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ÓLEOS ESSENCIAIS DE Cinnamomum
zeylanicum, Cymbopogon nardus e Zingiber
officinale: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA,
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E
ANTIBACTERIANA
MILENE APARECIDA ANDRADE
2010
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MILENE APARECIDA ANDRADE
ÓLEOS ESSENCIAIS DE Cinnamomum zeylanicum, Cymbopogon nardus e
Zingiber officinale: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE E ANTIBACTERIANA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós- Graduação em Agroquímica,
área de concentração Agroquímica e
Agrobioquímica, para a obtenção do título de
“Mestre”.
Orientadora
Profª. Drª Maria das Graças Cardoso
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2010
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Andrade, Milene Aparecida
.
Óleos essenciais de Cinnamomum zeylanicum, Cymbopogon
nardus e Zingiber officinale: caracterização química, atividade
antioxidante e antibacteriana / Milene Aparecida AndradeLavras:
UFLA, 2010.
83 p. : il.
Dissertação (mestrado)Universidade Federal de Lavras, 2010.
Orientador: Maria das Graças Cardoso.
Bibliografia.
1. Produtos naturais. 2. Plantas condimentares. 3. Propriedades
biológicas. 4. Canela. 5. Citronela. 6. Gengibre. I. Universidade
Federal de Lavras. II. Título.
CDD – 664.53
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
MILENE APARECIDA ANDRADE
ÓLEOS ESSENCIAIS DE Cinnamomum zeylanicum, Cymbopogon nardus e
Zingiber officinale: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE E ANTIBACTERIANA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em Agroquímica,
área de concentração Agroquímica e
Agrobioquímica, para a obtenção do título de
“Mestre”.
APROVADA em 22 de fevereiro de 2010.
Prof. Dr. Luís Roberto Batista UFLA
Prof. Dra. Samísia M. Fernandes Machado UFS
Profa. Dra. Maria das Graças Cardoso
UFLA
(Orientadora)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
À minha mãe, Onilda, e à minha a-mãe, Marica, pessoas
a quem eu amo mais do que sou capaz de dizer e eu sempre
sentirei muitas saudades.
OFEREÇO
Ao meu grande amor, Otávio, que mesmo
tão longe, continua sendo meu porto
seguro.
DEDICO
(...) Cada um de nós come a
sua história, cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.
AGRADECIMENTOS
A Deus por indicar o caminho e dar-me forças para segui-Lo;
À minha falia, que mesmo longe, incentivaram-me com sua torcida e
confiança.
À minha orientadora, professora e amiga, Maria das Graças Cardoso,
pela harmônica orientação, cujos ensinamentos profissionais e pessoais serão
levados comigo por toda à vida...
Ao professor Luís Roberto Batista (DCA-UFLA), pela coorientação
precisa, pela confiança em mim depositada e disposão em ajudar-me sempre.
À professora Prof. Dra. Samísia M. F. Machado e ao Prof. Dr. Péricles
Barreto Alves (UFS), pelas análises cromatográficas.
A todos os professores do Departamento de Química, pela dedicação,
empenho e conhecimentos transmitidos.
Aos colegas e amigos do curso de Agroquímica, em especial, Roberta,
Elaine, Eliane, Jake, Thaís, Stefânia, Marcus, Anderson e Paulo, pela amizade e
convivência ao longo do curso.
Aos amigos do Laboratório de Química Orgânica, Juliana, Lucilene,
Luiz Gustavo, Renata, Maria Luiza, Marcos, Cínthia, Lidy, Felipe, Ana, João,
Wilder, Rodrigo, pelo companheirismo e amizade, e principalmente, à Aline,
pela colaboração na condução do experimento.
Às minhas amigas de república, Renata e, principalmente, à Lílian pela
amizade de longa data, pela ajuda em todas as horas e por agüentar-me nos
momentos de crise...
Às meninas” Cláudia e Sílvia, à Juliana e ao meu eterno amigo, Jean,
pelos momentos de descontração.
Aos meus amigos do Laboratório de Microbiologia de Alimentos,
Thales, Rodriguinho, Alexandre, Alezinha, Alessandra, Manú, Maíra, Danilo e
Naty, e a técnica Eliane, do Laboratório de Micologia de Alimentos, Elis,
Daiane, Fabi, Chris, Josy, Mariana, Michele, Abiah e Mônica, pela convivência
agradável e pela ajuda no decorrer do experimento.
Aos funcionários do Departamento de Química, às secrerias Miriam,
Ana Cristina, Shirley e a técnica Xulita, pela convivência e prestabilidade.
À Universidade Federal de Lavras, ao Departamento de Química, pela
oportunidade e à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior), pela concessão da bolsa de estudo.
E a todos que durante esses dois anos contribuíram direta ou
indiretamente para este momento.
SUMÁRIO
gina
LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS..........................................................
i
LISTA DE FIGURAS ................................................................
.......................
iii
LISTA DE TABELAS .................................
.......................................................
v
RESUMO ................................................................
................................
vi
ABSTRACT ................................................................
................................
vii
1 INTRODUÇÃO ................................................................
.............................
1
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................
3
2.1 Plantas aromáticas, medicinais e condimentares................................
...........
3
2.2 Metabólitos secundários......................................................................
3
2.3 Óleos essenciais ................................................................
............................
6
2.3.1 Biossíntese de terpenoides ................................
................................
8
2.3.2 Biossíntese de fenilpropanoides................................
..............................
11
2.4 Atividade antioxidante dos óleos essenciais ................................
.................
13
2.5 Atividade antibacteriana dos óleos essenciais................................
...............
16
2.6 Bactérias patogênicas encontradas em alimentos................................
19
2.6.1 Staphylococcus aureus................................................................
................
21
2.6.2 Escherichia coli................................................................
........................
22
2.6.3 Listeria monocytogenes ................................................................
............
24
2.6.4 Pseudomonas aeruginosa ................................
................................
24
2.6.5 Salmonella Cholerasius ................................................................
............
25
2.7 Canela-da-índia (Cinnamomum zeylanicum) ................................
..................
26
2.8 Gengibre (Zingiber officinale) ................................
................................
28
2.9 Capim-citronela (Cymbopogon nardus).....................................
29
3 MATERIAL E MÉTODOS................................................................
..............
31
3.1 Obtenção do material vegetal................................
................................
31
3.2 Extração do óleo essencial................................................................
.............
31
3.2.1 Determinação da umidade................................
................................
31
3.3 Identificação e quantificação dos constituintes dos óleos essenciais
.............
32
3.4 Atividade biológica dos óleos essenciais.............................................
33
3.4.1 Manutenção e ativação das culturas bacterianas..............................
33
3.4.2 Efeito inibitório dos óleos essenciais sobre bactérias......................
34
3.4.2.1Teste de Difusão Cavidade em Agar.............................................
33
3.4.3 Análise estatística............................................................................
34
3.5 Atividade antioxidante.......................................................................
35
3.5.1 Sistema β caroteno/ácido linoleico................................................. 35
3.5.1.1 Alise estatística........................................................................ 36
3.5.1 . Método de sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-
picrilidrazila)............................................................................................
36
3.5.1.2 Alise estatística........................................................................
37
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................
38
4.1 Rendimento........................................................................................
38
4.2 Identificação e quantificação dos constituintes dos óleos
essenciais.................................................................................................
39
4.2.1 Cymbopogon nardus (Capim-citronela).........................................
39
4.2.2 Cinnamomum zeylanicum (Canela)................................................
41
4.2.3 Zingiber officinale (Gengibre).......................................................
43
4.3 Atividade antibacteriana ..............................................................
45
4.4 Atividade antioxidante.....................................................................
50
5 CONCLUSÃO....................................................................................
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................
55
ANEXOS................................................................................................
72
i
LISTA DE SÍMBOLOS E SIGLAS
ATCC American Type Culture Colletion
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Saniria
BHT 2,6-di-terc-butil-4-metilfenol
BHA 2-terc-butil-4-hidroxianisol
BHI Caldo infusão de cérebro e coração
BLU Base livre de umidade
CG-DIC Cromatografia em fase gasosa com detector por ionização de
chamas
CG/EM Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas
CI
50
Concentração de 50% de inibição
CL Cloranfenicol
CMI Concentração Mínima Inibitória
HMG-CoA 3-hidroxi-3-metilglutaril- Coa
DIC Delineamento inteiramente casualizado
DMAPP Dimetilalilpirofosfato
DMSO Dimetilsulfóxido
DNA Ácido desoxiribonucleico
DTA Doença Transmitida por alimento
DXPS 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato
EPEC Enteropatogênica clássica
EIEC Enteroinvasiva
ETEC Enterotoxogênica
EHEC Entero-hemorrágica
DAEC Difusamente adesiva
EAggEC Enteroagregativa
GPP trans-geranilpirofosfato
DPPH 1,1-difenil-2-picrilidrazila
NADPH Nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato
IPP Isopentil-pirofosfato
FAL Fenilalanina amonialiase
ii
PG Galato de propila
RNA Ácido ribonucleico
TSA Triptic soy Agar
TSB Triptic soy Broth
TBHQ Terc-butil-hidroquinona
UFC Unidade formadora de colônia
iii
LISTA DE FIGURAS
gina
FIGURA 1 Principais rotas de biossíntese de metabólitos
secundários.....................................................................
5
FIGURA 2 Estrutura química do isopreno........................................ 8
FIGURA 3 Biossíntese de terpenos via mevalonato......................... 10
FIGURA 4 Biossíntese de terpenos via DXPS.................................. 11
FIGURA 5 Representação químicasica de um fenilpropanoide... 11
FIGURA 6 Biossíntese de fenilpropanoides..................................... 12
FIGURA 7 Estruturas químicas dos principais antioxidantes
utilizados na indústria(a) α- Tocoferol, (b) BHT, (c)
BHA, (d) PG e (e) TBHQ...............................................
15
FIGURA 8 Aspecto geral da espécie canela (Cinnamomum
zeylanicum).....................................................................
27
FIGURA 9 Aspecto geral da espécie gengibre (Zingiber
officinale)........................................................................
29
FIGURA 10 Aspecto geral da espécie capim-citronela
(Cymbopogon nardus)....................................................
30
FIGURA 11 Estruturas químicas dos compostos majoritários
presentes no óleo essencial de Cymbopogon nardus (a)
Citronelal, (b) Citronelol e (c) Geraniol.........................
41
FIGURA 12 Estruturas químicas dos compostos majoritários
presentes no óleo essencial de Cinnamomum
zeylanicum. (a) 1,8-Cineol, (b) Acetato de cimamila e
(c) Aldeído cinâmico......................................................
43
FIGURA 13 Estruturas químicas dos compostos majoritários
iv
presentes no óleo essencial de Zingiber officinale. (a)
Neral, (b) Geranial, (c) Geraniol, (d) 1,8-Cineol, (e)
Canfeno e (f) Acetato de geranila...................................
45
FIGURA 14 Fotografias do último dia de experimento para a
avalição do efeito inibitório do óleo Cinnamomum
zeylanicum, sobre (a) Escherichia coli, (b) Listeria
monocytogenes, (c) Staphylococcus aureus, (d)
Pseudomonas aeruginosa e (e) Salmonella
Cholerasuis.....................................................................
47
v
LISTA DE TABELAS
gina
TABELA 1 Rendimentos dos óleos essenciais de Cymbopogon
nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale..........................................................................
38
TABELA 2 Composição química do óleo essencial das folhas de
Cymbopogon nardus.......................................................
40
TABELA 3 Composição química do óleo essencial da casca de
Cinnamomum zeylanicum...............................................
42
TABELA 4 Composição química do óleo essencial dos rizomas de
Zingiber officinale...........................................................
44
TABELA 5 Concentração mínima inibitória dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale encontrada para os micro-organismos
Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Listeria
monocytogenes, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella
Cholerasuis....................................................................
46
TABELA 6 Atividade antioxidante dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale e dos padrões Timol, Ácido ascórbico
pelo teste β-caroteno/ácido linoleico e pelo método de
sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazila)...
51
vi
RESUMO
ANDRADE, Milene Aparecida. Óleos essenciais de Cinnamomum
zeylanicum, Cymbopogon nardus e Zingiber officinale: caracterização
química, atividade antioxidante e antibacteriana. 2010. 83p. Dissertação
(Mestrado em Agroquímica) – Universidade Federal de Lavras, Lavras.
Atualmente tem-se observado uma crescente busca por produtos
naturais, tanto para a utilização em indústrias farmacêuticas, alimentícias e de
cosméticos, como para utilização na agricultura. Entre os produtos de origem
vegetal, os óleos essenciais, pertencentes à classe dos metabólitos secundários,
vêm se destacando por suas atividades biológicas. Nesse contexto, objetivou-se
neste estudo caracterizar quimicamente e avaliar as atividades antioxidante e
antibacteriana dos óleos essenciais de Cymbopogon nardus, Cinnamomum
zeylanicum e Zingiber officinale. A obtenção do óleo essencial foi realizada pela
cnica de hidrodestilação utilizando o aparelho de Clevenger modificado, e a
identificação e quantificação dos constituintes, pelas análises em CG/EM e CG-
DIC. A avaliação da atividade antibacteriana foi realizada por meio da técnica
Difusão cavidade em ágar, utilizando os micro-organismos Staphylococcus
aureus ATCC 6538, Listeria monocytogenes ATCC 19117, Escherichia coli
ATCC 11229, Salmonella Cholerasuis ATCC 6539 e Pseudomonas aeruginosa
ATCC 15442. A atividade antioxidante foi avaliada utilizando sistema β-
carotenocido linoleico e o método de sequestro de radicais DPPH. Nas análises
cromatográficas, os constituintes majoritários encontrados no óleo essencial de
C. nardus foram citronelal (47,12%), geraniol (18,56%), e citronelol (11,07%),
no óleo essencial de C. zeylanicum foram identificados (E)- cinamaldeído
(77,72%), acetato de (E)-cinamila (5,99%) e o monoterpenoide 1,8-cineol
(4,66%) como componentes majoritários, e para Z. officinale os majoritários
foram geranial (25,06%), neral (16,47%), 1,8-cineol (10,98%), geraniol (8,51%)
e acetato de geranila (4,19%) e o canfeno (4,30%). Os óleos essenciais
apresentaram atividade antibacteriana satisfatória, tanto para bactérias Gram-
negativas como para Gram-positivas, sendo o óleo essencial de C. zeylanicum o
mais eficiente. A atividade antioxidante foi evidenciada pelo teste β-
carotenocido linoleico para C. nardus, seguido de Z. officinale e C.
zeylanicum, respectivamente, e pelo teste do DPPH, foi observada apenas para
C. nardus.
Comitê Orientador: Maria das Graças Cardoso – UFLA (Orientadora) e Luís Roberto
Batista UFLA
vii
ABSTRACT
ANDRADE, Milene Aparecida. Essential oils of Cinnamomum zeylanicum,
Cymbopogon nardus and Zingiber officinale: chemical characterization and
antioxidant and antibacterial activity. 2010. 83p. Dissertation (Master’s in
Agrochemistry) – Federal University of Lavras, Lavras.
