20
40
60
80
100
120
140
107
72
97
57
31
29
59
37
88
61
106
71
58
36
22
21
98
60
64
108
62
99
33
24
35
30
23
13
74
73
63
56
89
34
14
12
Figura 18. Dendrograma de associação das estações de amostragem em função dos dados de presença e ausência das
espécies dominantes – Costa do Dendê, 2002.
56
Tabela XI. Agrupamentos das estações de amostragem em função dos dados de presença e ausência das espécies,
profundidade, tipo de sedimento e comparação com grupos da análise quantitativa – Costa do Dendê, 2002.
Grupos Espécies abundantes Profundidade/
Sedimento
Comparação c/ grupos da
análise quantitativa (Tab X)
GRUPO 1
#107, 72, 97, 57,
31, 29, 59, 37, 88,
61, 106, 71, 58,
36, 22 e 21
C. monotrema e D.umbellata
C.retiformes, Crisia sp, G.
glabra, M. buski e Scrupocellaria
sp
- Plataforma interna a
externa (15 a 58 m)
- Areia cascalhosa e
areia lamosa
Equivale ao agrupamento 5A da
análise quantitativa
GRUPO 2A’
#98 e 60
Cleidochasma porcellana
Micropora coriacea
Rhynchozoon verruculatum,
- Plataforma média a
externa (31 a 46 m)
- Cascalho
Equivale ao grupo 2 (#98) e parte
do 5A (#60)
Crisia sp, M. buski e
Scrupocellaria sp
- Plataforma interna a
externa (10 a 52 m),
cascalho e areia #64,
108 e 62
Equivale ao grupo 3 (#62) e
4 (#64 e 108)
GRUPO 2A’’
#64, 108, 62, 99,
33 e 24
* G. glabra
** Celleporaria sp
** Parasmittina sp
- Plataforma interna
(#99, 33 e 24)
- * Areia cascalhosa
- ** Lama arenosa
Equivale a parte do agrupamento
5A
(#24, 33 e 99)
GRUPO 2B
#35, 30,
23 e 13
Mecynoecia sp
Nevianipora sp
- Profundidade
superior a 40 metros /
Areia lamosa e lama
arenosa (exceção da
#13)
Equivale ao agrupamento 5B
GRUPO 3A
#74, 73, 63, 56,
89 e 34
C. monotrema, D. umbellata,
M. buski N. oculata, e
Scrupocellaria sp
- Plataforma interna a
média (4 a 36 m)
- Areia e cascalho
Equivale aos grupos 1 (#89),
3 (#34 e 56) e 4 (#63, 73 e 74)
D. umbellata
- Plataforma interna /
areia (#12)
Equivale ao grupo 6
GRUPO 3B
#12 e 14
C. monotrema
- Plataforma externa /
lama (#14)
Equivale a parte do grupo 1
57
5.9 Associação das estações de amostragem em função das formas coloniais das espécies
dominantes
Com base na dominância das espécies, observa-se que as formas coloniais que predominam
nas estações são aquelas típicas de águas agitadas – AA (celeporóides e membraniporóides – 58,24%)
(Tabela XII – Anexo I). As formas zoariais de águas calmas a moderadamente agitadas - ACMA
(adeonióides, celarióides, lunulitóides e reteporóides) são também representativas com 34, 72% na
área. Os valores de ACMA variam de aproximadamente de 23 a 60% das espécies, exceto na estação
#14 com 100%, predominando os valores superiores a 30%. A única forma colonial típica de águas
calmas – AC (vincularióide) não foi considerada significativa (7,04%), sendo representada apenas por
duas espécies (Tabela IV – Anexo I).
Os tipos zoariais característicos de AA apresentam uma freqüência relativa variável entre
33,33 % (#63 – ao norte da Baía de Camamu) a 66, 67% (#21, 33 e 37 – entre Garapuá e Boipeba),
predominando valores superiores a 60% (Tabela XII – Anexo I).
O tipo AC apresenta valores que variaram de 0 a 25%. A ausência de formas zoariais de águas
calmas é mais relevante na plataforma externa próximo a Morro de São Paulo (#14) e entre Cova da
Onça e Saquaíra (#56, 73, 74 e 89). Com exceção do valor máximo alcançado somente em uma
estação em frente ao Canal de Taperoá (#12), o valor máximo da maioria das estações não foi superior
a 7% (Tabela XII - Anexo I).
A análise de agrupamentos das estações com base nos grupos zoariais com mesma
característica hidrodinâmica, formados a partir do número de espécies para cada forma colonial, pode
ser visualizado no dendrograma elaborado que permite identificar um padrão de distribuição dos
grupos (Fig. 19).
Há quatro grupos distintos de estações a distância de aproximadamente 0,16 e um coeficiente
de correlação cofenético de 0,95, obtidos através do Coeficiente de Bray - Curtis e Método de
Agrupamento UPGMA (Fig. 19).
No grupo 1, representado pela estação #14 (Fig. 19) ocorre apenas uma forma de ACMA, o
tipo lunulitóide.
No grupo 2, representado pelas estações #63, 89, 73, 56, 30 e 23, ocorre o predomínio das
formas coloniais ACMA. Neste agrupamento as estações ocorrem nos sedimentos mais finos e em
profundidades inferiores a 40 metros.
58
O grupo 3 engloba a maior parte das estações e compreende os agrupamentos 3A e 3B.
O agrupamento 3A (#74) ocorre isoladamente na plataforma interna em frente à saída da Baía
e se caracteriza pela ausência de formas AC.
O agrupamento 3B compreende os sub-agrupamentos 3B’ e 3B’’, que se distinguem por
apresentarem as formas ACMA em proporção maior e menor respectivamente. O agrupamento 3B’
está associado a profundidade inferior a 40 metros e ao sedimento mais fino em direção a borda da
plataforma.
A distribuição do grupo 2 e 3B’ entre a Cova da Onça e a Baía de Camamu mostra que o
aumento da profundidade e conseqüentemente e a presença de sedimento mais fino determinam o
desenvolvimento progressivo das espécies de águas agitadas.
No grupo 4, representado pela estação #12, as formas coloniais ACMA prevalecem sobre as
demais. No entanto os outros tipos ocorrem na mesma proporção.
A composição específica das formas eretas flexíveis dos grupos G2 (#63), G3B’ (#62) e
G3B’’ (#61 e 60) entre Cova da Onça e a Baía de Camamu mostra a seguinte seqüência:
Scrupocelaria sp, Nellia oculata, Margaretta buskii e Canda sp para o primeiro grupo; Margaretta
buskii e Scrupocellaria sp no segundo grupo; Scrupocellaria sp, Canda sp e Crisia sp no terceiro
grupo. Neste último grupo Scrupocellaria sp é a única espécie ereta flexível na estação mais externa e
de maior profundidade (#60). Esta seqüência parece controlada pelos limites batimétricos, mas podem
também estar sendo controlados pelos tipos de massas de água e sua hidrodinâmica.
Considerando que a profundidade pode interferir na hidrodinâmica e que esta por sua vez
influencia no tipo de substrato, procurou-se correlacionar os grupos de amostras encontrados com
estes parâmetros na Tabela XIII.
Na figura 20 pode ser observada a distribuição dos grupos hidrodinâmicos em função das
formas coloniais identificados na análise de Cluster, e na figura 21 podem ser conferidas as formas
zoariais presentes na área de estudo.
Figura 19. Agrupamentos das estações de amostragem em função dos grupos zoariais com mesma característica hidrodinâmica, e respectivas profundidades
- Costa do Dendê, 2002.
Bray Curtis
UPGMA
012
013
106
022
036
061
059
071
058
097
064
088
024
060
108
021
037
033
098
029
057
107
031
072
099
034
062
035
074
023
030
056
073
089
063
014
0,72 0,6 0,48 0,36 0,24 0,12 0
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
3A
3B
3B’
3B’
Grupo 4
59
51,80
13,80
36,00
11,20
22,20
45,00
40,00
4,30
43,00
25,50
22,90
15,80
32,90
20,70
30,00
35,10
58,90
31,20
53,20
45,80
15,00
51,80
46,30
19,50
17,60
10,60
48,20
45,30
47,70
47,60
42,20
48,20
43,30
15,00
24,70
7,60
Prof.
60
Tabela XIII. Agrupamentos das estações de amostragem em função de grupos coloniais
com mesma característica hidrodinâmica, profundidade e tipo de sedimento – Costa do
Dendê, 2002. AA = águas agitadas; ACMA = águas calmas a moderadamente agitadas e
AC = águas calmas.
Grupos Profundidade das
estações
Tipo de sedimento
GRUPO 1
Somente ACMA
51,80 metros
Lama
GRUPO 2
Predomínio de ACMA
Inferiores a 40 metros
Areia e lama
GRUPO 3A
Predomínio de AA
Ausência de AC
4,30 metros
Areia
GRUPO 3B’
Predomínio de AA (< 60%)
de ACMA
Maioria inferior a 40 metros
Areia e lama
Cascalho
GRUPO 3B’’
Predomínio de AA (> 60%)
de ACMA
Maioria superior a 40 metros
Areia e cascalho
Lama
GRUPO 4
Predomínio de ACMA
AA = AC
7,60 metros
Areia
Figura 20. Distribuição dos grupos hidrodinâmicos em função das formas coloniais (análise de Cluster) - Costa do Dendê,
2002.
500000
500000
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
#
W
N
E
S
10 0
10 km
Rio Jequiriçá
Guaibim
Valença
Morro de São Paulo
Garapuá
Boipeba
Moreré
Cova da Onça
Baía de
Camamu
Itacaré
Rio Tijuípe
Saquaíra
Maraú
Canal de Taperoá
Rio de Contas
#
#
#
850000
845000
014
G1
013
012
G4
G2
021
022
023
024
029
030
031
037
036
035
034
033
059
058
057
056
060
061
062
063
064
071
072
073
074
089
088
097
098
099
108
107
106
G2
G2
G2
G2
G2
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3A
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
G3B’
Predomínio de AA
ACMA
Predomínio de AA
ACMA
Predomínio de ACMA
AA = AC
G3B’
G3A
G3B’
G4
G2
G1
Predomínio de ACMA
Somente ACMA
Predomínio de AA
Ausência de AC
AC =
ACMA =
AA =
águas calmas
águas calmas a moderadamente
agitadas
águas agitadas
Águas agitadas
Águas calmas a
moderadamente agitadas
Águas calmas
% FORMAS COLONIAIS
61
62
Figura 21. Formas zoariais presentes na área de estudo: (1) Membraniporóide; (2) Celeporóide;
(3) Adeonióide; (4) Vincularióide; (5) Celarióide; (6) Reteporóide; (7) Lunulitóide (Fontes: 1,
2, 4 e 7 Almeida, 2001; 3 e 6 McKinney & Jackson, 1989; 5 Carrozzo, 2001).
63
5.10. Tipos de suportes utilizados
Os principais tipos de substratos utilizados pelas espécies de briozoários foram:
Suportes No de espécies (%)
Cascalho algálico (nódulos algais ou fragmentos / >2,00 mm)
65 espécies (74,71%)
Cascalho siliciclástico
3 espécies (3,45%)
Areia algálica (nódulos algais ou fragmentos / 2,00 - 0,062mm)
61 espécies (70,11%)
Areia siliciclástica
4 espécies (4,59%)
Briozoários
37 espécies (42,53%)
Moluscos bivalvos
22 espécies (25,28%)
Moluscos gastrópodos
11 espécies (12,64%)
Foraminíferos
8 espécies (9,19%)
Artrópodos crustáceos
2 espécies (2,30%)
Espinhos de equinodermos
2 espécies (2,30%)
Tubos calcários de poliquetas
2 espécies (2,30%)
Tabela XIV. Principais tipos de substratos utilizados por briozoários nas estações de amostragem
- Costa do Dendê, 2002.
Adicionalmente na tabela XV – Anexo I, podem ser conferidas as espécies de briozoários que
ocorrem nestes substratos listados acima.
No que diz respeito às espécies de briozoários colonizando outras espécies de briozoários,
pode-se observar que ocorre uma maior incidência deste fato em 17 estações, destacando-se as
estações #58, 61, 72, 88 e 107, onde o número de espécies variou de 5 (#72 e 88) a 22 (#107). As
estações onde os briozoários são utilizados como suportes se mostram também concentradas em
64
função da profundidade: na plataforma externa entre Garapuá e Boipeba (estações #29, 30, 36 e 37) e
na plataforma média (estações #57, 62, 72 e 88) e externa (estações # 58, 61 e 71) entre Cova da Onça
e Saquaíra. As espécies que servem de suporte se apresentam com características de uma fauna de
biocenose e tanatocenose.
Das 15 espécies identificadas como suporte, conforme a lista abaixo, a mais colonizada e o
respectivo número de espécies que a colonizaram foi Margaretta buskii (7 vezes), seguida de
Schizoporella unicornis (6), Celleporaria sp e C. vagans (6) e Biavicularium tenue (3). As demais,
Hippaliosina imperfecta, Mamillopora cupula, Parasmittina sp, Puellina (Cribrilaria) radiata,
Reteporellina denticulata, Rhynchozoon arborescens, Rhynchozoon rostratum, Steginoporella
magnilabris, Tremogasterina mucronata e Uniavicularium unguiculatum, foram colonizadas por 1 a 2
espécies.
A seguir estão listadas as estações onde os briozoários são utilizados como suporte por outras
espécies briozoários:
Estação #13 (areia cascalhosa)
Cleidochasma porcellana em Celleporaria sp
Smittipora acustirostris em Celleporaria sp
Estação #24 (lama arenosa)
Cleidochasma porcellana em bryozoa não-identificado
Hippaliosina imperfecta em bryozoa não-identificado
Puellina (Cribrilaria) radiata em Schizoporella sp
Rhynchozoon tuberculatum em bryozoa desconhecido
Estação #29 (areia lamosa)
Cupuladria monotrema em Puellina (Cribrilaria) radiata
Estação #30 (areia lamosa)
Cupuladria monotrema em Reteporellina denticulata
Rhynchozoon rostratum em Biavicalarium tenue
Estação #36 (areia lamosa)
Celleporaria sp em bryozoa não-identificado
65
Estação #37 (areia cascalhosa)
Reptadeonella violacea em Margaretta buskii
Estação #57 (areia)
Puellina (Cribrilaria) radiata em Margaretta buskii
Estação #58 (areia cascalhosa)
Copidozoum tenuirostre em bryozoa ascophorino não-identificado
Gemeliporina glabra em Schizoporella unicornis
Micropora coriacea em Celleporaria sp
Puellina (Cribrilaria) radiata em Tremogasterina mucronata
Reptadeonella tubulifera em Tremogasterina mucronata
Reptadeonella violacea em Steginoporella magnilabris
Smittipora acutirostris em briozoário ascophorino não-identificado
Steginoporella magnilabris em Biavicularium tenue
Tubulipora sp em Biavicularium tenue
Tubulipora sp em Margaretta buskii
Estação #61 (areia cascalhosa)
Antropora typica em Margaretta buskii
Celleporaria vagans em Margaretta buskii
Gigantopora sp em briozoários não-identificado
Hippoporidra sp1 em briozoário não-identificado
Hippoporidra sp2 em briozoário não-identificado
Hippoporidra sp3 em Uniavicularium unguiculatum
Parasmittina sp em briozoário não-identificado
Schizoporella carvalhoi em Parasmittina spathulata
Stylopoma informata em briozoários não-identificado
Estação #62 (areia cascalhosa)
Conopeum commensale em Rhynchozoon arborescens
Schizoporella carvalhoi em Margaretta buskii
Tubulipora sp em Margaretta buskii
Estação #63 (cascalho arenoso)
Reptadeonella tubulifera em briozoário não-identificado
66
Estação #71 (areia cascalhosa)
Reptadeonella tubulifera em Steginoporella magnilabris
Estação #72 (areia lamosa)
Ascophorina sp7 em Hippaliosina imperfecta
Ascophorina sp7 em Rhynchozoon rostratum
Hippoporidra sp3 em briozoário não-identificado
Hippoporina sp1 em Margaretta buskii
Puellina (Cribrilaria) radiata em briozoário não-identificado
Estação #88 (areia lamosa)
Coleopora corderoi em briozoário não-identificado
Parasmitina sp em briozoário não-identificado
Schizoporella unicornis em briozoário não-identificado
Siphonoporella granulosa em briozoário não-identificado
Trypostega venusta em briozoário não-identificado
Estação #97 (areia cascalhosa)
Escharina pesanseris em briozoário não-identificado
Estação #99 (areia cascalhosa)
Parasmittina sp em Cleidochasma porcellana
Estação #107 (areia cascalhosa)
Celleporaria vagans em briozoário não-identificado
Cleidochasma porcellana em briozoário não-identificado
Copidozoum tenuirostre em Schizoporella unicornis
Discoporella umbellata em briozoário não-identificado
Escharina pesanseris em briozoário não-identificado
Hippaliosina imperfecta em Celleporaria vagans
Hippaliosina imperfecta em Schizoporella unicornis
Parasmitina sp em briozoário não-identificado
Parasmittina sp em Schizoporella unicornis
Parasmittina spathulata em Schizoporella unicornis
Rhynchozoon arborescens em briozoário não-identificado
Rhynchozoon tuberculatum em briozoário desconhecido
Rhynchozoon verruculatum em briozoário não-identificado
67
Schizoporella carvalhoi em briozoário não-identificado
Schizoporella unicornis em Mamillopora cupula
Smittipora acutirostris em briozoário não-identificado
Steginoporella magnilabris em briozoário não-identificado
Tremogasterina mucronata em Celleporaria vagans
Tremogasterina mucronata em Schizoporella unicornis
Trypostega venusta em briozoário não-identificado
Trypostega venusta em Celleporaria vagans
Tubulipora sp em briozoário não-identificado
68
6. DISCUSSÃO
Os resultados obtidos com a análise composicional da fauna dos briozoários estão em
conformidade com os trabalhos anteriores na plataforma brasileira e, sobretudo na Bahia (Carannante,
1988; Milliman & Summerhayes, 1975; Souza, 1986). A Costa do Dendê integra a zona A (0 – 15
o
C),
da maior plataforma carbonática do mundo cuja sedimentação é facilitada pela ausência de aportes
fluviais e a presença de águas rasas (inferior a 100 metros). Na área estudada a profundidade máxima é
de 58 metros e atende os pré-requisitos acima. Segundo os autores, os briozoários integram o
sedimento bioclástico onde as algas incrustantes estão também presentes, sendo localmente
abundantes e podem formar pequenos “morros” recifais (Carannante, 1988). Bancos de briozoários
foram assinalados na costa de Ilhéus no sul da Bahia (Apoluceno, 1998) confirmando a importância do
grupo no ambiente plataformal.
