Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
Em: 30/08/2002
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Angola tem atendido os padrões recomendados pela OMS da qualidade de
vigilância durante o mês de junho de 2002.
A cessação das hostilidades em Angola tem melhorado o acesso a áreas nunca
antes cobertas pelas atividades suplementares de vacinação ou vigilância da PFA. A
assistência emergencial é necessária para aproximadamente 800.000 pessoas
residentes em áreas que se tornaram acessíveis recentemente e para
aproximadamente 1,9 milhões de pessoas em áreas que estavam acessíveis
anteriormente. Uma estimativa de 250.000 membros familiares têm sido resgatados
em torno de 37 áreas de alojamento para antigos combatentes, e 200.000 IDPs
estão vivendo temporariamente em centros de trânsito. Aproximadamente 80.000
de uma estimativa de 470.000 refugiados angolanos atualmente residentes em
países vizinhos são esperados para retornarem para Angola (Escritório das Nações
Unidas para a Coordenação de Ações Comunitárias [OCHA], dados não
publicados, 2002).
O recente isolamento de poliovírus selvagem de cinco crianças não vacinadas de
refugiados angolanos na Zâmbia ocidental exalta o potencial para circulação do
poliovírus selvagem em áreas onde as crianças de refugiados e grupos IDP podem
se reunir. As crianças sub-imunizadas em grupos móveis de alto risco devem ser
visadas para a vacinação.
Angola implementou etapas de DNI em junho, julho e agosto de 2002, sincronizou
com etapas realizadas na RDC, República do Congo, Gabão, Zâmbia, Namíbia e
São Tomé e Príncipe. Uma revisão da vigilância da PFA está agendada para
outubro de 2002, seguida pelo primeiro encontro de um grupo consultivo técnico
internacional para erradicação da pólio em Angola. Os planos futuros incluem
expansão da vigilância da PFA e atividades de vacinação para incluir áreas e
populações recentemente acessíveis. A interrupção da transmissão do poliovírus
selvagem em Angola exigirá que a situação de segurança geral permaneça estável,
a existência complemento de recursos financeiros e humanos sejam atendidas, a
qualidade da vigilância seja melhorada, e os grupos de crianças de alto risco sejam
vacinadas com êxito. A colaboração íntima entre o governo local e seus parceiros
globais
§
tem sido crítica na manutenção das atividades de erradicação em Angola e
continuará a ser essencial.
Referências
1. CDC. Progress toward global eradication of poliomyelitis, 2001. MMWR
2002;51:253-6.
2. CDC. Progress toward poliomyelitis eradication-Angola, Democratic Republic of
Congo, Ethiopia, and Nigeria, January 2000-July 2001. MMWR 2001;50:826-
9.
§
As ações de erradicação da pólio em Angola são apoiadas pelo governo de Angola, reino Unido e
Países Baixos; Fundação Bill e Melinda Gates, Fundação das Nações Unidas; Aventis Pasteur,
DeBeers; Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); Rotary Internacional; a Agência
Americana para Desenvolvimento Internacional, Agência Canadense de Desenvolvimento
Internacional; OMS; e CDC.