Currently an increasing search for natural products has been observed,
for use in the pharmaceutical, nutrition and cosmetics industries, as well as in
agriculture. Among the products of vegetable origin, the essential oils, belonging
to the class of the secondary metabolites, stand out for their biological activity.
In this context, the objective of this study consisted of chemically characterizing
and evaluating the antioxidant and antibacterial activity of the essential oils of
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum and Zingiber officinale. The
obtaining of the essential oil was conducted using the hydrodestilation technique
through a modified Clevenger apparatus and the identification and
quantification of the constituents by GC/MS analyses and GC-FID. The
evaluation of the antibacterial activity was accomplished through the agar well
diffusion technique, using the microorganisms Staphylococcus aureus ATCC
6538, Listeria monocytogenes ATCC 19117, Escherichia coli ATCC 11229,
Salmonella Cholerasuis ATCC 6539 and Pseudomonas aeruginosa ATCC
15442. The antioxidant activity was evaluated using β- carotene/ linoleic acid
system and the DPPH radical scavenging method. In the chromatographic
analyses the major constituents found in the C. nardus essential oil were
citronellal (47.12%), geraniol (18.56%), and citronellol (11.07%), in the
essential oil of C. zeylanicum (E)- cinnamaldehyde (77.72%), (E)- cinnamyl
acetate (5.99%) and the monoterpenoid 1,8-cineol (4.66%) as majority
components, and for Z. officinale the majority were geranial (25.06%), neral
(16.47%), 1,8-cineol (10.98%), geraniol (8.51%) and geranyl acetate (4.19%),
and camphene (4.30%). The essential oils presented satisfactory antibacterial
activity, for Gram-negative bacteria as well as for Gram-positive, except for the
species E. coli that showed the most resistant, since the inhibitory effect of C.
nardus and Z. officinale essential oils was not verified. The antioxidant activity
was evidenced by the β- carotene/ linoleic acid test for C. nardus, followed by Z.
officinale and C. zeylanicum, respectively and by the DPPH test it was only
observed for C. nardus.
Guindance Committee: Maria das Graças CardosoUFLA (Advisor) and Luís Roberto
Batista – UFLA
1
1 INTRODUÇÃO
A utilização de plantas medicinais por seres humanos data de milhares
de anos devido às suas propriedades medicinais e nutricionais. Muitos
compostos naturais presentes nas plantas, ervas e condimentos têm apresentado
atividade biológica e servem como fonte de agentes antimicrobianos contra
diversos patógenos. Entre esses compostos, destacam-se os óleos essenciais,
metabólitos secundários voláteis que se caracterizam por serem misturas
complexas de compostos orgânicos responsáveis pela qualidade da essência.
Entretanto, alguns contêm um componente majoritário em elevada concentração.
Os óleos essenciais ocupam um lugar preponderante nas indústrias de
insumo farmacêutico, agroalimentícias, perfumaria e costicos. As exportações
brasileiras de óleos essenciais e produtos derivados deles estão em alta. De
janeiro de 2005 a outubro de 2008, os embarques desses produtos renderam US$
309,5 milhões, referentes a 119.772 toneladas de óleos, 95% de óleos cítricos
(Bizzo et al., 2009).
O interesse pelos óleos essenciais está baseado não somente na
possibilidade de obtenção de compostos aromáticos (odor agradável), mas
também daqueles possuidores de propriedades terapêuticas ou, ainda, de
compostos precursores de substâncias de elevado valor agregado.
Tendo em vista os problemas de resistência a antibióticos e desinfetantes
convencionais, e diante da atual tendência do mercado de utilizar produtos
naturais, a utilização de óleos essenciais para a conservação de alimentos e
controle fitossanirio vem sendo muito estudada, propiciando o
desenvolvimento de técnicas que procuram reduzir os efeitos negativos de
oxidantes, radicais e micro-organismos causadores de grandes prejuízos às
indústrias alimentícias (Santos, 2004).
Na indústria alimentícia, os óleos essenciais, além de conferirem aroma
2
e sabor aos alimentos, possuem importantes atividades antioxidante e
antimicrobiana, que podem potencializar o seu uso. Em razão da importância
crescente dos óleos essenciais no mercado mundial e da diversidade de espécies
existentes, ainda inexploradas, o necessários mais estudos que viabilizem o
uso dessas plantas.
Diante do exposto, objetivou-se nesta pesquisa caracterizar
quimicamente e avaliar as atividades antioxidante, antibacteriana dos óleos
essenciais de Cymbopogon nardus (capim-citronela), Cinnamomum zeylanicum
(canela) e Zingiber officinale (gengibre).
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Plantas aromáticas, medicinais e condimentares
As plantas medicinais, condimentares e aromáticas são utilizadas pelo
homem desde a Antiguidade, na alimentação, na cura de doenças e também na
agricultura. No Brasil, o emprego das plantas está presente desde antes da
colonização, quando índios as utilizavam e, em seguida, passaram seus
conhecimentos para os colonizadores, tornando-as amplamente utilizadas na
medicina caseira (Mendonça, 2004).
As plantas aromáticas são definidas como aquelas que possuem aroma
ou perfume capazes de sensibilizar nosso olfato de forma agradável, as plantas
medicinais como aquelas que, dependendo da concentração do seu princípio
ativo, podem apresentar toxicidade ou propriedades curativas e as plantas
condimentares o usadas como tempero, para reaar o sabor e o aspecto dos
alimentos, podendo apresentar propriedade de conservação (Upnmoor, 2003).
Nas últimas décadas, tem-se observado uma crescente busca por
produtos naturais com atividades biológicas que minimizem o impacto
ambiental e na saúde causado por diversas substâncias sintéticas. As plantas
constituem uma fonte inesgotável de substâncias potencialmente ativas e,
embora os vegetais contenham milhares de constituintes químicos, as
propriedades relacionadas a elas estão especialmente ligadas aos chamados
metabólitos secundários.
2.2 Metalitos secundários
Os vegetais sintetizam compostos, que o divididos em dois grandes
grupos: metabólitos primários, como a celulose, lignina, proteínas e outras
substâncias, que são originadas do metabolismo primário, realizam suas
4
principais funções vitais e que fazem parte da atividade celular de praticamente
todos os seres vivos e os metabólitos secundários, originados do metabolismo
secundário, que são substâncias de baixo peso molecular, geralmente produzidas
em pequenas quantidades, que possuem características químicas muito variadas
e, às vezes, bem complexas e que são responsáveis por funções nem sempre bem
definidas, mas nem por isso menos importante (Dewick, 2002).
O metabolismo secundário responde a estímulos ambientais bastante
variáveis, de natureza física, química ou biológica. Fatores tais como fertilidade
e tipo de solo, umidade, radiação solar, vento, temperatura e poluição
atmosférica, entre outros, podem influenciar e alterar a composição química dos
vegetais. Além desses, interações e adaptações coevolutivas complexas que
se produzem entre planta-planta, planta-animal e planta-micro-organismo de um
dado ecossistema (Alves, 2001).
Durante muito tempo, acreditou-se que os metabólitos secundários
fossem produzidos sem uma função específica, simplesmente como produtos
finais das reações. Chegaram a ser considerados até como anomalias; porém,
com o surgimento de estudos relacionados com as plantas, tem-se descoberto
cada vez mais sobre a função dessas substâncias, sua utilidade para o
desenvolvimento fisiológico das plantas e seu papel como mediadores das
interações entre as plantas e outros organismos (Simões et al., 2007).
Os metabólitos secundários despertam grande interesse pelas atividades
biológicas exercidas nas plantas em resposta aos estímulos do meio ambiente e
também pela sua grande atividade farmacológica. Muitos o de importância
comercial nas áreas farmacêutica, alimentar, agronômica, perfumaria e outras
(Pereira, 2006).
De acordo com Simões et al. (2007), os metabólitos secundários
produzidos pelas plantas podem ser divididos em três grupos: terpenos,
compostos fenólicos e compostos nitrogenados; porém, todos eles originam-se
5
do metabolismo da glicose, via dois intermediários principais: o ácido
chiquímico e o acetato, conforme demonstrado na Figura 1.
FIGURA 1 Principais rotas de biossíntese de metabólitos secundários (Simões et
al., 2007).
Segundo Pereira (2006), entre os metabólitos secundários, os principais
grupos de compostos encontrados com maior atividade biológica são os
alcaloides, flavonoides, cumarinas, taninos, quinonas e óleos essenciais.
GLICOSE
polissacarídeos
heterosídeos
ácido chiquímico
acetil-CoA
triptofano
fenilalanina/
tirosina
ácido
gálico
ciclo do
ácido
trico
via
mevalonato
condensação
ácidos graxos
acetogeninas
isoprenóides
terpenóides e
esteróis
ornitina
lisina
taninos
hidrolisáveis
alcalóides
indólicos e
quinolínicos
antraquinonas
flavonóides
taninos
condensados
protoalcalóides
alcalóides
isoquinolínicos e
benzilisoquinolínicos
ácido
cimico
fenilpropanóides
lignanas e ligninas
cumarinas
alcalóides
pirrolidínicos,
tropânicos,
pirrolizidínicos,
piperidínicos e
quinolizidínicos
6
2.3 Óleos essenciais
Dos metabólitos secundários produzidos pelas plantas, os óleos
essenciais destacam-se por sua grande importância terapêutica e econômica,
representando a segunda classe de compostos naturais, com maior número de
constituintes ativos.
Óleos essenciais o produtos obtidos de partes de plantas por meio de
destilação por arraste com vapor d'água, bem como produtos obtidos por pressão
dos pericarpos de frutos cítricos (Rutaceae). Também são chamados de óleos
voláteis, óleos etéreos ou essências por serem de aparência oleosa à temperatura
ambiente. Esses óleos são geralmente incolores ou ligeiramente amarelados,
com exceção dos óleos que apresentem alto teor de azulenos, como o óleo
essencial extraído da camomila e mil-folhas (Simões et al., 2007).
São misturas complexas de substâncias orgânicas lipofílicas, geralmente
odoríferas e líquidas que apresentam como propriedades físico-químicas
volatilidade, instabilidade na presença de luz, oxigênio, substâncias oxidantes,
redutoras, meios com pH extremos, ou meios com traços de metais que podem
catalizar reações de decomposição e transformação, uma vez que dada a sua
complexa composição, apresentam alta probabilidade de sofrer modificações
sico-químicas devido ás reações entre seus próprios constituintes ou entre eles
e o meio (Bandoni & Czepak, 2008).
Em angiospermas monocotiledôneas e gimnospermas (exceto coníferas),
a ocorrência de óleos essenciais é relativamente rara, com exceção de gramíneas
e zingiberáceas. Plantas ricas em óleos essenciais são abundantes em
angiospermas dicotiledôneas, tais como nas famílias Asteraceae, Apiaceae,
Lamiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Myristicaceae, Piperaceae e Rutaceae, entre
outras (Simões et al., 2007).
Dependendo da família, os óleos essenciais podem ocorrer em estruturas
secretoras especializadas, tais como pêlos glandulares (Lamiaceae), células
7
parenquimáticas diferenciadas (Lauraceae, Piperaceae, Poaceae), canais
oleíferos (Apiaceae) ou em bolsas lisígenas ou esquizolisígenas (Pinaceae,
Rutaceae). Os óleos essenciais podem estar estocados em certos órgãos, tais
como flores (laranjeira, bergamoteira), folhas (capim-limão, eucalipto, louro) ou
ainda nas cascas dos caules (canelas), madeira (sândalo, pau-rosa), raízes,
rizomas (cúrcuma, gengibre), frutos (anis-estrelado, funcho, erva-doce) ou
sementes (noz-moscada). Embora todos os órgãos de uma planta possam
acumular óleos essenciais, sua composição pode variar segundo a localização
(Simões et al., 2007).
No ambiente natural, os óleos essenciais estão associados a várias
funções necessárias à sobrevivência do vegetal em seu ecossistema, exercendo
papel fundamental na defesa contra bactérias, fungos, vírus, insetos e herbívoros,
e também na atração de alguns insetos e outros agentes fecundadores, como
pássaros e morcegos (Bakkali et al., 2008).
A composição dos óleos essenciais está constantemente em
transformação, mudando as proporções de seus constituintes ou transformando-
se uns constituintes em outros, segundo a parte da planta, o momento do seu
desenvolvimento ou o momento do dia podendo também ser determinada
geneticamente, variando de acordo com a origem botânica, o quimiotipo, fatores
da natureza e o procedimento de cultivo das plantas e de obtenção. Ela varia
conforme a origem geográfica, secagem, época de colheita, tipo de adubação,
mas os principais constituintes responsáveis pelo aroma parecem permanecer
constantes (Elpo & Negrelle, 2006; Bandoni & Czepak, 2008).
Os óleos essenciais são formados por inúmeros compostos de origens
biossintéticas distintas, que vão desde hidrocarbonetos terpênicos, aldeídos,
cetonas, fenóis, ésteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas e
até compostos sulfurados. Na mistura, tais compostos apresentam-se em
diferentes concentrações, porém, geralmente um, dois ou três deles o
8
encontrados em proporções maiores, sendo denominados de compostos
majoritários. Apesar da complexidade da composição, os constituintes dos óleos
voláteis pertencem de forma quase exclusiva a duas ries, caracterizada por
suas origens biossintéticas distintas: a série terpênica e a série, muito menos
frequente, dos fenilpropanoides (Cardoso et al., 2001; Bandoni & Czepak,
2008).
2.3.1 Biossíntese de terpenoides
Os terpenoides constituem uma grande variedade de substâncias
vegetais, sendo o termo empregado para designar todas as substâncias cuja
origem biossintética é o isopreno (2-metil-1,3-butadieno) (Figura 2). A unidade
isoprênica, por sua vez, origina-se pela rota do ácido mevalônico. Os esqueletos
de carbono dos terpenoides são formados pela condensação de um número
variável de unidades isoprênicas. Os compostos terpênicos mais frequentes nos
óleos essenciais são os monoterpenos (90% dos óleos voláteis) e os
sesquiterpenos (Simões et al., 2007).
FIGURA 2 Estrutura química do isopreno.