Neste trabalho valores elevados de riqueza específica e número de fragmentos agrupam
estações na plataforma externa entre Cova da Onça e a Baía de Camamu (#58, 59 e 71) no sedimento
areia cascalhosa. Ao norte de Itacaré (#106 e 107) neste mesmo tipo de substrato o valor de riqueza
específica não é tão elevado quanto o número de fragmentos, mostrando que neste caso o sedimento
grosso não é o único fator responsável pela fixação da larva e seu posterior desenvolvimento,
conforme citações na literatura (Ryland, 1970; Moissete, 1989). A abundância e a vitalidade
(reprodução e tamanho das colônias) permitem certificar se as espécies se encontram em suas
condições normais ou não. A colonização só ocorre em condições ótimas (Gautier, 1962). As causas
destes resultados serão discutidas adiante.
A freqüência de fragmentos de colônias de briozoários no sedimento superficial da plataforma
da Costa do Dendê alcançou valor máximo de 7.864 fragmentos coloniais e uma média de 1.884
fragmentos por estação. Este valor é considerado elevado, quando comparado com os dados da
plataforma do litoral norte, entre Itacimirim e Guarajuba com 406 fragmentos e a média de freqüência
por amostra de 93 (Gomes, 2001). Mais ao sul entre Guarajuba e Itapuã o valor foi mais elevado do
que a área anterior, com 1056 fragmentos (Carrozzo, 2001), apesar de se encontrar em áreas
submetidas ao impacto ambiental e variação sazonal. Os valores de freqüência de fragmentos são
maiores durante o inverno e na área submetida aos dejetos industriais orgânicos e menor durante o
verão, sob influência de dejetos industrial inorgânicos e elevada concentração de ácido sulfúrico,
sulfato ferroso e metais pesados (Ti, Cr, Zn, Pb) (Carrozzo, 2001). Estes valores podem estar
relacionados ao aumento da freqüência de briozoários de norte para sul na plataforma brasileira,
conforme Carannante (1988).
69
A predominância dos fragmentos brancos de acordo os trabalhos de Leão & Machado (1989)
refletem uma rápida taxa de sedimentação e acréscimo constante de material recente ao ambiente.
Gomes (2001) encontrou ao norte da área estudada (Itacimirim – Guarajuba) uma distribuição limitada
dos fragmentos de cor ocre, sugerindo que o acréscimo de fragmentos pela taxa de sedimentação
rápida não impossibilita a oxidação e o retrabalhamento dos grãos escuros quando os mesmos são
removidos para a superfície. A distribuição ampla dos fragmentos ocres e acinzentados mesmo em
pequenas quantidades, sugere que os fragmentos de briozoários encontrados entre Valença e Itacaré
podem ter sido submetidos a processos de retrabalhamento e oxidação. Por outro lado os fragmentos
com as colorações citadas acima são representados pelas mesmas espécies da comunidade atual,
refletindo que há uma deposição contínua dos restos esqueléticos desta comunidade, conforme já
registrado por Apoluceno (1998) num banco de areia de briozoários na plataforma de Ilhéus. Segundo
Freire (2006), o registro sedimentar em testemunhos da Costa do Dendê mostra uma taxa de
sedimentação baixa. De acordo com este mesmo autor (informação verbal), os dados não apresentam
divergência, uma vez que as escalas de freqüência temporal são diferentes. As amostras superficiais da
Costa do Dendê expressam um momento da história evolutiva do Holoceno da ordem de 50 – 100
anos aproximadamente, enquanto que as amostras de testemunho expressam uma variação temporal
maior, numa ordem de 11000 anos, que equivale ao período da deposição holocênica.
A representatividade da fauna de briozoários como componente do sedimento carbonático na
plataforma da Costa do Dendê, mostra que os briozoários constituem uma porção pouco significativa
do sedimento contribuindo com até 6,5% sobre o peso total das frações analisadas. No entanto, numa
estação localizada na plataforma média ao norte de Itacaré (#107) os briozoários contribuem
localmente de forma significativa com 70% sobre o peso total do sedimento. Nesta estação os
fragmentos de Celleporaria spp e Schizoporella unicornis constituem a fração cascalho do sedimento
e servem de suporte para espécies incrustantes de outros briozoários (Copidozoum tenuirostre,
Hippaliosina imperfecta, Parasmittina spp, Tremogasterina mucronata, Trypostega venusta). Este
resultado é esperado para a zona dos trópicos, onde a maior contribuição para o sedimento carbonático
é atribuída aos corais hermatípicos, algas calcárias, foraminíferos bentônicos, moluscos bivalvos e
gastrópodos, e que neste caso servem de suporte para a fauna briozoológica. A dominância de
briozoários nas zonas temperadas contribuindo acentuadamente para a produção do sedimento
carbonático assinalado por vários autores (Nelson et al, 1988; Hageman et al, 1995; Amini et al, 2004)
pode justificar o aumento progressivo da freqüência de fragmentos em direção ao sul da Bahia, onde
provavelmente as águas tendem a ser mais frias.
A representatividade deste grupo de animais em relação ao volume da amostra é baixo na
maioria das estações, mas a sua composição faunística reflete a variabilidade específica em função das
70
frações no sedimento e de outros parâmetros ecológicos (hidrodinâmica, profundidade, salinidade,
temperatura, tipos de massas de água).
A composição geral da fauna briozoológica em função das freqüências de fragmentos das
espécies mostra que ela sofre mudanças graduais de norte para sul, conforme descrição das
características gerais da fauna (item 5.4). Mello et al (1975) ao descrever os componentes carbonáticos
da plataforma continental entre Salvador e Vitória, ressalta o aumento do teor de briozoários no
sedimento ao sul de Abrolhos. Estas mudanças também podem estar relacionadas a proposta de
Carannante (1988) que descreve a mudança do tipo de sedimento bioclástico de norte para sul na
plataforma média e externa da costa brasileira, onde os briozoários são utilizados como bioindicadores
da transição zona tropical – temperada. A latitude é um dos fatores responsáveis pela distribuição
geográfica dos briozoários relacionada indiretamente a diminuição da temperatura. Com base nesta
característica Hyman (1959) classificou os briozoários em diversos grupos abrangendo três tipos
principais: cosmopolitas, tropicais e temperadas frias.
A heterogeneidade da fauna briozoológica na área estudada é superior às alterações
encontradas nos sedimentos, as quais variam preferencialmente com teores mistos de areia e cascalho
ou teores mistos de areia e lama, e não evidenciam um padrão característico de distribuição do
ambiente sedimentar. Este fato pode estar ligado à distribuição da fauna briozoológica, cuja larva é
substrato-específica (Ryland, 1977). Na área os substratos mais utilizados foram principalmente
cascalho e areia algálica. Os briozoários também foram significativamente importantes como suporte
para aproximadamente 43% das espécies (Tabela XVI – Anexo I), representados em sua maioria por
formas incrustantes. Vale ressaltar a preferência pela espécie ereta flexível
Margaretta buskii, que se
fragmenta facilmente, seguida de Schizoporella unicornis, Celleporaria spp (incrustantes) e
Biavicularium tenue (ereta rígida), formas moderadamente resistentes a abrasão. Desta forma, todas
essas espécies contribuem para aumentar a disponibilidade do suporte do tipo sedimentar. Outros
suportes não-calcários utilizados por briozoários citados na literatura deveriam ser investigados,
considerando que várias espécies citadas adiante são adaptadas a esponjas, hidrozoários e suportes
vegetais (Marcus, 1938, 1939; Souza, 1986, Carrozzo, 2001).
As espécies classificadas como principais, Canda retiformes, Crisia sp, Margaretta buskii,
Mecynoecia sp e Scrupocellaria sp possuem uma freqüência relativa alta (5,43 a 8,97%) na área em
relação às outras espécies. O fato destas espécies apresentarem forma colonial ereta flexível
(celarióide) com exceção de Mecynoecia sp (vincularióide) explica em parte este resultado. As
diferentes formas de crescimento entre os briozoários apresentam distintos graus de resistência aos
processos de abrasão física. Muitas espécies vivem em ambientes de moderada a alta energia e a
abrasão é considerada a maior fonte de fragmentação (Smith & Nelson, 1994). Experimentos mostram
71
que as formas menos resistentes aos danos físicos são as flexíveis fracamente calcificadas. Após a
morte estes tipos coloniais tendem a se desarticular resultando em fragmentos cilíndricos individuais
que podem ser facilmente transportados pela ação de correntes e irão fazer parte do sedimento. Deste
modo a distribuição obtida dos fragmentos será mais ampla do que a das demais formas de
crescimento (Smith & Nelson, 1994; McKinney & Jackson, 1989). Muitos autores não consideram a
dominância das espécies com forma flexível como um critério prudente em interpretações ambientais
(Nelson et al, 1988).
Neste estudo, entretanto, o uso de dados qualitativos (item 5.9) obteve resultados que refletem
a presença ou ausência da forma e não a freqüência de seus fragmentos. Qualitativamente a
distribuição das formas flexíveis foi útil para distinguir sub-grupos de estações de águas agitadas
(G3B’ e G3B”). A distribuição espacial dos grupos pode ser melhor visualizada entre Cova da Onça e
a Baía da Camamu. Ela reflete a gradação da hidrodinâmica da plataforma interna para a externa pelo
domínio do grupo de ACMA (grupo G2), seguido do grupo de AA - G3B’ e posteriormente de AA -
G3B’’ (Fig. 24). O grupo G2 não mantém a composição específica de norte para sul, mas permanece
com a mesma representatividade de formas coloniais flexíveis. Entre Morro de São Paulo e Garapuá o
grupo se apresenta representado apenas por uma espécie em cada estação, Crisia sp (#23) e
Margaretta buskii (#30). Entre a Cova da Onça e a Baía de Camamu o grupo G2 é representado pelas
espécies Scrupocelaria sp, Nellia oculata, Margaretta buskii e Canda retiformes. Isso mostra que o
uso de formas flexíveis reflete realmente as condições de uma hidrodinâmica de águas calmas a
moderadamente agitadas. A distribuição destas espécies também variando em função da distância à
linha da costa e da profundidade conforme descrito no item 5.9 limita a presença de Nellia oculata nas
proximidades dos 40 metros compatível com as suas características ecológicas: ambiente nerítico,
pouco profundo ou baía aberta (Lagaaij, 1959). No litoral norte Carrozzo (2001) encontra esta mesma
espécie em condições semelhantes de tipo de substrato e ainda a relaciona a salinidade de 39,
temperatura da água de 25
o
C, profundidade de 24 metros e velocidade de correntes de 32 a 70 cm/s
(águas calmas a agitadas). Esta amplitude de velocidade das correntes é compatível com os limites de
20 a 100cm/s propostos por Moissete (2000) para as formas flexíveis do tipo celarióide.
Segundo Freire (2006) a predominância do sedimento carbonático na Costa do Dendê durante
todo o Holoceno indica que o ambiente é calmo. Entretanto, em função das irregularidades
topográficas do assoalho marinho, algumas áreas podem ser mais rasas que outras, podendo ser mais
afetadas pelas ondas. Neste trabalho a variação topográfica poderia justificar as divergências
hidrodinâmicas de resultados; além disso, deve-se levar em conta também que a área de estudo de
Freire (2006) tinha uma extensão menor, situada na extremidade sul da área estudada e possuindo
características geomorfológicas e sedimentológicas diversas. A maior diversidade de espécies de
formas incrustantes pode ser atribuída também à disponibilidade de sedimentos grossos que aumenta
72
em direção à borda externa da plataforma continental. O desenvolvimento das colônias incrustantes,
mesmo em substrato favorável, requer também uma hidrodinâmica que permita a constante renovação
das águas por meio de ondas ou correntes, que aportem nutrientes, distribuam as larvas liberadas e
impeçam o recobrimento da superfície das colônias por sedimento.
Comparando-se os dados sedimentológicos com as associações faunísticas, constatou-se que
existe uma relação entre a distribuição das espécies isoladamente e as frações do sedimento, devido
aos tipos de formas coloniais diversos. Após a correlação das análises classificatórias das estações de
amostragem em função das espécies com a análise de agrupamento dos parâmetros sedimentológicos e
os dados ecológicos bibliográficos, as seguintes observações puderam ser feitas:
Cupuladria monotrema e Discoporella umbellata se mostram abundantes em sedimentos com
altos teores de lama e areia respectivamente. Estas espécies estão entre os queilostomatideos mais
abundantes nos sedimentos recentes dos mares tropicais e subtropicais (Herrera – Cubila et al, 2006),
elas apresentam forma colonial do tipo lunulitóide e são conhecidas pela presença de adaptações
morfológicas (apêndices de limpeza – vibraculários) que permitem a remoção do sedimento fino da
superfície frontal da colônia, tornando-os bem sucedidos na colonização de substratos moles (Di
Geronimo et al, 1992). As populações recentes de lunulitóides são consideradas universalmente
características de habitats lamosos ou arenosos e, dados da literatura indicam que semelhantes faunas
são invariavelmente associadas a substratos moles (Rosso, 1996). Segundo Souza (1986, 1989) D.
umbellata é própria de ambientes mais arenosos e abertos em comparação a Cupuladria monotrema e,
ambas necessitam dos grãos somente para fixação da larva, com desenvolvimento independente deles.
Elevadas freqüências de lunulitóides foram relatadas para profundidades entre 20 a 70 metros,
temperatura da água entre 12 e 29ºC, sendo relativamente eurihalinos e estando ausentes em zonas
costeiras com salinidades superiores a 37 (Lagaaij, 1963). Entretanto, no litoral norte da Bahia,
exemplares de D. umbellata foram encontrados em salinidades de 38 a 39 (Carrozzo, 2001). Segundo
Rosso (1996), as populações de lunulitóides são limitadas às plataformas circum-tropicais de fundos
moles onde estão presentes misturados a areia ou lama síltica, se constituindo um dos mais
importantes componentes biogênicos do sedimento levando em conta a baixa competição que eles
encontram.
