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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Marcela Umeno Koeke
Além de terapeuta, pesquisador: análise de relatos de
intervenção clínica
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Maria do Carmo Guedes
SÃO PAULO
2009
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Marcela Umeno Koeke
Além de terapeuta, pesquisador: análise de relatos de
intervenção clínica
MESTRADO EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL:
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Dissertação apresentada à Banca Examinadora da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como
exigência parcial para obtenção do título de
MESTRE em Psicologia Experimental: Análise do
Comportamento, sob orientação da Prof
a
Dr
a
Maria
do Carmo Guedes.
SÃO PAULO
2009
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i
Banca Examinadora
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
ii
Dedico este trabalho aos meus pais,
Massaiuki Koeke e Irani Umeno Koeke, que
são os maiores responsáveis pela realização
desse sonho. Obrigada pela confiança, e
acima de tudo, pelo Amor Incondicional que
recebo de vocês.
iii
AGRADECIMENTOS
À minha querida orientadora Maria do Carmo Guedes, que abraçou o meu
projeto com muita dedicação e responsabilidade. Sinto-me privilegiada por
ter estado em mãos tão competentes, pois ela tem o dom de modelar
comportamentos de pesquisador.
Aos meus exemplos de pesquisadores-terapeutas: Vera Amaral, Roberto
Banaco e Ziza Guedes, pelas contribuições que deram para a melhoria
deste trabalho.
Aos meus irmãos, Paulo e Newton, por serem modelos de garra e
perseverança, e por estarem ao meu lado, torcendo por mim.
Ao Hélio Guilhardi e Ricardo Fraga, que me apoiaram na realização desse
sonho.
Aos meus professores da graduação, Karina Magalhães Brasio e Geraldo
Fiamenghi Jr., que me incentivaram ser pesquisadora.
À minha amigona, Ligia Oda, por ter tornado os momentos difíceis mais
leves. “Arigatou”, amiga!
iv
À minha querida amiga, Amanda Wechsler, pelo carinho da sua amizade e
pelos momentos de dedicação que teve comigo, me ajudando a tornar esse
sonho possível.
Às minhas grandes amigas: Carol Nascimento, Fabiana Koeke, Georgea
Rosa, Josy Moriyama, Lu Miraldi, que sempre estiveram ao meu lado nos
momentos em que eu mais precisei.
Aos amigos muitos anos: Adriano Doná, Eliza Garcia, Fabrício Ferreira
dos Santos, Fernanda Panini, Juliana Fabrice, Marcel Ferreira dos
Santos, Rafael Damianci, Rafael Mancini, Ricardo Saita, Simone
Watanabe, por serem tão especiais na minha vida!
Às minhas colegas e amigas de curso, Ana Paula Oliveira, Ana Luiza
Hadadd, Carol Porto, Carol Couto, Dani Cerqueira, Diana Canavarros,
Lu Martins, Tati Correia, que me proporcionaram momentos de
descontração durante esses dois anos.
Ao Fausto M., pela torcida e pela
pen drive
(muito útil durante esse
processo).
À minha prima Márcia Yamane Umeno, por ter me recebido diversas vezes
em sua casa de maneira sempre carinhosa.
v
SUMÁRIO
Página
INTRODUÇÃO...............................................................................................................01
Problema de pesquisa...........................................................................................13
A ABPMC............................................................................................................11
OBJETIVO......................................................................................................................14
MÉTODO........................................................................................................................15
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................18
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................38
ANEXOS.........................................................................................................................42
vi
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Relatos de intervenção em consultório............................................................18
Figura 2. Relatos inicialmente identificados e relatos selecionados para análise...........19
Figura 3. Comparação entre 1995 e os anos escolhidos para análise..............................21
vii
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Relatos de intervenção em consultório selecionados para análise entre os
apresentados na ABPMC e publicados na série SCC .....................................................17
Tabela 2. Proporção de relatos selecionados para análise...............................................19
Tabela 3. Distribuição dos relatos por atividade apresentados em três Encontros da
ABPMC...........................................................................................................................20
Tabela 4. Proporção entre apresentados trabalhos na ABPMC e trabalhos publicados na
SCC..................................................................................................................................20
Tabela 5. Sobre mudanças no título ou na autoria dos relatos analisados.......................22
Tabela 6. Avaliação dos relatos selecionados, conforme critérios de Baer e cols. (1968;
1987)................................................................................................................................34
viii
LISTA DE ANEXOS
Página
Anexo 1. Volumes da série Sobre Comportamento e Cognição utilizados na
pesquisa...........................................................................................................................43
Anexo 2. Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 1997 e publicados na
íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (v. 4)......................................................49
Anexo 3. Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002 e publicados na
íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (v. 11 e 12)............................................51
Anexo 4. Trabalhos apresentados nos Encontros da ABPMC de 2007 e publicados na
íntegra em Sobre Comportamento e Cognição................................................................66
ix
Koeke, M. U. (2009). Além de terapeuta, pesquisador: análise de relatos de
intervenção clínica. Dissertação de mestrado. São Paulo: Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo.
Orientadora: Maria do Carmo Guedes.
Linha de pesquisa: História e fundamentos epistemológicos, metodológicos e
conceituais da análise do comportamento.
RESUMO
Para responder à questão como o analista do comportamento vem se desempenhando
em relação a ambos os comportamentos dele exigidos: o de terapeuta e o de
pesquisador, foram analisados neste estudo relatos de intervenção em consultório
encontrados em três momentos dos Encontros Anuais da ABPMC (1997, 2002 e 2007)
e publicados em volumes da série Sobre Comportamento e Cognição (SCC), que
correspondem aos anos selecionados para análise. Nos relatos selecionados para análise
foi verificado se eles atendem às características que o tornariam não apenas aplicação de
técnicas específicas à área, mas também às exigências de uma aplicação, que também é
pesquisa. Para isso, recorreu-se aos critérios propostos por Baer, Wolf e Risley (1968;
1987). Depois da identificação dos relatos a partir da leitura dos títulos e resumos,
leitura completa dos artigos publicados levou à seleção de nove relatos que atenderam
aos requisitos colocados: ser de intervenção e apenas em consultório, ser em análise do
comportamento (foram excluídos os da linha cognitivista) e ser apresentado em
atividade considerada científica (Mesa Redonda, Simpósio, Sessão Coordenada, Painel
e Comunicação Oral). Os relatos selecionados receberam então novas leituras, que
permitiram avaliar seu enquadramento aos critérios de Baer e col. (1868; 1987). Os
resultados mostram que, embora sejam poucos os relatos publicados, menos ainda
quando atendendo à seleção proposta, quatro dos sete critérios são atendidos, pelo
menos em parte, por todos os nove trabalhos. E que dois dos trabalhos alcançam a
marca de 90% do total de pontos atribuídos, conforme atendimento dos critérios numa
escala de quatro pontos (de zero para não atende a 3 para atende). Conclui-se que é
possível, embora não esteja sendo fácil, que o terapeuta comportamental atenda às
exigências de ambas as comunidades: a do cliente e a científica.
Palavras-chave: terapeuta comportamental, clínico versus pesquisador, relato de
intervenção, perspectiva histórica.
x
Koeke, M. U. (2009).Beyond the therapist, researcher: analysis of clinical intervention
reports. Master dissertation. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Thesis Advisor: Maria do Carmo Guedes.
Line of Research: History and epistemological principles, methodological and
conceptual basis of behavior analysis.
ABSTRACT
To answer the question of how the behavior analyst is performing both behaviors
demanded from the society: as a therapist and as a researcher, were analyzed in this
study reports of clinical intervention that were found in three moments of the Annual
Meetings of ABPMC (1997, 2002 and 2007) and published in volumes of the series
About Behavior and Cognition (SCC), which correspond to the years selected for
analysis. In the reports selected for analysis, it was examined if they attended to the
characteristics that would make them not only applications of specific techniques in the
area, but also if they reached the requirements of an application, which is also a
research. For this reason, it was used Baer, Wolf and Risley’s (1968; 1987) criteria.
After the identification of the reports based on the reading of titles and abstracts, a full
reading of the published articles led to a selection of nine reports which attended the
following requirements proposed: to be a clinical intervention and only in the clinical
office, to be in the field of behavior analysis (it was excluded the cognitive ones) and be
presented in a scientific activity (debate, symposiums, coordinated sessions, posters and
oral communication). The selected reports were re-read, which allowed to evaluate their
correspondence to Baer et al.’s (1968; 1987) criteria. The results showed that, however
there are few published reports, even less when they achieve the proposed selection,
four of the seven criteria are achieved, at least partly, for all the nine articles. And two
of them reached 90% of the given total score, according to the criteria in a four points
scale, (from zero, which does not achieve, to three which achieves). It was concluded
that it is possible, although it has not been easy, that the behavioral therapist attends to
the demands of both communities: the client and the scientific ones.
Key-words: behavior therapist, clinical versus researcher, intervention report, historical
perspective.
1
Como analistas do comportamento devemos reconhecer que a
história da análise do comportamento é parte da história da
qual nosso comportamento de conhecer é função. Deste ponto
de vista, ao conhecer a história da análise do comportamento
estaremos conhecendo parte das variáveis que determinaram e
determinam nosso próprio comportamento (Andery, Micheletto
e Sério, 2000, p. 139)
Nesta Dissertação, pesquisa-se exatamente um dos aspectos, a nosso ver,
fundamentais na Análise do Comportamento: qual pode ser, a possível relação entre a
participação em congressos científicos e a produção do conhecimento e prática de
terapeutas desta abordagem, nossa opção de trabalho. Assim, a pesquisa aqui
desenvolvida é realizada em perspectiva histórica e a propósito de trabalhos
apresentados em congresso de analistas do comportamento por profissionais com
atuação em consultório.
Segundo Edwards (1991), Wundt, no ano de 1879, abriu o primeiro laboratório
de psicologia experimental e dezessete anos mais tarde, em 1896, um de seus alunos,
Witmer, abriu a primeira clínica psicológica e estabeleceu o termo “psicólogo clínico”.
Desde então, a expressão psicologia clínica tem sido entendida como uma ciência
aplicada que se utiliza dos princípios da ciência psicológica para entender e aliviar os
problemas humanos. Nos Estados Unidos, continua o autor, os psicólogos clínicos são
usualmente treinados como cientistas e como praticantes. No behaviorismo radical, a
pesquisa ganha ainda mais ênfase. Kazdin (1978), por exemplo, fala que a pesquisa em
terapia comportamental começou na Inglaterra com Hans Jürgen Eysenck como editor
chefe de uma revista científica e Rachman como seu assistente. Na revista eram
publicadas pesquisas sobre tratamentos que aplicavam a “teoria moderna da
aprendizagem” para comportamento anormal. Era importante, diz o autor, que o título
da primeira revista em terapia comportamental incluísse palavras como “pesquisa” e
2
“terapia”, enfatizando a importância da proposta científica e empírica com respeito à
terapia (Kazdin, 1978).
A pesquisa aplicada operante cresceu, ficando claro que nenhuma publicação
apropriada existia para publicar os resultados. Os artigos de pesquisa aplicada que eram
submetidos ao Journal of Experimental Analisys of Behavior (JEAB) eram rejeitados,
pois a pesquisa aplicada usava sujeitos humanos e observadores humanos registravam
os comportamentos em estudo, e a política do JEAB era publicar pesquisas básicas com
animais de laboratório em que respostas eram registradas automaticamente (Kazdin,
1978). O JEAB publicou alguns artigos com foco em aplicação, usando observadores
humanos, mas esses eram exceções. Com o objetivo de remediar essa falta, no ano de
1968, a Sociedade de Análise Experimental do Comportamento (SEAB) patrocinou um
jornal especial para a pesquisa aplicada intitulado Journal of Applied Behavior Analysis
(JABA).
Edwards (1991) descreveu a importância da relação ciência x prática, destacando
alguns autores que a isso se referem. Cita Epling e Pierce (1986), para quem a pesquisa
básica é pouco utilizada pelos clínicos e que defende que os pesquisadores básicos e
aplicados têm muito a oferecer uns aos outros; cita Kratochwill e Mace (1973), que
argumentam que a psicologia clínica “deveria adotar um foco científico/empírico na
teoria, pesquisa e prática” (p. 218) e Risley (1972), que entende que a terapia não pode
avançar muito sem uma aliança entre terapia e pesquisa.
Baer, Wolf e Risley (1968), em artigo “de extrema influência” (Kazdin, 1978)
publicado no primeiro número do JABA, definem aplicação comportamental como
sendo um “processo de aplicar princípios de comportamento, por vezes tentativamente,
para melhoria de comportamentos específicos e, simultaneamente, avaliar se quaisquer
mudanças notadas realmente são, ou não, atribuíveis ao processo de aplicação – e, em
3
caso positivo, a que partes desse processo.” (p. 91) No texto, os autores apresentam
ainda as diferenças entre pesquisa básica e aplicada.
Uma das diferenças destacadas pelos autores é que a pesquisa básica
“provavelmente contempla qualquer comportamento e qualquer variável que possa
concebivelmente estar relacionada a ele” (p.91), enquanto que a pesquisa aplicada “está
restrita ao exame de variáveis que possam ser eficazes na melhoria do comportamento
que está sendo estudado” (Baer e cols., 1968, p.91). Para Kazdin (1978), as pesquisas
aplicadas se distinguem das pesquisas básicas em relação a algumas características,
sendo elas: setting e respostas. No trabalho aplicado, as respostas variam com o
problema do indivíduo ou déficit de respostas.
A pesquisa aplicada examina comportamentos que são socialmente importantes.
O estudo desses comportamentos ocorre em seus ambientes sociais usuais e não em um
ambiente “de laboratório”. O laboratório é um lugar planejado onde é possível ter um
maior controle de variáveis relevantes, enquanto que em ambientes sociais há enormes
dificuldades na busca desse controle (Baer e cols., 1968).
Para Baer e cols. (1968), um estudo que pretende ser uma análise
comportamental aplicada deve ser aplicado, comportamental, analítico, tecnológico,
conceitualmente sistemático, eficaz e demonstrar certa generalidade.
Guedes (1993) destaca os três aspectos que, segundo Baer e cols. (1968),
marcaram a proposta da Análise do Comportamento em sua atuação na prática,
inclusive a clínica. O primeiro é que parecia viável a transposição do modelo de
laboratório para a situação clínica. O segundo foi que pretendia atender à comunidade
científica com o rigor da produção de conhecimento. O terceiro, finalmente, foi que
pretendia atender aos clientes promovendo melhoras significativas. Este foi também o
projeto inicial dos analistas do comportamento no Brasil, embora lento. Segundo
4
Kerbauy (1997), a explicação para isso pode estar na ênfase dada à pesquisa básica no
trabalho acadêmico e na falta de status do trabalho aplicado, especialmente o clínico, na
época.