Os terpenoides são sintetizados via mevalonato no citoplasma. Esse é
formado por condensação de uma unidade da acetoacetil-CoA com a acetil-CoA,
seguida de uma hidrólise, formando o 3-hidróxi-3-metilglutaril-CoA
(HMGCoA). Em seguida, o HMG-CoA é reduzido por um processo que
depende de NADPH e é catalisado pela HMGCoA-redutase a mevalonato que,
por sua vez, é convertido em isopentenil-pirofosfato (IPP) e seu isômero
dimetilalilpirofosfato (DMAPP) (Figura 3) (Simões et al., 2007).
9
Recentemente demonstrou-se que a produção do IPP pode também
ocorrer no cloroplasto (plastídios), pela via 1-deoxi-D-xilulose conhecida como
via DXPS, iniciando com a condensação de uma molécula de piruvato e outra D-
gliceraldeído-3-fosfato, formando a 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato; após reações
sucessivas, a molécula de IPP e de DMAPP são formadas (Figura 4). As
moléculas de IPP e DMAPP formadas em ambas as vias condensam-se e
originaram o trans-geranilpirofosfato (GPP), o qual é convertido nos diferentes
monoterpenos. Devido à polimerização do trans-geranilpirofosfato com IPP, são
formadas cadeias crescentes de cinco em cinco átomos de carbono, que dará
origem aos monoterpenos (10 carbonos), sesquiterpenos (15 carbonos),
diterpenos (20 carbonos) e assim por diante (Dewick, 2002).
10
Acetil-CoA
+
Acetoacetil-Coa
C
O
S
C
o
A
O
-
O
OH
OH
O
-
0
OH
3-hidroxi-3-metil glutaril-CoA
HMGCoA-redutase
Mevalonato
OPP
IPP
OPP
DMAPP
1 X IPP
OPP
GPP
Monoterpenos
10C
2 X IPP
OPP
FPP
Sesquiterpenos
15C
Triterpenos
30C
2 X
3 X IPP
OPP
Diterpenos
20C
GGPP
FIGURA 3 Biossíntese de terpenos via mevalonato (Simões et al., 2007)
11
O
O
OH
+
Piruvato
O
OH
OP
D-gliceraldeído-3-fosfato
O OH
OP
OH
1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato
4 reações
OH OH
O-PP
O
3-C- metil- D-eritrol-2,4-ciclodifosfato
OPP
OPP
DMAPP
IPP
FIGURA 4 Biossíntese de terpenos via DXPS (Dewick, 2002)
2.3.2 Biossíntese de fenilpropanoides
Os fenilpropanoides são menos abundantes do que os terpenoides e
possuem em suas estruturas um anel benzênico com uma cadeia lateral composta
de três carbonos, que apresentam uma dupla ligação e podem ter um grupo
funcional com oxigênio, como representado na Figura 5 (Taiz & Zeiger, 2004).
H
O
FIGURA 5 Representação química básica de um fenilpropanoide.
Os fenilpropanoides o compostos aromáticos que derivam da rota que
se inicia com a formação do ácido chiquímico. Esse é formado pela condensação
12
aldólica de dois metabólitos da glicose, o fosfoenolpiruvato e a eritrose-4-fosfato
que, por sua vez formam a fenilalanina e a tirosina; pela ação da enzima
fenilalanina amonialiase (FAL), essas perdem uma molécula de amônia,
resultando na formação dos ácidos cinâmico e p-cumárico, que apresentam em
sua estrutura uma cadeia lateral que contém três átomos de carbono ligados ao
anel aromático (Figura 6). Finalmente, por meio de rias reações de redução,
oxidação e ciclização, os ácidos cinâmico e p-cumárico levam à formação de
fenilpropanoides. (Simões et al., 2007).
HO
OH
OH
O
O
Chiquimato
Várias reações
O
O
R
NH
2
R = H Fenilalanina
R = OH Tirosina
FAL
O
OH
R
R = H Ácido cinâmico
R = OH Ácido p- cumárico
R
R
R
R
Redução
Oxidação
Redução
O
O
O
Ciclização
R = H R = OH
FIGURA 6 Biossíntese de fenilpropanoides (Simões et al., 2007)
13
2.4 Atividade antioxidante dos óleos essenciais
Atualmente, com a tendência do mercado de utilizar produtos naturais,
os óleos essenciais estão sendo cada vez mais estudados como agentes
antioxidantes, na tentativa de propiciar o desenvolvimento de técnicas que
procuram reduzir os efeitos negativos de substâncias oxidantes (Santos, 2004).
Substâncias antioxidantes são aquelas que inibem e/ou diminuem os
efeitos desencadeados pelos radicais livres e compostos oxidantes em substratos
oxidáveis. Essas substâncias podem ser enzimáticas, como as superóxido
dismutases, catalase, e glutationa peroxidase, ou o enzimáticas, como o α-
tocoferol (vitamina E), β-caroteno, ascorbato (vitamina C) e os compostos
fenólicos (Halliwell, 2001).
No organismo humano, a atividade metabólica normal produz
constantemente radicais livres. Radical livre é o termo utilizado para designar
qualquer átomo ou molécula, com existência independente, apresentando em sua
estrutura atômica um ou mais elétrons desemparelhados no seu orbital mais
externo, conferindo maior reatividade em relação às espécies não radicalares.
Essas moléculas são produzidas em situações fisiológicas ou patológicas por
mecanismos diferentes, como na respiração celular, e reações de oxidação,
podendo ser danosos as células quando produzidos em excesso (Gutierrez,
2002).
Esses radicais apresentam-se altamente reativos, embora sua reatividade
varie ao longo de um amplo espectro, devido à presença de elétrons
desemparelhados. São exemplos desses radicais substâncias que podem
apresentar o elétron livre centrado em átomos de oxigênio, nitrogênio,
hidrogênio, carbono ou enxofre, além de átomos de metais de transição. Dada a
sua alta reatividade, essas substâncias podem danificar diversas biomoléculas,
como lipídios, proteínas e os ácidos nucleicos (Halliwell, 2001).
14
O oxigênio (O
2
) envolvido no processo respiratório, em certas condições
no organismo, pode ser transformado em espécies reativas do oxigênio, como: o
ânion superóxido (O
2
•-
),
1
O
2
(oxigênio singlete), radical hidroxila (OH
), óxido
nítrico (NO), peróxido de hidrogênio (H
2
O
2
), radical lipídico (L
), entre outros
(Wickens, 2001; Gutierrez, 2002).
As espécies reativas de oxigênio, conhecidas também como radicais
livres, são geradas pelo processo de transferência de elétrons, ou pela absorção
de energia pelo oxigênio, uma vez que o oxigênio é uma molécula muito reativa
e pode ser parcialmente reduzido para formar outros agentes quimicamente
reativos (Drewnowski & Gomez-Carneros, 2000).
Radicais livres desempenham papel fundamental no metabolismo
celular. No entanto, quando em excesso, podem gerar estresse oxidativo e
consequentemente atacar e danificar praticamente qualquer molécula encontrada
no organismo, levando a alterações teciduais responsáveis por diversas
patologias, incluindo o câncer. São tão ativos que, uma vez formados, ligam-se a
diferentes compostos em frações de segundo. Ao fazê-lo, eles podem transferir
seu elétron o pareado ou capturar um elétron de outra molécula, a fim de
formar um par. De uma forma ou de outra, os radicais acabam ficando estáveis,
mas a molécula atacada, em si, transforma-se em um radical. Isso inicia uma
reação em cadeia que pode agir destrutivamente sobre um tecido (Soares et al.,
2005).
Na indústria de alimentos, os antioxidantes sintéticos mais utilizados
para controlar a oxidação lipídica são os compostos fenólicos butil-hidroxi-
anisol (BHA), 2,6-di-tert-butil-4-hidroxitolueno (BHT), tert-butil-hidroquinona
(TBHQ) e galato de propila (PG) (Figura 7); porém, estudos relacionados com a
toxicologia desses compostos têm demonstrado a possibilidade de eles
apresentarem efeito carcinogênico em experimentos com animais, por isso, o uso
de antioxidantes sintéticos é restrinto em vários países. No Brasil, o uso dessas
15
substâncias antioxidantes é controlado pela Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Saniria), por meio da RDC 64, de 16 de setembro de 2008,
limitando as concentrações máximas de uso para 0,02g.100g
-1
para TBHQ,
BHA, BHT e PG e 0,15g.100g
-1
para α-tocoferol. (Kahl & Kappus, 1993;
Ramalho & Jorge, 2006; Brasil, 2008).
OH
O
(a)
O
H
(b)
OH
O
(c)
OH
OH
OH
O
O
(d)
OH
(e)
OH
FIGURA 7 Estruturas químicas dos principais antioxidantes utilizados na
indústria (a) α- Tocoferol, (b) BHT, (c) BHA, (d) PG e (e) TBHQ.
Diante dos possíveis problemas causados pelos antioxidantes sintéticos,
muitas pesquisas têm sido desenvolvidas com o intuito de encontrar produtos
naturais com atividade antioxidante, que permitirão a substituição dos sintéticos
ou fazer associações entre eles, com a finalidade de diminuir sua quantidade nos
alimentos.
Muitos componentes produzidos por plantas têm sido objeto de
pesquisas em relação ao potencial antioxidante, demonstrando resultados
promissores. Entre eles têm-se os óleos voláteis (Mantle et al., 1998; Ruberto &
Baratta, 2000; Kulisic et al., 2004; Morais et al., 2006; Wang et al., 2008; Cao et
16
al., 2009) e componentes não voláteis testados na forma de extratos (Tepe et al.,
2005; Mata et al., 2007; Stoilova et al., 2007; Singh et al., 2008; Chan et al.,
2008; Safaei-Ghomi et al., 2009).
Muitas plantas aromáticas e especiarias têm se mostrado eficazes em
retardar o processo de peroxidação lipídica em óleos e alimentos gordurosos e
ganharam o interesse de muitos grupos de pesquisa (Soares, 2002; Kulisic et al.,
2004).
De acordo com Carvalho (2004), citado por Lima (2008), a presença de
compostos contendo um ou mais grupos hidroxila (
-
OH), ou metoxila (CH
3
O
-
)
ligados ao anel aromático, insaturações e elétrons disponíveis para serem
doados, nos óleos essenciais, conferem a eles atividade antioxidante. O grupo
metóxi é um forte grupo doador de elétron, o que aumenta a estabilidade do anel
benzênico, resultando em aumento da atividade sequestradora de radicais livres
(Zhang et al., 2006).
Ruberto & Baratta (2000), avaliando a atividade antioxidante de
aproximadamente 100 compostos que compõem os óleos essenciais, verificaram
que, de um modo geral, os compostos fenólicos apresentaram a maior atividade
antioxidante, seguido dos componentes oxigenados e dos alcoóis alílicos.
Alguns hidrocarbonetos monoterpênicos, como terpinoleno, α- e γ-terpineno,
mostraram uma significativa ação protetora e hidrocarbonetos sesquiterpênicos e
não-isoprenoides submetidos a este estudo, demonstraram um baixo, ou
nenhum, efeito antioxidante.
2.5 Atividade antibacteriana dos óleos essenciais
A maior aplicação biológica dos óleos essenciais ocorre como agentes
antimicrobianos. Essa capacidade, presente na maioria desses compostos, de
certa maneira, irepresentar uma extensão do próprio papel que exercem nas
plantas, defendendo-as das bactérias e fungos fitopatogênicos. O modo de ação
17
que provoca a inibição de micro-organismos por óleos essenciais e seus
compostos químicos envolve diferentes mecanismos, dependendo dos
componentes majoritários do óleo essencial (Citó et al., 2003; Souza et al.,
2005).
Diante da complexidade da composição química dos óleos essenciais, a
sua atividade antibacteriana não pode ser explicada por um único mecanismo de
ação, pois todos os componentes da célula bacteriana tornam-se possíveis alvos
de atuação desses óleos (Carson et al., 2002). Segundo Burt (2004), nem todos
os efeitos antimicrobianos resultam diretamente da atuação dos óleos essenciais
na célula bacteriana; alguns ocorrem como consequências dos efeitos iniciais.
Uma importante característica dos óleos essenciais é a lipofilicidade, o
que permite que os óleos passem através da parede celular e membrana
citoplasmática, rompendo a estrutura de diferentes camadas de polissacarídeos,
ácidos graxos e fosfolipídios, quebrando-os e, assim, alterando a permeabilidade
dessas organelas (Lambert et al., 2001; Burt, 2004; Bakkali et al., 2008).
Em células bacterianas, a alteração da permeabilidade da membrana
provoca a perda de íons e a redução do potencial da membrana, colapso da força
próton motiva e depredação do pool de ATP (Ultee et al., 2002; Di Pasqua et al.,
2006). Alterando a permeabilidade da parede celular e da membrana plasmática,
permite-se a saída de íons e do conteúdo celular, o que modifica o equilíbrio
celular, podendo levar à liberação de macromoléculas e à lise celular (Cox et al.,
2000; Lambert et al., 2001; Oussalah et al., 2006).
Óleos essenciais ainda são capazes de causar coagulação do citoplasma,
danificar lipídios e proteínas e afetar a atividade geral da célula, como controle
da pressão de turgor, transporte de solutos e regulação do metabolismo, como
síntese de RNA, DNA, proteínas e polissacarídeos (Ultee et al., 2002; Burt,
2004; Lanciotti et al., 2004).
18
Estudos de Barbel & Yashphe (1989), citados por Lima (2008),
avaliando o efeito do óleo essencial de Achillea fragmentissima em Escherichia
coli, inferiram que o óleo atua na membrana bacteriana, promovendo a inibição
da respiração celular, reduzindo o conteúdo de ATP, além de facilitar a liberação
de polipeptídeos e íons K
+
para o meio.
A atividade antimicrobiana de diversos óleos foi avaliada in vitro diante
de diferentes espécies de micro-organismos. Chao et al. (2000), avaliando o
efeito de 45 óleos essenciais sobre oito bactérias (quatro Gram-positivas e quatro
Gram negativas), dois fungos e leveduras, constataram que todos os óleos
apresentaram inibição em relação aos controles; porém, os óleos que
apresentaram altas propriedades antimicrobianas e a maior gama de inibição
foram os obtidos da casca de canela (Cinnamomum zeylanicum), capim-limão da
Índia Oriental (Cymbopogon flexuosus), segurelha (Satureja montana),
camomila-romana (Chamaemelum nobile), pau-rosa (Aniba rosaeodora), hortelã
(Mentha spicata) e chá-árvore (Melaleuca alternifolia).
