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CONSIDERAÇÕES SOBRE O CÁLCULO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO:
UMA PROPOSTA PARA INCLUSÃO DO CUSTO DE REPOSIÇÃO E DO CUSTO
DE OPORTUNIDADE
Rosânio Bortolato Redivo
1
Resumo
Vários indicadores auxiliam na gestão de negócio. A margem de contribuição é um indicador
desenvolvido para auxiliar nas soluções decisivas, principalmente em negociações especiais e
em curto prazo, porém, na maioria das vezes, é fundamental para a permanência da empresa
no mundo dos negócios. Argumenta-se, neste estudo, que a margem de contribuição deve ser
utilizada pelos gestores, mas pode ser reconceituada quando são levados em consideração o
custo de reposição e o custo de oportunidade. Para esta reconceituação, é necessário que a
contabilidade também trabalhe com a incerteza do futuro e não somente com registros de
fatos passados. Evidências apontam para a necessidade do uso de ferramentas que possam
auxiliar na gestão dos negócios, contudo é necessário que os gestores estejam preparados para
utilizá-los.
Palavras-chave: Custo. Margem de contribuição.Custo de reposição. Custo de oportunidade.
Resultado. Rentabilidade.
1 INTRODUÇÃO
As empresas, de um modo geral, são criadas com a finalidade de gerar retorno do
capital investido pelos sócios. Além disso, é claro que, sob a ótica social e ambiental, podem
ter outros objetivos. De qualquer maneira, o reconhecimento do resultado obtido pelos
investidores de capital é de suma importância.A contabilidade tradicional, porém, na maioria
das vezes, gera informações fiscais, não atendendo a alguns quesitos puramente gerenciais e
importantíssimos para aspectos decisórios.
O resultado gerado pelas empresas é conseqüência do resultado individual de cada
produto fabricado e/ou comercializado, isto é, cada produto vendido ou cada serviço prestado
contribui com uma parcela para a formação do resultado total da empresa. Por isso, cada
produto merece atenção e um gerenciamento individualizado, ainda que seja necessário
estudar as relações entre os itens que fazem parte do mix de produtos destinados para venda
na empresa.
Revista de Ciências da Administração – v.6, n.11, jan/jul 2004 1
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
A partir disso, faz-se necessário o entendimento do conceito de margem de
contribuição. De maneira simplificada, margem de contribuição significa o quanto cada
produto contribui em valores monetários para a manutenção da empresa e para a formação do
resultado. O entendimento parece simples, pois não é necessário ser um grande conhecedor
das áreas de contabilidade de custos, contabilidade gerencial, administração estratégica etc, o
que torna a margem de contribuição um indicador que poderá ser utilizado por empresas de
qualquer porte, devido a sua fundamental importância para o gerenciamento das atividades,
destacando, principalmente, as atividades comerciais.
De acordo com Passarelli e Bomfim (2003, p.210) “a análise marginal é uma das
principais técnicas da gerência financeira, para a tomada de decisões”.
O principal interesse situa-se justamente na obtenção desta contribuição, considerando
os fatores relacionados com custos de reposição e custos de oportunidade, por se entender que
o verdadeiro resultado para fins decisórios só poderá ser obtido caso se leve em consideração
esses dois elementos. Para tanto, é necessário que o gestor tenha conhecimento dos gastos
existentes e da maneira como eles se comportam em relação aos volumes de atividades, além
de um conhecimento básico sobre os custos, fator determinante para aplicação e entendimento
daquilo que se pretende neste artigo.
Como o objetivo deste trabalho é demonstrar a utilidade da margem de contribuição de
cada produto ou mercadoria, levando em consideração o custo de reposição e o custo de
oportunidade, a discussão pretende conduzir à conclusão de que para uma gestão adequada
necessita-se repensar as formas de obtenção do resultado.
Dadas essas condições, o tema se reveste de importância, pois servirá de suporte para a
tomada de decisões na gestão de produtos ou mercadorias, nos quesitos preço de venda,
quantidade vendida e custos de produção ou aquisição.
A estrutura deste trabalho compreende, após esta introdução, a base conceitual que dá
sustentação à temática; em seguida, será discutido o custo de reposição, será dado um
exemplo de margem de contribuição sob a ótica do custo de reposição, e será feita, ainda, a
incursão da margem de contribuição aliada ao conceito de custo de oportunidade.