No ano de 1969, Luis Otávio de Seixas Queiroz, em conjunto com cinco alunos
do quinto ano de Psicologia da PUC-Campinas, que atuaram como estagiários, criaram
em Campinas (SP) a primeira Clínica do Comportamento do país, na qual procuraram
realizar, simultaneamente ao atendimento psicológico, cursos, pesquisas e publicações
(Mejias, 1997). Membro dessa equipe de Campinas, Hélio José Guilhardi (2003) conta,
no
texto “Tudo se deve às conseqüências”, que no início da sua carreira profissional,
nem se pensava em trabalhar em clínica, estavam todos interessados na carreira
acadêmica e na pesquisa em Análise Experimental do Comportamento. Tudo que eles,
alunos, conheciam, eram textos fundamentais da análise do comportamento.
Naquela época, continua o depoente, apesar de haver alguma literatura
estrangeira sobre a prática clínica, nenhuma conseguia atender à realidade brasileira,
pois esta impunha contingências muito próprias e específicas. Com isso, analistas do
comportamento voltados à prática clínica no Brasil tiveram que criar e elaborar um
modelo próprio de atuação em clínica, usando o modelo operante, baseado na Ciência
do Comportamento e Behaviorismo Radical para a elaboração do modelo de atuação em
clínica no Brasil. Esse modelo de atuação em clínica exigiu “um repertório
comportamental extraordinariamente complexo a ser modelado por contingências sutis,
assistemáticas e, às vezes, antagônicas provindas da comunidade do cliente e outras da
comunidade dos acadêmicos e pesquisadores.” (Guilhardi, 2003, p.7)
O autor conta ainda que o desafio que enfrentaram, enquanto profissionais que
iniciavam a atividade clínica em Terapia Comportamental, era desenvolver uma
proposta clínica para a realidade brasileira e vinculá-la a uma área teórica e de
5
pesquisa específica, isto é, a aprendizagem num sentido abrangente e a análise
comportamental num sentido particular, até então pouco direcionada para a atuação
terapêutica. E completa dizendo que, no início da prática terapêutica comportamental,
era esperado que o psicólogo respondesse às contingências produzidas pela
comunidade do cliente, que era aliviar o sofrimento das pessoas, enquanto que a
comunidade científica exigia um mínimo de rigor científico. Com isso, a maioria dos
psicólogos inicialmente envolvidos com a área acaba se afastando da comunidade
científica. “Não se viu mais tais profissionais em Congressos, nada mais publicaram,
pararam de estudar textos ‘acadêmicos’, afastaram-se do ensino e se tornaram
especificamente psicólogos clínicos.” (p. 9)
Naquela época, os comportamentos dos então chamados modificadores do
comportamento eram selecionados basicamente pelas conseqüências naturais provindas
da interação terapeuta-cliente e pelas conseqüências arbitrárias geradas pela
comunidade comportamental mais ampla. Não foi possível um modelo para atuação em
clínica, “exclusivamente vinculado com os princípios e procedimentos operantes”, diz
Guilhardi (2003, p. 9). A partir disso, foi adotado o modelo clínico de Wolpe, que
oferecia à atuação clínica técnicas de relaxamento, dessensibilização sistemática, treino
de assertividade etc., e alguns inventários e questionários de avaliação, que
instrumentavam o terapeuta para atuar no consultório. “Todos estes recursos
terapêuticos tinham a seu favor o credencial de serem derivados de teorias da
aprendizagem e corroborados por dados de pesquisa” (p. 10).
Gradualmente, os procedimentos que incluíam técnicas e conceitos
operantes, bem como técnicas e conceitos provindos de Wolpe e
seguidores, foram sendo modelados e caminharam na direção de unificar
6
todos os procedimentos sob o arcabouço da análise do comportamento
(Guilhardi, 2003, p. 15).
Segundo Guedes (1993), as perspectivas promissoras do modelo inicialmente
proposto por Baer e cols. (1968) não se confirmaram. As críticas foram que as
mudanças provindas da manipulação do cliente foram acusadas de ofensivas à liberdade
pessoal, de superficiais e de irrelevantes. Os críticos consideravam que esta proposta só
atenderia à solução de problemas clínicos simples.
Mas os próprios modificadores do comportamento foram descobrindo os limites
na sua prática clínica, pois era difícil atender à comunidade científica e “arranjar
ambientes identificando as contingências responsáveis pelo comportamento” (...) “não
conseguiram ser nem pesquisadores e nem clínicos”. Com isso, alegaram que “o
conhecimento era restrito para a complexidade de situação natural e rejeitaram com
veemência serem identificados pelas técnicas de modificação do comportamento.
Tornaram-se então terapeutas comportamentais.” (Guedes, 1993, p. 82)
Os terapeutas comportamentais procuraram desvendar o comportamento
encoberto que ocorre nas sessões, pois este pode “fornecer pistas sobre as contingências
em vigor para aquele comportamento analisado e por esclarecer de forma confiável o
que acontece na sessão terapêutica” (Kerbauy, 1997, p.334).
A partir de alguns procedimentos como, por exemplo, gravar sessões e solicitar
ao terapeuta, entrevistando-o pós-sessão, que explicitasse o que fez durante a sessão, foi
possível identificar que a busca dos terapeutas comportamentais no Brasil tem sido por
uma análise funcional das sessões terapêuticas, em especial o comportamento dos
clientes, porém priorizando a análise de comportamento verbal e de relato verbal com o
qual o terapeuta trabalha (Kerbauy, 1997).
7
Kerbauy (1997), ao relatar como estava fazendo pesquisa em clínica, contou que
suas pesquisas enfocavam, entre outras variáveis, a relação terapeuta-cliente. Para ela,
as pesquisas têm como objetivo fundamental
verificar quais estímulos discriminativos são fornecidos pelo terapeuta e
quais são formulados pelo cliente e como ele realiza essa passagem do que
acontece na sessão e a sua vida diária, segundo seu relato analisado pelo
terapeuta após o trabalho clínico realizado (p. 339).
Meyer (2003) cita dois estudos (Barbosa, 2001; Yano, 2002) nos quais foi
utilizada uma metodologia de pesquisa em contexto clínico. Nessa metodologia, cada
pesquisador-terapeuta desenvolveu categorias para a coleta e análise de dados. A partir
da percepção do terapeuta sobre o que era importante para cada cliente dentro dos
objetivos propostos na terapia foram definidas categorias durante o tratamento.
Utilizado nesses estudos, permitiu a análise de relação entre respostas, podendo,
segundo a autora, ser classificada como pesquisa de processo, pois implicaram em
medidas repetidas, sendo “possível acompanhar o processo de mudança, testando seu
possível uso em delineamento experimental de sujeito único.” (p. 349)
Guilhardi (1997) ao responder a pergunta: “Com que contingências o terapeuta
trabalha em sua atuação clínica?” considera que no trabalho clínico há limitação
metodológica, não sendo possível fazer pesquisa com controle rigoroso de variáveis, “é
impossível afirmar quais variáveis estão de fato em operação, quais estão sendo
manipuladas, quais estão sendo modificadas, em suma, o que é função de que” (p. 316).
Porém, segundo o autor, isso não significa que não seja possível realizar uma
investigação cientificamente rigorosa no trabalho clínico. O próprio autor demonstra
essa possibilidade através do seu estudo “Aumento de freqüência de respostas
acadêmicas para alterar a lentidão e eliminar comportamentos inadequados em um
8
aluno de primeiro grau” publicado em Modificação do comportamento - Pesquisa e
Aplicação no ano de 1977.
Da revisão da literatura em duas teses que abordam essa questão (Zamignani
2007 e Moriyama, 2007), é possível identificar alguns trabalhos esclarecedores. Em
1989, Wielenska
i
publicou um estudo do processo de supervisão clínica por meio da
análise de cadeias de verbalizações de uma terapeuta ao longo de um processo de
supervisão; Kovac (1995)
ii
e Zamignani (1995)
iii
estudaram variáveis encobertas que
possivelmente controlariam o comportamento do terapeuta em sessão; Silveira (1997)
iv
analisou a influência do conteúdo das verbalizações do terapeuta na recorrência das
verbalizações de queixa do cliente; Margotto (1998)
v
buscou identificar mudanças do
terapeuta e os efeitos do curso de ação escolhido sobre os comportamentos do cliente e
do terapeuta; Silva e Banaco (2000)
vi
buscaram investigar os efeitos de reforçamento
em 11 sessões terapêuticas, sobre três classes de respostas verbais do cliente; Zamignani
(2001)
vii
investigou a atuação de dois terapeutas, em duas situações diferentes (clientes
sem e com queixas de Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC), para identificar se a
queixa do TOC, por parte do cliente, dificultaria o desenvolvimento do trabalho
i
Wielenska, R. C. (1989). A investigação de alguns aspectos da relação terapeuta-cliente em sessões de
supervisão. Dissertação de mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
ii
Kovac, R. (1995). A atuação do terapeuta comportamental: um estudo sobre as variáveis de controle
que podem operar durante uma sessão terapêutica. Trabalho de conclusão de curso. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.
iii
Zamignani, D. R. (1995). Comportamentos encobertos do terapeuta durante a sessão: uma análise do
relato verbal. Relatório final de projeto de iniciação científica. São Paulo: Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo.
iv
Silveira, J. M. (1997). A queixa como condição para análise da interação terapeuta-cliente. Dissertação
de mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
v
Margotto, A. (1998). Identificando mudanças na interação verbal em situação clínica. Dissertação de
mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
vi
Silva, A. S. & Banaco, R. A. (2000). O estudo de caso clínico comportamental. In: E. F. M. Silvares
(org.). Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil, 1, (pp. 31-48). Campinas: Papirus.
vii
Zamignani, D. R. (2001). Uma tentativa de caracterização da prática clínica do analista do
comportamento no atendimento de clientes com e sem o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo:
algumas variáveis negligenciadas. Dissertação de mestrado. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo.
9
consistente com os pressupostos do Behaviorismo Radical; Baptistussi (2001)
viii
estudou
comportamentos do terapeuta relacionados à audiência não punitiva e ao bloqueio de
esquiva, e seus possíveis efeitos sobre o responder do cliente.
Assim, a investigação na área clínica parece estar priorizando estudos sobre
comportamento verbal na situação de atendimento em consultório. Trabalhos recentes
na área clínica, como o estudo de Zamignani (2007), estudam a interação terapêutica
que, segundo este autor, “tem sido compreendida como um dos principais fatores de
mudança na psicoterapia, e sua investigação é denominada pesquisa de processo,
contando para isso com o registro em áudio e/ou vídeo para a categorização de
comportamentos e posterior análise de padrões de interação” (p. V). E a tese de
Moriyama (2007) descreveu dez sessões iniciais de dois casos de Transtorno
Dismórfico Corporal (TDC), a partir de relações funcionais entre relatos verbais da
interação terapêutica.
Ao falar que o praticante da análise comportamental aplicada se depara com um
problema, pois ele é exposto simultaneamente a dois conjuntos de contingências,
aquelas que provêm da comunidade científica e aquelas que provêm da comunidade do
cliente, Risley (1969) já alertava para esta diferença: o cliente “requer resultados
pragmáticos” enquanto o pesquisador “requer pesquisa de qualidade”.
Segundo Risley (1969):
A maioria dos profissionais tem uma aliança primária com uma ou
outra, mas raramente com ambas as audiências. Os poucos
profissionais que se engajam tanto com a terapia, como com a
pesquisa, usualmente, se comportam como dois indivíduos separados,
viii
Baptistussi, M. C. (2001). Comportamentos do terapeuta na sessão que favorecem a redução de efeitos
supressivos sobre comportamentos punidos do cliente. Dissertação de mestrado. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica de Campinas.
10
com seus comportamentos terapêuticos e experimentais não
relacionados (p.103).
Mas, diz Risley (1969), não deveria haver distinção entre o terapeuta e o
pesquisador, pois em um serviço de aplicação todo terapeuta deveria estar
conduzindo pesquisa e todo pesquisador conduzindo terapia. O autor defendeu que
para uma terapia experimental bem sucedida “o terapeuta e o pesquisador deveriam
ser uma única e mesma pessoa” (p.122). Assim, uma atividade contribuiria com a
evolução da outra atividade.
Segundo Amaral (1997), prática e pesquisa parecem ser atividades que
exigem competências, interesses e motivações diferentes. A autora sugere que uma
solução para esta questão
seria o trabalho conjunto, em equipe, cada profissional da psicologia
em seu campo. Um gerando as questões, outros buscando as
respostas, e voltando-se à aplicação tecnológica que viria comprovar
a utilidade social da pesquisa e a força da teoria na qual esta se
baseia (p. 14).
Luna (1997), na visão de um pesquisador e não de um terapeuta, respondeu
a seguinte pergunta: “O terapeuta é um cientista?”, considerando que pesquisar e
prestar serviços são atividades distintas, mesmo quando são desenvolvidas em
conjunto, pois, segundo ele, ambas “têm interlocutores diferentes e desempenham
funções diferentes no processo de desenvolvimento do conhecimento.” (p. 301)
No decorrer de seu texto Luna (1997) se propõe a avaliar “sob que
condições um profissional pode, sistematicamente, ser um terapeuta e um
pesquisador ao mesmo tempo” (p. 305) e o resultado deste “exercício” para o autor
11
é ambíguo, pois por um lado ele considera as contingências desfavoráveis para que
as duas atividades sejam mantidas sistematicamente, e por outro lado ele considera
conceptível “o desenvolvimento de um tipo de pesquisa por terapeutas e que
fenômenos simulados pelo laboratório sejam colocados à prova na situação clínica.”
(p. 306) Para o autor, o terapeuta pesquisador deve desenvolver um raciocínio
metodológico ágil e criativo para atender às necessidades do cliente e da
comunidade que julgará a sua produção.
Guilhardi (2002) argumenta, enquanto clínico, que na prática a proposta que
apresentada por Risley (1969) não parece viável. O autor sugere que sejam criadas
contingências apropriadas para:
1. aproximar o pesquisador do clínico e vice-versa; 2. colocar o
comportamento de um sob controle do comportamento do outro, isto
é, levá-los a observar o que cada um faz; 3. desenvolver cooperação
recíproca, de tal maneira que seja reforçador para um contribuir para
o outro obter reforçadores sociais e profissionais e vice-versa.”