Pereira et al. (2008) constaram em testes in vitro que os óleos essenciais
de capim-limão (Cymbopogon citratus), orégano (Origanum vulgare) e cravo-
da-índia (Syzygium aromaticum) promoveram inibição no crescimento das
bactérias Staphylococcus aureus ATCC (American Type Culture Collection)
25923 e Escherichia coli ATCC 8739. Anteriormente, Freire (2008),
pesquisando cepas das bactérias S. aureus ATCC 25923 e E. coli ATCC 25992
observou a atividade inibitória dos óleos essenciais de anis-estrelado (Illicium
verum), canela (Cinnamomum zeylanicum) e manjerona (Origanum manjorona)
sobre o crescimento das bactérias em estudo.
Scherer et al. (2009), avaliando a ação antimicrobiana dos óleos
essenciais de cravo-da-índia (Caryophillus aromaticus L.), citronela
(Cymbopogon winterianus) e palmarosa (Cymbopogon martinii) sobre os micro-
organismos Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella
19
Thyphimurium, Pseudomonas aeruginosa e Clostridium perfringens,
verificaram que as amostras de cravo-da-índia, citronela e palmarosa,
apresentaram ação antimicrobiana, variando de moderada a forte.
Singh et al. (2008), estudando as propriedades antimicrobianas do óleo
essencial de Zingiber officinale para diversas espécies bacterianas, Escherichia
coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Proteus vulgaris e
Klebsiella pneumoniae, observaram que o óleo essencial apresentou efeito
inibitório de bom a moderado para todas as bactérias testadas.
No que diz respeito á atividade antimicrobiana in vivo, em pesquisas
recentes tem sido demonstrado a possível utilização como conservantes naturais
em alimentos e como soluções sanificantes na remoção de biofilmes bacterianos.
Tebaldi (2008) comprovou a atividade biocida das solões detergentes
sanificante de S. aromaticum e S. officinalis preparadas em NaOH 1% sobre
biofilmes formados por P. aeruginosa, podendo seu uso constituir mais um
importante todo de controle desse micro-organismo. Pesquisas de Bussata et
al. (2007) avaliando a ação antimicrobiana do óleo essencial de Origanum
vulgare em linguiça fresca, verificaram que a adição desse à linguiça pode ser
uma alternativa promissora, pois observaram efeitos bacteriostáticos do óleo
diante de Escherichia coli em concentrações inferiores a concentração mínima
inibitória (CMI).
2.6 Bactérias patogênicas encontradas em alimentos
Os alimentos são excelentes substratos para o desenvolvimento de
numerosas espécies e variedades de micro-organismos, por vários fatores
ambientais. Esses micro-organismos podem ser originários de diversas fontes,
como solo, ar, água, manipuladores, trato intestinal de seres humanos e de outros
animais, matérias-primas, equipamentos e utensílios (Forsythe, 2005).
20
A presença de micro-organismos em alimentos tem como consequência
importante a ocorrência de doenças denominadas Doenças Trasmitidas por
Alimentos (DTAs). O Ministério da Saúde, na RDC nº12/2001, define DTA
como uma síndrome originada pela ingestão de alimentos e/ou de água que
contêm agentes etiológicos (biológicos, toxinas, físicos ou substâncias químicas)
em quantidades tais que afetem a saúde do consumidor em nível individual ou
grupo de população (Brasil, 2001; Ridel, 2005).
As DTAs são comuns em nosso país e vêm se tornando a principal
preocupação, do ponto de vista de segurança alimentar, entre consumidores e
agências reguladoras. Muito embora a maioria dos casos seja considerada como
leves e moderados, algumas infeões mais graves podem causar sequelas e a
mesmo óbitos, além dos gastos hospitalares, do afastamento de atividades
profissionais e escolares. (Lira, 2005; Ridel, 2005).
Os micro-organismos causadores de DTAs são divididos em dois tipos:
infecciosos e intoxicantes. O primeiro grupo compreende aqueles que se
multiplicam no trato intestinal humano, enquanto o segundo grupo é formado
por aqueles que produzem toxinas, tanto nos alimentos como durante a sua
passagem no trato intestinal. Assim, para que uma infecção de origem alimentar
ocorra, é necessário que o micro-organismo esteja viável para provocar a
doença; em contrapartida, em toxinoses de origem alimentar, a presença do
micro-organismo viável não é estritamente necessária, pois a toxina pode ser
pré-formada no alimento (Forsythe, 2005; Jay, 2005).
As bactérias o os principais micro-organismos envolvidos nos
processos de contaminações de alimentos, pois atuam sob numerosos tipos de
substratos, sob diferentes faixas de temperatura e de pH, bem como de condições
do meio ambiente. Elas são agentes importantes na etiologia das DTAs de
origem microbiana, sendo responsáveis pelo maior número de surtos e de
mortes, seja como causadoras de infecções ou toxinoses (Sousa, 2003; Jay,
21
2005). Entre as bactérias patogênicas que podem vir a ocasionar DTAs, têm-se
como alguns exemplos Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Listeria
monocytogenes, Pseudomonas aeruginosa e algumas espécies do gênero
Salmonella (Forsythe, 2005; Jay, 2005; Silva et al., 2005).
2.6.1 Staphylococcus aureus
O gênero Staphylococcus pertence à família Micrococcaceae.
Apresentam-se em forma de cocos Gram-positivos, com 0,5 a 1,5 mm de
diâmetro, isoladas ou agrupadas em cachos. o imóveis, anaeróbias
facultativas, não esporulados e suas colônias são relativamente grandes, com 1 a
2 mm de diâmetro. As colônias são opacas, convexas, cremosas e suas cores
variam do branco a vários tons de amarelo, dependendo da espécie. (Jay, 2005;
Kanafania & Fowler Junior, 2006).
Os estafilococos são bactérias oportunistas, vastamente distribuídas na
natureza e fazem parte da microbiota normal da pele e mucosas de mamíferos e
aves. Os Staphylococcus são divididos em duas categorias: coagulase positiva e
coagulase negativa (Andrade, 2008).
O Staphylococcus aureus é um organismo coagulase positivo, oxidase
negativo e aeróbico facultativo; pode crescer em uma ampla margem de
temperatura, tendo como limite mínimo e máximo C e 49°C e a produção de
toxinas ocorre na faixa de 10°C 48°C, mas sua faixa ótima de sua produção é
de 40°C - 45°C (Baird-Parker, 1990; Tortora, 2000).
S. aureus é o patógeno humano mais importante entre os estafilococos.
É encontrado no ambiente externo e em narinas de 20-40% dos adultos, ao passo
que 60% dos humanos podem ser colonizados temporariamente o que aumenta
os riscos de contaminação dos alimentos manipulados, sendo os produtos lácteos
são os principais substratos alimentícios para esse micro-organismo (Bania et al.,
2006).
22
Devido a sua capacidade de produzir infecções em diversos tecidos do
corpo humano, está associado a altas taxas de mortalidade e morbidade. É capaz
de adquirir resistência a antibióticos e de sobreviver em diferentes condições
ambientais, o que o torna um perigoso agente infeccioso no ambiente hospitalar.
Considerando o cenário epidemiológico mundial, este micro-organismo
éconsiderado a terceira causa mais relevante de DTAs. (Saginur & Suh, 2008).
Esee micro-organismo pode produzir diversas toxinas, que são responveis pela
sua patogenicidade. São classificadas em exo e endotoxinas, sendo as principais
exotoxinas produzidas pelos estafilococos as enterotoxinas, que o as
responsáveis pelas toxinoses e as maiores causadoras de surtos de toxinfecção
durante diferentes etapas do processamento dos alimentos. As enterotoxinas
estafilocócicas são termoestáveis, podendo permanecer no alimento mesmo após
o cozimento, favorecendo a ocorrência de intoxicação. (Casey et al., 2007).
A intoxicação alimentar estafilocócica é atribuída à ingestão de toxinas
produzidas e liberadas pela bactéria durante sua multiplicação no alimento,
tornando-se um risco para a saúde pública. O período de incubação da doença
pode variar de 30 minutos a 8 horas; porém, na maioria dos casos, os sintomas
aparecem entre 2 e 4 horas após a ingestão do alimento contaminado. (Stamford
et al., 2006; Fisher et al., 2007).
2.6.2 Escherichia coli
Escherichia coli são bacilos Gram-negativos com diâmetro de 1,1 a 1,5 x
2,0 a 6 µm, pertencentes à família Enterobacteriaceae, não esporulados,
aeróbicos ou anaeróbico facultativos, capazes de fermentar a glicose, produzindo
ácido e gás. o imóveis, porém alguns têm a capacidade de mobilidade, pois
possuem flagelos perítricos. Podem crescer entre pH de 4,4 a 9, mas são
conhecidos pela sua capacidade de tolerar ambientes ácidos, que lhes permitem
23
sobreviver no trato intestinal (International Commission on Microbiological
Specifications for Foods, 2000; Jay, 2005).
A Escherichia coli inclui cepas não patogênicas que têm como habitat o
trato entérico de humanos e animais sadios, e cepas altamente patogênicas,
responsáveis por provocarem surtos de doenças em humanos e animais com
considerável taxa de mortalidade. A presença de cepas não patogênicas em
alimentos e água indica contaminação direta ou indireta de origem fecal, sendo
considerada o indicador clássico da possível presença de micro-organismos
patogênicos (International Commission on Microbiological Specifications for
Foods, 2000; Tortora, 2000; Jay, 2005).
Segundo Kuhnert et al. (2000), os patótipos de E. coli têm sido
classificados como patogênicos de origem entérico e patogênicos
extraintestinais. O primeiro grupo é causador de diarreias em humanos e animais
e o segundo causa infeões do trato urinário e inflamação generalizada causada
por infecção e meningites.
As linhagens de E. coli consideradas patogênicas são divididas em seis
classes, de acordo com os fatores de virulência, manifestações clínicas e
epidemiológicas: EPEC (enteropatogência clássica); EIEC (enteroinvasora);
ETEC (enterotoxigênica); EHEC (entero-hemorrágica), DAEC (difusamente
adesiva) e EAggEC (enteroagregativa) (Nataro & Kaper, 1998).
Pelo o fato de o gado bovino apresentar-se como um portador
assintomático de E. coli patogênica, pode-se explicar a incidência destas cepas
em alimentos elaborados à base de carne, leite não pasteurizado e derivados, e
em vegetais crus e minimamente processados. O leite e derivados podem sofrer
contaminação direta ou indireta por esse micro-organismo (Heuvelink et al.,
1998; Centers for Disease Control and Prevention, 2000; Islam et al., 2005).
24
2.6.3 Listeria monocytogenes
Listeria monocytogenes apresenta-se na forma de bastonetes curtos
Gram-positivos, sendo não formadora de esporos, móveis (com flagelos
peritríquios), catalase positiva, oxidase negativa, halotolerantes, desprovida de
cápsula. É amplamente distribuída na natureza, podendo ser isolada do solo e
fezes de humanos e de outros animais (Adams & Moss, 2004; Jay, 2005).
Apesar de ser frequentemente encontrada em alimentos crus de origem
vegetal e animal, L. monocytogenes também pode ser isolada de alimentos
cozidos devido à contaminação durante o processo industrial. Possui a
capacidade de se multiplicar durante a estocagem sob refrigeração. Entre os
principais alimentos associados á listeriose de origem alimentar, estão o leite cru
ou pasteurizado, queijos, sorvetes, vegetais crus, carnes e derivados, aves, peixes
e frutos do mar (Farber & Peterkin, 1991).
A listeriose é uma doença de origem alimentar atípica, devido à alta
gravidade, de natureza não entérica e longo período de duração. Adquirida pela
ingestão de alimentos contaminados, pode vir afetar principalmente indivíduos
imunodeprimidos, gestantes e recém-nascidos. Manifesta-se por gastroenterites,
meningites, encefalites, infecções transmitidas da gestante para o feto e
septicemias, resultando na morte de 25 a 30% dos casos (Loguercio et al., 2001;
Khelef et al., 2005).
2.6.4 Pseudomonas aeruginosa
O gênero Pseudomonas está amplamente difundido na água e no solo. É
um gênero de micro-organismos que compreende mais de 100 espécies, sendo a
de maior importância a Pseudomonas aeruginosa, por se tratar de um patógeno
secundário e oportunista, com grande capacidade invasiva e toxigênica, podendo
causar várias doenças.
25
Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria gram-negativa, reta ou
ligeiramente curva, não fermentadora, obrigatoriamente aeróbica e móvel por
flagelos polares, oxidase e catalase positivas, que crescem a 37ºC e a 42ºC e
possuem o metabolismo oxidativo, tolera valores de pH relativamente altos e são
capazes de sobreviver em substratos com pequenas quantidades de nutrientes. É
uma bactéria que pode ser isolada do solo, água, plantas e mesmo animais,
incluindo os seres humanos. (Gales et al., 2001; Trabulsi, 2002).
A espécie Pseudomonas aeruginosa tem sido a responsável pela maioria
dos casos de doença infecciosa no homem, como: infecções urinárias e
respiratórias, pneumonias, meningites, endocardites e diversos outros tipos de
infecção, especialmente em indivíduos imunossuprimidos, idosos e criaas
(Mallet, 2007).
2.6.5 Salmonella Cholerasius
O gênero Salmonella pertence à família Enterobacteriaceae e se
apresenta na forma de bacilos, medindo de 0,7-1,5 x 2,0-5µm, Gram negativos,
não produtores de esporos, anaeróbios facultativos, oxidase negativa e catalase
positiva. O organismo apresenta crescimento ótimo a 37ºC, mas foram
observados crescimentos em temperaturas entre 5 e 45°C, sendo o pH 7 ideal,
podendo variar entre 4 e 9, e produz gás a partir de glicose (exceto S. Typhi),
sendo capaz de utilizar o citrato como única fonte de carbono. A maioria das
cepas são veis, apresentando na sua estrutura flagelos peritríquios, exceção
feita à S. Pullorum e à S. Gallinarum, que são imóveis (Franco & Landgraf,
1996).
De acordo com o Centro de Colaboração para Referência e Pesquisa
sobre Salmonella, da Organização Mundial da Saúde (Instituto Pasteur, Paris), o
gênero apresenta duas espécies, S. enterica e S. bongori, que incluem atualmente
2.519 e 22 sorotipos, respectivamente. (Popoff et al., 2004).