1
Contabilista e professor de contabilidade da UNISUL, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção – UFSC,
[email protected], Artigo recebido em: 02/02/04. Aceito em:
09/03/05
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Rosânio Bortolato Redivo
A discussão do tema restringe-se ao uso da margem de contribuição como principal
indicador para o auxílio à tomada de decisões. Reconhece-se a impossibilidade de elaborar,
com precisão, conceitos e exemplos, por isso as propostas devem servir para análise da
possibilidade e não como exemplos acabados e já plenamente em uso.
Para garantir a evolução do conhecimento cientifico, o presente trabalho fundamenta-
se na pesquisa e análise bibliográfica sobre os conceitos de margem de contribuição, custo de
reposição e custo de oportunidade, além de outros conceitos fundamentais para facilitar o
entendimento.
Os procedimentos utilizados para a construção do estudo, seguiram os métodos
dedutivos, partindo de constatações gerais detectadas durante a investigação bibliográfica
sobre o assunto. O critério para a seleção de obras que constituem a base conceitual foi
privilegiado pela pesquisa em livros.
2 BASE CONCEITUAL
Os termos relacionados com a formação de resultado e margem de contribuição são
muitos, mesmo que apenas um número restrito deles esteja sendo conceituado neste trabalho.
Aqueles que porventura não foram contemplados não são menos importantes, mas para este
trabalho têm importância secundária.
Primeiramente, aborda-se o conceito de margem de contribuição por se tratar do
assunto central contido neste artigo. Sua obtenção quando se refere à demonstração do
resultado do exercício só é possível quando se utiliza a metodologia do custeio direto ou
variável, já que pela metodologia do custeio por absorção ou custeio integral, os custos fixos
também fazem parte dos custos dos produtos vendidos, inviabilizando, desta maneira, a
obtenção da margem de contribuição ou lucro marginal, conforme tratam alguns autores.
Leone (2000, p.343) aduz que, “o custeamento variável, como o próprio nome indica, enfatiza
a análise das despesas e custos variáveis de qualquer objeto de custeio”. Desta forma, margem
de contribuição é definida, segundo Bornia (2002, p.73), como “o montante das vendas
diminuído dos custos variáveis. A margem de contribuição unitária, analogamente, é o preço
de venda menos os custos variáveis unitários do produto”.
Para Martins (2000, p.195) “margem de contribuição por unidade, que é a diferença
entre a receita e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
traz à empresa de sobra entre a receita e o custo que, de fato, provocou e lhe pode ser
imputado sem erro”.
Segundo Crepaldi (1999, p.153), seu montante em valor poderá ser obtido através da
seguinte fórmula:
MC = RV - CV
Onde: MC = Margem de contribuição
RV = Vendas totais
CV = Custos variáveis totais
A margem de contribuição é interpretada como sendo a parcela do preço de venda que,
depois de descontados os custos e despesas variáveis, sobrará para o pagamento dos custos e
despesas fixas e, ainda, para a formação do resultado da empresa.
Cogan (1999, p.24) define margem de contribuição como “a diferença, para mais,
entre o preço de venda e as despesas variáveis referentes às unidades vendidas”.
A margem de contribuição unitária significa o quanto cada mercadoria ou produto
contribui para pagamento dos gastos gerais de funcionamento da empresa, tais como: aluguel,
depreciação, salários fixos, alvarás, licenças e outros gastos comuns a todos os produtos e,
ainda, para a formação do resultado desejado pelos sócios.Ou, nas palavras de Beulke (2001,
p.54), “essa margem de contribuição decorre do comparativo do preço de venda menos os
custos variáveis desse produto”.
Para Assef (2003, p.42), “a diferença entre o faturamento e a soma das parcelas dos
custos variáveis aponta a margem de contribuição de cada produto e dela extraímos o
percentual respectivo, ao dividirmos a margem de contribuição em reais pelo faturamento
correspondente”.
Passareli e Bomfim (2003, p.217), aduzem que “o estudo da margem de contribuição é uma
importante ferramenta na avaliação das características financeiras de um produto existente ou
mesmo de um novo produto”.