(p.03)
Cabe lembrar que Guilhardi foi um dos fundadores da ABPMC - Associação
que, em 1991, foi criada, reunindo “estudantes e profissionais de orientação
comportamental e cognitiva sob uma mesma entidade”, visando fortalecer ambas as
áreas no país (Rangé & Guilhardi, 2001).
A ABPMC
Criada, a Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental
(ABPMC) consolida as denominações de Terapia Comportamental e Terapia Cognitivo-
Comportamental. Os criadores da associação foram Bernard Rangé e Hélio Guilhardi,
12
com o apoio de Ricardo Gorayeb. O primeiro encontro da ABPMC foi realizado em
1992, que desde então vem realizando Encontros Anuais, com diretoria que é eleita a
cada dois anos.
Antes da ABPMC, em congressos de psicologia, não eram apresentados
“quaisquer casos” terapêuticos, eram selecionados os relatos que melhor se adequavam
ao modelo operante. Quando, na ABPMC, os terapeutas começaram a apresentar os
estudos que realizavam na clínica, os acadêmicos e pesquisadores passaram a contribuir
para modelar os comportamentos “clínicos” (Guilhardi, 2003).
Comparando pôsteres em dois Encontros da ABPMC – 2000 e 2006, Guedes,
Guimarães e Queiroz (2007) encontraram 65 e 87 trabalhos, respectivamente, na linha
de pesquisa “Desenvolvimento de metodologias e tecnologias de intervenção”, dentro
da linha, um dos itens é “pesquisas de intervenção na área clínica”, com apenas 22 e 30
trabalhos, também respectivamente. Na mesma pesquisa, um levantamento dos títulos
dos artigos publicados nos 20 primeiros volumes da série Sobre Comportamento e
Cognição (que também será um dos materiais usados pela pesquisadora do presente
estudo) mostrou que, dos 780 capítulos até então publicados, 51% são de temas que
poderiam ser colocados nessa linha de pesquisa, porém não há especificação de quantos
desses trabalhos são “pesquisas de intervenção na área clínica”.
Segundo Tourinho (2006), na última década, graças aos Encontros Anuais da
ABPMC e às inúmeras oportunidades que com eles se abriram de difusão do
conhecimento analítico-comportamental foi possível experimentarmos um crescimento
notável em vários indicadores, como: número de publicações em análise do
comportamento (artigos em periódicos, livros e capítulos de livros); número de
discentes de graduação interessados em análise do comportamento; número de
candidatos aos programas de pós-graduação em análise do comportamento; números de
13
institutos ou centros não universitários de formação em análise do comportamento; e
número de cursos de especialização, especialmente em terapia analítico-
comportamental. Para o autor, um grande mérito da ABPMC é a sua “capacidade de
reunir e apoiar analistas do comportamento interessados na atuação profissional como
psicólogos. Desse ponto de vista, a pesquisa em análise do comportamento foi
fortemente favorecida pela atuação da ABPMC nos últimos anos”, sendo este um dos
motivos que levou a pesquisadora e escolher os Anais e a Programação da ABPMC
como fontes para o presente estudo.
Assim, o problema de pesquisa que se coloca é: como o analista do
comportamento vem se desempenhando em relação a ambos os comportamentos dele
exigidos, o de terapeuta e o de pesquisador, em sua prática clínica?
14
OBJETIVO
Verificar se relatos de trabalhos de intervenção em consultório apresentados nos
Encontros Anuais da ABPMC mostram alguma evolução no modo como analistas do
comportamento respondem a expectativas tanto dos clínicos como dos pesquisadores.
15
MÉTODO
No projeto inicial pretendia-se pesquisar o desempenho dos terapeutas
participantes dos Encontros Anuais da ABPMC ao longo do tempo. Foi então decidido
analisar algumas datas: sendo 2007 o ano de início desta pesquisa, pareceu apropriado
usar períodos de cinco anos, portanto, 2007, 2002 e 1997. A segunda decisão foi tomada
após o Exame de Qualificação: trabalhar apenas com relatos de intervenção clínica em
consultório na abordagem da análise do comportamento. A fonte para encontrá-los seria
os Anais dos Encontros e a análise feita a partir dos Resumos de relatos (excluídas as
atividades: Conferências, Palestras e Cursos).
Procedimento
Partindo dos títulos, mas usando também Resumos (no caso dos Anais de 2002 e
2007) e, no caso de 1997, os artigos completos na série Sobre Comportamento e
Cognição (SCC), porque desse ano só se teve acesso à Programação (que só traz
Resumos para a atividade Painéis), foram selecionados trabalhos que continham os
termos clínico/clínica e/ou psicoterapia/psicoterapeuta/terapia/terapeuta/terapêutico.
Foram eliminados, nesta etapa, os trabalhos que se declaravam cognitivistas ou que
haviam sido realizados em contextos outros que não consultório (por exemplo, contexto
hospitalar).
Em seguida, para eliminar algumas dúvidas, foram feitas consultas, via internet,
aos nomes dos autores (por exemplo, confirmação de abordagem – às vezes segundo o
próprio autor, quando a consulta era no Lattes, às vezes a partir de outros trabalhos do
mesmo autor, em consulta via Google se o pesquisador não está na Plataforma Lattes).
Ajudou também nesta etapa a consulta aos títulos da atividade dentro de qual o trabalho
16
se inseria – Mesa Redonda, Simpósio e Sessão Coordenada, Painel e Comunicação
Oral.
A impossibilidade de escolher relatos, no caso das apresentações de 1997 –
porque só se teve acesso à Programação (os Anais não foram localizados e a
Programação não traz Resumos, exceto na atividade Painéis) levou à procura da série
SCC que, de acordo com informação no primeiro volume, traz textos apresentados nos
Encontros da ABPMC. No caso, o volume intitulado Psicologia comportamental e
cognitiva: da reflexão teórica à diversidade na aplicação, editado em 1998
ix
. Assim, o
levantamento relativo a 1997 foi feito a partir dos artigos, que, relacionados na
Programação do Encontro, foram publicados neste volume. Mas essa mudança levou
ainda à busca dos artigos completos dos artigos incluídos nas relações de 2002 e 2007.
Optou-se trabalhar apenas com relatos de intervenção em consultório publicados na
íntegra na série SCC para que fosse realizada uma análise do trabalho como um todo,
não ficando apenas restrita aos dados apresentados nos Resumos. O anexo 1 traz
informação sobre os volumes usados. O procedimento incluiu então a comparação entre
o título e autores, referidos na Programação (1997) ou Anais (2002 e 2007) e títulos e
autores, nos volumes 4, 11, 12, 21 e 22 da série SCC.
A Tabela que segue mostra números de relatos de intervenção selecionados para
análise, aplicados os seguintes critérios de exclusão: não ser apresentado em atividades
consideradas científicas, abordagem declarada cognitivista, trabalho que embora sendo
de AC não é relato de intervenção (revisão da literatura, por exemplo) ou de contexto
outro que não consultório (por exemplo, em hospital). Como última verificação, os
volumes, completos de SCC que contêm trabalhos apresentados em 1997, 2002 e 2007
ix
Edição consultada: 2001. Diferente de outras reimpressões, esta edição mantém o título original. Por
exemplo: Na 1ª edição, de 1997, o volume 2 da série SCC foi intitulado A prática da análise do
comportamento e da terapia cognitivo-comportamental e na reedição de 2001 o mesmo volume foi
intitulado A prática da análise comportamental e cognitiva.
17
foram analisados, conforme se vê nos Anexos 2 a 4. Desta verificação, um trabalho
excluído a partir dos Resumos foi recuperado, a partir da leitura do texto publicado na
SCC.
Tabela 1. Relatos de intervenção em consultório selecionados para análise
entre os apresentados na ABPMC e publicados na série SCC
Ano
Apresentados na ABPMC
Total
Nas sessões de- Relatos Relatos
finidas para esta inicialmente selecionados
pesquisa
x
identificados
xi
para análise
xii
1997 133 78 18
xiii
1
2002 562 524 55 5
2007 524 421 82 3
Total 1219 1023 155 9
x
Foram consideradas apenas as sessões de apresentação de trabalho (Simpósio, Sessões Coordenadas e
Painéis e, no caso de 2007, também as Comunicações Orais), eliminados as Palestras, Conferências e os
cursos Primeiros Passos e Pré-Encontro.
xi
A partir de leitura dos Resumos.
xii
Também publicados na SCC e aplicados os critérios de exclusão.
xiii
Foram incluídas: a atividade painéis (a partir dos resumos) e uma única apresentação da atividade mesa
redonda que foi publicada na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição.
18
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Um panorama
A Figura 1 permite visualizar, para os anos escolhidos para análise, a relação
entre total de trabalhos apresentados na ABPMC, números de trabalhos apresentados
nas atividades consideradas científicas e números de relatos inicialmente identificados
como relato de intervenção clínica em AC em consultório.
Figura 1. Relatos de intervenção em consultório
Na Figura 2, os dados mostram a relação entre os trabalhos inicialmente
identificados (na Programação de 1997 e nos Anais de 2002 e 2007) e os selecionados
para análise (após aplicação dos critérios e seu encontro como texto completo em SCC).
19
Figura 2. Relatos inicialmente identificados e relatos selecionados para análise
Para entender esses dados, é importante lembrar: a) que o número de relatos
selecionados tem que ser entendido proporcionalmente ao número de trabalhos
apresentados no ano e b) que para o ano de 1997 só se contou com a Programação, que
só tem resumo de Painéis, entretanto acrescido de um caso de apresentação em Mesa
Redonda publicada na SCC, encontrado a partir do título da mesa. Para ajudar, foi
construída a Tabela 2:
Tabela 2. Proporção de relatos selecionados para análise
ABPMC ABPMC e SCC
Ano Inicialmente identificados Selecionados para análise %
1997 18 1 27,77
2002 55 5 9, 09
2007 8 3 9,37
20
A distribuição por atividade dos relatos selecionados pode ser vista na Tabela 3:
Tabela 3. Distribuição dos relatos por atividade
apresentados em três Encontros da ABPMC
Ano
Total
identificado
Atividade
Painéis Comunicações
Orais
Simpósios Sessões
Coordenadas
Mesas
Redondas
I S I S I S I S I S
1997
2002
2007
Total
18
55
82
155
17
32
18
67
0
1
0
1
0
0
10
10
0
0
1
1
0
6
4
10
0
0
1
1
0
0
28
28
0
0
1
1
1
17
2
20
1
4
0
5
I = relatos identificados como sendo de intervenção clínica em consultório
S = relatos selecionados para análise
Como se vê, a atividade mais representada no conjunto de trabalhos
selecionados é a Mesa Redonda (quatro relatos), os outros cinco estão distribuídos por
Comunicação Oral, Simpósio, Sessão Coordenada e Painéis.
Antes de apresentar a análise dos trabalhos considerados, cabe ainda considerar a
relação entre trabalhos apresentados na ABPMC e trabalhos publicados na SCC. Para os
anos de 1997, 2002 e 2007, os dados (Tabela 4) mostram que nem todos os textos
publicados passam antes por apresentação na ABPMC; mostram também que a
proporção cresce muito de 1997 para 2002, mas cai desse ano para 2007; mostram ainda
que, aplicados os critérios de exclusão, os trabalhos selecionados para análise
representam melhor o total de trabalhos publicados (perto de 10%) em 1997 e 2007.
Tabela 4. Proporção entre trabalhos apresentados na ABPMC
e trabalhos publicados na SCC
Ano SCC ABPMC e SCC Relatos de intervenção
% em consultório
1997 31 10 32, 25 1 10 %
2002 98 86 87,75 5 5, 81%
2007 53 32 60, 37 3 9, 37 %
21
Para entender melhor esta relação, analisamos os três primeiros volumes de SCC
que publicam, em 1997, os trabalhos apresentados na ABPMC de 1993, 1994, 1995 e
1996. A Figura 3 mostra os resultados relativos ao ano de 1995. Cabe contar que a
primeira idéia era analisar 1993, primeiro dos Encontros Anuais. Entretanto, não foram
encontrados os Anais desse, nem os dos anos seguintes até 1996.
Figura 3. Comparação entre 1995 e os anos escolhidos para análise
Diferente do que se poderia esperar, parece não haver relação entre o número de
trabalhos apresentados e o de trabalhos publicados. Uma hipótese a levantar é que em 1995
a Associação pode ter-se empenhados mais diretamente na publicação do que em 1997.
Considera-se que para entender melhor esses dados seria importante um estudo mais
detalhado.
22
2. Análise dos relatos selecionados
A presente pesquisa analisou relatos de intervenção em consultório encontrados
em três momentos dos Encontros Anuais da ABPMC (1997, 2002 e 2007), com o
objetivo de verificar se atendem às características que o tornariam não apenas aplicação
de técnicas específicas à área, mas também às exigências de uma aplicação que seja
também pesquisa. Para isso, recorreu-se aos critérios propostos por Baer, Wolf e Risley
(1968; 1987). A análise de três momentos ao longo do tempo permitiu ver se o fato de
participar de evento científico na área poderia ter alguma influência na melhoria da
qualidade desse tipo de relato.
A Tabela 5 mostra o conjunto dos nove trabalhos analisados. Como se pode
observar, a maioria dos relatos selecionados, ao serem publicados na série SCC tiveram
seus títulos modificados (em alguns casos a mudança era grande, em outros sutil),
porém, em apenas um caso a autoria tem alguma mudança (inclusão de um autor). É
importante destacar que só foi possível concluir como sendo o mesmo trabalho após
leitura e releitura completa dos mesmos.
Tabela 5. Sobre mudanças no título ou na autoria
dos relatos analisados
Apresentado na ABPMC Publicado na SCC
Relato N
o
de
autores
Ano Título Autoria
Mesmo Diferente Mesma Diferente
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1
1
2
1
3
1
2
2
1
1997
2002
2002
2002
2002
2002
2007
2007
2007
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
23
O procedimento de análise incluiu, além da decisão de lidar com os critérios de
Baer e cols.(1968; 1987), a escolha por lidar com uma escala de quatro pontos. Assim,
na avaliação, para cada critério foi atribuído “+” quando o relato atende ao critério;
“+ -” quando atende, mas não completamente; “- +” quando não atende totalmente; e
finalmente “-”, sendo que caem nesta última categoria tanto os trabalhos que não
conseguem atender ao critério como aqueles que sequer chegam a descrever o suficiente
para ser considerados no critério.