26
Salmonella enterica é subdivida em seis subespécies, sendo a subespécie
enterica é a que apresenta a maioria dos mais de 2.500 sorovares identificados e
a que compreende os sorogrupos A a H. Cepas dos sorogrupos A, B, C1, C2, D e
E causam aproximadamente 99% das infecções em humanos e animais de
sangue quente. A Salmonella enterica subsp. Enterica sorotipos Typhimurium e
Enteritidis o os sorotipos predominantes em salmonelose humana (Fernandes
et al., 2006).
As salmonelas podem causar um amplo espectro de doenças em
humanos, variando de febre tifoide, bacteremia, gastrinterite e infecções fecais.
É uma das principais causas de gastrinterite veiculada por alimentos em todo o
mundo, e um importante problema de saúde blica, tanto em países
industrializados como naqueles em desenvolvimento (Payment & Riley, 2002).
A Salmonella enterica causa gastrinterite, diarreia, dores abdominais,
náusea, febre, calafrios e dores de cabeça. A febre tifoide é a mais grave de todas
as doenças causadas por salmonelas, incluindo S. Typhi, S. Parathyphi A e C.
(Kaku et al., 1995; Jay, 2005).
Contudo, Salmonella bongori e as outras subespécies de Salmonella
enterica são raramente isoladas de humanos, sendo geralmente isoladas de
animais de sangue frio e do ambiente (Farmer et al., 1984 apud Maldonado,
2008).
A Salmonella Cholerasuis é uma Salmonella enterica sorovar
Cholerasuis, que faz parte dos sorovares adaptados ao hospedeiro, nesse caso, a
suínos. Essa espécie tem propensão de invadir a corrente sanguínea
(bacteremia), causando febre alta e persistente, dor no tórax, calafrios, sudorese
e vômito, e o estado pode ser passageiro ou crônico (International Commission
on Microbiological Specifications for Foods, 1996; Gray et al., 1996).
27
2.7 Canela-da-índia (Cinnamomum zeylanicum)
Nativa da Ásia, pertecente à família Lauraceae, a Cinnamomum
zeylanicum (sinônimo Cinnamomum verum) é uma árvore perene, com
aproximadamente 12-17 m de altura. É encontrada e conhecida no Brasil como
canela-da-índia e canela-do-ceilão. As folhas de coloração verde-escuras
possuem um formato oval-longo com 7-18 cm de comprimento. As flores são
amarelas e pequenas, transformando-se em uma fruta arroxeada, com
aproximadamente 1cm, produzindo uma única semente (Figura 8) (Koketsu et
al., 1997; Lima et al., 2005).
FIGURA 8 Aspecto geral da espécie canela (Cinnamomum zeylanicum)
A parte comercial da canela constitui-se da parte interna da casca do
tronco e dos ramos, que é amplamente utilizada, com vasto uso mundial na
perfumaria e na culinária. Seu consumo como especiaria está relacionado às suas
propriedades organolépticas (sabor e aroma), que são conferidas pela presença
de compostos químicos, como o aldeído cinâmico, o eugenol, a cânfora e uma
variedade de polifenóis. É muito difundida na culinária ocidental, nas indústrias
de flavorizante, de perfumaria, de bebidas e de alimentos (Lima et al., 2005).
28
Muitas propriedades biológicas têm sido estudadas e atribuídas à canela,
como antioxidantes (Jayaprakasha et al., 2003; Mathew & Abraham, 2006),
antimicrobianas (Chao et al., 2000; Jham et al., 2005; Matan et al., 2006; Freire,
2008; Singh et al., 2007), anti-hipertensiva (Agra et al., 2007) e muitos estudos
passaram a relatar o possível efeito hipoglicemiante dos compostos fenólicos
dessa planta (Subash Babua et al., 2007; Cao et al., 2007).
O óleo essencial da canela pode ser obtido tanto das cascas como das
folhas, mas a composição dos dois é completamente distinta. O óleo obtido da
casca é utilizado na aromatização de alimentos, ao passo que o das folhas, na
cosmética e na aromaterapia (Grossman, 2005).
Koketsu et al. (1997) encontraram no óleo essencial da casca aldeído
cinâmico (55%), seguido do eugenol (12%). Ao analisar as folhas da canela,
encontraram o eugenol (94%) como composto majoritário e traços de aldeído
cinâmico (1%). Freire (2008) encontrou, no óleo essencial da casca, aldeído
cinâmico na proporção de 87,70%, seguido de β e α-pineno.
2.8 Gengibre (Zingiber officinale)
O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta asiática, da família das
Zingiberaceae, herbácea, rizomatosa, perene, possui raízes adventícias e folhas
dísticas, sendo as basilares reduzidas, brácteas florais obovadas, cada uma
envolvendo uma só flor (Figura 9). Os rizomas possuem aroma e sabor
suavemente canforáceo; é cultivada no Brasil com propósito medicinal e
ocasionalmente como ornamental (Lorenzi & Matos, 2002).
O gengibre é amplamente empregado na medicina tradicional, muitos
séculos, para aliviar sintomas como inflamação, doenças reumáticas e
desconfortos gastrintestinais (Pfeiffer et al., 2006). Seus extratos e seus
principais compostos pungentes, os gingeróis, têm mostrado recentemente
variada atividade biológica, incluindo, entre outros, o efeito como agentes
29
antineoplásicos (Jiang et al., 2005), antiespasmódicos e antieméticos (Afazal et
al., 2001), inibidores de enzimas (Tjendraputra et al., 2001), antimicrobianos
(Singh et al., 2008; Soares, 2009), anti-inflamatórios, antioxidantes (Habsah et
al., 2000; Thomson et al., 2002; Jiang et al., 2005; Singh et al., 2008).
De acordo com Sacchetti (2004), o óleo essencial de gengibre tem sido
usado como parte dos ingredientes de alimentos (sabor), bebidas (sabor), higiene
e cosméticos (Aroma) devido ao seu potencial antimicrobiano.
Segundo ICMR Bulettin (2003), o teor médio de óleo essencial nos
rizomas de gengibre varia de 1 a 3%, sendo relatada a presença dos seguintes
constituintes: 1,8-cineol, acetato de geranila, acetato de zingiberol, β-bisaboleno,
β-felandreno, borneol, canfeno, caprilatos de zingiberol, chugaóis, citral,
canfeno, falandreno, gingediol, gingeróis, linalol, zingiberol, zingibereno.
FIGURA 9 Aspecto geral da espécie gengibre (Zingiber officinale)
2.9 Capim-citronela (Cymbopogon nardus)
O capim-citronela (Cymbopogon nardus) é pertencente à família
Poaceae, originária do Ceilão e sul da Índia. No Brasil, é conhecida como
citronela, citronela-do-ceilão, lenabatu-grass e cidró-do-paraguai. É uma erva
perene, cespitosa, de 0,80-1,20 m de altura. As folhas são planas, inteiras,
estreitas, longas, de 0,5-1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face
superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam
30
aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora
(Figura 10) (Castro & Ramos, 2003).
É uma planta muito utilizada para fins de perfumaria, com o intuito de
afastar insetos do lar e de grãos armazenados, como desinfetante do lar e
bactericida laboratorial e como matéria-prima para síntese de outros aromas
(Castro & Ramos, 2003).
Essa planta medicinal e aromática tem crescido em importância no Brasil
devido à grande procura pelo seu óleo essencial, tanto no mercado interno,
quanto para exportação (Rocha et al., 2000). O óleo extraído de suas folhas é
rico em citronelal (aproximadamente 40%) e tem pequenas quantidades de
geraniol, citronelol e ésteres. O citronelol é excelente aromatizante de ambientes
e repelente de insetos, além de apresentar ação antimicrobiana local e acaricida
(Mattos et al., 2000).
Mahalwal & Ali (2002), avaliando a composição química do óleo
essencial de folhas secas do capim-citronela (Cymbopogon nardus), observaram
que o óleo essencial continha 35 componentes, dos quais 29 compunham 92,7%
do óleo e foram totalmente identificados. O óleo continha 16 monoterpenos
(79,8%), nove sesquiterpenos (11,5%) e quatro compostos o terpênicos
(1,4%). Os componentes majoritários encontrados foram citronelal (29,7%),
geraniol (24,2%), γ-terpineol (9,2%) e cis-sabineno hidratado (3,8%), (E)-
nerolidol (4,8%), β-cariofileno (2,2%) e germacren-4-ol (1,5%).
FIGURA 10 Aspecto geral da espécie capim-citronela (Cymbopogon nardus)
31
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Obtenção do material vegetal
As plantas, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale, foram
adquiridas em estabelecimentos comerciais da cidade de Lavras-MG, Brasil, e
Cymbopogon nardus foi coletada no Horto de Plantas Medicinais da UFLA, no
dia 3 de março de 2009, às 8 horas da manhã, um dia ameno e sem precipitação.
A cidade de Lavras localiza-se no sul do estado de Minas Gerais (Brasil),
21º14’S, longitude 45º00’W Gr. e 918 m de altitude. As partes utilizadas das
plantas foram cascas do tronco secas de C. zeylanicum, rizomas de Z. officinale
e folhas frescas de C. nardus.
3.2 Extração do óleo essencial
As extrações foram realizadas no Laboratório de Química Orgânica da
Universidade Federal de Lavras. O todo de extração foi o de hidrodestilação,
utilizando-se o aparelho de Clevenger modificado (Guimarães et al., 2008).
Foram feitas três repetições de cada uma, destilando-se por 2 horas. Decorrido
esse tempo, o óleo foi separado do hidrolato por centrifugação, utilizando uma
centrífuga de bancada de cruzeta horizontal (Fanem Baby®I Modelo 206 BL) a
965,36 x G por 5 min. O óleo foi retirado com o auxílio de uma pipeta de
Pasteur, acondicionado em frasco de vidro e armazenado em freezer.
3.2.1 Determinação da umidade
Paralelamente às extrações, realizou-se o teste de umidade, de acordo
com Pimentel et al. (2006). Utilizaram-se 5g de material vegetal imersos em 80
mL de ciclohexano em balão volumétrico com capacidade de 250 mL, o qual foi
acoplado a um condesador com coletor volumeticamente graduado. O
aquecimento do balão foi realizado por meio de manta aquecedora. Após 2,5
32
horas, o volume de água presente no material vegetal foi quantificado. O
rendimento do óleo essencial foi calculado e expresso em peso de óleo por peso
de material com Base Livre de Umidade (% p/p BLU).
3.3 Identificação e quantificação dos constituintes dos óleos essenciais
A análise qualitativa do óleo essencial foi realizada por cromatografia
em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG/EM - Shimadzu,
modelo QP 5050A), na Universidade Federal de Sergipe, sob as seguintes
condições experimentais: coluna capilar de sílica fundida (30m x 0,25mm) com
fase ligada DB5 (0,25µm de espessura de filme); He como gás de arraste com
fluxo de 1,0 mL/min, a temperatura foi programada mantendo 50ºC por 1,5 min,
seguindo de um aumento de 4ºC/min até atingir 200ºC, depois a 10ºC, até atingir
250°C, mantendo-se constante essa temperatura por 5 min.; temperatura do
injetor: 250ºC e temperatura do detector (ou interface) de 280ºC; o volume da
amostra injetada foi de 0,5µL em acetato de etila; taxa de partição do volume
injetado de 1:100 e pressão na coluna de 64.20 kPa. As condições do
espectrômetro de massas foram: detector de varredura 1.000; intervalo de
varredura de 0,50 fragmento e fragmentos detectados na faixa de 40 a 500 Da.
A identificação dos constituintes foi realizada com base na comparação dos
índices de retenção da literatura (Adams, 2007), Para o índice de retenção, foi
utilizando a equação de Van den Dool e Kratz 1963 em relação à rie homóloga
de n-alcanos (nC
8
-nC
18
) e fazendo extrapolação para C
19
e C
20
. Também foram
utilizadas duas bibiotecas do equipamento NIST107 e NIST21, que pemitem a
comparação dos dados dos espectros com aqueles existentes na bibliotecas.
A análise quantitativa foi realizada no Laboratório de Química Orgânica
da Universidade Federal de Lavras, utilizando-se cromatógrafo gasoso
Shimadzu CG – 17A equipado com detector por ionização de chamas (DIC), nas
seguintes condições experimentais: coluna capilar DB5; programação da coluna:
33
temperatura inicial de 40ºC até 240ºC; temperatura do injetor: 220ºC;
temperatura de detector: 240ºC; gás carreador: nitrogênio (2,2 mL.min
-1
); taxa
de split 1:10; volume injetado: 1 µL (1% de solução em diclorometano) e
pressão na coluna de 115 KPa, sendo a quantificação de cada constituinte obtida
por meio de normalização de áreas (%).
3.4. Atividade biológica dos óleos essenciais
A avaliação da atividade antibacteriana dos óleos essenciais foi realizada
no Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Ciência dos
Alimentos da Universidade Federal de Lavras.
As bactérias utilizadas foram Staphylococcus aureus ATCC 6538,
Listeria monocytogenes ATCC 19117, Escherichia coli ATCC 11229,
Salmonella Cholerasuis ATCC 6539 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442.
3.4.1. Manutenção e ativação das culturas bacterianas
Durante o experimento, os micro-organismos foram mantidos, em
eppendorfs contendo meio de congelamento, sob refrigeração (4ºC) (Tebaldi,
2008).
Para ativação das culturas, as cepas foram repicadas em caldo-infusão de
cérebro e coração (BHI), e ficaram incubadas a 37ºC por 24 horas. Após a
ativação, foram realizados os plaqueamentos em meios específicos para cada
espécie.
3.4.2. Efeito inibitório dos óleos essenciais sobre bactérias
3.4.2.1. Teste de Difusão Cavidade em Ágar
As bactérias foram repicadas em caldo BHI, e ficaram incubadas a 37ºC
por 24 horas. Posteriormente, alíquotas desse meio foram transferidas para um
tubo com 5 mL de caldo de soja triptica (TSB). Os tubos foram incubados a
34
37ºC, até alcançar a turbidez de uma solução-padrão McFarland de 0,5,
resultando em uma suspeno contendo 10
8
UFC.mL
-1
. As leituras de turbidez
foram realizadas utilizando espectrofotômetro (Shimadzu UV-160 1 PC), no
comprimento de onda de 625 nm (National Committee For Clinical Laboratory
Standards, 2003).