A obtenção e análise deste importante indicador auxiliarão na solução de várias
decisões, pois o resultado da empresa será formado pela soma da margem de contribuição de
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todos os produtos e para que seja positivo é necessário que esta soma ultrapasse a soma dos
custos e despesas fixas do período.
Complementando, Assef (2003, p.41), argumenta que “é a margem de contribuição
que indica, de maneira imediata, qual a contribuição direta de cada produto/serviço aos
resultados finais da empresa”.
Bornia (2002, p.72) relata que “a margem de contribuição unitária está ligada à
lucratividade do produto e a razão de contribuição relaciona-se com sua rentabilidade
(lucratividade/investimento)”. Pode-se então, deduzir que quanto maior for a margem de
contribuição unitária do produto melhor será para a empresa.
A utilização da margem de contribuição unitária pode facilitar ao gestor a análise e a
solução de algumas questões. Na opinião de Passarelli e Bomfim (2003, p.218), poderá
responder a problemas como: “qual o efeito de uma modificação de preço nos lucros? Que
produtos devem ser promovidos? Qual o efeito das mudanças no processo de produção sobre
o lucro total? Quantas unidades devem ser vendidas para atingir um retorno específico do
investimento? Etc.”.
Neste artigo, aborda-se o conceito de margem de contribuição e sua relevância para o
auxílio na gestão das empresas, em conjunto com conceitos de custos de reposição e custo de
oportunidade. Portanto, faz-se necessário conceituar custo de reposição e custo de
oportunidade.
Numa definição direta, pode-se afirmar que custo de reposição é o custo da próxima
compra ou da compra atual que, para empresas comerciais, se aplica muito bem, porém,
quando se refere à indústria o custo de produção da próxima peça pode ser afetado por
diversos fatores. Além do custo da aquisição das novas matérias-primas, existem outros
fatores de produção, por exemplo, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação, o que dificulta
o cálculo do custo de reposição. Contudo, “talvez a maior utilidade da adoção do custo de
reposição seja seu uso para efeito perspectivo, ou seja, para analisar e decidir sobre o
futuro”(MARTINS, 2000, p.263).
Para Passarelli e Bomfim (2003, p.77) “o objetivo principal do custo de reposição é
determinar o custo da compra atual de um bem que pode estar no estoque há diversos meses”.
E complementam ainda dizendo que “as fontes de informações para constatação desse custo
de mercado podem ser catálogos de fornecedores, listas de preços, cotações oficiais, consultas
diretas aos fornecedores etc.”.
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
Destaca-se também que este procedimento, utilizado para avaliação de estoques, tem
sua utilidade estritamente gerencial e sua utilização deverá ser extracontábil, porém observa-
se que esse custo é muito importante para fins de determinação de preço de venda.
Outro conceito, considerado muito importante para a elaboração deste artigo, é o de
custo de oportunidade, como se pode constatar na afirmação de Martins (2000, p.250):
Representa o Custo de Oportunidade o quanto a empresa
sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus
recursos numa alternativa ao invés de outra. Se usou seus
recursos para a produção de sorvetes, o custo de oportunidade
desse investimento é o quanto deixou de ganhar por não ter
aplicado aquele valor em outra forma de investimento que
estava ao seu alcance.
Leone (2000, p.60) comenta que “custos de oportunidade
representam vantagens perdidas, medidas monetariamente relacionadas
à segunda melhor alternativa rejeitada”. Acrescenta, ainda, que o termo
oportunidade é considerado sinônimo de alternativa.
Damodaran (2002, p.204) conceitua “custo de oportunidade é o
custo resultante de um projeto que utiliza recursos que já são de
propriedade da empresa. Ele é baseado no melhor uso alternativo
possível”.
Para Wernke (2001, p.145) “o custo de oportunidade representa o
valor da melhor alternativa desprezada em favor da alternativa
escolhida”. Portanto, o valor do custo de oportunidade é a suposta
rentabilidade da alternativa abandonada.
No mesmo sentido, na definição de Bornia (2002, p.45), “os
custos de oportunidade são custos que não representam o consumo dos
insumos pela empresa, mas o quanto alguém deixou de ganhar pelo fato
de ter optado por um investimento ao invés de outro”.