Micropora coriacea e Rhynchozoon verruculatum ocorrem pontualmente na plataforma média
em frente a Maraú (#98), com freqüência elevada no sedimento cascalhoso, sendo este o único local
com estas características. Nesta estação elas são encontradas incrustando algas calcárias. Segundo
Moissete (1989) estas formas necessitam de suportes regulares que forneçam espaço e estabilidade
suficientes para o seu crescimento (rochas, corais, algas calcárias e conchas) predominando, portanto
em sedimento grosso. No litoral norte da Bahia esta mesma espécie predomina em uma amostra
73
carbonática composta principalmente por areia média a grossa, que segundo a autora está relacionado
à disponibilidade, natureza e tamanho do suporte (Gomes, 2001). Gautier (1962) descreve M. coriacea
como uma espécie cosmopolita, euritérmica e de certo modo euribática, suportando grandes variações
de temperatura e profundidade.
Celleporaria sp e Parasmittina sp (celeporóide e membraniporóide respectivamente), espécies
também incrustantes, não se encontram em sedimento grosso, mas em estações localizadas na
plataforma interna entre Garapuá e Boipeba (#23 e 34), cujo sedimento é do tipo lama arenosa.
Segundo Smith & Nelson (1994) a forma incrustante multilamelar se fragmenta mais facilmente a
ponto de formar o sedimento lama, enquanto que a forma incrustante unilamelar é moderadamente
resistente à abrasão. O gênero Celleporaria também pode ser encontrado constituindo a fração
cascalho conforme citado anteriormente sobre a representatividade das espécies no volume da
amostra.
Mecynoecia sp e Nevianipora sp predominam em estações cujos sedimentos apresentam teores
mistos de areia e lama, com profundidades superiores a 40 metros. Estas espécies pertencem à ordem
Cyclostomatida, essencialmente marinha, e, portanto sua distribuição está vinculada também à
variação de salinidade na área, sendo interpretadas neste trabalho como indicadoras de valores normais
deste parâmetro (Gautier, 1962; Ryland, 1970; Souza, 1986).
Discoporella umbellata, Cupuladria. monotrema, Canda retiformes, Crisia sp, Gemelliporina
glabra, Margaretta buskii, Nellia oculata e Scrupocellaria sp mostram-se abundantes em sedimentos
com teores mistos de areia e cascalho em toda área estudada. Para a colonização das mesmas não é
necessário um substrato grande, pois o grão de areia é suficiente para fixação e desenvolvimento de
colônias eretas flexíveis (Stach, 1936). No litoral norte Margaretta buskii e Scrupocellaria sp servem
de suporte as espécies Canda sp e Crisia sp (informação verbal de Facelúcia Barros).
Estes dados sugerem, portanto que as espécies eretas flexíveis após a morte, fragmentam-se
facilmente e juntamente com as formas incrustantes e outros componentes biogênicos (foraminíferos,
moluscos bivalvos e gastrópodos, crustáceos, tubos de poliqueta) aumentam a disponibilidade de
suporte para outras espécies e conseqüentemente o teor da fração areia.
Análises estatísticas multivariadas têm sido utilizadas com briozoários no intuito de se detectar
padrões de distribuição das espécies e/ou estações em função de fatores ambientais, principalmente
profundidade (Grant & Hayward,1985; Pisano & Balduci,1985), salinidade (Occhipinti Ambrogi,
1985), fisiografia (Hageman et al, 1995), tipo e disponibilidade de substrato (Hageman et al, 1995;
Carrozzo, 2001), hidrodinamismo, presença de sedimentos finos (lama) e taxa de sedimentação
74
(Carrozzo, 2001). Padrões de similaridade entre estações de coleta também foram observados sem,
entretanto correlacionar com medidas de gradientes ambientais (Dick & Ross, 1988).
Neste trabalho a análise de agrupamentos simplificou a leitura do complexo padrão de
distribuição das espécies na Costa do Dendê, produzindo padrões espaciais distinguíveis, grupos
nítidos e sujeitos interpretações ecológicas, que são critérios de um método classificatório adequado
proposto por Grant & Hayward (1985) e Valentin (2000).
Os trabalhos que aplicam análises de Cluster com briozoários freqüentemente utilizam dados
de presença e ausência de espécies, pois é difícil se definir o conceito de abundância para os
briozoários. Algumas espécies podem se fragmentar bastante antes e após a morte e torna-se impreciso
afirmar quantos fragmentos compõem um indivíduo em cada espécie.
Os resultados obtidos neste estudo sugerem que as análises quantitativas e qualitativas podem
ser complementares entre si. A análise de natureza quantitativa é eficiente no sentido de inferir a
distribuição espacial das espécies em função do número de fragmentos, enquanto que a qualitativa
evidencia as características ecológicas das espécies. Foi possível constatar que houve uma
reprodutibilidade considerável entre os agrupamentos das estações em função das espécies obtidos nos
dois tipos de análises. Independente da natureza dos dados, a distribuição espacial das espécies em
função do número de fragmentos (quantitativa) ou da presença e ausência das espécies (qualitativa) e
suas relações com a granulometria ocorreram de forma bastante semelhante. Ressalta-se que o padrão
observado na análise multivariada quantitativa equivale ao mesmo padrão detectado a partir da análise
do mapa de distribuição de espécies elaborado sem o auxílio de técnicas estatísticas. Magnusson &
Mourão (2003) afirmam que quando um padrão na relação entre diferentes variáveis é intuído com
base na análise prévia de gráficos e tabelas, e busca-se este padrão utilizando análises multivariadas, é
possível que os resultados obtidos não sejam apenas um artefato estatístico. Portanto estes resultados
atendem a todos os requisitos necessários para obtenção de resultados e interpretações ambientais
satisfatórias.
75
7. CONCLUSÕES
Na Costa do Dendê, o estudo da fauna de briozoários do sedimento superficial da plataforma
continental permitiu identificar 66 espécies, distribuídas nas ordens Cyclostomatida e Cheilostomatida.
As espécies que apresentam as maiores freqüências de ocorrência são Canda retiformes,
Crisia sp, Margaretta buskii, Mecynoecia sp e Scrupocellaria sp, ocorrendo em grande parte da área
estudada.
A riqueza específica e o número de fragmentos na área são considerados os mais elevados para
o Estado da Bahia em relação ao litoral norte até o presente momento. Os maiores valores de riqueza e
de número de fragmentos são registrados entre Cova da Onça e a Baía de Camamu e nas proximidades
de Itacaré.
Os briozoários não possuem um padrão de distribuição bem definido na Costa do Dendê, mas
é evidente uma variação na composição da fauna entre as estações de amostragem de norte para sul, e
da plataforma interna para a externa entre Garapuá e a Baía de Camamu em função da profundidade,
identificadas principalmente pela distribuição das espécies Canda retiformes, Crisia sp, Margaretta
buskii, Mecynoecya sp, Nellia oculata, Nevianipora sp e Scrupocellaria sp.
Na área de estudo os briozoários constituem uma parcela pouco representativa do sedimento
superficial, contribuindo localmente de forma significativa nas proximidades de Itacaré. As espécies
do gênero Celleporaria spp e a espécie Schizoporella unicornis são constituintes do cascalho
carbonático. Crisia sp, Gemelliporina glabra, Margaretta buskii e Nellia oculata, são constituintes das
frações areia e cascalho. As espécies de briozoários que mais contribuem para aumentar a
disponibilidade de suporte são Biavicularium tenue, Celleporaria spp, Schizoporella unicornis,
Margaretta buskii.
Os substratos mais colonizados por briozoários são principalmente cascalho, areia algálica e
também outras espécies de briozoários, seguido de moluscos bivalvos e gastrópodos, foraminíferos,
crustáceos, equinodermas e tubos de poliquetas.
Discoporella umbellata e Cupuladria monotrema dominam em sedimentos com elevados teores
de lama e areia respectivamente, podendo ser boas indicadoras destas variáveis em reconstruções
ecológicas ou paleoecológicas. Micropora coriacea e Rhynchozoon verruculatum, espécies
incrustantes membraniporóides, podem ser utilizadas como indicadoras de cascalho nas proximidades
76
de Maraú. Mecynoecia sp e Nevianipora sp, gêneros característicos de ambientes marinhos, indicam a
presença de águas com condições de salinidade normal entre Garapuá e Boipeba e nas proximidades
de Itacaré.
As análises estatísticas quantitativa e qualitativa no estudo dos briozoários são complementares
entre si e constituem ferramentas importantes na determinação de associações de estações em função
da composição faunísticas e de formas zoariais com os diversos parâmetros ambientais. O uso destas
técnicas em diversos ambientes é necessário para validar as relações estabelecidas na Costa do Dendê
para estes grupos.
Os dados obtidos com o presente estudo permitiram uma caracterização geral das principais
espécies de briozoários na plataforma continental da Costa do Dendê, litoral sul Estado da Bahia,
fornecendo subsídios para futuros estudos de monitoramento ambiental.
77
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Anexo 1 - Pranchas
___________________________________________________________________________
PRANCHA 1 – 01. Membraniporopsis sp – Membrana frontal e espinhos infundibulares. 02. Tremopora
dendracantha (Ascophorina sp. 13) – Aviculário lateral, espinhos distais e escudo frontal com largos poros.
03.
Steginoporella sp – Quatro poros areolares. 04. Monoporella sp (Ascophorina sp. 12) – Parede criptocística e
duas séries de inserção de espinhos distais.
05. Tremogasterina mucronata – Pericisto com dois a três poros,
mucro desenvolvido e aviculários vicariantes truncados e dirigidos para a porção distal a espatulados com pivot.
Abertura semi-circular com quatro inserções para espinhos. 06. Reptadeonella tubulifera – Ascóporo próximo à
base do peristoma, parede pleurocística com poros areolares. Abertura oval transversa e peristoma tubular.
07.
Exochella longirostris – Poros areolares grandes e aviculário transverso e triangular.
8A. Biavicularium tenue
Aspecto geral da colônia.
8B. Biavicularium tenue – Detalhe da fig. 8A. Parede pleurocística e dois aviculários
latero-orais.
__________________________________________________________________________________________
PRANCHA 2 – 1A. Parasmittina spathulata – Parede pleurocística com poros areolares e lírula. Zoécio à
esquerda com ovicela hiperstomial.
1B. Parasmittina spathulata Aviculários espatulados. 02. Cribella sp.
(Ascophorina sp. 10) – Parede frontal tremocística, ovicela porosa e aviculário triangular latero-oral. 03.
Schizomavella linearis – Abertura com sinus em “V” aberto. 04. Schizoporella sp. – Dois aviculários grandes
latero-orais. 05. Tremoschizodina fulgens (Ascophorina sp. 6) – Zoécio à esquerda com ovicela imersa e zoécio a
direita normal (sem ovicela) com parede tremocística. 06. Tetraplaria dichotoma – Ramos com zoécios
justapostos. 07. Crepidacantha sp. – Ovicela com ectocisto circular e dois aviculários latero-orais. 08. Aimulosia
sp. (Ascophorina sp. 4) – Espinhos orais e aviculário sub-oral peristomial.
_________________________________________________________________________________________
PRANCHA 3 1A. Didymosella sp. – Aparência geral da colônia. 1B. Didymosella sp. – Detalhe da fig. 1A.
Frontal tremocística com poros de tamanho mediano, perístoma tubular com dois aviculários peristomiais e dois
grandes poros basais. 02. Celleporina costazii (Ascophorina sp. 14) – Dois aviculários latero-orais com câmaras
elevadas, ovicela com poros alongados e radiais.
3A. Hippoporella gorgonensis – Aviculário triangular, umbo
sub-oral e vestígio da ovicela.
3B. Hippoporella gorgonensis – Ovicela com umbo e cinco espinhos orais. 4A.
Reteporellina sp. – Poros frontais raros e aviculário sub-oral retangular.
4B. Reteporellina sp. – Ovicela imersa
com fenda frontal.
05. Rhynchozoon tuberculatum (Ascophorina sp. 4) – Dente oral unilateral e inserção dos
espinhos orais.
06. Hippopodina sp. – Abertura com arco, poros frontais e areolares e um aviculário latero-oral.
Anexo 2 - Tabelas
Tabela I - Localização e profundidade das estações de amostragem
- Costa do Dendê, 2002.
ESTAÇÕES LATITUDE LONGITUDE PROFUNDIDADE (m)
#12 38,9174 13,35971 7,60 (PI)
#13 38,87872 13,35982 24,70 (PM)
#14 38,83613 13,36095 51,80 (PE)
#21 38,74464 13,45879 53,20 (PE)
#22 38,78247 13,45996 43,30 (PE)
#23 38,82525 13,46011 40,00 (PM)
#24 38,87102 13,45801 19,50 (PI)
#29 38,76459 13,52332 58,90 (PE)
#30 38,8106 13,52361 45,00 (PE)
#31 38,85436 13,52155 20,70 (PM)
#33 38,89833 13,55174 15,00 (PI)
#34 38,86705 13,55164 22,90 (PM)
#35 38,81715 13,55431 43,00 (PM)
#36 38,77635 13,55463 48,20 (PE)
#37 38,74855 13,55425 45,80 (PE)
#56 38,87964 13,74369 22,20 (PM)
#57 38,83528 13,74468 35,10 (PM)
#58 38,80111 13,74363 47,70 (PE)
#59 38,76352 13,74466 47,60 (PE)
#60 38,76711 13,77504 46,30 (PE)
#61 38,80289 13,77543 42,40 (PE)
#62 38,85047 13,77515 25,50 (PM)
#63 38,89922 13,7757 13,80 (PI)
#64 38,94528 13,77338 10,60 (PI)
#71 38,8208 13,83809 45,30 (PE)
#72 38,8683 13,83706 32,90 (PM)
#73 38,90563 13,83743 11,20 (PI)
#74 38,9411 13,8276 4,30 (PI)
#88 38,92624 13,99663 17,60 (PI)
#89 38,88526 13,99736 36,00 (PM)
#97 38,8518 14,09228 48,20 (PE)
#98 38,89816 14,09199 31,20 (PM)
#99 38,94593 14,09059 15,80 (PI)
#106 38,96691 14,18774 15,00 (PI)
#107 38,93277 14,18636 30,00 (PM)
#108 38,8999 14,18635 51,80 (PE)
PI: Plataforma interna; PM: Plataforma média; PE: Plataforma externa
Tabela II - Frequência relativa das espécies dominantes (matriz quantitativa) - Costa do Dendê, 2002.