A concentração de inóculo obtida pela escala McFarland de 0,5
(10
8
UFC.mL
-1
) foi diluída até atingir a concentração de 10
6
UFC.mL
-1
, sendo, em
seguida, transferida para o meio de cultura TSA, para as espécies Listeria
monocytogenes, e para as demais espécies, transferida para o Ágar Mueller-
Hinton. O ágar no qual foi inoculada a cultura bacteriana foi depositado sobre
uma camada do mesmo ágar onde foram feitos os poços de deposição do óleo
com o auxílio de pérolas de vidro. Esses foram preenchidos com 10 µL das
concentrações (500; 250; 125; 62,5; 31,25; 15,62; 7,81; 3,90, 1,95 e 0 µg.mL
-1
)
do óleo essencial diluídos em dimetilsulfóxido (DMSO). As placas foram
incubadas em BOD 37ºC por 24 horas e medidos os diâmetros dos halos de
inibão formados. Foram realizadas três repetições para cada tratamento, uma
testemunha relativa com a aplicação de 10 µL de DMSO; como padrão de
comparação, utilizou-se uma solução de 100 µg.mL
-1
do antibiótico
Cloranfenicol (CL) (Ogunwande et al., 2005).
A partir dos diâmetros obtidos, que evidenciaram a sensibilidade do
micro-organismo, pode-se avaliar o perfil de sensibilidade das bactérias em
diferentes concentrações dos óleos essenciais. A concentração inibitória mínima
(CMI) foi definida como a menor concentração de óleo essencial em que ocorreu
a presença de halo de inibição.
3.4.3 Análise estatística
O delineamento de blocos inteiramente casualizados (DIC) foi feito com
o esquema fatorial de 5x 3 x 10 (bactérias x óleo essencial x concentrações),
35
com três repetições. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR (Ferreira,
2003). Os dados foram submetidos à análise de variância e as dias
comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
3.5. Atividade antioxidante
3.5.1 Sistema β-caroteno/ácido linoleico
Em um balão de fundo redondo, foram adicionados 60 µL de ácido
linoleico, 600 mg de Tween 20 e 75 µL de uma solução clorofórmica de β-
caroteno á 2 mg.mL
-1
. Eles foram dissolvidos em 1,5 mL de clorofórmio que,
posteriormente, foi retirado utilizando rota-evaporador (Büchi Rotavapor R114)
a 50ºC. Após a remoção do clorofórmio, o resíduo foi dissolvido com 150 mL de
água destilada oxigenada sob vigorosa agitação.
Alíquotas de 2,8 mL dessa emulsão foram transferidas para tubos de
ensaio e, em seguida, foram adicionadas 0,2 mL das diluições do óleo essencial
em metanol, atingindo as seguintes concentrações: 5, 10, 25, 50, 100 e 200
µg.mL
-1
, sendo o controle composto apenas de metanol. A absorbância foi
medida imediatamente em espectrofotômetro (Shimadzu UV-160 1 PC) a 470
nm.
Os tubos foram incubados a 50ºC para a reação de oxidação e a leitura
da absorbância foi medida em um intervalo de 60 minutos. Todas as leituras
foram realizadas em triplicata.
De acordo com Kulisic et al. (2004), a atividade antioxidante foi
expressa como porcentagem de inibição após 60 minutos de incubação
utilizando a equação 1 :
AA = 100. (Dr
c
- Dr
s
)/Dr
c
Em que:
36
AA = Porcentagem de inibição;
Dr
c
= Razão de degradação do controle [(ln(a/b)/60];
Dr
s
= Razão de degradação na presença da amostra [(ln(a/b)/60];
a = Absorbância no tempo zero;
b = Absorbância no tempo 60 minutos.
Para a obtenção da CI
50
, foram
plotados gráficos como os valores de %I
da degradação do β-caroteno versus as concentrações analisadas.
Para fins de comparação, foram testados os padrões timol e ácido
ascórbico, por possuírem atividade antioxidante reconhecida. A curva
analítica foi construída utilizando as mesmas concentrações dos óleos essenciais.
3.5.1.1 Análise estatística
O delineamento de blocos inteiramente casualizados (DIC) foi feito com
o esquema fatorial de 2 x 3 x 6 (padrões x óleo essencial x concentrações), com
três repetições. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR (Ferreira, 2003).
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
3.5.2. Método de sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazila)
Foi preparada uma solução metanólica de DPPH na concentração de 40
µg.mL
-1
. Os óleos essenciais foram diluídos em metanol nas concentrações (500;
300; 100; 50; 25; 10; 5 µg.mL
-1
). Para a avaliação, foram adicionados em um
tudo de ensaio 2,7 mL da solução-estoque de DPPH, seguido da adição de 0,3
mL da solução de óleo essencial. Paralelamente, foi preparado o branco,
contendo todos os reagentes, com exceção do óleo essencial. Após 60 minutos,
foram realizadas leituras em espectrofotômetro (Shimadzu UV-160 1 PC) no
37
comprimento de onda de 515 nm (Tepe et al., 2005). A atividade antioxidante
foi calculada como porcentagem de DPPH inibido, empregando a equação 2:
%I = 100 – [(DPPH
am
/DPPH
bran
)/100]
Em que:
DPPH
am
: concentração de DPPH na concentração da amostra analisada;
DPPH
bran
: concentração de DPPH do branco.
Para a obtenção da CI
50,
foram
plotados gráficos como os valores de %I
do DPPH versus as concentrações analisadas.
Para fins de comparação, foram testados os padrões timol, ácido
ascórbico, por possuírem atividade antioxidante reconhecida. A curva
analítica foi construída utilizando as concentrações 50; 25; 10; 5; 2,5; g.mL
-1
para o ácido ascórbico e, para o timol utilizaram-se as mesmas concentrações
dos óleos essenciais.
3.5.2.1 Análise estatística
O delineamento de blocos inteiramente casualizados (DIC) foi feito com
o esquema fatorial de 2 x 3 x 7 (padrões x óleo essencial x concentrações), com
três repetições. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR (Ferreira, 2003).
Os dados foram submetidos á análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Rendimento
Os teores de óleos essenciais das espécies estudadas eso apresentados
na Tabela 1.
TABELA 1 Rendimentos dos óleos essenciais de Cymbopogon nardus,
Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale
Planta Massa
(g)
Umidade (%) Óleo essencial
(% p/p BLU)
C. nardus (Citronela) 300 65,33 2,43
C. zeylanicum (Canela)
500 8,67 0,43
Z. officinale (Gengibre) 960 78,00 0,46
* BLU – Base livre de umidade.
Pelos dados da Tabela 1, observa-se que os rendimentos dos óleos
essenciais foram de 2,43% para as folhas de capim-citronela, 0,43% para cascas
do tronco de canela e 0,46% para os rizomas de gengibre. Castro et al. (2007),
pesquisando o óleo essencial de capim-citronela, encontraram 1,15% de
rendimento, valor muito inferior ao encontrado nesse estudo. De acordo com
Blank et al. (2007), mudanças sazonais apresentaram efeito significativo sobre o
rendimento dos óleos essenciais e, no caso do capim-citronela, foi observado
um rendimento máximo de seu óleo essencial às 9 horas durante o verão,
inverno e primavera.
Koketsu et al. (1997) obtiveram 0,27% de rendimento do óleo essencial
de canela, valor inferior ao encontrado neste estudo. Contudo, Freire (2008),
estudando a mesma espécie, obteve um rendimento de 0,7%, valor superior ao
deste trabalho, e 7% de umidade. Dados da literatura mostram que o rendimento
de óleo essencial de C. zeylanicum varia de 0,2 a 2,0% nas cascas e de 0,7 a
1,2% nas folhas (Guenther, 1950; Purseglove et al., 1981).
39
Pesquisadores avaliando a eficiência de diversos processos com base
nos rendimentos do óleo essencial de gengibre, encontram 1,9% de óleo
essencial em base seca, valor muito superior ao encontrado neste trabalho;
porém, ambos os resultados compreendem a faixa de valores reportados na
literatura que oscilam entre 0,2 e 2,7% (Pereira et al., 2007). Em relação à
umidade, os mesmos autores observaram que os rizomas in natura de gengibre
continham, em média, 87% de umidade, valor próximo ao encontrado neste
trabalho.
Segundo Burt (2004), essas variações podem ser atribuídas a diferenças
de época de colheita, tipo de solo, clima da região, tempo de secagem e umidade
relativa do ar no dia da colheita.
4.2 Identificação e quantificação dos constituintes dos óleos essenciais
4.2.1 Cymbopogon nardus (Capim-citronela)
Pelos dados descritos na Tabela 2, observa-se que foram identificados 17
constituintes presentes no óleo essencial de Cymbopogon nardus, sendo os
componentes majoritários os monoterpenos acíclicos, citronelal (47,12%),
geraniol (18,56%) e citronelol (11,07%) (Figura 11).
Oliveira et al. (2010), estudando o óleo essencial de C. nardus,
encontraram, como componentes majoritários, citronelal (34,60%), geraniol
(23,17%) e citronelol (12,09%), corroborando com os dados deste trabalho;
porém, os constituintes minoritários, como o β-elemeno, δ-cadineno, α-
muuroleno e neo-isopulegol não foram encontrados neste estudo. Anteriormente,
Malele et al. (2007), avaliando a composição do óleo essencial de capim-
citronela encontraram resultados diferentes daqueles encontrados neste estudo.
Observaram a presença de linalol (27,4%), citronelol (10,9%), geraniol (8,5%),
cis-calameneno (4,3%), β- elemeno (3,9%), entre outros compostos. Como
citado anteriormente, a composição e a concentração dos componentes dos óleos
40
essenciais de plantas de mesma espécie podem variar devido a fatores
ecológicos e as condições edafoclimáticas. De acordo com Marco et al. ( 2007),
os componentes do óleo essencial de citronela são afetados pela época de coleta
e espaçamento entre as plantas. Seus resultados mostram que o teor de geraniol
foi superior em plantas colhidas quatro meses após o plantio; porém, não houve
influência do espaçamento e de altura de corte sobre ele, concordando, assim,
com os resultado obtidos por Blank et al. (2007), que reportaram que os
componentes do óleo essencial de citronela foram alterados conforme a estação
do ano e secagem, mas não variaram pelo horário de colheita.
TABELA 2 Composição química do óleo essencial das folhas de Cymbopogon
nardus
Compostos TR IKt IKc %
1 Limoneno 8,133 1029 1031 2,88
2 Linalol 10, 707 1095 1102 0,71
3 Isopulegol 12,584 1149 1152 0,96
4 Citronelal 12,979 1153 1158 47,12
5 Citronelol 16,185 1125 1230 11,07
6 Geraniol 17,375 1252 1255 18,56
7 Geranial 17,977 1267 1271 0,75
8 Acetato de citronelila 21,671 1352 1350 1,56
9 Eugenol 21,789 1359 1357 0,69
10 Acetato de geranila 22,996 1381 1379 2,59
11 Β-elemeno 23,395 1390 1392 0,80
12 Germancreno D 27,192 1485 1486 1,14
13 δ- cadineno 28,966 1523 1522 0,92
14 Elemol 30,016 1549 1554 4,04
15 Germancreno D-4-ol 31,084 1575 1583 0,96
16 Epi-α-muurolol 33,713 1642 1651 0,74
17 7-epi-α-eudesmol 34,214 1663 1663 1,64
Total identificado 97,13%
*TR= tempo de retenção (minutos), IKt = índice de Kovats tabelado (Adams,
2007), IKc = índice de Kovats calculado, %= porcentagem do componente.
41
CHO
(a) (b)
CH
2
OH
(c)
CH
2
OH
FIGURA 11 Estruturas químicas dos compostos majoritários presentes no óleo
essencial de Cymbopogon nardus. (a) Citronelal, (b) Citronelol e
(c) Geraniol.
4.2.2 Cinnamomum zeylanicum (Canela)
No óleo essencial da casca seca de Cinnamomum zeylanicum, foram
identificados 14 constituintes (Tabela 3), sendo os fenilpropanóides (E)-
cinamaldeído (77,72%), acetato de (E)-cinamila (5,99%) e o monoterpenoide
1,8-cineol (4,66%) (Figura 12) encontrados como componentes majoririos.
Pesquisas de Singh et al. (2007) com C. zeylanicum verificaram a
presença de 13 componentes no seu óleo essencial, sendo o (E)-cinamaldeído
(97,7%) encontrado como o principal componente, seguido do δ-cadineno
(0,9%), α-copaeno e (0,8%) e α-amorfeno (0,5%). Posteriormente, Freire (2008),
estudando a composição do óleo essencial da casca seca de canela encontrou
apenas três compostos, aldeído cinâmico (87,70%), α-pineno (7,98%) e β-pineno
(4,23%). Esses dados concordam com os obtidos neste estudo em relação ao
elevado teor de (E)-cinamaldeído na composição do óleo essencial das cascas de
canela.
Em estudos realizados com outras partes da planta, Lima et al. (2005)
encontraram 23 constituintes no óleo essencial das folhas de canela, dos quais o
eugenol apresentou-se como o componente majoritário (60%). No óleo essencial
dos galhos, foram identificados 36 compostos, com predominância dos
monoterpenos α- e β-pineno (9,9%; 3,5%), α-felandreno (9,2%), ρ-cimeno
42
(6,2%), limoneno (7,9%), linalol (10,6%); dos sesquiterpenos α-copaeno (3,3%),
(β)-cariofileno (6,7%), óxido de cariofileno (3,1%) e dos alilbenzenos (E)-
cinamaldeído (7,8%) e acetato de (E)-cinamila (9,7%). Anteriormente,
Jayaprakasha et al. (2003), avaliando a composição do óleo essencial dos galhos,
verificaram a presença de hidrocarbonetos (44,7%) e compostos oxigenados
(52,6%). Esses pesquisadores identificaram 27 compostos que constituem
95,98% do óleo essencial, sendo o acetato de (E)-cinamila (36,59%) e (E)-
cariofileno (22,36%) os compostos majoritários. Esses estudos comprovam que
a parte da planta escolhida tem grande importância no que se refere ao teor e
composição do óleo essencial.
TABELA 3 Composição química do óleo essencial da casca de Cinnamomum
zeylanicum
Compostos TR IKt IKc %
1 α-pineno 5,365 933 939 2,03
2 Canfeno 5,747 954 950 1,13
3 Benzaldeído 5,974 960 965 0,51
4 β-pineno 6,508 979 979 0,91
5 Limoneno 8,107 1029 1031 0,77
6 1,8-cineol 8,201 1031 1035 4,66
7 Linalol 13,174 1095 1101 0,99
8 Borneol 13, 402 1169 1178 0,70
9 Terpinen-4-ol 13,895 1177 1184 1,18
10
α-terpineol 14,464 1188 1199 1,73
11
(Z)- Cinamaldeído 15,640 1219 1225 0,57
12
(E)- Cinamaldeído 18,159 1270 1288 77,72
13
Acetato de bornila 18,702 1288 1290 1,11
14
Acetato de (E)-cinamila 25,560 1446 1451 5,99
Total identificado 100%
* TR= tempo de retenção (minutos), IKt = índice de Kovats tabelado (Adams,
2007), IKc = índice de Kovats calculado, %= porcentagem do componente.