Normalmente, haverá um uso alternativo para os recursos
aplicados nos negócios. Damodaran (2002, p.204) cita alguns exemplos
de custos de oportunidade.
a) Os recursos podem ser arrendados, fazendo com que a receita bruta do aluguel
seja a oportunidade perdida ao se aprovar o projeto em questão. Por exemplo, se
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o projeto prevê a utilização de um prédio vazio que já é de propriedade da
empresa, a receita bruta potencial de alugar este prédio para terceiros será o
custo de oportunidade.
b) Os recursos podem ser vendidos. Fazem com que o preço de venda, descontados
quaisquer passivos de imposto de renda e benefícios tributários de depreciação
perdidos, seja o custo de oportunidade ao investir no projeto em questão.
c) Os recursos podem ser utilizados em outro lugar na empresa, significando, neste
caso, que o custo de substituir os recursos em questão é considerado o custo de
oportunidade.
Tanto o procedimento de avaliação de bens pelo método de custo
de reposição, como também a ótica do custo de oportunidade, são
conceitos não usuais na contabilidade de custos, mas necessários para
auxílio na tomada de decisões, como os demais conceitos e métodos.
3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E CUSTO REPOSIÇÃO
Aqui, buscar-se-á estabelecer uma relação entre o conceito de
margem de contribuição, já visto no item anterior, com o custo de
reposição e, posteriormente, determinar qual a importância desta
relação com o resultado alcançado.
Conforme destaca Martins (2000, p.259) “uma das mais
importantes funções da contabilidade de custos para fins decisoriais é o
suprimento de informações com relação aos valores dos atuais custos de
produção, ou seja, custos atuais de reposição dos estoques de bens
elaborados, bem como com relação à projeção de valores futuros de
reposição”.
Na intenção de facilitar o entendimento deste processo, tome-se o
seguinte exemplo: uma empresa comercial que compre uma peça para
revender e que esta tenha um custo de R$ 10,00, mas foi vendida por R$
14,00, e a empresa tenha uma despesa incidente sobre esta venda de R$
1,50, a margem de contribuição registrará o valor de R$ 2,50 (14,00 –
10,00 – 1,50), isto é, cada peça que esta empresa vender nestas mesmas
condições contribuirá com R$ 2,50 para cobertura dos gastos gerais
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
desta empresa, e o valor que ultrapassar do montante dos gastos gerais
formará o resultado.
Este simples acompanhamento já é muito relevante para o
gerenciamento, pois dará suporte para que o gestor possa decidir
questões como: efetuar descontos para a venda em quantidades maiores,
formar preço de venda base, verificar que peça merece maior incentivo
para venda, verificar quantas peças precisam ser vendidas para
cobertura de todos os custos fixos e outras vantagens.
Porém, ainda se referindo aos dados do exemplo apontado
anteriormente, pode-se dizer que a contribuição oferecida pela peça de
R$ 2,50 somente será convertida em resultado financeiro para a empresa
se não for considerado o custo de reposição, isto é precisaríamos
verificar quanto irá custar a próxima peça, para reconhecer o valor que
sobrará desta venda, já que é necessário repor outra peça para dar
continuidade no negócio.
Suponha, entretanto, que o custo para repor esta mesma peça em
condições de venda seja de R$ 11,00. Então, a verdadeira contribuição
que esta peça ofereceu, em termos de retorno financeiro para a empresa,
foi de apenas R$ 1,50 (14,00 – 11,00 – 1,50), pois é realmente o valor
que sobrou para a empresa, já que foi necessário desembolsar R$ 11,00
para a compra de uma nova peça e R$ 1,50 para o pagamento dos
impostos sobre o valor da venda.
No entanto, é importante ressaltar que esta questão somente terá
validade se consideradas, pelo menos, duas hipóteses: a continuidade da
empresa e o resultado financeiro.
Em situação de descontinuidade da empresa ou do negócio, não
existirá o custo de reposição. Então, o valor que sobrou para a empresa
foi o que se obteve até esta última operação.
Se considerar o resultado econômico do negócio também o
conceito de custo de reposição não fará nenhuma diferença, porque, em
termos econômicos, o dinheiro pode estar tanto na conta caixa como
convertido na conta estoques que o resultado não mudará.
