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solo 35 vezes mais elevada do que a dos tratamentos 4Av-Mi/3,5Av-Mt,SD e
4Sc,SP/3,5Er-Fm,SD. No terceiro teste de chuva (T3), as condições físicas de
superfície e subsuperfície do solo foram bastante modificadas pelo seu preparo
por meio da operação de uma gradagem leve, a qual expôs, pela primeira vez,
a estrutura do solo à ação erosiva direta da chuva e da enxurrada dela
originada. Em função disso, as perdas totais de solo nos tratamentos 4Av-
Mi/3,5Av-Mt,SD e 4Sc,SP/3,5Er-Fm,SD foram aumentadas em,
respectivamente, 100% e 150%, em relação aos valores observados no
segundo teste de chuva (T2), quando o solo não havia ainda sido preparado e,
portanto, se encontrava com a sua superfície consolidada. Contudo, a melhor
condição estrutural do solo nos dois últimos tratamentos mencionados,
associada ao elevado aumento verificado na sua rugosidade superficial,
ocasionado pelo preparo do mesmo por meio de uma gradagem leve, resultou
em perdas totais de solo expressivamente menor do que nos tratamentos
7Sc,SP/0,5Av,SD e 4Av-Mi,SD/3,5Sc,SP. O preparo do solo nestes dois
últimos tratamentos, apesar de ter acelerado a degradação física de suas
estruturas, aumentou muito a rugosidade superficial em ambos (Figura 12) e,
por esta razão, aumentou a retenção de água e de sedimentos nas micro-
depressões criadas em suas superfícies, resultando em diminuição das perdas
totais de solo nos mesmos de, respectivamente, 56% e 28%, em relação aos
valores observados no segundo teste de chuva (T2). No quarto teste de chuva
(T4), a rugosidade superficial do solo induzida pelo seu preparo manteve a sua
eficácia de redução da perda de solo apenas no tratamento 4Av-Mi/3,5Av-
Mt,SD, provavelmente pela sua maior massa de raízes (Figura 4) e maior
estabilidade dos seus agregados em água (DMP – Figura 9), ainda presentes
nessa ocasião. A redução da eficácia da rugosidade superficial do solo de reter
água e sedimentos no quarto teste de chuva nos tratamentos 4Sc,SP/3,5Er-
Fm,SD, 7Sc,SP/0,5Av,SD e 4Av-Mi,SD/3,5Sc,SP levaram a perdas de solo nos
mesmos de, respectivamente, 15, 5 e 2 vezes mais elevadas do que as
verificadas no terceiro teste (T3). No quinto (T5) e sexto (T6) testes de chuva, o
tratamento 4Av-Mi/3,5Av-Mt,SD apresentou valor de perda total de solo
crescente do primeiro para o segundo, contudo, ambos os valores foram
expressivamente menor do que os observados nos demais tratamentos,
enquanto os tratamentos 4Sc,SP/3,5Er-Fm,SD e 7Sc,SP/0,5Av,SD