43
O
(a)
O O
(b)
C
H
O
(c)
FIGURA 12 Estruturas químicas dos compostos majoritários presentes no óleo
essencial de Cinnamomum zeylanicum. (a) 1,8-Cineol, (b) Acetato
de (E)-cinamila e (c) Aldeído cinâmico.
4.2.3 Zingiber officinale (Gengibre)
Na Tabela 4, estão descritos os constituintes encontrados no óleo
essencial de Zingiber officinale, sendo os compostos majoritários os
monoterpenos oxigenados, geranial (25,06%), neral (16,47%), 1,8-cineol
(10,98%), geraniol (8,51%) e acetato de geranila (4,19%) e o monoterpeno
bicíclico, canfeno (4,30%) (Figura 13).
Foram identificados 57 compostos no óleo essencial de gengibre por
Singh et al. (2008), representando 92,7% da composição total do óleo, sendo
geranial (25,9%), α-zingibereno (9,5%), (E,E)-α-farneseno (7,6%), neral (7,6%)
e ar-curcumeno (6,6%) encontrados como componentes majoritários. Eses dados
corroboram com aqueles encontrados neste trabalho para os compostos
majoritários (geranial e neral); porém, os demais constituentes foram diferentes.
Soares (2009), em seus estudos relacionados à composição do óleo
essencial de gengibre, encontrou como compostos majoritários geranial (20,
92%), nerol (14,34%), sabineno (9,08%), α-zingibereno (8,04%), resultados
diferentes ao deste estudo, exceto pela presença do geranial. Sacchetti et al.
(2004), analisando o óleo essencial de gengibre cultivado na Amazônia
44
equatorial, observaram a presença de zingibereno (23,9%), β-bisaboleno
(11,4%) e β-sesquifelandreno (10,9%) como compostos majoririos, compostos
que foram identificados neste estudo, porém, em teores minoritários.
TABELA 4 Composição química do óleo essencial dos rizomas de Zingiber
officinale
Compostos TR IKt IKc %
1
2-heptanol 4,492 896 902 2,03
2 α- pineno 5,376 939 933 1,30
3 Canfeno 5,765 954 951 4,32
4 β-pineno 6,703 979 979 0,25
5 6-metil-5-hepten-2ona 6,869 985 986 0,65
6 Mirceno 8,146 990 990 1,32
7 1,8-cineol 8,223 1031 1036 10,98
8 2-nonanona 8,519 1090 1093 0,51
9 Linalol 10,698 1098 1102 1,80
10 Citronelal 12,856 1153 1154 0,73
11 Borneol 13,421 1169 1177 1,11
12 (E) Isocitral 14,111 1180 1182 0,49
13 Citronelol 16,163 1225 1232 2,85
14 Neral 16,747 1238 1246 16,47
15 Geraniol 17,345 1252 1258 8,51
16 Geranial 18,107 1267 1277 25,06
17 2-hundecanona 21,664 1294 1295 0,60
18 Acetato de geranila 22,999 1381 1380 4,19
19 Ar-curcumeno 27,234 1480 1483 0,55
20 α-zingibereno 27,801 1493 1497 2,19
21 E-E-α-farneseno 28,340 1505 1505 1,37
22 β-sequifelandreno 28,976 1522 1527 1,07
Total identificado
93,24%
*TR= tempo de retenção (minutos), IKt = índice de Kovats tabelado (Adams,
2007), IK = índice de Kovats calculado, %= porcentagem do componente.
45
O
O
(a)
(d)
O
(b)
OH
(c)
(e)
O
O
(f)
FIGURA 13 Estruturas químicas dos compostos majoritários presentes no óleo
essencial de Zingiber officinale.(a) Neral, (b) Geranial, (c) Geraniol,
(d) 1,8-Cineol, (e) Canfeno e (f) Acetato de geranila.
Realizando estudos relacionados com a composição do óleo essencial de
dois genótipos diferentes de gengibre, o Paulista e o Japonês, Dabague et al.
(2007) encontraram composição similar para ambos os genótipos. No Paulista
foi identificado o acetato de geranila (13,99%), geranial (13,87%), zingibereno
(10,67%) e β-bisaboleno (7,81%) e, no Japonês, foram encontrados o acetato de
geranila (15,95%), geranial (15,66%), zingibereno (10,98%) e β-bisaboleno
(8,46%).
4.3 Atividade antibacteriana
Os valores das concentrações mínimas inibitórias (CMIs) dos óleos
essenciais obtidas no experimento para as bactérias em estudo estão expressas na
Tabela 5. Na qual se verifica que os óleos essenciais estudados apresentaram
efeito inibitório satisfatório, tanto para bactérias Gram-positivas como bactérias
46
Gram-negativas, sendo as bactérias Gram-negativas as que apresentaram valores
de CMI maiores que as Gram-positivas. É possível observar também que entre
os micro-organismos testados, a espécie E. coli apresentou-se como a mais
resistente, pois não foi constatado efeito inibitório dos óleos essenciais de C.
nardus e Z. officinale sobre esse micro-organismo nas concentrações avaliadas.
Sabe-se que, na maioria das vezes, bactérias Gram-negativas o menos
sensíveis aos óleos essenciais que bactérias Gram-positivas, pois a parede
celular das Gram-negativas é rica em polissacarídeos, o que inibe a penetração
das substâncias antimicrobianas (Burt, 2004; Ceylan & Fung, 2004).
Tabela 5 Concentração mínima inibitória dos óleos essenciais de Cymbopogon
nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale encontrada para
os micro-organismos Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Listeria
monocytogenes, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella Cholerasuis.
CMI (µg/mL)
Bactéria Gram C.
nardus
C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO CL
S. aureus
ATCC 25923
+ 31,25 7,81 7,81 NI
100
L.
monocytogenes
ATCC 19117
+ 31,25 7,81 15,2 NI 100
E. coli
ATCC 11229
- NI 15,62 NI NI 100
P. aeruginosa
ATCC 25853
- 250,0 7,81 62,5 NI 100
S. Cholerasuis
ATCC 6539
- 125,0 15,62 15,62 NI 100
*NI: não ocorreu inibição, CL: Cloranfenicol, DMSO: dimetilsulfóxido.
47
(a)
(b) (c)
(d) (e)
FIGURA 14 Fotografias do último dia de experimento para a avalição do efeito
inibitório do óleo Cinnamomum zeylanicum sobre (a) Escherichia
coli, (b) Listeria monocytogenes, (c) Staphylococcus aureus, (d)
Pseudomonas aeruginosa e (e) Salmonella Cholerasuis.
48
A técnica de difusão em ágar é a mais utilizada entre as várias técnicas
de determinação de atividade antimicrobiana de óleos essenciais. Por meio dela
é possível avaliar o grau de inibição do crescimento microbiano. A eficiência do
óleo é determinada pelo tamanho da zona de inibição formada na superfície, em
volta da cavidade ou disco (Mondello et al., 2003; Kalemba & Kunicka, 2003).
Assim, a eficiência do óleo pode ser determinada principalmente pela diferença
do tamanho do halo formado.
Apesar de os óleos essenciais apresentarem dificuldade de se difundir
uniformente pelo meio de cultura devido à sua natureza hidrofóbica, a sua alta
volatilidade contribui para a formação de halos de inibição, tornando a técnica
de difusão em ágar um método válido na determinação da atividade
antimicrobiana (Lambert et al., 2001; Inouye et al., 2006).
Entre os óleos essenciais avaliados, o óleo de capim-citronela
apresentou-se menos eficiente. Brugnera (2008), avaliando o perfil de
sensibilidade de bactérias patogênicas de alimentos frente ao óleo essencial de
capim-citronela, encontrou como CMI 3,91 µL.mL
-1
para E. coli, 7,81 µL.mL
-1
S. aureus, 31,25 µL.mL
-1
L. monocytogenes e 3,91 µL.mL
-1
P. aeruginosa.
Todos os valores encontrados pelo autor foram inferiores aos encontrados neste
estudo. Anteriormente, Oussalah et al. (2006), estudando o efeito
antimicrobiano de vários óleos essenciais, observou que o óleo essencial de
citronela (Vietnam) apresentou valores de CMI de 8,0; 4,0 e 0,5 µg.mL
-1
, para E.
coli, L. monocytogenes S. Thyphimurium e S. aureus, respectivamente. A
diferença na atividade antimicrobiana pode ter ocorrido devido às diferenças na
composição dos óleos essenciais, no diluente utilizado, na cultura de referência e
na concentração de células.
Em relação ao efeito do óleo essencial de gengibre no controle de
bactérias patogênicas encontradas em alimentos, Singh et al. (2008),
empregando otodo de difusão cavidade em ágar, não observou halos de
49
inibão para E. coli e S. aureus; resultados similares foram encontrados neste
estudo para E. coli.
Goñi et al. (2009), avaliando o efeito antimicrobiano dos vapores
gerados pelo óleo essencial de canela, em testes de difusão de vapor, encontram
os seguinte valores de CMI : 18 µg.mL
-1
para E. coli, 136 µg.mL
-1
para
S.
choleraesuis, 54 µg.mL
-1
para L. monocytogenes, 36 µg.mL
-1
para S. aureus,
não observando inibição para P. aeruginosa. Esses valores são maiores que os
encontrados neste trabalho e essa diferença pode ser atribuída à diferença da
cnica e à composição da atmosfera que continha 67,12% de eugenol.
De acordo com Dorman et al. (2000), as estruturas químicas dos
componentes individuais do óleo essencial afetam seu modo de ação e a
atividade antibacteriana. Kalemba & Kunicka (2003), verificaram que a
atividade antibacteriana dos óleos essenciais ocorre da seguinte forma: os
fenólicos são mais ativos, seguido de aldeídos, cetonas, álcoois e, finalmente,
éteres. Estudos de Velluti et al. (2003) indicam que a atividade antimicrobiana
dos compostos hidroxilados dos óleos podem estar relacionadas com as ligações
de hidrogênio, que possivelmente interagem com sítios ativos das enzimas
bacterianas. Entretanto, o mecanismo de ação dos terpenos não é completamente
esclarecido; sabe-se que está relacionado com a ruptura da membrama
plasmática, devido ao caráter lipofílico (Cowan, 1999).
Os óleos essenciais de gengibre e capim-citronela monstraram-se ricos
em monoterpenoides. Segundo Sikkema et al. (1995), o mecanismo de ação
desses envolve principalmente efeitos xicos à estrutura e à função da
menbrana celular. Como eles são hidrofóbicos, provavelmente deslocam-se da
fase aquosa em direção às estruturas da membrana. O acúmulo dos constituintes
dos óleos essenciais na bicamada lipídica da membrana citoplasmática irá
conferir a ela uma característica de permeabilidade, promovendo a dissipação da
força próton motiva, redução do pool de ATP, do pH interno e do potencial
50
elétrico, e a perda de íons como potássio e fosfato. Esses danos na membrana
levam ao comprometimento das suas funções (Sikkema et al., 1994; Bakkali, et
al., 2008).
Muitos álcoois terpênicos foram identificados na composição dos óleos
essenciais de gengibre e capim-citronela, como citronelol, geraniol, α-terpineol e
o linalol. Dorman et al. (2000) inferem que álcoois agem como desidratantes,
solventes e desnaturando proteínas.
Dos óleos em estudo, o óleo essencial de canela foi o mais efetivo na
inibão do crescimento bacteriano e esse resultado pode estar relacionado com a
presença do componente majoritário aldeído cinâmico em elevada concentração
(77,72%), quando comparada com as outras plantas estudadas. De acordo com
Kalemba & Kunicka (2003), aldeídos possuem maior atividade antimicrobiana,
quando comparados com álcoois. De acordo com Burt (2004), o mecanismo de
ação seria, portanto, semelhante a outros aldeídos, que é normalmente
considerado como os danos a lipídios e proteínas, a perturbação da membrana
citoplasmática, interrompendo a força próton motiva, o fluxo de elétrons ativos
de transporte e de coagulação do conteúdo da célula. Nas pesquisas de Helander
et al. (1998), embora o cinamaldeído tenha sido capaz de inibir o crescimento
de E. coli O157: H7 e S. typhimurium em concentrações semelhantes às do
carvacrol e timol, ele não desintegrou a membrana externa ou esgotou o pool de
ATP intracelular. Acredita-se que o grupo carbonila seja capaz de se ligar às
proteínas, impedindo a ação das aminoácido-decarboxilases em Enterobacter
aerogenes (Wendakoon & Sakaguchi, 1995).
4.4 Atividade Antioxidante
Pelo todo β-caroteno/ácido linoleico, os óleos essenciais em estudo
apresentaram atividade antioxidante, sendo o óleo essencial de C. nardus (CI
50
20,65 µg.mL
-1
) o que se presentou mais eficiente, seguido de C. zeylanicum e
51
Z. officinale. Entre os padrões testados, o timol (CI
50
20,80 µg.mL
-1
) mostrou-se
mais eficiente que o ácido ascórbico (Tabela 6).
Tabela 6 Atividade antioxidante dos óleos essenciais de Cymbopogon nardus,
Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale e dos padrões Timol,
Ácido asrbico pelo teste β-caroteno/ácido linoleico e pelo método de
sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazila)
Métodos β-caroteno/ácido
linoleico
DPPH
Componentes CI
50
(µg.mL
-1
) CI
50
(µg.mL
-1
)
C. nardus 20,65 517,40
C. zeylanicum 303,56 NI
Z. officinale 60,32 NI
Timol 20,80 45,43
Ácido Ascórbico 55,72 3,32
*CI
50
= Concentração de inibição de 50% NI = não apresentou inibição.
O todo de oxidação do β-carotenocido linoleico avalia a atividade
de inibição de radicais livres gerados durante a peroxidação do ácido linoleico.
O todo está fundamentado em medidas espectrofotométricas da descoloração
(oxidação) do β-caroteno induzida pelos produtos de degradação oxidativa do
ácido linoleico, determinando, assim, a atividade do óleo essencial de proteger
um substrato lipídico da oxidação. Esse teste simula a oxidação dos
componentes da membrana lipídica na presença de antioxidantes no interior das
células, e mede também a capacidade de inibir a formação de dienos conjugados
de hidroperóxido resultantes da oxidação do ácido linoleico. (Tepe et al., 2005).
