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MEIRELES
CECÍLIA
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Pedro Varela | Roger Cousinet | Sigmund Freud
Ministério da Educação | Fundação Joaquim Nabuco
Coordenação executiva
Carlos Alberto Ribeiro de Xavier e Isabela Cribari
Comissão técnica
Carlos Alberto Ribeiro de Xavier (presidente)
Antonio Carlos Caruso Ronca, Ataíde Alves, Carmen Lúcia Bueno Valle,
Célio da Cunha, Jane Cristina da Silva, José Carlos Wanderley Dias de Freitas,
Justina Iva de Araújo Silva, Lúcia Lodi, Maria de Lourdes de Albuquerque Fávero
Revisão de conteúdo
Carlos Alberto Ribeiro de Xavier, Célio da Cunha, Jáder de Medeiros Britto,
José Eustachio Romão, Larissa Vieira dos Santos, Suely Melo e Walter Garcia
Secretaria executiva
Ana Elizabete Negreiros Barroso
Conceição Silva
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Yolanda Lôbo
MEIRELES
CECÍLIA
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Fundação Joaquim Nabuco. Biblioteca)
Lôbo, Yolanda.
Cecília Meireles / Yolanda Lôbo. – Recife:
Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
158 p.: il. – (Coleção Educadores)
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7019-476-3
1.Meireles, Cecília Benevides de Carvalho, 1901-1964. 2. Educação – Brasil – História.
I. Título.
CDU 37(81)
ISBN 978-85-7019-476-3
© 2010 Coleção Educadores
MEC | Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana
Esta publicação tem a cooperação da UNESCO no âmbito
do Acordo de Cooperação Técnica MEC/UNESCO, o qual tem o objetivo a
contribuição para a formulação e implementação de políticas integradas de melhoria
da equidade e qualidade da educação em todos os níveis de ensino formal e não
formal. Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos
neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as
da UNESCO, nem comprometem a Organização.
As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo desta publicação
não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO
a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região
ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites.
A reprodução deste volume, em qualquer meio, sem autorização prévia,
estará sujeita às penalidades da Lei nº 9.610 de 19/02/98.
Editora Massangana
Avenida 17 de Agosto, 2187 | Casa Forte | Recife | PE | CEP 52061-540
www.fundaj.gov.br
Coleção Educadores
Edição-geral
Sidney Rocha
Coordenação editorial
Selma Corrêa
Assessoria editorial
Antonio Laurentino
Patrícia Lima
Revisão
Sygma Comunicação
Ilustrações
Miguel Falcão
Foi feito depósito legal
Impresso no Brasil
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SUMÁRIO
Apresentação, por Fernando Haddad, 7
Ensaio, por Yolanda Lôbo, 11
Cecília Meireles: um nome na educação brasileira, 11
Cecília Meireles: uma página de educação brasileira, 21
Arte e educação: a biblioteca infantil do Pavilhão
Mourisco, 53
O mundo em viagens, 58
Post-mortem:
imagens para sempre de Cecília Meireles, 72
Textos selecionados, 77
A escola moderna, 77
A formação do professor, 82
Cronologia, 87
Bibliografia, 93
Títulos da coluna Comentário
e da Página de Educação do Diário de Notícias, 93
Obras de Cecília Meireles, 140
Outras obras consultadas, 142
Seletas em obras coletivas, 143
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6
ANTONIO GRAMSCI
Obras traduzidas, 146
Traduções em obras coletivas, 146
Obras de autoria coletiva, 148
Peça para teatro, 148
Traduções, 148
Organização de antologias, 148
Obras sobre Cecília Meireles, 149
Outras referências bibliográficas, 154
Lista de abreviaturas, 156
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7
COLEÇÃO EDUCADORES
O propósito de organizar uma coleção de livros sobre educa-
dores e pensadores da educação surgiu da necessidade de se colo-
car à disposição dos professores e dirigentes da educação de todo
o país obras de qualidade para mostrar o que pensaram e fizeram
alguns dos principais expoentes da história educacional, nos pla-
nos nacional e internacional. A disseminação de conhecimentos
nessa área, seguida de debates públicos, constitui passo importante
para o amadurecimento de ideias e de alternativas com vistas ao
objetivo republicano de melhorar a qualidade das escolas e da
prática pedagógica em nosso país.
Para concretizar esse propósito, o Ministério da Educação insti-
tuiu Comissão Técnica em 2006, composta por representantes do
MEC, de instituições educacionais, de universidades e da Unesco
que, após longas reuniões, chegou a uma lista de trinta brasileiros e
trinta estrangeiros, cuja escolha teve por critérios o reconhecimento
histórico e o alcance de suas reflexões e contribuições para o avanço
da educação. No plano internacional, optou-se por aproveitar a co-
leção Penseurs de l´éducation, organizada pelo International Bureau of
Education (IBE) da Unesco em Genebra, que reúne alguns dos mai-
ores pensadores da educação de todos os tempos e culturas.
Para garantir o êxito e a qualidade deste ambicioso projeto
editorial, o MEC recorreu aos pesquisadores do Instituto Paulo
Freire e de diversas universidades, em condições de cumprir os
objetivos previstos pelo projeto.
APRESENTAÇÃO
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8
ANTONIO GRAMSCI
Ao se iniciar a publicação da Coleção Educadores
*
, o MEC,
em parceria com a Unesco e a Fundação Joaquim Nabuco, favo-
rece o aprofundamento das políticas educacionais no Brasil, como
também contribui para a união indissociável entre a teoria e a prá-
tica, que é o de que mais necessitamos nestes tempos de transição
para cenários mais promissores.
É importante sublinhar que o lançamento desta Coleção coinci-
de com o 80º aniversário de criação do Ministério da Educação e
sugere reflexões oportunas. Ao tempo em que ele foi criado, em
novembro de 1930, a educação brasileira vivia um clima de espe-
ranças e expectativas alentadoras em decorrência das mudanças que
se operavam nos campos político, econômico e cultural. A divulga-
ção do Manifesto dos pioneiros em 1932, a fundação, em 1934, da Uni-
versidade de São Paulo e da Universidade do Distrito Federal, em
1935, são alguns dos exemplos anunciadores de novos tempos tão
bem sintetizados por Fernando de Azevedo no Manifesto dos pioneiros.
Todavia, a imposição ao país da Constituição de 1937 e do
Estado Novo, haveria de interromper por vários anos a luta auspiciosa
do movimento educacional dos anos 1920 e 1930 do século passa-
do, que só seria retomada com a redemocratização do país, em
1945. Os anos que se seguiram, em clima de maior liberdade, possi-
bilitaram alguns avanços definitivos como as várias campanhas edu-
cacionais nos anos 1950, a criação da Capes e do CNPq e a aprova-
ção, após muitos embates, da primeira Lei de Diretrizes e Bases no
começo da década de 1960. No entanto, as grandes esperanças e
aspirações retrabalhadas e reavivadas nessa fase e tão bem sintetiza-
das pelo Manifesto dos Educadores de 1959, também redigido por
Fernando de Azevedo, haveriam de ser novamente interrompidas
em 1964 por uma nova ditadura de quase dois decênios.
Assim, pode-se dizer que, em certo sentido, o atual estágio da
educação brasileira representa uma retomada dos ideais dos mani-
festos de 1932 e de 1959, devidamente contextualizados com o
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9
COLEÇÃO EDUCADORES
tempo presente. Estou certo de que o lançamento, em 2007, do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como mecanis-
mo de estado para a implementação do Plano Nacional da Edu-
cação começou a resgatar muitos dos objetivos da política educa-
cional presentes em ambos os manifestos. Acredito que não será
demais afirmar que o grande argumento do Manifesto de 1932, cuja
reedição consta da presente Coleção, juntamente com o Manifesto
de 1959, é de impressionante atualidade: “Na hierarquia dos pro-
blemas de uma nação, nenhum sobreleva em importância, ao da
educação”. Esse lema inspira e dá forças ao movimento de ideias
e de ações a que hoje assistimos em todo o país para fazer da
educação uma prioridade de estado.
Fernando Haddad
Ministro de Estado da Educação
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CECÍLIA MEIRELES
(1901-1964)
Yolanda Lôbo
Cecília Meireles: um nome na educação brasileira
E o meu caminho começa
nessa franja solitária
no limite sem vestígio,
na translúcida muralha
que opõe o sonho vivido
e a vida apenas sonhada.
1
Natural da cidade do Rio de Janeiro, Cecília Benevides de Car-
valho Meireles nasceu a 7 de novembro de 1901, no Rio Comprido,
nas proximidades da Rua Haddock Lobo. Filha de Carlos Alberto
de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, e de Mathilde
Benevides Meireles, descendente de família açoriana de São Miguel,
professora da rede pública de ensino primário do Distrito Federal.
Tinha como avós paternos João Correia Meireles, português, funcio-
nário da Alfândega do Rio de Janeiro, e Amélia Meireles. Antes de
vir ao mundo já havia perdido seus dois irmãos e seu pai. Aos três
anos, perdeu a mãe. Foi levada, então, para uma chácara localizada
nas imediações das ruas Zamenhoff, Estrela e São Carlos, perten-
cente à avó materna, Jacintha Garcia Benevides, que ficara também
viúva e que tomou a seus cuidados a criação da neta.
Conhecida autora de vários gêneros literários – poesia, prosa,
conto e crônica –, Cecília Meireles desenvolveu intensa e marcante
1
Meireles, Cecília. Metal Rosicler. In: Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2001. v. II, p. 1209.
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12
ANTONIO GRAMSCI
atividade como educadora, sendo entretanto este segmento de sua
vida pouco conhecido por grande parte dos brasileiros.
Muito cedo aprendeu a ler e a interessar-se por livros, princi-
palmente os deixados por sua mãe. “Desses velhos livros de família, as
gramáticas, sobretudo a latina e a italiana, me seduziram. Assim também as
partituras e livros de música.”
2
O interesse pelos livros e o fato de a
mãe ter sido professora a teriam levado ao magistério.
O período de formação escolar iniciou-se na capital da Repú-
blica, na Escola Pública Municipal Estácio de Sá,
3
onde cursou o
primário, concluindo-o e recebendo, pelas mãos de Olavo Bilac,
Inspetor Escolar, a Medalha de Ouro Olavo Bilac, como prêmio
pelo esforço e bom desempenho durante o curso. Sete anos de-
pois, em 1917, diplomou-se pela Escola Normal do Distrito Fe-
deral, sendo aprovada com distinção, obtendo 8:14/25 avos de
média. Na cerimônia de colação de grau foi escolhida por consen-
so, e com o sufrágio de todos os seus colegas, intérprete do grupo
que com ela se diplomou.
4
Concomitante aos estudos do magistério, estudou canto e vio-
lino no Conservatório de Música, pois um de seus sonhos era
2
Meireles, Cecília. Obra poética. 3. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972, p. 61.
3
A Escola Estácio de Sá, localizada na Rua São Cristóvão, 18, uma das unidades da rede
pública do Distrito Federal, além do curso primário abrigou em suas instalações a Escola
Normal do Distrito Federal, no período de 1914 a 1930. Segundo Antônio Carneiro Leão,
“O prédio [onde funcionava a Escola Normal] é uma antiga escola primária para 600
alunos, cujo mobiliário está servindo para normalistas em número de 1.404 em 1923 e de
1.007 em 1924” (O ensino na capital do Brasil. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio,
de Rodrigues & Cia.,1926, p. 169). Foi na gestão de Carneiro Leão na Direção da
Instrução Pública do Distrito Federal que se fizeram os estudos preliminares para a
construção do edifício próprio para a Escola Normal. Entre as duas opções existentes –
o terreno da Praça da Bandeira e o terreno do Instituto João Alfredo – esse educador
preferia o segundo terreno, mas as autoridades municipais optaram pelo primeiro. O
sucessor de Carneiro Leão, professor Fernando de Azevedo, deu início à construção do
edifício da Escola Normal, localizado na rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira. Construído
na gestão de Fernando de Azevedo tomou a denominação de Instituto de Educação na
gestão de Anísio Teixeira.
4
Cf. Gomes, A. Apresentação. In: Meireles, Cecília. Espectros. Rio de Janeiro, Editores
Leite Ribeiro & Maurillo, 1919, p. 9. Este livro foi reeditado e incorporado aos volumes I e
II de Poesia Completa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.
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COLEÇÃO EDUCADORES
escrever uma ópera sobre São Paulo, o Apóstolo. No entanto,
convicta de que não podia desempenhar com perfeição muitas
atividades simultaneamente, optou por concentrar-se no campo
da literatura.
Em 1918 foi nomeada professora adjunta
5
e começou a lecionar
para alunos do curso primário, na Escola Pública Deodoro, da rede
municipal de ensino do Distrito Federal, localizada no bairro da Gló-
ria, onde permaneceu na regência de turma durante longo tempo.
No ano seguinte, 1919, Cecília estreou na literatura brasileira com
seu primeiro livro de poemas, Espectros, obra considerada de inspi-
ração simbolista.
6
Os dezessete sonetos de Espectros marcam o pas-
sado literário em versos decassílabos e alexandrinos, sob a influência
de seus professores
7
– Osório Duque Estrada, Basílio de Magalhães
e, principalmente, Alfredo Gomes, que fez a apresentação do livro.
A década de 1920 despontou promissora para Cecília. A 29 de
março de 1920 o Diretor Geral de Instrução Pública, autorizado
pelo prefeito,
8
a designou para reger uma turma de desenho da
Escola Normal do Distrito Federal.
9
O convite havia partido de
5
O quadro de professores da rede pública do Distrito Federal era constituído, na década
de 1920, por professores catedráticos (300 professores em 1925), adjuntos de 1ª classe
(380 professores em 1925), adjuntos de 2ª classe (600 professores), adjuntos de 3ª
classe (950 professores), professores elementares (11 professores), professores de
escolas noturnas (68 professores) e coadjuvantes de ensino (140 coadjuvantes). Cf.
Carneiro Leão, A., op. cit., p.161.
6
Sobre o neossimbolismo de Cecília Meireles, consultar Damasceno, Darcy. Poesia do
sensível e do imaginário. In: Meireles, Cecília. Obra poética, op. cit., pp. 13-55.
7
Professores da Escola Normal do Distrito Federal.
8
O corpo docente da Escola Normal era nomeado por lei do Conselho Municipal. Desde
1916, o Conselho contratou temporariamente docentes para suprir a falta de professores
concursados para a Escola Normal. No início da década de 1920, a matrícula dessa Escola
ultrapassou os dois mil alunos e o Administrador teve de chamar uma quantidade grande de
pessoas para lecionar as turmas suplementares. “O Decreto n. 1.059, de 1916, já havia
criado a possibilidade de serem designados docentes para lecionar, ao lado dos professores
da casa, as diversas matérias dos programas. [...] Esses docentes eram anualmente desig-
nados para lecionar. [...] O Conselho Municipal [...] mandou efetivar todos aqueles que
tivessem ensinado durante dois anos...” (Carneiro Leão, A., op. cit., p.175).
9
Cf. Livro de Designações da Escola Normal do Distrito Federal n° 132, Centro de
Memória do Instituto de Educação do Rio de Janeiro.
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14
ANTONIO GRAMSCI
Fernando Nereo de Sampaio
10
, que então ocupava a Cátedra de
Desenho nessa escola de ensino médio.
Em 24 de outubro de 1922 Cecília contraiu matrimônio com
o pintor e desenhista de ilustrações para jornais e livros do Rio de
Janeiro, Fernando Correia Dias, português, natural de Moledo da
Penajoia (no Lamego), que havia se mudado para o Brasil em abril
de 1914 e se radicado no Rio de Janeiro. Cecília viveu a maternida-
de, com o nascimento de suas três filhas: Maria Elvira, Maria
Mathilde e Maria Fernanda. O casamento com Correia Dias, artis-
ta plástico de grande sensibilidade, foi significativo em sua carreira
de poeta e escritora, não somente porque passou a entrar em con-
tato com o moderno,
11
mas, principalmente, pela parceria na ilus-
tração de sua obra poética.
Em 1923, com ilustrações do marido, publicou seu segundo
livro de poesia: Nunca mais… e Poemas dos poemas, pela Editora Leite
Ribeiro & Associados do Rio de Janeiro, a mesma que editou a
sua primeira obra. Dois anos depois, em 1925, publicou Baladas
para El-Rei, também com ilustrações de Correia Dias, pela Editora
Brasileira Lux do Rio de Janeiro.
Preocupada com a qualidade e a escassez de livros didáticos, a
educadora tomou a si a delicada tarefa de escrever livros para as
escolas primárias. Em 1924 publicou Criança, meu amor, também
com ilustrações de Correia Dias, pela editora Anuário do Brasil. O
livro, adotado pela Diretoria Geral de Instrução Pública do Dis-
10
O arquiteto e engenheiro Fernando Nereo de Sampaio fez parte da equipe de Anísio
Teixeira na Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal (1931-1935), na qualidade de
Diretor das Divisões de Prédios e Aparelhamentos Escolares, junto com Assis Ribeiro. É
de sua autoria e de Gabriel Fernandes o projeto arquitetônico da Escola Estados Unidos
(1929), do Município do Rio de Janeiro, localizada no Rio Comprido.
11
Correia Dias fez parte do movimento modernista português. Quando chegou ao Rio de
Janeiro já era conhecido e respeitado no mundo das artes plásticas, sobretudo por sua
obra de caricaturista, de tonalidades irônicas e maliciosas. No Rio de Janeiro trabalhou na
Revista da Semana, no Diário de Notícias, e deixou sua arte de plasmar esculturas (em
madeira, pedra, mármore, metal e, principalmente, cerâmica) espalhada em parques e
cemitérios da cidade.
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15
COLEÇÃO EDUCADORES
trito Federal, foi aprovado também pelo Conselho Superior de
Ensino dos Estados de Minas Gerais e Pernambuco.
É oportuno lembrar que sua produção no gênero didático
prosseguiu nas décadas seguintes. Na segunda metade dos anos
1930 retomou essas publicações, lançando, em parceria com Josué
de Castro, em 1937, A festa das letras, primeiro volume da Série
Alimentação, que a Livraria Globo de Porto Alegre organizou a
título de colaboração para uma campanha lançada em âmbito na-
cional. Em 1939 lançou, ainda pela Globo de Porto Alegre, a obra
Rute e Alberto resolveram ser turistas, livro adotado pelas escolas pú-
blicas para o ensino de ciências sociais no 3º ano elementar. Rute e
Alberto foi adaptado para o ensino da língua portuguesa nos Esta-
dos Unidos da América (Boston, D.C. Heath, 1945).
Encerrou a década de 1920 com grandes projetos no âmbito
da educação. O primeiro deles envolveu o concurso para a cátedra
de literatura vernácula da Escola Normal do Distrito Federal. A
capital da República assistia, então, à implantação da Reforma de
Ensino promovida por Fernando de Azevedo. Como parte dessa
Reforma foram criadas vagas para o cargo de professor catedrático
da Escola Normal e abertos os concursos para seu preenchimento.
Cecília confidenciou ao marido, em correspondência, a intenção de
se submeter ao concurso para ocupar a cátedra de literatura vernácula,
para o qual se preparava com afinco, preparação essa considerada
condição primordial para realizá-lo.
Em 1930 foi realizada a primeira etapa do concurso, a de de-
fesa de tese. Cecília defende sua tese O espírito victorioso,
12
cujo preâm-
bulo, “A escola moderna”, constitui-se num elogio à nova edu-
12
Para o concurso, o candidato deveria apresentar alguns exemplares impressos de sua
tese. Cecília defendeu a Escola Moderna, com ênfase na formação de um novo tipo de
professor. Em 2 de setembro de 1930, apresentou uma síntese de sua tese na Página de
Educação do Diário de Notícias, sob o título “A significação da literatura na formação do
professor: de ´O Espírito Victorioso´, these (sic) apresentada ao concurso de Literatura
da Escola Normal”. Ao lado da reportagem, sua coluna intitulada Comentário aborda o
tema “O respeito pela vida”.
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16
ANTONIO GRAMSCI
cação, seguindo-se uma reflexão sobre uma de suas constantes
preocupações: a formação do professor.
Nessa tese Cecília destacou os princípios de liberdade, de inteli-
gência, de estímulo à observação, à experimentação, introduzidos pela
Escola Moderna. Para desenvolvê-la, formulou duas indagações. A
primeira provoca e conduz a reflexão sobre o espírito vitorioso: se
não quisermos ser um estorvo, “que passado queremos ser nós para esses que,
no presente, são apenas uma probabilidade futura”? A segunda orienta sua
escolha na arte de dirigir o espírito da investigação: “Tudo se encadeia
nesta sucessão: instruir para educar, educar para viver e viver para quê ?”
13
Posto que o objeto de seu estudo ultrapassava os limites de
um campo específico (“mais misterioso, aonde se vai por sendas
mais difíceis, mais entrecruzadas, mais sombrias e mais secretas”),
e ainda que seja próprio da História e da Sociologia da Educação
interrogá-lo, pondera ser oportuno abrir as fronteiras dessas disci-
plinas para nelas introduzir a Literatura, porque, segundo ela, trata-
se de um problema no qual “é o próprio homem, é a sua talvez única
realidade, a realidade espiritual, interrogando a sua mesma razão de ser. Uma
constatação e um desconhecimento. E uma necessidade angustiosa de uma recon-
ciliação entre os dois”
14
. E acrescenta:
Primeiro, o homem percebeu o seu mistério e depois, então, anda
procurando desvendá-lo. E se há um caminho onde se possa
acompanhá-lo, lado a lado, no seu longo percurso interior, esse está
nas palavras que nos deixou escritas e que foram o corpo do seu
pensamento. E resumiram uma vida diferente, às vezes, de todos os
dias, mas de realidades, frequentemente ainda mais fortes.
15
Na primeira etapa do concurso, dos oito candidatos inscri-
tos,
16
três foram reprovados na prova de defesa de tese e três
13
Meireles, Cecília. O espírito victorioso. Rio de Janeiro, Editora Anuário do Brasil, 1929,
p.19.
14
Idem, p. 18.
15
Idem,Ibidem pp. 19-20.
16
Desistiram das duas provas restantes – prova escrita e prática – os professores
Homero Pires, Sylvio Júlio e Oswaldo Orico.
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17
COLEÇÃO EDUCADORES
desistiram em razão das notas obtidas nessa prova. Somente dois
candidatos continuaram disputando o concurso de literatura
vernácula: Cecília Meireles e Clovis do Rego Monteiro.
17
O resultado da classificação dos dois candidatos na prova escri-
ta
18
apontou o professor Clovis do Rego Monteiro com uma nota
superior em meio ponto à de Cecília. “Os examinadores, senhores Amo-
roso Lima e Antenor Nascentes, concederam um ponto a mais ao sr. Clovis
Monteiro, sendo que os senhores Coelho Neto e Nestor Victor deram a ambos a
mesma nota” (O Globo, Rio de Janeiro, 23 ago. 1930, primeira página).
A última etapa do concurso, a prova prática, foi realizada no
dia 26 de agosto. A prova constou de uma preleção em forma de
aula para alunas da Escola Normal, sobre o ponto sorteado no
dia anterior:
Escritores do último quartel do século XVIII que merecem especial
atenção: Souza Caldas, Jaboatão Frei Gaspar de Madre de Deus,
Pedro Jacques Paes Leme. Vista retrospectiva do movimento literá-
rio no Brasil, no século XVIII. Principais centros intelectuais.
Os concursos para o cargo de professor catedrático que se
realizaram no fim da década de 1920 e início da década de 1930
não só despertaram o interesse do público
19
como provocaram
intensa polêmica. A imprensa acompanhou de perto a discussão
17
Advogado, filólogo, poeta e escritor, Clóvis Monteiro exercia a docência no Colégio
Pedro II e era, naquele momento, membro do Conselho Nacional de Ensino. No concurso,
defendeu a tese Traços do Romantismo na poesia brasileira, publicada em 1929 pela
Tipografia d’A Encadernadora, no Rio de Janeiro. Sobre Clóvis Monteiro, consultar Azeve-
do Filho, Leodegário Amarante de (Org.) Miscelânea filológica: em honra à memória do
professor Clóvis Monteiro. Rio de Janeiro: Ed. do Professor, 1965.
18
A prova escrita versou sobre “Machado de Assis, como poeta; tendências modernas do
romance em Portugal; Bernardo Guimarães em relação a nossa novelística; tendências
fonéticas do português falado no Brasil; João Francisco Lisboa e a sua influência; e as
cartas de Mariana Alcoforado” (O Globo, Rio de Janeiro, 22 ago. 1930).
19
O interesse do público pelo concurso foi registrado na primeira página de O Globo de 26
de agosto de 1930: Terminou, hoje, pela manhã, em prova pública que teve grande
assistência o concurso de literatura vernácula na Escola Normal. [...] ficou classificado
em primeiro lugar o Sr. Clóvis do Rego Monteiro, com um total de 93 pontos e a média
final 7,84 contra 89 pontos e a média 7,512 obtidos pela Sra. Cecília Meireles”.
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18
ANTONIO GRAMSCI
em torno dos critérios de julgamento usados pelas bancas exa-
minadoras. A controvérsia em torno do concurso persistiu duran-
te e depois do concurso, muito provavelmente por envolverem
personagens conhecidas do mundo acadêmico-literário.
A própria Cecília, que já era responsável pela Página de Educa-
ção do Diário de Notícias, escreveu em sua coluna Comentário:
A Escola Normal, para qual a boa vontade da presente administração
conseguiu elevar uma tão suntuosa edificação, parece estar ameaçada de
vir a abrigar no seu solene recinto todos os adversários da Escola
Nova, instituída pela mesma reforma que a criou. [...] O concurso de
literatura ultimamente realizado deixou a Reforma Fernando de Aze-
vedo em muito má situação, ameaçada de continuar a ficar sem profes-
sores, na Escola Normal, perfeitamente conhecedores da escola primá-
ria e da sua conveniente atuação como professores de futuros profes-
sores. [...] Depois da desorientação mal intencionada do concurso de
literatura, em que os próprios examinadores, dos quais só um perten-
cia, aliás, à Escola Normal, deram as mais robustas provas da sua
completa ignorância de pedagogia de qualquer espécie, o concurso de
sociologia, cujo mecanismo interno já começa a aparecer, será outra
oportunidade para se avaliar o destino que vai ter afinal a nossa mag-
nífica Reforma de Ensino. Já começaram as discussões sobre a mesa
organizada. E muito a propósito. Porque os representantes da Igreja,
que dela fazem parte, não puderam jamais, pela própria dignidade do
seu cargo, deixar a batina à porta, como já se disse. Está no seu interes-
se e na sua obrigação religiosa defender o seu credo. E na sua opinião,
fazem, de certo, muitíssimo bem. Mas a opinião dos educadores é
outra. E essa é que tem que ser respeitada, porque a Escola Normal é
um instituto pedagógico e não um seminário.
20
E prosseguiu fazendo uma série de observações sobre “A res-
ponsabilidade dos reformadores”
21
em sua coluna diária no perió-
dico. Na análise da situação em que se encontrava a Reforma
Fernando de Azevedo, Cecília apontou os que depreciavam o mérito
20
Meireles, Cecília. Comentário “A futura Escola Normal”. Rio de Janeiro, Diário de
Notícias, Página de Educação, 21, set., 1930, p.4.
21
Título do Comentário publicado em 29 de agosto de 1930 na Página de Educação do
Diário de Notícias.
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COLEÇÃO EDUCADORES
desse empreendimento, a saber: “os elementos incapazes, os estagnados,
os inadaptáveis ao futuro, os exploradores das conveniências, dos preconceitos e
do lugar-comum”. A principal qualidade desses “inimigos silenciosos de
tudo que possa vir” era o “egoísmo utilitarista” em que “estavam perfeita-
mente instalados e nutridos”. Não seriam esses os adversários da Es-
cola Nova que estavam tentando abrigar-se na suntuosa edificação
da Escola Normal?
A crítica mais contundente, porém, era dirigida a Fernando de
Azevedo.
22
Não seria para ele a advertência do seu Comentário “A
responsabilidade dos reformadores? As palavras de Cecília pare-
cem alertar o autor da Reforma que sua parte mais importante
ainda estava por se fazer: “a transformação necessária de um ambiente ou
de uma época”. Formar uma nova mentalidade pedagógica exige
novas capacidades intelectivas, razão pela qual o novo e suntuoso
prédio da Escola Normal não poderia se transformar em abrigo
dos inimigos da reforma. Para se criar uma nova escola, um siste-
ma educacional diferente, era necessário fazer chegar às famílias e,
principalmente, aos professores, os princípios que servem de base
a sua implantação. Em suas palavras:
[...] defender uma ideia nova é imensamente mais grave que apresen-
-la. É garantir-lhe a vida, assegurar a sua esperança; demonstrar aos
idealistas que acreditam nas iniciativas generosas, que não foi traída a
sua confiança em acompanhá-las; permitir, finalmente, que se possa
realizar aquilo que deve constituir a parte profunda de qualquer refor-
ma: a transformação necessária de um ambiente ou de uma época.
Numa obra de reforma há que se considerar duas fases: a inicial, em
que se coloca o problema nos seus devidos termos, e a da efetivação,
em que esse problema começa a palpitar no interesse dos que o com-
22
Ao assumir, no Distrito Federal, a Direção da Instrução Pública, Fernando de Azevedo e
seus assessores procuraram encarar os problemas educacionais a partir de uma perspec-
tiva científica. Como medida preliminar, promoveram um recenseamento escolar, a fim de
inteirar-se, com precisão, da realidade do sistema escolar do Distrito Federal. Feita a
análise dos resultados deste censo, foram diagnosticados os problemas mais graves.
Paralelamente, Azevedo deu continuidade ao projeto de seu antecessor, Professor Carneiro
Leão, de construção de edifícios escolares próprios para atender à expansão escolar. Para
Cecília, isso não era suficiente.
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ANTONIO GRAMSCI
preenderam. Algumas vezes acontece que, por motivos vários, aquele
que teve a glória de conduzir à compreensão coletiva uma realidade
nova, de que foi o emissário, não a pode deixar construída. Chega,
então, o momento de se levantar a voz daqueles que o acompanharam
com entusiasmo, que se devem congregar para fazerem, num esforço
de conjunto, o que o chefe, no seu posto, não conseguiu fazer.
23
As observações de Cecília deixavam imediatamente visíveis as
relações objetivas entre os agentes envolvidos na vida intelectual,
naquele momento, na capital da República. De um lado, os repre-
sentantes da Igreja, cujo “interesse e obrigação religiosa” é defender o
seu credo.
24
De outro, os educadores, preocupados com a função
social da escola, interessados em “estender o ensino a toda a população
em idade escolar, [...] em adaptar o novo organismo ao meio social e às ideias
modernas segundo as quais os alunos devem ser preparados para a vida e para
o trabalho”.
25
Cecília entendia (e defendia) que a “Escola Normal é um
instituto pedagógico e não um seminário e, portanto, deve ser um espaço
para os educadores “idealistas que acreditam nas ideias generosas
26
de-
senhar uma nova face da escola, tornando-a diferente, sob uma
perspectiva humanística não religiosa.