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Rosânio Bortolato Redivo
Significa dizer que a inobservância do custo de reposição não
afetará o patrimônio da empresa já que a diferença é somente
financeira, podendo comprometer apenas os indicadores de liquidez,
não havendo diminuição do patrimônio total.
Porém, quando o assunto é a gestão do negócio direcionado para o
ganho financeiro, a observância do conceito de custo de reposição
poderá fazer muita diferença, principalmente se o capital de giro for
escasso.
A título de exemplo, imagina-se que a empresa tenha em caixa o
valor de R$ 50.000,00 para iniciar seus negócios e resolva aplicar este
montante na aquisição de mercadorias para revenda com a intenção de
aumentar este valor. Imagine que estas mercadorias foram todas
vendidas pelo valor bruto de R$ 60.000,00; a contabilidade apontará
para um resultado de R$ 10.000,00 (60.000,00 – 50.000,00),
independentemente do valor que a empresa terá que desembolsar para
repor a mesma quantidade de mercadoria. Mas, imagine que para efetuar
a reposição da mesma quantidade de mercadorias para dar continuidade
ao negócio, a empresa tenha que desembolsar o montante de R$
60.000,00. Neste caso, não haverá nenhum acréscimo no caixa da
empresa, isto é, financeiramente a empresa não obteve resultado algum,
mas economicamente a empresa teve um acréscimo de capital de R$
10.000,00.
Sobre o preço de venda para esta situação citada, precisa-se
analisar a sua margem de contribuição a partir da sua reposição e não
do fato passado. Por isso, pode-se afirmar que a margem de
contribuição analisada, a partir do custo de reposição, demonstra a
eficiência da gestão para análise e decisão sobre a continuidade e o
futuro do negócio.
Conforme menciona Martins (2000, p.263), “talvez a maior
utilidade da adoção do custo de reposição seja seu uso para efeito
prospectivo, ou seja, para se analisar e decidir sobre o futuro”.
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
Para melhorar o entendimento do leitor, observa-se no Quadro 1
uma demonstração da diferença no resultado sob a ótica tradicional
contábil e sob a ótica do custo de reposição. O que pode explicar o fato
de a contabilidade apresentar resultado positivo, não significa que a
saúde financeira da empresa esteja garantida.
Contabilidade
tradicional
Custo de
reposição
Receita de venda em R$ 60.000,00 60.000,00
(-) Custo mercadoria vendida 50.000,00 60.000,00
(=) Margem de contribuição 10.000,00 00,00
Quadro 1 – Diferença no resultado
Fonte: Própria.
N
o Quadro1, verifica-se que a diferença reside, basicamente, no
custo da mercadoria vendida. A contabilidade tradicional atribui valor à
mercadoria que está sendo vendida, enquanto que pela ótica do custo de
reposição o custo da mercadoria vendida é considerado o custo da
próxima compra, já que o interesse deste é identificar o valor em
dinheiro que sobrará para a empresa após a reposição das mesmas
mercadorias em estoques.
3.1 Efeitos do custo de reposição na gestão de negócios.
A partir da análise efetuada, existem duas questões a considerar:
situação de carência de capital de giro e situação de fartura de capital
de giro.
Na primeira situação, a ótica do custo de reposição ganha
relevância ainda maior para a formação do verdadeiro resultado em
termos financeiros, o motivo é que a sua inobservância forçará a
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Rosânio Bortolato Redivo
empresa a captar recursos de terceiros para a reposição de novos
produtos a fim de garantir a manutenção do negócio.
Se não considerar o custo de reposição, certamente a empresa
terá dificuldades financeiras para dar continuidade a seu negócio e no
desembolso para pagamentos de outros gastos. Isso implicará
pagamento de juros, além de outras complicações que poderão afetar o
desempenho da empresa, tais como prazo para pagamento de
empréstimos, pressão de credores etc.
Já na situação de fartura de capital de giro, a ótica do custo de
reposição poderá não fazer tanta diferença, principalmente no início do
negócio, ou enquanto o capital de giro estiver alto. Com o passar do
tempo, se o custo de reposição obedecer à tendência de aumento, irá
consumindo o capital de giro até o momento em que a empresa não
possuir capital próprio e entrará na mesma condição que a situação
anterior. Ressalta-se que, no quadro, não foram contemplados os demais
gastos que possivelmente a empresa possui como os com folha de
pagamentos, aluguéis, impostos e outros, pois o interesse foi de ilustrar
apenas a diferença, já que o resto é tudo igual.
