ÊXODO RURAL, ENVELHECIMENTO E MASCULINIZAÇÃO NO BRASIL: PANORAMA DOS ÚLTIMOS 50 ANOS
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Tabela 4
Estimativas de Saldo Líquido Migratório por Regiões e sua Distribuição
Proporcional —1950/95
(Em mil hab e %)
1950/60 1960/70 1970/80 1980/90 1990/95
Norte -297,2 2,7 -362,7 3,2 125,1 -0,9 271,6 2,2 -467,1 8,1
Nordeste -5.009,9 46,3 -3.083,9 27,0 -4.912,0 34,1 -5.419,5 44,6 -3.154,10 54,6
Sudeste -3.895,0 36,0 -6.011,4 52,7 -4.512,2 31,3 -3.126,5 25,7 -1.043,10 18,0
Sul -1.397,5 12,9 -1.624,3 14,2 -4.184,8 29,0 -2.695,0 22,2 -808,4 14,0
Centro-Oeste -224,5 2,1 -329,9 2,9 -929,1 6,4 -1.175,1 9,7 -308,6 5,3
Brasil -10.824,1 100 -11.412,2 100 -14.413,0 100 -12.144,5 104 -5.781,30 100
Fonte dos dados brutos: IBGE (vários censos demográficos).
b) Qual a incidência do êxodo sobre a população rural de cada região do país ? É
verdade que são os nordestinos que fornecem — com exceção dos anos 60 — a
grande maioria dos migrantes rurais brasileiros. Em termos regionais, entretanto, é
somente nos anos 50 e agora nos anos 90 que a taxa de desruralização nordestina é
superior à das outras regiões do país, como se vê na Tabela 5. Apesar da
magnitude absoluta do êxodo nordestino, sua perda de população rural é
proporcionalmente menor que a do Sudeste e do Sul entre 1960 e 1970, menor que
a do Sudeste, do Sul e do Centro-Oeste entre 1970 e 1990, e é somente nos anos
90 que o Nordeste volta a perder, em termos relativos, mais população rural que as
outras regiões do país.
Tabela 5
Taxa Líquida Migratória — 1950/95
1950/60 1960/70 1970/80 1980/90 1990/95*
Norte -18,5 -22,6 6,3 9,6 21,5
Nordeste -30,8 -14,9 -20,1 -22,4 31,1
Sudeste -30,6 -46,5 -40,6 -35,2 25,9
Sul -18,9 -22,0 -45,5 -37,7 -30,2
Centro-Oeste -11,6 -17,0 -35,2 -48,8 -38,5
Brasil -25,4 -26,5 -31,6 -28,4 -29,3
Fonte: Tabela 4.
* Taxas decenalizadas.
As respostas a estas duas perguntas nos permitem sugerir sucessivos
ciclos
regionais
de movimentos rural-urbanos, detalhados a seguir.