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OPAS/HVP/HVA/
ORIGINAL: ESPANHOL
Organização Panamericana de Saúde
Organização Mundial de Saúde
Divisão de Vacinas e Imunização
(HVP)
Estratégias e Segurança da vacinação contra Rubéola
REUNIÃO COM PRESIDENTES DAS SOCIEDADES DE OBSTETRÍCIA E
GINECOLOGIA DA AMÉRICA LATINA E A
FEDERAÇÃO LATINOAMERICANA DE SOCIEDADES DE OBSTETRÍCIA E
GINECOLOGIA
Informe Final
Caracas, Venezuela
23 de Agosto de 2001
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1. INTRODUÇÃO
A reunião dos Presidentes das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia da
América Latina para discutir as estratégias e segurança da vacinação contra a
rubéola foi realizada em Caracas, Venezuela, em 23 de Agosto do ano 2001. A
abertura da reunião contou com a presença de Dr. Fernando Dora
Representante (a.i.) da OPS/OMS na Venezuela, o Dr. Rene Ramos
Presidente da Federação Latinoamericana de Sociedades de Obstetrícia e
Ginecologia (FLASOG), o Dr. José Luis Díaz Rosello representando o Diretor
do Centro Latinoamericano de Perinatologia (CLAP) e o Dr. Ciro de Quadros,
Diretor da Divisão de Vacinas e Imunizações, OPS/Washington.
Reuniram-se os presidentes das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia dos
diferentes países da América Latina, os Gerentes PAI da Sub Região Andina e
Brasil, funcionários do CLAP e da Divisão de Vacinas e Imunização da OPS.
O Dr. Rene Ramos exerceu a Presidência da reunião e a Dra. Leonor Zapata,
Presidenta da Sociedade Venezuelana de Obstetrícia e Ginecologia e relatora,
o Dr. Ciro de Quadros atuou como secretário.
2. OBJETIVOS DA REUNIÃO:
Apresentação das estratégias de vacinação para o controle acelerado da
Rubéola e Prevenção da Síndrome de Rubéola Congênita (SRC)
Conhecer os avanços dos países que têm implementado esta estratégia.
Discutir a participação das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia na
implementação destas estratégias.
Difundir a Segurança da Vacinação contra Rubéola em mulheres em idade
fértil (MIF) e gestantes
Analizar a vigilãncia epidemiológica da rubéola e SRC.
3. RUBÉOLA E SINDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (SRC)
Nas três últimas reuniões do Grupo Técnico Assessor (GTA) sobre vacinas e
imunizações, analizaram-se exaustivamente os dados de vigilância da rubéola
e a síndrome da rubéola congênita (SRC); indicou-se que a cada ano nascem
nas Américas mais de 20.000 lactentes com SRC. Segundo estes dados, e
diante da existência de vacinas seguras e eficazes de baixo custo, o GTA
recomendou a prática de uma iniciativa regional destinada a fortalecer a
prevenção da rubéola e SRC.
Esta iniciativa é centrada em duas áreas: alcançar que a vacinação contra a
rubéola reduza a suscetibilidade das mulheres em idade fértil (MIF) em
resposta a ameaça de grandes epidemias de rubéola e a incidência endémica
da síndrome da rubéola congênita, e apoiar os países no desenvolvimento de
sistemas integrados para a vigilância ol sarampo e rubéola e a vigilância da
SRC.
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Até o primeiro semestre de 2001, 43 de 47 países das Américas já tinham
introduzido a vacina SRP para o controle da rubéola nos programas nacionais.
Paraguai, Peru, Haití e República Dominicana têm planos para introduzir a
vacina no próximo ano.
Em um esforço para reduzir o risco de infecção por rubéola em mulheres em
idade fértil, os Estados Unidos, Canadá, Costa Rica, Cuba, Chile, Panamá e
Uruguai estão utilizando a vacina sarampo/rubéola/parotidite (SRP) há vários
anos, protegendo assim grandes cohortes de mulheres em idade fértil. Brasil,
Colômbia e Honduras iniciaram suas atividades de vacinação contra a rubéola
durante o puerpério, e México iniciou a vacinação em grupos de risco.
Quanto a vacinação de adultos no contexto de programas acelerados de
controle da rubéola e SRC, os países da Comunidade do Caribe (CARICOM)
estableceram em 1998 a meta para eliminar a rubéola e a SRC nos países do
Caribe de língua inglesa, tem se realizado as campanhas de vacinação em 18
de 19 países alcançando coberturas que oscilan entre 53% e 97%. Do total da
população alvo (2,2 milhões para todos os países), já se vacinou mais de 60%.
Em setembro de 1999, Chile pôs en marcha uma campanha em massa de
vacinação contra a rubéola dirigida a mulheres entre as idades de 10 a 29
anos, alcançando uma cobertura de vacinação de 98%.
Costa Rica realizou, a nível nacional, uma campanha de vacinação em massa
contra a rubéola dirigida a homens e mulheres de 15 a 39 anos de idade,
alcançando-se uma cobertura de vacinação de 98%. São muitas as lições
aprendidas na implementação destas campanhas.
Com a melhoria dos sistemas de vigilância dos países, tem se incrementado a
notificação de casos de rubéola. Em 1999, a informação obtida dos países das
Américas revelou que se notificaram 58.691 casos de rubéola, dos quais 8.657
foram confirmados por laboratório (IgM+). México, Venezuela, Brasil e
Argentina notificaram 89% desses casos.