Voltando para a questão da contribuição, observa-se que na coluna
do custo de reposição, o resultado foi nulo, isso quer dizer que não
existiu, em termos financeiros, nenhuma contribuição para pagamento
dos demais gastos da empresa, por este motivo menciona-se a
importância desta análise na gestão do negócio.
A idéia central reside no conceito de contribuição ou margem de
contribuição, que pode se mostrar útil também quando se leva em
consideração o custo de reposição por oferecer a opção de maior
rentabilidade, a diferença, que aqui é nossa preocupação, está nas ditas
contribuição futuras, que, ao nosso entendimento, significariam a
contribuição do produto após sua reposição no estoque da empresa.
Apesar da importância da margem de contribuição, é necessário
mencionar que, mesmo levando em consideração o custo de reposição,
ainda assim esta margem não é substituta do lucro, principalmente se os
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
custos fixos representam parcela significativa do custo total da
empresa.
O enfoque foi dado ao custo de reposição, levando-se em
consideração que o custo para reposição é maior que o custo original da
mercadoria, pois esta é uma tendência considerada regular, mesmo com
o quadro econômico atual sem inflação. Em situações atípicas, pode-se
verificar, ainda, um custo de reposição menor e, nessa situação
considerada anormal, o efeito desta ótica seria totalmente o inverso do
que foi comentado anteriormente.
4 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E O CUSTO DE OPORTUNIDADE
Já se mencionou que o custo de oportunidade refere-se às
alternativas abandonadas em detrimento da alternativa escolhida.
Existirá sempre a dificuldade de saber se a decisão tomada ou a
alternativa escolhida foi a melhor decisão. Bateman (1998, p.97) aduz
que “uma abordagem é esperar até que apareçam os resultados” e
manter os controles.
Inserindo o custo de oportunidade no conceito da margem de
contribuição atribui-se mais um custo para o produto ou para o negócio
da empresa. Neste sentido, na margem de contribuição, gerada para o
pagamento dos custos e despesas fixas, já deverá estar descontado,
também, o custo de oportunidade, uma vez que se está considerando o
custo de oportunidade como sendo um gasto variável e já que o capital
estará investido em mercadorias ou produtos para a revenda.
Segundo Frezatti (2003, p.25) “em algumas circunstâncias, o
custo de oportunidade da entidade será requerido para que dada
informação seja obtida no processo de gestão de valor”.
A dificuldade maior nessa operação reside justamente em
quantificar o valor do custo de oportunidade, isto é, como mensurar o
quanto a empresa teria de rentabilidade se tivesse aplicado o seu capital
Revista de Ciências da Administração – v.6, n.11, jan/jul 2004 12
Rosânio Bortolato Redivo
em uma loja de calçados, em vez de aplicar numa loja de peças
automotivas. Neste caso há uma suposição do valor, mas existirá sempre
um certo grau de incerteza.
Outra variável de grande amplitude são as alternativas para
aplicação do capital, que pode ser uma aplicação na poupança ou então
aplicação de altos riscos. Desse modo, existirá sempre uma dificuldade
em determinar o que servirá de base para cálculo do custo de
oportunidade. Talvez, o elevado grau de incerteza seja realmente o
maior obstáculo para aplicação do custo de oportunidade.
Uma forma adequada para cálculo do custo de oportunidade seria
a de considerar a origem do capital antes de investi-lo no negócio em
análise, isto é, se antes de investir numa loja de peças automotivas o
capital estivesse aplicado em uma poupança, dessa forma o custo de
oportunidade da loja de peças automotivas seria o rendimento que o
capital deixou de acumular se continuasse aplicado na poupança. Mas
existem outras questões a considerar, como é o caso do capital de
terceiros aplicado no negócio, neste caso, então, o que seria o custo de
oportunidade? Se bem que, sobre este capital, incidirão juros e
correções que poderão, para efeito gerencial, ser considerados como um
custo do capital, e que o negócio deverá gerar margem de contribuição
suficiente para cobrir mais este gasto.