#12 #13 #14 #21 #22 # 23 #24 #29 #30 #31 #33 #34 #35 #36 #37 #56 #57
Crisia sp 7,14 0,87 0 4,01 10,18 10,63 2,94 5,42 2,05 4,38 1,16 0 2,8 1,57 7,49 0 1,69
Tubulipora sp 0 0 0 0,06 0 0 0 0,25 0 0,07 2,8 0 0,24 2 3,96 0 9,91
Nevianipora sp 0 4,65 0 8,01 12,51 25,4 3,6 9,93 7,23 6,09 0,77 2,47 12,56 2,44 5,15 0 0,95
Mecynoecia sp 0 0,73 0 9,85 6,81 16,69 2,4 11,35 29,75 11,83 1,93 0,82 27,2 9,18 1,91 0 3,79
Antropora typica 14,29 0,44 0 1,11 0,45 0,45 2,94 0,03 0 0,07 4,24 0 1,32 0 0,94 0 7,32
Nellia ocullata 0 0,58 0 0 0 1,58 0,4 0,5 0,32 3,28 0,48 2,47 0,24 0 0 4,88 6,53
Discoporella umbellata 7,14 0,15 0 2,45 2,51 0,62 0 0,38 0,46 0,14 0 3,51 0,06 0,09 0 9,76 3,27
Cupuladria monotrema 0 13,81 100 0 3,68 15,27 0 1,51 7,5 0,07 0 0 2,52 1,39 0 0 0,63
Canda retiformes 0 0 0 8,46 6,19 0,68 8,68 0 0 5,47 24,88 0 0,48 2,79 17,13 9,76 10,96
Scrupocellaria sp 0 5,81 0 4,51 2,06 1,81 7,74 13,37 3,02 14,5 5,3 6,6 0,84 0,35 12,71 9,76 10,75
Micropora coriacea 0 0 0 0,78 0,31 0 0 0,16 0 0,14 0 0 0 0,22 0,07 1,22 0,26
Smittipora acutirostris 0 0,73 0 0,11 0,34 0 0,8 0 0 0,55 0 0 0 0,17 0,04 0 0,05
Steginoporella magnilabris 0 2,83 0 1,22 1,13 0,17 0 2,71 3,24 0,14 0 0 2,4 1,78 0,25 0 1,74
Siphonoporella granulosa 0 0 0 0,61 0,55 0,23 1,2 0,06 0 0,41 2,89 0 0 0,65 0,18 0 0,21
Puellina (cribrilaria) radiata 0 0 0 0,67 0,28 0 0,8 0,13 0 0,89 1,54 4,33 0 0,91 0,32 2,44 0,79
Trypostega venusta 0 0,58 0 0,06 0,17 0 1,07 0 0 0 1,54 0 0,12 0,04 0,04 2,44 0
Tremogasterina mucronata 0 0 0 2,89 2,65 0 2,67 0,82 0,24 0,62 0,58 0 0 3,26 0,72 0 0,68
Reptadeonella violacea 0 0,15 0 0,33 1,07 0 2,54 0,57 1 0,55 1,45 0 0,54 0,48 0,94 0 0,05
Celleporaria sp 0 26,24 0 3,62 0,69 0,62 10,68 2,21 2,29 0,96 7,52 0 0,12 1,04 0 0 0
Biavicularium tenue 0 0,29 0 0,33 1,41 0,11 0 0,32 1,56 1,85 0 0 0,03 1,09 0,4 0 0,16
Parasmitinna sp 0 0,58 0 3,95 2,82 0 9,35 2,62 0,22 0,96 13,5 0 0 1,7 2,23 0 0,47
Hippoporina sp1 0 2,76 0 2 1,82 2,77 0 1,64 0,92 0 0 0,82 0,36 0,52 0,04 0 0,42
Schizoporella unicornis 0 4,94 0 1,17 3,99 0,74 0 2,43 9,28 0,75 1,35 0,82 0,33 10,7 0,11 0 0,11
Schizoporella carvalhoi 0 0,55 0 0,45 0,07 00001,506,19 0 0,96 0,5 6,1 0,11
Stylopoma informata 0 8,72 0 0,11 0,86 3,45 0 3,63 4,88 0,27 0,1 0 8,33 4,92 0,07 0 0
Margaretta buskii 0 17,73 0 1,67 3,88 1,75 0,53 1,58 8,66 12,04 0 55,67 4,6 2,31 2,48 29,27 10,06
Gemelliporina glabra 7,14 0 0 10,68 4,33 0,45 5,74 1,45 1,86 3,83 2,41 0 0,24 9,01 2,48 0 0,58
Cleidochasma porcellana 0 1,64 0 3,62 0,96 0 3,74 0 0,11 1,23 4,63 0,41 0,12 0,44 1,69 0 1,26
Reteporellina denticulata 0 0 0 2,23 1,72 4,58 0 3,25 3,59 1,64 0 1,86 1,89 1,44 0,61 0 1,37
Rhynchozoon arborescens 0 0 0 0,61 1,82 0,06 0,27 0,47 0,03 0,14 0,19 0 0,21 0,57 0,61 7,32 0,11
Rhynchozoon verruculatum 0 0,15 0 0,06 0,14 0 0,13 0,13 0 0 0 0,21 0 1,48 0 0 0,26
Hippaliosina imperfecta 0 0 0 0,45 0,45 0 1,34 0,88 0 0 1,35 0 0,12 0,26 0,61 0 0,47
Tabela II (Cont.) - Frequência relativa das espécies dominantes (matriz quantitativa) - Costa do Dendê, 2002.
#58 #59 #60 #61 #62 #63 #64 #71 #72 #73 #74 #88 #89 #97 #98 #99 #106 #107 #108
Crisia sp 7,4 1,66 0,78 5,5 3,26 0,98 10,76 2,24 11,85 18,99 10 7,81 0,33 4,15 0 1,64 3,38 5,57 18,18
Tubulipora sp 0,77 5,56 0,39 4,85 0,3 0 0 1,28 1,27 00001,73 0,68 0 0,15 0 0,78
Nevianipora sp 0,87 1,57 4,69 1,75 0 0 0 1,28 1,22 0 0 0,79 0 1,73 0,68 0 0,23 0,46 0
Mecynoecia sp 5,64 3,31 6,25 3,88 5,6 0,24 1,89 2,24 7,18 0 0 3,97 0 4,49 2,72 5,62 1,78 24,54 12,7
Antropora typica 0,05 4,82 0 1,09 3,12 0 43,6 0 0 1,27 0 0,24 0 0,35 4,76 0 0,01 0 0
Nellia ocullata 7,21 0 0 0,65 1,08 21,46 0 0 2,68 18,89 43,33 9,4 3,92 2,07 0 15,45 0,75 3,58 7,54
Discoporella umbellata 0,63 0 0 0,04 0,04 0,24 0 21,15 8,85 0 0 0,16 13,48 2,77 0 0 10,34 3,16 0
Cupuladria monotrema 0,89 0,03 000008,01 5,71 0 0 0 53,43 0 0 0 14,97 6,39 0
Canda retiformes 8,52 13,01 3,91 11,24 2,52 12,68 0 2,56 13,9 5,06 1,11 10,31 0 4,84 1,36 1,4 15,97 10,75 2,18
Scrupocellaria sp 3,93 13,36 10,64 14,39 6,68 22,93 25,86 3,53 4,83 43,04 21,11 11,03 5,56 3,46 0,68 7,62 2,58 4,6 31,7
Micropora coriacea 0,84 0,83 1,56 0,93 0,41 0 0 0,32 0 0 0 0,16 0,57 0,52 12,24 0 0 0,22 0,58
Smittipora acutirostris 0,21 0 1,17 0,4 0 0 0 0,08 0,16 0 0 0,63 0 0,52 1,36 0,7 0,15 0,47 0
Steginoporella magnilabris 5,73 0,09 1,95 1,25 0,56 0 0,74 0,72 0,09 0 0 2,18 0,57 4,84 0,68 0 4,14 0,79 0,58
Siphonoporella granulosa 0,47 0,18 0 0,04 0 0 2,38 0 0,34 0 2,22 0,71 0 0,69 0 0,23 0,9 0,05 1,4
Puellina (cribrilaria) radiata 0,73 1,09 2,73 1,13 1,93 1,22 0,08 1,36 0,12 2,53 0 0,48 0 4,06 0 0,47 0,07 0,13 0,19
Trypostega venusta 0,21 0,09 1,17 0,44 0,93 0,49 0,25 1,84 0 0 0 1,15 0 0 2,72 0,23 0,07 0 0,58
Tremogasterina mucronata 1,52 0,98 0 1,37 0 0,98 0 0,88 1,29 0 0 0,32 0 3,46 0 0,23 0,21 0,02 0
Reptadeonella violacea 0,51 0,95 1,17 1,66 0,04 0 0,33 1,2 0,78 0 1,11 2,22 0 1,73 0,68 0,23 0,46 0,66 0
Celleporaria sp 3,07 0,18 0 0,08 0,33 0 0,33 2,16 0,14 0 0 4,44 0,74 0,69 0 0 0,39 0,09 0,16
Biavicularium gulo 2,04 0,06 0 0,49 0,48 1,22 0,57 3,93 1,18 0 0 1,03 0 2,07 0 0,94 0,29 0,07 1,09
Parasmitinna sp 2,62 0,8 1,17 2,83 0,04 1,22 0,66 0 2,7 3,8 1,11 1,98 0 4,93 0 1,64 4,56 0,24 0,93
Hippoporina sp1 0,33 0,15 000000,32 1,71 0 1,11 0 0,25 0,69 0 0 0,38 0,04 0
Schizoporella unicornis 2,43 0 0 0,57 0,04 0 1,81 0,64 0 0 0 3,65 0,33 2,25 0 1,23 7,78 1,92 0,54
Schizoporella carvalhoi 0,37 0,03 0,39 0,4 0,63 0 0,08 3,53 0,05 0 0 0,32 0 0,69 0 0,47 3,5 0,04 0,16
Stylopoma informata 2,5 1,06 0 0,49 0,04 0 0 3,21 0,18 0 2,22 0,12 0 0 0 0,23 5,71 0,04 0
Margaretta buski 10,02 2,78 3,13 3,52 50,37 20,73 3,94 0,8 3,76 0 1,11 1,47 0,41 4,84 4,76 6,32 2,54 0,42 3,11
Gemelliporina glabra 6,2 1,68 2,73 3,56 1,19 0 0 0,72 4,41 0 0 2,22 0 7,26 1,36 28,32 0 2,36 0,51
Cleidochasma porcellana 0,37 0,83 4,69 2,02 1,67 0 0 0,8 0,34 1,27 3,33 1,86 0 1,47 1,36 1,17 0,02 0,13 0,62
Reteporellina denticulata 1,4 0,35 0,39 0,65 0,74 0 0 0,72 0,6 00002,07 0,68 0,47 0,19 2,41 0
Rhynchozoon arborescens 0,49 0,68 0,78 0,97 0,93 0 0,08 0,8 0,37 0 0 0,12 0 0,69 0 4,62 0,16 0,15 0,04
Rhynchozoon verruculatum 0,09 0 0 0,36 0 0 1,97 1,44 0,6 0 3,33 2,38 0 2,07 14,29 4,21 0,94 0,15 3,07
Hippaliosina imperfecta 0,73 2,34 1,56 0,04 0 0 0 0,37 0,37 0 0 2,1 0 0,69 0 0,7 0,77 0,22 0,97
Tabela III - Valores de presença e ausência das espécies dominantes (matriz binária) - Costa do Dendê, 2002.
#12 #13 #14 #21 #22 # 23 #24 #29 #30 #31 #33 #34 #35 #36 #37
Crisia sp 110111111110111
Tubulipora sp 000100010110111
Nevianipora sp 010111111111111
Mecynoecia sp 010111111111111
Antropora typica 110111110110101
Nellia ocullata 010001111111100
Discoporella umbellata 110111011101110
Cupuladria monotrema 011011011100110
Canda retiformes 000111100110111
Scrupocellaria sp 010111111111111
Micropora coriacea 000110010100011
Smittipora acutirostris 010110100100011
Steginoporella magnilabris 010111011100111
Siphonoporella granulosa 000111110110011
Puellina (cribrilaria) radiata 000110110111011
Trypostega venusta 010110100010111
Tremogasterina mucronata 000110111110011
Reptadeonella violacea 010110111110111
Celleporaria sp 010111111110110
Biavicularium tenue 010111011100111
Parasmitinna sp 010110111110011
Hippoporina sp1 010111011001111
Schizoporella unicornis 010111011111111
Schizoporella carvalhoi 010110000101011
Stylopoma informata 010111011110111
Margaretta buskii 010111111101111
Gemelliporina glabra 100111111110111
Cleidochasma porcellana 010110101111111
Reteporellina denticulata 000111011101111
Rhynchozoon arborescens 000111111110111
Rhynchozoon verruculatum 010110110001110
Hippaliosina imperfecta 000110110010111
Tabela III (Cont.) - Valores de presença e ausência das espécies dominantes (matriz binária) - Costa do Dendê, 2002.
#56 #57 #58 #59 #60 #61 #62 #63 #64 #71 #72 #73 #74 #88 #89
Crisia sp 011111111111111
Tubulipora sp 011111100110000
Nevianipora sp 011111000110010
Mecynoecia sp 011111111110010
Antropora typica 011101101001010
Nellia ocullata 111001110011111
Discoporella umbellata 111001110110011
Cupuladria monotrema 011100000110001
Canda retiformes 111111110111110
Scrupocellaria sp 111111111111111
Micropora coriacea 111111100100011
Smittipora acutirostris 011011000110010
Steginoporella magnilabris 011111101110011
Siphonoporella granulosa 011101001010110
Puellina (cribrilaria) radiata 111111111111010
Trypostega venusta 101111111100010
Tremogasterina mucronata 011101010110010
Reptadeonella violacea 011111101110110
Celleporaria sp 001101101110011
Biavicularium tenue 011101111110010
Parasmitinna sp 011111111011110
Hippoporina sp1 011100000110101
Schizoporella unicornis 011001101100011
Schizoporella carvalhoi 111111101110010
Stylopoma informata 001101100110110
Margaretta buskii 111111111110111
Gemelliporina glabra 011111100110010
Cleidochasma porcellana 011111100111110
Reteporellina denticulata 011111100110000
Rhynchozoon arborescens 111111101110010
Rhynchozoon verruculatum 011001001110110
Hippaliosina imperfecta 011111000110010
Tabela III (Cont.) - Valores de presença e ausência das espécies dominantes.
#97 #98 #99 #106 #107 #108
Crisia sp 101111
Tubulipora sp 110101
Nevianipora sp 110110
Mecynoecia sp 111111
Antropora typica 110100
Nellia ocullata 101111
Discoporella umbellata 100110
Cupuladria monotrema 000110
Canda retiformes 111111
Scrupocellaria sp 111111
Micropora coriacea 110011
Smittipora acutirostris 111110
Steginoporella magnilabris 110111
Siphonoporella granulosa 101111
Puellina (cribrilaria) radiata 101111
Trypostega venusta 011101
Tremogasterina mucronata 101110
Reptadeonella violacea 111110
Celleporaria sp 100111
Biavicularium tenue 101111
Parasmitinna sp 101111
Hippoporina sp1 100110
Schizoporella unicornis 101111
Schizoporella carvalhoi 101111
Stylopoma informata 001110
Margaretta buskii 111111
Gemelliporina glabra 111011
Cleidochasma porcellana 111111
Reteporellina denticulata 111110
Rhynchozoon arborescens 101111
Rhynchozoon verruculatum 111111
Hippaliosina imperfecta 101111
Tabela IV - Distribuição das formas coloniais das espécies dominantes - Costa do Dendê, 2002.
#12 #13 #14 #21 #22 # 23 #24 #29 #30 #31 #33 #34 #35 #36 #37
Crisia sp CECE 0 CECECECECECECE 0 CECECE
Tubulipora sp 0 0 0 MB 0 0 0 MB 0 MB MB 0 MB MB MB
Nevianipora sp 0 MB 0 MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB
Mecynoecia sp 0 MB 0 MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB
Antropora typica MB MB 0 MB MB MB MB MB 0 MB MB 0 MB 0 MB
Nellia ocullata 0 CE 0 0 0 CE CE CE CE CE CE CE CE 0 0
Discoporella umbellata LU LU 0 LU LU LU 0 LU LU LU 0 LU LU LU 0
Cupuladria monotrema 0 LULU 0 LULU 0 LULULU 0 0 LULU 0
Canda retiformes 0 0 0 CE CE CE CE 0 0 CE CE 0 CE CE CE
Scrupocellaria sp 0 CE 0 CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE
Micropora coriacea 0 0 0 MB MB 0 0 MB 0 MB 0 0 0 MB MB
Smittipora acutirostris 0 MB 0 MB MB 0 MB 0 0 MB 0 0 0 MB MB
Steginoporella magnilabris 0 MB 0 MBMBMB 0 MBMBMB 0 0 MBMBMB
Siphonoporella granulosa 0 0 0 MB MB MB MB MB 0 MB MB 0 0 MB MB
Puellina (cribrilaria) radiata 0 0 0 MB MB 0 MB MB 0 MB MB MB 0 MB MB
Trypostega venusta 0 MB 0 MB MB 0 MB 0 0 0 MB 0 MB MB MB
Tremogasterina mucronata 0 0 0 MBMB 0 MBMBMBMBMB 0 0 MBMB
Reptadeonella violacea 0 MB 0 MB MB 0 MB MB MB MB MB 0 MB MB MB
Celleporaria sp 0 CP 0 CP CP CP CP CP CP CP CP 0 CP CP 0
Biavicularium tenue 0 AD 0 ADADAD 0 ADADAD 0 0 ADADAD
Parasmitinna sp 0 MB 0 MBMB 0 MBMBMBMBMB 0 0 MBMB
Hippoporina sp1 0 MB 0 MBMBMB 0 MBMB 0 0 MBMBMBMB
Schizoporella unicornis 0 MB 0 MBMBMB 0 MBMBMBMBMBMBMBMB
Schizoporella carvalhoi 0MB0MBMB0000MB0MB0MBMB
Stylopoma informata 0 CP 0 CP CP CP 0 CP CP CP CP 0 CP CP CP
Margaretta buskii 0 CE 0 CE CE CE CE CE CE CE 0 CE CE CE CE
Gemelliporina glabra VI 0 0 VI VI VI VI VI VI VI VI 0 VI VI VI
Cleidochasma porcellana 0 MB 0 MBMBMBMB 0 MBMBMBMBMBMBMB
Reteporellina denticulata 0 0 0 RE RE RE 0 RE RE RE 0 RE RE RE RE
Rhynchozoon arborescens 0 0 0 AD AD AD AD AD AD AD AD 0 AD AD AD
Rhynchozoon verruculatum 0 MB 0 MB MB 0 MB MB 0 0 0 MB MB MB 0
Hippaliosina imperfecta 0 0 0 MB MB 0 MB MB 0 0 MB 0 MB MB MB
Formas coloniais:
A
D = adeonióide; CE = celarióide; CP = celeporóide; LU = lunulitóide; MB = membraniporóide; RE = reteporóide; VI = vincularió
i
Tabela IV (Cont.) - Distribuição das formas coloniais das espécies dominantes - Costa do Dendê, 2002.
