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0 curso se encontra organizado de fato, em
três áreas : silvicultura, ecologia aplicada, tecnologia e industria-
lização da madeira, oferecendo 22 disciplinas na área de concentração e
19 na de domínio conexo.
1) Organização Acadêmica e Administrativa .
0 Reitor da Universidade de São Paulo, soli-
cita deste Conselho a renovação de credenciamento do Curso de Pós-Gra-
duação em Ciências Florestais, em nivel de Mestrado, mantido por aquela
Universidade sob a responsabilidade da Escola Superior de Agricultura
"Luiz de Queiroz".
0 Curso de Pós-Graduação em Engenharia Flo-
restal, em nível de Mestrado, da ESALQ/USP, iniciou suas atividades em
1976, tendo sido credenciado por este Colegiado, através do Parecer CFE
nº 525/79, de 05 de abril de 1979. Em 1985, o curso teve o seu cre -
denciamento renovado, mediante o Parecer CFE nº 321/85, aprovado em 13
de junho de 1985.
Em 1988, por decisão da Câmera de Pós-Gra-
duação da USP, o curso passou a denominar-se "Ciências Florestais" e
sob esta denominação a instituição solicita, agora, a renovação do cre-
denciamento do curso.
Comissão composta pelos professores Paulo
Renato Schneider da Universidade Federal de Santa Maria e Ricardo Anto-
nio de Arruda Veiga da Universidade Estadual Paulista, visitou as ins-
talações do curso durante os dias 22 e 23 de outubro de 1990, quando
verificou sua organização acadêmica e administrativa, corpo docente,
corpo discente, atividades de pesquisa e produção cientifica, infra-
estrutura física e financeira, intercâmbio, apresentando ao final rela-
tótio conclusivo, com sugestões e recomendações.
Dos dados apresentados no processo, comple-
mentados com os relatórios Técnico da CAPES e da Comissão Verificadora,
o Relator extraiu os seguintes elementos :
I - Relatório |-
1 - RELAT
Ó
RI
O
RELATOR: SR. CONS. Layrton Borges de Miranda
V
ieira
ASSUNTO:
Renovação de credenciamento do Curso de Pós-Graduação em Ciências Flo-
restrais - Nível de Mestrado.
SP
U
F
INTERESSADO/MANTENEDORA
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
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As atividades de ensino se mostram sufici-
entes e regulares, com adequação e coerência entre as disciplinas
oferecidas e as áreas Melhoramento, Silvicultura e Tecnologia de Produ-
tos florestais.
A orientação do curso e feita por um Conselho de Curso constituido
por,três membros do corpo docente, sendo um deles o Coordenador.
Os dados que informam o processo demonstram
que a estrutura administrativa atende, de forma satisfatória, às ne-
cessidades funcionais do curso.
2) Corpo Docente . '
0 corpo docente do curso - de acordo com o
processo e com os relatórios técnicos, é composto por 12 professores
lotados do Departamento de Ciências Florestais; 21 professores de ou-
tros Departamentos da própria Escola, dos quais 3 da área de concentra-
ção e 18 da área de domínio conexo.
A dimensão, qualificação e composição do corpo
docente permanente estão adequadas em relação ao número de alunos e
disciplinas oferecidas.
* Todos os professores estão em regime de dedi -
cação exclusiva e a distribuição de atividades esta adequada. 0 curso
estabelece como limite máximo de 06 (seis) para a relação orientando/ori-
entador.
As linhas de pesquisa do corpo docente concen-
tram-se em três vertentes todas elas em coerência com a área do curso.
A produção cientifica é considerada relevante
ressaltando-se o aspecto de estreita cooperação com várias das principais
empresas florestais brasileiras.
Com relação a produção técnica/artística, fo-
ram relacionados pelo curso 21 trabalhos de interesse para a área.
Todos os professores permanentes relacionados
possuem formação acadêmica de alto nivel, sendo portadores do grau de
Doutor, e com produção cientifica considerável.
3) Corpo Discente .
A seleção dos candidatos ao curso é conside-
rada adequada, conduzida que ê pelo Conselho do Curso, com homologação
pela Comissão de Pós-Graduação da unidade.
A clientela obedece a seguinte ordem de prio-
ridades :
a - professores universitários ;
b - pesquisadores ;
c - profissionais de empresas ligadas a área
florestal ; d - recém-formados com
excelente histórico .
As informações nao evidenciam produção cien-
tifica expressiva do corpo discente, a nao ser nas dissertações defen-
didas, cujo número aumentou no periodo 1988/1989 .
0 fluxo de alunos pode ser considerado nor-
mal, com um tempo de titulação que apesar de estar dentro da media na-
cional, está acima do observado para outros cursos da área. No periodo
1981/1986, foram defendidas 37 dissertações, com o tempo médio de 51
meses. Já as 32 titulações referentes ao periodo 1987/1990, foram obtidas
na media de 59,5 meses.
4) Infra-estrutura física e financeira .
A disponibilidade de espaços em laboratórios,
e salas de docentes é considerada boa, permitindo a individualidade de
estudos e o desenvolvimento das linhas de pesquisa.
Neste particular, em relação ao corpo discen-
te, a instituição deixa a desejar, o que, no entanto, deverá estar ple-
namente atendido a curto prazo, com a construção de prédio com mais de
1.000 m2. com recursos da USP obtidos através do BID .
No que concerne a infra-estrutura em biblio-
tecas, a situação é privilegiada. Alem da biblioteca central co Campus
de Piracicaba, ha 04 outras bibliotecas setoriais à disposição dos alunos
e professores, sistema esse que totaliza quase 90.000 livros e mais de
5.600 títulos de periódicos.
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O sistema dispõe ainda através de computação,
de fácil acesso a varias redes internacionais.
Como instrumentos de excepcional apoio, o curso
dispõe ainda do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, o Centro de
Informática na Agricultura, o CEBTEC ligado à biotecnologia.
A infraestrutura financeira, conta, alem de
recursos da própria USP, com outros originários de convênios com a CAPES,
EMBRAPA, FINEP, IBAMA, CESP, alem de outros projetos com a FAPESP e CNPq
.
•
5) Intercâmbio com outras Instituições .
A despeito de tratar-se de Curso ja consoli-
dado com excelente nivel de desempenho, e de se ressaltar sua deficiên-
cia naquilo que se refere ao intercâmbio com outras instituições conge-
neres
A presença regular de professores de outras
instituições é praticamente inexistente.
6) Considerações finais e Recomendações .
A Comissão Verificadora ao final de seu re-
latório apresenta alguns comentários já discutidos com a Coordenação do
Curso, recomendando no entanto que se procure diminuir o prazo médio de
titulação.
Com relação ao nível de desempenho em termos
de pós-graduacão "strito-sensu", o Curso teve avaliação global dos Con-
sultores Técnicos da CAPES, igual a ( A ) e em todos os demais concei-
tos a maxima valoração .
II - Voto do Relator .
à vista do exposto e à luz da documentação que
instrui o processo, é o Relator de Parecer que pode ser renovado o
credenciamento, pelo prazo de 05.(cinco) ano3, do Curso de Pós-Graduação
em Ciências Florestais em nível de Mestrado, ministrado pela Escola
Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de Sao Paulo,
retroagindo seus efeitos ao termino do credenciamento anterior
III - Conclusão da Câmara
A Câmara do Ensino Superior acompanha o vo-
to do Relator .
Sala das Sessões, em 6 de novembro de 1991
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou, por
unanimidade a conclusão da Câmara.
Sala Barretto Filho, em 7 de novembro de 1991.
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