Quanto aos critérios de Baer, Wolf e Risley (1968; 1987), podem ser assim
sintetizados:
Aplicada: quando o relato trata de intervenção que teve em vista a importância
para o homem e para a sociedade em vez de sua importância para a teoria;
Comportamental: quando fornece medidas explícitas dos dados
comportamentais em questão. A pesquisa aplicada geralmente estuda o que os sujeitos
podem ser levados a fazer, em vez do que eles podem ser levados a dizer, a não ser que
a resposta verbal seja o comportamento de interesse;
Analítica: quando demonstra de modo convincente que eventos são responsáveis
pela ocorrência de um dado comportamento;
Tecnológica: quando especifica todos os procedimentos, tornando possível sua
replicação;
Conceitual: quando mostra como seus procedimentos são derivados de
princípios básicos da Análise Experimental do Comportamento;
Eficaz: quando produz efeitos práticos e intensos. Isto é, se a aplicação de
técnicas comportamentais não produzir efeitos extensos o suficiente para ter valor
prático, então a aplicação terá falhado. O poder de alterar comportamentos o suficiente
para tornar-se socialmente importante, é o critério essencial;
24
Generalidade: quando demonstra resultados para outros comportamentos, outros
lugares e se mantém durável através do tempo.
Segue, para cada relato, um rápido resumo, números de páginas e as datas de
apresentação e publicação, os critérios e, para cada um, a avaliação e trecho(s) do texto
que ajuda a entender a avaliação feita.
Relato 1
Resumo: Exemplo de um caso de atendimento clínico infantil para demonstrar
recursos (fantasia e desenho) de intervenção. Através do levantamento de hipóteses,
utilizando-se de fantasia, situações imaginativas e relatos de situações fora do
consultório, feitos pela mãe e pela criança, foi realizada a análise de comportamento.
Número de páginas: 11
Ano: 1997 (ABPMC); 1998 (SCC).
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“(...) apresentava uma série de medos, entre eles, ficar em qualquer
lugar sem a mãe; não conseguir dormir fora sem a mãe e também não
permitir que mãe saia sozinha; começou a chorar para ir à escola, não
querendo ficar na aula. Dizia ter pensamentos ruins de que alguma
coisa ruim poderia acontecer à mãe e ao pai.” (p. 107 § 5)
+
Comportamental
“(...) identificar a classe de estímulos, se identificada, como alterá-la
e como medir as possíveis mudanças nessas classes de respostas,
dentre outros.” (p. 106 § 5)
- +
Analítica
“O problema para a mãe aparece quando os medos se ampliam e a
criança não consegue ficar longe da mãe nas situações em que a mãe
‘quer’ ficar longe ou precisa se afastar.” (p. 114 § 13)
“Quando convidada para dormir em outro lugar, a criança não aceita
porque agora fica preocupada em se separar da mãe (pequenos
medos) e isso reduz a ansiedade da mãe (seus desconfortos).” (p. 114
12)
- +
Tecnológica
“Fantasia: foi solicitado um desenho em quadrinhos para a criança
contar a história.” (p. 107 § 7)
- +
Conceitual
Não foi encontrado.
-
Eficaz
“A fantasia, as situações imaginativas e os relatos das situações fora
do consultório parecem favorecerem a compreensão da rede de
relações de estímulos, auxiliando na análise dos comportamentos
complexos e sugerindo novas formas de intervenções mais efetivas
que possibilitem mudar os padrões de comportamentos que podem
ter originado a rede de relações de estímulos e respostas.” (p. 115 §
8)
+ -
25
Generalidade
“(...) não temos dados suficientes para demonstrar a ocorrência
dessas relações e a duração das mudanças.” (p. 115 § 9)
-
Relato 2
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar sessões de terapia como intuito de
desenvolver estratégias em situação clínica. Para isto, foram realizados dois estudos. No
estudo I, o Questionário de Avaliação de Sessões – SEQ (Stiles 1980) foi aplicado a 10
terapeutas e 60 clientes, após sessões de terapia escolhidas como amostra. Os resultados
indicam que terapeutas e clientes avaliam como mais significativos os mesmos aspectos
da sessão. No Estudo II foram realizadas entrevistas pós-sessão (terapeuta e cliente),
tendo como objetivo investigar quais aspectos eles consideravam mais relevantes. Os
resultados foram analisados considerando-se a interação verbal; controle recíproco;
relação que parece existir entre o dizer e fazer; e o papel instrucional de terapia.
Somente no Estudo II havia um relato de intervenção, por isso, somente ele foi
analisado.
Número de páginas: 26
Ano: 2002 (ABPMC); 2003 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“Sua queixa principal consistia em uma dificuldade de se expressar,
o que o levava a evitar ou adiar uma série de situações e lhe trazia
muitas conseqüências negativas, como perda de emprego, brigas
com a namorada e com os pais.” (p. 95 § 4)
+
Comportamental
"O objetivo desse trabalho foi analisar alguns instrumentos que o
terapeuta pode utilizar para avaliar o efeito de uma sessão
específica sobre as respostas do cliente e sobre as mudanças
comportamentais subseqüentes. Procurou-se também investigar
algumas variáveis que atuam na interação verbal que ocorre entre
terapeuta e cliente.” (p. 109 § 16)
+
Analítica
“À medida que o cliente vai falando com o terapeuta, observa-se
que ocorre uma modelagem do repertório verbal do mesmo. Este
aspecto pedagógico ou instrucional da terapia ficou evidente neste
trabalho, o que se conclui a partir da observação das respostas ao
SEQ e as EPS, que indicam uma similaridade cada vez maior nas
verbalizações dos participantes da dupla terapêutica. Ficou claro
também que o terapeuta modelou e deu modelo de comportamento
verbal inclusive através do uso de registros escritos de
comportamento.” (p. 111 § 3)
+
26
Tecnológica
Procedimento (pp. 96-97): foram realizadas quatro entrevistas ao
longo do processo terapêutico. O cliente respondeu ao SEQ sempre
que foi realizada a entrevista pós-sessão. As respostas do terapeuta
e cliente foram encaminhadas aos psicólogos-juízes, sendo que cada
um avaliou duas entrevistas pós-sessão e suas respostas foram
comparadas às do pesquisador.
+
Conceitual
“Com o objetivo de modelar o comportamento dos entrevistadores e
tornar menores as diferenças individuais quanto ao comportamento
verbal dos mesmos, estes foram treinados previamente pelo
pesquisador, através de reforçamento diferencial e ensaio
comportamental da situação de entrevista.” (p. 95 § 7)
+
Eficaz
“(...) pode-se concluir que o Questionário de Avaliação de Sessões -
SEQ pode ser um instrumento útil para obtenção de informações
sobre como o cliente e o terapeuta avaliam a sessão...” (p. 110 § 2)
+
Generalidade
“(...) pode-se concluir que, na sessão, o terapeuta modela um
comportamento verbal, que aumenta a auto-observação do cliente e
este, quando vai para a situação natural emite as categorias
correspondentes de comportamento, as conseqüências se alteram e
este volta e relata ao terapeuta as novas contingências. O terapeuta,
por sua vez, libera conseqüências positivas para as novas
verbalizações e o repertório do cliente se amplia, o que é um dos
objetivos da terapia.” (p. 113 § 1)
+ -
Relato 3
Resumo: O estudo teve como objetivo a redução de comportamentos agressivos,
através da Psicoterapia de Grupo, apresentados por crianças e adolescentes de uma
população de baixa renda.
Número de páginas: 8
Ano: 2002 (ABPMC); 2003 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“(...) queixa de dificuldades interpessoais por apresentarem
comportamentos agressivos.” (p. 99 § 2)
- +
Comportamental
“(...) procurou-se dar condições para que os comportamentos
clinicamente relevantes ocorressem no ambiente terapêutico e assim
fosse possível a modelagem e o fortalecimento de repertórios
comportamentais abertos e encobertos mais adaptativos.” (pp. 98 –
99 § 5)
+ -
Analítica
“Acreditou-se que os comportamentos agressivos apresentados no
grupo eram funcionalmente semelhantes aos que os clientes
apresentavam no ambiente externo e que geravam para as crianças
conseqüências negativas, principalmente a longo prazo.” (pp. 100-
101 § 6)
+ -
Tecnológica
Procedimento (pp. 99-100): foram realizadas seis sessões iniciais
com o objetivo de observar e selecionar os comportamentos
clinicamente relevantes que seriam foco de intervenção e
estabelecer regras de convivência no grupo. Após essas sessões
foram realizadas 16 sessões que visaram ao desenvolvimento de
comportamentos pró-sociais. O foco principal de interesse foi a
modelagem direta dos comportamentos desejáveis através de
estratégias lúdicas, favorecendo a ocorrência de interações entre
+ -
27
crianças e as terapeutas o mais naturalmente possível.
Conceitual
“O foco principal de interesse foi a modelagem direta dos
comportamentos desejáveis (...).” (p. 99 § 5)
“As terapeutas tentaram, inicialmente, tornar-se ‘figuras
importantes’ (reforçadoras) para as crianças, para que, dessa
maneira, seus comportamentos em sessão, como elogiar, instruir,
fornecer modelos, pudessem ter as funções estimuladoras (S
D
, S
evocador e S reforçador) para os comportamentos clinicamente
relevantes das crianças.” (p. 99 § 5)
+
Eficaz
“O que se pode observar é que a partir das contingências presentes
nas sessões, as crianças puderam desenvolver comportamentos
diferentes dos que até então tiveram oportunidade, tais como a
análise do próprio comportamento e comportamentos alternativos
aos agressivos nas interações.” (p. 101 § 4)
+
Generalidade
“Em entrevista final realizada com as mães após intervenção, estas
relataram melhora nos comportamentos de seus filhos em casa e
redução das queixas advindas do projeto e da escola. Este dado é
bastante importante, pois sugere uma possível generalização entre
ambientes, ou seja, os comportamentos de melhora observados no
ambiente terapêutico foram observados em outros ambientes.” (pp.
103 - 104 § 8)
+
Relato 4
Resumo: O estudo exemplificou um caso clínico, de transtorno do pânico, no
qual a terapeuta realizou a intervenção com a F.A.P. (Psicoterapia Analítico-Funcional),
demonstrando as mudanças obtidas a partir desta intervenção que foram observadas e
analisadas pelo próprio cliente no contexto terapêutico.
Número de páginas: 7
Ano: 2002 (ABPMC); 2003 (SCC).
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“Apresentava uma história de longa data (início aos 19 anos) de
crises do pânico ‘vindas do nada’ (sic), pelo menos 5 a 6 vezes por
mês, concomitantes com náuseas e dores de estômago, além de
sudorese, tremores pelo corpo, parestesia facial e muito medo de
desmaiar.” (p. 114 § 2)
“Há muito não viajava nem tinha lazer. Também falava muito sobre
o medo de perder os pais e do fato de não ter amigos.” (p. 114 § 4)
+
Comportamental
“(...) a terapeuta iniciou a análise dos comportamentos do cliente
tendo como ‘pano de fundo’ os passos interventivos
(principalmente, o que se refere à análise funcional dos
comportamentos clinicamente relevantes do cliente) propostos pela
abordagem F.A.P.” (p. 115 §5)
- +
Analítica
“(...) a terapeuta observou que, naquele momento da sessão, o que
estava, ocorrendo era que a situação terapêutica apresentava-se
funcionalmente similar às situações do cotidiano do cliente, em
que envolviam extrema necessidade de acolhimento e cuidado
diante de situações de imprevisibilidade e incontrolabilidade (e
que, para ele, verdadeiramente, eram sentidas como
ameaçadoras)...” (p. 115 § 3)
+
28
Tecnológica
“(...) modelar a aprendizagem de novos comportamentos a
respeito do ‘acolher’ e do ‘amparar’, a fim de que comportamentos
interpessoais mais adaptativos pudessem ser instalados no
repertório de vida do cliente.” (p. 115 § 4)
- +
Conceitual
“(...) estava ali a oportunidade de modelar a aprendizagem de
novos comportamentos a respeito do ‘acolher’ e do ‘amparar’, a
fim de que comportamentos interpessoais mais adaptativos
pudessem ser instalados no repertório de vida do cliente.” (p. 115 §
4)
+ -
Eficaz
“Foram observados progressos importantes no repertório
comportamental do cliente, após vinte (20) meses de terapia, tanto
com relação ao manejo da ansiedade, outros sentimentos e
pensamentos, quanto às instâncias do comportamento pessoal
quanto do comportamento interpessoal.” (p. 114 § 6)
+
Generalidade
“(...) foi possível observar que, ao trazer para o ambiente
terapêutico (na relação propriamente dita) os comportamentos
clinicamente relevantes do cliente, novos repertórios interpessoais a
respeito do “acolher” e do “amparar” já estavam sendo
desenvolvidos, o que pode proporcionar uma diminuição nos
comportamentos de dependência e de controle, assim como um
progresso sensível na análise de seus próprios comportamentos
(como visto acima), gerando, gradualmente, mudanças nos
relacionamentos a partir da aprendizagem de comportamentos mais
adaptativos.” (p. 118 § 3)
+
Relato 5
Resumo: O estudo comparou os efeitos do atendimento psicológico a crianças e
adolescentes com enurese noturna. O atendimento foi realizado semanalmente, em
grupos para as crianças e individualmente para os adolescentes. Foram utilizados vários
instrumentos para auxiliar no tratamento, entre eles, um aparelho de alarme urina. Os
resultados demonstraram semelhanças e diferenças apresentadas no tratamento entre os
grupos.
Número de páginas: 11
Ano: 2002 (ABPMC); 2003 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“No caso de Milton, a mãe possuía dúvidas sobre sua adequação
enquanto educadora, pois sentia o filho muito imaturo e dependente
para a idade.” (p. 289 § 4)
“No caso de Sabina foram tratadas questões referentes à interação
mãe-filha e à ansiedade da menina.” (p. 289 § 5)
“Os pais de Melissa descreveram-na inicialmente como irritada,
talvez em decorrência da adolescência, disseram eles. Em sua auto-
avaliação inicial, ela declarou que às vezes ficava com raiva e
reagia aos gritos, reclamou do seu peso excessivo, de sua timidez e
disse ser teimosa em demasia.” (290 § 2)
+ -
29
Sandro: “(...) ele, ao contrário, não conseguia aproximar-se de pares
a fim de estabelecer relações (...) ele passou a não dormir à noite
para poder ir ao banheiro no momento em que a bexiga estivesse
cheia.” (p. 291 § 1)
Comportamental
“(...) avaliação cuidadosa do cliente procurando entender melhor
suas expectativas e a de seus pais, as conseqüências de seus
comportamentos de enurese e as relações desta com os demais
comportamentos do cliente.” (p. 288 § 2)
- +
Analítica
Não foi encontrado.