#56 #57 #58 #59 #60 #61 #62 #63 #64 #71 #72 #73 #74 #88 #89
Crisia sp 0 CECECECECECECECECECECECECECE
Tubulipora sp 0 MBMBMBMBMBMB 0 0 MBMB 0 0 0 0
Nevianipora sp 0 MBMBMBMBMB 0 0 0 MBMB 0 0 MB 0
Mecynoecia sp 0 MBMBMBMBMBMBMBMBMBMB 0 0 MB 0
Antropora typica 0 MB MB MB 0 MB MB 0 MB 0 0 MB 0 MB 0
Nellia ocullata CE CE CE 0 0 CE CE CE 0 0 CE CE CE CE CE
Discoporella umbellata LU LU LU 0 0 LU LU LU 0 LU LU 0 0 LU LU
Cupuladria monotrema 0LULULU00000LULU000LU
Canda retiformes CE CE CE CE CE CE CE CE 0 CE CE CE CE CE 0
Scrupocellaria sp CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE
Micropora coriacea MB MB MB MB MB MB MB 0 0 MB 0 0 0 MB MB
Smittipora acutirostris 0 MB MB 0 MB MB 0 0 0 MB MB 0 0 MB 0
Steginoporella magnilabris 0 MBMBMBMBMBMB 0 MBMBMB 0 0 MBMB
Siphonoporella granulosa 0 MB MB MB 0 MB 0 0 MB 0 MB 0 MB MB 0
Puellina (cribrilaria) radiata MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB MB 0 MB 0
Trypostega venusta MB 0 MBMBMBMBMBMBMBMB 0 0 0 MB 0
Tremogasterina mucronata 0 MB MB MB 0 MB 0 MB 0 MB MB 0 0 MB 0
Reptadeonella violacea 0 MBMBMBMBMBMB 0 MBMBMB 0 MBMB 0
Celleporaria sp 0 0 CP CP 0 CP CP 0 CP CP CP 0 0 CP CP
Biavicularium gulo 0 AD AD AD 0 AD AD AD AD AD AD 0 0 AD 0
Parasmitinna sp 0 MBMBMBMBMBMBMBMB 0 MBMBMBMB 0
Hippoporina sp1 0MBMBMB00000MBMB0MB0MB
Schizoporella unicornis 0 MB MB 0 0 MB MB 0 MB MB 0 0 0 MB MB
Schizoporella carvalhoi MB MB MB MB MB MB MB 0 MB MB MB 0 0 MB 0
Stylopoma informata 0 0 CP CP 0 CP CP 0 0 CP CP 0 CP CP 0
Margaretta buskii CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE CE 0 CE CE CE
Gemelliporina glabra 0 VIVIVIVIVIVI0 0VIVI 0 0 VI0
Cleidochasma porcellana 0 MBMBMBMBMBMB 0 0 MBMBMBMBMB 0
Reteporellina denticulata 0 RERERERERERE 0 0 RERE 0 0 0 0
Rhynchozoon arborescens AD AD AD AD AD AD AD 0 AD AD AD 0 0 AD 0
Rhynchozoon verruculatum 0MBMB0 0MB0 0MBMBMB0MBMB0
Hippaliosina imperfecta 0 MBMBMBMBMB 0 0 0 MBMB 0 0 MB 0
Tabela IV (Cont.) - Formas coloniais das espécies dominantes
#97 #98 #99 #106 #107 #108
Crisia sp CE 0 CECECECE
Tubulipora sp MB MB 0 MB 0 MB
Nevianipora sp MB MB 0 MB MB 0
Mecynoecia sp MB MB MB MB MB MB
Antropora typica MB MB 0 MB 0 0
Nellia ocullata CE 0 CECECECE
Discoporella umbellata LU 0 0 LU LU 0
Cupuladria monotrema 0 0 0 LU LU 0
Canda retiformes CE CE CE CE CE CE
Scrupocellaria sp CE CE CE CE CE CE
Micropora coriacea MB MB 0 0 MB MB
Smittipora acutirostris MB MB MB MB MB 0
Steginoporella magnilabris MB MB 0 MB MB MB
Siphonoporella granulosa MB 0 MBMBMBMB
Puellina (cribrilaria) radiata MB 0 MBMBMBMB
Trypostega venusta 0 MBMBMB 0 MB
Tremogasterina mucronata MB 0 MBMBMB 0
Reptadeonella violacea MB MB MB MB MB 0
Celleporaria sp CP 0 0 CP CP CP
Biavicularium tenue AD 0 ADADADAD
Parasmitinna sp MB 0 MBMBMBMB
Hippoporina sp1 MB 0 0 MB MB 0
Schizoporella unicornis MB 0 MBMBMBMB
Schizoporella carvalhoi MB 0 MBMBMBMB
Stylopoma informata 0 0 CP CP CP 0
Margaretta buskii CE CE CE CE CE CE
Gemelliporina glabra VI VI VI 0 VI VI
Cleidochasma porcellana MB MB MB MB MB MB
Reteporellina denticulata RE RE RE RE RE 0
Rhynchozoon arborescens AD 0 ADADADAD
Rhynchozoon verruculatum MB MB MB MB MB MB
Hippaliosina imperfecta MB 0 MBMBMBMB
Tabela V - Percentuais de cascalho, areia e lama nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Estações Cascalho (%) Areia (%) Lama (%) Classificação do sedimento
#12 0,66 99,34 0 Areia
#13 33,38 62,83 3,79 Areia cascalhosa
#14 0 0,58 99,42 Lama
#21 27,72 64,65 7,62 Areia cascalhosa
#22 13,02 64,87 22,11 Areia lamosa
#23 3,68 56,34 39,98 Areia lamosa
#24 1,64 41,52 56,84 Lama arenosa
#29 14,08 62,7 23,21 Areia lamosa
#30 8,93 48,48 42,59 Areia lamosa
#31 39,51 59,76 0,73 Areia cascalhosa
#33 0,35 33,22 66,43 Lama arenosa
#34 42,79 56,02 1,19 Areia cascalhosa
#35 1,06 28,86 70,08 Lama arenosa
#36 19,28 52,65 28,07 Areia lamosa
#37 37,9 47,88 14,22 Areia cascalhosa
#56 19,1 80,9 0 Areia
#57 9,58 79,38 11,03 Areia
#58 31,57 51,12 17,31 Areia cascalhosa
#59 29,08 40,66 30,25 Mista
#60 71,05 27,11 1,83 Cascalho arenoso
#61 35,94 48,35 15,72 Areia cascalhosa
#62 36,38 62,35 1,28 Areia cascalhosa
#63 69,41 30,56 0,04 Cascalho arenoso
#64 49,56 47,9 2,54 Cascalho arenoso
#71 21,67 70,86 7,48 Areia cascalhosa
#72 10,11 66,62 23,26 Areia lamosa
#73 0 99,89 0,11 Areia
#74 0,01 99,98 0,01 Areia
#88 1,68 50,82 47,51 Areia lamosa
#89 1,41 64,98 33,62 Areia lamosa
#97 24,57 72,57 2,86 Areia cascalhosa
#98 93,68 6,27 0,05 Cascalho
#99 25,38 73,9 0,72 Areia cascalhosa
#106 45,58 49,9 4,52 Areia cascalhosa
#107 33,23 49,75 17,02 Areia cascalhosa
#108 11,92 49,93 38,15 Areia lamosa
Tabela VI - Variação dos parâmetros analisados em cada estação de amostragem. N = n
fragmentos; S = Número de espécies - Costa do Dendê, 2002.
ESTAÇÕES N S
#12 6 5
#13 2662 29
#14 1 1
#21 1569 45
#22 2560 53
#23 1599 23
#24 667 37
#29 2280 44
#30 3314 27
#31 1147 40
#33 866 31
#34 442 17
#35 2260 25
#36 1640 51
#37 2052 48
#56 73 13
#57 1504 44
#58 3844 63
#59 2780 57
#60 173 29
#61 2053 65
#62 2360 42
#63 361 18
#64 1171 22
#71 4688 51
#72 5671 55
#73 84 10
#74 2163 14
#88 84 50
#89 1182 19
#97 955 45
#98 136 22
#99 1484 30
#106 7684 46
#107 3992 43
#108 2324 29
Tabela VII - Determinação do peso dos briozoários em relação ao peso total
do sedimento nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Contribuição (%)
Estação Amostra Bryozoa Bryozoa
12 92,074 0,158 0,2
13 80,243 5,924 7,4
14 0,107 0,011 10,3
21 46,914 1,204 2,6
22 40,654 2,02 5,0
23 37,329 1,152 3,1
24 14,762 0,559 3,8
29 42,875 2,182 5,1
30 34,250 2,24 6,5
31 45,410 0,515 1,1
33 24,712 0,299 1,2
34 53,987 0,815 1,5
35 12,278 1,142 9,3
36 31,404 1,494 4,8
37 37,211 0,9 2,4
56 79,734 0,164 0,2
57 32,023 0,986 3,1
58 36,620 2,889 7,9
59 28,055 0,887 3,2
60 9,808 0,041 0,4
61 35,531 1,185 3,3
62 57,403 2,089 3,6
63 28,120 0,18 0,6
64 39,038 1,043 2,7
71 53,048 1,489 2,8
72 51,857 3,884 7,5
73 1,826 0 0,0
74 24,655 0,05 0,2
88 13,667 1,214 8,9
89 40,745 1,715 4,2
97 60,440 1,08 1,8
98 98,819 0,145 0,1
99 93,590 2,31 2,5
106 44,445 0,352 0,8
107 79,315 56 70,6
108 34,849 1,619 4,6
Total 1537,801 99,937 6,5
Peso Total (gramas)
Tabela VIII - Frequência de ocorrência (FO), frequência absoluta (FA) e frequência
relativa (FR) das espécies - Costa do Dendê, 2002.
Espécies Nº amostras F.O. F. A. F. R. (%)
Cyclostomatida sp 31 86,11 7156 9,50
Crisia sp 32 88,89 4090 5,43
Tubulipora sp 20 55,56 883 1,17
Nevianipora sp 26 72,22 2755 3,66
Mecynoecia sp 29 80,56 6759 8,97
Disporella sp 13 36,11 45 0,06
Anascina sp 25 69,44 305 0,40
Membranipora sp 2 5,56 2 0,00
Conopeum commensale 16 44,44 105 0,14
Copidozoum sp 16 44,44 218 0,29
Antropora typica 22 61,11 1158 1,54
Nellia ocullata 26 72,22 1950 2,59
Discoporella umbellata 24 66,67 2306 3,06
Cupuladria monotrema 17 47,22 3955 5,25
Beania hirtissima 1 2,78 17 0,02
Canda retiformes 28 77,78 5903 7,83
Scrupocellaria sp 33 91,67
5590 7,42
Micropora coriacea 20 55,56 211 0,28
Mollia elongata 15 41,67 658 0,87
Smittipora acutirostris 19 52,78 159 0,21
Steginoporella magnilabris 25 69,44 1352 1,79
Steginoporella buskii 4 11,11 33 0,04
Siphonoporella granulosa 24 66,67 326 0,43
Cellaria bahiensis 13 36,11 297 0,39
Puellina sp1 2 5,56 16 0,02
Puellina (Cribrilaria) radiata 27 75,00 391 0,52
Ascophorina sp 34 94,44 3172 4,21
Ascophorina sp1A 1 2,78 1 0,00
Ascophorina sp2 1 2,78 6 0,01
Ascophorina sp3 4 11,11 29 0,04
Ascophorina sp4 9 25,00 32 0,04
Ascophorina sp5 3 8,33 11 0,01
Ascophorina sp6 1 2,78 4 0,01
Ascophorina sp7 7
19,44 42 0,06
Ascophorina sp8 2 5,56 4 0,01
Ascophorina sp9 9 25,00 40 0,05
Ascophorina sp10 1 2,78 11 0,01
Ascophorina sp11 1 2,78 12 0,02
Ascophorina sp12 2 5,56 2 0,00
Ascophorina sp13 1 2,78 2 0,00
Ascophorina sp14 2 5,56 2 0,00
Trypostega venusta 21 58,33 168 0,22
Tremogasterina mucronata 21 58,33 604 0,80
Coleopora sp 6 16,67 19 0,03
Exechonella brasiliensis 13 36,11 80 0,11
Reptadeonella violacea 27 75,00 521 0,69
Reptadeonella tubulifera 18 50,00 151 0,20
Celleporaria sp 24 66,67 1515 2,01
Celleporaria vagans 18 50,00 483 0,64
Celleporaria mordax 15 41,67 268 0,36
Exochella longirostris
1 2,78 3 0,00
Umbonula sp 17 47,22 75 0,10
Biavicularium tenue 24 66,67 523 0,69
Uniavicularium unguiculatum 16 44,44 392 0,52
Parasmittinna sp 26 72,22 1564 2,08
Parasmittina spathulata 13 36,11 189 0,25
Smittoidea sp 3 8,33 8 0,01
Smittoidea reticulata 16 44,44 303 0,40
Hippoporina sp1 20 55,56 548 0,73
Hippoporina sp2 9 25,00 68 0,09
Tabela VIII (Cont.) - Frequência de ocorrência (FO), frequência absoluta (FA) e frequência
relativa (FR) das espécies - Costa do Dendê, 2002.