Martins (2000, p.250) sugere “duas alternativas poderíamos
analisar, sem entrar em muito detalhe: ou entendemos o custo de
oportunidade com relação a outro investimento de igual risco, ou
tomamos sempre como base o investimento de risco zero, que seria, no
caso brasileiro, em títulos do governo federal, ou caderneta de
poupança”.
Com base no que se está mencionando, pode-se considerar que o
custo de oportunidade funciona como uma forma de avaliar o custo do
capital aplicado na empresa, seja esse capital próprio ou recursos de
terceiros.
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Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
Pode-se ainda considerar que dentre várias formas de se avaliar o
desempenho e a eficiência de um negócio, a análise do custo de
oportunidade é um complemento a mais no sentido de verificar se
existiu crescimento do patrimônio em função da escolha desta
alternativa para aplicação do recurso.
Martins (2000, p. 251) demonstra o seguinte exemplo prático:
Suponhamos que não haja inflação, o custo de oportunidade
tomado pela empresa em termos reais seja de 6% ao ano e que
o valor do investimento para a fabricação de sorvetes seja de
$ 10.000.000,00. Teríamos então um custo de oportunidade de
$600.000,00 ao ano em termos reais. Digamos, ainda, que a
empresa tenha no primeiro ano:
Receitas $ 15.000.000
Custos dos produtos vendidos
Matéria-prima $7.000.000
Mão-de-obra $3.000.000
Depreciação $2.000.000
Outros custos
$2.000.000 ($14.000.000)
Lucro $1.000.000
Com a inclusão do custo de oportunidade de $600.000, o
resultado seria então, de apenas $400.000. Isso significa que
o verdadeiro valor do resultado da atividade é esse, pois é o
que conseguiu mais do que daria o juro do capital investido.
Todavia, é importante lembrar que o custo de oportunidade não é
registrado na contabilidade, pois a contabilidade registra fatos reais
ocorridos, e o custo de oportunidade representa ações que não foram
tomadas ou, fazendo referência ao nome, representa oportunidades não
escolhidas para aplicação do capital.
Ainda, conforme Martins (2000, p.253), “uma das conseqüências
mais importantes do uso do conceito de custo de oportunidade é a
seleção de produtos ou linhas que estão produzindo um retorno inferior
a ele”.
Na intenção de contribuir para um melhor entendimento do custo
de oportunidade elaborou-se o Quadro 2, a saber:
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Demonstração de resultado sem
considerar o custo de oportunidade
Demonstração de resultado
considerando o custo de oportunidade
Receita bruta de vendas Receita bruta de vendas
(-) Custo do produto vendido (-) Custo do produto vendido
(=) Margem de contribuição (-) Custo de oportunidade
(-) Custos e despesas fixas (=) Margem de contribuição
(=) Resultado operacional (-) Custos e despesas fixas
(=) Resultado operacional
Quadro 2 – análise do custo de oportunidade.
Fonte: Própria
Como se pode verificar a partir do quadro anterior, antes da
apuração da margem de contribuição, inclui-se o custo de oportunidade,
mas é importante lembrar que esta metodologia não é reconhecida pela
contabilidade, a intenção é apenas ilustrar para explicar seu significado
e sugerir uma forma para análise gerencial de um negócio.
4.1 A relevância do custo de oportunidade
A utilidade da inclusão do custo de oportunidade é para decisões
especiais e análise minuciosa de que realmente o capital investido no
negócio rendeu a mais do que já estava rendendo anteriormente. Porém,
sem a pretensão de descaracterizá-lo, quer-se alertar sobre as questões
dos conceitos de custos inevitáveis e custos empatados. De acordo com
o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, custos
inevitáveis são aqueles que, independentemente da decisão a ser
tomada, continuam, custos empatados recebem este nome por já terem
sido sacramentados no passado, não devendo influir em decisões para o
futuro.
Isto é, se o custo de oportunidade representa benefícios que a
empresa deixou de obter pela escolha de uma alternativa em detrimento
Revista de Ciências da Administração – v.6, n.11, jan/jul 2004 15
Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
de outra, pode-se dizer que será um custo inevitável, pois sempre terá
uma alternativa abandonada e obviamente uma escolhida.