Era, pois, chegado o momento de se levantar a voz daqueles
que acompanharam com entusiasmo “o chefe”, congregar forças
e efetivar o segundo momento da reforma, fazendo palpitar no-
vamente o interesse dos que compreenderam a importância do
empreendimento da construção da escola moderna. Tomando a
si essa tarefa, torna-se a voz mais importante do movimento reno-
vador da educação brasileira, uma página da educação.
23
Meireles, Cecília. Comentário “A responsabilidade dos reformadores”. Página de Edu-
cação. Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 29 ago. 1930, p.4.
24
Após a Revolução de 1930, o Governo Provisório de Getúlio Vargas iniciou uma política
de aproximação com a Igreja Católica, resultando na reintrodução do ensino religioso nas
escolas públicas.
25
Azevedo, Fernando. A Reforma de Ensino no Distrito Federal (discursos e entrevistas).
São Paulo: Companhia Melhoramentos de São Paulo, 1929, p.84.
26
Meireles, Cecília. “A futura Escola Normal”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, 21, set., 193, p.4.
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21
COLEÇÃO EDUCADORES
Cecília Meireles: uma página de educação brasileira
27
Não te aflijas com a pétala que voa:
Também é ser deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
Mortas intactas pelo meu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
Ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
Por desfolhar-me é que não tenho fim.
28
A Página de Educação do Diário de Notícias
29
foi criada a 12 de
junho de 1930 com o objetivo de propor o desenvolvimento da
educação popular, examinar questões pedagógicas e apresentar ao
público o noticiário de ensino, acompanhado ou não de comentários.
Tudo que se relacionar com educação e ensino – desde a escola primá-
ria até a universidade – será nestas colunas objeto de uma constante
preocupação. Comentando imparcialmente atos das autoridades,
discutindo as novas ideias ou julgando os resultados de intensa
experimentação que está se realizando em muitas escolas desta capi-
tal e de alguns estados, procurando proporcionar ao professorado
argumentos para acompanhar de perto a renovação pedagógica do
momento, e aos entendidos no assunto a oportunidade para um
juízo seguro a respeito de todas as novas iniciativas.
30
Em diferentes partes, a composição da Página de Educação
incluía, além de notas editoriais, reportagens ilustradas, propagan-
das, resenhas bibliográficas, notícias do movimento educacional
27
A diagramação da Página de Educação obedecia a uma estrutura na qual se destaca-
vam a coluna Comentário, do lado esquerdo da página, e no espaço central, mais amplo
e sempre com ilustrações – fotos, desenhos –, a coluna “Uma página de educação de ...”
(dedicado a um educador, filósofo, romancista, com entrevistas e textos). A inspiração
para nomear este capítulo vem, portanto, de Cecília.
28
Meireles, Cecília. 4° motivo da rosa. In: Poesia completa, op. cit., p. 524.
29
O jornal Diário de Notícias foi criado pelos jornalistas Orlando Ribeiro Dantas, Nóbrega
da Cunha e Alberto Figueiredo Pimentel, em 12 de junho de 1930, e tinha como redator
chefe João Maria dos Santos. Nóbrega da Cunha era amigo de Correia Dias e de Cecília.
Foi, inclusive, padrinho de uma das filhas do casal.
30
Meireles, Cecília. Página de Educação. Diário de Notícias. Rio de Janeiro,12, junho,
1930, p.5.
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22
ANTONIO GRAMSCI
do país e do estrangeiro e, diariamente, “um ou mais artigos de
colaboração, firmados por especialistas de reconhecido valor, en-
tre os quais figuram notabilidades europeias e americanas.
31
A representação gráfico-visual da página trazia, no alto, em um
conjunto finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pon-
tos distintos, como uma moldura, o seu título Página de Educação.
32
Nessa Página de Educação, Cecília fez entrevistas e escreveu a
coluna diária Comentário,
33
durante o período de 12 de junho de
1930 a 12 de janeiro de 1933,
[...] época em que se delineia o campo de Educação, marcadamente
escolanovista, cuja moldura foi, em grande parte, obra plástica de
Cecília Meireles. A educadora-jornalista abre uma trincheira em sua
página de jornal, de onde conversava com os educadores Anísio
Teixeira, Fernando de Azevedo, Frota Pessoa, entre outros,
34
sobre
suas teses orientadoras das Reformas de Ensino que ora se implan-
tavam, fazendo nascer a sombra do campo da educação.
35
31
Idem.
32
Trata-se do mesmo desenho que, ainda criança, Cecília desenhava na parede de seu
quarto. Conferir em Olhinhos de gato (Rio de Janeiro: Editora Moderna, 1980, p. 20). “Ela
mesma não sabe como foi: ela descobriu com surpresa uma coisa que não acaba [há
coisas que não morrem, infinitas, no desenho da parede]. E dorme tranquila, com esse
descobrimento”. Sobre esse desenho e o livro Olhinhos de gato, consultar Neves, Marga-
rida de Souza. Paisagens secretas: memórias da infância. In: Neves, Margarida de
Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, Ana Chrystina (Orgs). Cecília Meireles: a poética da
educação. Rio de Janeiro: PUC- Rio; Loyola, 2001, p. 23-39.
33
Sobre a Página de Educação consultar Mignot, A. C. V. Antes da despedida: editando
um debate. In: Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, Ana Chrystina (Orgs).
Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro: PUC - Rio; Loyola, 2001, pp.
149-171.
34
São muitos e diversos os personagens entrevistados e os convidados especiais (os
colaboradores) que Cecília escolheu para escrever sobre educação. Em todos eles, porém,
algo comum: a marca “dos grandes inspiradores”, em todas as áreas do conhecimento
humano, “homens que ficam eternamente como um facho sempre aceso iluminando o
mundo”: Roal Amundsen, Pierre Michailowsky, Kou-Hung-Ming, Anatole France, João de
Barros, Fernanda de Castro, Eduardo Spranger, Angelo Patri, Eduardo Claparéde, Gerardo
Seguel, Yrjo Hirn, Maria Montessori, para registrar somente os colaboradores dos primeiros
meses da Página de Educação do Diário de Notícias.
35
Lôbo, Yolanda. Memória e educação: O espírito victorioso de Cecília Meireles. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, MEC/INEP, n. 187, p. 527, 1996.
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23
COLEÇÃO EDUCADORES
Segundo ela, aquele era o momento do “renascimento peda-
gógico” e podia-se sentir uma atmosfera que se preparava para a
transição da escola clássica para a moderna. “Como estamos numa
época de transição, em que não se distinguem ainda nitidamente os
problemas educacionais nem o valor dos indivíduos a resolvê-los,
acontece confundirem-se também as suas qualidades, pela falta de
um ponto de vista seguro e isento”.
36
Esse movimento do ar na direção do espírito vitorioso precisa-
va se prolongar do isolamento de sua forma restritamente individu-
al para uma participação com outras formas coletivas, e ele se faz
pelas palavras. Como tornar conhecidas as palavras que fazem “flo-
rir todos os impossíveis desejados”, capazes de formular um ponto
de vista seguro, senão abrindo um espaço no jornal para trazer “um
facho sempre aceso iluminando o mundo”?
37
Quem, melhor do
que o professor Adolpho Ferrière,
38
poderia explicar aos leitores da
Página de Educação “Como o diabo criou a Escola Clássica”?
39
Com uma grande foto de Ferrière, Cecília transcreveu texto
deste autor, publicado originalmente na revista Educación
40
:
Certo dia, o diabo veio à Terra e com grande despeito comprovou
que ainda havia nela homens que acreditavam no bem. Como este
personagem possui um fino espírito de observação, pôde logo veri-
ficar que essas pessoas apresentavam certos rasgos comuns de cará-
ter. Eram bons porque acreditavam no bem; eram ditosos porque
eram bons; viviam tranquilos e serenos porque eram ditosos; e o
36
Meireles, Cecília. Comentário “Qualidades do professor”. Diário de Notícias, Rio de
Janeiro, 10 agosto de 1930, p. 7.
37
Meireles, Cecília. Página de Educação, Diário de Notícias em 9 de agosto de 1930.
38
O educador suíço Adolpho Ferrière dirigia a revista Pour L´Ère Nouvelle e era um dos
interlocutores de Fernando de Azevedo. Vale acrescentar que, em 1931, a revista Pour
L´Ère Nouvelle dedicou um número à Escola Nova do Brasil, com artigos de educadores
brasileiros, entre eles, Fernando de Azevedo e Deodato de Carvalho, sob o título: L´Education
Nouvelle du Brèsil. Pour L´Ère Nouvelle, ano 10, n. 67, abr. 1931.
39
Título do artigo de Ferrière.
40
Trata-se da revista Educación, órgão mensal do Ministério de Instrução Pública e Belas
Artes da República do Equador. Transcrevo aqui somente poucos parágrafos do longo
texto que ocupou toda a Página de Educação do dia 9 de agosto de 1930.
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24
ANTONIO GRAMSCI
diabo, do seu ponto de vista, julgou que nem tudo ia bem nesse
mundo, e pensou num meio de mudar esse estado de coisas.
Então disse consigo: “A infância é o porvir das raças; comecemos
pela infância”.
E apareceu aos homens como enviado de Deus e um reformador da
sociedade, declarando: “Deus exige a mortificação da carne, e ela deve
começar pela infância. A alegria é pecado, o riso, blasfêmia; as crianças
não devem conhecer a alegria nem o riso. O amor materno é um
perigo; é preciso afastar as crianças de sua mãe, a fim de que ela não
seja um obstáculo à sua comunhão com Deus. É preciso que a ju-
ventude saiba que a vida é esforço; saturai-a de trabalho (em latim,
tripalium, instrumento de tortura); saturai-a de tédio. Que seja bani-
do tudo quanto possa despertar interesse; só é bom o trabalho
desinteressado; se nele se introduz o prazer, é a perdição”.
Assim tendo falado o diabo, a multidão inclinou a fronte para o
chão, gritando: “Queremos salvar-nos: que é preciso fazer”?
– Criai a escola!
E, sob as indicações do diabo, foi a escola criada.
A criança ama a natureza; amontoam-na em salas fechadas; quer
brincar; fazem-na trabalhar. [...]
Imediatamente o regime frutificou. Em breve aprenderam as crian-
ças a adaptar-se a estas artificiais condições de vida. [...] aprenderam,
então, o que jamais teriam aprendido sem esse sistema: souberam
fingir, enganar, mentir. [...] A escola esforça-se em mortificar, à força
de castigos e de trabalhos suplementares, o discípulo que qualifica de
insolente porque nele transborda a alegria de viver e a energia vital;
ou castiga como preguiçoso, ao que pelo seu temperamento é levado
a fazer gazetas, qualificando como pecados os sãos instintos de defe-
sa dos espíritos retos. No momento, o êxito parecia certo e o diabo
vitorioso. Todos os professores da escola o tinham por santo, a que
rendiam devoção, trabalhando para matar a alma da criança, torcendo
o pescoço à sua espontaneidade, obscurecendo-lhe a memória, false-
ando-lhe a razão, engorgitando-as de ciência livresca. “A ciência é
inútil; não o esqueçais – gritava o diabo – o desinteresse, o dever
pelo dever, o esforço pelo esforço”. – O tédio pelo tédio – exclama-
ram as crianças inteligentes que, aplicando o ouvido à porta e o olho
ao buraco da fechadura, tudo tinham ouvido e adivinhado.
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COLEÇÃO EDUCADORES
E desde então vereis o que se passou. Conformando-se com os
ditames do diabo, uma boa parte da raça definha, enfraquece, chega a
ser passivamente desinteressada por tudo. A saúde não pode resistir
ao regime de imobilidade, do silêncio, do ar confinado, das pesadas
horas de trabalho, dos estudos sem interesse, de sistemática negação
de toda espontaneidade.
41
O que Cecília desejava mostrar, com o texto de Ferrière, eram
as principais características da escola tradicional – imobilidade, si-
lêncio, desinteresse, ausências de liberdade e de espontaneidade –
para contrastar com os princípios orientadores de uma nova e
audaciosa perspectiva pedagógica, que outorga aos homens a li-
berdade de viverem de acordo com o seu pensamento. Produ-
zindo a oposição entre o tradicional e o novo espírito da educa-
ção, mostrava a profundidade ignorada do processo educativo e
denunciava a ilusão da transparência de uma prática de pré-cons-
truções naturalizadas e, portanto, ignoradas como tal, posto que
socialmente construídas. Para ela, era preciso estabelecer novos
princípios capazes de romper com essas pré-construções e, ao
mesmo tempo, introduzir uma nova atitude pedagógica.
As aspirações da escola moderna eram outras e diferentes da-
quelas da escola tradicional. O destaque, justamente, era promover a
liberdade e a espontaneidade do ser humano, principalmente da cri-
ança. Na escola moderna, “a criança é a origem e o centro de toda
atividade escolar”
42
, para usar uma expressão de Anísio Teixeira.
Assim sendo, foi para a criança que Cecília dedicou a primeira
edição da Página de Educação, com o texto “A imaginação des-
lumbrada da criança”
43
, e ilustrações feitas por crianças:
41
Página de Educação. Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 9 agosto de 1930, p. 7.
42
Para Anísio Teixeira, “não é somente o desejo de dar liberdade à criança que dirige os
educadores, é sobretudo a impossibilidade de a negar, se querem construir obra de educa-
ção respeitável e sincera. Dessa premissa da criança autônoma e livre é que temos de partir
para a aventura da reconstrução educacional”. Cf. Teixeira, Anísio. Educação progressiva:
uma introdução à filosofia da educação. São Paulo: Editora Nacional, 1934, p.53 e 57.
43
Meireles, Cecília. Comentário “A Imaginação deslumbrada da criança”. Página de
Educação. Diário de Notícias. Rio de Janeiro, 12 de junho de 1930, p.4.
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26
ANTONIO GRAMSCI
Em toda criança preservada ainda dessa opressão dos preconceitos que
sobre elas costuma exercer a deformadora tirania dos adultos, em toda
criança que vem evoluindo livremente de dentro de si mesma com essa
misteriosa orientação que faz as plantas romperem as sementes para,
atravessando o duro solo, realizarem em pleno sol a intenção do seu
destino, mora uma alma deslumbrada, enfrentando a vida como um
grande espetáculo mágico, e elaborando, diante de cada coisa que con-
templa, o sonho silencioso das suas próprias interpretações.
Neste primeiro convívio com o mundo, tudo as faz comple-
tamente maravilhoso: como os sentidos apenas ensaiam suas apti-
dões, as formas, as cores, os sons representam, a cada instante, um
milagre novo.
44
Todavia, diz Cecília, as intenções da escola moderna já se fazi-
am presentes na inquietude “daqueles que, em passados vários,
contemplaram o processo da vida e a formação humana de um
ponto que lhe permitisse uma visão universal e total.
45
Para sus-
tentar sua argumentação, Cecília traz aos leitores “Uma bela pági-
na de psicologia, a infância de Pierre Nozière”
46
(Anatole France):
Com essa clareza de ver e essa finura de revelar, ninguém melhor que
Anatole para trazer à superfície o mundo encantado da infância. E
esta página que aqui reproduzimos mostra como o grande artista
soube sentir a vida das crianças, como a tomou nas suas mãos inte-
ligentes sem a oprimir, sem a deformar, com esse tato de quem toma
todo o perfume de uma flor sem lhe mudar a cor de uma pétala com
a sua violência, sem alterar uma curva do seu contorno com a sua
precipitação. Como soube fazer na sua memória um asilo claro e
puro para o passado sem fim...
47
44
Meireles, Cecília. Comentário “A Imaginação deslumbrada da criança”. Página de
Educação. Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 12 jun. 1930, p. 4.
45
Meireles, Cecília. O espírito victorioso, op. cit., p. 29.
46
Pierre Nozière é o segundo livro, dos três romances autobiográficos de Anatole France,
publicado em 1918. O primeiro deles, lançado em 1888, foi O livro de meu amigo. O
terceiro, La vie en fleur, em 1922.
47
Página de Educação. Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 15 jul. 1930, p. 7.
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27
COLEÇÃO EDUCADORES
O corpo central da Página de Educação, nos primeiros seis
meses, foi dedicado aos “inspiradores” e “realizadores” da obra
educacional
48
, na coluna “Uma Página de [...]”
Em 9 de novembro de 1930, Cecília apresentou aos leitores
“Uma Página de Educação de Maria Montessori: o mundo das
crianças e o dos adultos”. “Na página que hoje publicamos vêm
expostas as ideias básicas do seu método [de Montessori]: desen-
volvimento da energia infantil mediante liberdade, atividade e in-
dependência da criança”.
No mês seguinte, em dois dias seguidos, 23 e 24 de dezem-
bro, Yrjo Hirn escreveu um texto – “Os brinquedos e a sua rela-
ção com a vida humana (I e II) abordando o caráter educativo
dos brinquedos
49
: [...] encontram-se, desde logo, objetos que não deixam de
ser instrutivos”. O autor não se refere a brinquedo como jogo, mas
ao próprio objeto material.
Pode-se observar que a apreciação do brinquedo como função
educativa vinha sendo objeto de uma série de observações feitas
por Cecília em seus comentários, com o objetivo de esclarecer os
leitores adultos sobre o uso dos brinquedos no mundo infantil. Em
A criança e os brinquedos”, matéria do Comentário de 10 de outu-
bro de 1930, Cecília diz que a causa mais frequente de desentendi-
mento entre o mundo dos adultos e o da infância reside no que cada
um deles pensa a respeito de um brinquedo.
48
Cecília queria familiarizar os leitores, principalmente os professores, com a nova
pedagogia. Ela fez uma enquete para saber o que pensavam os professores sobre a
renovação educacional e qual a orientação que imprimiam às suas aulas. O resultado da
enquete a deixou preocupada. “Pensavam o seguinte: os educadores [...] gente longín-
qua. Meio inexistente. Nomes confusos. Personalidades? Assim [...] Vagamente. Dizem
que o dr. Decroly estuda anormais [...] A Montessori é aquela dos jardins de infância, mais
o Fröbel [...] Também existe Ferrière [...] Orientação? Oh! Tudo muito complicado [...]
Métodos e mais métodos, cada qual mais extravagante [...] Quanto à criança [...] Se com
os processos antigos não aprendia, ali obrigada, sem recreio, com zero a tinta vermelha no
caderno, e castigo no canto da sala, quanto mais agora, com essa liberdade toda, podendo
fazer o que quer [...] . Comentário “Formação de Professores”. Página de Educação.
Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1930, p. 7.
49
O autor examina alguns brinquedos mais comuns, como chocalho e máscaras.
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28
ANTONIO GRAMSCI
No desejo do adulto, o brinquedo devia ser uma coisa bonita feita
para encantar a criança, interessá-la, mas, ao mesmo tempo, desper-
tar-lhe um tal respeito, ou pela sua beleza, ou pelo seu valor, que ela
não se atrevesse a tomá-la nas mãos senão em certas horas, durante
um certo tempo, e de certa maneira. Resumindo: que não a estragas-
se. [...] A criança vê o brinquedo, e gosta ou não gosta dele, segundo
ele está ou não de acordo com os seus interesses psicológicos, segun-
do o desenvolvimento das suas faculdades carece deste ou daquele
motivo de expansão. Então, serve-se do brinquedo de acordo com
essas necessidades interiores, sem que lhe passe pela cabeça que é
preciso brincar com cuidado, a não ser quando assim lho repetem –
embora sem resultado – os adultos. [...] os pais se entristecem [...]
quando veem os filhos inteiramente satisfeitos com brinquedos que
lhes parecem desprezíveis: bonecos de trapos, carrinhos feitos com
latas de biscoitos, casas de caixas de papelão, vestidos compridos
arranjados com panos velhos ou novos [...] bandeiras de papel, cola-
das com sabão, colares de botões, anéis de fio de linha e outras coisas
do gênero. [...] É que, em primeiro lugar, o brinquedo que se dá a
uma criança geralmente não corresponde aos seus interesses biológi-
cos. Quando a criança está embevecida com as formas e as cores, dão-
lhe coisas de mecânica complicada. Quando está na idade do movi-
mento, dão-lhe coisas imóveis, feitas para contemplação. Quando
requer coisas de raciocínio, não a satisfazem. É uma constante atrapa-
lhação... Em geral, a criança, dobrando o pobre brinquedo à necessi-
dade das suas funções psicológicas, converte-o em instrumento des-
sas funções, apropriando-o, modificando-o, utilizando-o, enfim.
Como são injustos os adultos! Chamam a isso – estragar! Quanto às
belas invenções das crianças, elas são a realização da sua própria vida
interior; a prática de si mesmas. [...] É por isso que o brinquedo mais
útil é aquele que a criança cria, ela mesma, que procura realizar com o
material de que dispõe. Os parentes e professores, acompanhando
esse interesse, favorecendo-o, orientando-o sem o oprimirem, con-
correriam de um modo vantajosíssimo para a alegria da infância, ao
mesmo tempo que a estariam educando, através da execução daquilo
que ela tanto aprecia: o brinquedo.
Sob essa perspectiva, portanto, o [objeto] brinquedo é instru-
mento estimulador da inventividade infantil, que a escola e a família
devem dele tirar proveito, ativando a espontaneidade da criança.
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29
COLEÇÃO EDUCADORES
Não somente o brinquedo, mas os jornais infantis
50
– também fru-
tos dessa espontaneidade – são caminhos “de acesso aos mistérios da
alma da criança”. Mas, para se chegar a esse caminho, alguns cuidados
são necessários. Quando nos aproximamos do mundo infantil, diz
Cecília, “o primeiro cuidado que devemos ter é o de agir de tal modo, que entre
nós e as crianças se estabeleça uma ponte de absoluta confiança, por onde possamos
ir até elas, e elas, por sua vez, sejam capazes de vir até nós”.
51
Em primeiro lugar, portanto, é preciso criar um ambiente de
simpatia e de confiança que estimule o ânimo da criança para mos-
trar toda “sua vida profunda, todos os seus impulsos silenciosos, tudo que ela em si
mesma começa a ver como mundo novo, surgindo dentro do mundo existente”.
52
Em segundo lugar, privilegiar menos a “escrita certa” – “que é
uma algema, quase sempre, detendo a sua revelação interior” – e mais a auten-
ticidade e a espontaneidade da criança. “Estimular essa revelação da alma
infantil é meio caminho andado para a obra de educação”,
53
afirma Cecília.
Destarte, o educador deve cuidar para estimular a produção
de documentos infantis – diário, jornal, poema, carta – evitando,
porém, “que os seus alunos venham a pensar tal qual ele pensa”, para não
agrilhoá-los ao passado”. O grande educador, diz Cecília, “quer que
eles [os alunos] cheguem à sua própria floração, cercados de todos os elementos
favoráveis, com a garantia da sua inviolada plenitude”.
54
Cecília assinala que, para tornar a escola atraente, é importante
considerar não somente a relação pedagógica entre professor e
alunos, mas, também, transformar o ambiente físico da escola.
Para isso, faz um convite aos professores:
– “Vamos pôr fora todas essas coisas velhas?”
50
Titulo do Comentário publicado em 22/10/ 1930. Página de Educação. Diário de Notícias.
51
“Nós e as crianças”, Comentário. Página de Educação. Diário de Notícias, em 24/10/
1930.
52
“Os jornais infantis”, Comentário. Página de Educação. Diário de Notícias em 22/10/
1930.
53
Idem.
54
Ibidem.
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30
ANTONIO GRAMSCI
–“Vamos ordenar uma limpeza geral nas escolas, ainda que fiquem ape-
nas os bancos para as crianças se sentarem?”
55
Tudo o que exercesse uma ação perniciosa sobre crianças e pro-
fessores deveria ser retirado da escola, para torná-la atraente. Não
somente o “mobiliário feio, as paredes sujas, os enfeites fora de moda” deve-
riam desaparecer, mas todo “o conjunto das hostilidades” ainda presente
na escola, herança da estrutura organizacional da escola tradicional.
[Os professores] Deixam a sua casa florida, alegre, clara, onde a vida
também canta, sedutoramente. Encontram a escola com o conjunto
das suas hostilidades: o relógio feroz, que não perdoa os atrasos do
bonde; o livro de ponto ferocíssimo, com a sua antipática roupagem
de percalina preta e a sua sinistra numeração, pela página abaixo. [...]
De toda a parte surgem objetos detestáveis: réguas, globos
empoeirados, borrachas revestidas de madeira, tímpanos, vidros de
goma arábica, todas essas coisas hediondas que se convencionou
fazerem parte integrante da fisionomia da escola, e que são acredita-
das indispensáveis e insubstituíveis. Coisas mortas. Coisas de ou-
tros tempos. Coisas que se usaram nas escolas de nossos avós e de
nossos pais. Não se pode pensar em familiaridade, em proximidade
infantil, em vida nova, em educação moderna, no meio dessa quan-
tidade de mata-borrões, de mapas com demarcações arcaicas, de ba-
lanças que não funcionam, de moringas de gargalo quebrado, de
caixinhas de sabonete para guardar giz, e das coisinhas armadas nas
taboinhas dos armários chamados museus, nas quais não se pode
bolir para não estragar, e que têm um rotulozinho em cima, tal qual
os vidros de remédio.
56
Mas por que os professores não tomam a iniciativa de modi-
ficar esse ambiente? Cecília aponta o conjunto de razões que im-
pedia a reorganização pedagógica da escola no Brasil:
Porque acima da sua vontade estão acumuladas muitas rotinas de
outras vontades. Porque, algumas vezes, a manifestação de um na-
tural bom gosto, de uma cultura mais apurada servem de base a
ridículas insinuações, e a crítica mordazes. Porque ainda não temos,
55
“A Escola Atraente”, Comentário publicado em 31 de julho de 1930. Página de Educa-
ção. Diário de Notícias
56
Idem.
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31
COLEÇÃO EDUCADORES
infelizmente, uma totalidade de professores capaz de agir simultâ-
nea e solidariamente nesta obra de reorganização pedagógica que
representa, para o Brasil inteiro, uma etapa de progresso que todos
os esforços devem denodadamente acentuar.
57
Pode-se observar que, de junho a dezembro de 1930, os temas
abordados por Cecília na Página de Educação formam um conjun-
to articulado de ideias, valores, opiniões, crenças, que expressam e
reforçam as relações que conferem unidade ao grupo dos pioneiros
da nova educação. Neste sentido, a Página de Educação cumpria a
função de formar juízos favoráveis, junto aos professores, pais e
responsáveis, às novas atividades educacionais que se desejavam im-
plantar, fundamentadas nos princípios da Escola Moderna.
58
Para compor a nova face da educação, durante o mês de ou-
tubro Cecília focou suas atenções no professor e na criança.
59
Os
títulos de seus comentários
60
indicam que esses temas se sobre-
põem a qualquer outro e têm o propósito de retirar “a presença
ativa de experiências passadas entranhadas em cada professor sob a forma de
esquemas de percepção, de pensamento e de ação”
61
que aprisionavam a
prática docente e obstruíam o caminho da renovação pedagógica.
57
Ibidem.
58
Sobre Cecília Meireles e os ideais da Escola Moderna consultar Strang, Bernadete de
Lourdes Streisky. Sob o signo da reconstrução: os ideais da Escola Nova divulgados pelas
Crônicas de Educação de Cecília Meireles. Dissertação de Mestrado. Departamento de
Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.
59
Cecília formula uma ideia original para a prática pedagógica, a partir de uma nova
concepção de infância. Leitora de Pestalozzi, Decroly, Montessori, Ferrière, Claparède,
entre outros, Cecília se inteirava das novas abordagens introduzidas pela Escola Nova no
processo de socialização da criança.
60
“A consciência dos educadores”; “A ideologia dos educadores”; “A esperança do educa-
dor”; “As qualidades do educador”; “A criança e o segredo”; “A criança e os brinquedos”;
“Jornais infantis”. Uma das preocupações de Cecília diz respeito à saúde do professor,
objeto de seu Comentário “As condições físicas do professor”. Para ela, “Não há nada mais
lamentável na vida de um educador do que as crises por que frequentemente passa em
consequência do próprio exercício da sua profissão”. (Comentário de 4 de julho de 1930)
61
Lôbo, Yolanda. O ofício de ensinar. In: Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda;
Mignot, A.C. Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro, editora Puc - Rio
e Loyola, 2001,p. 70.
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32
ANTONIO GRAMSCI
O trabalho da educadora-jornalista, nesses primeiros meses
de existência da Página de Educação, teve o objetivo de propagar
os princípios norteadores de uma nova concepção de educação.
Para isso, organizou as matérias da Página em dois blocos com-
plementares. Em sua coluna Comentário, traduzia, por meio de
uma linguagem coloquial, clara, despresumida – “uma conversa
62
para fazer “nascer a sombra” –, conceitos fundamentais de teorias
de educação. A coluna central – “Uma página de ...” – apresentava
personagens que materializavam esses conceitos na obra de educa-
ção no Brasil e no mundo.
No entanto, eclodindo o movimento militar que culmina com a
deposição do Presidente Washington Luis e a subida ao poder de
Getúlio Vargas, novas inquietações apareceram em seus comentários.
É oportuno lembrar que o grupo fundador do Diário de Noti-
cias, simpatizante da Aliança Liberal que alçou Getúlio Vargas ao
poder, apoiou o movimento revolucionário de 1930. Segundo
Valéria Lamego,
63
o clima da redação do Diário de Notícias tinha a
mesma aura política que suscitou sua fundação”. Lamego cita Depoimento
de Carlos Lacerda em que afirma: “o jornal era um centro de debates
em torno da ocupação da Revolução de 30”. Contudo, percebendo que
Getúlio Vargas não tinha intenção de convocar a Assembleia Na-
cional Constituinte, o jornal aliou-se à Revolução Constitucionalista
de São Paulo, em 1932.
64
O novo panorama político,
65
certamente, não poderia deixar
62
Em carta dirigida a Fernando de Azevedo, em 21 de março de 1934, Cecília afirma:
Conversar é fazer nascer a sombra”. Rio de Janeiro. Biblioteca Nacional. Seção Manus-
critos. Inventário Darcy Damasceno.
63
Lamego, Valéria. A farpa da lira. Rio de Janeiro: Record, 1998, p.15.
64
Em 1949, quando Vargas se lançou candidato à Presidência da República, o jornal fez
um resumo histórico sobre “Getúlio Vargas, o inimigo número um da democracia brasileira”.
65
O novo panorama político deslocou Fernando de Azevedo para São Paulo. Assume a
Prefeitura do Distrito Federal, na condição de Interventor, Adolpho Bergamini, em 24 de
outubro de 1930, e na Direção da Instrução Pública, o Inspetor de Ensino e Deputado Raul
de Farias.
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33
COLEÇÃO EDUCADORES
de ser objeto dos comentários de Cecília. Aqui e ali, a educadora
foi intercalando com outros temas o da revolução: As crianças e
a revolução”; “Educação e revolução”
66
; “Política e pedagogia.”;
“Educação artística e nacionalizadora”; “O momento educacio-
nal”; “A responsabilidade da revolução”; “Um dos resultados da
revolução”; “As iniciativas educacionais de após-revolução”.