Schizomavella linearis 7 19,44 107 0,14
Watersipora sp 3 8,33 109 0,14
Schizoporella sp 12 33,33 255 0,34
Schizoporella unicornis 24 66,67 2065 2,74
Schizoporella carvalhoi 22 61,11 501 0,66
Stylopoma sp 21 58,33 1692 2,25
Tetraplaria dichotoma 7 19,44 266 0,35
Margaretta buskii 33 91,67 4871 6,46
Gemelliporina glabra 26 72,22 2368 3,14
Gigantopora sp 6 16,67 29 0,04
Utinga castanea 16 44,44 143 0,19
Crepidacantha sp 8 22,22 68 0,09
Didymosella sp 2 5,56 11 0,01
Mamillopora cupula 11 30,56 106 0,14
Cleidochasma porcellana 29 80,56 618 0,82
Hippoporella gorgonensis 2 5,56 5 0,01
Hippoporidra sp1 17 47,22
118 0,16
Hippoporidra sp2 17 47,22 113 0,15
Hippoporidra sp3 6 16,67 24 0,03
Reteporellina denticulata 23 63,89 912 1,21
Rhynchozoon sp 14 38,89 131 0,17
Rhychozoon phrynoglossum 12 33,33 104 0,14
Rhynchozoon rostratum 16 44,44 182 0,24
Rhynchozoon arborescens 27 75,00 372 0,49
Rhynchozoon tuberculatum 10 27,78 12 0,02
Rhynchozoon verruculatum 21 58,33 490 0,65
Escharina pesanseris 18 50,00 135 0,18
Hippaliosina imperfecta 21 58,33 425 0,56
Hippopodina sp 5 13,89 23 0,03
Espécies não identificáveis 35 97,22 1614 2,14
Total 75361 100,00
Classificação Dajoz (1983) F.O.: 31 espécies constantes, 27 acessórias e 28 acidentais
Tabela IX - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações #12 #13 #14 #21
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 1 7,14 0 0,00 0 0,00 28 1,56
Crisia sp 0 0,00 24 0,87 0 0,00 72 4,01
Tubulipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,06
Nevianipora sp 0 0,00 128 4,65 0 0,00 144 8,01
Mecynoecia sp 0 0,00 20 0,73 0 0,00 177 9,85
Disporella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Anascina sp 0 0,00 1 0,04 0 0,00 26 1,45
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 0 0,00 1 0,04 0 0,00 12 0,67
Copidozoum tenuirostre 0 0,00 4 0,15 0 0,00 7 0,39
Antropora typica 2 14,29 12 0,44 0 0,00 20 1,11
Nellia ocullata
0 0,00 16 0,58 0 0,00 0 0,00
Discoporella umbellata 1 7,14 4 0,15 0 0,00 44 2,45
Cupuladria monotrema 0 0,00 380 13,81 1 100,00 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 0 0,00 0 0,00 0 0,00 152 8,46
Scrupocellaria sp 0 0,00 160 5,81 0 0,00 81 4,51
Micropora coriacea 0 0,00 0 0,00 0 0,00 14 0,78
Mollia elongata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 0,28
Smittipora acutirostris 0 0,00 20 0,73 0 0,00 2 0,11
Steginoporella magnilabris 0 0,00 78 2,83 0 0,00 22 1,22
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa 0 0,00
0 0,00 0 0,00 11 0,61
Cellaria bahiensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12 0,67
Ascophorina sp 5 35,71 77 2,80 0 0,00 156 8,68
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 1 7,14 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 0 0,00 16 0,58 0 0,00 1 0,06
Tremogasterina mucronata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 52 2,89
Coleopora corderoi 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 1 7,14 5 0,18 0 0,00
5 0,28
Reptadeonella violacea 0 0,00 4 0,15 0 0,00 6 0,33
Reptadeonella tubulifera 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12 0,67
Celleporaria sp 0 0,00 722 26,24 0 0,00 65 3,62
Celleporaria vagans 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Celleporaria mordax 0 0,00 0 0,00 0 0,00 66 3,67
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 0,17
Biavicularium tenue 0 0,00 8 0,29 0 0,00 6 0,33
Uniavicularium unguiculatum 0 0,00 28 1,02 0 0,00 50 2,78
Parasmittinna sp 0 0,00 16 0,58 0 0,00 71 3,95
Parasmittina spathulata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 0 0,00 4 0,15 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp1 0 0,00 76 2,76 0 0,00 36 2,00
Hippoporina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,11
Schizomavella linearis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,06
Schizoporella unicornis 0 0,00 136 4,94 0 0,00 21 1,17
Schizoporella carvalhoi 0 0,00 15 0,55 0 0,00 8 0,45
Stylopoma informata 0 0,00 240 8,72 0 0,00 2 0,11
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 0
0,00 488 17,73 0 0,00 30 1,67
Gemelliporina glabra 1 7,14 0 0,00 0 0,00 192 10,68
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 0 0,00 0 0,00 0 0,00 17 0,95
Crepidacantha sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 0 0,00 45 1,64 0 0,00 65 3,62
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 4 0,15 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 0,28
Hippoporidra sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,11
Hippoporidra sp3 0 0,00 0
0,00 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 40 2,23
Rhynchozoon sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 13 0,72
Rhynchozoon arborescens 0 0,00 0 0,00 0 0,00 11 0,61
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 0 0,00 4 0,15 0 0,00 1 0,06
Escharina pesanseris 0 0,00 4 0,15 0 0,00 2 0,11
Hippaliosina imperfecta 0 0,00 0 0,00 0 0,00 8 0,45
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 2 14,29 12 0,44 0
0,00 18 1,00
Total 14 2752 1 1797
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#22 #23 #24 #29
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 40 1,38 148 8,37 1 0,13 580 18,28
Crisia sp 296 10,18 188 10,63 22 2,94 172 5,42
Tubulipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 8 0,25
Nevianipora sp 364 12,51 449 25,40 27 3,60 315 9,93
Mecynoecia sp 198 6,81 295 16,69 18 2,40 360 11,35
Disporella sp 0 0,00 0 0,00 5 0,67 0 0,00
Anascina sp 17 0,58 0 0,00 1 0,13 27 0,85
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 1 0,03 0 0,00 0 0,00 1 0,03
Copidozoum tenuirostre 3 0,10 0 0,00 0 0,00 11 0,35
Antropora typica 13 0,45 8 0,45 22 2,94 1
0,03
Nellia ocullata 0 0,00 28 1,58 3 0,40 16 0,50
Discoporella umbellata 73 2,51 11 0,62 0 0,00 12 0,38
Cupuladria monotrema 107 3,68 270 15,27 0 0,00 48 1,51
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 180 6,19 12 0,68 65 8,68 0 0,00
Scrupocellaria sp 60 2,06 32 1,81 58 7,74 424 13,37
Micropora coriacea 9 0,31 0 0,00 0 0,00 5 0,16
Mollia elongata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittipora acutirostris 10 0,34 0 0,00 6 0,80 0 0,00
Steginoporella magnilabris 33 1,13 3 0,17 0 0,00 86 2,71
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
16 0,55 4 0,23 9 1,20 2 0,06
Cellaria bahiensis 4 0,14 32 1,81 0 0,00 20 0,63
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 8 0,28 0 0,00 6 0,80 4 0,13
Ascophorina sp 255 8,77 20 1,13 64 8,54 221 6,97
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 1 0,13 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 5 0,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00
0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 5 0,17 0 0,00 8 1,07 0 0,00
Tremogasterina mucronata 77 2,65 0 0,00 20 2,67 26 0,82
Coleopora corderoi 0 0,00 0 0,00 1 0,13 0 0,00
Exechonella brasiliensis 26 0,89 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Reptadeonella violacea 31 1,07 0 0,00 19 2,54 18 0,57
Reptadeonella tubulifera 4 0,14 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Celleporaria sp 20 0,69 11 0,62 80 10,68 70 2,21
Celleporaria vagans 21 0,72 0 0,00 13 1,74 0 0,00
Celleporaria mordax 37 1,27 0 0,00 15 2,00 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 2 0,27 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 0 0,00 20 2,67 5 0,16
Biavicularium tenue 41 1,41 2 0,11 0 0,00 10 0,32
Uniavicularium unguiculatum 31 1,07 0 0,00 7 0,93 1 0,03
Parasmittinna sp 82 2,82 0 0,00 70 9,35 83 2,62
Parasmittina spathulata 0 0,00 0 0,00 0 0,00
4 0,13
Smittoidea sp 1 0,03 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 8 0,28 0 0,00 0 0,00 20 0,63
Hippoporina sp1 53 1,82 49 2,77 0 0,00 52 1,64
Hippoporina sp2 3 0,10 0 0,00 4 0,53 0 0,00
Schizomavella linearis 38 1,31 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 5 0,17 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 74 2,54 0 0,00 66 8,81 17 0,54
Schizoporella unicornis 116 3,99 13 0,74 0 0,00 77 2,43
Schizoporella carvalhoi 2 0,07 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Stylopoma informata 25 0,86 61 3,45 0 0,00 115 3,63
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 0 0,00 1 0,13 0 0,00
Margaretta buskii 113
3,88 31 1,75 4 0,53 50 1,58
Gemelliporina glabra 126 4,33 8 0,45 43 5,74 46 1,45
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 5 0,67 0 0,00
Utinga castanea 10 0,34 0 0,00 1 0,13 2 0,06
Crepidacantha sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4 0,13
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 1 0,03 9 0,51 0 0,00 2 0,06
Cleidochasma porcellana 28 0,96 0 0,00 28 3,74 0 0,00
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 4 0,14 0 0,00 0 0,00 6 0,19
Hippoporidra sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,06
Hippoporidra sp3 1 0,03 0
0,00 0 0,00 4 0,13
Reteporellina denticulata 50 1,72 81 4,58 0 0,00 103 3,25
Rhynchozoon sp 69 2,37 1 0,06 0 0,00 3 0,09
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 0 0,00 1 0,13 21 0,66
Rhynchozoon rostratum 5 0,17 0 0,00 3 0,40 7 0,22
Rhynchozoon arborescens 53 1,82 1 0,06 2 0,27 15 0,47
Rhynchozoon tuberculatum 1 0,03 0 0,00 1 0,13 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 4 0,14 0 0,00 1 0,13 4 0,13
Escharina pesanseris 2 0,07 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 13 0,45 0 0,00 10 1,34 28 0,88
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 37 1,27 1 0,06 16
2,14 64 2,02
Total 2909 1768 749 3172
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#30 #31 #33 #34
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 284 7,66 145 9,92 48 4,63 24 4,95
Crisia sp 76 2,05 64 4,38 12 1,16 0 0,00
Tubulipora sp 0 0,00 1 0,07 29 2,80 0 0,00
Nevianipora sp 268 7,23 89 6,09 8 0,77 12 2,47
Mecynoecia sp 1103 29,75 173 11,83 20 1,93 4 0,82
Disporella sp 0 0,00 0 0,00 2 0,19 0 0,00
Anascina sp 4 0,11 3 0,21 64 6,17 0 0,00
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 0 0,00 2 0,14 0 0,00 0 0,00
Copidozoum tenuirostre 1 0,03 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Antropora typica 0 0,00 1 0,07 44 4,24 0
0,00
Nellia ocullata 12 0,32 48 3,28 5 0,48 12 2,47
Discoporella umbellata 17 0,46 2 0,14 0 0,00 17 3,51
Cupuladria monotrema 278 7,50 1 0,07 0 0,00 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 0 0,00 80 5,47 258 24,88 0 0,00
Scrupocellaria sp 112 3,02 212 14,50 55 5,30 32 6,60
Micropora coriacea 0 0,00 2 0,14 0 0,00 0 0,00
Mollia elongata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittipora acutirostris 0 0,00 8 0,55 0 0,00 0 0,00
Steginoporella magnilabris 120 3,24 2 0,14 0 0,00 0 0,00
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
0 0,00 6 0,41 30 2,89 0 0,00
Cellaria bahiensis 24 0,65 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 0 0,00 13 0,89 16 1,54 21 4,33
Ascophorina sp 72 1,94 82 5,61 29 2,80 8 1,65
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00
0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 0 0,00 0 0,00 16 1,54 0 0,00
Tremogasterina mucronata 9 0,24 9 0,62 6 0,58 0 0,00
Coleopora corderoi 1 0,03 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 0 0,00 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Reptadeonella violacea 37 1,00 8 0,55 15 1,45 0 0,00
Reptadeonella tubulifera 0 0,00 0 0,00 0 0,00 16 3,30
Celleporaria sp 85 2,29 14 0,96 78 7,52 0 0,00
Celleporaria vagans 0 0,00 1 0,07 2 0,19 0 0,00
Celleporaria mordax 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 1 0,07 1 0,10 0 0,00
Biavicularium tenue 58 1,56 27 1,85 0 0,00 0 0,00
Uniavicularium unguiculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Parasmittinna sp 8 0,22 14 0,96 140 13,50 0 0,00
Parasmittina spathulata 0 0,00 4 0,27 0 0,00
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 2 0,19 0 0,00
Smittoidea reticulata 8 0,22 4 0,27 4 0,39 0 0,00
Hippoporina sp1 34 0,92 0 0,00 0 0,00 4 0,82
Hippoporina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella unicornis 344 9,28 11 0,75 14 1,35 4 0,82
Schizoporella carvalhoi 0 0,00 22 1,50 0 0,00 30 6,19
Stylopoma informata 181 4,88 4 0,27 1 0,10 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 4 0,27 4 0,39 0 0,00
Margaretta buskii 321
8,66 176 12,04 0 0,00 270 55,67
Gemelliporina glabra 69 1,86 56 3,83 25 2,41 0 0,00
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 0 0,00 8 0,55 0 0,00 0 0,00
Crepidacantha sp 0 0,00 0 0,00 4 0,39 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 6 0,16 4 0,27 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 4 0,11 18 1,23 48 4,63 2 0,41
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 1 0,07 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 10 0,68 0 0,00 5 1,03
Hippoporidra sp2 0 0,00 0 0,00 2 0,19 2 0,41
Hippoporidra sp3 0 0,00 0
0,00 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 133 3,59 24 1,64 0 0,00 9 1,86
Rhynchozoon sp 0 0,00 16 1,09 5 0,48 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 4 0,11 5 0,34 0 0,00 1 0,21
Rhynchozoon rostratum 0 0,00 0 0,00 4 0,39 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 1 0,03 2 0,14 2 0,19 0 0,00
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,21
Escharina pesanseris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 0 0,00 0 0,00 14 1,35 0 0,00
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 33 0,89 85 5,81 30
2,89 11 2,27
Total 3707 1462 1037 485
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#35 #36 #37 #56
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 1033 31,05 257 11,18 563 20,27 0 0,00
Crisia sp 93 2,80 36 1,57 208 7,49 0 0,00
Tubulipora sp 8 0,24 46 2,00 110 3,96 0 0,00
Nevianipora sp 418 12,56 56 2,44 143 5,15 0 0,00
Mecynoecia sp 905 27,20 211 9,18 53 1,91 0 0,00
Disporella sp 0 0,00 1 0,04 5 0,18 0 0,00
Anascina sp 0 0,00 9 0,39 1 0,04 1 1,22
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 0 0,00 0 0,00 2 0,07 0 0,00
Copidozoum tenuirostre 0 0,00 3 0,13 26 0,94 0 0,00
Antropora typica 44 1,32 0 0,00 26 0,94 0
0,00
Nellia ocullata 8 0,24 0 0,00 0 0,00 4 4,88
Discoporella umbellata 2 0,06 2 0,09 0 0,00 8 9,76
Cupuladria monotrema 84 2,52 32 1,39 0 0,00 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 16 0,48 64 2,79 476 17,13 8 9,76
Scrupocellaria sp 28 0,84 8 0,35 353 12,71 8 9,76
Micropora coriacea 0 0,00 5 0,22 2 0,07 1 1,22
Mollia elongata 0 0,00 1 0,04 53 1,91 0 0,00
Smittipora acutirostris 0 0,00 4 0,17 1 0,04 0 0,00
Steginoporella magnilabris 80 2,40 41 1,78 7 0,25 0 0,00
Steginoporella buskii 8 0,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
0 0,00 15 0,65 5 0,18 0 0,00
Cellaria bahiensis 0 0,00 0 0,00 4 0,14 0 0,00
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 0 0,00 21 0,91 9 0,32 2 2,44
Ascophorina sp 25 0,75 280 12,18 130 4,68 6 7,32
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 1 0,04 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 1 0,04 0 0,00 1 1,22
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00
0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,22
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 4 0,12 1 0,04 1 0,04 2 2,44
Tremogasterina mucronata 0 0,00 75 3,26 20 0,72 0 0,00
Coleopora corderoi 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 0 0,00 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Reptadeonella violacea 18 0,54 11 0,48 26 0,94 0 0,00
Reptadeonella tubulifera 0 0,00 1 0,04 20 0,72 3 3,66
Celleporaria sp 4 0,12 24 1,04 0 0,00 0 0,00
Celleporaria vagans 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Celleporaria mordax 0 0,00 35 1,52 27 0,97 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 4 0,17 2 0,07 0 0,00
Biavicularium tenue 1 0,03 25 1,09 11 0,40 0 0,00
Uniavicularium unguiculatum 0 0,00 21 0,91 43 1,55 0 0,00
Parasmittinna sp 0 0,00 39 1,70 62 2,23 0 0,00
Parasmittina spathulata 0 0,00 2 0,09 5 0,18
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp1 12 0,36 12 0,52 1 0,04 0 0,00
Hippoporina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 0 0,00 8 0,35 8 0,29 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 3 0,13 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 1 0,04 26 0,94 0 0,00
Schizoporella unicornis 11 0,33 246 10,70 3 0,11 0 0,00
Schizoporella carvalhoi 0 0,00 22 0,96 14 0,50 5 6,10
Stylopoma informata 277 8,33 113 4,92 2 0,07 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 153
4,60 53 2,31 69 2,48 24 29,27
Gemelliporina glabra 8 0,24 207 9,01 69 2,48 0 0,00
Gigantopora sp 0 0,00 1 0,04 2 0,07 0 0,00
Utinga castanea 0 0,00 8 0,35 1 0,04 0 0,00
Crepidacantha sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 4 0,12 10 0,44 47 1,69 0 0,00
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 3 0,13 13 0,47 0 0,00
Hippoporidra sp2 0 0,00 19 0,83 9 0,32 0 0,00
Hippoporidra sp3 0 0,00 2
0,09 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 63 1,89 33 1,44 17 0,61 0 0,00
Rhynchozoon sp 0 0,00 3 0,13 8 0,29 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 30 1,31 4 0,14 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 0 0,00 16 0,70 8 0,29 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 7 0,21 13 0,57 17 0,61 6 7,32
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 0 0,00 34 1,48 0 0,00 0 0,00
Escharina pesanseris 0 0,00 12 0,52 16 0,58 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 4 0,12 6 0,26 17 0,61 0 0,00
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 9 0,27 112 4,87 32
1,15 2 2,44
Total 3327 2298 2778 82
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#57 #58 #59 #60