-
Tecnológica
Procedimento (pp. 288 - 289): “(...) sessões semanais envolvendo a
criança ou o jovem e depois seus pais. Durante sua sessão a criança
ou adolescente conversava sobre sua semana e sobre o descontrole
esfincteriano com a terapeuta com a mediação de atividades
lúdicas. Na sessão com os pais, mediados pela mesma terapeuta,
estes apontavam questões e faziam considerações sobre sua semana
em interação com o cliente. O uso do aparelho de alarme foi tópico
central em duas reuniões envolvendo pais e cliente.” (p. 288 § 4)
+
Conceitual
“A intervenção comportamental foi promovida de acordo com o
modelo triádico, delineado por Tharp & Wetzel, em 1969, tendo
como premissas básicas: a) para que ocorram mudanças
comportamentais positivas, os comportamentos inadequados não
devem ser reforçados, entretanto os comportamentos adequados,
sim; e b) as manipulações comportamentais devem ser operadas por
quem disponha dos reforçadores (no caso da família, isto se aplica,
com alta probabilidade, aos pais).” (p. 289 § 2)
+
Eficaz
Milton: “Houve mudança no comportamento da criança, que passou
a ser mais independente e responsável, e na auto-estima da sua mãe,
que passou a se julgar mais eficaz enquanto educadora.” (p. 289 §
4)
Sabina: “Os episódios de molhadas como a ansiedade e dificuldade
de interação foram superados.” (p. 289 § 5)
Melissa: “Após a alta, estas questões já não estavam presentes na
vida da família. Os objetivos do tratamento foram alcançados...” (p.
290 § 2)
Sandro: “(...) ao término do atendimento, Sandro, além de haver
ampliado seu campo social, inseriu em grupos artísticos com
atividades regulares.” (p. 291 § 1)
+
Generalidade
Milton: “O follow-up feito por telefone confirmou os ganhos
obtidos com o tratamento.” (p. 289 § 4)
Sabina: não foram apresentados resultados de generalização.
Melissa: “Os objetos do tratamento foram alcançados, o que foi
verificado no follow-up, feito através de contato telefônico.” (p.
290 § 2)
Sandro: “O follow-up feito por telefone confirmou o dado de que as
trocas afetivas familiares passaram a ocorrer de maneira mais
positiva após o tratamento.” (p. 291 § 1)
+ -
Relato 6
Resumo: O estudo descreveu uma metodologia de pesquisa usada em
intervenção clínica por dois terapeutas-pesquisadores em contexto clínico. No primeiro
estudo o registro das categorias foi de ocorrência ou não ocorrência. No segundo estudo
30
esse sistema foi refinado e cada categoria podia ser avaliada numa escala de quatro
pontos.
Número de páginas: 8
Ano: 2002 (ABPMC); 2003 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“(...) cada pesquisador-terapeuta desenvolveu categorias para a
coleta e análise dos dados. As categorias foram individualizadas,
isto é, definidas durante o tratamento baseando-se na percepção do
terapeuta sobre aquilo que era relevante para cada cliente dentro de
seus objetivos propostos na terapia.” (pp. 348-349 § 8)
- +
Comportamental
1º estudo: “(...) verificar se redução de peso de dois adolescentes
obesos poderia ser obtida por uma terapia que não focalizasse os
comportamentos de comer e exercitar-se, mas outros
comportamentos considerados problemáticos e na competência
social.” (p. 349 § 1)
2º estudo: “comparar uma forma padronizada com um tratamento
individualizado para nove indivíduos diagnosticados com
transtorno do pânico.” (p. 359 § 5)
+ -
Analítica
Não foi encontrado.
-
Tecnológica
1º estudo: “Neste primeiro estudo foi registrada a ocorrência ou não
ocorrência das categorias elaboradas e definidas pela pesquisadora.
Onze categorias foram consideradas indesejáveis e 15 desejáveis...”
(p. 349 § 2)
2º estudo: “Primeiramente, todas as sessões foram gravadas em
vídeo e transcritas de forma não literal. Em seguida, os conteúdos
foram agrupados por temas gerais e específicos. Posteriormente,
foram construídas categorias individualizadas para cada
participante. No decorrer da análise, foi observado que muitas
categorias formuladas eram semelhantes entre os participantes, e
então foram construídas categorias gerais e individualizadas.” (p.
350 §3)
+ -
Conceitual
Não foi encontrado.
-
Eficaz
1º estudo: “Foi possível constatar a existência de grupos de
respostas que covariavam (relação entre respostas), e houve relação
entre diminuição de peso e comportamentos não relacionados com
dieta.” (p. 349 § 1)
2º estudo: não foi encontrado.
- +
Generalidade
Não foi encontrado.
-
Relato 7
Resumo: Foi apresentado um caso clínico de um adulto com características
autistas. O estudo teve como objetivo: investigar e descrever as contingências
moduladoras do comportamento autista; avaliar se os déficits de condicionamento
adequado, devido as falhas sociais, estariam favorecendo a aprendizagem e manutenção
de repertórios inadequados; delinear uma intervenção estruturada, com finalidade de
31
favorecer-lhe a aquisição de comportamentos apropriados; pesquisar se os
procedimentos definidos favoreciam a modificação dos comportamentos inapropriados
resultantes de processos complexos de aprendizagem.
Número de páginas: 14
Ano: 2007 (ABPMC); 2008 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“Nas entrevistas psicológicas com os pais foram apresentadas
queixas referentes à falta de controle de D. em relação a tosse, a
revistas espalhadas pelo quarto; a conquistas de seus objetivos ser
atingida ao apresentar comportamentos de insistência e
irritabilidade, levando as pessoas à sua volta a realizarem seus
desejos.” (p. 88 § 1)
+ -
Comportamental
“(...) investigar e descrever as contingências moduladoras do
comportamento autista em um participante do sexo masculino (...)
avaliar se os déficits de condicionamento adequado, devido às
falhas sociais, estariam favorecendo a aprendizagem e manutenção
de repertórios inadequados (...) delinear uma intervenção
terapêutica estruturada (...) pesquisar, ainda, se os referidos
procedimentos, para ele definidos, favoreciam a modificação dos
comportamentos inapropriados resultantes de processos complexos
de aprendizagem.” (p. 84 § 1)
+
Analítica
“Os dados da história clínica de D. apontaram serem seus
comportamentos controlados via o contato direto com as
contingências, posto que seus objetivos, continuamente eram
atingidos ao apresentar comportamentos de insistência, levando as
pessoas à sua volta a realizarem seus desejos.” (p. 93 § 1)
+ -
Tecnológica
Procedimento (p. 85-87): O processo terapêutico compreendeu-se
de cinco fases (Linha de Base: fase de investigação e observação
direta dos comportamentos de D. e de seu ambiente social;
Intervenção I: as sessões com D. , visavam a interação dele com a
terapeuta a partir de aplicações de técnicas e os pais foram
orientados; Programa de férias: foram fornecidas instruções para o
cliente e para os pais; Intervenção II: estabelecer regras e treiná-las;
Avaliação final: analisar com a mãe, o controle dos
comportamentos indesejados e a freqüência de ocorrência dos
novos comportamentos, para posterior delineamento terapêutico) e
foi desenvolvido em duas sessões semanais, com 50 minutos cada.
Foi estabelecido que as sessões seriam intercaladas: uma com o
participante a outra com os pais.” (p. 85 § 2)
+
Conceitual
Retirando Reforço ao Comportamento Desadaptado – Foi
estabelecida com a mãe a retirada do reforço – atenção – diante do
comportamento de D. de intolerância à tosse. A investigação acerca
desse comportamento foi substanciada pela Análise Funcional, que
forneceu o conhecimento sobre a relação funcional entre o
comportamento desadaptado e as contingências ambientais. O
comportamento de D. estava sendo reforçado inadequadamente
pelos pais (...).” (p. 92 § 2)
+
Eficaz
“A técnica Estabelecendo Regras, trabalhada com D., bem como as
técnicas: (1) Educação Sobre o Reforço, (2) Punição e (3) Regras;
Texto Teórico Explicativo Sobre Reforço, Punição e Regras; e
Elaborando Regras Escolares, trabalhadas com os pais, parecem ter
+
32
corroborado para alcance desse objetivo. Os resultados indicam
que, quando sob o controle de regras explícitas, que referem-se ao
que se pode ganhar e/ou perder em função de seus comportamentos,
D. não mais fez uso de comportamentos de insistência e
irritabilidade para o alcance de seus objetivos, sugerindo, esses
resultados, estarem seus comportamentos sob o controle de
descrições verbais.” (p. 93 § 1)
Generalidade
“O programa de intervenção realizado com D. objetivou estabelecer
regras, quando foi trabalhada a técnica Estabelecendo Regras
Escritas; também teve por finalidade treinar em D. o
comportamento de seguir regras com a técnica Treinando o
Cumprimento de Regras. Essas técnicas, descritas anteriormente,
nessa fase foram ampliadas para outras classes de respostas.” (p. 87
§ 1)
+
Relato 8
Resumo: Um estudo de caso clínico, tendo como objetivo apresentar evidências
de resistência às mudanças no decorrer de um processo terapêutico em que a cliente
apresentava um repertório com forte presença de comportamentos governados por
regras.
Número de páginas: 13
Ano: 2007 (ABPMC); 2008 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“(...) queixas: timidez, irritação, ansiedade, pessimismo, baixa auto-
estima, brigas constantes em casa e dificuldades de estabelecer
vínculos interpessoais.” (p. 124 § 3)
+ -
Comportamental
“De acordo com os dados, realizou-se análise funcional com o
propósito de observação e descrição dos estímulos antecedentes e
conseqüentes, para a posterior intervenção.” (p. 125 § 2)
+ -
Analítica
“As regras da igreja eram rígidas quanto a amizades e namoros,
sendo que os praticantes só poderiam se relacionar com outros
membros da própria igreja, e a família da Ana reforçava qualquer
comportamento que seguisse esses preceitos (...). A despeito disso,
Ana iniciou um namoro no qual o rapaz não era da igreja somente
após a aprovação de seus pais (...). Como Ana já tinha o
conhecimento de uma história de punição da família, como o
exemplo dos seus pais no passado foram excluídos da igreja, o seu
medo era que acontecesse o mesmo com ela. Esse medo foi
indicado pelas auto-regras (‘medo de perder religião, de perder os
privilégios’) (...). Ana tentou convencer o rapaz a entrar para sua
igreja e ele não aceitou. A situação tornou-se bastante aversiva e
Ana terminou o namoro se esquivando da aversividade das
possíveis conseqüências ditadas pelas regras familiares, religiosas,
auto-regras e fugindo das conseqüências naturais do seu
comportamento.” (p. 131 § 2)
+
Tecnológica
“A intervenção foi fundamentada na linha de base e nos objetivos
apresentados por Ana. Foram utilizadas técnicas comportamentais
para a aquisição de novos repertórios de comportamentos. Para tal,
foram estabelecidas atividades que envolveram: (1) preenchimento
+
33
de folhas de registro de comportamentos, para que a cliente pudesse
discriminar o que controlava seus comportamentos; (2)
confrontação de idéias, proporcionando uma correspondência entre
o comportamento verbal e não-verbal; (3) aplicação de treino
respiratório e do relaxamento progressivo de Jacobson, com a
finalidade de diminuição de ansiedade; (4) treinamento de
habilidades sociais com base na lista dos comportamentos
relacionados à alta ansiedade definidos pela cliente, trabalhando-se
os mesmos com ensaio comportamental e treino assertivo; (5)
utilização de texto (sobre a anorexia) para o ensino de repertórios
de conversação, expressão de opinião, contato visual e expressão
facial.” (p. 125 § 2)
Conceitual
“(...) treinamento de habilidades sociais com base na lista dos
comportamentos relacionados à alta ansiedade definidos pela
cliente, trabalhando-se os mesmos com ensaio comportamental...”
(p. 125 § 2)
+ -
Eficaz
“O trabalho terapêutico na construção de novos repertórios
comportamentais em habilidades sociais foi parcialmente efetivo,
pois produziu diminuição da ansiedade em determinados contextos
e desenvolveu comportamentos novos que ainda não haviam sido
observados no repertório de Ana.” (p. 132 §5)
+ -
Generalidade
“O trabalho terapêutico no treinamento de habilidades sociais
parece ter contribuído para aquisição de novos repertórios de
comportamento. Esta análise se respalda nas mudanças sociais
ocorridas na vida de Ana: tornou-se representante de turma, passou
a conversar com todos os colegas da sala de aula, iniciou namoro,
começou a conversar com o pai (uma de suas dificuldades). O
trabalho terapêutico também contribuiu para a diminuição da
ansiedade em comportamentos submetidos na intervenção e em
outros comportamentos que não foram diretamente enfocados,
indicando uma generalização (...).” (p. 131 § 1)
+
Relato 9
Resumo: Exemplo de intervenção clínica já publicada (embora de outra
terapeuta) para demonstrar um recurso (diagrama de Evans) que ajuda a delinear um
plano de intervenção.