As primeiras ações políticas tomadas por Getúlio Vargas no
âmbito da educação trouxeram preocupações para a educado-
ra-jornalista. O projeto para criar um ministério com a finalidade
de tratar os assuntos de educação nacional se concretizou com
Getúlio Vargas, que nomeou o jurista Francisco Campos titular
da pasta de educação.
67
A nomeação de Francisco Campos para ocupar o cargo de
ministro da Educação e Saúde provocou no grupo de educadores
– que na Associação Brasileira de Educação
68
defendiam um pro-
grama de educação pautado nos princípios da Escola Nova –
sentimentos de apreensão quanto aos possíveis danos que tal ato
poderia causar ao programa de educação e, com certeza, quanto à
coesão entre os membros do grupo.
66
Sob esse título, Cecília discorre sobre a formação dos professores. A Revolução a que se
refere é aquela “tentativa da formação brasileira que tivemos com a Reforma do Ensino
(Fernando de Azevedo) que se ampliou “através de uma lente gigantesca, projetando-se em
todas as atividades brasileiras, adquirindo, ao mesmo tempo, detalhes novos e mais perfeitos”.
Comentário “Problema Educacional”, Diário de Notícias, em 29 de novembro de 1930, p.7.
67
Desiludida com os primeiros atos do Governo Vargas, Cecília escreveu: “Depois da
Revolução, ficou absolutamente insolúvel o problema educacional do Brasil”. Comentário
publicado em 18 de julho de 1931, na Página de Educação do Diário de Notícias.
68
Segundo Marta Chagas de Carvalho, “A Associação Brasileira de Educação (ABE) foi
fundada no Rio de Janeiro em outubro de 1924 por um grupo de profissionais – advoga-
dos, médicos, professores, jornalistas e, principalmente, engenheiros – que, desiludidos
com a República e convencidos de que a solução dos problemas do país residia na
educação, decidiram organizar uma ampla campanha pela causa educacional, propondo
políticas, constituindo objetos e estratégias de intervenção e credenciando-se a si mes-
mos como quadros intelectuais e técnicos de sua formulação e execução” (Texto apresen-
tado na exposição “Educação pede passagem – 85 anos da Associação Brasileira de
Educação, realizada de 10/11 a 2/12/2009 na Academia Brasileira de Letras, no Rio de
Janeiro, por ocasião do IX Congresso Ibero-Americano de História da Educação).
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34
ANTONIO GRAMSCI
Em seu Comentário “Ministério da Educação”
69
, após “o sair
– sem sair” – de Francisco Campos do Ministério
70
, Cecília expri-
miu os sentimentos do grupo que, apesar do ministro, permane-
ceu lutando pela causa da educação:
Este momento é dos mais difíceis sob todos os pontos de vista,
mas, sob o ponto de vista educacional é talvez o nosso mais difícil
momento. Sobrevindo quando nos preparávamos para uma atitude
nítida em relação ao nosso máximo problema, que é o da formação
do povo, operou-se um fenômeno de dissociação entre as forças
mais prósperas
71
, e não sabemos precisamente o fim reservado às
mais belas iniciativas.
Antes da Revolução, contávamos com um certo número que, ou por
sinceridade natural ou pela determinação das circunstâncias, se empe-
69
“ O Ministério da Educação”. Comentário publicado em 16 de janeiro de 1932, p.6. “O sr.
Francisco Campos saía sem sair. Por sua livre vontade. Saía ficando”. Em “Outra vez o
Ministério”, Comentário publicado em 10 de setembro de 1931, p.6, Cecília escreveu: “Para
os desprevenidos, parece obstinação falar tanto no Ministério vago. É que esse Ministério
é uma terrível interrogação no destino novo desta terra e desta gente. [...] O governo criou
o Ministério da Educação. [...] mas, diz-se que já pensa extingui-lo ... E por que? Será que
depois do sr. Francisco Campos, é melhor desistir de tratar o problema? Isso é que não”.
70
A nomeação de Francisco Campos desagradou o grupo de educadores que acompanhou
a implantação da Reforma Fernando de Azevedo. Cecília considerou essa nomeação uma
“calamidade”, “um assalto”. No período em que esteve à frente do Ministério, Francisco
Campos introduziu por meio de decretos uma série de reformas que foram objeto de críticas
desse grupo. O decreto que introduziu o ensino religioso nas escolas foi julgado pernicioso
por Cecília em seus comentários. Em resposta ao que considerava desrespeito aos direitos
da infância, um grupo de educadores (Armanda Álvaro Alberto, Edgar Sussekind de Men-
donça, entre outros) criou a Liga Anticlerical. Atendendo convite dessa Liga, Cecília fez
uma conferência na qual registrou sua indignação com esse “famigerado decreto”.
71
Marta Chagas de Carvalho assinala que nos anos 1920-1930 a ABE foi “a principal
instância de articulação do chamado movimento de renovação educacional no Brasil. Na
campanha que promoveu na década de 1920 se constituíram e se legitimaram, aglutinados
em torno de uma causa comum, os educadores que, como grupos organizados, se
oporiam alguns anos mais tarde, na primeira metade dos anos 1930. [...] A criação do
Ministério da Educação e Saúde inaugurou espaços de poder de importância estratégica
na configuração e no controle técnico e doutrinário do aparelho escolar. Com isso,
dissolveu-se o consenso que, na década de 1920, agregava posições divergentes em
torno da ‘causa educacional’, transformando-se em acirrada disputa pela implementação
de programas político-pedagógicos concorrentes” (Texto apresentado na exposição “Edu-
cação pede passagem – 85 anos da Associação Brasileira de Educação”, realizada de 10/
11 a 2/12/2009 na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, por ocasião do IX
Congresso Ibero-Americano de História da Educação).
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35
COLEÇÃO EDUCADORES
nhavam numa obra comum. [...] Resta-nos um pequeno grupo.
Um pequeno grupo capaz de grandes coisas. Capaz até dessa coisa
imensa que é não carecer de se tornar maior...
Para Cecília, a junção da Educação e Saúde em um só ministé-
rio era um erro, porque não somente acirrava a disputa entre médi-
cos e educadores (e os médicos eram mais numerosos que os edu-
cadores, e a medicina, uma “coisa mais acreditada que a pedagogia”), mas
por tirar do foco o problema maior: a educação. Assim, diz Cecília,
Aguardamos, pois, mais uma calamidade, mais um assalto ao nosso
ministério principal, ou mais um descuido – se porventura a tre-
menda experiência realizada com o Sr. Francisco Campos não obrigar
o governo a uma demorada reflexão antes de qualquer escolha”.
72
O momento era de perplexidade e desorientação. Para ela,
[...] se a Revolução criou este ministério é porque reconhecia a sua
utilidade. Se lhe reconhecia essa utilidade é porque sabia da existência
do problema educacional, no mundo e no Brasil. Se sabia dessa
existência, estava a par dos elementos que possuía para o resolver.
No entanto, começou escolhendo o sr. Francisco Campos, que, ape-
sar de ter feito uma reforma, permitiu nela tantas provas de
incompreensão da atualidade, ou de horror à responsabilidade de a
compreender, que isso só bastaria para a contraindicação do seu nome.
E agora? Quem é que se vai pôr no Ministério vazio? Qual o pedagogo
apressado que vai por aí reclamando pagamento de serviço? Quem é
que se atreverá a tecer a sua própria desmoralização, depois do formi-
dável exemplo com que este ministério foi inaugurado? Não são
perguntas ao acaso. Não. São perguntas que ficarão esperando res-
posta, porque elas não representam a aspiração de alguns apenas,
mas o destino de todo o país, e envolvem, além disso, a confiança ou
a decepção do mundo inteiro.
73
A atuação de Francisco Campos à frente do Ministério da
Educação e Saúde provocou muita celeuma. Em “Coisas de Edu-
cação ..., Cecília apontou os erros da administração Campos,
72
“Um problema insolúvel.”, Comentário publicado em 18 de julho de 1931, p. 6. Página
de Educação do Diário de Notícias.
73
Idem.
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36
ANTONIO GRAMSCI
destacando a inabilidade do ministro no trato de questões educa-
cionais e os desvarios de seus atos; para ela, a “instabilidade das ideias
e das preocupações neste começo de tempos novos” havia colocado em se-
gundo plano a obra de educação. E, com perspicácia, concluiu:
A primeira coisa que caracteriza, pois, a atuação do sr. Francisco Cam-
pos, é a inatualidade dos seus pensamentos sobre educação. [...]
Efetivamente, tomar conta de um cargo é coisa relativamente fácil.
Mas poder desempenhá-lo é outra coisa, muitíssimo diferente...
74
Sobre o conjunto de reformas decretadas pelo Ministro
75
, a
educadora ponderou: “se a sede do Sr. Francisco Campos, ao invés de
ser de mando e de autoridade, fosse apenas de popularidade, já devia estar
satisfeita a esta hora, porque não há jornal que não escreva, por dia, pelo
menos um artigo contra a sua anunciada reforma, que, afinal, sempre saiu
maiorzinha que o rato da montanha, mas de muito pior natureza…”
76
O Decreto nº. 19.941 de 30 de abril de 1931, que institui o
ensino religioso nas escolas públicas, matéria de caráter facultati-
vo para os alunos, chocava-se frontalmente com o princípio de
laicidade do ensino, defendido pelos educadores da Escola Nova.
Justificando seu ato, Francisco Campos afirmou que as novas
relações entre o Estado e a religião católica fundamentavam-se
no desejo de atender à maioria dos brasileiros que professavam
aquele credo religioso.
74
“Coisas de Educação...”, Comentário publicado em 12 de setembro de 1931, Página de
Educação do Diário de Notícias.
75
Decreto nº 19.850, de 11 de abril de 1931, cria o Conselho Nacional de Educação;
Decreto nº 19.851, de 11 de abril de 1931, dispõe sobre a organização do Ensino Superior
e adota o regime universitário; Decreto nº 19.852, de 11de abril de 1931, dispõe sobre a
organização da Universidade do Rio de Janeiro; Decreto nº 19.890 de 18 de abril de 1931,
dispõe sobre a organização do Ensino Secundário; Decreto nº 19.941, de 30 de abril de
1931, institui o Ensino Religioso como matéria facultativa nas escolas públicas; Decreto
nº 20.158, de 30 de abril de 1931, dispõe sobre a organização do Ensino Comercial e
regulamenta a profissão de Contador; Decreto nº 21.241, de 14 de abril de 1931, consolida
as disposições sobre a organização do Ensino Secundário.
76
“Ainda o nefando decreto”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 04, jun., 1931.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Cecília contestou a afirmação do ministro, apresentando ou-
tra estatística: a “do censo de 1920, a última que possuímos. Baseando-nos
nele, tal como vem na ‘Divulgação do Ensino Primário’ do Dr. Frota Pes-
soa, chegamos à seguinte conclusão: sobre uma população de 30.635.605
habitantes, analfabetos 23.142.248. Só temos, portanto, 7.498.537 de
alfabetizados.
77
Em dias seguintes, a educadora retomou o assunto, concluin-
do: “Chegamos a este paradoxo, no Ministério da Educação – cuidar-se mais
do catecismo que da escola.”
78
No exame que fez dos prejuízos que o “desastrado e nefando
decreto
79
trazia para a escola, Cecília sentenciou: “esse ensino religi-
oso nas escolas, que um ministro irresponsável decretou, e um presidente desa-
tento (ou hábil…) sancionou, é um crime contra a Nação e contra o mundo,
contra os brasileiros e contra a humanidade
80
Se a ação legiferante de Francisco Campos causava perplexi-
dade, o quadro de incertezas na direção da instrução pública do
Distrito Federal era inquietante. As hesitações do então interventor
do Distrito Federal, Coronel Julião Esteves, para nomear o novo
Diretor da Instrução Pública,
81
provocaram inquietação no ma-
gistério, principalmente entre os que participavam da implanta-
ção da Reforma Fernando de Azevedo. Circulavam notícias so-
bre a intenção do interventor escolher um inspetor escolar para
77
“Uma estatística necessária”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 03, jun., 1931.
78
“Contraste....”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comen-
tário, p.7, 10, jun., 1931.
79
Decreto nº 19.941, de 30 de abril de 1931.
80
Comentário publicado em 5 de maio de 1931, sob o título “As crianças e a religião”. Rio
de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, p.7.
81
O ambiente político-educacional da capital da República era de incertezas. Em determi-
nado momento, os três principais postos da administração da educação encontravam-se
vagos, sob a ação de interinos. “Temos o Ministério da Educação vazio. Quem provisoria-
mente o atende não será capaz de se resolver a continuar a desgraça em que mergulhou
seu antecessor. Temos, por outro lado, vazia a Diretoria de Instrução. Vazia de ideias e de
pessoas. A Subdiretoria Técnica, de que ninguém ouviu falar nestes onze meses...” (Co-
mentário publicado em 29 de setembro de 1931, Página de Educação do Diário de Notícias).
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38
ANTONIO GRAMSCI
esse cargo. A notícia provocou na educadora-jornalista uma for-
te reação e mereceu uma resposta em forma de advertência:
“Prudência Coronel!
82
[...] as criaturas sinceras têm de reconhecer que é extremamente peri-
gosa a sua intenção, porque pode deixar de incidir nos raros elemen-
tos de valor que se encontram capacitados para essa escolha – tão
difícil parece ser para quem governa chegar com vistas penetrantes ao
ponto mais justo da sua ação.
De qualquer maneira, o que o novo interventor não pode consentir,
porque isso será a sua própria desmoralização e a do governo que
representa, é que algum elemento vergonhoso para o magistério se
instale manhosamente no cargo de onde, ainda no regime findo, foi
ditada a maior reforma que já se tentou fazer no Brasil, e que encerra
toda a inquietude de um país que deseja chegar à criação do seu destino
mediante o levantamento do povo, tão frequentemente sacrificado.
Isso seria um ultraje à honra nacional.
[...] a prudência deve ser a primeira qualidade que qualquer adminis-
trador tem de consultar, antes de fazer uma nomeação ou permitir
uma permanência.
O magistério primário se sentiria humilhado, e o povo inteiro teria
razão para se considerar infamado se à Diretoria da Instrução, que é o
ponto para onde se volvem todas as vistas dos homens esclarecidos
do Brasil, pudesse, por um golpe de malandragem, ascender alguém
que não viesse apoiado, pelo menos, em qualidades de caráter capa-
zes de dar à sua presença um aspecto aceitável, que fosse.
[...] Porque, se o coronel Júlião Esteves
83
se distrai, se a Diretoria de
Instrução cai nas mãos de qualquer moleque político, de qualquer
bacharel sem ocupação, de qualquer nulidade enfeitada dessas que
sempre estão alertas quando fica vago um cargo público, então, po-
demos perder as esperanças e aguardar apenas que um ciclone qual-
quer venha varrer a nossa terra, apagar no mundo a ansiedade dos
82
Título do Comentário publicado em 25 de setembro de 1931. Página de Educação do
Diário de Notícias.
83
Julião Freire Esteves substituiu o Interventor Adolpho Bergamini na Prefeitura da cidade
do Rio de Janeiro, em 1931.
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39
COLEÇÃO EDUCADORES
idealistas por uma aspiração que todos os dias se empenham em
dificultar e tornar impossível os covardes, os interesseiros, os ignóbeis
que sacrificam a sorte de um povo inteiro à sua fome pessoal de
dinheiro e vaidade.
Contudo, apesar da advertência, o coronel Julião Esteves não
acatou o conselho de Cecília, e nomeou o inspetor Arthur
Maggioli,
84
militante da Aliança Liberal, que teria sido indicado
por seus colegas inspetores. Poucos minutos após circular a notícia
da nomeação do inspetor, outra notícia chegou aos jornais: o co-
ronel havia anulado o ato de nomeação. Cecília não pôde deixar
de informar a seus leitores essa “Imprudência do Coronel
85
:
Toda a gente ficou perplexa. Como é que, dentro de alguns minutos,
se pode e não se pode ser diretor de Instrução? A prudência veio
abaixo e, com ela, a sabedoria inacreditável que tinha enchido de
esperança os que conhecem alguma coisa do assunto. Agora nin-
guém sabe mais como vão ficar as coisas.
A Direção da Instrução Pública do Distrito Federal estava vaga
com a saída do Sr. Raul de Faria.
86
Percebendo que a nova adminis-
tração não demonstrava interesse em dar seguimento à Reforma de
Ensino Fernando Azevedo, e julgando necessário remover todas as
convicções anacrônicas que estavam impedindo a visão dos novos
tempos, a educadora-jornalista aproveitou a inauguração do ano
letivo, a 12 de março, para publicar na Página de Educação a confe-
84
Cecília considerava o inspetor de ensino “um homem honrado”, mas discordava do
critério usado para escolher o novo Diretor da Instrução Pública.
85
Título do Comentário publicado em 29 de setembro de 1931. Página de Educação do
Diário de Notícias.
86
Raul de Faria assumiu a Direção da Instrução Pública na gestão do Interventor Adolpho
Bergamini, iniciada em 24 de outubro de 1930. Menos de um ano depois de assumir o
cargo, a 23 de setembro de 1931, Adolpho Bergamini foi demitido e, para o cargo de
Interventor, assumiu, interinamente, o Coronel Julião Freire Esteves. Com a saída de
Bergamini, Raul de Faria pediu demissão do cargo de Diretor da Instrução Pública do
Distrito Federal. O processo de interinidade, na prefeitura, somente será concluído com
o novo interventor Pedro Ernesto (27 de setembro de 1931) e, na Direção da Instrução
Pública, em 06 de outubro de 1931 com a nomeação de Anísio Teixeira.
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40
ANTONIO GRAMSCI
rência pronunciada por Fernando de Azevedo, em São Paulo, sob o
título “A arte como instrumento de educação na Reforma”.
O primeiro semestre de 1931 foi inteiramente dedicado a pro-
mover a Reforma de Ensino Fernando de Azevedo por meio de
entrevistas, artigos e resenhas de livros. Em uma série de cinco
artigos, Fernando de Azevedo apresentou a concepção estética da
nova educação. Seguiram-se entrevistas com o Dr. Frota Pessoa,
um dos colaboradores diretos de Fernando de Azevedo, do qual
foi subdiretor administrativo, e que, analisando a situação do ensi-
no primário no Distrito Federal, fez um paralelo entre a obra edu-
cacional de Fernando de Azevedo e a Abolição da Escravatura,
como dois marcos da civilização brasileira.
Em abril a Página de Educação trouxe uma carta do profes-
sor Anísio Teixeira comentando a Realidade brasileira, livro de auto-
ria de Frota Pessoa. Nos meses de maio e junho, Fernando de
Azevedo voltou a escrever para a “Página da Educação”, enfocando
o princípio do trabalho educativo sob o título: “A educação profis-
sional e a reforma: a realidade de um quadro desolador; enfren-
tando o problema de perto. Por mais cinco dias tratou da ques-
tão, que constituía um dos três pilares dessa reforma (Estética,
Trabalho e Saúde).
Em sua coluna do dia 7 de junho de 1931, Cecília teceu co-
mentário sobre “O Sr. Fernando de Azevedo e a atual situação do
ensino”:
O artigo do Sr. Fernando de Azevedo, expondo, agora, nesta crise
que atravessa a Instrução Pública entre nós, os pontos básicos da sua
obra inteligentíssima na última administração, é um choque formi-
dável neste ambiente atual, mais estagnado, talvez, que o anterior.
Um choque formidável, porque põe num terrível contraste o passa-
do e o presente, o que podia ter sido com o que, desgraçadamente, é.
Antes da Reforma, compreendia-se um ambiente como o atual. De-
pois dela, não só não se compreende como também não se perdoa.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Fazer uma grande obra nem todos a podem fazer. Mas respeitá-la e
favorecê-la, isso, sim, já é mais fácil, e depende até menos da inteli-
gência, que da boa vontade daqueles a quem ela é confiada.
Falando mais uma vez da sua Reforma, o dr. Fernando de Azevedo
fez, sem querer, o mais espantoso balanço da nossa atividade educa-
cional posterior à Revolução.
Acabando de ler o seu artigo, fica-se perplexo, e pensa-se: “Havia,
então, esta obra! ... E o que é feito dela?”
Mas ninguém sabe ...
Cecília anuncia a seus leitores Tempos Novos.
87
O novo
interventor do Distrito Federal, Dr. Pedro Ernesto, inaugurou seu
governo com “a feliz escolha” do Professor Anísio Teixeira para
dirigir a educação pública do Distrito Federal.
Para apresentar aos leitores o novo Diretor Geral da Instru-
ção Pública no Distrito Federal, o professor Anísio Teixeira, Cecí-
lia fez uma série de reportagens com este educador. Sua intenção
foi fazer com que o leitor entendesse o critério de escolha que
conduziu o educador à direção de tão importante cargo: a quanti-
dade e qualidade excelentes de suas experiências e de sua obra.
A primeira reportagem, em 8 de outubro de 1931, abriu espa-
ço para Anísio Teixeira explicar aos leitores da Página de Educa-
ção a teoria de educação de John Dewey.
88
Em seguida, sob o
título “Para a honra da Revolução, em 15 de outubro, faz apreciação
sobre o ato de nomeação:
A nomeação do Dr. Anísio Teixeira para o cargo de Diretor Geral de
Instrução Pública vem dar, à administração pública do Dr. Pedro
Ernesto um prestígio especial, deixando crer que a Revolução, entra,
agora no seu período de mais acerto e de maiores esperanças.
87
“Tempos novos”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 06, out., 1931.
88
Estudioso da obra de John Dewey, Anísio foi também tradutor (com Godofredo Rangel)
e apresentador do livro desse filósofo, Educação e democracia, para a Companhia Editora
Nacional (São Paulo, 1952).
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ANTONIO GRAMSCI
E continua nos dias seguintes. Para ela, a nomeação do profes-
sor Anísio Teixeira trouxe um alento de confiança para o destino da
revolução de outubro,” posto que “há em torno da sua figura uma atmosfera
de respeito decorrente de sua capacidade, que assegura ao Distrito Federal uma
nova era, em matéria educacional.
89
Em 26 de dezembro de 1931, a Página de Educação transcre-
veu a conferência “A questão dos programas na Escola Nova”,
pronunciada por Anísio Teixeira, na qual o educador explicou as
novas diretrizes da educação. As manifestações em torno do pro-
grama anisiano de educação pareciam indicar que o pêndulo da
correlação de forças inclinava-se agora na direção dos educadores
da Escola Moderna.
Assim, não se pode estranhar o burburinho que se fez quando
a Associação Brasileira de Educação anunciou a realização da IV
Conferência Nacional de Educação para o mês de dezembro (de
13 a 20). A realização dessa Conferência tornar-se-ia um aconteci-
mento marcante para a história da educação do país. Era o pri-
meiro congresso a se realizar após a eclosão do movimento revo-
lucionário de 1930, e nele os intelectuais dessa Associação seriam
solicitados pelo chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, a
pensar um plano renovador para a educação brasileira.
A preparação para o evento despertou grande interesse, não
somente entre aqueles diretamente envolvidos em sua organiza-
ção, mas, também, no magistério e nas autoridades constituídas. O
próprio Chefe de Governo fez chegar às redações dos jornais
telegrama por ele enviado aos interventores federais, manifestan-
do seu interesse no evento. Eis, a seguir, a íntegra do telegrama,
publicado na Página de Educação do Diário de Notícias em 19 de
novembro de 1931, sob o título “O governo e a 4ª Conferência
de Educação, Comunicado do Ministério”:
89
“Para a honra da Revolução”, Comentário, publicado em 15 de outubro de 1931. Página
de Educação do Diário de Notícias.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Devendo reunir-se a 13 de dezembro nesta capital, sob patrocínio
governo federal, Quarta Conferência Nacional Educação, junto à qual
funcionará também exposição de livros, material didático, legislação,
estatística e aspectos da vida escolar brasileira, determinei ministro da
Educação convidasse delegados governo federal a fazer-se represen-
tar Conferência e Exposição, bem assim a que dessem credenciais um
dos seus representantes, de preferência próprio diretor instrução
pública, para subscrever convênio com governo da União no sentido
de assegurar indispensáveis aperfeiçoamento e padronização nossas
estatísticas escolares mediante adequada cooperação
interadministativa. No propósito, pois, prestigiar iniciativas minis-
tério Educação e melhor assegurar êxito importantes certamens em
preparo, dos quais muito espera causa nacional, quero manifestar,
pessoalmente, aos interventores federais o meu vivo interesse pelo
concurso que lhes foi solicitado e pela condigna representação todas
unidades Federação brasileira tanto na Conferência como na Exposi-
ção com que pensamos focalizar de modo impressionante realiza-
ções e necessidades nacionais em matéria ensino e educação popular.
Cordiais saudações. (a) Getúlio Vargas, chefe governo provisório.
O telegrama do Chefe de Governo demonstra a importância
de que se revestia o evento, razão pela qual os grupos em disputa
– o do passado e o do presente, segundo Cecília – pelo privilégio
de fazer prevalecer suas ideias em matéria de educação empenha-
ram-se em unir forças, buscando êxito na Conferência. Em carta
90
dirigida a Cecília, Fernando de Azevedo faz notar a importância
do evento, a imprescindível “união de forças” e o papel da jorna-
lista na Conferência:
A minha recente viagem ao Rio me teria reanimado a fé no resultado
próximo de nossa campanha educacional se o nosso Nóbrega da Cu-
nha não me tivesse comunicado a sua vontade de deixar, em fins de
dezembro, o Diário de Notícias. Receio que pense também em afastar-
se da imprensa e, especialmente desse jornal, fechando a página admi-
rável em que voou bastante alto para projetar luz o mais longe possí-
vel, o facho dos novos ideais de educação. O seu afastamento, ainda
que temporário, da imprensa me deixaria a impressão dolorosa que
90
Biblioteca Nacional, Seção de Manuscritos, Inventário Darcy Damasceno.
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ANTONIO GRAMSCI
teria ao sentir, no peso da luta, emudecer o setor mais ativo e vigilante,
em que tivesse depositado as minhas maiores esperanças.
Sei, – e alegra-me sabê-lo, que fará parte da 4ª Conferência Educacional,
que deve reunir-se em meados de dezembro. Recebi tarde demais o
convite para comparecer a essa Conferência, que poderá oferecer oportu-
nidades excelentes para uma construção de forças necessárias à difusão
rápida dos princípios e ideais de nossa política educacional. É preciso que
todos os elementos – educadores de mentalidade nova, de convicções e
de sinceridade – cerrem fileiras para constituírem o núcleo de ação eficaz,
em condições de exercer influência decisiva nos debates e nas conclusões
da conferência. Terão que enfrentar sérias dificuldades. Mas eu tenho
uma grande confiança na sua ação pessoal auxiliadora, pela estratégia do
Frota Pessoa que, certamente, ao lado do Anísio Teixeira, do Lourenço
Filho e dos nossos companheiros de ideais, podem desenvolver um
plano de ação capaz de vencer e quebrar todas as resistências aos ideais da
educação nova, que a reforma introduziu no Brasil.
Embora longa, foi muito curta para mim a palestra que tivemos no
Diário e que gostaria se repetisse todos os dias. O ambiente em São
Paulo é de expectativa. Não posso dizer sequer que seja de expectati-
va simpática. O Frota Pessoa poderá informar-lhe melhor. Enviarei
qualquer dia destes um exemplar de “As Reinações de Narizinho”,
de Monteiro Lobato, para que desejaria a sua atenção.
Peço-lhe recomendar-me muito ao Correia Dias. Cordialmente,
Fernando de Azevedo.
Na abertura da Conferência, o Chefe do Governo Provisório
solicitou aos congressistas um plano renovador para a educação
brasileira. O grupo católico, que presidia a reunião e se articulava
com o ministro Francisco Campos, tentou aprovar, na assembleia
realizada no primeiro dia, a resposta que seria dada ao Chefe de
Governo, mas essa ação foi abortada pela interferência de Nóbrega
da Cunha.
91
Segundo Marta Chagas de Carvalho,
Na IV Conferência, realizada em dezembro de 1931 [...] o Governo
Provisório pede aos conferencistas nela reunidos que forneçam a
“fórmula feliz”, o “conceito de educação” que embase sua política
91
Consultar a respeito desse assunto o livro de Nóbrega da Cunha. A Revolução e a
Educação. Rio de Janeiro, editora Oficinas Gráficas do Diário de Notícias, 1932.
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COLEÇÃO EDUCADORES
educacional. A história é conhecida: a recusa da Conferência em res-
ponder ao Governo abre espaço político para o lançamento do Ma-
nifesto dos Pioneiros da Educação Nova. O que é pouco sabido é
que, por ocasião dessa Conferência, era o grupo católico que detinha
o controle da entidade. E, também, que a Conferência não respon-
deu ao Governo porque a oposição, chefiada por Fernando de Aze-
vedo e mediada pela intervenção de Nóbrega da Cunha na assembleia
de instalação do Congresso, desarticulou a resposta que vinha sendo
preparada pela situação em comum acordo com o Ministério da
Educação. A intervenção de Nóbrega da Cunha adiava a resposta
para a V Conferência, potencializando as chances de que o adiamento
facilitasse a preparação de uma resposta ao Governo que fosse mais
condizente com as posições do grupo de que era o porta-voz.
92
A IV Conferência Nacional de Educação mereceu sucessivos
comentários. O primeiro deles, sob o título “A IV Conferência”,
aborda os discursos dos principais oradores no primeiro dia do evento
– Getúlio Vargas, Francisco Campos, Miguel Couto e Fernando
Magalhães – considerados por Cecília como “peças dignas de ficar
na história”. Sobre o discurso de Getúlio Vargas escreveu:
O eminente chefe de governo, por exemplo, num discurso de encan-
tadora espontaneidade, onde não se sabe o que mais admirar, se a
boa fé com que o pronunciou, se os largos panoramas que
descortinou para o auditório, confessou que, empolgado pelo fervor
dos olhares, dos congressistas, passava a interessar-se seriamente e
prometia dar todo o seu apoio à obra da educação nacional. Só por
esse compromisso valia a pena reunir-se em Conferência... Só por
isso, quer dizer, por esse apoio. Porque a verdade é que nós todos
acreditamos que o compromisso já estivesse assumido no momen-
to em que se deliberou a Revolução... Por onde se vê que a realidade
– e o chefe do governo promete todas as realidades – se origina dos
sonhos dos idealistas.
93
92
Carvalho, Marta Chagas de. Texto apresentado na exposição “Educação pede passa-
gem – 85 anos da Associação Brasileira de Educação, realizada de 10/11 a 2/12/2009 na
Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, por ocasião do IX Congresso Ibero-
Americano de História da Educação.
93
“A IV Conferência”. Comentário. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, em 15 de dezembro
de 1931, p. 6.