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 249 13,12 225 5,27 453 13,39 59 23,05
Crisia sp 32 1,69 316 7,40 56 1,66 2 0,78
Tubulipora sp 188 9,91 33 0,77 188 5,56 1 0,39
Nevianipora sp 18 0,95 37 0,87 53 1,57 12 4,69
Mecynoecia sp 72 3,79 241 5,64 112 3,31 16 6,25
Disporella sp 0 0,00 0 0,00 20 0,59 0 0,00
Anascina sp 21 1,11 4 0,09 39 1,15 5 1,95
Membranipora sp 0 0,00 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 2 0,11 19 0,44 14 0,41 8 3,13
Copidozoum tenuirostre 4 0,21 19 0,44 96 2,84 0 0,00
Antropora typica 139 7,32 2 0,05 163 4,82 0
0,00
Nellia ocullata 124 6,53 308 7,21 0 0,00 0 0,00
Discoporella umbellata 62 3,27 27 0,63 0 0,00 0 0,00
Cupuladria monotrema 12 0,63 38 0,89 1 0,03 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 208 10,96 364 8,52 440 13,01 10 3,91
Scrupocellaria sp 204 10,75 168 3,93 452 13,36 28 10,94
Micropora coriacea 5 0,26 36 0,84 28 0,83 4 1,56
Mollia elongata 8 0,42 41 0,96 382 11,29 7 2,73
Smittipora acutirostris 1 0,05 9 0,21 0 0,00 3 1,17
Steginoporella magnilabris 33 1,74 245 5,73 3 0,09 5 1,95
Steginoporella buskii 8 0,42 0 0,00 6 0,18 0 0,00
Siphonoporella granulosa
4 0,21 20 0,47 6 0,18 0 0,00
Cellaria bahiensis 0 0,00 12 0,28 0 0,00 0 0,00
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 12 0,35 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 15 0,79 31 0,73 37 1,09 7 2,73
Ascophorina sp 91 4,79 134 3,14 98 2,90 3 1,17
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 5 0,12 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 2 0,05 11 0,33 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 1 0,02 6 0,18 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 3 0,09 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00
0 0,00 4 0,12 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,78
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 0 0,00 9 0,21 3 0,09 3 1,17
Tremogasterina mucronata 13 0,68 65 1,52 33 0,98 0 0,00
Coleopora corderoi 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 5 0,26 10 0,23
4 0,12 0 0,00
Reptadeonella violacea 1 0,05 22 0,51 32 0,95 3 1,17
Reptadeonella tubulifera 6 0,32 9 0,21 2 0,06 6 2,34
Celleporaria sp 0 0,00 131 3,07 6 0,18 0 0,00
Celleporaria vagans 1 0,05 3 0,07 7 0,21 1 0,39
Celleporaria mordax 5 0,26 0 0,00 8 0,24 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 2 0,05 4 0,12 0 0,00
Biavicularium tenue 3 0,16 87 2,04 2 0,06 0 0,00
Uniavicularium unguiculatum 0 0,00 62 1,45 60 1,77 0 0,00
Parasmittinna sp 9 0,47 112 2,62 27 0,80 3 1,17
Parasmittina spathulata 13 0,68 3 0,07 4 0,12
1 0,39
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp1 8 0,42 14 0,33 5 0,15 0 0,00
Hippoporina sp2 0 0,00 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 0 0,00 15 0,35 3 0,09 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 101 2,36 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 23 0,54 4 0,12 0 0,00
Schizoporella unicornis 2 0,11 104 2,43 0 0,00 0 0,00
Schizoporella carvalhoi 2 0,11 16 0,37 1 0,03 1 0,39
Stylopoma informata 0 0,00 107 2,50 36 1,06 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 191
10,06 428 10,02 94 2,78 8 3,13
Gemelliporina glabra 11 0,58 265 6,20 57 1,68 7 2,73
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 10 0,30 7 2,73
Utinga castanea 8 0,42 44 1,03 0 0,00 0 0,00
Crepidacantha sp 0 0,00 1 0,02 45 1,33 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 2 0,05 1 0,03 0 0,00
Mamillopora cupula 1 0,05 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 24 1,26 16 0,37 28 0,83 12 4,69
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 13 0,30 13 0,38 8 3,13
Hippoporidra sp2 6 0,32 10 0,23 1 0,03 0 0,00
Hippoporidra sp3 0 0,00 3
0,07 3 0,09 0 0,00
Reteporellina denticulata 26 1,37 60 1,40 12 0,35 1 0,39
Rhynchozoon sp 4 0,21 13 0,30 4 0,12 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 21 0,49 11 0,33 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 6 0,32 20 0,47 32 0,95 1 0,39
Rhynchozoon arborescens 2 0,11 21 0,49 23 0,68 2 0,78
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 2 0,05 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 5 0,26 4 0,09 0 0,00 0 0,00
Escharina pesanseris 4 0,21 14 0,33 16 0,47 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 9 0,47 31 0,73 79 2,34 4 1,56
Hippopodina sp 0 0,00 3 0,07 17 0,50 0 0,00
Espécies não identificáveis 33 1,74 66 1,54 13
0,38 16 6,25
Total 1898 4273 3383 256
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#61 #62 #63 #64
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 232 9,38 179 6,64 33 8,05 2 0,16
Crisia sp 136 5,50 88 3,26 4 0,98 131 10,76
Tubulipora sp 120 4,85 8 0,30 0 0,00 0 0,00
Nevianipora sp 43 1,74 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mecynoecia sp 96 3,88 151 5,60 1 0,24 23 1,89
Disporella sp 5 0,20 1 0,04 0 0,00 0 0,00
Anascina sp 13 0,53 1 0,04 0 0,00 3 0,25
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 3 0,12 14 0,52 0 0,00 0 0,00
Copidozoum tenuirostre 19 0,77 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Antropora typica 27 1,09 84 3,12 0 0,00 531
43,60
Nellia ocullata 16 0,65 29 1,08 88 21,46 0 0,00
Discoporella umbellata 1 0,04 1 0,04 1 0,24 0 0,00
Cupuladria monotrema 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Beania hirtissima 17 0,69 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 278 11,24 68 2,52 52 12,68 0 0,00
Scrupocellaria sp 356 14,39 180 6,68 94 22,93 315 25,86
Micropora coriacea 23 0,93 11 0,41 0 0,00 0 0,00
Mollia elongata 77 3,11 8 0,30 0 0,00 0 0,00
Smittipora acutirostris 10 0,40 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Steginoporella magnilabris 31 1,25 15 0,56 0 0,00 9 0,74
Steginoporella buskii 11 0,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
1 0,04 0 0,00 0 0,00 29 2,38
Cellaria bahiensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 28 1,13 52 1,93 5 1,22 1 0,08
Ascophorina sp 75 3,03 76 2,82 12 2,93 22 1,81
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 3 0,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 8 0,32 1 0,04 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 8 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 4 0,16 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 7 0,28
4 0,15 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 3 0,11 0 0,00 1 0,08
Ascophorina sp9 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 1 0,04 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 11 0,44 25 0,93 2 0,49 3 0,25
Tremogasterina mucronata 34 1,37 0 0,00 4 0,98 0 0,00
Coleopora corderoi 5 0,20 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 4 0,16 2 0,07
0 0,00 4 0,33
Reptadeonella violacea 41 1,66 1 0,04 0 0,00 4 0,33
Reptadeonella tubulifera 5 0,20 51 1,89 2 0,49 2 0,16
Celleporaria sp 2 0,08 9 0,33 0 0,00 4 0,33
Celleporaria vagans 13 0,53 4 0,15 0 0,00 0 0,00
Celleporaria mordax 41 1,66 0 0,00 0 0,00 1 0,08
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 3 0,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Biavicularium tenue 12 0,49 13 0,48 5 1,22 7 0,57
Uniavicularium unguiculatum 53 2,14 0 0,00 1 0,24 0 0,00
Parasmittinna sp 70 2,83 1 0,04 5 1,22 8 0,66
Parasmittina spathulata 34 1,37 0 0,00 4 0,98
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 1 0,04 4 0,15 3 0,73 2 0,16
Hippoporina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 17 0,69 4 0,15 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 1 0,04 0 0,00 0 0,00
Schizoporella unicornis 14 0,57 1 0,04 0 0,00 22 1,81
Schizoporella carvalhoi 10 0,40 17 0,63 0 0,00 1 0,08
Stylopoma informata 12 0,49 1 0,04 0 0,00 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 0 0,00 4 0,98 0 0,00
Margaretta buskii 87
3,52 1358 50,37 85 20,73 48 3,94
Gemelliporina glabra 88 3,56 32 1,19 0 0,00 0 0,00
Gigantopora sp 4 0,16 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Crepidacantha sp 8 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Didymosella sp 8 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 50 2,02 45 1,67 0 0,00 0 0,00
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 9 0,36 3 0,11 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp2 1 0,04 19 0,70 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp3 6 0,24 0
0,00 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 16 0,65 20 0,74 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon sp 1 0,04 2 0,07 0 0,00 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 11 0,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 24 0,97 25 0,93 0 0,00 1 0,08
Rhynchozoon tuberculatum 4 0,16 2 0,07 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 9 0,36 0 0,00 0 0,00 24 1,97
Escharina pesanseris 12 0,49 1 0,04 1 0,24 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 101 4,08 80 2,97 4
0,98 20 1,64
Total 2474 2696 410 1218
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#71 #72 #73 #74
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 88 7,05 555 9,79 0 0,00 0 0,00
Crisia sp 28 2,24 672 11,85 15 18,99 9 10,00
Tubulipora sp 16 1,28 72 1,27 0 0,00 0 0,00
Nevianipora sp 16 1,28 69 1,22 0 0,00 0 0,00
Mecynoecia sp 28 2,24 407 7,18 0 0,00 0 0,00
Disporella sp 1 0,08 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Anascina sp 4 0,32 7 0,12 0 0,00 0 0,00
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 3 0,24 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Copidozoum tenuirostre 14 1,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Antropora typica 0 0,00 0 0,00 1 1,27 0
0,00
Nellia ocullata 0 0,00 152 2,68 15 18,99 39 43,33
Discoporella umbellata 264 21,15 502 8,85 0 0,00 0 0,00
Cupuladria monotrema 100 8,01 324 5,71 0 0,00 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 32 2,56 788 13,90 4 5,06 1 1,11
Scrupocellaria sp 44 3,53 274 4,83 34 43,04 19 21,11
Micropora coriacea 4 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mollia elongata 8 0,64 4 0,07 0 0,00 0 0,00
Smittipora acutirostris 1 0,08 9 0,16 0 0,00 0 0,00
Steginoporella magnilabris 4 0,32 5 0,09 0 0,00 0 0,00
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
1 0,08 19 0,34 0 0,00 2 2,22
Cellaria bahiensis 0 0,00 32 0,56 0 0,00 1 1,11
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 9 0,72 7 0,12 2 2,53 0 0,00
Ascophorina sp 92 7,37 280 4,94 0 0,00 1 1,11
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 4 0,07 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 4 0,32
17 0,30 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 1 0,08 4 0,07 1 1,27 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Tremogasterina mucronata 17 1,36 73 1,29 0 0,00 0 0,00
Coleopora corderoi 0 0,00 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 5 0,40 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Reptadeonella violacea 23 1,84 44 0,78 0 0,00 1 1,11
Reptadeonella tubulifera 4 0,32 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Celleporaria sp 11 0,88 8 0,14 0 0,00 0 0,00
Celleporaria vagans 10 0,80 38 0,67 0 0,00 0 0,00
Celleporaria mordax 5 0,40 8 0,14 0 0,00 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,11
Umbonula sp 4 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Biavicularium tenue 15 1,20 67 1,18 0 0,00 0 0,00
Uniavicularium unguiculatum 1 0,08 24 0,42 0 0,00 0 0,00
Parasmittinna sp 27 2,16 153 2,70 3 3,80 1 1,11
Parasmittina spathulata 8 0,64 37 0,65 0 0,00
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 0 0,00 13 0,23 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp1 49 3,93 97 1,71 0 0,00 1 1,11
Hippoporina sp2 14 1,12 28 0,49 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 2 0,16 12 0,21 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 4 0,32 8 0,14 0 0,00 0 0,00
Schizoporella unicornis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella carvalhoi 4 0,32 3 0,05 0 0,00 0 0,00
Stylopoma informata 8 0,64 10 0,18 0 0,00 2 2,22
Tetraplaria dichotoma 0 0,00 20 0,35 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 44
3,53 213 3,76 0 0,00 1 1,11
Gemelliporina glabra 40 3,21 250 4,41 0 0,00 0 0,00
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 1 0,08 27 0,48 1 1,27 0 0,00
Crepidacantha sp 0 0,00 1 0,02 0 0,00 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 5 0,40 11 0,19 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 10 0,80 19 0,34 1 1,27 3 3,33
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 5 0,40 3 0,05 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp2 17 1,36 2 0,04 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp3 0 0,00 5
0,09 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 9 0,72 34 0,60 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 1 0,08 4 0,07 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 4 0,32 25 0,44 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 10 0,80 21 0,37 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 18 1,44 34 0,60 0 0,00 3 3,33
Escharina pesanseris 4 0,32 10 0,18 0 0,00 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 4 0,32 21 0,37 0 0,00 0 0,00
Hippopodina sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 103 8,25 141 2,49 2
2,53 5 5,56
Total 1248 5671 79 90
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#88 #89 #97 #98
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 95 3,77 28 2,29 73 6,31 2 1,36
Crisia sp 197 7,81 4 0,33 48 4,15 0 0,00
Tubulipora sp 0 0,00 0 0,00 20 1,73 1 0,68
Nevianipora sp 20 0,79 0 0,00 20 1,73 1 0,68
Mecynoecia sp 100 3,97 0 0,00 52 4,49 4 2,72
Disporella sp 3 0,12 1 0,08 0 0,00 0 0,00
Anascina sp 15 0,60 2 0,16 17 1,47 4 2,72
Membranipora sp 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 0 0,00 0 0,00 21 1,82 0 0,00
Copidozoum tenuirostre 0 0,00 0 0,00 1 0,09 4 2,72
Antropora typica 6 0,24 0 0,00 4 0,35 7
4,76
Nellia ocullata 237 9,40 48 3,92 24 2,07 0 0,00
Discoporella umbellata 4 0,16 165 13,48 32 2,77 0 0,00
Cupuladria monotrema 0 0,00 654 53,43 0 0,00 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 260 10,31 0 0,00 56 4,84 2 1,36
Scrupocellaria sp 278 11,03 68 5,56 40 3,46 1 0,68
Micropora coriacea 4 0,16 7 0,57 6 0,52 18 12,24
Mollia elongata 0 0,00 0 0,00 8 0,69 39 26,53
Smittipora acutirostris 16 0,63 0 0,00 6 0,52 2 1,36
Steginoporella magnilabris 55 2,18 7 0,57 56 4,84 1 0,68
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
18 0,71 0 0,00 8 0,69 0 0,00
Cellaria bahiensis 8 0,32 12 0,98 0 0,00 0 0,00
Puellina sp1 4 0,16 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 12 0,48 0 0,00 47 4,06 0 0,00
Ascophorina sp 159 6,31 2 0,16 60 5,19 4 2,72
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 12 1,04 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 1 0,08 4 0,35 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 2 0,08
0 0,00 4 0,35 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 4 0,16 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 11 7,48
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 1 0,08 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 29 1,15 0 0,00 0 0,00 4 2,72
Tremogasterina mucronata 8 0,32 0 0,00 40 3,46 0 0,00
Coleopora corderoi 11 0,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 0 0,00 0 0,00
0 0,00 5 3,40
Reptadeonella violacea 56 2,22 0 0,00 20 1,73 1 0,68
Reptadeonella tubulifera 0 0,00 0 0,00 4 0,35 0 0,00
Celleporaria sp 112 4,44 9 0,74 8 0,69 0 0,00
Celleporaria vagans 177 7,02 0 0,00 8 0,69 0 0,00
Celleporaria mordax 6 0,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 20 0,79 0 0,00 4 0,35 0 0,00
Biavicularium tenue 26 1,03 0 0,00 24 2,07 0 0,00
Uniavicularium unguiculatum 5 0,20 0 0,00 0 0,00 1 0,68
Parasmittinna sp 50 1,98 0 0,00 57 4,93 0 0,00
Parasmittina spathulata 4 0,16 0 0,00 3 0,26
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 5 0,41 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 12 0,48 186 15,20 0 0,00 0 0,00
Hippoporina sp1 0 0,00 3 0,25 8 0,69 0 0,00
Hippoporina sp2 0 0,00 0 0,00 4 0,35 0 0,00
Schizomavella linearis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 5 0,20 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella unicornis 92 3,65 4 0,33 26 2,25 1 0,68
Schizoporella carvalhoi 8 0,32 0 0,00 8 0,69 0 0,00
Stylopoma informata 3 0,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 8 0,32 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 37
1,47 5 0,41 56 4,84 7 4,76
Gemelliporina glabra 56 2,22 0 0,00 84 7,26 2 1,36
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 11 0,44 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Crepidacantha sp 1 0,04 0 0,00 4 0,35 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Cleidochasma porcellana 47 1,86 0 0,00 17 1,47 2 1,36
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 0 0,00 16 1,38 0 0,00
Hippoporidra sp2 0 0,00 1 0,08 9 0,78 0 0,00
Hippoporidra sp3 0 0,00 0
0,00 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 0 0,00 0 0,00 24 2,07 1 0,68
Rhynchozoon sp 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 23 0,91 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 3 0,12 0 0,00 8 0,69 0 0,00
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 0 0,00 1 0,09 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 60 2,38 0 0,00 24 2,07 21 14,29
Escharina pesanseris 8 0,32 1 0,08 21 1,82 0 0,00
Hippaliosina imperfecta 53 2,10 0 0,00 8 0,69 0 0,00
Hippopodina sp 1 0,04 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Espécies não identificáveis 89 3,53 10 0,82 52
4,49 1 0,68
Total 2521 1224 1157 147
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dênde, 2002.
