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3.2.2. Cateterização subaracnóide
A cateterização subaracnóide foi realizada 48 horas antes da experimentação,
em tronco de contenção apropriado, estando os cavalos em jejum sólido de 12 horas
e hídrico de 4 horas, quando foram sedados com cloridrato de xilazina
c
na dose de
1mg/kg IV, realizando-se a cateterização subaracnóide segundo NATALINI &
ROBINSON (1999), descrito a seguir. Os cateteres subaracnóideos foram mantidos
por patentes por 6 dias para a realização dos 3 agentes hiperbáricos testados.
A determinação da região anatômica a ser preparada para a cateterização
subaracnóide foi determinada através da palpação da borda caudal da tuberosidade
coxal, da borda cranial e da depressão e depressão na linha média entre a sexta
vértebra lombar e a segunda vértebra sacral. Com o cavalo sedado em estação,
realizou-se a tricotomia da região lombo-sacra, sendo esta higienizada com escova
cirúrgica contendo iodo povidona para posterior anti-sepsia com dupla repetição de
álcool iodado. Seqüencialmente, procedeu-se bloqueio local da pele, tecido
subcutâneo, musculatura da região lombo-sacra, ligamento supra espinhoso e
ligamento inter-espinhoso por meio da infiltração de 10mL de lidocaína (20mg/mL)
com epinefrina (0,005mg/mL). Passados 10 minutos, realizou-se nova anti-sepsia
para a cateterização subaracnóide.
Para a realização da técnica foi utilizado um “kit” para cateterização espinhal
d
do qual se utilizou campo cirúrgico fenestrado, máscara facial, luva cirúrgica, cateter
de poliuretano e adaptador para a extremidade do cateter. Após cobrir a pele da
região a ser manipulada, introduziu-se uma agulha epidural de Tuohy
e
(17G,
17,78cm, com parede fina e mandril) perpendicularmente ao longo do plano médio
do espaço intervertebral, até que o espaço subaracnóide fosse alcançado. Para a
confirmação do acesso ao espaço subaracnóide com a agulha espinhal, o mandril foi
removido e uma amostra de LCE foi aspirada com uma seringa estéril, quando se
determinou a densidade do LCE por refratometria
f
. Depois de apropriado
posicionamento da agulha, o bisel desta foi direcionado cranialmente, quando então
se introduziu o cateter de poliuretano flexível
g
(19G, 99,4cm), avançando com o
mesmo 20cm cranialmente no espaço subaracnóide. A agulha epidural foi removida,
c
Xylazine, Fort Dodge Laboratpries Inc., Fort Dodge, Iowa, USA.
d
BD Procedure Tray PN-121-A, Becton-Dickinson Infusion Therapy Systems Inc., Sandy, Utah, USA.
e
Agulha de Tuohy reutilizável de parede fina, Becton-Dickinson Rutherford, NJ, USA.
f
Refratômetro, Jorgensen Laboratories Inc., Loveland, CO, USA.
g
Theracath epidural catheter, Arrow International Inc., Reading, PA, USA.