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ANTONIO GRAMSCI
Convencida de que os resultados produzidos pela Conferência
não seriam animadores, Cecília escreveu: “O leitor não conhece aquela
história da montanha que teve um filho camondonguinho? Pois então ...”
94
Sob a ótica da jornalista,
95
Quem assistiu às suas sessões com serenidade observou também
que, da primeira à última, foi tudo como se fosse uma só. O presi-
dente falava; o secretário lia; a campainha tocava; os relatores relata-
vam; os oradores pediam a palavra; os discursos subiam pela cúpula
em líricas espirais, carregadas de vetustos símbolos; os aparteadores
brotavam com ênfase; […] Ora, os protestos foram inúmeros. Des-
de a primeira sessão, levantaram-se vozes, suaves ou terríveis, contra
o desperdício de tempo. Desde a primeira sessão houve, ao mesmo
tempo, desejo e impossibilidade de trabalhar a sério. E, até a última,
os protestos se mantiveram sem desfalecimento, salvo nos fáceis de
desiludir, que não compareceram mais ao edifício da Câmara.
96
O grupo liderado por Fernando de Azevedo, ao término do
Congresso,
97
elaborou uma “declaração de princípios”, consubstan-
ciada nos debates da IV Conferência Nacional de Educação. Essa
declaração foi transformada em manifesto, subescrito por vinte e
94
Idem.
95
Nos dois primeiros dias da IV Conferência, Cecília não compareceu porque somente
recebeu o convite “à última hora”. “Mas, se não fui, estive lendo todos os jornais e ouvindo
pacientemente todos os felizardos que puderam assistir o que me foi negado”. (Comentário
“A IV Conferência”, publicado em 15 de dezembro de 1931, p. 6).
96
“A 4ª Conferência”, Comentário publicado em 22 de dezembro de 1931. Página de
Educação do Diário de Notícias.
97
Consoante Libânea Xavier, a atuação de Nóbrega da Cunha “funcionou como uma
estratégia que visava garantir ao grupo de educadores afinados com a renovação educa-
cional o monopólio da interlocução com o Governo, deslocando para aquele grupo em
separado, a incumbência de dar resposta à solicitação que havia sido dirigida a todos os
educadores reunidos na IV Conferência Nacional de Educação”. Para tanto, encaminhou
ao Presidente da Conferência, Fernando Magalhães, um requerimento solicitando lhe
fosse concedida incumbência para “redigir um manifesto que servisse de base para o
governo e de tema para o Congresso técnico”. Em seguida, ele transferiu essa incumbên-
cia para Fernando de Azevedo, que deveria aceitá-la “em nome do Governo, da imprensa
e do povo”. Texto apresentado na exposição “Educação pede passagem – 85 anos da
Associação Brasileira de Educação”, realizada de 10/11 a 2/12/2009 na Academia Brasi-
leira de Letras, no Rio de Janeiro, por ocasião do IX Congresso Ibero-Americano de
História da Educação.
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COLEÇÃO EDUCADORES
quatro pessoas, entre elas Cecília Meireles, e endereçado “ao povo
e ao governo” com a denominação “A Reconstrução Educacional
no Brasil. Ao Povo e ao Governo. Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova”.
Fernando de Azevedo considerou oportuno divulgar ampla-
mente e de imediato o documento e não aguardar a realização da
V Conferência, a se realizar no final de 1932. Assim, dois meses
depois, o documento se tornou público. Vários jornais o publica-
ram, em primeira página e com grande destaque. Segundo Libânea
Xavier, “Nóbrega da Cunha se utilizou da ABE como suporte institucional
para o lançamento do Manifesto”.
98
O prestígio alcançado com a divulgação do documento “A
Reconstrução Educacional do Brasil. Ao Povo e ao Governo. Mani-
festo dos Pioneiros da Educação Nova”
99
pode ser evidenciado
pelas numerosas manifestações que se fizeram na imprensa, no rá-
dio e nos meios acadêmicos. Cecília, uma das signatárias desse do-
cumento, explicou a seus leitores, em reportagens com personalida-
des públicas e em seus comentários, o alcance desse documento.
Em 19 de março de 1932, todo o espaço da Página de Edu-
cação foi dedicado ao Manifesto da Nova Educação. É curioso
observar que a disposição de matérias da Página foi alterada. Todo
o corpo central foi dedicado à reprodução, na íntegra, do Mani-
festo, com chamada em letras grandes, “Manifesto da Nova Edu-
cação”. À esquerda da Página, a coluna Comentário trazia o texto
“O valor dos manifestos”, onde Cecília esclarecia sua importância
e de onde provinha sua força: “O valor dos manifestos não está apenas
nas ideias que apresentam. Somos, em geral, gente rica de ideias, com sutilezas
de engenho que causam admiração a uma boa parte do mundo, se a língua
portuguesa não tivesse limites tão injustos de expansão”. O valor preciso e
98
Idem.
99
A Reconstrução Educacional do Brasil. Ao Povo e ao Governo. Manifesto dos Pioneiros
da Educação Nova. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1932.
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48
ANTONIO GRAMSCI
certo de um manifesto não reside nos conceitos, mas nas persona-
lidades que o subscrevem e que por ele se responsabilizam, colo-
cando suas vidas a seu serviço, com sinceridade.
Na obra de educação, os inúmeros aspectos do problema único exi-
gem inúmeras capacidades, diferentes entre si, mas que, oferecendo o
máximo, no setor que lhes corresponde, determinam também o
máximo na obra geral em que colaboram. E se a obra de educação
exige talentos próprios, especializações técnicas, inteligência e prestí-
gio autênticos, dons de várias espécies, no pensamento, e na ação –
exige também e com a mesma ou ainda maior urgência o sentimento
de responsabilidade e de lealdade para com a vida; a inflexibilidade
diante de todos os obstáculos e tentações; a intransigência nas certe-
zas insubstituíveis; uma firmeza estóica diante das lutas e dos mar-
tírios; uma resistência de todas as transações, a todos os embustes, a
todas as insinuações interesseiras com que a malícia dos homens
habituados a toda espécie de negócios costuma gravitar em redor
mesmo dos problemas que mais claramente lhes são antagônicos.
[...] Os nomes que subscrevem essa definição de atitudes são a garan-
tia de trabalho, de invulnerabilidade, de lucidez e de fé. Tudo se deve
exigir desse grupo, porque ele é o mais preparado, por todos os
motivos, para a ação heróica de que depende a formação brasileira.
O Manifesto permaneceu assunto da imprensa por longo tem-
po, meses. Em julho, Cecília fez uma grande reportagem com Gustavo
Lessa, em que trouxe à tona a discussão em torno dos princípios
defendidos no Manifesto; e, novamente, dedicou-se a explicar a seus
leitores o sentido do Manifesto, em sua coluna Comentário.
O “Manifesto da Nova Educação” foi lançado numa época de mani-
festos, – o que equivale dizer numa época de grandes inquietações.
[...] O “Manifesto da Nova Educação” fez voltar as vistas dos que o
leram para a nossa realidade humana e brasileira. A realidade da nos-
sa inteligência desamparada, do nosso esforço mal conduzido, de
todo o nosso futuro comprometido numa tentativa social que pare-
ce mítica, tanto andamos transviados e ignorantes, em cada um dos
nossos elementos. [...] O Manifesto foi o acordo dos que têm traba-
lhado nestes últimos tempos, com unidade de intenções, nesse cam-
po muito desconhecido ainda, e muito caluniado, de onde, não
obstante, haverá de surgir uma verdade tranqüilizadora. Ele coorde-
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COLEÇÃO EDUCADORES
na ideias, disposições e propósitos; foi um espontâneo compromis-
so de cooperação. E, como os que o assinaram não o fizeram por
esnobismo, mas tendo já provas de serviço verificável, o Manifesto
não foi uma tirada de retórica futilmente lançada aos ares, mas o
anúncio ao governo, de um programa de trabalho, e uma promessa
ao povo de o cumprir. Numa terra em que as promessas são sempre
recebidas com cepticismo, esta trouxe a vantagem, precisamente, de
estar em andamento, quando apareceu redigido. Basta lançar os olhos
em redor: os nomes mais proeminentes, na presente ação educacio-
nal, são nomes pertencentes ao grupo do Manifesto.
Os preparativos para a realização da V Conferência Nacional
de Educação, em Niterói, mobilizaram e ocuparam o grupo de
educadores que então participavam do Conselho Diretor da As-
sociação Brasileira de Educação. Ao mesmo tempo, os embates
entre os educadores católicos e esses educadores continuavam, ainda
mais acirrados, de modo que em dezembro, antes do início dessa
Conferência, o grupo católico desligou-se dessa Associação.
Mas os conflitos não se restringiam ao espaço da ABE. Ocu-
pavam espaços públicos e se manifestavam abertamente em defe-
sa da nova educação ou contrários a ela. Em setembro, irrompeu
uma crise
100
na Diretoria de Instrução Pública, que tomou corpo
na luta para retirar o professor Anísio Teixeira da Direção da Ins-
trução Pública. O educador pediu demissão, mas Pedro Ernesto
recusou seu pedido. Cecília transformou sua coluna em duas, para
explicar a crise e apoiar Anísio Teixeira.
Tendo como objetivo principal apreciar sugestões de uma
política escolar e de um plano nacional de educação com vistas ao
anteprojeto da Constituição de 1934, a V Conferência Nacional de
Educação indicaria uma comissão para elaborar um estudo que
100
Anísio Teixeira incluiu em seu programa de educação convênios com universidades
estrangeiras para proporcionar ao magistério local trocas de experiências em viagens de
estudo. O convênio previa a ida de professores aos países conveniados, para estudos e
especialização, bem como a vinda de professores estrangeiros para realizar cursos no
Distrito Federal.
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50
ANTONIO GRAMSCI
pudesse servir de modelo para o capítulo sobre a educação naci-
onal. Tratando-se da elaboração de dispositivos constitucionais,
onde seriam definidas as diretrizes da educação era de se esperar o
conflito entre os grupos ideológicos distintos.
A Associação Brasileira de Educação conseguira mobilizar
expressivos setores da sociedade brasileira. Desde a campanha em
favor da Reforma de Ensino Fernando de Azevedo, vinha prepa-
rando a opinião pública para suas ideias, culminando este movi-
mento por ocasião do lançamento do Manifesto, em 1932.
É preciso ressaltar que, embora Cecília tenha defendido os
ideais da Escola Nova e aberto espaço em sua Página de Educa-
ção para esse grupo de educadores, ela nunca se filiou à Asso-
ciação Brasileira de Educação.
As Surpresas da V Conferência!” Com este Comentário
101
irônico, Cecília apontava as estranhezas iniciais dessa Conferência
de Educação: a ausência, na abertura dos trabalhos, do ministro
interino da Educação, Washington Pires; a alocução do interventor
Ary Parreiras; o discurso (por regiões etéreas) do reitor da Univer-
sidade do Rio de Janeiro; e o discurso do delegado de Minas, que
falava em nome dos congressistas.
A boa surpresa veio com a conferência de Fernando de Azeve-
do. Depois, seguiram-se outras surpresas: a renúncia do presidente
efetivo da Conferencia – “alegando divergências de ideias, reconhecia, ao
mesmo tempo, ao Congresso o direito de ser técnico e hipertécnico, tendo percebido,
naturalmente, que, até a véspera, ele não fora senão hipotécnico e hipotético...”.
A surpresa mais assombrosa, porém, foi o comparecimento
incógnito, no recinto, e fraternizando adoravelmente, pelo seu sorriso e pelos
seus gestos suaves com os congressistas”, do Ministro da Educação à sessão
noturna. Uma outra surpresa boa, a eleição, por aclamação, do pro-
fessor Lourenço Filho para presidir os trabalhos da Conferência.
101
Diário de Notícias, Página de Educação, em 31 de dezembro de 1932, p. 6.
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51
COLEÇÃO EDUCADORES
E, para terminar, o mais notável das imprevisto: o ministro da
Educação, que subiu ao palco para dirigir os trabalhos, no momen-
to da conferência proferida pelo professor Lourenço Filho impro-
visou um discurso cujas passagens “mais curiosas” foram registradas
pela jornalista, como: “pandemônio indecifrável” da raça; “ao ponto nevrálgico
da questão”; “à formação do subconsciente único”, sem o qual “o problema
educacional brasileiro será sempre complexo, será sempre difícil e nunca será uno”;
a dificuldade no encontro do material criança”; “aos clássicos medalhões, encos-
tados a degradar o ensino, compondo os seus cartões de visita”.
Nos primeiros dias de janeiro de 1933, em 12 de janeiro, pre-
cisamente, Cecília se despediu de seus leitores da Página de Educa-
ção com o Comentário “Despedida”:
Aqueles que se habituaram a falar de uma coluna de jornal sobre
assuntos de seu profundo interesse e chegaram a saber que alguém
os ouvia, e participava da inquietude do seu pensamento, criaram
um mundo especial, de incalculáveis repercussões, cuja sorte
condicionaram à sua, pela responsabilidade a que ficam sujeitos os
autores de toda criação.
Esta Página foi, durante três anos, um sonho obstinado, intransi-
gente, inflexível, da construção de um mundo melhor pela formação
mais adequada da humanidade que o habita.
Diz uma das nossas autoridades no assunto que isto de ser educa-
dor, tem, evidentemente, a sua parte de loucura. Mas, além de um
sonho, esta Página foi também uma realidade enérgica que, muitas
vezes, para sustentar sua justiça, teve de ser impiedosa, e pela força de
sua pureza pode ter parecido cruel.
O passado não é assim tão passado porque dele nasce o presente
com que se faz o futuro. O que esta página sonhou e realizou, pouco
ou muito – cada leitor o sabe –, teve sempre como silenciosa aspira-
ção ir além.
102
O sonho e a ação que se fixam acabam; como o homem
que se contenta com o que é, e eterniza esse seu retrato na morte.
Assim, este último Comentário de uma série tão longa em que
andaram sempre juntos um pensamento arrebatado e vigilante;
102
Grifado por Cecília.
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52
ANTONIO GRAMSCI
um coração disposto ao sacrifício; e uma coragem completa para
todas as iniciativas justas, por mais difíceis e perigosas – este Co-
mentário não termina terminado.
Ele deixa em cada leitor a esperança de uma colaboração que conti-
nue. Neste sucessivo morrer e renascer que a atividade jornalística
diariamente, e mais do que nenhuma outra ensina, há bem nítida a
noção da esperança que através de mortes e ressurreições, caminha
para o destino que a vida sugere ou impõe.
Pode cessar o trabalho, pode o trabalhador desaparecer, para não
mais ser visto ou para reaparecer mais adiante; mas a energia que
tudo isso equilibrava, essa permanece viva, e só espera que a sintam,
para de novo modelar sua plenitude.
Manteve-nos a energia de um sentimento, claro e isento, destes fatos
humanos que a Educação codifica e aos quais procura servir.
Nada mais simples; e nada tão imenso. Simples – que até pode ser feito
por nós anos inteiros, dia a dia. Imenso – que já passou tanto tempo,
e há sempre mais fazer, e melhor e mais difícil – e, olhando-se para a
frente, não se chega a saber em que lugar pode ser colocado o fim.
Não é aqui, positivamente. Aqui, é, como já dissemos, a esperança da
continuação, tanto na voz que se suceder a que falava, como em cada
ouvinte que lhe traga a colaboração da sua inteligência compreensiva,
atenta, ágil e corajosa; a inteligência de que o Brasil precisa para se
conhecer e se definir; a inteligência de que os homens necessitam para
fazerem a sua grandeza nos campos mais adversos, sob os céus mais
perigosos; a inteligência que desejaríamos exatamente tanto possuir
como inspirar, porque essa é, na verdade, uma forma às vezes dolo-
rosa mas sempre definitiva de salvação.
Cecília retomou suas atividades educacionais na regência de
turmas e tornou-se uma das colaboradoras principais da adminis-
tração de Anísio Teixeira frente à direção da Instrução Pública do
Distrito Federal (1931-1935).
Em 11 de janeiro de 1934, foi designada para o recém-inau-
gurado Instituto de Pesquisas Educacionais.
103
Ainda neste ano,
103
A Reforma de Ensino Anísio Teixeira reorganizou a estrutura administrativo-pedagógica
do Departamento de Educação do Distrito Federal, com a criação de divisões especializadas
para formação do magistério – o Instituto de Educação, o Instituto de Pesquisas Educaci-
onais – e para reaparelhamento da escola, a Divisão de Prédios e Aparelhamento Escolar.
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53
COLEÇÃO EDUCADORES
organizou a primeira biblioteca infantil pública brasileira – o Pavi-
lhão Mourisco –, inaugurada em 15 de agosto com a denomina-
ção de Centro de Cultura Infantil.
Arte e educação: a biblioteca infantil do Pavilhão Mourisco
104
Eu vim de infinitos caminhos,
E os meus sonhos choveram lúcido pranto
pelo chão.
105
A biblioteca infantil representa um dos sonhos vividos da edu-
cadora,
106
em uma fase de sua vida de grandes realizações,
107
pois
significava tornar realidade todas as possibilidades para criar o
mundo para as crianças. Além disso, o Pavilhão Mourisco, que a
princípio seria um projeto de sua realização particular, passa a ser
um dos projetos mais importantes da reforma de Anísio Teixeira.
Inaugurado a 15 de agosto de 1934, com a presença de auto-
ridades, intelectuais, educadores, artistas e da imprensa, o Pavilhão
Mourisco
108
destinava-se, num primeiro momento, a ser a Biblio-
teca Infantil do Distrito Federal, mas transformou-se num Centro
de Cultura Infantil por vontade expressa de sua idealizadora. Na
104
Consultar Pimenta, Jussara. Leitura e encantamento: a biblioteca infantil do Pavilhão
Mourisco. In: Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, A.C. (Orgs.) Cecília
Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro, Puc - Rio e Loyola, 2001, pp. 105-119.
105
Meireles, Cecília. Herança. In: Poesía completa, op. cit., p. 302.
106
Em carta de 16 de agosto de 1934 a Fernando de Azevedo, Cecília exprimiu seus
sentimentos com a realização dessa obra: “Isto me dá a impressão de haver uma estrela
bonita protegendo a obra; e, se eu ainda me pudesse interessar por alguma alegria, não
há dúvida que tinha agora uma oportunidade” (Instituto de Estudos Brasileiros da Univer-
sidade de São Paulo. FA – Cp. Cx. 21. 74/1).
107
O Pavilhão Mourisco é uma realização de Cecília e do seu marido, o artista plástico
Correia Dias, que não somente pintou os murais dessa biblioteca, mas dedicou-se a
participar de atividades de pinturas com as crianças na Seção Artística do Pavilhão.
108
O prédio que a população do Distrito Federal batizou como Pavilhão Mourisco foi
construído em 1905, na gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906). O projeto
arquitetônico, em estilo neopersa, de autoria do arquiteto Burnier, ficava situado à Aveni-
da Beira-Mar, em Botafogo, e abrigava, no alto da entrada principal, o Café Cantante e,
na parte posterior, um teatrinho. O prédio foi demolido em 1951 para dar a passagem do
Túnel do Pasmado.
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ANTONIO GRAMSCI
cerimônia de inauguração, o Diretor de Instrução Pública – Anísio
Teixeira – o denominou “a Casa da Criança”, porque tinha caráter
muito mais amplo que um centro de cultura infantil e seria um
verdadeiro órgão de pesquisa, cujos trabalhos, no futuro, produzi-
riam os mais benéficos resultados.
No dia da inauguração, todos participaram de “meia hora de
encantamento” proporcionado às crianças pelo pintor Correia Dias.
Após a inauguração, Correia Dias, improvisando com duas mesas
um cavalete de desenho, proporcionou meia hora de encantamento
aos alunos da Escola Barth, presentes à solenidade, realizando uma
sessão de desenho à vontade da garotada. O pintor pôs-se à dispo-
sição das crianças para desenhar o que quisessem. E foi um sucesso.
– Um boneco! Pediu uma menina.
E, em pouco tempo, todas as vozes reclamavam ao mesmo tempo:
– Um boneco! Um boneco! Um boneco!
Correia Dias ficou embaraçado para saber que espécie de boneco
desejava a garotada. Afinal, um explicou e todos concordaram:
– Um chinês!
Em três tempos, apareceu, em tintas rutilantes de papel, a figura
decorativa de um chinês com seu característico saiote.
A criançada, vibrando [...] aplaudiu. Mas logo surgiram vozes recla-
mando:
– Um urso!
E surgiu o urso. E assim sucessivamente, atendendo aos reclamos
da petizada, o artista desenhou tipos: o árabe, o holandês, uma série
maravilhosa de hindus, o índio, etc. De repente, porém, um garoto
mudou o rumo dos desejos, pedindo que fosse feita a caricatura do
Professor Pedro Mattos. [...] Outro menino reclamou:
– Agora o dr. Anísio.
Correia Dias, com a mesma facilidade, fixou, em traços incisivos a
expressão do sr. Anísio Teixeira.
109
109
O Globo, Rio de Janeiro, 16 ago. 1934.
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55
COLEÇÃO EDUCADORES
Inicialmente, a organização da “Casa da Criança” compreen-
dia várias seções: de livros, de gravuras, de cartografia, de recortes,
de selos e moedas, de música e cinema, de propaganda e publici-
dade, de observações e pesquisa.
A arte estava presente nos arranjos dos espaços de cada seção,
esteticamente funcionais. Correia Dias “compôs um cenário de Mil e Uma
Noites que proporcionou aos frequentadores uma atmosfera de encantamento e
fantasia”.
110
Uma placa de metal com os dizeres “Caverna Maravi-
lhosa” dava acesso ao teatro “e tinha ao fundo uma lâmpada de Aladim.
A decoração da sala de música e de cinema reproduzia o fundo do mar.”
111
A funcionalidade da decoração das salas, ambientadas para
cada seção, trazia uma inovação surpreendente e espetacular: o
mobiliário. A sala de leitura, toda organizada com estantes de
livros e mesas ao alcance da criança, coloridas, com potes de
barros com flores (decorados por Correia Dias), encantava cri-
ança e adultos.
112
O acervo da biblioteca infantil foi cuidadosa-
mente escolhido por Cecília, que já vinha se dedicando ao tema
de livros para crianças e adolescentes e realizado uma pesquisa
sobre o assunto desde 1931.
113
As dificuldades eram inevitáveis, mas a criatividade da educa-
dora as contornava e não se deixava esmorecer. À falta de recur-
sos suficientes para adquirir livros, Cecília deu a volta, por meio de
doações – dela, editoras, educadores, intelectuais e até de repre-
sentantes da imprensa.
Jussara Pimenta apresenta, com detalhes, as diversas seções da
biblioteca:
110
Rute Alves de Souza Villela, apud Pimenta, Jussara. Leitura e encantamento: a
biblioteca infantil do Pavilhão Mourisco. In Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda;
Mignot, A.C. (Orgs.) Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro, Puc - Rio
e Loyola, 2001 pp. 107-108.
111
Idem, p. 108.
112
Sobre a sala de leitura, o jornal O Globo fez uma grande reportagem, com fotos e
entrevistas, em 15 de agosto de 1934.
113
Meireles, Cecília. Inquérito de leituras infantis, publicado pelo Instituto de Pesquisas
Educacionais em 1934.
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ANTONIO GRAMSCI
A biblioteca era constituída de nove seções. A primeira era a da bibli-
oteca propriamente dita, que possuía inicialmente 720 obras. [...] A
segunda seção era a de gravuras, com 2.781 unidades, compreenden-
do toda a documentação gráfica relativa ao Brasil: história, arte, ciên-
cia, trabalho etc. A terceira era de cartografia, compreendendo globos,
mapas do Brasil e dos Estados, do mundo, da América e da cidade
do Rio de Janeiro, plantas topográficas, bandeiras, etc. A quarta seção
era a de recortes, com 32 álbuns sobre vários assuntos, similares a
uma enciclopédia, seção também responsável pela edição de A
Gazetinha, jornal mural de informação diária. A quinta seção era
constituída de selos e moedas, compreendendo coleções, devida-
mente estudadas e catalogadas, de moedas e selos do Brasil. A sexta,
de música e cinema, possuía um aparelho Pathe Baby, rádio, radiola
e discos. A sétima previa atividades artísticas como hora do conto,
arte dramática etc. A oitava seção, de propaganda e publicidade, era
responsável por estabelecer a comunicação da Biblioteca Infantil com
as escolas e o público em geral, publicar o Boletim mensal com o
resumo das atividades do mês anterior e das projetadas para o mês
seguinte, apresentar relatório trimestral informando o Departamen-
to de Educação das medidas e verificações técnico-administrativas de
cada seção, expedir comunicados, realizar intercambio infantil e pu-
blicar material julgado útil à finalidade do estabelecimento e de acor-
do com sua natureza. Finalmente, a nona seção, de observações e
pesquisas, tinha como objetivo realizar trabalhos de investigação
pedagógica determinadas pelo Departamento de Educação ou para
uso especial da Biblioteca Infantil e relacionados com as atividades
que lhe eram inerentes, através de levantamento diário da preferência
de leitura do público infantil.
114
No mês seguinte à inauguração da biblioteca infantil, setem-
bro de 1934, Cecília e Correia Dias viajaram a Portugal, atenden-
do a convite de sua amiga poeta, Fernanda de Castro, esposa do
Ministro de Propaganda de Portugal.
No retorno de Cecília ao Brasil, seus sonhos choveram lúcido pran-
to, pelo chão. Um tão primoroso empreendimento, aplaudido por
114
Pimenta, Jussara. Leitura e encantamento: a biblioteca infantil do Pavilhão Mourisco.
In Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, A.C. (Orgs.) Cecília Meireles: a
poética da educação. Rio de Janeiro, Puc - Rio e Loyola, 2001. pp. 112-113.
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57
COLEÇÃO EDUCADORES
muitos, suscitava em poucos, contudo, gestos intimidativos. Esses
poucos, Cecília os conhecia de longa data e frequentemente os
apontava em seus comentários. Eram os mesmos de sempre: “os
elementos incapazes, os estagnados, os inadaptáveis ao futuro, os exploradores
das conveniências, dos preconceitos e do lugar-comum”, os “inimigos silenciosos
de tudo que possa vir”.
115
Em 1935, tornou-se difícil a continuidade dos trabalhos do Pa-
vilhão Mourisco. Em 19 de outubro de 1937 o Pavilhão foi invadi-
do pela polícia do Estado Novo, que cumpria ordens do então
Interventor Federal que ocupou o cargo após a saída de Pedro
Ernesto. Os jornais do Rio de Janeiro publicaram a notícia do
desativamento da biblioteca, por “infundados motivos políticos”.
O fechamento se prendeu ao fato de que, para essa autoridade, a
biblioteca teria em seu acervo um livro “de conotações comunis-
tas, cujas ideias eram perniciosas ao público infantil. Tratava-se da
clássica obra de Mark Twain, com seu inesquecível Tom Sawyer.
O Pavilhão Mourisco, que abrigou a Biblioteca Infantil de 1934 a 1937,
transformou-se rapidamente num posto de coleta de impostos. Pos-
teriormente, ficou abandonado por vários anos, até ser totalmente
destruído em 14 de janeiro de 1952, na administração Henrique
Dodsworth, por ocasião da abertura do Túnel do Pasmado.
116
Para esses “inimigos silenciosos de tudo que possa vir” Cecília
deixou sua “Inscrição”:
117
Quem se deleita em tornar minha vida impossível
Por todos os lados?
Certamente estás rindo de longe,
Ó encoberto adversário!
Mas a minha paciência é mais firme
Que todas as sanhas da sorte:
115
“A Responsabilidade dos Reformadores”. Comentário. Diário de Notícias, 29 de agosto
de 1930.
116
Idem, p. 114.
117
Meireles, C. Inscrição. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 660.
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58
ANTONIO GRAMSCI
Mais longa que a vida, mais clara
Que a luz do horizonte.
Passeio no gume de estradas tão graves
Que afligem o próprio inimigo.
A mim, que me importam espécies de instantes
Se existo infinita?
O mundo em viagens
Mas a vida, a vida, a vida,
A vida só é possível
reinventada
118
Cecília escreveu, em crônicas semanais para o jornal A Na-
ção,
119
suas impressões da viagem que fez a Portugal
120
com Correia
Dias, iniciada em setembro de 1934, com ilustrações em desenhos
de bico de pena feitas pelo marido, também colaborador desse
periódico.
A primeira, de uma série de vinte e duas crônicas publicadas
no suplemento do periódico, que circulava aos domingos, expri-
mia as impressões causadas ainda no passadiço do navio “Cuyabá”,
no momento das despedidas dos amigos, sob o título “De via-
gem para Portugal. Diário de bordo – do passadiço do ‘Cuyabá’”.
121
Desse lugar do navio, Cecília via os amigos
122
que foram se despe-
dir dela e de Correia Dias – “estou vendo lá embaixo os amigos” – e a
118
Meireles, Cecília. Reinvenção. Poesia Completa. Editora Nova Fronteira, 2001, p. 411.
119
Cf. Pimenta, Jussara. As duas margens do Atlântico: um projeto de integração entre
dois povos na viagem de Cecília Meireles a Portugal (1934). Tese de Doutorado. Rio de
Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em
Educação, 2008.
120
Sobre essa viagem de Cecília, consultar Gouvea, Leila V. B. Cecília em Portugal:
ensaio biográfico sobe a presença de Cecília Meireles na terra de Camões, Antero e
Pessoa. São Paulo: Iluminuras, 2001.
121
O navio “Cuyabá”, embora não fosse de luxo, tinha boas acomodações, segundo
registra Cecília na “Crônica Diário de Bordo” publicada em 21 de setembro de 1934.
122
Vários amigos foram aos cais do porto, para a despedida do casal. Entre eles, Jayme
Cordeiro, que cuidaria do Centro de Cultura Infantil na ausência de Cecília, Aníbal
Bonfim, Gadea (que fez, para A Nação, caricatura de Correia Dias e Cecília no passadiço
do navio) e Nóbrega da Cunha.
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59
COLEÇÃO EDUCADORES
cidade do Rio de Janeiro – “os guindastes e as edificações do porto”.
123
No percurso da viagem, o navio passou por Vitória, Salvador e
Recife e Cecília ia exprimindo seus sentimentos:
124
Ai, Bahia, que
saudade eu vou levando de ti... Nem sei se vá para ‘Oropa’ ou se fique aqui...”
125
Quando não mais se via a terra, tudo era “mar absoluto”. Enquanto
Cecília registrava em crônicas tudo que se passava a seu redor, apre-
endido pelos sentidos – cores, odores, visões –, Correia Dias retra-
tava cenas do cotidiano do navio, personagens, cidades que apareci-
am e desapareciam conforme se aproximavam ou se distanciavam
do navio, e ilustrava os temas das crônicas de Cecília.
Recebida em Lisboa como “embaixatriz da inteligência e da
cultura brasileira”, Cecília pronuncia uma série de conferências fo-
calizando o desenvolvimento cultural brasileiro.