Número de páginas: 5
Ano: 2007 (ABPMC); 2008 (SCC)
Critérios Texto Avaliação
Aplicada
“(...) queixa de depressão com ansiedade, alguns traços indicativos de
transtorno obsessivo compulsivo, com rituais de conferência,
especialmente no âmbito de trabalho e de verificação do gás e
torneira quando na residência, com auto-estima rebaixada,
insegurança, medo de não dar conta das dificuldades. Segundo a
cliente ela sempre consegue cumprir as obrigações, mas se incomoda
por achar que as pessoas percebem o seu imenso esforço para cumpri-
las e a ansiedade associada.” (p. 115 § 4)
+
Comportamental
“Visando compreender o que leva uma pessoa a reagir de
determinada maneira diante das situações do seu dia-a-dia, seus
comportamentos moleculares precisam ser organizados (...) Segundo
Evans, ao organizar as respostas de forma hierárquica, identifica-se
+
34
qual, dentre as respostas citadas, deve ser alvo da intervenção visando
promover maior benefício para o cliente.” (pp. 114-115 § 6)
Analítica
“(...) a história de aprendizagem da sra. A moldou algumas respostas
disfuncionais, pois na busca de atenção dos pais, ela esmerava-se em
seu desempenho, porém não era este que controlava a emissão do
reforço (atenção dos pais), já que a atenção materna estava sob
controle de outras variáveis, a saber, o nível excessivo de exigência
paterna para com o filho mais velho e o adoecimento do caçula. Essas
condições criam espaço para a construção da auto-regra ‘é impossível
agradar, por mais que eu faça’...” (p. 116 § 1)
+
Tecnológica
“O diagrama de Evans (1985 in Sturmey, 1996), dá uma visualização
das múltiplas respostas que o cliente emitiu como parte de uma rede
intrincada de influências, ou seja, fazendo uso de modelos gráficos
emprestados da teoria dos sistemas, representa alguns elementos de
um repertório comportamental ao mesmo tempo em que facilita a
visão da complexa rede de relação entre os comportamentos.” (p. 115
§ 2)
+
Conceitual
“Ao estruturar o diagrama, percebe-se que as auto-regras constituem
os pontos por onde a intervenção precisa ser iniciada, pois bloqueiam
os demais desempenhos e contribuem fortemente para o não
reforçamento de diversas classes de comportamentos que poderiam
propiciar oportunidades sociais (...).” (p. 117 § 2)
+ -
Eficaz
“A análise do caso ilustra a construção de diagramas como um
recurso a ser utilizado para a apresentação do caso em estudo e para
nortear de forma mais clara e objetiva o processo de intervenção.” (p.
117 § 2)
+
Generalidade
Não foi encontrado.
-
Segue Tabela 6 com o resultado da avaliação para o conjunto dos noves relatos
analisados. Para construí-las foram trocados por números os símbolos inicialmente
usados: zero para “-”, um para “- +”, dois para “+ -” e três para “+”.
Tabela 6. Avaliação dos relatos selecionados, conforme critérios
de Baer e cols. (1968; 1987)
Relato
Critérios
Aplicada Comporta-
mental
Analítica Tecnoló-
gica
Conceitual Eficaz Generali-
dade Total %
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Total
%
3
3
1
3
2
1
2
2
3
20
74, 07
1
3
2
1
1
2
3
2
3
18
66, 66
1
3
2
3
0
0
2
3
3
17
62, 96
1
3
2
1
3
2
3
3
3
21
77, 77
0
3
3
2
3
0
3
2
2
18
66, 66
2
3
3
3
3
1
3
2
3
23
85, 15
0
2
3
3
2
0
3
3
0
16
59, 25
8
20
16
16
14
6
19
17
17
133
38,09
95,23
76,19
76,19
66,66
28,57
90,47
80,95
80,95
35
A primeira observação a ser feita é que quatro dos sete critérios – Aplicada,
Comportamental, Tecnológica e Eficaz - foram encontrados nos nove relatos. Quanto à
pontuação dos relatos, dois deles chegam a alcançar mais de 90% do total possível dos
pontos.
Nos critérios é importante notar que a pontuação mais baixa é do critério
generalidade, mesmo assim quase 60%. A mais alta é o critério Eficaz (85,15%),
seguindo: Tecnológica (77,77%), Aplicada (74,07%), Comportamental (66,66%),
Conceitual (66,66%), Analítica (62,96%) e Generalidade (59,25%). Cabe notar que a
diferença entre Comportamental e Conceitual é que esta tem dois relatos com pontuação
igual a zero.
A análise da pontuação para os relatos mostra que o relato 2 foi o que apresentou
maior pontuação, chegando a atingir 95,23%, enquanto o relato 6 foi o que menos
atingiu os critérios, obtendo um percentual de 28,57%. É importante apontar que o foco
principal do relato 6 foi a metodologia de pesquisa utilizada em intervenção clínica
comportamental em que foram apresentados (de maneira sucinta) dois relatos de
intervenção de outros dois terapeutas-pesquisadores. Talvez por isso, esta baixa
pontuação.
Em dois relatos (1 e 6) não foram encontrados dois critérios (Conceitual e
Generalidade) e em outros dois (5 e 9) não foi encontrado um dos critérios (Analítica e
Generalidade, respectivamente). Três desses relatos (1, 5 e 6) foram, de maneira geral,
que apresentaram um menor percentual em relação aos critérios.
Assim, resultados obtidos a partir da análise de nove relatos de intervenção
apresentados em Encontros da ABPMC e publicados na série SCC permitem dizer que o
terapeuta vem conseguindo realizar pesquisa em sua prática clínica. O número de
36
relatos de intervenção em AC apresentados na ABPMC é animador, pena que poucos
tenham sido publicados na SCC. Pode ser levantada a hipótese, no entanto, que esses
relatos de intervenção apresentados na ABPMC tenham sido publicados em periódicos
científicos.
37
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo, já citado, de Guilhardi, Betini e Camargo (1977) é um exemplo de
pesquisa aplicada de uma intervenção cujo relato mostra que os autores procuraram
atender os critérios sugeridos por Baer, Wolf e Risley (1968), resultando em uma
investigação cientifica rigorosa, a partir de um delineamento de linha de base múltipla.
A partir desse estudo observa-se que é possível realizar pesquisa de qualidade em
contexto clínico.
Enquanto psicóloga clínica e pesquisadora, defendo que o psicólogo clínico deva
ser também um pesquisador em sua prática dentro das suas possibilidades, pois acredito
que somente a partir da contribuição da ciência é que conseguiremos ser profissionais
competentes para atuarmos na prática clínica. Ainda que se possa considerar que para
atuar na prática clínica não é preciso ter formação em pesquisa, não é este o pensamento
desta autora, pois um psicólogo clínico deve ter tanto o compromisso epistemológico
com a Psicologia, como o compromisso ético com o cliente (Luna, 1997).
Segundo Risley (1969), numa terapia experimental bem sucedida “o terapeuta e
o pesquisador deveriam ser uma única e mesma pessoa” (p.122). Assim, uma atividade
contribuiria com a evolução da outra atividade. Conclui-se a partir deste estudo que é
possível, embora não seja fácil, que o terapeuta comportamental responda às
contingências produzidas pela comunidade do cliente, que é aliviar o sofrimento das
pessoas; e da comunidade científica, que exige um mínimo de rigor científico.
O presente estudo tentou mostrar a importância e a possibilidade de ser um
clínico-pesquisador, porém acredita-se que esse tema ainda deva ser motivação para
outros estudos, talvez avaliando a qualidade das pesquisas que estão sendo realizadas,
dando sugestões para sua melhoria.
38
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- 36.
39
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Guilhardi, H. J.; Betini, M. E. S. & Camargo, M. C. dos S. (1977). Aumento de
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Guilhardi, H. J. (2003). Tudo se deve às conseqüências. Disponível em:
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Kazdin, A. E. (1978). History of behavior modification: experimental foundation of
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40
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Luna, S. V. de (1997). O terapeuta é um cientista? In: R. A. Banaco (Org.). Sobre
Comportamento e Cognição: Aspectos teóricos, metodológicos e de formação
em Análise do Comportamento e Teoria Cognitivista, vol. 1. Santo André:
ESETec Editores Associados.
Mejias, N. P. (1997). A história da modificação de comportamento no Brasil. In: R.
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metodológicos e de formação em Análise do Comportamento e Teoria
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41
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Zamignani, D. R. (2007). O desenvolvimento de um sistema multidimensional para
a categorização de comportamentos na interação terapêutica. Tese de
doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo.
42
ANEXOS
43
ANEXO 1
44
Volumes da série Sobre Comportamento e Cognição utilizados na pesquisa
Volume 1
Título: Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento
e terapia cognitivista.
Organizado por: Roberto Alves Banaco
1ª edição: 1997
Edição consultada: 2001
Total de capítulos: 51
“Neste primeiro volume, Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos,
metodológicos e de formação, a análise dos aspectos conceituais do Behaviorismo
Radical é privilegiada, bem como a de suas relações com a Terapia Cognitivo-
Comportamental, conceitos fundamentais, como contingência e comportamento, são
retomados, assim como conceitos ainda em evolução, como o de metacontingência.
Eventos encobertos e sua possível maneira de acesso são extensamente discutidos.” (p.
iii)
Volume 2
Título: A prática da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental
Organizado por: Maly Delitti
1ª edição: 1997
45
Edição consultada: 2001
Total de capítulos: 41
“A preocupação maior é com a aplicação, e dentro desta, a maior é com a prática
clínica. As responsabilidades do terapeuta com o ‘fazer ciência’; as dificuldades de
conduzir seu trabalho como uma pesquisa, não só para suas decisões clínicas, mas
também para sua discussão com a comunidade; e o uso de diferentes modelos e técnicas
são alguns dos temas abordados aqui. Outras aplicações da Análise do Comportamento,
possíveis a partir de alguns dados e desenvolvimentos mais recentes, são também
discutidas. Dentre estas, algumas se voltam para problemas que podemos considerar
como habituais, como ler e adiar tarefas, enquanto outras, para questões mais
complexas, como a violência, o preconceito, o futuro da nossa sociedade.” (p. iii)
Volume 3
Título: A aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental
no hospital geral e nos transtornos psiquiátricos
Organizado por: Denis Roberto Zamignani
Edição consultada: 1997 (1ª edição)
Total de capítulos: 34
“Este terceiro volume reúne artigos que abordam diversas possibilidades de atuação do
psicólogo comportamental e cognitivo na área de saúde (...).”
Volume 4
46
Título: Psicologia comportamental e cognitiva: da reflexão teórica à diversidade na
aplicação
Organizado por: Rachel Rodrigues Kerbauy; Regina Christina Wielenska
1ª edição: 1999
Edição consultada: 2001
Total de capítulos: 21
“Um panorama diversificado de artigos preparados com base nos VI e VII Encontros.”
(p. i)
Volume 11
Título: A história e os avanços. A seleção por conseqüências em ação
Organizado por: Maria Zilah da Silva Brandão; Fátima Cristina de Souza Conte;
Fernanda Silva Brandão; Yara Kuperstein Ingberman; Cynthia Borges de Moura; Vera
Menezes da Silva; Simone Martin Oliane.
Edição consultada: 2003 (1ª edição)
Total de capítulos: 47
“No volume 11, iniciamos com a recuperação de importantes autores que tiveram
influência sobre o pensamento de analistas do comportamento. Em seguida, passamos a
autores que tem influenciado o pensamento e a prática clínica de terapeutas
comportamentais no Brasil, refletindo suas preocupações com princípios teóricos e com
a apreciação de suas práticas. Temos também, aí, trabalhos refletindo preocupação,
demonstrada por analistas do comportamento, com a pesquisa voltada à clínica. Segue-
47
se com a questão da formação de novos terapeutas e aplicações da análise do
comportamento e trabalhos em educação e na comunidade.” (p. 11)
Volume 12
Título: Clínica, pesquisa e aplicação
Organizado por: Maria Zilah da Silva Brandão; Fátima Cristina de Souza Conte;
Fernanda Silva Brandão; Yara Kuperstein Ingberman; Cynthia Borges de Moura; Vera
Menezes da Silva; Simone Martin Oliane.
Edição consultada: 2003 (1ª edição)
Total de capítulos: 51
“No volume 12, contamos com importantes contribuições teóricas para o trabalho em
clínica, seguidas de relatos de experiências com tratamento. Neste volume, o leitor vai
encontrar, ainda, um tópico sobre psicologia e saúde, e outro sobre relatos de pesquisa
básica e em clínica, que têm enriquecido nossos encontros anuais.” (p. xiii)
Volume 21
Total: 35 capítulos
Título: Análise comportamental aplicada
Organizado por: Wander C. M. Pereira da Silva
Edição consultada: 2008 (1ª edição)
“O volume 21 tem foco na análise comportamental aplicada (clínica, educação,
fenômenos culturais, saúde e esportes).” (p.9)
48
Volume 22
Total: 18 capítulos
Título: Reflexões epistemológicas e conceituais; Considerações metodológicas; Relatos
de pesquisa
Organizado por: Wander C. M. Pereira da Silva
Edição consultada: 2008 (1ª edição)
“(...) o volume 22 apresenta algumas reflexões epistemológicas e conceituais em
Behaviorismo e Análise do Comportamento e os artigos direcionados a considerações
metodológicas e relatos de pesquisa.” (p.7)
49
ANEXO 2
50
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 1997
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (v. 4)
Apresentado no Encontro Publicados em SCC
Conclusão
xiv
Título Atividade Título Seção
-
Mesa Redonda:
Repensando o ensino de AEC
Uma proposta de ensino de análise
experimental do comportamento
Seção V: Educação: ensino e
suas implicações
Excluído
Motivo 2
-
Mesa Redonda:
Dificuldades da terapia
comportamental no trabalho com
crianças
Problemas na terapia
comportamental infantil
Seção III: Terapias
comportamental e cognitiva: a
diversidade da aplicação
Excluído
Motivo 2
-
Mesa Redonda:
O manejo de temas controversos
na terapia comportamental
Implicações terapêuticas do
comportamento persuasivo
Seção III: Terapias
comportamental e cognitiva: a
diversidade da aplicação
Excluído
Motivo 2
-
Mesas Redondas:
Procedimentos complementares à
análise de contingências em terapia
infantil
A fantasia e o desenho Seção III: Terapias
comportamental e cognitiva: a
diversidade da aplicação
Incluído
Motivo 4
Imagem do
behaviorismo na
educação -
controvérsias
teóricas
Painel
Algumas concepções de
profissionais de educação sobre
Behaviorismo
Seção V: Educação: ensino e
suas implicações
Excluído
Motivo 2
xiv
Excluído - Motivo 1 = abordagem (declarada) cognitivista; Excluído - Motivo 2 = apesar de AC, não são de intervenção, ou contexto outro que não consultório; Excluído –
Motivo 3 = não ser apresentado em atividade considerada científica; Incluído - Motivo 4 = relato de intervenção em consultório.
51
ANEXO 3
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
52
xv
Excluído - Motivo 1 = abordagem (declarada) cognitivista; Excluído - Motivo 2 = apesar de AC, não são de intervenção, ou contexto outro que não consultório;
Excluído – Motivo 3 = não ser apresentado em atividade considerada científica; Incluído - Motivo 4 = relato de intervenção em consultório.