Também se pode dizer que, de certa forma, é um custo empatado,
por ter sido sacramentado no passado e, independentemente das
decisões tomadas, em nada influirá. Sob este ponto de vista, pode-se
dizer que custo de oportunidade seria uma forma de custo irrelevante,
já que nada pode ser feito para eliminá-lo e sempre representará um
custo passado.
É evidente que o custo de oportunidade consiste em auxiliar na
busca do verdadeiro resultado da alternativa aderida, e sua preocupação
é com custos futuros, ou as rendas que serão perdidas em conseqüência
de decisões atuais e não com incoerências passadas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levantaram-se, neste estudo, os conceitos de margem de
contribuição aliados aos conceitos de custo de reposição e custo de
oportunidade, e destacando-se a importância do conhecimento destes
para a gestão dos negócios e, principalmente, para análise do retorno do
capital aplicado em termos financeiros.
Sugestões e conceitos por autores de vanguarda foram discutidos
concluindo-se que a função de margem de contribuição é de suma
importância no auxílio às tomadas de decisões e deve ser repensada
quando surgem os conceitos de custo de reposição e de custo de
oportunidade.
Nos modelos apresentados, a título de sugestão, considerou-se
separadamente margem de contribuição com o custo de reposição e,
posteriormente, margem de contribuição com custo de oportunidade. Na
prática, ambos os conceitos podem figurar juntos quando for de
interesse do gestor extrair o resultado de uma operação considerando
tanto o custo para reposição quanto o custo de oportunidade. Porém,
Revista de Ciências da Administração – v.6, n.11, jan/jul 2004 16
Rosânio Bortolato Redivo
foram mostrados separadamente porque o principal interesse foi de
levantar a questão para uma reflexão sobre os assuntos.
O indicador da margem de contribuição auxiliará na gestão dos
negócios, e sua aplicação é mais simples quando o negócio da empresa
for um comércio, pois facilita a identificação dos custos variáveis e
fixos, identificação necessária para obtenção deste indicador. Esta
separação pode não ser tão simples quando a atividade é de natureza
industrial ou de prestação de serviços, porque, nessas, poderão existir
custos de difícil identificação quanto à sua classificação em fixos ou
variáveis, o que, nesse caso, impossibilitaria a obtenção da margem de
contribuição.
Entretanto, para o uso adequado desse indicador de auxílio para o
gestor é necessário que o mesmo tenha um certo nível de conhecimento
sobre custos, não podendo descartar os indispensáveis controles de
gastos, primeiro passo para a gestão dos custos, pois, sem eles, nada
poderá ser feito por falta de fundamentação.
Em mercados altamente competitivos, as empresas têm pouca
liberdade para decidir sobre preço dos seus produtos ou mercadorias,
isso não significa que a empresa não necessita do conhecimento de seus
gastos, apenas reforça-se aqui a necessidade do conhecimento para que
possam ser estudadas possíveis formas de redução dos custos que
tornem a empresa ainda mais competitiva.
Neste ponto, o conceito de margem de contribuição torna-se
fundamental para homens de negócios. Ressalta-se porém neste trabalho
que a utilização deste importante indicador poderá contribuir ainda
mais para a gestão dos negócios quando utilizada conjuntamente
observando-se o custo de reposição e o custo de oportunidade.
Abstract
Various indicators lend assistance to business management. The contribution margin is an
indicator developed to provide decisive solutions, especially with special short-term
negotiations, however, most of the time, it is fundamental for the stability of a company in the
business world. It is argued in such a world, that the contribution margin should be used by
administrators, but that it may be re-assessed when replacement cost and opportunity cost are
Revista de Ciências da Administração – v.6, n.11, jan/jul 2004 17
Considerações sobre o cálculo da margem de contribuição: uma proposta para inclusão do custo de reposição e
do custo de oportunidade
taken into account. For such a reassessment, it is necessary that the accountancy should also
deal with uncertainty in regard to the future and not only with records of past events.
Evidence points to the need for using tools that may assist business management. However, it
is necessary that administrators be prepared to make use of them.
Key Words: Cost, Contribution Margin. Replacement Cost. Opportunity Cost. Outcome –
Profitability
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