A primeira, no Secretariado de Propaganda de Portugal, teve
como título “Notícia de poesia brasileira”, e O Diário de Lisboa
dedicou uma página à poesia brasileira.
A segunda realizou-se na sede do Lyceu Maria Amália, Centro
de Educação Secundária, em Lisboa, e intitulou-se “O Brasil e a
sua obra de educação”.
Na Universidade de Coimbra, repetiu, a pedido, a primeira
conferência. Este trabalho, com oitenta páginas datilografadas, foi
publicado na revista Biblos, órgão oficial da Universidade.
A quarta conferência, publicada pelo Mundo Português, versou sobre
músicas e danças brasileiras: sambas, batuques e outras danças.
Em Moledo de Penajoia (aldeia perto de Lisboa), terra natal
de Correia Dias, impossibilitada de sair por causa da chuva, Cecí-
lia fez uma coletânea de oitocentas cantigas populares, publicadas
123
“Crônica Diário de Bordo” publicada em A Nação, em 21 de setembro de 1934
124
Em sua crônica “Uma hora em San Gimigniano” – In: Crônicas de viagem II. Rio de
Janeiro, Nova Fronteira, 1999, pp. 59-62 – Cecília diz que viajar é uma arte: “A arte de
viajar é uma arte de admirar, uma arte de amar. É ir em peregrinação, participando
intensamente de coisas, de fatos, de vidas com as quais nos correspondemos desde
sempre e para sempre. É estar constantemente emocionado.”
125
“Diário de Bordo”, A Nação em 25 de setembro de 1934.
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60
ANTONIO GRAMSCI
pela Universidade de Lisboa, na revista Biblos, sob o título “Can-
cioneiro de Moledo da Penajoia”.
Regressando ao Brasil em 9 de janeiro de 1935, retomou seu
trabalho de educadora, agora na recém-inaugurada Escola de Fi-
losofia e Letras da Universidade do Distrito Federal – UDF –,
como Professora de Técnica e Crítica Literárias, uma das cadeiras
da Seção de Filosofia e Literatura Luso-Brasileira.
A segunda metade da década de 1930 foi marcada pela tragé-
dia. Cecília viveu seus anos de chumbo, tendo que enfrentar uma
série de transtornos em sua vida profissional e particular.
Em carta a Fernando de Azevedo, desabafou:
Chego, piso em terras e logo o tédio do mundo se põe a nublar-me.
Encontro o Brasil desvairado, sem sentido, num tumulto que não
entendo. Que tristeza, ter pátria! E eu que, malgrado todos os intui-
tos estóicos, tinha chegado a sentir uma ternura saudosa por esta
terra e esta gente!”
126
As mudanças políticas ocorridas no Brasil em 1935 e a demis-
são do professor Anísio Teixeira, deixaram-na perturbada e inse-
gura no que se refere à continuidade da reforma empreendida
por esse educador, principalmente com a nomeação de Francisco
Campos para substituir Anísio na Secretaria de Educação. Contudo,
o abalo mais profundo viria ocorrer dias depois do seu retorno: o
suicídio de Correia Dias, que surpreendeu dolorosamente os meios
artísticos e jornalísticos.
Cecília assumiu o papel de chefe de família. Anos mais tarde,
em 1953, ela referiu-se ao trágico gesto de seu marido, “essa criatu-
ra tão boa e tão artista. Como a vida não lhe fosse tolerável, suicidou-se”.
127
Cecília vive o período mais denso do seu ciclo trágico, com a morte
do marido em 1935 e os tropeços nas tentativas de implantar suas
126
Apud Vidal, Diana. Da Sonhadora para o Arquiteto: Cecília Meireles escreve a Fernando
de Azevedo (1931-1938). In Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, A.C.
(Orgs.) Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de Janeiro, Puc - Rio e Loyola, 2001,
p.98.
127
Cf. Entrevista a Pedro Bloch, Revista Manchete. Rio de Janeiro, 3 outubro de 1953.
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61
COLEÇÃO EDUCADORES
realizações educativas. Contudo, continua seu trabalho, apesar dos
muitos obstáculos. O ex-ministro da Educação, Francisco Campos,
assume a Secretaria de Educação do Distrito Federal, em 1935, subs-
tituindo Anísio Teixeira. O fato trará para Cecília muitas compli-
cações, particularmente em seu trabalho como professora da Univer-
sidade do Distrito Federal.
128
Em carta dirigida a sua amiga portuguesa Fernanda de Castro,
Cecília expõe suas preocupações:
[...] estive (e talvez esteja) a ponto de perder o lugar na Universidade,
em virtude de um movimento revolucionário que por aqui andou, e
em consequência do qual o Anísio foi afastado da Secretaria de Edu-
cação (embora ele não tivesse senão camaradagem com pessoas en-
volvidas nos acontecimentos). O Osório tinha-me sugerido ir para
Lisboa, para o cargo de professora de estudos brasileiros.
129
Não obstante, desse estado geral de tristezas brotam coisas no-
vas. Tal como identificou em Cruz e Souza – “esse homem superior à
terra” –, Cecília sabia que todos os caminhos “se transfiguram e como
que, em vez de se desenharem no chão, estavam escritos entre as estrelas”.
130
Esta serenidade diante dos mistérios, esta intuição mística, esta certeza
de chegar a todas as compreensões pela iniciação do Sonho e da Dor,
são próprias, exclusivas de Cruz e Souza. [...] Nada mais que a Dor,
mas a grande Dor absoluta, sem lamentos nem queixas, e o Sonho,
iluminando-a e projetando-lhe a sombra para caminhos divinos.
131
A dor “como um dom de fecundas promessas” abre à poeta caminhos
novos. Um deles, ela já conhecia: o de tradutora, pois com o ma-
rido havia proporcionado aos leitores conhecer As mil e uma noites,
obra em dois volumes que traduziu para a Editora Anuário do
Brasil, no Rio de Janeiro. Naquele momento, 1937, escolheu tra-
128
Lôbo, Yolanda. Cecília Benevides de Carvalho Meireles. In: Fávero, Maria de Lourdes
A.; Britto, Jader de Medeiros (Orgs.) Dicionário de educadores no Brasil, da Colônia aos
dias atuais.l. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002, p. 243.
129
Biblioteca Nacional, Seção de Manuscritos, Inventário Darcy Damasceno.
130
Meireles, Cecília. O espírito victorioso. Rio de Janeiro, Editora Anuário do Brasil, 1929
p.102.
131
Idem, p.103.
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62
ANTONIO GRAMSCI
duzir um livro que condenava o nazismo, quando parecia existir
entre autoridades brasileiras inclinações para apoiá-lo.
A literatura tornou-se objetivo prioritário. Cecília concentra-se
na produção de novos livros. Em correspondência de 28 de janeiro
de 1938, dirigida a sua amiga e poeta portuguesa Fernanda de Cas-
tro, escreveu: “Resisti às fadigas trabalhando; nos intervalos fazia ginástica
oriental e escrevia poemas, lia etc”. Através de sua escrita, ao mesmo tem-
po autobiográfica, onde recompunha os fragmentos de sua história,
resistia às fadigas e confidencia: “estou escrevendo um livrinho em prosa que
me parece a melhor coisa que já fiz”.
132
Tratava-se de Olhinhos de gato, cujos
originais Cecília enviou para outra amiga portuguesa, Dulce, que os
publicou em fascículos na revista portuguesa Ocidente.
Nessa mesma correspondência, comunicou a Fernanda: “O
livro que ficou contigo está concorrendo ao prêmio da Academia, acrescentado,
porém, de outros poemas, que lhe terei de mandar”. Refere-se a seu livro de
poemas Viagem, que não só conquista o Prêmio Olavo Bilac de
poesias da Academia Brasileira de Letras, em 1938, no valor de
3.000$, mas inaugura um novo ciclo, maduro e rico.
Sobre Viagem, Cassiano Ricardo,
133
autor do parecer que con-
cedeu a Cecília o prêmio da Academia, escreveu:
O que se observa nas composições de Viagem é uma riqueza enorme
de vida interior. Nítida compreensão humana das coisas. Surpresa de
observação quando ela recorta um trecho de paisagem com seu espí-
rito agudo e lhe dá umas tintas frescas e puras de sentimento. O livro
espelha o instante dramático do mundo que estamos vivendo. É
todo ele feito de uma inquietação que é um grito surdo e silencioso
posto em rimas também suadas e silenciosas. Inconformismo que
não encontra remédio na desordem do mundo atual. A poesia de
Cecília Meireles tem o dom de reduzir as coisas a um mínimo de
132
Carta a Fernanda de Castro. Biblioteca Nacional, Seção de Manuscritos, Inventário
Darcy Damasceno.
133
Ricardo, Cassiano. A Academia e a poesia moderna. São Paulo: E.G. Revista dos
Tribunais, 1939.
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63
COLEÇÃO EDUCADORES
matéria e de cor, sem desprezar a música incorrigível e secreta [...] que
ficou em nós, neste país que é um tesouro de ritmos.
134
E acrescentou:
Cecília Meireles não se limita a ser um poeta, mas um pensador
também, não só um poeta, mas um artista compenetrado dos mais
sutis valores que soube criar e que nem todos terão a agudeza de
espírito e de sensibilidade para compreender.
A novidade de forma, do ritmo, de ideia lhe dá o direito de dizer
coisas que outros poetas não se lembraram de dizer ainda. Sua poe-
sia tem força expressional. Ela mostra que pode ser moderna guar-
dando o sentido de disciplina e do bom gosto. Cecília Meireles reali-
za dois passeios, um às fontes puras e tradicionais do sentimento no
momento em que todos fazem no intelectualismo, e outro, ao clás-
sico, na desordem do mundo atual. O resultado desses dois passei-
os é um brinde ao leitor.
135
Cassiano considera que a presença de Cecília Meireles no con-
curso “desloca o julgamento para um plano tão alto que os demais concorren-
tes só puderam ser considerados pelo contraste, e não pelo confronto.”
136
A premiação provocou um caso rumoroso, com repercussão na im-
prensa e na opinião pública, que acompanharam com invulgar curio-
sidade o desdobramento dos acontecimentos em que se envolveram
ilustres figuras do principal cenáculo de letras do país.
O julgamento do concurso expôs o conflito entre criatividade pesso-
al e tentativa de controle pela Instituição. A comissão julgadora de-
signada pela Academia para analisar as trinta obras inscritas (com a
desistência de uma das concorrentes, vinte e nove foram julgadas) era
presidida por Cassiano Ricardo, autor do polêmico parecer que foi
subscrito pelos demais membros da comissão: o poeta Guilherme
de Almeida e o sócio-correspondente João Luso. O autor de Martim
Cererê propôs que se conferisse ao livro Viagem, da poetisa Cecília
Meireles, o primeiro prêmio e, para torná-lo maior, que além de
primeiro fosse o único prêmio.
134
Idem, p. 19.
135
Idem, p. 31.
136
Idem, Ibidem, p. 31
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64
ANTONIO GRAMSCI
O acadêmico e médico Fernando Magalhães pediu vistas do parecer,
por tempo indeterminado, provocando intenso debate através da
imprensa, retardando o julgamento. O embate envolveu persona-
gens com as quais Cecília já se defrontara anteriormente, deixando
transparecer resquícios de uma questão ideológica que remontava
aos momentos da defesa de O espírito victorioso.
137
Para Cassiano, a cisma de Fernando Magalhães com a
premiação tinha origem distante, situada no momento em que
Cecília deu-lhe magnífica e exemplar lição sobre pedagogia. Foi,
disse Cassiano,
[...] quando o Sr. Fernando Magalhães “cismou” que entendia de
questões pedagógicas e foi por ela reduzido à expressão mais sim-
ples, em artigo que marcou época. Derrotado por Cecília Meireles,
ficou ele à espera da primeira ocasião para vingar-se (como se fosse
possível uma vingança de tal ordem) da sua corajosa opositora.
138
Uma segunda personagem votou contra o parecer de Cassiano
Ricardo. Trata-se do Dr. Alceu Amoroso Lima, examinador do
concurso de cátedra de Literatura Vernácula do Instituto de Edu-
cação, que também guardava profundas divergências pedagógicas
com a poeta-educadora.
Após longos dias de debates, a Academia concedeu o prêmio de
poesia a Cecília Meireles. Outorgadas as demais premiações – teatro,
contos –, escolheram, os contemplados, a poeta para que lhes fosse
a intérprete na solenidade de entrega das premiações. No entanto, a
“Pastora de nuvens” de Viagem não chegou a pronunciar seu discur-
so em nome dos companheiros. Vestígios da intransigência ocorrida
no concurso do Instituto de Educação voltaram a jorrar nesse mo-
mento, através de outra personagem: o Sr. Oswaldo Orico, concor-
rente e derrotado por Cecília, que impôs cortes ao discurso que ela
pronunciaria na Academia em nome dos premiados. Previamente
informada de tal censura pela Academia quanto aos aspectos de ata-
que à Pátria, à Família e à pessoa dos acadêmicos, Cecília considerou,
137
Lôbo, Yolanda. Memória e Educação: o Espírito Victorioso de Cecília Meireles. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, MEC/INEP, n. 187, p. 531, 1996.
138
Ricardo, Cassiano. A Academia e a poesia moderna. São Paulo: E.G. Revista dos
Tribunais, 1939. p. 96.
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65
COLEÇÃO EDUCADORES
ao escrevê-lo, aquelas recomendações. Entretanto, constatando a
mutilação feita pelos censores e percebendo como tinham se excedi-
do, decidiu não pronunciá-lo.
139
Cecília explica os motivos de seu gesto:
Quando, na Academia, me disseram que eu seria a oradora, estranhei
muito. E quando me esclareceram que havia censura “acadêmica”,
perdi a inspiração. Assim mesmo, escrevi o discurso. A primeira cen-
sura do professor Austregésilo pedia-me apenas para ponderar as
passagens sublinhadas a vermelho. Não entendi bem por quê. Esta-
va disposta a transigir, não obstante – para simplificar. Mas recebi
um convite do Dr. Levi Carneiro, para passar pelo seu escritório.
Conversamos, analisamos as passagens em questão, mas, com sur-
presa, vi que ele se interessava por outros cortes. E disse-me que
esses cortes eram (não dele...) do Dr. O. O. [Oswaldo Orico].
Ora, este cavalheiro não pertencia à comissão de censura. Pareceu-me
mais uma irregularidade sobre todas as outras anteriores. Mas o Dr.
L. C. me declarou que as subscrevia... Que fazer? E disse-me que as
passagens apontadas podiam ser tomadas como “alusão” [...] La-
mentei muito que tal pudesse suceder, mas não era culpa minha
evidentemente... E cheguei à conclusão seguinte: havia um equívoco
em tudo aquilo. A Academia parece que desejava que eu falasse em
seu nome... Mas eu pretendia falar em nome dos premiados...
Disse isso ao Dr. L. C., mostrando-lhe que as coisas eram um pouco
diferentes... E, portanto, não chegamos a nenhum acordo...
Depois o professor Austregésilo ainda tentou, gentilmente, conciliar
as coisas. Mas era um pouco tarde e eu estava sem paciência...
Foi só.
140
Em 1939, a educadora reassumiu suas atividades docentes na
Escola Municipal Campos Sales, da rede de ensino do Distrito
Federal. No ano seguinte, 1940, contraiu núpcias com o professor
e engenheiro Heitor Vinicius da Silveira Grillo.
139
Lôbo, Yolanda. Memória e Educação: o Espírito Victorioso de Cecília Meireles. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, MEC/INEP, n. 189, p. 531, 1996.
140
Cf. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 16 jul. 1939, p. 4.
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ANTONIO GRAMSCI
Heitor Grillo, engenheiro de formação humanística, foi res-
ponsável pela política de racionalização do abastecimento alimen-
tar no Distrito Federal. Embora atuando em áreas distintas, Cecília
encontrou nele um educador que, como ela, preocupava-se em
aperfeiçoar a educação no Brasil.
Na direção da Escola Nacional de Agronomia,
141
Heitor Grillo
transformou essa escola num centro de pesquisa. Logo após o
casamento, o casal passou a residir na zona rural, na casa destinada
ao diretor em exercício da Escola, localizada no kilometro 47 da
antiga estrada Rio - São Paulo.
No programa que instituiu para a Escola, Heitor Grillo ocu-
pou-se em ampliar e modernizar suas instalações. Cecília partici-
pou desse projeto, com sugestões. Foi sua a ideia de convidar a
artista plástica Maria Helena Vieira da Silva, em 1943, para fazer o
painel em azulejos, em estilo marajoara, do refeitório dos estudan-
tes. Heitor Grillo não somente acatou essa sugestão como tam-
bém a de encomendar ao pintor Arpad Szenes, marido de Maria
Helena, quatorze telas representativas dos cientistas responsáveis
pelo desenvolvimento da Botânica, com a finalidade de decorar a
sala de reuniões do Conselho da Escola.
Em 1940, Cecília aceitou o convite da Universidade do Texas
para lecionar Literatura e Cultura Brasileira. Acompanhada do Pro-
fessor Heitor Grillo, visitou a União Pan-Americana, em Washington.
A educadora itinerante percorreu, nas décadas de 1940 e 1950,
a América Latina, Europa e Ásia, principalmente a Índia, onde
recebeu da Universidade de Nova Delhi o título de Doutor Honoris
Causa, que lhe foi entregue pelo Presidente desse país, em 1953.
Sua produção literária é intensa: em 1942 publicou Vaga músi-
ca; em 1945, Mar absoluto e outros poemas; em 1949, Retrato natural;
nos anos cinquenta são publicados Amor em Leonoreta (1951), Doze
noturnos da Holanda & o aeronauta (1952).
141
Hoje, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Simultaneamente, desenvolvia atividades em vários campos:
educação, jornalismo, literatura, tradução, dramaturgia, e novos tra-
balhos como pesquisadora. Assim é que, retomando suas ativida-
des jornalísticas, colaborou com o Jornal A Manhã (1942/1944),
do Rio de Janeiro, publicando um longo estudo sobre Folclore
Infantil Comparado.
O folclore brasileiro foi objeto de ensaios e conferências a partir
da década de 1930, constituindo-se em um dos campos a que dedi-
cou parte do seu trabalho. “Entre 1926 e 1933 já a encontramos interes-
sada no assunto, produzindo regularmente uma série de desenhos com a finalidade
de estudar gestos e ritmos ligados à cultura negra no Rio de Janeiro”.
142
Colecionadora de objetos populares, Cecília tinha em sua casa
no Rio de Janeiro, além de coleção de bonecas, vários objetos dessa
arte do povo. Sobre folclore, escreveu crônicas, artigos e conferên-
cias, algumas publicadas no jornal A Manhã do Rio de Janeiro, nos
anos de 1940. Em 1954, profere discurso ao ser inaugurada a Ex-
posição de Artes e Técnicas Populares, realizada no Pavilhão do
Ibirapuera, em São Paulo, no qual afirma que o folclore é “um retrato
do homem”. E, assim sendo, “tem todas as expressões da humanidade”. Para
ela, aquela exposição provocava “em nosso espírito como uma coisa
antiquíssima e atual, efêmera e eterna, e confunde o que somos no que fomos,
seríamos ou seremos, conforme o ponto de onde a contemplamos
143
.
E destaca:
Como brincam as crianças, como brincam os homens, com que brin-
cam, como brincam? As invenções da alegria, nos sonhos da infância,
nas façanhas da idade adulta, deixam aqui seus objetos e instrumen-
tos, e dão-nos a medida da nossa humanidade e da nossa grandeza.
144
142
Abreu, Joana Cavalcanti, Entre os símbolos e a vida: poesia, educação e folclore. In
Neves, Margarida de Souza; Lôbo, Yolanda; Mignot, A. C. (Orgs) “Cecília Meireles: A
Poética da Educação”. Rio de Janeiro: Editora PUC- Rio e Loyola, 2001, p. 211.
143
Meireles, Cecília, O Estado de São Paulo, 12 de setembro de 1953, p.7.
144
Idem, Ibidem.
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ANTONIO GRAMSCI
Em 1946, escreve para o teatro de marionetes, a peça folcló-
rica “A Nau Catarineta”; em setembro de 1955 publica o ensaio
Panorama Folclórico dos Açores, especialmente da Ilha de S. Miguel” (Revis-
ta Insulana: Vol.XI, Ponte Delgada). Em 1957 pronuncia em Porto
Alegre a conferência “O Folclore na Literatura Brasileira”.
Participa da Comissão Nacional do Folclore, desde sua insta-
lação em 1948, tendo, inclusive, secretariado o 1° Congresso Na-
cional de Folclore, em 1951.
Volta a colaborar com o jornal Diário de Notícias no seu Suple-
mento Literário, em 1953; escreve, ainda, para os seguintes jornais e
revistas: A Nação, Folha Carioca, Diários Associados, A Noite e a Cigarra.
Participa de programas culturais na Rádio Ministério da Edu-
cação e Cultura, redigindo crônicas para o Programa Literário
“Quadrante” e para o Programa “Vozes da Cidade” da Rádio
Roquette-Pinto. Esses programas contavam ainda com a partici-
pação de Carlos Drummond de Andrade, Dinah Silveira de
Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Cam-
pos e Rubem Braga.
Em 1953, apresenta o Romanceiro da Inconfidência, poesia épica,
resultante de sua pesquisa sobre o movimento histórico da Incon-
fidência Mineira. Para realizar este trabalho passa longo período
na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Dedica-se, com todo empenho, ao trabalho de tradução. De
Rainer Maria Rilke, para a Revista Acadêmica, em 1947, A Canção de
Amor e de Morte do Porta-Estandarte Cristóvão Rilke”; de Virgínia Woolf,
Orlando (1948, editora Globo de Porto Alegre); de Kathryn Hulne,
“Os Caminhos de Deus” (1958, Reader’s Digest); de Federico García
Lorca, “Bodas de Sangue” e “Yerma” (respectivamente, 1960 e 1963,
pela Agir); de Taylor Caldwell, “Amado e Glorioso Médico”(1960,
Reader’s Digest); de Rabindranath Tagore, “Sete Poemas de Puravi,
Minha Bela Vizinha, Mashi e o Carteiro do Rei (1961, Ministério de
Educação e Cultura) e Caturanga (1962, Delta) e Poesia de Israel,
com ilustrações de Portinari, (1962, Civilização Brasileira).
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COLEÇÃO EDUCADORES
Traduz para o teatro, de Maeterlinck, Peléas et Melisande, levada
à cena no Teatro Municipal do Rio de Janeiro pelo grupo “Come-
diantes”; de Casona, A Dama da Madrugada”, representada no
Teatro Universitário do Rio de Janeiro; de J. Anouilh, Antígone; de
Ibsen, Peer Gynt; de Pushkin, D. Juan, representada na Cultura In-
glesa do Rio de Janeiro; de Charles Dickens, Um Conto de Natal; de
Bernard Shaw, Santa Joana.
Ainda para o teatro, produziu peças encenadas e publicadas,
como: “O Menino Atrasado”, auto de Natal musicado por Luís
Cosme, “A Nau Catarineta”, “O Ás de Ouro”,Sombras”, “O Jardim
e “Oratório de Santa Maria Egipcíaca”.
145
A literatura infantil foi, ao longo de sua trajetória, uma de suas
preocupações constantes e essa questão levou-a a pronunciar uma
série de conferências sobre o tema “Problemas da Literatura Infantil
que, reunidas num livro, integrou a “Coleção Pedagógica” da Secreta-
ria de Educação do Estado de Minas Gerais, em 1951.
146
Colabora com a Editora Nacional, de Monteiro Lobato, tra-
duzindo clássicos infantis como os Contos de Andersen.
A obra de Cecília Meireles foi traduzida em livros e revistas em
vários países da Europa, da Ásia e da América e em sucessivas
reedições. Sua incansável luta pela educação, a única coisa deste mundo
em que acreditou de maneira inabalável, faz de Cecília uma das prin-
cipais representantes do pensamento educacional brasileiro.
Cecília Meireles faleceu a 9 de novembro de 1964, às 15 horas,
na cidade do Rio de Janeiro. Deixou uma obra original e incomum,
e inéditos.
147
Nas palavras que deixou escritas, e que “foram o cor-
po de seu pensamento e resumiram uma vida diferente,” pode-se
145
Em Crônica trovada da cidade de Sam Sebastiam pode-se encontrar a relação dessas
peças.
146
Desde 1931 ocupava-se desse tema, ocasião em que realizou o Inquérito de Leituras
Infantis, que mereceu publicação do Instituto de Pesquisas Educacionais da Secretaria
de Educação do Distrito Federal, em 1934.
147
Em 2007, foi publicado o livro de Cecília Meireles, “Episódio Humano”, com textos
publicados no O Jornal entre 1929 e 1930. Rio de Janeiro: Editoras Batel e Desiderata.
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ANTONIO GRAMSCI
acompanhá-la, no seu longo percurso interior, em imagens para
sempre. Lembrando, sobretudo que, para ela, “a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível reinventada.”
148
Sobre a obra de Cecília Meireles, considerei oportuno agregar
a este estudo o trabalho elaborado pelo professor Jader de Medeiros
Britto, sob o título Cosmovisão de Cecília Meireles.
149
Na obra de uma poetisa do porte de Cecília Meireles, ainda que o
discurso filosófico não esteja, tecnicamente, entre as prioridades de
sua elaboração literária, será possível identificar , subjacentes a sua
produção poética, percepções da existência capazes de esboçar uma
visão de mundo.
Na introdução à Obra Poética de Cecília, editada pela Aguillar em
1955, Darcy Damasceno procura traçar em grandes linhas o que seria
um esboço espiritual, filosófico, estético e social da grande poetisa
brasileira.
Assinala Darcy que Cecília surge na literatura brasileira em 1922, apre-
sentada por um grupo de católicos em que se destacavam Tasso da
Silveira e Andrade Muricy, que defendiam a renovação de nossas
letras, a partir de uma proposta de equilíbrio e de uma perspectiva
filosófica de cunho universalista. Observa que em seu livro de poe-
mas Viagem, premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1938, já
se delineia uma percepção existencial da realidade, em que há indaga-
ções sobre a brevidade da vida, a incompreensão humana, a descren-
ça religiosa, atenta à ideia geral de que cada coisa existe , independe de
si, e tudo se subordina à mecânica do universo. Para ela, em seu
conjunto, todos os seres, todas as coisas latejam, crescem, brilham,
se multiplicam e morrem, num constante fluir, perecer e renovarem-
se, numa percepção similar à do fluir do ser em vir-a-ser de Heráclito,
filósofo pré-socrático, em seu Logos, no qual expressa sua compreen-
são da realidade. Na visão de Cecília, os sentidos configuram a reali-
dade física que não dispensa o testemunho amoroso, como ressalta
Darcy Damasceno, já que o mundo é aprazível aos sentidos. E a
melhor maneira de realizar esse testemunho seria fazer do mundo
148
Meireles, Cecília. Reinvenção. Poesia Completa. Editora Nova Fronteira, 2001, p.411.
149
Britto, Jader de Medeiros. Cosmovisão de Cecília Meireles. Rio de Janeiro, 2010,
Mimeografado.
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COLEÇÃO EDUCADORES
matéria de puro canto, captando-o em sua permanente mutação.
Aliás, o emprego da poesia para tentar definir a realidade foi recurso
de expressão também usado por Parmênides, também filósofo pré-
socrático, em seu famoso poema, numa perspectiva oposta à de
Heráclito. Afirma ele nesse poema a permanência do ser ao enunciar
“o ser é, o não ser não é”, princípio de identidade. Enquanto Heráclito
ressalta que o ser está sempre em devenir, em vir-a-ser, o rio em perene
mutação. “Ninguém se banha duas vezes nas águas de um rio”.
Uma constante nostalgia na ótica existencial de Cecília é anotada por
Darcy. Para ela o tempo tudo corrói, tudo é transitório. Do ponto de
vista filosófico, denotando ceticismo em sua visão metafísica, a exis-
tência carece de sentido, dada a fugacidade do tempo, a insegurança e a
precariedade dos seres no universo; a cada passo a dúvida nos assalta,
ficamos entre a vida e o sonho, entre a realidade e a fantasia. E no
contraponto entre o mar tangível e o mar verdadeiro nos poemas de
Mar Absoluto guarda singular analogia com o mundo das sombras no
interior da caverna e o da realidade das ideias na concepção de Platão.
Não obstante, sua elaboração poética acaba se encaminhando para
uma reconciliação entre a consciência e as coisas, construindo espaço no
plano artístico para a reinvenção, de modo que a harmonia entre o
mundo e o artista acaba resultando no exercício da solidão e do espíri-
to claustral, como sugere Darcy, peculiar a uma lírica de tendência
espiritualista, idealista e estética – ao escolher de todas as tendências o
que enriquece ou facilita a expressão do ser. A tendência para o misticis-
mo lírico, para o absoluto metafísico encontraria nela a mais pura
expressão. Segundo ele, Cecília identifica-se com as substâncias da na-
tureza, procurando as de natureza transcendente. Tratar-se-ia de uma
metafísica de raiz mística, em que relaciona seu êxtase ao dos místicos,
mediante uma poesia transfiguradora do sobrenatural, numa percep-
ção do absoluto através do relativo, do uno através do múltiplo.
em termos de sensibilidade para o social, a ação de Cecília desen-
volve-se em duas direções: a poética ilustrada no Romanceiro da Incon-
fidência, cujo poema “Do Negro nas Catas” denuncia a realidade da
escravidão no Brasil colonial ao anunciar:
“Já se ouve cantar o negro./ Que saudade, pela serra!/ Os corpos,
naquelas águas,/ – as almas por longe terra./ Em cada vida de es-
cravo,/ que surda, perdida guerra!”
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ANTONIO GRAMSCI
E com o sentimento dos profetas, faz a advertência, arrematando o
poema:
“Deus do céu, como é possível/ penar tanto e não ter nada!”
A outra direção, a educacional, mereceu da poetisa incansável dedica-
ção ao longo de sua existência, ora no trabalho do magistério com
normalistas, ora ao comentar os problemas da vida educacional bra-
sileira como jornalista em sua coluna no Diário de Notícias do Rio de
Janeiro. Sua atuação nesse campo é marcada por um posicionamento
decidido e coerente ao subscrever o Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova, de 1932 que propunha uma estratégia científica, modernizadora,
capaz de levar os benefícios da educação a toda a população brasileira,
através da escola pública, ministrando ensino gratuito e universal,
sem discriminação de qualquer ordem. Identificada com as mesmas
definições, subscreve também em 1959 o Manifesto ao Povo e ao Gover-
no, juntamente com Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, ao lado
de numerosos educadores, em defesa da escola pública e do acesso
das classes menos favorecidas a todos os benefícios da educação,
como fator de justiça social, a fim de contribuir para a construção de
uma sociedade harmônica.
