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A maioria dos estudantes (76,1%) mora em composições
familiares de até cinco pessoas, sendo que 87,4% declaram não
dispor de empregados domésticos. Quanto aos elementos que
compõem sua moradia, a tabela 4 oferece um panorama
bastante abrangente sobre o assunto.
De modo geral, os respondentes vivem, na sua maioria, em
residências compostas de uma sala (80%), uma cozinha (93%),
um banheiro (73,8%) e dois (41,9%) ou três (38,9%) quartos.
A geladeira e a televisão são os eletrodomésticos mais presentes
nesses lares, encontrando-se em cerca de 97% deles.
Por sua vez, e ainda que os jovens afirmem, em uma série
de estudos e pesquisas (ESTEVES et al., 2005; ABRAMOVAY
et al. 2001, 2003), a crescente importância da informática em
suas vidas, seja na vida escolar, na aquisição de trabalho ou
em seu cotidiano, o computador ainda é um artigo raro nas
residências dos entrevistados. Isto porque tal ferramenta e um
de seus periféricos – a impressora – são, dentre todos os itens
apresentados, os que estes declaram possuir menos: 72% e 78%,
respectivamente
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.
Considerando o papel central que assume a música na vida
dos jovens, seja como instrumento de expressão, seja como
passatempo – uma vez que, de acordo com a tabela 5, ouvir
música todos os dias, fora da escola, foi o item citado com
maior freqüência pelos alunos (47,7%) -, também é significativo
o índice dos que não dispõem, em suas casas, de, pelo menos,
um aparelho de CD (27,7%).
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Note-se, entretanto, que tal porcentagem é superior àquela verificada em
nível nacional. Pesquisa recentemente realizada visando, entre outros
objetivos, aferir o nível da exclusão tecnológica no país atesta que somente
16,6% das casas brasileiras possuem computadores de mesa (NOVO, 2005).
No que diz respeito à situação dos docentes, estudo intitulado “Perfil dos
professores brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que almejam...”,
demonstra que, embora também considerem o equipamento fundamental
para o desempenho de suas atividades profissionais, apenas 50,5% deles
dispõem de computadores em seus domicílios (UNESCO, 2004).