nascimento e desenvolvimento da cultura grega com essas civilizações
antecessoras, tanto no campo da vida espiritual quanto no da vida prática, a
saber, religião, mitologia, artes arquitetônicas e figurativas, música, poesia,
técnica e ciência.
4.6 Pitágoras
Pitágoras nasceu na ilha grega de Samos, supõe-se que cerca de 540-537
a.C. (segundo Diógenes Laércio) ou 532-531 a.C. (segundo Apolodoro), sendo
instruído por Tales de Mileto e seus discípulos em matemática e filosofia.
O deus cultuado por Pitágoras era Apolo Delfo e sua religião era baseada
nas crenças órficas
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, movimento religioso histórico-cultural que se espalhou,
desencadeado pelo avanço dos persas sobre a Jônia, em meados do século VI
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Segundo a Mitologia grega, Orfeu, filho de Calíope, era o mais talentoso músico que já viveu.
Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens
perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento. Ele ganhou a lira de
Apolo; alguns dizem que Apolo era seu pai. Orfeu era casado com Eurídice. Eurídice era tão
bonita que atraiu um homem chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a
perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou. Orfeu
ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la
de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro, Caronte, a levá-
lo vivo pelo Rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava
os portões; seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Finalmente Orfeu chegou
ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu
domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua
mulher Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu
desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição:
que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol. Orfeu partiu pela
trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e
celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não
olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de
que Eurídice estava seguindo-o. Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro,
perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu
grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos.
Ele a havia perdido para sempre. Em total desespero, Orfeu se tornou amargo. Recusava-se a
olhar para qualquer outra mulher, não querendo se lembrar da perda de sua amada. Furiosas
por terem sido desprezadas, mulheres selvagens, chamadas Mênades, caíram sobre ele,
frenéticas e o despedaçaram. Jogaram sua cabeça cortada no Rio Hebrus e ela flutuou, ainda
cantando, "Eurídice! Eurídice!" Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os
enterraram no Monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades
cantaram mais docemente do que os outros, pois Orfeu, na morte, se uniu à sua amada
Eurídice. Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes
concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo,
sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais
profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus
corpos, até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. E, assim, permaneceram
pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu,
até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram ao chão.
(www.geocities.com/Wellesley/Atrium/4886/ orfeu .htm ) 08/09/2008; 21:00h