Post-mortem: imagens para sempre de Cecília Meireles
As imagens de Cecília ficaram para sempre, escreveu Carlos
Drummond de Andrade. Nas escolas, nas bibliotecas, nas cidades,
no cinema, na música, no teatro, em todas as múltiplas formas em
que deixou registrado seu pensamento. No Brasil e no mundo,
homenagens são prestadas a essa singular e múltipla criatura hu-
mana. Na impossibilidade de registrar todas as homenagens, des-
taco algumas delas, a seguir.
a) A homenagem que lhe prestou Carlos Drummond de
Andrade,
150
em crônica escrita sob o título “Imagens para
sempre”:
Às 15 horas de segunda feira, nove de novembro de 1964, os
poemas de Cecília Meireles alcançaram a perfeição absoluta.
150
Drummond de Andrade, Carlos. Imagens para Sempre. Correio da Manhã, Rio de
Janeiro, 11 nov. 1964, p. 4.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Não há mais um toque de sutileza a acrescentar-lhes, nem se-
quer um acento circunflexo a suprimir-lhes – aquele acento
que ela, certa vez, em um poema retirou de outro poema com
a leveza de mãos de quem opera uma borboleta. Não virão
outros versos fazer-lhes sombra ou solombra. O que foi es-
crito adquiriu segunda consistência, essa infrangibilidade que
marca o definitivo, alheio e superior à pessoa que o elaborou.
Vendo-os desligar-se de sua matriz humana, é como se eu os
visse pela primeira vez e à luz material, sem o enleio que me
despertava um pouco o ser encantado ou encantador, chamado
Cecília Meireles. Falo em encantamento no sentido original da
palavra, “de que há muitos exemplos nos livros de cavalaria e
poetas”. Não me parecia uma criatura inquestionavelmente real;
por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre
nós, marcada por gesto de cortesias e sociabilidade, restava-me
a impressão de que ela não estava onde nós a víamos, estava
sem estar, para criar uma ilusão fascinante, que nos compensasse
de saber incapturável a sua natureza. Distância, exílio e viagem
transpareciam no sorriso benevolente com que aceitava partici-
par do jogo de boas maneiras da convivência, e era um sorriso
de tamanha beleza, iluminado por um verde tão exemplar de
olhos e uma voz de tão pura melodia, que mais confirmava,
pela eficácia do sortilégio, a irrealidade do indivíduo.
Por onde erraria a verdadeira Cecília, que, respondendo à inda-
gação de um curioso, admitiu ser seu principal defeito “uma cer-
ta ausência do mundo”? Do mundo como teatro em que cada
espectador se sente impelido a tomar parte frenética no espetá-
culo, sim; não, porém, do mundo de essências, em que a vida é
mais intensa porque se desenvolve em estado puro, sem atritos,
liberta das contradições da existência. Um estado em que a sabe-
doria e beleza se integram e se dissolvem na perfeição de paz.
Para chegar até ele, Cecília caminhou entre formas selecionadas,
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ANTONIO GRAMSCI
que ia interpretando mais do que descrevendo; suas anotações
de natureza são esboços de quadros metafísicos, com objetos
servindo de signos de uma organização espiritual onde se con-
suma a unidade do ser com o universo. Cristais, pedras
rosicleres, flores, insetos, nuvens, peixes, tapeçarias, paisagens,
um escultural cavalo morto, “um trevo solitário pesando a
prata do orvalho”, todas essas coisas percebidas pelo sentido
são carreadas para a região profunda onde se decantam e su-
blimam. Nesta viagem incessante, para além da Índia, para
além do mistério das religiões e dos sonhos, Cecília Meireles
consumiu sua vida. Não é de estranhar que a achássemos dife-
rente do retrato comum dos poetas e das mulheres.
Revisitando agora a imaculada galeria de seus livros, desde
“Viagem” até os livros infantis de “Ou Isto ou Aquilo”, pas-
sando pelas estações clássicas de “Vaga Música”, “Mar Abso-
luto” e “Retrato Natural”, penetrando no túnel lampejante de
“Solombra”, é que esta poesia sem vocabular e fluidez de at-
mosfera nos aparece como a razão maior de haver existido
um dia Cecília Meireles. A mulher extraordinária foi apenas
ocasião, um instrumento, afinadíssimo, a revelar-nos a mais
evanescente e precisa das músicas. E esta música hoje não de-
pende de executante. Circula no ar, para sempre.
b) Na cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado da Guanabara,
em 1965, o Governador Carlos Lacerda presta-lhe uma home-
nagem nomeando a nova Sala de Concertos de Cecília Meireles.
c) Nos Açores, o nome Cecília Meireles foi dado à escola
básica da Freguesia de Fajã de Cima, Conselho de Ponta Del-
gada, e uma de suas avenidas chama-se Avenida Cecília
Meireles.
d) No Rio de Janeiro, a Biblioteca do Instituto de Educação
traz o nome Cecília Meireles.
e) A Academia Brasileira de Letras concedeu-lhe, em 1965, o
Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Yolanda Lôbo é doutora em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, professora do programa de pós-graduação em educação da Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro entre 1990 e 1998 e pesquisadora do Conselho Nacional de Desen-
volvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre 1991 e 1996. É professora do programa
de pós-graduação em sociologia política da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro. Desde 1980 desenvolve pesquisas sobre ideias e tendências através de
personagens públicas, procurando identificar as relações do campo intelectual com o
poder num determinado momento histórico (Anísio Teixeira, Cecília Meireles, Bertha Lutz,
Branca Fialho, Francisco Campos, Myrthes Wenzel, Maria Yedda Linhares, Yara Vargas,
Darcy Ribeiro). Coordena o Núcleo de Estudos da Educação Fluminense, com apoio da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
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ANTONIO GRAMSCI
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COLEÇÃO EDUCADORES
TEXTOS SELECIONADOS
A escola moderna
151
Todos os dias é tempo de se fazer o elogio da nova educação,
ainda que sintamos passada a sua fase consagrativa, transformada
no culto cada vez mais constante daqueles que realmente a tenham
compreendido. Todos os dias brota espontaneamente do nosso
entusiasmo esse elogio, pois à medida que caminhávamos por es-
tes novos campos é que sentimos como aqui se expande sincera-
mente a vida e cada elemento individual pode modelar com liber-
dade a sua forma de modo que, no milagre das realizações poste-
riores, esteja cada valor em seu lugar próprio e nenhum poder
fique sem aproveitamento.
Talvez a importância da escola moderna não resida tanto nas
suas intenções, que, propriamente, sempre existiram na inquietude
daqueles que, em passados vários, contemplaram o processo da
vida e a formação humana de um ponto que lhes permitisse uma
visão universal total: o que é mais curioso, o que na verdade nos
interessa, pela revelação que nos faz deste instante de evolução, é a
generalização que tomaram essas ideias, é a sua propagação, ou seu
aparecimento simultâneo sobre diversos pontos da terra, fazendo
crer numa nivelação geral de desenvolvimento, entre povos das mais
diversas origens e tradições. Vemos neste momento passar para o
151
Meireles, Cecília. O espírito victorioso. Rio de Janeiro: Editora Anuário do Brasil, 1929,
cap. 1, pp. 7-11.
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ANTONIO GRAMSCI
domínio popular uma vasta quantidade de pensamentos que até
aqui representavam limitadas propriedades de sonhadores e pensa-
dores. Assistimos a esse fenômeno com admiração: e com mais
admiração ainda vemos que não só essas ideias se transferem, assim,
de um ambiente para outro, de um pequeno mundo individual para
o grande mundo coletivo, como também não permanecem como
simples ideais, antes adquirem forma, corpo, atividade, de modo a
sentirmos com uma evidência indiscutível que há uma forma posi-
tiva para todas as aspirações humanas, e que o sonho não é mais que
uma antecipação de realidades adiantadas.
Possivelmente, chegou-nos, a nós, os de agora, um profundo
tédio de só pensar e sentir. O passado apresenta-se-nos oculto,
subterrâneo, feito de mistérios e torturas como o caminho silenci-
oso das raízes. Nosso presente conhece que seiva lhe chegou, com
gostos das terras mais distantes, virtudes das profundezas mais
variadas e, sobretudo, o valor dos entrecruzamentos livremente
operados através desses longos caminhos.
Há ímpeto demais nessa energia que nos vem de tão longe:
não cabe mais em nós contê-la dentro da nossa individualidade.
Mais do que nunca sentimos uma ansiedade grande de dar. Porque
recebemos demais, porque transformamos demais, também.
E a nossa alegria consiste nisso: conhecermos o que trazemos,
sentirmos o instante que ocupamos e as criaturas a que nos dirigimos.
Ora, nosso gesto não exprime somente transmissão. Damos-
lhe um sentido de oferenda, que envolve o nosso sacrifício. Porque
hoje temos de dar o que nos foi legado com todas as repercussões
que essa herança tenha acordado em nós. E damo-lo com uma
intenção de renúncia: para que não permaneça, mas para que se
transforme. Nós, os de hoje, podemos tentar uma eternidade as-
sim: sem o egoísmo da nossa fixação.
Que sabemos nós, de tudo quanto possamos ter aprendido,
senão que a vida é uma perpétua instabilidade e que a sua forma
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COLEÇÃO EDUCADORES
de definição suprema é a constância de um movimento de sempre
renascentes ritmos?
Do reconhecimento da marcha das aparências sobre a
irrevelação invariável ficou, para os espíritos que a observaram,
uma larga sede de rumos e de fins. Mas a vida, bem se vê, é uma
continuidade, não é apenas uma direção. Ela está em si mesma,
com as suas formações precárias, florindo como os sonhos sobre
uma noite imperturbável. Mas é a mesma a natureza dessa noite e
desse sonho. Entre uma e os outros opera, unicamente, a magia
transfiguradora do movimento.
Nestes sucessivos cenários efêmeros que resultam da nossa
própria efemeridade é preciso que não nos arroguemos nenhuma
atitude irremovível, porque seria recusar-nos a seguir a correnteza
natural em que, sem explicações, aparecemos. Nosso desacordo
com a natural sequência nos insularia num espontâneo exílio em
que não participaríamos nem da aparência transitória nem da
inviolável eternidade, porque é preciso sentirmos a deslocação
dolorosa de uma para possuirmos em nós o gosto profundo e
absoluto da outra.
Temos que lutar todos os dias contra a inércia. Não podemos
permitir que a nossa existência pare, nesta assombrosa continui-
dade dos acontecimentos. E, para isso, precisamos, antes de tudo,
reagir contra a invasão das ideais comuns, do comodismo de cer-
tas fórmulas, servilmente aceitas, da passividade das atitudes que
se ficam repetindo, pela incapacidade de tentar outras melhores,
ou pelo temor de enfrentar qualquer risco.
Precisamos resistir à sugestão perigosa, ao erro do exemplo.
Não há exemplos. Há experiências, realizadas em certas épocas,
por certas criaturas, em certas circunstâncias. Nunca seria possível
reproduzir esse exemplo, sem forçarmos a própria natureza, por-
que o processo da vida não permite repetições. Apenas nos po-
dem valer essas experiências como elemento de cultura, como o
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ANTONIO GRAMSCI
histórico da humanidade que nos precedeu, e em que podemos
contemplar, na alternativa de todas as variantes, a lei de movimen-
to que imperativamente as determina.
A sucessiva destruição de teorias e doutrinas deve conduzir-nos
à sinceridade e à humildade. A íntima confissão da nossa impossibi-
lidade de resolver definitivamente os absorventes enigmas que nos
cercam, em vez de dívidas e covardias, deve dar-nos o heroísmo de,
verificando os fracassos já vividos, não querer constituir em dogma
orgulhoso e enganoso nenhuma experiência recebida e vivida. Ca-
minhamos para uma época sem predeterminações. Consideremos
os homens que veem para essas épocas futuras libertos ainda dos
preconceitos que tivemos de remover dos nossos passos. Que lhes
podemos nós oferecer que não lhes venha a ser um estorvo? Que
passado quereremos ser nós, para esses que ainda neste momento
são apenas uma probabilidade futura? Conscientemente, tanto quanto
nos é possível ser conscientes, como iremos agir sobre esse elemen-
to misterioso que se apresenta a cada um de nós?
Neste instante em que uma claridade nova parece percorrer o
mundo e uma compreensibilidade mais ampla reúne as criaturas, a
escola moderna parece uma resposta a todas essas inquietações, e
uma consequência dessa visão de responsabilidade e desse desejo
de acertar, que nos fazem tão apreensivos.
A escola moderna é, preliminarmente, a visão do conjunto
das atualidades, a sua comparação com as atualidades que se fo-
ram e as que veem. Dessa visão resulta, compreendida a situação
humana, a conclusão de que, para construir a nova tentativa dos
homens de hoje, em localizações futuras, é preciso partir do mais
longínquo ponto inicial, daquele, pelo menos, que, nas contingên-
cias terrenas, se nos afigura o próprio começo da vida.
E é assim que nos colocamos nesta hora face a face com os
homens futuros que nos virão suceder em todas as cogitações e
ansiedades, e que são, por enquanto, apenas as crianças que as es-
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COLEÇÃO EDUCADORES
colas recebem e que, num certo número de anos, os professores
se obrigam a educar.
Com ser ativa, prática, viva, por excelência, não é do espírito
dessa escola reduzir o indivíduo de hoje a um tipo especialmente
utilitarista, material, interesseiro. Seria substituir o formalismo teó-
rico, inaproveitável, rotineiro da escola tradicionalista do passado
por um novo formalismo, talvez ainda mais perigoso.
O que a escola moderna pretende, acima de tudo, é restituir à
criatura humana as suas primitivas qualidades de ânimo livre, de
inteligência franca, de sentimento justo e de vontade equilibradora,
reconquistando-lhe a independência de qualquer preconceito novo,
pelo estímulo da sua iniciativa de observar, do seu destemor de
experimentar, da sua coragem de agir, uma vez desenvolvidas,
prévia e sabiamente, todas as suas faculdades, num ambiente de
iniciações favoráveis.
Trabalho já difícil em teoria, sobe de gravidade na prática,
pelas contingências fatais do meio, pela “rotina infantil” de que já
vão as crianças impregnadas para a escola, pelos absurdos assimi-
lados, pelos preconceitos, pela má vontade, pelo artificialismo,
enfim, que as deforma e que somente a ação simultânea da família
e dos professores poderá ir atenuando, para que se possa, afinal,
obter essa coisa hoje impossível: o aluno isento de influxos
desorientadores, capaz de receber a vida com o espírito de beleza
que, dentro do ideal dos homens de hoje, a escola se esforça
nobremente por lhe dar, exprimindo nessa dádiva o amor e a
solidariedade intemeratos daqueles que se vão, saciados de expe-
riência, àqueles que começam a vir, com uma nova sede, na suces-
são sempre diversa, mas quase tão semelhante...
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ANTONIO GRAMSCI
A formação do professor
152
A ânsia espiritual formulada nas aspirações da escola nova não
pertence já, e cada vez pertencerá menos, a uma limitada plêiade.
Dos nomes radiosos que esta renascença educativa reuniu num
momento, desgalharam-se as ideias a todos os ventos, e multiplica-
ram-se em todas as direções, tão realmente oportuna era a transfor-
mação, tão aguardada já nos mais obscuros e distantes silêncios.
São, na verdade, heróis aqueles que, vindos da cadência tradi-
cional, tiveram a coragem de arriscar-se à aventura desta era nova.
E digo que são heróis porque a reforma que vão tentar exige
deles uma transformação profunda; porque eles mesmos tem de
fazer em si a experiência da renovação, ainda quando as fadigas
que se recebem na vida os estejam querendo dobrar a um repouso
fácil e à enganosa sedução das felicidades tranquilas.
Não pode imprimir às vidas em formação uma íntegra noção
do seu próprio sentimento de liberdade, não pode receber com
encanto a infância nova, nem fazê-la despertar livre de tiranias e
dogmatismos quem não esteja numa situação análoga a essa que
deseja criar, quem não tenha, espontânea ou voluntariamente, ab-
dicado das ideias feitas, dos moldes de pensamento já encontra-
dos, quem não esteja, enfim, construindo todos os dias a sua per-
sonalidade, com essa religiosa inquietude de acompanhar a mar-
cha dos homens, surpreendendo-lhe o ritmo oculto, compreen-
dendo-o, e obedecendo-lhe com alegria.
Se é verdade que o ideal da escola moderna não está mais cir-
cunscrito a uma pequena plêiade, será verdade também que se tenha
generalizado completamente e profundamente, de modo que ne-
nhum obstáculo exista ao seu desenvolvimento e à sua realização?
Parece-me que este momento educacional, tendo resolvido em
definição o problema do ensino, necessita, para lhe dar eficiência
real, resolver o problema da formação do mestre.
152
Meireles, Cecília. O espírito victorioso. Rio de Janeiro: Editora Anuário do Brasil, 1929,
cap.2, pp. 12-23.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Tudo está demonstrando que, entre nós, como na maior parte
do mundo, o mestre é neste momento o mais importante fator na
preparação da sociedade futura. O mestre aparece-nos hoje não
mais com a sua velha aparência de transmissor de conhecimentos
imóveis, mas como um artista e como um homem, criando larga-
mente com tudo que houver de preclaro na sua inteligência, de
puro no seu sentimento e de nobre na sua atividade.
Um conhecimento completo da história da vida; a sensibilidade
para os fenômenos de cada época; a compreensão simpática da na-
tureza humana, com todo o seu heroísmo de virtudes e vícios; a
capacidade de amar largamente o passado, sem se curvar a ele; de
perceber o presente, tanto quanto é possível vê-lo de perto, sem
oferecer, no entanto, como uma era definitiva; e, entre um e outro, ter
essa alegria do futuro que se espera sempre como um bem maior.
Um mestre que se tenha formado de tal modo que nunca
palpite nele o temor quando, conscientemente enfrentando a in-
fância, considere que vai tocar no elemento primordial da vida,
que vai atuar sobre princípios fundamentais sagrados, “vivos”, que
vai tocar a substância mesma da criação.
Um mestre que se sinta irmanado às crianças que lhe são en-
tregues como um simples homem, que já foi criança, a uma sim-
ples criança, que será um homem.
Um mestre que tenha provado o gosto da vida, intensamente;
não que esteja existindo, apenas, dentro da função de ensinar; um
mestre que transmita dos discípulos não o sabor que os seus lábios
sentiram, mas o desejo comovido e elevado de tocar com a sua
boca essa bebida e distinguir-lhe o duplo ressabio de eternidade e
impermanência.
A prática da escola pode ser instruir: mas a sua finalidade deve
ser educar.
Chegamos a uma época de nivelamentos sociais que reconhe-
ce em cada indivíduo, antes de tudo, a sua qualidade de homem. E
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essa qualidade lhe deve conferir vantagens igualitárias ou, pelo
menos, a permissão de livremente conquistar essas vantagens.
Para pô-lo em contato com o mundo em que ele se definirá a
si mesmo, só possuímos dois meios: a observação e a experiência,
que, ao mesmo tempo que desenvolvem e robustecem as capaci-
dades de aquisição, enriquecem o campo da cultura, e produzem,
por íntimas reações, a fisionomia geral de cada indivíduo.
O mestre é apenas um auxiliar, nesse processo. Apenas. Mas
que infinito existe nesse “apenas”! Ser a criatura plenamente desen-
volvida, com um ambiente que as circunstâncias lhe teceram, pre-
so às contingências do seu estado de adulto – e retroceder com
alegria à criança que já se foi (e que tão facilmente se esquece e
despreza), para estar assistindo todos os dias aos que ainda se de-
moram na sua condição de infância. Ser o grande amor que silen-
ciosamente acompanha a evolução de uma criatura, compreen-
dendo-a, sem desviá-la do seu mundo, explicando-o, sem a sepa-
rar dele: ser mais que as mães que dão um corpo aos filhos – um
espírito que segue ao lado de outro espírito.
E como é que se pode encher a alma do mestre dessa forma
de amor, que não leva em si nenhum egoísmo original, nenhuma
pretensão futura, nenhum interesse, nenhuma vaidade?
Certamente, a Psicologia já faz despontar nos que a estudam
um carinho profundo pelo “objeto humano”. Abre-se um mun-
do novo e complexo aos olhos de quem pode ver na criança o
mecanismo admirável que a ciência descobriu que é.
Pela História da Educação, viajando pelos caminhos pedagó-
gicos do passado, colhendo em cada um o sentido contido na
expressão de cada método, de cada educador, de cada êxito e de
cada fracasso, também, haverá, sem dúvida, oportunidade para
analisar a marcha das fórmulas experimentadas na solução do pro-
blema humano, e para se chegar à compreensão desse problema,
principalmente.
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COLEÇÃO EDUCADORES
Tudo se encadeia nesta sucessão: instruir para educar, educar
para viver, e viver para quê?
Nesse ponto detém-se a História da Educação, como se de-
tém a Sociologia, porque é o limite de um campo mais misterioso,
aonde se vai por sendas mais difíceis, mais entrecruzadas, mais
sombrias e mais secretas, talvez.
Não há uma coisa só realizada sobre a terra que não contenha,
explícita ou implicitamente, a inquietação dessa pergunta, ou não
procure ser a sua resposta.
Deem-lhe nomes vários, revistam-no de aparências menos ime-
diatas, ocultem-no, mesmo, sob ceticismos ou conclusões fáceis, o
problema permanece. Permanece porque é o próprio homem, é a
sua talvez única realidade, a realidade espiritual, interrogando a sua
mesma razão de ser. Uma constatação e um desconhecimento. E
uma necessidade angustiosa de conciliação entre os dois.
Toda a história da humanidade é apenas a luta por essa conci-
liação. E não uma luta teórica, somente: porque a investigação
especulativa quando constrói os seus mais altos edifícios de ideias
puras está jogando, apenas, com a essência das realidades vividas,
mais “sofridas”. As explicações acompanham as perguntas: não as
precedem. Primeiro, o homem percebeu o seu mistério. E, desde
então, anda procurando desvendá-lo.
E, se há um caminho por onde o possamos acompanhar lado
a lado, no seu longo percurso interior, esse está nas palavras que
nos deixou escritas, nessas palavras que forma o corpo do seu
pensamento e resumiram uma vida diferente, às vezes, da de to-
dos os dias, mas de realidades frequentemente ainda mais fortes,
porque, vencendo a resistência das possibilidades concretas, se efe-
tuaram nas sugestões exaustivas do sonho.
A literatura nos mostra o homem com uma veracidade que as
ciências talvez não tenham. Ela é o documento espontâneo da
vida em trânsito. É o depoimento vivo, natural, autêntico. Os pró-
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prios subterfúgios são trajes novos que encobrem, mas não desfi-
guram as formas que conduzem. Quando um poeta canta é que
nele se operou todo o processo de síntese: sua sensibilidade, sua
personalidade recolheu os elementos esparsos do momento, da
raça, da terra, dos contatos sociais e espirituais; todo o complexo
da vida, na receptividade ativa e criadora de um homem, pode
produzir máquinas ou leis, sistemas ou canções.
Mas as canções parece que vêm muito mais diretamente da
sua origem à sua forma exterior, ou, então, talvez abram mais
facilmente passagem até as almas: porque por elas se aproximam
distâncias, se compreendem as criaturas, e os povos se comuni-
cam as suas dores e alegrias sempre semelhantes.
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COLEÇÃO EDUCADORES
CRONOLOGIA
1901 - Nasce a 7 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro. Filha de Carlos Alberto
de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, e de Mathilde
Benevides Meireles, descendente de família açoriana de São Miguel, profes-
sora da rede pública de ensino primário do Distrito Federal. O pai faleceu
antes do seu nascimento.
1904 - Fica órfã, aos três anos, com a morte da mãe; vai morar com a avó
materna, Jacintha Garcia Benevides, na mesma cidade do Rio de Janeiro.
1910 - Conclui o curso primário na Escola Municipal Estácio de Sá no Rio de
Janeiro.
1910 - Recebe a Medalha Olavo Bilac, prêmio pelo bom desempenho no curso
primário.
1911 - Ingressa na Escola Normal do Distrito Federal.
1917 - Diploma-se professora pela Escola Normal do Distrito Federal.
1918 - Inicia o exercício de magistério como professora da rede pública municipal
do Distrito Federal na Escola Deodoro da Fonseca no bairro da Glória, Rio
de Janeiro.
1919 - Publica o livro de poesia Espectros, pela Editora Leite Ribeiro & Associados
do Rio de Janeiro.
1920 - Ingressa no magistério do Ensino Médio, lecionando a disciplina Desenho
na Escola Normal do Distrito Federal.
1922 - Casa-se com o artista plástico Fernando Correia Dias.
1922 - Publica poemas na revista Árvore Nova.
1923 - Nasce sua primeira filha, Maria Elvira.
1923 - Publica o livro Nunca mais… e poemas dos poemas, pela Editora Leite
Ribeiro & Associados do Rio de Janeiro.
1924 - Nasce sua segunda filha, Maria Mathilde.
1924 - Publica o livro Criança, meu amor, com ilustrações de Correia Dias, pelo
Anuário do Brasil.
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ANTONIO GRAMSCI
1924 - Publica poemas na revista Festa.
1925 - Publica Baladas para El-Rei, também com ilustrações de Correia Dias, pela
Editora Brasileira Lux do Rio de Janeiro.
1925 - Nasce sua terceira filha, Maria Fernanda.
1929 - Publica a tese O espírito victorioso, pela Editora Lux, Rio de Janeiro.
1930 - Publica folheto, com ilustrações de Correia Dias, sob o título Saudação à
menina de Portugal. Conferência pronunciada no Real Gabinete Português
de Leitura.
1930 - Dirige a Página de Educação do Diário de Notícias, Rio de Janeiro, e, nesta
página, passa a escrever a coluna diária Comentário.
1930 - Dirige a Página das Crianças no Diário de Notícias.
S/D - Traduz As mil e uma noites, com ilustrações de Correia Dias. Rio de Janeiro,
Anuário do Brasil.
1932 - Assina o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.
1933 - Escreve seu último Comentário na Página de Educação do Diário de Notícias.
1933 - Expõe seus desenhos na Pró-Arte, no Rio de Janeiro, com a participação
da escola de samba Portela na solenidade de abertura da exposição.
1934 - É designada para o exercício no Instituto de Pesquisas Educacionais do
Distrito Federal.
1934 - Organiza a primeira biblioteca infantil pública brasileira, no Pavilhão
Mourisco, inaugurada em 15 de agosto com denominação de Centro de
Cultura Infantil, na gestão de Anísio Teixeira na Secretaria de Educação
do Distrito Federal.
1934 - Publica poemas na revista Festa.
1934 - Viaja, com o marido Correia Dias, a Portugal, a convite do Secretariado
de Propaganda, onde faz conferências nas Universidades de Lisboa e
Coimbra sobre Literatura Brasileira. Conhece a terra natal e a família de
Correia Dias em Moledo de Penajóia.
1935 - Fica viúva, com a morte de seu marido Fernando Correia Dias.
1935 - Leciona as disciplinas Literatura Luso-Brasileira e Técnica e Crítica Lite-
rária na Universidade do Distrito Federal.
1935 - Publica Batuque, samba e macumba. Lisboa, Separata do Mundo português.
1935 - Publica folheto Notícia da poesia brasileira. Coimbra, Biblioteca Geral da
Universidade.
1938 - Ganha o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras, com seu livro
de poesia Viagem.
1939 - Publica o livro de poesia Viagem. Lisboa, Editora Ocidente.
1939 - Publica Rute e Alberto resolveram ser turistas. Porto Alegre, Editora Globo.
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COLEÇÃO EDUCADORES
1939 - Retorna à regência de turma, no Jardim de Infância Campos Salles,
pertencente à rede municipal de ensino do Distrito Federal.
1939 - Trabalha como repórter para o jornal Observador Econômico e Financeiro.
1940 - Casa-se com o engenheiro Heitor Vinicius da Silveira Grillo, no Rio de
Janeiro.
1940 - Leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas.
1941 - Escreve a coluna Professores e estudantes, crônicas de Educação, no jornal A
Manhã, Rio de Janeiro.
1941 - Edita a revista Travel in Brazil, do Departamento de Imprensa e Propaganda.
1942 - Publica Vaga música. Rio de Janeiro, Editora Pongetti.
1942 - Escreve crônicas de educação em sua coluna Professores e estudandes no
jornal A Manhã, Rio de Janeiro.
1944 - Publica Poetas novos de Portugal (Seleção e prefácio). Rio de Janeiro, Edi-
ções Dois Mundos.
1944 - Visita o México, Uruguai e a Argentina onde faz conferências sobre
literatura, folclore e educação.
1945 - Publica Rute e Alberto. Boston, D.C. Heath.
1945 - Publica Mar absoluto e outros poemas. Porto Alegre, Globo.
1945 - Publica crônicas intituladas Rumo ao Sul.
1946 - Escreve para o teatro de marionetes a peça A nau catarineta.
1946 - Ministra cursos de teatro de bonecos na Sociedade Pestalozzi.
1947 - Traduz A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke, de
Rainer Maria Rilke. Rio de Janeiro, Revista Acadêmica.
1948 - Traduz Orlando, de Virgínia Wolf. Porto Alegre, Globo.
1948 - Publica Evocação lírica de Lisboa. Lisboa, Separata de Atlantico, Revista
Luso-Brasileira, n° 6.
1948 - Participa de Seminário sobre Educação em Minas Gerais
1949 - Publica Rui: pequena história de uma grande vida. Rio de Janeiro,
EditoraLivros de Portugal.
1949 - Publica Retrato natural. Rio de Janeiro, Livros de Portugal.
1949 - Foi transferida para a Escola Medeiros e Albuquerque, da rede pública
municipal do Distrito Federal.
1949 - Nomeada para a direção da Escola Bahia, da rede pública municipal do
Distrito Federal.
1951 - Publica Problemas da literatura infantil. Belo Horizonte, Imprensa Oficial.
1951 - Publica Amor em leonoreta. Rio de Janeiro, Hipocampo.
1951 - Aposenta-se do cargo de professora da rede pública municipal do Distrito
Federal.
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ANTONIO GRAMSCI
1952 - Publica Doze noturnos da Holanda & o aeronauta. Rio de Janeiro, Livros de
Portugal.
1952 - Publica o ensaio Artes Populares, In: As artes plásticas no Brasil. Rio de
Janeiro, Instituto Larragoiti.
1953 - Pronuncia conferência Gandhian Outlook and Tecniques, na Índia, em con-
gresso sobre a obra de Gandhi. Nova Delhi, Ministry of Education.
1953 - Viaja à Índia, Goa e países da Europa.
1953 - Publica o Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro, Livros de Portugal.
1954 - Viaja à Europa e Açores.
1955 - Publica Pequeno oratório de Santa Clara, apresentado em caixa de madeira
pintada, em forma de oratório. Rio de Janeiro, Philobiblion.
1955 - Publica Pistoia, cemitério militar brasileira, com Xilogravuras de Manuel
Segalá. Rio de Janeiro, Philobiblion.
1956 - Publica Canções. Rio de Janeiro, Livros de Portugal.
1956 - Pronuncia conferência O Elemento oriental em García Lorca, na Fundação
Dulcina, em comemoração ao vigésimo aniversário da morte do poeta.
