aurita), da onça (Panthera onca), da suçuarana (Puma concolor), do lobo-guará
(Chrysocyon brachyurus), da harpia (Harpia harpya), da jacutinga (Pipile jacutinga),
da preguiça (Bradypus tridactylus), da lontra (Lontra longicaldis sp) e da anta
(Tapirus terrestris). Existem cerca de 250 espécies de aves no Parque, entre as
quais se encontram o macuco (Tinamus solitarius), o inhambu-açu (Crypturellus
obsoletus), o jacu (Penelope obscura), a pomba-amargosa (Columba plumbea) e o
cuiu-cuiu (Pionopsitta pileata), além de grandes gaviões e outras espécies cujas
populações encontram-se atualmente em fase de recuperação. Entre os répteis
destacam-se as cobras venenosas, como a jararaca-da-serra (Bothrops fonsecai), a
jibóia (Boa constrictor), além do teiú, (Tupinambis teguixin) e cágados (Phrynops
sp).
O Parque oferece dois acessos principais: o primeiro pela rodovia Presidente Dutra
até a cidade de Itatiaia e daí por estrada asfaltada de cerca de 14 km, até sua sede;
o segundo, pelo planalto, ponto de partida para as escaladas às Agulhas Negras,
passando pela rodovia Presidente Dutra até a entrada para a cidade de Caxambu,
no Estado de Minas Gerais. Na parte baixa do Parque encontram-se a sede, os
alojamentos, o museu e a biblioteca. Na parte alta há local para camping e abrigo.
Nesse ponto o lugar é mais frio, chegando a temperatura a descer abaixo de zero
no inverno, com geadas e neve nos picos das montanhas, fenômeno pouco comum
no Brasil.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos - Criado em 30 de novembro de 1939, pelo
Decreto Federal nº 1.822, o Parque ocupa área de 11 mil hectares localizada no
Estado do Rio de Janeiro, abrangendo os municípios de Magé, Teresópolis,
Petrópolis e Guapimirim. Encontra-se nas partes mais altas e abruptas da Serra do
Mar e apresenta topografia acidentada, com grandes desníveis de altitudes que
variam de 400 metros a 2.263 metros, onde se encontra o seu ponto culminante, a
Pedra do Sino.
As rochas da Serra do Mar foram formadas em épocas geológicas muito antigas,
tendo sofrido movimentos mais recentes, o que resultou no imenso paredão que
acompanha a planície costeira em direção à cidade do Rio de Janeiro. No alto
desse paredão está o conhecido pico do Dedo de Deus, um bloco rochoso de 1.692
metros de altura em forma de mão fechada, com o indicador erguido, de onde pode
ser avistada a cidade do Rio de Janeiro em dias de céu claro. Outros monumentos
geológicos desse complexo de montanhas incluem o Garrafão, com 1.980 metros
de altura, a Pedra da Cruz, com 2.130 metros, São Pedro, com 2.234 metros, São
João, com 2.100 metros e Cara de Cão, com 2.180 metros de altitude.
A região é cortada por grande número de rios, entre eles o Paquequer, o Beija-Flor,
o Soberbo e o Iconha. Em altitudes de até 500 metros, existem espécies de palmito
(Euterpe adulis), pindobinhas (Geonoma spp), xaxins (Dicksonia sellowiana) e a
embaúba (Cecropia sp). Nas altitudes de 500 a 1.500 metros, na chamada floresta
de montana, a vegetação atinge aproximadamente 25 metros e inclui espécies
como o baguaçu (Talauma organensis
), o jequitibá (Cariniana excelsa), canelas