Apresentado no Encontro Publicado em SCC
Conclusão
xv
Título Atividade Título Vol./Seção/Capítulo
O legado de Fred
Keller
Mesa Redonda O legado de FSK Vol. 11
Seção: Pesquisadores que
fizeram parte de nossa história e
suas contribuições à análise do
comportamento
Cap. 1
Excluído
Motivo 2
Contribuições de Jack
Michael à análise do
comportamento
Mesa Redonda Contribuições de Jack Michael à
análise do comportamento
Vol. 11
Seção: Pesquisadores que
fizeram parte de nossa história e
suas contribuições à análise do
comportamento
Cap. 2
Excluído
Motivo 2
As contribuições de
Goldiamond para a
análise do
comportamento
Mesa Redonda As contribuições de Goldiamond
para o desenvolvimento da análise
do comportamento
Vol. 11
Seção: Pesquisadores que
fizeram parte de nossa história e
suas contribuições à análise do
comportamento
Cap. 3
Excluído
Motivo 2
Contribuições de
Donald Baer para a
pesquisa e intervenção
Mesa Redonda Contribuições de Donald Baer para
a pesquisa e intervenção
Vol. 11
Seção I: Pesquisadores que
fizeram parte de nossa história e
suas contribuições à análise do
comportamento
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
53
Cap. 4
Behaviorismo radical e
interpretação
Conferência Behaviorismo radical e
interpretação
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 5
Excluído
Motivo 3
Behaviorismo radical,
eventos privados,
complexidade:
implicações para a
prática clínica
Mesa Redonda Itinerário para analisar
comportamento verbal encoberto
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 6
Excluído
Motivo 2
Conceitos
disposicionais no
behaviorismo radical e
a mente imanente
Mesa Redonda Conceitos disposicionais no
behaviorismo radical e a mente
imanente
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 7
Excluído
Motivo 2
Avaliando a sessão de
terapia
Painel Avaliando a sessão de terapia:
questionário e entrevista pós-sessão
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 8
Incluído
Motivo 4
A integridade e a
validade social do
tratamento na clínica
infantil
Mesa Redonda Integridade do tratamento e
satisfação do consumidor na clínica
analítico comportamental infantil
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 9
Excluído
Motivo 2
Tratamento
padronizado e
individualizado
Simpósio Tratamento padronizado e
individualizado
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 10
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
54
As primeiras sessões e
a adesão ao tratamento
Simpósio Adesão e mudança de
comportamento: análise das
interações verbais terapeuta-cliente
nas sessões iniciais
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 11
Incluído
Motivo 4
Diferenciação entre a
noção de significado
pelo uso e baseada em
relações de
equivalência
Mesa Redonda Diferenciação entre a noção de
significado pelo uso e a baseada em
relações de equivalência - visões
comportamentais de significação
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 12
Excluído
Motivo 2
Identificação de fatores
relacionados à
oposição ao
behaviorismo radical
Mesa Redonda Identificação de fatores
relacionados à oposição ao
Behaviorismo Radical: Análise do
relato verbal de ex-analistas do
comportamento
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 13
Excluído
Motivo 2
Compreensão:
comparação entre seus
usos cotidianos e sua
análise operante
Mesa Redonda Compreensão: comparação entre
seus usos cotidianos e sua análise
operante – análise operante da
compreensão
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 14
Excluído
Motivo 2
Análise de
comportamentos
encobertos:
sentimentos, sonhos e
fantasias, com auxílio
de imagens de filmes
de vídeo
Mesa Redonda Uso de encobertos na prática clínica Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 16
Excluído
Motivo 2
Trabalho: o papel do
estudo de caso no hiato
teoria/prática
Simpósio O papel do estudo de caso no hiato
teoria/prática
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
55
para a clínica
Cap. 17
O desenvolvimento do
sentimento de culpa –
implicações para o
controle coercitivo do
comportamento
Mesa Redonda O sentimento de culpa e suas
implicações para o controle
coercivo do comportamento.
Proposição de análise
Vol. 11
Seção II: Análise do
comportamento: contribuições
para a clínica
Cap. 20
Excluído
Motivo 2
Terapeutas experientes
e iniciantes: o que a
literatura aponta sobre
eles?
-
Terapeutas experientes e iniciantes:
o que a literatura aponta sobre eles?
Vol. 11
Seção III: A formação
Cap. 21
Excluído
Motivo 2
Supervisão clínica: um
enfoque no
comportamento do
terapeuta
Supervisão Supervisão clínica: um enfoque no
comportamento do terapeuta
Vol. 11
Seção III: A formação
Cap. 22
Excluído
Motivo 3
Habilidades
elementares de
terapeutas infantis: por
que treiná-las
Mesa Redonda Condução de atividades lúdicas no
contexto terapêutico: um programa
de treino de terapeutas
comportamentais infantis
Vol. 11
Seção III: A formação
Cap. 23
Excluído
Motivo 2
Acompanhamento
terapêutico
Mesa Redonda Acompanhamento terapêutico - da
teoria à prática
Vol. 11
Seção IV: Acompanhante
terapêutico
Cap. 24
Excluído
Motivo 1
Acompanhamento
terapêutico – uma
prática clínica
Mesa Redonda Acompanhamento terapêutico – a
terapia no ambiente do paciente
Vol. 11
Seção IV: Acompanhante
terapêutico
Cap. 25
Excluído
Motivo 1
O compromisso do
analista do
comportamento com as
Mesa Redonda A atuação do analista do
comportamento com as questões
sociais: Uma reflexão a partir das
Vol. 11
Seção V: Aplicações da análise
do comportamento na sociedade
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
56
questões sociais: sua
caracterização e análise
a partir de publicações
mudanças nos temas investigados
em publicações entre 1968 e 2002
Cap. 27
Modelo de redução de
risco em aids:
avaliação de um
projeto de prevenção
com jovens
Simpósio Modelo de redução de risco em
Aids: Avaliação de um projeto de
prevenção com jovens
Vol. 11
Seção V: Aplicações da análise
do comportamento na sociedade
Cap. 28
Excluído
Motivo 2
Produção de
conhecimento e
formação de
profissionais: desafios
impostos por
organizações de
empreendimento
solidário
-
Produção de conhecimento e
formação de profissionais: desafios
impostos por organizações de
empreendimento solidário
Vol. 11
Seção V: Aplicações da análise
do comportamento na sociedade
Cap. 29
Excluído
Motivo 2
Uma análise de
comportamentos
envolvidos numa
cooperativa de serviços
Mesa Redonda Comportamentos envolvidos em
uma cooperativa de serviços
Vol. 11
Seção V: Aplicações da análise
do comportamento na sociedade
Cap. 30
Excluído
Motivo 2
Psicologia jurídica Mesa Redonda A atuação do psicólogo nas
instituições jurídicas - A
necessidade de uma fundamentação
Vol. 11
Seção V: Aplicações da análise
do comportamento na sociedade
Cap. 31
Excluído
Motivo 2
Uma análise de
contingências das
instruções entre
crianças pequenas ao
brincar
Mesa Redonda Para uma análise do brincar e de sua
função educacional- a função
educacional do brincar
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 32
Excluído
Motivo 2
A atenção positiva
como uma possível
Mesa Redonda Atenção positiva como uma
possível solução ao problema de
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
57
solução ao problema
de indisciplina em sala
de aula
indisciplina na sala de aula
do comportamento na Educação
Cap. 34
Dificuldades de
aprendizagem ou
dificuldade de ensino?
Algumas contribuições
da análise do
comportamento
Mesa Redonda Dificuldades de aprendizagem ou
dificuldade de ensino? Algumas
contribuições da análise do
comportamento
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 35
Excluído
Motivo 2
Programas de ensino
lineares: desempenhos
não lineares
Mesa Redonda Programas de ensino lineares:
desempenhos não lineares
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 36
Excluído
Motivo 2
Crianças desatentas
hiperativas –
impulsivas: como lidar
com essas crianças na
escola?
Simpósio Crianças desatentas, hiperativas e
impulsivas: como lidar com essas
crianças na escola?
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 37
Excluído
Motivo 1
Ansiedade matemática:
conceituação e
estratégias de
intervenção
Painel Ansiedade matemática:
conceituação e estratégias de
intervenção
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 38
Excluído
Motivo 2
Psicopedagogia
comportamental: uma
forma de prevenção
Mesa Redonda Psicopedagogia comportamental
como estratégia preventiva
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 39
Excluído
Motivo 2
Pesquisa em orientação
profissional: resultados
dos grupos de
intervenção com
adolescentes em
Mesa Redonda Orientação profissional para
adolescentes em situação de
primeira escolha
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 40
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
58
situação de primeira
escolha
Atendimento
domiciliar com a
família de um
adolescente com
deficiência mental
severa, autismo e
distúrbio de conduta
Painel Programa de atendimento à família
especial brasileira com base na
análise do comportamento
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 41
Excluído
Motivo 2
Desenvolvimento de
habilidades sociais na
infância
Simpósio Estilos parentais e desenvolvimento
de habilidades sociais
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 42
Excluído
Motivo 2
A transformação do
conhecimento em
comportamento
profissional na
formação do psicólogo:
as possibilidades nas
diretrizes curriculares
- A transformação do conhecimento
em comportamentos profissionais
na formação do psicólogo: as
possibilidades nas diretrizes
curriculares
Vol. 11
Seção VI: Aplicações da análise
do comportamento na Educação
Cap. 43
Excluído
Motivo 2
Palmadas e surras:
ontem, hoje e amanhã
Mesa Redonda Estilos parentais e desenvolvimento
da criança e do adolescente e
palmadas e surras: ontem, hoje e
amanhã
Vol. 11
Seção VII: Interação pais e
filhos
Cap. 44
Excluído
Motivo 2
Abandono e adoção: a
visão da psicologia
Painel Adoção: breve análise das relações
familiares
Vol. 11
Seção VII: Interação pais e
filhos
Cap. 45
Excluído
Motivo 2
Análise da relação
entre práticas parentais
Painel Interação pais e filhos - a
observação como instrumento para
Vol. 11
Seção VII: Interação pais e
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
59
e o autoconceito de
pré-escolares
identificar práticas parentais
filhos
Cap. 46
Estilo parental e
comportamento
socialmente habilidoso
da criança com pares
Mesa Redonda Estilo parental e comportamento
socialmente habilidoso da criança
com pares
Vol. 11
Seção VII: Interação pais e
filhos
Cap. 47
Excluído
Motivo 2
Psicoterapia baseada
em evidências
científicas
Painel Psicoterapia baseada em evidências
e análise crítica da Literatura
Vol. 12
Seção: Contribuições teóricas
para a clínica
Cap.1
Excluído
Motivo 2
Depressão na infância
e na adolescência
Painel Depressão na infância e na
adolescência
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 2
Excluído
Motivo 1
O papel do desamparo
aprendido nos
transtornos depressivos
Mesa Redonda O papel do desamparo aprendido
nos transtornos depressivos
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 3
Excluído
Motivo 2
A depressão segundo o
modelo do
Behaviorismo
Psicológico de Arthur
Staats
Mesa Redonda A depressão segundo o modelo do
Behaviorismo Psicológico de
Arthur Staats
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 4
Excluído
Motivo 2
Controle aversivo e
positivo nas relações
familiares: prevenção
da depressão na
infância
Mesa Redonda Compreensão da depressão infantil
a partir do modelo de Fester
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 5
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
60
Terapia Cognitivo-
Comportamental e
disfunções
psicofisiológicas
Mesa Redonda Terapia Cognitivo-Comportamental
e disfunções psicofisiológicas
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 6
Excluído
Motivo 1
O sono no stress pós-
traumático
Mesa Redonda O sono no stress pós traumático Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 7
Excluído
Motivo 2
A terapia
comportamental
construtivista e o
paciente borderline
Mesa Redonda Terapia comportamental
construcional do borderline
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 8
Excluído
Motivo 2
Efeitos da psicoterapia
de grupo analítico-
funcional na redução
de comportamentos
agressivos de crianças
de baixa renda
Mesa Redonda Efeitos da relação terapêutica na
redução de comportamentos
agressivos de crianças de baixa
renda
Vol. 12
Seção:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 9
Incluído
Motivo 4
Transtorno do pânico e
características
comportamentais:
intervindo através da
relação terapêutica
Mesa Redonda Transtorno do pânico e
características comportamentais:
intervindo a partir da análise
funcional da relação terapêutica
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 11
Incluído
Motivo 4
As implicações da
ansiedade na memória
de adultos
Painel As implicações da ansiedade na
memória de adultos
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 12
Excluído
Motivo 1
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
61
O papel dos
reforçadores na
construção de medos
Mesa Redonda O papel dos reforçadores na
construção dos medos humanos
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 13
Excluído
Motivo 2
A participação da
família no atendimento
individual de casos
graves: recursos para
prevenir e enfrentar
conflitos?
Painel A participação da família no
atendimento individual de casos
graves: recursos para prevenir e
enfrentar conflitos?