1956 - Publica Giroflê, Giroflá. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
1957 - Pronuncia conferência O folclore na literatura brasileira, em Porto Alegre.
1957 - Publica Romance de Santa Cecília. Rio de Janeiro, Philobiblion.
1957 - Publica A rosa, com ilustrações de Lygia Sampaio. Salvador, Dinamene.
1957 - Visita Porto Rico.
1958 - Viaja à Israel.
1958 - Traduz Os caminhos de Deus, de Kathryn Hulne. Rio de Janeiro, Seleções
do Reader´s Digest.
1958 - Publica o ensaio Panorama Folclórico dos Açores, especialmente da Ilha
de São Miguel, In: Revista Insulana, vol XI, Ponte Delgada, 1 de setembro.
1958 - Publica Obras completas, pela Aguilar.
S/D - Publica folheto A Bíblia na poesia brasileira. Rio de Janeiro. Centro Cultural
Brasil/Israel.
S/D - Publica o ensaio Gandhi, In: Quatro apóstolos modernos. São Paulo, Coleção
Grandes Vocações, Donato Editores.
1959 - Publica Eternidade de Israel. Rio de Janeiro, Centro Cultural Brasil-Israel.
1959 - Publica o ensaio Expressão Feminina da Poesia na América. In: Três
Conferências sobre cultura hispano-americana. Rio de Janeiro, Ministério da
Educação, Coleção Cadernos de Cultura.
1960 - Publica Metal Rosicler. Rio de Janeiro, Livros de Portugal.
1960 - Traduz Bodas de sangue, de Federico Garcia Lorca. Rio de Janeiro, Editora
Agir.
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COLEÇÃO EDUCADORES
1960 - Traduz Amado e glorioso médico, de Taylor Caldwell. Rio de Janeiro, Seleções
Reader´s Digest.
1961 - Traduz Sete poemas de Puravi, Minha bela vizinha, Conto, Mashi e O carteiro do
rei, de Rabindranath Tagore. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e
Cultura, edição comemorativa do centenário de nascimento do autor.
1961 - Publica folheto Rabindranath Tagore and the East West Unity. Brazilian
National Comission for Unesco.
1962 - Traduz Poesia de Israel, com ilustrações de Portinari. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira.
1962 - Traduz Caturanga, de Rabindranath Tagore. Rio de Janeiro, Delta, Coleção
Prêmios Nobel de Literatura.
1963 - Traduz Yer ma, de Federico Garcia Lorca. Rio de Janeiro, Editora Agir.
1963 - Profere conferência na Associação Brasileira de Imprensa sobre a presença
da poesia em textos litúrgicos e na Bíblia, por ocasião da quaresma, promo-
vida pela juventude Independente Católica.
1963 - Publica Solombra. Rio de Janeiro, Livros de Portugal.
1964 - Publica Escolha seu sonho. Rio de Janeiro, Record.
1964 - Publica Ou isto ou aquilo. São Paulo, Editora Giroflê.
1964 - Recebe o título de Comendador da Ordem do Mérito no Chile.
1964 - Falece a 9 de novembro, às 15 horas, no Hospital dos Servidores, na cidade
do Rio de Janeiro.
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ANTONIO GRAMSCI
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COLEÇÃO EDUCADORES
BIBLIOGRAFIA
Títulos da coluna Comentário
e da Página de Educação do
Diário de Notícias
MEIRELES, CECÍLIA. Escola e Família: Como fazer sua aproximação. Rio de
Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 14 ,
jun., 1930.
______. Exercício de aritmética. ______, Página de Educação, Coluna Comentá-
rio, p.7, 15, jun., 1930.
______. Coisas que se deve combater. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.5, 17, jun., 1930.
______. As férias de junho. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 18, jun., 1930.
______. Os poetas como precursores do novo idealismo educacional. Rio de
Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, 19, jun.,
1930.
______. O serviço das substitutas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 20, jun., 1930.
______. Kou – Hyng – Ming e o espírito do povo chinês. Rio de Janeiro: Diário
de Notícias, Página de Educação, p.5, 20, jun., 1930.
______. Comentário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 21, jun., 1930.
______. Exercícios de Português. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 22, jun., 1930.
______. Comentário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 23, jun., 1930.
______. O ambiente escolar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 25, jun., 1930.
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ANTONIO GRAMSCI
______. O professor moderno e a sua formação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
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______. Educação e fraternidade ocidental. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 27, jun., 1930.
______. Literatura Infantil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 28, jun., 1930.
______. Solenidades Cívicas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 29, jun., 1930.
______. Ensino Secundário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 2, jul., 1930.
______. Leituras educativas – Um livro de Man Chispe para os jovens da América.
Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.5, 2, jul., 1930.
______. O indelével convívio. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 3, jul., 1930.
______. As condições físicas do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 4, jul., 1930.
______. O ensino da música nas escolas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 5, jul., 1930
______. A escola que educa e deseduca. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.5, 6, jul., 1930.
______. A arte geradora da beleza do corpo e do espírito. Doutrina estética e
visão educacional do professor Pierre Michailowsky. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.5, 6, jul., 1930.
______. Professores de Amanhã. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 8, jul., 1930.
______. A função da escola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 10, jul., 1930.
______. O louvor da Mocidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7,11, jul., 1930.
______. Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7,12, jul., 1930.
______. As projeções fixas na escola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 15, jul., 1930.
______. A escola paulista. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 17, jul., 1930.
______. O mal da autoridade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 18, jul., 1930.
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95
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Eduquemos a criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 19, jul., 1930.
______. Um episódio inesquecível. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 20, jul., 1930.
______. Vestuário do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, 22, jul., 1930.
______. Sua majestade o pistolão... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 23, jul., 1930.
______. Excessos de entusiasmo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, 24, jul., 1930.
______. Conversando com o inspetor Crescêncio Cóccaro – Os problemas da
educação em várias partes do mundo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, 24, jul., 1930.
______. Dramatizações. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 25, jul., 1930.
______. Duas atitudes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 26, jul., 1930.
______. O aluno que ri. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 27, jul., 1930.
______. Educação Nacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, 29, jul., 1930.
______. Sacrifícios do Educador. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 30, jul., 1930.
______. Escola atraente. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 31, jul., 1930.
______. Medida de valores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 01, ago., 1930.
______. Um livro símbolo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 02, ago., 1930.
______. Jornalismo e educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 03, ago., 1930.
______. Fatores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 05, ago., 1930.
______. Grandes e pequenos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 06, ago., 1930.
______. Intercâmbio escolar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 07, ago., 1930.
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96
ANTONIO GRAMSCI
______. A adolescência. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, ago., 1930.
______. O que lêem os adolescentes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 09, ago., 1930.
______. Qualidades do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 10, ago., 1930.
______. As crianças pobres. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 12, ago., 1930.
______. Os que perturbam sem o saberem. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 13, ago., 1930.
______. Conferências pedagógicas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 14, ago., 1930.
______. Lição de História do Brasil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 15, ago., 1930.
______. Qualidades do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 16, ago., 1930.
______. Desarmonia do ambiente Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 17, ago., 1930.
______. Aula de normalistas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 19, ago., 1930.
______. Educação Estética e embelezamento do lar. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 19, ago., 1930.
______. A alma do adolescente. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 20, ago., 1930.
______. O ensino secundário na opinião de um preparatoriano. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p 7, 21, ago., 1930.
______. Como se distingue o educador. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 22, ago., 1930.
______. Concursos de beleza. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.4, 23, ago., 1930.
______. Formação do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 24, ago., 1930.
______. Moral e Cívica. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 26, ago., 1930.
______. Idealismo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.4, 27, ago., 1930.
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97
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Uma inscrição. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 28, ago., 1930.
______. Responsabilidade dos reformadores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.4, 29, ago., 1930.
______. O Ministério da Educação Pública. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 30, ago., 1930.
______. Escotismo e Escoteiros. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, ago., 1930.
______. O respeito pela vida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, 02, set., 1930.
______. A significação da Literatura na formação do professor. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, 02, set., 1930.
______. A surpresa da liberdade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 03, set., 1930.
______. Professores e anúncios. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, set., 1930.
______. A visita de um pedagogo notável. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, set., 1930.
______. O mundo dos adultos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 18, set., 1930.
______. Um problema do Magistério. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 19, set., 1930.
______. A festa da árvore. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 20, set., 1930.
______. A futura Escola Normal. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 21, set., 1930.
______. A responsabilidade da imprensa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.4, 23, set., 1930.
______. A margem da “reunião educacional”. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.4, 24, set., 1930.
______. A autoridade das autoridades. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 25, set., 1930.
______. Os programas inesquecíveis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 26, set., 1930.
______. Palavras e fatos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 30, set., 1930.
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98
ANTONIO GRAMSCI
______. Falsos motivos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 14, out., 1930.
______. A consciência dos educadores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 01, out., 1930.
______. A única atitude. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 02, out., 1930.
______. O gosto da verdade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.4, 03, out., 1930.
______. A crise brasileira de educação e as sugestões do professor Sud Mennucci.
Um livro que todo Brasil precisa ler. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.4, 03, out., 1930.
______. Reuniões de Inspetores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 05, out., 1930.
______. A vida que não está sendo vivida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.4, 09, out., 1930.
______. Liberdade e espontaneidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.4, 10, out., 1930.
______. A ideologia dos educadores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 11, out., 1930.
______. O amor à infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 12, out., 1930.
______. Falsos motivos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 14, out., 1930.
______. Grandes e pequenos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.4, 15, out., 1930.
______. Um telegrama sugestivo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 16, out., 1930.
______. A criança e o segredo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 17, out., 1930.
______. As qualidades do educador. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 18, out., 1930.
______. A esperança do educador. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 19, out., 1930.
______. A criança e os brinquedos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 21, out., 1930.
______. Jornais infantis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 22, out., 1930.
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99
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Diretores de escola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 23, out., 1930.
______. Nós e as crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 24, out., 1930.
______. A alma de uma educadora. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 29, out., 1930.
______. As crianças e a revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.12, 30, out., 1930.
______. Educação e revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 31, out., 1930.
______. O respeito pela mocidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p. 12, 01, nov., 1930.
______. Os políticos com a psicologia. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, nov., 1930.
______. O valor das experiências alheias. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, nov., 1930.
______. O Ministério do Trabalho e a educação. Rio Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, nov., 1930.
______. Reformas. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Coluna
Comentário, p.7, 08, nov., 1930.
______. Livros para crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 09, nov., 1930.
______. Sobre a nova educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 11, nov., 1930.
______. Educação artística e nacionalizadora. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.14, 13, nov., 1930.
______. Sinal dos tempos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.15, 14, nov., 1930.
______. Como as crianças cantam. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 15, nov., 1930.
______. Política e Pedagogia. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 16, nov., 1930.
______. O papel da escola primária na educação popular. Rio de Janeiro: Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 19, nov., 1930.
______. Educação artística. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 20, nov., 1930.
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100
ANTONIO GRAMSCI
______. Ouvindo as crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 21, nov., 1930.
______. Escola para a criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 22, nov., 1930.
______. A escola para as crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 23, nov., 1930.
______. O momento educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 25, nov., 1930.
______. O espírito poético da educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, .p.7, 26, nov., 1930.
______. A responsabilidade da revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 27, nov., 1930.
______. O tipo de professor para esta época. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 28, nov., 1930.
______. O problema educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 29, nov., 1930.
______. Interpretações. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 30, nov., 1930.
______. Educação estética na infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 02, dez., 1930.
______. Um dos resultados da revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 03, dez., 1930.
______. Uma declaração oportuna. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, dez., 1930.
______. Exposições infantis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 05, dez., 1930.
______. A reforma de ensino e o movimento da mocidade. Rio de Janeiro: Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, dez., 1930.
______. Educação – palavra imensa... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, dez., 1930.
______. Prédios escolares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 09, dez., 1930.
______. Ainda as exposições. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 10, dez., 1930.
______. Consequências das exposições escolares... . Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 11. dez., 1930.
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101
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Educação e trabalho. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 12, dez., 1930.
______. O respeito à infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 13, dez., 1930.
______. Como dizíamos ontem. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 14, dez., 1930.
______. Prêmios Escolares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 16, dez., 1930.
______. O programa educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 17, dez., 1930.
______. Os indícios da alma infantil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 18, dez., 1930.
______. As iniciativas educacionais de após-revolução. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 19, dez., 1930.
______. A infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 20, dez., 1930.
______. O interesse pelas crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 21, dez., 1930.
______. A finalidade educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 23, dez., 1930.
______. Continuando. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 24, dez., 1930.
______. O método das crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 25, dez., 1930.
______. Essa história de papai noel. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 26, dez., 1930.
______. Desigualdades. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 28, dez., 1930.
______. Atitudes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 30, dez., 1930.
______. Uma obra digna de atenção. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, dez, 1930.
______. Um voto no primeiro dia do ano. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 01, jan., 1931.
______. Educação artística. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 02, jan., 1930.
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102
ANTONIO GRAMSCI
______. Adaptações. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 03, jan., 1930.
______. O caso que o leitor conhece... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, jan., 1930.
______. A extensão da nossa liberdade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, jan., 1930.
______. Uma Página de Adolpho Ferrière. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, 09 de agosto de 1930.
______. Palavras e atos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, pp. 7-14, fev., 1931.
______. Relações entre o lar e a escola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, jan., 1931.
______. C’est le deux. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, jan., 1931.
______. O que se espera e o que se teme. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 09, jan., 1931.
______. A experiência alheia. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 11, jan., 1931.
______. Pais e filhos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 13, jan., 1931.
______. Espírito de justiça. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educa-
ção, Coluna Comentário, p.7, 14, jan., 1931.
______. A preocupação educacional do momento. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jan., 1931.
______. A formação do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 16, jan., 1931.
______. A atuação do professor moderno. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 17, jan., 1931.
______. A circular aos inspetores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 18, jan., 1931.
______. A visão da infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 20, jan., 1931.
______. O canto do galo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 21, jan., 1931.
______. O prestigio materno. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 23, jan., 1931.
CECILIAMEIRELES EDITADO.pmd 21/10/2010, 07:55102
103
COLEÇÃO EDUCADORES
______. O conceito da vida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 24, jan., 1931.
______. O direito do não. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 25, jan., 1931.
______. Os intransigentes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 27, jan., 1931.
______. A circular aos inspetores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 28, jan., 1931‘.
______. Quando a criança chora. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 29 jan., 1931.
______. Um professor de entusiasmo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, jan., 1931.
______. A passagem dos ideais. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, jan., 1931.
______. O momento atual e o verdadeiro sentido da educação. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 1, fev., 1931.
______. Duas perguntas difíceis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 03, fev., 1931.
______. A criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 04, fev., 1931.
______. As palavras de um ministro. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, fev., 1931.
______. As circulares da subdiretoria técnica. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, fev., 1931.
______. Os bons exemplos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, fev., 1931.
______. A criança e as desarmonias ambientais. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 10, fev., 1931.
______. A Circular aos inspetores escolares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 11, fev., 1931.
______. Justiça social para a criança brasileira! – Percorrendo institutos de
proteção e educação especializada para saber como o Brasil cuida da infância mal
favorecida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 11, fev.,
1931.
______. Um pedido das vésperas do carnaval. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 12, fev., 1931.
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104
ANTONIO GRAMSCI
______. Justiça social para a criança brasileira! – Percorrendo institutos de
proteção e educação especializada para saber como o Brasil cuida da infância mal
favorecida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 12, fev.,
1931.
______. Um compromisso da revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, 26, fev., 1931.
______. Palavras e atos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 14, fev., 1931.
______. Justiça social para a criança brasileira! – Percorrendo institutos de proteção
e educação especializada para saber como o Brasil cuida da infância mal favorecida.
Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 14, fev., 1931.
______. Um poeta que ama as crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 19, fev., 1931.
______. Criações sobre três versos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 20, fev., 1931.
______. Um grande espírito a serviço da criança – Conversando com Mme.
Artus Perrelet – O sentido da Educação. A alegria de criar – Uma evocação na
Grécia à criança – Por que vovô fez “chut” – Ex oriente lux – Conclusão. Rio
de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 20, fev., 1931.
______. O mal de ter sido criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 22, fev., 1931.
______. Educação Musical. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 24, fev., 1931.
______. Imprudências domésticas... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 25, fev., 1931.
______. Os professores e a sua atuação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 26, fev., 1931.
______. Justiça social para a criança brasileira! – Percorrendo institutos de proteção
e educação especializada para saber como o Brasil cuida da infância mal favorecida.
Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 26, fev., 1931.
______. Criança e o quintal do vizinho. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 27, fev., 1931.
______. Cooperação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 28, fev., 1931.
______. Justiça social para a criança brasileira! – Percorrendo institutos de proteção e
educação especializada para saber como o Brasil cuida da infância mal favorecida. Rio
de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 28, fev., 1931.
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105
COLEÇÃO EDUCADORES
______. O ensino na zona rural. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, mar., 1931.
______. A inauguração do ano letivo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 03, mar., 1931.
______. Três pessoas apavoradas e um apelo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, mar., 1931.
______. O recrutamento para a zona rural. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 05, mar., 1931.
______. Uma recordação da juventude. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, mar., 1931.
______. O espírito da Nova Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, mar., 1931.
______. A reforma Fernando de Azevedo e a atual situação do ensino primário
no Distrito Federal – Opinião e projetos da presente administração. Uma entre-
vista com o sr. Raul de Farias. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.7, 07, mar., 1931.
______. A noção de responsabilidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, mar., 1931.
______. Os que trabalham com alegria. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 10, mar., 1931.
______. A Educação como fundamento das revoluções. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, mar., 1931.
______. A criança vista pelos grandes espíritos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 12, mar., 1931.
______. A arte como instrumento de Educação na Reforma. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, p.7 e p.15, 12, mar., 1931.
______. Qual é o critério? Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, mar., 1931.
______. A criança e os castigos corporais. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 14, mar., 1931.
______. A situação atual do ensino no Distrito Federal – A reforma Fernando de
Azevedo, suas realizações e suas possibilidades através de uma entrevista com o
Dr. Frota Pessoa, subdiretor administrativo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, p.7, 14, mar., 1931.
______. O exemplo do México. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 15, mar., 1931.
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106
ANTONIO GRAMSCI
______. A inquietação da escola nova e a renovação do mundo. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 17, mar., 1931.
______. O professor para a escola rural. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 18, mar., 1931.
______. O curso de Mme. Artus, as diretorias e os inspetores. Rio de Janeiro: Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 20, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos – A segunda aula do curso de aperfeiçoa-
mento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.7, 20. mar., 1931.
______. Uma pergunta difícil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 21, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A segunda lição do curso de
Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7,
21, mar., 1931.
______. Uma fábula de La Fontaine. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 22, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A terceira lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.6, 22, mar., 1931.
______. Como as crianças pensam. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 24, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos. – A terceira lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 24, mar., 1931.
______. Uma tragédia como outras... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 25, mar., 1931.
______. Crianças mendigas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 26, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A quarta lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 26, mar., 1931.
______. Educação com e pequeno... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 27, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A quarta lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 27, mar., 1931.
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107
COLEÇÃO EDUCADORES
______. A professora. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 28, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – Quinto curso de aperfeiçoa-
mento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.7, 28, mar., 1931.
______. O mistério das circulares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A primeira lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.6, 29, mar., 1931.
______. O assunto primordial. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, mar., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A sexta lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 31, mar., 1931.
______. A infância e os preconceitos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 01, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A sétima lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 01, abr., 1931.
______. A margem de um livro de Victor Hugo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 02, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A sétima lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, p.7, 02, abr., 1931.
______. Amor à fórmula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 03, abr., 1931.
______. Vienna atual e o seu culto pela criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, abr., 1931.
______. O de Iscariotes e outros... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, abr., 1931.
______. Leituras perniciosas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 07, abr., 1931.
______. O silêncio é pior... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, abr., 1931.
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108
ANTONIO GRAMSCI
______. As criaturas admiráveis... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 09, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A oitava lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 09, abr., 1931.
______. A poesia das crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 10, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A oitava lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 10, abr., 1931.
______. A quelque chose... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 11, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A nona lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 11, abr., 1931.
______. A perfídia dos tests... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.6, 12, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A nona lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.6, 12, abr., 1931.
______. Gente grande. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 14, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 14, abr., 1931.
______. O dia pan-americano. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 15, abr., 1931.
______. O exemplo dos estudantes espanhóis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 16, abr., 1931.
______. O dia da educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 17, abr., 1931.
______. Escola Normal ou Universidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 18, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-primeira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 18, abr., 1931.
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109
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Os ritmos decorativos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 19, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-primeira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 19, abr., 1931.
______. Constancio C. Vigil. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Coluna Comentário, p.6, 21, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-segunda lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.6, 21, abr., 1931.
______. Tiradentes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 22, abr., 1931.
______. Ensino Universitário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 23, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-segunda lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 23, abr., 1931.
______. Um caso doloroso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 24, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima segunda lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 24, abr., 1931.
______. À margem das reformas de Francisco Campos. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 25, abr., 1931.
______. Nada de novo na frente ocidental. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 26, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-terceira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.6, 26, abr., 1931.
______. Educação da Saúde. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 28, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-quarta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 28, abr., 1931.
______. Um exemplo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 29, abr., 1931.
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110
ANTONIO GRAMSCI
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-quarta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 29, abr., 1931.
______. Pedagogia de ministro. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 30, abr., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-quinta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 30, abr., 1931.
______. Como se originam as guerras religiosas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 02, maio, 1931.
______. O espírito da mocidade. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Coluna Comentário, p.7, 03, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-sexta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 03, maio, 1931.
______. As crianças e a religião. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Coluna Comentário, p.7, 05, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-sexta e a décima-
sétima lição do curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 05, maio, 1931.
______. Questões de liberdade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 06, maio, 1931.
______. O movimento de “les compagnons”: Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, maio, 1931.
______. Perguntas para o ar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-oitava lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 08, maio, 1931.
______. Pobre escola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 09, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A décima-nona lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 09, maio, 1931.
______. O ensino religioso nas escolas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 10, maio, 1931.
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111
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Um concurso de literatura na China. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 12, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 12, maio, 1931.
______. Um autógrafo precioso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 13, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima lição do curso de
aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.7, 13, maio, 1931.
______. Entre as pontas do dilema. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 14, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-primeira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 14, maio, 1931.
______. Abolição. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Coluna
Comentário, p.7, 15, maio, 1931.
______. Um livro lindo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 16, maio, 1931.
______. Cenas de todos os dias. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 17, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-segunda lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 17, maio, 1931.
______. The right man... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 20. maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-terceira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 20, maio, 1931.
______. Continuando... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 21, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-terceira lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 21, maio, 1931.
______. Os livros de Constancio Vigil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 22, maio, 1931.
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112
ANTONIO GRAMSCI
______. Fantasmagoria. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 23, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-quarta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 23, maio, 1931.
______. O mal de crescer. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 24, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-quinta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 26, maio, 1931.
______. Uma sintonia talvez grave. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 27, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-quinta lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 27, maio, 1931.
______. Cultive ta statue. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 28, maio, 1931.
______. Aquele desastrado decreto... Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 29, maio, 1931.
______. A entrevista do Capitão João Blex. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 30, maio, 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-quinta e a vigé-
sima-sexta lição do curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de
Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.7, 30, maio, 1931.
______. Para as crianças da América. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 31, maio, 1931.
______. O vampiro de Dusseldorf. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 02, jun., 1931.
______. Uma estatística necessária. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 03, jun., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-sétima lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 03, jun., 1931.
______. Ainda o nefando decreto. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 04, jun., 1931.
CECILIAMEIRELES EDITADO.pmd 21/10/2010, 07:55112
113
COLEÇÃO EDUCADORES
______. El espiritu Universitário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 05, jun., 1931.
______. Desenho, modelagem e jogos educativos – A vigésima-sétima lição do
curso de aperfeiçoamento de Mme. Artus Perrelet. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, p.7, 05, jun., 1931.
______. Censura e educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 06, jun., 1931.
______. O Sr. Fernando de Azevedo e a atual situação do ensino. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 07, jun., 1931.
______. Um artigo de uma revista. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 09, jun., 1931.
______. Contraste... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 10, jun., 1931.
______. Um ofício do Sr. Bergamini. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p. 7, 11, jun., 1931.
______. Uma página de remarque. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 12, jun, 1931.
______. Ellas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 13, jun., 1931.
______. É hora do espetáculo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 14, jun., 1931.
______. Feminismo e Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 16, jun., 1931.
______. Os olhos observadores da infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 17, jun., 1931.
______. Aquele decreto. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 18, jun., 1931.
______. Cinema educativo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 19, jun., 1931.
______. Direito à vida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 20, jun., 1931.
______. Proibições infantis. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 21, jun, 1931.
______. O Convite para a vida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 23, jun., 1931.
______. O ambiente infantil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 24, jun, 1931.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Aguardando... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 25, jun., 1931.
______. Livros para a criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 26, jun., 1931.
______. Repercussões. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 27, jun., 1931.
______. O cachorro que fala. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.7, 28, jun., 1931.
______. Pela criança!. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 30, jun., 1931.
______. Vida sem limites. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 01, jul., 1931.
______. Belém de Sárraga: as ideias e os propósitos da ilustre jornalista que aqui
vem realizar várias conferências. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.6, 01, jul., 1931.
______. Legiões e religiões. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 03, jul., 1931.
______. Um hábito. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 04, jul., 1931.
______. A criança no lar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 05, jul., 1931.
______. Os poetas e a infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p. 07, jul., 1931.
______. Certas coisas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 08, jul., 1931.
______. O sentido da terra. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 09, jul., 1931.
______. O homem que salvou o Brasil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 10, jul., 1931.
______. Educação musical. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 11, jul., 1931.
______. Sugestões do teatro da criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.7, 12, jul., 1931.
______. Depois do espetáculo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 14, jul., 1931.
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. A imaginação maravilhosa da infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jul., 1931.
______. O problema educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 17, jul., 1931.
______. Um problema insolúvel. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, jul., 1931.
______. O que todos sabem, menos um... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 19, jul., 1931.
______. Uma frase. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 21, jul., 1931.
______. Duas frases de Ildefonso Pereda Valdes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 23, jul., 1931.
______. Educação em São Paulo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 24, jul, 1931.
______. Uma criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 28, jul., 1931.
______. A superstição do alfabeto. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, jul., 1931.
______. Educação Musical. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 30, jul., 1931.
______. Pequenos e Grandes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 31, jul., 1931.
______. Biblioteca Pedagógica Brasileira. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, ago., 1931.
______. Coisas evidentes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 04, ago., 1931.
______. Os donos da criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, ago, 1931.
______. O fraque. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.9, 06, ago., 1931.
______. O fenômeno “lampião”. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 07, ago., 1931.
______. Um dia memorável. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 08, ago., 1931.
______. A crise educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 09, ago., 1931.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Ensino religioso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 11, ago., 1931.
______. A velhice dos livros e das ideias. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 12, ago, 1931.
______. Noção de humanidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 13, ago., 1931.
______. O novo tipo de educador. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 14, ago., 1931.
______. Um grande passo pedagógico. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, ago., 1931.
______. Discurso por Vigílio. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 18, ago., 1931.
______. Discurso por Vigílio. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 19, ago., 1931.
______. Efeitos que se devem contemplar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 20, ago., 1931.
______. Sob o símbolo de Chaplin. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 21, ago., 1931.
______. Circuitos de pais e professores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 22, ago., 1931.
______. Quatro homens. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 23, ago., 1931.
______. Fantasia do analfabetismo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 25, ago., 1931.
______. A infância eterna de “Leonardo da Vinci”. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 26, ago., 1931.
______. Epílogo... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 27, ago., 1931.
______. Diógenes e a sua lanterna. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 28, ago., 1931.
______. Expectativa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 29, ago., 1931.
______. O prestígio do passado e a esperança do porvir... . Rio de Janeiro: Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, ago., 1931.
______. A mocidade de hoje. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 01, set., 1931.
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. Um problema da revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 02, set., 1931.
______. México e Brasil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 03, set., 1931.
______. O movimento universitário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, set., 1931.
______. Ministério da Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, set., 1931.
______. O “Salon”. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 06, set., 1931.
______. Ainda o ministério. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, set., 1931.
______. Uma lembrança desagradável. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 09, set., 1931.
______. Outra vez, o ministério. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 10, set., 1931.
______. O professor primário. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, set., 1931.
______. Coisas de educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, set., 1931.
______. O Hino Nacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 13, set., 1931.
______. Um poeta é uma criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, set., 1931.
______. O caso do Ministério da Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, set., 1931.
______. A greve dos estudantes de Belas Artes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.11, 17, set., 1931.
______. Uma história das mil e uma noites. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, set., 1931.
______. O momento educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 19, set., 1931.
______. Uma notável série de Conferências. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.7, 20, set., 1931.
______. O dever para com a mocidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 22, set., 1931.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Uma esperança para a instrução municipal. Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, set., 1931.
______. Um momento único. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 24, set., 1931.
______. Prudência, coronel. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 25, set., 1931.
______. Matéria educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 26, set., 1931.
______. O caminho certo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 26, set., 1931.
______. Imprudência do coronel. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, set., 1931.
______. Um sonho. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 30, set., 1931.
______. Diante de um destino. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, out., 1931.
______. O caso da escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 02, out., 1931.
______. A vontade dos estudantes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 03, out., 1931.
______. Tempos novos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 06, out., 1931.
______. A gravidade de ser interventor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 07, out., 1931.
______. Tempos Novos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 08, out., 1931.
______. Mocidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 09, out., 1931.
______. Um exemplo sugestivo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 11, out., 1931.
______. Educar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 13, out., 1931.
______. Nomeação do Dr. Anísio Teixeira. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 14, out., 1931.
______. Para honra da revolução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, out., 1931.
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. Justiça. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 16, out., 1931.
______. Fábula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 17, out., 1931.
______. Uma entrevista com o Novo Diretor da Instrução – as ideias, os planos
e a visão geral do Dr. Anísio Teixeira. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, p.6, 17, out., 1931.
______. Edison. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 18, out., 1931.
______. Edison – para sempre. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 20, out., 1931.
______. Edison. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.5, 20,
out., 1931.
______. Um grande amigo da criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 21, out., 1931.
______. O caso da Escola de Bellas Artes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 22, out., 1931.
______. O coração da infância. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, out., 1931.
______. A confissão do Sr. Francisco Campos... . Rio de Janeiro: Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 24, out., 1931.
______. Aspirações nacionais. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.11, 25, out., 1931.
______. Uma palestra com o filósofo sonhador da Rythm analyse – O Dr. Lucio
dos Santos, o mundo dos seus pensamentos e a sua visão do Brasil. Rio de
Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.11, 25, out., 1931.
______. Coisas de Maquinas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 27, out., 1931.
______. Mocidade – primavera da vida. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.6, 28, out., 1931.
______. Confiança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 29, out., 1931.
______. Exposições escolares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, out., 1931.
______. Cinema deseducativo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 31, out., 1931.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Os grandes inspiradores – José Ingenieros e o seu legado à mocidade
latino-americana. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.6, 31,
out., 1931.