O todo β-caroteno/ácido linoleico pode ser especialmente útil para as
investigações de antioxidantes lipofílicos e é apropriado para a investigação da
atividade antioxidante de óleos essenciais. Por outro lado, se compostos polares,
como o ácido ascórbico, fossem testados apenas por ele, seriam considerados
como antioxidantes fracos (Kulisic et al., 2004). Esse fato explica a menor
eficiência do ácido ascórbico, quando comparado com o timol.
52
De acordo com Ruberto & Barata (2000), fenóis o antioxidantes
eficientes, assim, as moléculas de timol e carvacrol são, de fato, responsáveis
pela atividade antioxidante de muitos óleos essenciais que os contêm. Os álcoois
são considerados como a segunda classe de monoterpenos oxigenados, que
compõem os óleos essenciais, mais ativas quanto à atividade antioxidante, com
ligeira predominância dos alcoóis alílicos, como o geraniol. Comparando esses
resultados com aqueles encontrados neste trabalho, pode-se explicar a grande
atividade antioxidante do padrão timol e do óleo de capim-citronela, que possui
como composto majoritário o citronelal, o geraniol e o citronelol, diante do óleo
de canela, que possui como majoritário o aldeído cinâmico, do óleo gengibre,
que é composto majoritariamente pelos aldeídos geranial e neral e do padrão
ácido ascórbico.
O todo de radicais livres está baseado no descoramento de uma
solução composta por radicais estáveis DPPH• de cor violeta, quando esse é
adicionado a substâncias que podem ceder um átomo de hidrogênio, essa técnica
baseia-se na transferência de elétrons de um composto antioxidante para um
oxidante (Huang et al., 2005; Tepe et al., 2005).
Entre os óleos essenciais em estudo, o que apresentou maior atividade
antioxidante pelo teste do DPPH foi o óleo de citronela (CI
50
517,40 µg.mL
-1
),
não foi observada atividade antioxidante significativa para os óleos essenciais de
canela e gengibre; porém, entre os padrões avaliados, o ácido ascórbico (CI
50
3,32 µg.mL
-1
) mostrou-se mais eficiente que o timol (Tabela 6). De acordo com
Mata et al. (2007), devido à baixa solubilidade do óleo essencial e seus
compostos nas condições do experimento, esse teste o deve ser aplicado para
óleos essenciais.
A atividade antioxidante dos óleos essenciais de capim-citronela, cravo-
da-índia e palmarosa foi evidenciada por Scherer et al. (2009), pelo todo de
DPPH. Eles observaram que o óleo de cravo-da-índia apresentou uma forte
53
atividade antioxidante, provavelmente por apresentar como composto
majoritário o eugenol (83,7%), um fenilpropanoide hidroxilado como
componente majoritário. Nas amostras de citronela, tendo como componentes
majoritários o citronelal (45%), geraniol (20,71%) e citronelol (14,49%), e
palmarosa contendo geraniol (80)%, e o acetato de geranila (12%), não foi
observada atividade antioxidante significativa.
Singh et al. (2007), avaliando o potencial antioxidante de óleos voláteis e
oleoresina de Cinnamomum zeylanicum Blume (folhas e casca), utilizando a
cnica de DPPH verificaram 52% de inibição do óleo essencial de canela a uma
concentração deL.L
-1
.
Estudos de Beal (2006) foram realizados para avaliar o poder
antioxidante de extratos de gengibre pelo sistema β-caroteno/ácido linoleico.
Nesse estudo, foram identificados e quantificados os compostos fenólicos
presentes nas frações do gengibre: ácidos fenólicos livres, ésteres solúveis e
insolúveis. Pelos resultados obtidos, verificou-se que as frações de ácidos
fenólicos do gengibre apresentaram considerável atividade antioxidante e
significativo conteúdo de fenólicos totais, e uma alta correlação entre esses dois
índices também pôde ser observada. Entre os ácidos fenólicos identificados nas
frações, o ácido salicílico foi predominante, mas sua contribuição para a
capacidade antioxidante total das frações pode ser dependente da presença de
outros ácidos fenólicos da amostra.
54
5 CONCLUSÃO
Os constituintes majoritários encontrados no óleo essencial de
Cymbopogon nardus foram os monoterpenos acíclicos, citronelal (47,12%),
geraniol (18,56%) e citronelol (11,07%); no óleo essencial da casca seca de
Cinnamomum zeylanicum, foram identificados os fenilpropanoides (E)-
cinamaldeído (77,72%), acetato de (E)-cinamila (5,99%) e o monoterpenóide
1,8-cineol (4,66%) como componentes majoririos; e no óleo essencial de
Zingiber officinale, foram os monoterpenos oxigenados geranial (25,06%), neral
(16,47%), 1,8-cineol (10,98%), geraniol (8,51%) e acetato de geranila (4,19%) e
o monoterpeno bicíclico, canfeno (4,30%).
Os óleos essenciais apresentaram atividade antibacteriana satisfatória,
tanto para bactérias Gram-negativas como para Gram-positivas, com exceção da
espécie E. coli, que apresentou-se como a mais resistente, pois não foi
constatado efeito inibitório dos óleos essenciais de C. nardus e Z. officinale.
A atividade antioxidante foi evidenciada pelo teste β-caroteno/ácido
linoleico para C. nardus com CI
50
= 20,65 µg.mL
-1
, para Z. officinale com CI
50
=
60,32 µg.mL
-1
e para C. zeylanicum com CI
50
= 303,56 µg.mL
-1
; e pelo teste do
DPPH; foi observada apenas para C. nardus com CI
50
= 517,40 µg.mL
-1
.
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72
ANEXOS
ANEXO A
gina
FIGURA 1A
Cromatograma do óleo essencial das folhas de
Cymbopogon nardus.........................................................
75
FIGURA 2A
Cromatograma do óleo essencial das cascas de
Cinnamomum zeylanicum................................................
76
FIGURA 3A
Cromatograma do óleo essencial dos rizomas de
Zingiber officinale........................................................
76
73
ANEXO B
gina
TABELA 1B Valo
res médios dos halos de inibição dos óleos essenciais
de Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum
e
Zingiber officinale sobre Salmonella
Cholerasuis ATCC
6539.........................................................................................
77
TABELA 2B Valores dios dos halos de inibição dos óleos essenciais
de Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale sobre Staphylococcus aureus ATCC
25923.....................................................................................
78
TABELA 3B Valores dios dos halos de inibição dos óleos essenciais
de Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale sobre Listeria monocytogenes ATCC
1911.......................................................................................
79
TABELA 4B Valores dios dos halos de inibição dos óleos essenciais
de Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale sobre Escherichia coli ATCC
11229.....................................................................................
80
TABELA 5B Valores dios dos halos de inibição dos óleos essenciais
de Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e
Zingiber officinale sobre Pseudomonas aeruginosa ATCC
25853 ....................................................................................
81
TABELA 6B Atividade antioxidante dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale e do padrão Timol pelo método de sequestro de
radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazila)..........................
82
TABELA 7B Atividade antioxidante do padrão Ácido ascórbico pelo
todo de sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-
74
picrilidrazila)..........................................................................
83
TABELA 8B Atividade antioxidante dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale e dos padrões Timol e Ácido Ascórbico pelo teste
β-carotenocido linoleico......................................................
83
75
FIGURA 1A Cromatograma do óleo essencial das folhas de Cymbopogon
nardus. (1) citronelal; (2) citronelol; (3) geraniol.
76
FIGURA 2A Cromatograma do óleo essencial das cascas de Cinnamomum
zeylanicum. (1) 1,8-cineol; (2); (E)-cinamaldeído; (3) acetato
(E)-cinamila.
FIGURA 3A Cromatograma do óleo essencial dos rizomas de Zingiber
officinale. (1) geranial; (2) neral; (3) 1,8-cineol; (4) geraniol; (5)
acetato de geranila; (6) canfeno.
77
Tabela 1B Valores médios dos halos de inibição dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale sobre Salmonella Cholerasuis ATCC 6539
Halo de inibição (cm)
Proporção
(óleo
essencial/DMSO)
Concentração
g.mL
-1
)
C. nardus C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO 0 0 a 0 a 0 a
1:256 1,95 0 a 0 a 0 a
1:128 3,90 0 a 0 a 0 a
1:64 7,81 0 a 0 a 0 a
1:32 15,62 0 a 0,23 b 0,20 b
1:16 31,25 0 a 0,60 b c 0,33 b c
1:8 62,5 0 a 1,16 d e 0,43 b c d
1:4 125 0,2 b 1,32 e 0,57 c d e
1:2 250 0,25 b c 1,93 f 0,72 d e
1:1 500 0,47 c 2,26 f 0,82 e f
Cloranfenicol 1g/L 1,15 d 0,83 c d 1,15 f
CV (%) 23,99 15,66 19,64
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
78
Tabela 2B Valores médios dos halos de inibição dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale sobre Staphylococcus aureus ATCC 25923
Halo de inibição
(cm)
Proporção
(óleo
essencial/DMSO)
Concentração
g.mL
-1
)
C. nardus C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO 0 0 a 0 a 0 a
1:256 1,95 0 a 0 a 0 a
1:128 3,90 0 a 0 a 0 a
1:64 7,81 0 a 0,20 b 0,20 b
1:32 15,62 0 a 1,20 c 0,30 b
1:16 31,25 0,23 b 1,87 d 0,42 c
1:8 62,5 0,33 b c 2,23 e 0,50 c
1:4 125 0,45 c 2,42 e f 0,62 d
1:2 250 0,60 d 2,67 f 0,75 e
1:1 500 0,68 d 3,10 g 0,80 e
Cloranfenicol 1g/L 1,70 e 1,63 d 1,70 f
CV (%) 8,76 6,93 4,67
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
79
Tabela 3B Valores médios dos halos de inibição dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale sobre Listeria monocytogenes ATCC 19117
Halo de inibição
(cm)
Proporção
(óleo
essencial/DMSO)
Concentração
g.mL
-1
)
C. nardus C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO 0 0 a 0 a 0 a
1:256 1,95 0 a 0 a 0 a
1:128 3,90 0 a 0 a 0 a
1:64 7,81 0 a 0,20 b 0 a
1:32 15,62 0 a 0,30 b 0,18 b
1:16 31,25 0,20 b 0,70 c 0,20 b
1:8 62,5 0,32 b c 1,16 d 0,30 c
1:4 125 0,43 c d 1,60 e 0,38 c
1:2 250 0,43 c d 1,76 e f 0,50 d
1:1 500 0,50 d 1,80 e f 0,76 e
Cloranfenicol 1g/L 1,37 e 1,96 f 1,70 f
CV (%) 8,99 6,76 5,49
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
80
Tabela 4B Valores médios dos halos de inibição dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale sobre Escherichia coli ATCC 11229
Halo de inibição
(cm)
Proporção
(óleo
essencial/DMSO)
Concentração
g.mL
-1
)
C. nardus C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO 0 0 a 0 a 0 a
1:256 1,95 0 a 0 a 0 a
1:128 3,90 0 a 0 a 0 a
1:64 7,81 0 a 0 a 0 a
1:32 15,62 0 a 0,20 a b 0 a
1:16 31,25 0 a 0,53 b c 0 a
1:8 62,5 0 a 1,02 c d 0 a
1:4 125 0 a 1,03 c d 0 a
1:2 250 0 a 1,37 d 0 a
1:1 500 0 a 1,20 d 0 a
Cloranfenicol 1g/L 1,63 b 1,37 d 1,50 b
CV (%) 24,99 22,85 35,14
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
81
Tabela 5B Valores médios dos halos de inibição dos óleos essenciais de
Cymbopogon nardus, Cinnamomum zeylanicum e Zingiber
officinale sobre Pseudomonas aeruginosa ATCC 25853
Halo de inibição
(cm)
Proporção
(óleo
essencial/DMSO)
Concentração
g.mL
-1
)
C. nardus C.
zeylanicum
Z.
officinale
DMSO 0 0 a 0 a 0 a
1:256 1,95 0 a 0 a 0 a
1:128 3,90 0 a 0 a 0 a
1:64 7,81 0 a 0,33 b 0 a
1:32 15,62 0 a 0,70 b c 0 a
1:16 31,25 0 a 1,05 c d 0 a
1:8 62,5 0 a 1,38 d e 0,20 b
1:4 125 0 a 1,82 e f 0,30 c
1:2 250 0,20 b 1,97 f 0,65 d
1:1 500 0,30 c 2,07 f 0,48 e
Cloranfenicol 1g/L 1,27 d 0,75 b c 1,15 f
CV (%) 9,56 15,00 3,96
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
82
Tabela 6B Atividade antioxidante dos óleos essenciais de Cymbopogon nardus,
Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale e do padrão Timol
pelo todo de sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-
picrilidrazila)
Concentração
g.mL
-1
)
C.nardus C. zeylanicum Z. officinale Timol
5 0,83 a 1,59 a 0,70 a
20,21 a
10 1,53 a 1,04 a 0,98 a b
27,07 b
25 3,10 a 1,07 a 1,34 a b
39,63 c
50 6,20 b 1,13 a 1,94 a b
49,90 d
100 11,58 c 1,79 a b 2,03 b
61,81 e
300 31,88 d 3,47 b c 6,09 c
78,32 f
500 46,69 e 3,78 c 9,09 d
84,88 g
CV (%) 6,06 32,12 14,10 1,39
* dias na mesma coluna seguidas de mesma letra, o iguais entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
83
Tabela 7B Atividade antioxidante do padrão Ácido ascórbico pelo método de
sequestro de radicais DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazila)
Concentração (µg.mL
-1
) Ácido Ascórbico
1 12,13 a
2,5 34,87 b
5 71,91 c
10 94,86 d
25 96,54 d
50 96,61 d
100 96, 68 d
CV (%) 1,03
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
Tabela 8B Atividade antioxidante dos óleos essenciais de Cymbopogon nardus,
Cinnamomum zeylanicum e Zingiber officinale e dos padrões Timol e
Ácido Ascórbico pelo teste β-caroteno/ácido linoléico
Concentração
g.mL
-1
)
C.
nardus
C.
zeylanicum
Z.
officinale
Timol Ácido
Ascórbico
5
34,27 a 15,12 a 11,87 a 2,00 a 3,00 a
10 25,88 a 10,55 a 15,67 a b
2, 94 a
4,11 a
25 44, 61 b 15,30 a 23,71 b
65,50 b
26,39 b
50 62,23 c 12,92 a 43,42 c
74,71 c
42,59 b c
100 76,16 d 25,28 b 53,13 d
78,61 d
60,11 c d
200 83,48 e 35,68 c 63,91 e
81,05 e
66,97 d
CV (%) 2,72 8,57 5,40 0,88 12,46
* Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra são iguais entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
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