No ano 2000, a informação sobre rubéola do sistema regional de vigilância
para a erradicação do sarampo revelou que, de 71.723 testes de laboratório
realizados em amostras de casos suspeitos de sarampo, 15.062 (221) foram
confirmados como rubéola.
Desde 1999, o número de países que estão notificando SRC tem incrementado
sendo os dados disponíveis sobre a prevalência da SRC limitados. A maior
experiência de vigilância da SRC procede do Caribe de língua inglesa. Em
1999, 30 países notificaram 35 casos de SRC e em 2000, 31 países
notificaram 84 casos.
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4. Recomendações
A Federação Latinoamericana de Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia
(FLASOG):
Deve buscar o compromisso político e de recursos de cada governo para o
controle acelerado da rubéola e prevenção da SRC.
Incentiva os países como Perú, Paraguai, República Dominicana e Haití a
introduzir a vacina com componente contra rubéola para os meninos e
meninas de 12 meses de idade como parte da vacinação de rotina dos
programas nacionais de imunização, devendo seus membros participar
ativamente nas campanhas, buscando os mecanismos apropriados.
Reitera a recomendação do Grupo Técnico Assessor (GTA) da OPS para
os países que queiram prevenir e controlar rapidamente a SRC os quais
deverão realizar uma única campanha em massa de vacinação contra a
rubéola e sarampo para as mulheres de 5 a 39 anos de idade. Os países
que queiram prevenir e controlar rapidamente tanto a rubéola como a SRC,
deverão realizar uma única campanha de vacinação em massa contra a
rubéola e o sarampo para os homens e as mulheres de 5 a 39 anos de
idade.
Sugere que para a realização destas campanhas é necessário levar em
conta as lições aprendidas e a experiência adquirida nas campanhas deste
tipo que vêm sendo implementadas em cada um dos países da região
como: uma adequada estratégia de comunicação social, a participação de
sociedades científicas e médicas, o monitoramento de eventos pós vacinais
e investigação imediata durante a jornada e a coordenação com os Bancos
de Sangue.
Compromete sua participação ativa e oportuna na implementação das
estratégias para o controle da rubéola e prevenção da síndrome da rubéola
congênita em cada um dos países da Região. Os programas nacionais de
imunizações farão as coordenações respectivas com as Sociedades de
Obstetrícia e Ginecologia em cada um dos países.
Os especialistas na consulta de rotina ginecológica devem assegurar que
todas as MIF estejam vacinadas contra rubéola e dT.
As evidências científicas indicam a segurança da vacina contra a rubéola
durante a gestação, no entanto, a mulher grávida não é vacinada
geralmente. Isto é para evitar o risco de que seja implicada a vacina caso
sejam produzidos eventos adversos no produto da gestação não
relacionados com a vacina.
Conclui, além disso, que para aquelas mulheres que foram vacinadas
inadvertidamente e posteriormente descubriu-se que estavam grávidas,
não se recomenda o aborto.
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Não é necessario aconselhar as mulheres para evitar a gravidez posterior a
à vacinação contra a rubéola, vez que não se tem establecido risco algum
de efeito adverso para o feto.
Reitera que aqueles países que não implementaram campanhas para o
controle rápido da rubéola e SRC devem fazer esforços dirigidos para a
redução do número de mulheres em idade fértil (MIF) suscetíveis a rubéola.
Para proteger estas mulheres podem-se utilizar estratégias como:
vacinação no pós-parto, vacinação nas clínicas de planejamento familiar,
nas escolas e nos centros de trabalho em todas as oportunidades
Convoca seus membros a participar ativamente e fortalecer a vigilância da
rubéola e SRC, cujo propósito é a detecção da circulação do vírus. Assim
como, a notificar e fazer o seguimento das mulheres gestantes que tenham
contraído a doença rubéola.
Considera o Sistema de Informação Perinatal (SIP 2000) como uma boa
ferramenta para alertar da ocorrência de casos de SRC. Inclui informação
de estado vacinal da mãe, diagnóstico da rubéola confirmado por
laboratório ou clínica durante a gestação da mãe, ou esteve exposta a esta
doença, as malformações congênitas, hepato-esplenomegalia e púrpura.
Considera que como parte da vigilância, a confirmação por laboratório é
crucial para o diagnóstico de rubéola e SRC.
Os assistentes desta reunião devem multiplicar os conhecimentos aqui
adquiridos em cada uma das filiais de seu país e nos centros de educação
superior, tais como nas escolas de medicina, enfermagem e segunda
especialização.
Deve se introduzir o tema de vacinação nas mulheres em idade fértil e nal
gestação nos congressos de Obstetrícia e Ginecologia Nacionais e
Internacionais.
A OPS deve atualizar e divulgar amplamente toda a informação disponível
sobre a vacinação na gravidez.
Assegurar a participação das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologiía nos
Conselhos Nacionais de Vacinação
Solicita a OPS/OMS através da Divisão de Vacinas e Imunização (HVP) e
das Representações em cada país que facilitem as Sociedades de
Obstetrícia e Ginecologia informação técnica e atualizada sobre todos os
aspectos do PAI.
Os participantes acordaram sobre a necessidade de realizar dentro de um
ano uma reunião de seguimento para avaliar os avanço dos compromissos
adquiridos nesta reunião, assim como sua participação em reuniões
conjuntas com o programa de imunizações.
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