______. O problema do professor. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.9, 03, nov., 1931.
______. Livros para crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 04, nov., 1931.
______. Círculos de pais e professores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, nov., 1931.
______. Cooperação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, nov., 1931.
______. Semana da paz. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 08, nov., 1931.
______. Uma questão de atitude. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 10, nov., 1931.
______. A situação do nosso problema educacional. O subdiretor da Instrução,
ao lado do diretor geral, ajusta o equilíbrio das necessidades e possibilidades da
atuação escolar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.5, 10,
nov., 1931.
______. Inspeção médica e a educação sanitária. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, nov., 1931.
______. Ainda uma vez a escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 12, nov., 1931.
______. Uma pergunta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, nov., 1931.
______. Pela educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 14, nov., 1931.
______. O fundo escolar. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.7, 15, nov., 1931.
______. Coisas complicadas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 17, nov., 1931.
______. A responsabilidade dos revisores. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, nov., 1931.
______. Instituto Nacional de Surdos-Mudos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 19, nov., 1931.
______. Uma criança japonesa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 20, nov., 1931.
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121
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Uma iniciativa útil. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
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______. Harmonias celestiais... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
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______. Lobagola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.5, 24, nov., 1931.
______. O pensamento poético do filósofo Lucio dos Santos – Da “infância
eterna” de Leonardo à metodologia do ensino da matemática. Rio de Janeiro:
Diário de Notícias, Página de Educação, p.5, 24, nov., 1931.
______. Uma fábula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 25, nov., 1931.
______. Esperança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 26, nov., 1931.
______. Presença. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 27, nov., 1931.
______. O fim da fábula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 28, nov., 1931.
______. O ministério da educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.7, 29, nov., 1931.
______. O ministério da educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 01, dez., 1931.
______. Inauguração da série de Conferências pedagógicas – O compromisso de
educar tem de ser assumido sem o delírio dos frívolos entusiasmos nem a amar-
gura dos desânimos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.5,
01, dez., 1931.
______. Uma aposta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, dez., 1931.
______. Variações em torno de uma aposta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, dez., 1931.
______. A diretoria de instrução Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, dez., 1931.
______. A questão das médias. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, dez., 1931.
______. Aquela aposta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, dez., 1931.
______. Os cavadores da educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 10, dez., 1931.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Sustentando a aposta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, dez., 1931.
______. O ensino religioso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, dez., 1931.
______. A 4ª Conferência. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 15, dez., 1931.
______. A proposta de Crianças. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, dez., 1931.
______. Sobre o comentário de ontem. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.5, 17, dez., 1931.
______. Sugestões de música. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 18, dez., 1931.
______. Questão de nome ... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 19, dez., 1931.
______. Possibilidades... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 20, dez., 1931.
______. A 4ª Conferência. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 22, dez., 1931.
______. Natal. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 23, dez., 1931.
______. Congressos de educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 24, dez., 1931.
______. Um leader. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 25, dez., 1931.
______. Primeiro dia de aula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 26, dez., 1931.
______. O primeiro dia de aula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 27, dez., 1931.
______. Minha aposta... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 29, dez., 1931.
______. Porque a escola deve ser leiga. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, p.5, 29, dez., 1931.
______. Quem é o Sr. Francisco Campos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, dez., 1931.
______. O primeiro dia de aula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 31, dez., 1931.
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. Fraternidade universal. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, jan., 1932.
______. Para começar ... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, jan., 1932.
______. Ensino Católico. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 03, jan., 1932.
______. Para a monarquia!. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 05, jan., 1932.
______. Gandhi!. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 06, jan., 1932.
______. O poema do vendedor de frutas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.5, 07, jan., 1932.
______. A canção do cárcere. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, jan., 1932.
______. O brinquedo da Guerra. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 09, jan., 1932.
______. Os adultos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 10, jan., 1932.
______. Cegueira. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.5, 12, jan., 1932.
______. Desarmamento. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, jan., 1932.
______. Pela educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 14, jan., 1932.
______. Uma questão de solidariedade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jan., 1932.
______. O Ministério da Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, jan., 1932.
______. Kerschensteiner. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 17, jan., 1932.
______. Pulgarcito. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.4, 19, jan., 1932.
______. O céu e os anjos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 20, jan., 1932.
______. Cruzada nacional de Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 22, jan., 1932.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Fraternidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 23, jan., 1932.
______. A revolução e a criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 26, jan., 1932.
______. Fascismo e educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 27, jan., 1932.
______. A guerra santa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 28, jan., 1932.
______. Educação Artística. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 29, jan., 1932.
______. Um decreto do Dr. Pedro Ernesto. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, jan., 1932.
______. China e Japão. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 31, jan., 1932.
______. Psicologia. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, fev., 1932.
______. A desilusão da mocidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 03, fev., 1932.
______. As crianças abandonadas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, fev., 1932.
______. Questão de educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, fev., 1932.
______. Leigo e religioso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 06, fev., 1932,
______. Carnaval. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.7, 07, fev., 1932.
______. No meio do carnaval. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.11, 11, fev., 1932.
______. O recurso extremo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, fev., 1932.
______. Vamos brincar de rei? Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 13, fev., 1932.
______. Uma palavra oportuna. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.4, 14, fev., 1932.
______. Asas de borboleta. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 16, fev., 1932.
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. Bina Das. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 17, fev., 1932.
______. O músico cego. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 18, fev., 1932.
______. Ensino Agrícola. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 19, fev., 1932.
______. Excesso de severidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 20, fev., 1932.
______. Uma criança infeliz. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 21, fev., 1932.
______. Cooperação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 24, fev., 1932.
______. A hora do fogo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 25, fev., 1932.
______. Dois poemas chineses. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 26, fev., 1932.
______. Coisas da instrução. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.16, 28, fev., 1932.
______. A 3ª Conferência da Senhora Cecília Meireles. Por que a escola deve ser
leiga. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.16, 28, fev., 1932.
______. O cavalo da estátua. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.5, 01, mar., 1932.
______. A 3ª Conferência da Senhora Cecília Meireles. Por que a escola deve ser
leiga. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.5, 01, mar., 1932.
______. Uma prova a mais. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p. 6, 02, mar., 1932.
______. A 3ª Conferência da Senhora Cecília Meireles. Por que a escola deve ser
leiga. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.6, 02, mar., 1932.
______. Assim não... . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 03, mar., 1932.
______. A escola da paciência. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, mar., 1932.
______. A 3ª Conferência da Senhora Cecília Meireles. Por que a escola deve ser
leiga. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.6, 04, mar., 1932.
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126
ANTONIO GRAMSCI
______. A tristeza de ser criança. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, mar., 1932.
______. Variações em torno da cadeira elétrica. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.14, 06, mar., 1932.
______. Orpheons escolares. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 08, mar., 1932.
______. Dois dias de aula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, mar., 1932.
______. O dia de engolir a cápsula. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, mar., 1932.
______. As grandes vidas. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, mar., 1932.
______. Libertação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.14, 13, mar., 1932.
______. Um caso curioso. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 15, mar., 1932.
______. O arrependimento. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 16, mar., 1932.
______. Por que não se lê. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 17, mar., 1932.
______. Um instante definitivo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, mar., 1932.
______. O valor dos manifestos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 19, mar., 1932.
______. A função educativa da imprensa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.14, 20, mar., 1932.
______. Goethe. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.5, 22,. mar., 1932.
______. Goethe. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.5, 24, mar., 1932.
______. Goethe. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 25, mar., 1932.
______. Goethe. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.14, 27, mar., 1932.
______. O pensamento educacional. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 29, mar., 1932.
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127
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Entrevista do Dr. Fernando de Azevedo sobre as relações do Dr. Anísio
Teixeira na diretoria geral da Instrução Pública. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, p.5, 29, mar., 1932.
______. Finalidade. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Coluna
Comentário, p.6 , 30, mar., 1932.
______. O menino Lindbergh. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 31, mar., 1932.
______. A propósito da paz. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 01, abr., 1932.
______. O caso da escola Epitácio Pessoa. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 02, abr., 1932.
______. Entrevista com o Dr. Frota Pessoa, Subdiretor Administrativo, da
Instrução Pública. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, p.14,
03, abr., 1932.
______. Imprensa e Educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.14, 03, abr., 1932.
______. A questão dos técnicos. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, abr., 1932.
______. Sede de escândalo. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 07, abr., 1932.
______. Cruzada da juventude. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, abr., 1932.
______. Anonimato. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, abr., 1932.
______. Solidão. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.8, 10, abr., 1932.
______. A pena de aço. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 12, abr., 1932.
______. Felicidade. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, abr., 1932.
______. O ensino no D.F. . Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de Educação,
p.6, 13, abr., 1932.
______. Em torno de uma lenda. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 14, abr., 1932.
______. Goethe e as meninas do Lyceu. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, abr., 1932.
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128
ANTONIO GRAMSCI
______. Sobre um discurso de Afonso Reyes. Rio de Janeiro: Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, abr., 1932.
______. A simples glória humana. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 17, abr., 1932.
______. A criança e a educação. Rio de Janeiro: Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 19, abr., 1932.
______. Um pouco de Panait Istrati. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 20, abr., 1932.
______. Tiradentes. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 21, abr., 1932.
______. Brincando de escola. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 22, abr., 1932.
______. Em louvor de Quijano. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, abr., 1932.
______. As escolas italianas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.8, 24, abr., 1932.
______. Livros para crianças. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 26, abr., 1932.
______. Proteção à criança. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 27, abr., 1932.
______. O dia das mães. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 28, abr., 1932.
______. Manifestação ao interventor. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, abr., 1932.
______. Atenea Política. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 03, maio, 1932.
______. Para Afonso Reyes. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 04, maio, 1932.
______. Inquéritos pedagógicos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 05, maio, 1932.
______. Crimes contra a violência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, maio, 1932.
______. Ciclo de Helena – o Livro do Sr. Francisco Campos num estudo em dois
planos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, p.6, 06, maio,
1932.
______. Maternidade. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, maio, 1932.
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129
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Hoje os órfãos recordarão sua mãe. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.8, 08, maio, 1932.
______. Favorecendo a criança brasileira. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 10, maio, 1932.
______. Escola para pobres. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 11, maio, 1932.
______. As realizações de Anísio Teixeira na Diretoria da I.P. Rio de Janeiro,
Diário de Notícias, Página de Educação, p.6, 11, maio, 1932.
______. As razões do lobo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, maio, 1932.
______. 13 de maio. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, maio, 1932.
______. Cooperação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 14, maio, 1932.
______. Uma atitude histórica. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, 27, maio, 1932.
______. A propósito da escola pública. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 28, maio, 1932.
______. Escrúpulos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 29, maio, 1932.
______. Um punhado de considerações. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Pági-
na de Educação, p.6, 29, maio, 1932.
______. Um por todos e todos por um. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 07, jun., 1932.
______. Uma entrevista com o diretor da Escola Secundária do Instituto de
Educação – como se trabalha e o que se procura fazer nesse importante estabe-
lecimento de ensino. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, p.6,
07, jun., 1932.
______. Revolução e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, jun., 1932.
______. Nitidez de intuitos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 09, jun., 1932.
______. Camões. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 10, jun., 1932.
______. Café e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 11, jun., 1932.
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130
ANTONIO GRAMSCI
______. Aniversário. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 12, jun., 1932.
______. La escuela en la república. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jun., 1932.
______. O caso estudantes pernambucanos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jun., 1932.
______. O caso dos estudantes pernambucanos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, jun., 1932.
______. Sobre a Nova Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.5, 17, jun., 1932.
______. O “plantie”. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 18, jun., 1932.
______. A formação do professor. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 19, jun., 1932.
______. Beleza. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 21, jun., 1932.
______. Klim. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 22, jun., 1932.
______. Aleph, ba, ta ... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 23, jun., 1932.
______. Atitude. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 24, jun., 1932.
______. Um pássaro. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 25, jun., 1932.
______. Camaradagem. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 26, jun., 1932.
______. Sooky. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 28, jun., 1932.
______. Cartas de estudantes mortos na Guerra. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, jun., 1932.
______. Cartas de estudantes alemães mortos na Guerra. Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 02, jul., 1932.
______. Cartas de estudantes alemães mortos na Guerra. Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.8, 03, jul., 1932.
______. Cartas de estudantes alemães mortos na Guerra. Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6,
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COLEÇÃO EDUCADORES
______. Vida prática. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 06, jul., 1932.
______. Vainamoinen. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, jul., 1932.
______. Educação e política. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 08, jul., 1932.
______. Deuses e Mártires. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, jul., 1932.
______. O manifesto da nova educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.8, 10, jul., 1932.
______. A margem do “Credo” de Einstein. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 12, jul., 1932.
______. Grandes considerações sobre um pequeno motivo ... . Rio de Janeiro,
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, 13, jul., 1932.
______. 14 de julho. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 14, julho, 1932.
______. O crime de ser poeta. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, jul., 1932.
______. Uma criança, mais quatro crianças, mais um cachorro. Rio de Janeiro,
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, jul., 1932.
______. Um suicídio. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 17, jul., 1932.
______. Escola velha e escola nova. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 19, jul., 1932.
______. Curso de Aperfeiçoamento do Instituto de Educação. Rio de Janeiro,
Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.8, 20, jul., 1932.
______. Pró paz... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 21, jul., 1932.
______. Escola Nova. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 22, jul., 1932.
______. Uma coisa maravilhosa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, jul., 1932.
______. Carlito, Gandhi, etc. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.8, 24, jul., 1932.
______. Santos Dumont. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.5, 26, jul., 1932.
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ANTONIO GRAMSCI
______. Brasil ... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 27, jul., 1932.
______. História do livro, do colégio, do navio e da moça ... . Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 28, jul., 1932.
______. A hora do fogo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 29, jul., 1932.
______. Folk-lore e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, jul., 1932.
______. Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Colu-
na Comentário, p.8, 31, jul., 1932.
______. Progresso ... Cativeiro ... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 02, ago., 1932.
______. Paz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 03, ago., 1932.
______. O autor do bem. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 04, ago., 1932.
______. Solução. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 05, ago., 1932.
______. Mussolini e a paz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 06, ago., 1932.
______. Santos Dumont e a infância. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 07, ago., 1932.
______. Continuação... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, ago., 1932.
______. Brinquedos... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 10, ago., 1932.
______. A paz pela educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 11, ago., 1932.
______. Rodin e Rilke. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, ago., 1932.
______. Fraternidade. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 13, ago., 1932.
______. Combate ao sensacionalismo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.8, 14, ago., 1932.
______. Ternura chinesa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 16, ago., 1932.
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133
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Cooperação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 17, ago., 1932.
______. Sensacionalismo e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, ago., 1932.
______. Frigyes Karinthy. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 19, ago, 1932.
______. Um grande exemplo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 20, ago, 1932.
______. Um caso muito triste. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 21, ago., 1932.
______. A dificuldade de ser professor. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, ago., 1932.
______. Gandhi e a educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 24, ago., 1932.
______. Considerações. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 25, ago., 1932.
______. A margem de uma conferência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 26, ago., 1932.
______. Notas de um caderno de guerra. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 27, ago., 1932.
______. Um símbolo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 28, ago., 1932.
______. Os educadores e a paz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, ago., 1932.
______. Tagore e a educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 31, ago, 1932.
______. O exemplo do poeta. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, set., 1932.
______. Instruir e educar. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, set., 1932.
______. As cantigas de embalar de Gabriela Mestral. Rio de Janeiro, Diário de
Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 03, set., 1932.
______. Adoradores de estátuas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 04, set., 1932.
______. Goethe, mais uma vez. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, set., 1932.
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134
ANTONIO GRAMSCI
______. Bacharelato. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, set., 1932.
______. Bacharelato. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 08, set., 1932.
______. Serviço de música e Canto orfeônico. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 09, set., 1932.
______. Código do estudante brasileiro. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 10, set., 1932.
______. A criança preguiçosa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.8, 11, set., 1932.
______. A criança preguiçosa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 13, set., 1932.
______. A criança preguiçosa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 14, set., 1932.
______. Uma esperança de educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, set., 1932.
______. Ginásio e escola Normal de Niterói – relembrando os restos da escola
antiga e antevendo a escola Nova. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, p.6, 15, set., 1932.
______. Ghandi, o mártir. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 16, set., 1932.
______. Adolescência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 17, set., 1932.
______. Livros infantis. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 18, set., 1932.
______. Educação, acima de tudo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 21, set., 1932.
______. Gandhi. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 22, set., 1932.
______. A educação do Samurai. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, set., 1932.
______. Um pouco de luz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 24, set., 1932.
______. A penitência da fraternidade. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.8, 25, set., 1932.
______. Amor. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 27, set., 1932.
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135
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Um memorável discurso. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 28, set., 1932.
______. Herriot e von Papen. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, set., 1932.
______. Vida e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 30, set., 1932.
______. Armistício. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 01, out., 1932.
______. Um instrumento de torturas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.8, 02, out., 1932.
______. O Sonho da Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, out., 1932.
______. Juan Montalvo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 05, out., 1932.
______. Esse glorioso México. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, out., 1932.
______. Precocidade. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, out., 1932.
______. Política, liberdade e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, out., 1932.
______. Um discurso. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 11, out., 1932.
______. Vida. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.8, 09, out., 1932.
______. 12 de outubro. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, out., 1932.
______. O sacrifício dos heróis. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 13, out., 1932.
______. O sacrifício dos heróis. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 14, out., 1932.
______. Um poema de Costis Palamas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, out., 1932.
______. A questão dos técnicos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 16, out., 1932.
______. Romance del camino de mi infância. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 18, out., 1932.
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136
ANTONIO GRAMSCI
______. Considerações. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 19,out., 1932.
______. Abrigo de proteção de animais. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 20, out. 1932.
______. Uma curiosa contradição. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 21, out., 1932.
______. A propósito de Chopin. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 22, out., 1932.
______. O ponto de vista de Chaplin. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.8, 23, out., 1932.
______. Phoenix. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 25, out., 1932.
______. Nossa ignorância. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 26, out., 1932.
______. Combatendo o plágio. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 27, out., 1932.
______. Suplemento de arte da “enciclopédia de educación”. Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 28, out., 1932.
______. Para acabar com a guerra. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, out., 1932.
______. Equilíbrio. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.8, 30, out., 1932.
______. Boletim de Educação Pública. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 01, nov., 1932.
______. Os mortos. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, nov., 1932.
______. Esse fantasma de guerra. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 03, nov., 1932.
______. Teatro e Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 04, nov., 1932.
______. Preconceito. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 05, nov., 1932.
______. Tolstoi. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 06, nov., 1932.
______. Os químicos e a paz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 08, nov., 1932.
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137
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Musset e nós. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, nov., 1932.
______. Musset e nós. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 10, nov., 1932.
______. Musset e nós. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 11, nov., 1932.
______. Fábulas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 12, nov., 1932.
______. O homem mais forte. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 13, nov., 1932.
______. Uma conferência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 15, nov., 1932.
______. Nossas escolas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 16, nov., 1932.
______. A educação e o jogo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 17, nov., 1932.
______. Idealismo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 18, nov., 1932.
______. Despertar. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 19, nov., 1932.
______. Desigualdade. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 22, nov., 1932.
______. Arte e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 23, nov., 1932.
______. Política e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 24, nov., 1932.
______. Justiça. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 25, nov., 1932.
______. Compreensão. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 26, nov., 1932.
______. Flaubert e a infância. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 27, nov., 1932.
______. Uma coisa que me disseram. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 29, nov., 1932.
______. A infância e sua atmosfera. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 30, nov., 1932.
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138
ANTONIO GRAMSCI
______. A escola chinesa. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 01, dez., 1932.
______. Khariton Efrussi. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 02, dez., 1932.
______. A duração das rosas. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 03, dez., 1932.
______. O suicídio de uma criança. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.8, 04, dez., 1932.
______. Um critério de educação física. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, dez., 1932.
______. Uma atitude e o seu reflexo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 07, dez., 1932.
______. Ambiente. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 08, dez., 1932.
______. Meninos e homens. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 09, dez., 1932.
______. Aprender. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 10, dez., 1932.
______. Deformação profissional. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 11, dez., 1932.
______. Exposições escolares. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 13, dez., 1932.
______. A extensão das pátrias. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 14, dez., 1932.
______. Variação sobre o mesmo tema ... . Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 15, dez., 1932.
______. Por falar em exposições. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 16, dez., 1932.
______. A escola e a obra de paz. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 17, dez., 1932.
______. Uma sugestão. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 18, dez., 1932.
______. Beleza. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 20, dez., 1932.
______. Andar. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 21, dez., 1932.
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139
COLEÇÃO EDUCADORES
______. Prédios escolares. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 22, dez., 1932.
______. O que o Sr. Sud Menucci fez e o que pretendia fazer. Rio de Janeiro, Diário
de Notícias, Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 23, dez., 1932.
______. A 5ª Conferência de Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 24, dez., 1932.
______. Árvore de Natal. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.8, 25, dez., 1932.
______. O governo e a educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de
Educação, Coluna Comentário, p.6, 27, dez., 1932.
______. Oratória e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Edu-
cação, Coluna Comentário, p.6, 28, dez., 1932.
______. Teatro da criança. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 29, dez., 1932.
______. Uma conferência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 30, dez., 1932.
______. As surpresas da 5ª Conferência. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 31, dez., 1932.
______. Proposta. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação, Coluna
Comentário, p.6, 03, jan., 1933.
______. Uma conquista educacional. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página
de Educação, Coluna Comentário, p.6, 04, jan., 1932.
______. Convênio cinematográfico educativo. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, Coluna Comentário, p.6, 06, jan., 1932.
______. Santos Dumont. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 07, jan., 1932.
______. El libre y el pueble. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 10, jan.., 1932.
______. Poesia e educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 11, jan., 1932.
______. Despedida. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, Página de Educação,
Coluna Comentário, p.6, 12, jan., 1932.
______. A nova fase da Página da Educação. Rio de Janeiro, Diário de Notícias,
Página de Educação, p.6, 13, jan., 1933.
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ANTONIO GRAMSCI
Obras de Celícia Meireles
MEIRELES, CECÍLIA. Espectros. Rio de Janeiro: Leile Ribeiro & Maurilio 1919.
______. Nunca mais... e Poema dos poemas. Rio de Janeiro: Lute Ribeiro, 1923.
(ilustrações de Correia Dias)
______. Criança, Meu Amor. Rio de Janeiro, editora Anuário do Brasil, 1924.
(ilustrações de Correia Dias)
______. Baladas para el-rei. Rio de Janeiro: Lux, 1925. (ilustrações de Correia Dias)
______. O espírito victorioso. Rio de Janeiro, Editora Anuário do Brasil, 1929.
______. Saudação à menina de Portugal. Rio de Janeiro: Gabinete Português de
Leitura, 1930.
______. A festa das letras. Porto Alegre: Globo, 1937. (Coautoria de Josué de
Castro)
______. Viagem. Lisboa: Ocidente, 1939.
______. Rute e Alberto Resolveram ser Turistas. Porto Alegre, Editora Globo, 1939.
______. Vaga música. Rio de Janeiro: Pongetti, 1942.
______. Mar absoluto e outros poemas. Porto Alegre: Globo, 1945.
______. Retrato natural. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1949.
______. Amor em Leonoreta. Rio de Janeiro: Hipocampo, 1951.
______. Problemas da literatura infantil. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1951.
______. As artes plásticas no Brasilartes populares. Rio de Janeiro: Instituição
Larragoiti, 1952.
______. Doze noturnos da Holanda & o aeronauta. Rio de Janeiro: Livros de Portugal,
1952.
______. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1953.
______. Panorama folclórico dos Açores, especialmente da Ilha de São Miguel.
Ponte Delgada: revista Insulana, set. 1955.
______. Pequeno oratório de Santa Clara. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1955.
______. Pistoia. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1955.
______. Espelho cego. Rio de Janeiro: separata da revista A Sereia, 1955.
______. Canções. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1956.
______. Giroflè giroflá. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1956.
______. Romance de Santa Cecília. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1957.
______. A Bíblia na poesia brasileira. Rio de Janeiro: Centro Cultural Brasil-Israel,
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______. Eternidade de Israel. Rio de Janeiro: Centro Cultural Brasil-Israel, 1959.
______. Metal rosicler. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1960.
______. Poemas escritos na Índia. Rio de Janeiro: São José, s/d [1961].
______. Rabindranath Tagore and the East-West Unity. Brazilian National
Cornmission for Unesco, 1961.
______. Tagore and Brazil. New Delhi: Sahitya Akaderny, 1961.
______. Solombra. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1963.
______. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Ciroflê, 1964.
______. Escolha o seu sonho. Rio de Janeiro: Record, 1964.
______. Crônica trovada da cidade de Sam Sebastiam. Rio de Janeiro: José Olympio,
1965.
______. Poemas italianos. São Paulo: Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, 1968.
______. Inéditos. Rio de Janeiro: Bloch, 1967.
______. Ou isto ou aquilo & Inéditos. São Paulo: Melhoramentos, 1969. (Com 36
novos poemas em relação à edição de 1964)
______. Morena, pena de amor. In: Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilização
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______. Notas do folclore gaúcho-açoriano. Rio de Janeiro: Cadernos do Folclore n° 3/
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______. Poemas de viagens. In: Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilização Bra-
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______. Flor de poemas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
______. Melhores poemas. São Paulo Global 1984.
______. O que se diz e o que se entende. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
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______. Crónicas em geral. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
______. Crónicas de viagem 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
______. Crónicas de viagem 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
______. Crónicas de viagem 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
______. Poesia completa. Edição do centenário. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2001.2 vol.
______. Crónicas de educação 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
______. Crônicas de educação 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
______. Crónicas de educação 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
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______. “Carta dirigida a Fernando de Azevedo” em 21 de março de 1934.
Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. FA – Cp, Cx. 21,
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Apresentação da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil,
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10 poemas em manuscrito. Rio de Janeiro: Edições Conde, 1945.
As mais belas poesias brasileiras de amor. Rio de Janeiro: Vecchi, 1947. (Org:
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Antologia das rosas. Rio de Janeiro: laboratório Leite de Rosas, 1948. (Org. Elza
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Cancioneiro do amor. Simbolistas e contemporâneos. Rio de Janeiro: JoséO
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Vozes femininas da poesia brasileira. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura e
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Panorama da poesia brasileira. O pré-modernismo. Rio de Janeiro: Civilização Bra-
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1967. (Org: Marques Rebelo)
Poesia moderna. Antologia. São Paulo: Melhoramentos, 1967. (Org: Péricles Eu-
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Poesia do modernismo. Rio de Janeiro: Civilização Rrasileira, 1968. (Org: Mário da
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Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1980. vol. 6.
Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.
Os sonetos. Antologia. São Paulo: Banco Lar Brasileiro, 1982. (s/org.)
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Cadernos poesia brasileira /Infantil. São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1995. (Org:
Luís Camargo)
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(Org: Luís Camargo)
Pedras de toque da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. Org:
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(Org. Gaston Figueira)
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Atlantische Landschaft. Haniburg: Verlag Heinrich Ellermann, 1951. (Org: Wolf
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1952. (Org: Renato de Mendonça)
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Un demi-siècle de poésie. Lausanne: La Concorde, 1952. (Org: Mélot du Dy)
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Le piú belle pagine della letteratura brasiliana. Milano: Nuova Academia, 1957.
(Org: P. A. Jannini)
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John Nist)
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(Org: Anton Angelo Chiocchio)
Poesia del Brasil- homenaje a Cecília Meireles. Chile: revista Orfeo n°15-16, 1965.
(Org: Carmen Abalos e Gabriela Fuensalida)
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Anthology of twentieth-century brazilian poetry. New England: Wesleyan University
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Las voces solidarias. Buenos Aires: Calicanto, 1978. (Org: Santiago Kovadloff)
Poesía brasileña siglo XX. Cuba: Casa de Las Americas, 1986. (Org: Hélio
Orovio)
Antologia da poesia brasileira. Edição bilingue. Pequim: Embaixada do Brasil.
1994. (Org: António Carlos Secchin)
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Brasil, s/d. (Org: Manuel Grana)
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Um retrato de Rabindranath Tagore. In: Tagore. Rio de Janeiro: Associação
Brasileira do Congresso pela Liberdade da Cultura, 1961. p. 3-10.
Quadrante. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Quadrante 2. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963.
Gandhi. In: Quatro apóstolos modernos. São Paulo: Donato Editor, s/d. [196?]
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Peça para teatro
MEIRELES, CECÍLIA. O menino atrasado. Rio de Janeiro: Livros de Portugal,
1966.
Traduções
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Os mitos hitleristas — problemas da Alemanha contemporânea, de François
Perroux. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937.
A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke, de Rainer Maria
Rilke. Rio de Janeiro: Revista Acadêmica, 1947.
Orlando, de Virgínia Woolf. Porto Alegre: Globo, 1948.
Os caminhos de Deus, de Kathryn Hulne. Rio de Janeiro: Ypiranga e Biblioteca de
Seleções do Reader’s Digest, 1958. p. 9-141.
Bodas de sangue, de Federico Garcia Lorca. Rio de Janeiro: AGIR, 1960.
Amado e glorioso médico., de Taylor Caldwell. Rio de Janeiro: Ypiranga e Biblioteca
de Seleções do Reader’s Digest, 1960. p. 303-525.
Um hino de Natal, de Charles Dickens. Rio de Janeiro: Ypiranga/ separata de
Biblioteca de Seleções do Reader’s Digest, s/d. [196?]
7 poemas de Puravi, Minha bela vizinha, Conto, Mashi e O carteiro do rei., de
Rabindranath Tagore. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura/Serviço
de Documentação, 1961. pp. 99-225.
Çaturanga, de Rabindranath Tagore. Rio de Janeiro: Coleção Prêmio Nobel de
Literatura/Delta, 1962.
Poesia de Israel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962. Yerma, de Federico
Garcia Lorca. Rio de Janeiro: Agir, 1963.
Antologia da literatura hebraica moderna. Rio de Janeiro: Biblos, 1969.(Tradução da
seção “Poesia de Israel”, pp. 15-96, e do conto Latira na seção “Prosa de Israel”,
pp. 141-5)
Poemas chineses, de Li Po e Tu Fu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
Organização de antologias
Poetas novos de Portugal. Rio de Janeiro: Dois Mundos, 1944.
Cecília e Mário. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
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ABREU, Joana Cavalcanti de. Entre os símbolos e a vida: poesia, educação e
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ANDRADE, Carlos Drummond de. Retrato Natural. In: Jornal de Letras, n. 1.
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ABL – Academia Brasileira de Letras
UDF – Universidade do Distrito Federal
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COLEÇÃO EDUCADORES
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Este volume faz parte da Coleção Educadores,
do Ministério da Educação do Brasil, e foi composto nas fontes
Garamond e BellGothic, pela Sygma Comunicação,
para a Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco
e impresso no Brasil em 2010.
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