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publicações informam existir 50 cooperativas de trabalho com 1.000 associados.
Contudo, se considerar “trabalho” como eixo nesta tipologia, transportes e serviços
estariam aumentando esse número.
5. Peru Apesar da legislação inadequada, há ainda centenas de cooperativas: setor agrário
(21), transportes (3), trabalho temporário (2), trabalho e fomento do emprego (41)
(indústria, mineira, pesqueira, serviços, etc). As cooperativas de trabalho estão
organizadas na "Fed. Nac. de Cooperativas de Trabalho e Fomento do Emprego".
O desvio com respeito a direitos dos trabalhadores gerou imagem negativa e o
governo impôs uma "carta de fiança" em nome do Min del Trabalho para garantir o
pagamento de direitos desviados, na prática, eliminando as cooperativas de
trabalho do mercado. Em junho/98, criou-se um Registro Obrigatório.
6. Uruguai O ramo trabalho no Uruguai foi institucionalizado desde 1962. Atua nos setores: 1)
Industriais; 2) Artesanais; 3) Transportes; 4) Saúde e 5) Educação. Produz bens e
serviços. São cerca de 100 cooperativas com mais de 10 mil associados.
7. Estados
Unidos
O cooperativismo em geral, especialmente a denominada "nova geração
cooperativista" no campo, está gerando um fenômeno econômico de grandes
proporções. Recordemos que Robert Owen esteve vivendo no século passado nos
Estados Unidos.
8. Canadá A CWF (Federação Canadense de Cooperativas de Trabalho) na região inglesa é
uma coordenação de três articulações de cooperativas de trabalho na Região de
Quebec que representam um ativo e crescente cooperativismo de trabalho no
Canadá.
Fonte: Relatório, Walter Tesch, do CICOPA Américas para a Assembléia do CICOPA MUNDIAL - Quebec 1999.
A prática da cooperação pode ser encontrada em toda parte do mundo e nas mais diversas
situações como instrumento colocado nas mãos dos homens para o benefício mútuo e da
humanidade.
2.4.1 Classificação das Cooperativas de Trabalho
A classificação das Cooperativas de Trabalho faz parte de uma construção que considera a
lógica, a cultura, as concepções e convicções daquele que classifica. No entanto, transcreve-se
neste, os conceitos de PINHO, MAUAD, apud TESCH (2000, p. 42):
a) cooperativas de produção e de serviços: cuja característica principal é a posse pelos associados
dos meios e demais fatores que lhes permitem gerar a produção ou serviços. Detêm, inclusive,
equipamentos e instalações. Tais organizações negociam o objeto de seu trabalho (os produtos e
serviços) e não a força de trabalho em si mesma. Os ganhos decorrem dos trabalhos prestados e são
divididos eqüanimamente entre todos os associados. Acrescente-se que, neste modelo, os riscos da
atividade empresarial são da própria cooperativa.
b) Cooperativas de mão-de-obra: cuja característica principal é disponibilizar mão-de-obra para
empresas. A força de trabalho é alocada a empresas visando a prestação de trabalho do interesse desta.
Não possuem os meios e fatores próprios para a realização do trabalho, os quais são fornecidos pela
empresa contratante.
c) Organizações comunitárias de produção: cujas principais características são a organização das
pessoas em comunidades ou vilas e a produção coletiva. Ocorrem na maioria das vezes, no setor
agrário. No plano internacional, são os modelos mencionados da China (com as “Comunas”), Israel