Espécies/ Estações
#99 #106 #107 #108
FA FR% FA FR% FA FR% FA FR%
Cyclostomatida sp 4 0,23 140 1,64 1391 25,40 196 7,61
Crisia sp 28 1,64 288 3,38 305 5,57 468 18,18
Tubulipora sp 0 0,00 13 0,15 0 0,00 20 0,78
Nevianipora sp 0 0,00 20 0,23 25 0,46 0 0,00
Mecynoecia sp 96 5,62 152 1,78 1344 24,54 327 12,70
Disporella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Anascina sp 0 0,00 16 0,19 0 0,00 0 0,00
Membranipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Conopeum commensale 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,04
Copidozoum tenuirostre 0 0,00 4 0,05 2 0,04 0 0,00
Antropora typica 0 0,00 1 0,01 0 0,00 0
0,00
Nellia ocullata 264 15,45 64 0,75 196 3,58 194 7,54
Discoporella umbellata 0 0,00 881 10,34 173 3,16 0 0,00
Cupuladria monotrema 0 0,00 1275 14,97 350 6,39 0 0,00
Beania hirtissima 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Canda retiformes 24 1,40 1360 15,97 589 10,75 56 2,18
Scrupocellaria sp 124 7,26 220 2,58 252 4,60 816 31,70
Micropora coriacea 0 0,00 0 0,00 12 0,22 15 0,58
Mollia elongata 0 0,00 0 0,00 17 0,31 0 0,00
Smittipora acutirostris 12 0,70 13 0,15 26 0,47 0 0,00
Steginoporella magnilabris 0 0,00 353 4,14 43 0,79 15 0,58
Steginoporella buskii 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Siphonoporella granulosa
4 0,23 77 0,90 3 0,05 36 1,40
Cellaria bahiensis 0 0,00 80 0,94 60 1,10 8 0,31
Puellina sp1 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Puellina (Cribrilaria) radiata 8 0,47 6 0,07 7 0,13 5 0,19
Ascophorina sp 165 9,65 393 4,61 53 0,97 22 0,85
Ascophorina sp1A 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp2 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp3 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp4 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp5 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp6 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp7 0 0,00
0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp8 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp9 0 0,00 3 0,04 24 0,44 0 0,00
Ascophorina sp10 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp11 0 0,00 0 0,00 12 0,22 0 0,00
Ascophorina sp12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp13 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Ascophorina sp14 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Trypostega venusta 4 0,23 6 0,07 0 0,00 15 0,58
Tremogasterina mucronata 4 0,23 18 0,21 1 0,02 0 0,00
Coleopora corderoi 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Exechonella brasiliensis 4 0,23 0 0,00
0 0,00 0 0,00
Reptadeonella violacea 4 0,23 39 0,46 36 0,66 0 0,00
Reptadeonella tubulifera 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 0,12
Celleporaria sp 0 0,00 33 0,39 5 0,09 4 0,16
Celleporaria vagans 28 1,64 130 1,53 13 0,24 13 0,51
Celleporaria mordax 4 0,23 0 0,00 10 0,18 0 0,00
Exochella longirostris 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Umbonula sp 0 0,00 1 0,01 1 0,02 0 0,00
Biavicularium tenue 16 0,94 25 0,29 4 0,07 28 1,09
Uniavicularium unguiculatum 4 0,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Parasmittinna sp 28 1,64 388 4,56 13 0,24 24 0,93
Parasmittina spathulata 0 0,00 63 0,74 0 0,00
0 0,00
Smittoidea sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Smittoidea reticulata 4 0,23 0 0,00 0 0,00 30 1,17
Hippoporina sp1 0 0,00 32 0,38 2 0,04 0 0,00
Hippoporina sp2 0 0,00 12 0,14 0 0,00 0 0,00
Schizomavella linearis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Watersipora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Schizoporella sp 0 0,00 16 0,19 0 0,00 9 0,35
Schizoporella unicornis 21 1,23 663 7,78 105 1,92 14 0,54
Schizoporella carvalhoi 8 0,47 298 3,50 2 0,04 4 0,16
Stylopoma informata 4 0,23 486 5,71 2 0,04 0 0,00
Tetraplaria dichotoma 4 0,23 221 2,59 0 0,00 0 0,00
Margaretta buskii 108
6,32 216 2,54 23 0,42 80 3,11
Gemelliporina glabra 484 28,32 0 0,00 129 2,36 13 0,51
Gigantopora sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Utinga castanea 0 0,00 1 0,01 2 0,04 0 0,00
Crepidacantha sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Didymosella sp 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Mamillopora cupula 0 0,00 42 0,49 24 0,44 0 0,00
Cleidochasma porcellana 20 1,17 2 0,02 7 0,13 16 0,62
Hippoporella gorgonensis 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hippoporidra sp1 0 0,00 1 0,01 1 0,02 0 0,00
Hippoporidra sp2 0 0,00 1 0,01 10 0,18 0 0,00
Hippoporidra sp3 0 0,00 0
0,00 0 0,00 0 0,00
Reteporellina denticulata 8 0,47 16 0,19 132 2,41 0 0,00
Rhynchozoon sp 0 0,00 0 0,00 1 0,02 0 0,00
Rhychozoon phrynoglossum 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon rostratum 4 0,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon arborescens 79 4,62 14 0,16 8 0,15 1 0,04
Rhynchozoon tuberculatum 0 0,00 1 0,01 0 0,00 0 0,00
Rhynchozoon verruculatum 72 4,21 80 0,94 8 0,15 79 3,07
Escharina pesanseris 0 0,00 2 0,02 0 0,00 5 0,19
Hippaliosina imperfecta 12 0,70 66 0,77 12 0,22 25 0,97
Hippopodina sp 0 0,00 1 0,01 1 0,02 0 0,00
Espécies não identificáveis 56 3,28 285 3,35 41
0,75 32 1,24
Total 1709 8518 5477 2574
Tabela IX (Cont.) - Frequência absoluta e frequência relativa (%) das espécies de
briozoários nas estações de amostragem - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/ Estações
#Total
FA FR%
Cyclostomatida sp 7156 9,50
Crisia sp 4090 5,43
Tubulipora sp 883 1,17
Nevianipora sp 2755 3,66
Mecynoecia sp 6759 8,97
Disporella sp 45 0,06
Anascina sp 305 0,40
Membranipora sp 2 0,00
Conopeum commensale 105 0,14
Copidozoum tenuirostre 218 0,29
Antropora typica 1158 1,54
Nellia ocullata 1950 2,59
Discoporella umbellata 2306 3,06
Cupuladria monotrema 3955 5,25
Beania hirtissima 17 0,02
Canda retiformes 5903 7,83
Scrupocellaria sp 5590 7,42
Micropora coriacea 211 0,28
Mollia elongata 658 0,87
Smittipora acutirostris 159 0,21
Steginoporella magnilabris 1352 1,79
Steginoporella buskii 33 0,04
Siphonoporella granulosa 326 0,43
Cellaria bahiensis 297 0,39
Puellina sp1 16 0,02
Puellina (Cribrilaria) radiata 391 0,52
Ascophorina sp 3172 4,21
Ascophorina sp1A 1 0,00
Ascophorina sp2 6 0,01
Ascophorina sp3 29 0,04
Ascophorina sp4 32 0,04
Ascophorina sp5 11 0,01
Ascophorina sp6 4
0,01
Ascophorina sp7 42 0,06
Ascophorina sp8 4 0,01
Ascophorina sp9 40 0,05
Ascophorina sp10 11 0,01
Ascophorina sp11 12 0,02
Ascophorina sp12 2 0,00
Ascophorina sp13 2 0,00
Ascophorina sp14 2 0,00
Trypostega venusta 168 0,22
Tremogasterina mucronata 604 0,80
Coleopora corderoi 19 0,03
Exechonella brasiliensis 80 0,11
Reptadeonella violacea 521 0,69
Reptadeonella tubulifera 151 0,20
Celleporaria sp 1515 2,01
Celleporaria vagans 483 0,64
Celleporaria mordax 268 0,36
Exochella longirostris 3 0,00
Umbonula sp 75 0,10
Biavicularium tenue 523 0,69
Uniavicularium unguiculatum 392 0,52
Parasmittinna sp 1564 2,08
Parasmittina spathulata 189 0,25
Smittoidea sp 8 0,01
Smittoidea reticulata 303 0,40
Hippoporina sp1 548 0,73
Hippoporina sp2 68 0,09
Schizomavella linearis 107 0,14
Watersipora sp 109 0,14
Schizoporella sp 255 0,34
Schizoporella unicornis 2065 2,74
Schizoporella carvalhoi 501 0,66
Stylopoma informata 1692 2,25
Tetraplaria dichotoma 266 0,35
Margaretta buskii 4871 6,46
Gemelliporina glabra 2368 3,14
Gigantopora sp 29 0,04
Utinga castanea 143 0,19
Crepidacantha sp 68 0,09
Didymosella sp 11 0,01
Mamillopora cupula 106 0,14
Cleidochasma porcellana 618 0,82
Hippoporella gorgonensis 5 0,01
Hippoporidra sp1 118 0,16
Hippoporidra sp2 113 0,15
Hippoporidra sp3 24 0,03
Reteporellina denticulata 912 1,21
Rhynchozoon sp 131 0,17
Rhychozoon phrynoglossum 104 0,14
Rhynchozoon rostratum 182 0,24
Rhynchozoon arborescens 372 0,49
Rhynchozoon tuberculatum 12 0,02
Rhynchozoon verruculatum 490 0,65
Escharina pesanseris 135 0,18
Hippaliosina imperfecta 425 0,56
Hippopodina sp 23 0,03
Espécies não identificáveis 1614
2,14
Total 75361
Tabela XII - Grupos hidrodinâmicos em função das formas zoariais das espécies
dominantes - Costa do Dendê, 2002.
Estações AA (%
)
A
CMA (%)
A
C (%)
#12 25 50 25
#13 63,64 31,82 4,55
#14 0 100 0
#21 66,67 26,67 6,67
#22 63,33 30 6,67
#23 42,86 47,62 9,52
#24 61,9 28,57 9,52
#29 59,26 33,33 7,41
#30 47,62 42,86 9,52
#31 57,14 35,71 7,14
#33 66,67 23,81 9,52
#34 53,85 38,46 7,69
#35 52 40 8
#36 63,33 30 6,67
#37 66,67 25,93 7,41
#56 40 60 0
#57 58,62 34,48 6,9
#58 62,5 31,25 6,25
#59 62,96 29,63 7,41
#60 60 30 10
#61 63,33 30 6,67
#62 54,17 37,5 8,33
#63 33,33 58,33 8,33
#64 64,71 29,41 5,88
#71 62,96 29,63 7,41
#72 57,14 35,71 7,14
#73 50 50 0
#74 58,33 41,67 0
#88 64,29 28,57 7,14
#89 45,45 54,55 0
#97 62,07 31,03 6,9
#98 62,5 25 12,5
#99 56,52 34,78 8,7
#106 63,33 33,33 3,33
#107 58,62 34,48 6,9
#108 59,09 31,82 9,09
Total 58,24 34,72 7,04
AA
=
águas agitadas; ACMA = águas calmas a moderadamente agitadas;
A
C = águas calmas
Tabela XV - Tipos de suportes colonizados pelas espécies de briozoários - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/Substratos
CascAlg CascSilic AreAlg AreSilic Bivalv Gastrop Mol Foram Crustac Equinod TubPoliqueta Bryozoa Total
Antropora typica xxxx x x6
Ascophorina sp2 x 1
Ascophorina sp3 xx 2
Ascophorina sp4 xxxx4
Ascophorina sp5 xx 2
Ascophorina sp7 xx x3
Ascophorina sp8 x 1
Ascophorina sp9 xxx 3
Ascophorina sp10 x 1
Ascophorina sp12 x 1
Beania hirtissima x 1
Biavicularium tenue xxxx4
Celleporaria sp xx x3
Celleporaria mordax xx 2
Celleporaria vagans xxxx x5
Cleidochasma porcellana xxx x4
Coleopora corderoi xx x3
Conopeum commensale xxxxx5
Copidozoum tenuirostre xxxxxx6
Crepidacantha teres xx 2
Cupuladria monotrema x x x x x xx x x9
Discoporella umbellata x x x xxx x7
Disporella sp xx 2
Dydimosella sp xx 2
Escharina pesanseris xxx x4
Exochonella brasiliensis x 1
Gemeliporina glabra xx x3
Gigantopora sp xx x3
Hippaliosina imperfecta xx x3
Hippoporella gorgonensis x 1
Hippoporidra sp1 xxx xx5
Hippoporidra sp2 xxx xx5
Hippoporidra sp3 xx x3
Hippoporina sp1 xxxxx x6
Hippoporina sp2 xx x 3
Hippopodina sp xx 2
Margaretta buskii x 1
Membranipora sp x 1
Micropora coriacea xxx x4
Mollia elongata xx 2
Nevianipora sp x 1
Parasmittina sp xx x3
Tabela XV (Cont.) - Tipos de suportes colonizados pelas espécies de briozoários - Costa do Dendê, 2002.
Espécies/Substratos
CascAlg CascSilic AreAlg AreSilic Bivalv Gastrop Mol Foram Crustac Equinod TubPoliqueta Bryozoa Total
Paramisttina trispinosa x 1
Parasmittina spathulata xx x3
Puellina sp1 x x2
Puellina (Cribrilaria) radiata xxx xx5
Reptadeonella tubulifera xxx xx5
Reptadeonella violacea xxxxx5
Reteporellina denticulata x 1
Rhynchozoon sp xx 2
Rhynchozoon arborescens xxx x4
Rhynchozoon phrynoglossum xx 2
Rhynchozoon rostratum xx x3
Rhynchozoon tuberculatum x x2
Rhynchozoon verruculatum xx xx x5
Schizomavella linearis xx 2
Schizoporella sp xx 2
Schizoporella carvalhoi xxx x4
Schizoporella unicornis xxx x x x6
Siphonoporella granulosa x x xxxx6
Smittipora acutirostris xx x3
Smittoidea sp x 2
Smittoidea reticulata x x x 3
Steginoporella buskii xx 2
Steginoporella magnilabris xx x x x5
Stylopoma informata xx x3
Tremogasterina mucronata xx x3
Trypostega venusta xx x3
Tubulipora sp xxx x4
Umbonula sp xx 2
Uniavicularium unguiculatum xx 2
Watersipora sp x 1
CascAlg = cascalho algálico; CascSilic = cascalho siliciclástico; AreAlg = areia algálica; AreSilic = areia siliciclástica; Bivalv = molusco bivalvo; Gastrop = molusco gastrópodo
Foram = foraminífero; Crustac = artrópodo crustáceo; Equinod = espinho de equinoderma; TubPoliqueta = tubo de poliqueta; Bryozoa = briozoário
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