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 14
Excluído
Motivo 2
O comportamento
sexual no contexto
psicoterapêutico:
dificuldades e
limitações
Mesa Redonda Algumas preleções sobre a
sexualidade humana contemporânea
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 15
Excluído
O comportamento
sexual no contexto
psicoterapêutico:
dificuldades e
limitações
Mesa Redonda Disfunções sexuais a classes de
resposta relacionadas
Vol. 12
Seção I:
Contribuições teóricas para a
clínica
Cap. 17
Excluído
Graus de ansiedade no
exercício do pensar,
sentir e agir em
contextos terapêuticos
Mesa Redonda Graus de ansiedade no exercício do
pensar, sentir e agir em contextos
terapêuticos
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 18
Excluído
Motivo 1
Tricotilomania: um
impulso que pode ser
controlado
Simpósio Tricotilomania: um impulso que
pode ser controlado
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 19
Excluído
Motivo 1
Discutindo casos
clínicos – um caso de
transtorno de ansiedade
Mesa Redonda Formulação e tratamento de um
caso de ansiedade social
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 20
Excluído
Motivo 1
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
62
Atendimento
psicológico em grupo
na clínica escola: em
abordagem
comportamental
cognitiva
Simpósio Experiência com grupos
terapêuticos em uma clínica escola
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 21
Excluído
Motivo 1
Terapia
comportamental
cognitiva em grupo
para pacientes com
transtorno do pânico
Mesa Redonda Terapia comportamental e cognitiva
em grupo para transtorno de pânico
– terapia comportamental cognitiva
em grupo aberto: vantagens e
desvantagens
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 22
Excluído
Motivo 1
Intervenções em
pacientes com
problemas do espectro
obsessivo-compulsivo
e do controle de
impulsos
Simpósio Transtorno obsessivo-compulsivo:
tratamento cognitivo-
comportamental de um caso de
colecionismo
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 23
Excluído
Motivo 1
Depressão e sono Mesa Redonda Arquitetura e psicobiologia do sono
nos transtornos de humor
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 24
Excluído
Motivo 1
Técnicas da terapia
comportamental
aplicadas à insônia
Mesa Redonda Insônia e tratamento
comportamental
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 27
Excluído
Motivo 2
Sono e memória:
aspectos biológicos e
comportamentais
Mesa Redonda Sono: arquitetura, funções e
distúrbios
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 28
Excluído
Motivo 2
Estilos Cognitivos em
transtornos de
personalidade
Conferência Transtornos de personalidade e
psicoterapia cognitiva
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 29
Excluído
Motivo 1
Transtorno da
compulsão alimentar
Mesa Redonda O transtorno da compulsão
alimentar periódica – técnicas
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Excluído
Motivo 1
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
63
periódica cognitivas e comportamentais Cap. 31
Enurese noturna em
crianças e
adolescentes:
similaridades e
diferenças
Mesa Redonda Terapia comportamental para
enurese noturna com uso de
aparelho de alarme para urina –
diferenças e similaridades no
tratamento de crianças e
adolescentes
Vol. 12
Seção II: O tratamento
Cap. 32
Incluído
Motivo 4
A psicologia
comportamental na
formação dos
profissionais da saúde
Mesa Redonda A psicologia comportamental na
formação dos profissionais da saúde
Vol. 12
Seção III: Psicologia e Saúde
Cap. 34
Excluído
Motivo 2
A estratégia de
simulação na
intervenção
psicológica com
crianças hospitalizadas
Mesa Redonda Estratégias lúdicas para intervenção
terapêutica com crianças em
situação clínica e hospitalar
Vol. 12
Seção III: Psicologia e Saúde
Cap. 35
Excluído
Motivo 2
Atendimento
psicológico a famílias
de diabéticos:
estratégias e
intervenções
Mesa Redonda Apoio psicológico a famílias de
diabéticos
Vol. 12
Seção III: Psicologia e Saúde
Cap. 36
Excluído
Motivo 2
Obesidade mórbida e a
psicologia
Mesa Redonda A obesidade mórbida e a psicologia Vol. 12
Seção III: Psicologia e Saúde
Cap. 37
Excluído
Motivo 2
Proposta metodológica
no desenvolvimento de
pesquisas clínicas
comportamentais
Mesa Redonda Pesquisa em clínica
comportamental – proposta
metodológica e resultados
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 38
Incluído
Motivo 4
A pesquisa com seres
humanos
Mesa Redonda A ética em pesquisa com seres
humanos: dos documentos aos
comportamentos
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 39
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
64
Concepções de
terapeutas
comportamentais sobre
o behaviorismo
Mesa Redonda Concepções de terapeutas
comportamentais sobre o
behaviorismo
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 40
Excluído
Motivo 2
Independência entre
respostas e eventos
subseqüentes: efeitos
no desempenho
individual
Mesa Redonda Independência entre respostas e
eventos subseqüentes: efeitos no
desempenho individual
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 41
Excluído
Motivo 2
Inibição latente:
contribuição como
modelo animal de
esquizofrenia
Mesa Redonda Inibição latente: contribuição como
modelo animal de esquizofrenia
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 43
Excluído
Motivo 2
Inibição latente:
contribuição como
modelo humano de
distúrbio de atenção
Mesa Redonda Inibição latente: contribuição como
modelo humano de distúrbio de
atenção
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 44
Excluído
Motivo 2
Intervenções em
pacientes com
problemas do espectro
obsessivo-compulsivo
e do controle de
impulsos
Simpósio Qualidade de vida em pacientes
com transtorno obsessivo-
compulsivo
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 45
Excluído
Motivo 1
Adesão ao tratamento
psiquiátrico: análise
comportamental de
pacientes com
diagnóstico de
transtorno de ansiedade
Mesa Redonda Adesão ao tratamento psiquiátrico
de pacientes portadores de
transtornos de ansiedade
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 46
Excluído
Motivo 2
Comportamento
alimentar: influência
Mesa Redonda Comportamento alimentar:
influência materna na obesidade
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Excluído
Motivo 2
Trabalhos apresentados no Encontro da ABPMC de 2002
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 11 e 12)
65
materna na obesidade
infantil
infantil Cap. 47
Relação entre presença
de transtorno
alimentar, eutrofia e
percentual de gordura
corporal de estudantes
do sexo feminino
Mesa Redonda Relação entre presença de
transtorno alimentar, eutrofia e
percentual de gordura corporal de
estudantes universitários do sexo
feminino
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 48
Excluído
Motivo 2
Implicações clínicas de
pesquisa básica em
falsas memórias
Mesa Redonda Falsas memórias em pré-escolares:
uma investigação experimental e
suas implicações clínicas
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 49
Excluído
Motivo 2
Um passo no estudo da
formação de
discriminações
condicionais por bebês
Mesa Redonda Um procedimento de treino de
discriminação condicional com
bebês
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 50
Excluído
Motivo 2
O perfil do condutor
infrator da cidade de
Curitiba em 2001
Mesa Redonda Perfil do condutor infrator da cidade
de Curitiba em 2001
Vol. 12
Seção IV: Pesquisa
Cap. 51
Excluído
Motivo 2
66
ANEXO 4
Trabalhos apresentados nos Encontros da ABPMC de 2007
e publicados na íntegra em Sobre Comportamento e Cognição (volume 21 e 22)
67
xvi
Excluído - Motivo 1 = abordagem (declarada) cognitivista; Excluído - Motivo 2 = apesar de AC, não são de intervenção, ou contexto outro que não consultório; Excluído –
Motivo 3 = não ser apresentado em atividade considerada científica; Incluído - Motivo 4 = relato de intervenção em consultório.
Apresentado no Encontro Publicado em SCC
Conclusão
xvi
Título Atividade Título Volume
Contingências
estabelecedoras das
habilidades sociais:
foco da avaliação
clínica
Sessões Coordenadas:
Habilidades sociais: processo de
controle das psicopatologias
Contingências estabelecedoras das
habilidades sociais: foco da avaliação
clínica
21 Incluído
Motivo 2
Definição de
comportamento
operante: aspectos
relevantes para a
tecnologia
comportamental
Simpósios:
Comportamento verbal na
prática clínica: considerações
sobre o operante na análise do
comportamento
Comportamento verbal na prática
clínica: considerações sobre o operante
na análise do comportamento
21 Excluído
Motivo 2
Análise de
contingências
moduladoras do
comportamento
autista
Sessões Coordenadas:
Habilidades sociais: processo de
controle das psicopatologias
Análise de contingências moduladoras
do comportamento autista
21 Incluído
Motivo 4
Baixas habilidades
sociais e auto-regras
negativas: o
encadeamento de
Sessões Coordenadas:
Habilidades sociais: processo de
controle das psicopatologias
Baixas habilidades sociais e auto-regras
negativas: o encadeamento de
repertórios-problema
21 Incluído
Motivo 4
68
repertórios-problema
Transtornos
alimentares na
infância
Sessões Coordenadas:
Desafios modernos na infância
Comportamento alimentar infantil: do
normal ao patológico
21 Excluído
Motivo 2
Comportamento
governado por regras
e resistência às
mudanças
Comunicações Orais:
Comportamento governado por
regras
Comportamento governado por regras e
resistência às mudanças: um estudo de
caso
21 Incluído
Motivo 4
Do comportamento
sexual à disfunção
sexual: um estudo de
caso
Comunicações Orais:
Contribuições para a análise
comportamental dos sonhos, da
música e do sexo
Do comportamento sexual à disfunção
sexual: um estudo de caso
21 Incluído
Motivo 4
Grupo psicoeducativo
de treinamento de
pais
Comunicações Orais:
Orientação, treinamento e
educação de pais
Treinamento de pais na modalidade de
grupo em clínica – escola: o que
fazemos e fazemos é suficiente?
21 Excluído
Motivo 2
Análise
comportamental da
ansiedade
matemática:
conceituação e
estratégias de
intervenção
Primeiros Passos Análise comportamental da ansiedade à
matemática: conceituação e estratégias
de intervenção
21 Excluído
Motivo 3
A relação entre a
depressão na
adolescência e o
bullying escolar
Sessões Coordenadas:
Diferentes facetas do bullying
escolar
Agressão e vitimização entre pares:
bullying e sua relações com a depressão
na adolescência
21 Excluído
Motivo 2
Implicação familiar
percebida, atitudes
Sessões Coordenadas:
Efeitos de diferentes variáveis
Implicación familiar percebida,
actitudes hacia lãs matemáticas y
21 Excluído
Motivo 2
69
ante as matemáticas e
rendimento
acadêmico
sobre respostas emocionais
relacionadas à aprendizagem da
matemática
rendimiento académico
Análise das
contingências no
ensino de análise do
comportamento em
curso de pós-
graduação
Simpósios:
O ensino da análise do
comportamento: indicadores de
docentes, pós-graduandos e
graduandos
Análise das contingências no ensino de
análise do comportamento em curso de
pós-graduação
21 Excluído
Motivo 2
Contribuições do
paradigma da
equivalência de
estímulos para o
ensino de leitura em
sala de aula:
mediação com
professoras para o uso
de um programa de
ensino
Painel Análise do comportamento aplicada e a
produção de tecnologia: implicações
educacionais do paradigma da
equivalência de estímulos
21 Excluído
Motivo 2
Avaliação
comportamental no
centro municipal de
apoio à inclusão em
Goiânia - GO
Sessões Coordenadas:
Aspectos sobre o atendimento
infantil: centro de apoio à
inclusão, estratégias de avaliação
e de intervenção
CMAI (Centro municipal de apoio à
inclusão) – um projeto de educação
inclusiva no município de Goiânia - GO
21 Excluído
Motivo 2
O comportamento do
brasiliense na faixa de
pedestre: exemplo de
uma intervenção
Sessões Coordenadas:
Diferentes contextos para a
análise de práticas culturais e
metacontingências
Alguns conceitos envolvidos na análise
e compreensão dos fenômenos culturais
21 Excluído
Motivo 2
70
Indicadores de
desenvolvimento e
sustentabilidade:
contribuições da
análise do
comportamento
Mesas Redondas Função dos indicadores de
sustentabilidade para o planejamento
cultural e processos de educação
ambiental
21 Excluído
Motivo 2
Treinamento de
estratégias de
intervenção para o
controle da ansiedade
Sessões Coordenadas:
Tempos modernos versus
ansiedade: aprenda a controlar
sua ansiedade
Tempos modernos versus ansiedade:
aprenda a controlar sua ansiedade
21 Excluído
Motivo 2
O bruxismo como
sintoma de ansiedade
e estresse
Primeiros Passos Uma introdução da perspectiva
comportamental sobre o bruxismo e
outras disfunções temporomandibulares
21 Excluído
Motivo 3
Estratégias de
enfrentamento de
cuidadores pediátricos
ao início de
tratamento onco-
hematológico
Simpósios:
Psico-oncologia pediátrica:
relatos de pesquisa e desafios da
área
Estratégias de enfrentamento entre pais
de crianças com câncer: contribuições
teórico-metodológicas
21 Excluído
Motivo 2
Programa de
implementação da
imagem corporal:
uma intervenção
experimental em
academia de ginástica
Comunicações Orais:
Análise do comportamento
aplicada à atividade física
Os distúrbios da imagem corporal e a
prática de exercícios físicos
21 Excluído
Motivo 2
Reducionismo
biológico: uma
proposta biológica ou
psicológica?
Simpósios:
Reducionismo biológico: uma
ameaça à ciência do
comportamento?
Reducionismo biológico: uma proposta
biológica ou psicológica?
22 Excluído
Motivo 2
71
Pressupostos
epistemológicos do
behaviorismo radical
no estudo de eventos
privados
Sessões Coordenadas:
Uma crítica à revolução
cognitiva através da história do
behaviorismo
Algumas observações sobre o
tratamento behaviorista radical dos
eventos privados
22 Excluído
Motivo 2
O materialismo-com-
mente de Clark Hull
Sessões Coordenadas:
Uma crítica à revolução
cognitiva através da história do
behaviorismo
O materialismo-com-mente de Clark
Hull (1884 – 1952)
22 Excluído
Motivo 2
Utilizando o jogo
dilema do prisioneiro
na investigação de
variáveis relacionadas
à cooperação
Palestras Dilema do prisioneiro: possibilidades de
estudo do autocontrole e cooperação na
análise do comportamento
22 Excluído
Motivo 3
Variáveis biológicas:
análises (im)
prescindíveis
Mesas Redondas Variáveis biológicas: análises (im)
prescindíveis
22 Excluído
Motivo 2
Uso de diagrama na
análise funcional do
comportamento
Simpósios:
Análise funcional do
comportamento na prática
clínica
O uso do diagrama na análise funcional
do comportamento – um recurso para a
formação do psicólogo clínico
22 Incluído
Motivo 3
Compreensão e
utilidade de textos na
análise do
comportamento
Simpósios:
O ensino da análise do
comportamento: indicadores de
docentes, pós-graduandos e
graduandos
Compreensão e utilidade de textos da
análise do comportamento
22 Excluído
Motivo 2
Generalização de
comportamentos de
interação social: uma
Comunicações Orais:
Interação social
Generalização de habilidades sociais:
uma revisão das pesquisas da área
22 Excluído
Motivo 2
72
revisão das pesquisas
da área
Aprendizagem
relacional e
emergência de
relações numéricas e
sintáticas
Simpósios:
Comportamento matemático:
integrando dados de
contribuições da análise do
comportamento
Aprendizagem relacional e emergência
de relações numéricas e sintáticas
22 Excluído
Motivo 2
Correlação entre
contagem e
equiparação de
conjuntos
Simpósios:
Comportamento matemático:
integrando dados de
contribuições da análise do
comportamento
Análise correlacional entre contagem e
equiparação de conjuntos
22 Excluído
Motivo 2
Relatos de pós-
graduandos de terapia
ocupacional sobre o
ensino de análise do
comportamento
Simpósios:
O ensino da análise do
comportamento: indicadores de
docentes, pós-graduandos e
graduandos
Relatos de pós-graduandos de terapia
ocupacional sobre o ensino de análise
do comportamento
22 Excluído
Motivo 2
Descrição de graus de
ansiedade à
matemática em
estudantes do ensino
fundamental II
Sessões Coordenadas:
Efeitos de diferentes variáveis
sobre respostas emocionais
relacionadas à aprendizagem da
matemática
Diferentes intensidades de ansiedade
relatadas por estudantes do ensino
fundamental II, em situações típicas de
estudo da matemática
22 Excluído
Motivo 2
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