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o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou
grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-
ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação
que os acolha.
Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-
cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.
Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-
nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-
mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente
excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino
Fundamental.
Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas
nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na
escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-
tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.
Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o
2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem
dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.
A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-
cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos
de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões
para o trabalho com esses textos.
A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,
com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação
e a integração das diversas áreas do conhecimento.
Bom trabalho!
Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC
Apresentação
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Caro professor
E
ste caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens
e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-
no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma
parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.
As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries
do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:
Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas
do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-
crição, resultados esperados, etc.
As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar
mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.
Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas
laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª
séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral
será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as
mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.
Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de
Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.
As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos
mais diversos componentes curriculares.
Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade
e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos
e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,
estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir
o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar
da cultura letrada e se formar cidadão.
Bom trabalho!
Equipe da Unitrabalho
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Como utilizar a página de atividade
Numeração: indica o
texto correspondente
ao caderno do aluno.
Área: indica a área
do conhecimento.
Nível: sugere o segmento
do ensino fundamental
para aplicação da atividade.
Materiais e tempo:
materiais indicados para
a realização da atividade,
especialmente aqueles que não
estão disponíveis em sala
de aula (opcional), e o tempo
sugerido para o desenvolvimento
da atividade.
Contexto:
insere o tema
no cotidiano do aluno.
Dicas:
bibliografia de suporte,
sites, músicas, filmes, etc.
que ajudam o professor
a ampliar o tema
(opcional).
Cor lateral:
indica o nível sugerido.
Descrição:
passos que o professor
deve seguir para discutir
com os alunos os
conceitos e questões
apresentados na
atividade proposta.
Introdução:
pontos principais do
texto transformados
em problematizações
e questões para o
professor.
Objetivos:
ações que tanto aluno
como professor
realizarão.
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1 A grande floresta Ciências I e II 8
Vendo de longe ou de perto Ciências I e II 9
A intenção e os movimentos Ed. Física I 10
2 Crenças e ritos Artes I e II 11
Os vermes Ciências I e II 12
Cultura, culturas Geografia II 13
Cultura e natureza História I e II 14
Cultura e formas geométricas Matemática I 15
Cultura, fala e provérbios Português I e II 16
3 A descrição – a realidade objetiva e subjetiva Português II 17
Casa de farinha Ed. e Trabalho II 18
4 Opções de desenho Artes I e II 19
Do que é feita a lágrima? Ciências I e II 20
Festa junina Ed. e Trabalho I e II 21
Arte com geometria Matemática I e II 22
Jogo dos campos lexicais Português I e II 23
5 Jantar virtual Artes I e II 24
Pirâmides Ciências I e II 25
O vinagre Ciências I e II 26
Culinária Ed. e Trabalho I 27
O texto instrucional Português I e II 28
6 O que é serigrafia? Ciências I e II 29
Economia solidária e cultura Econ. Solidária I e II 30
Los jóvenes y las posibilidades
de acceso al trabajo Espanhol II 31
4 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Sumário das atividades
Texto Atividade Área Nível Página
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 5
Texto Atividade Área Nível Página
6 A participação dos jovens em
grupos e movimentos culturais História I e II 32
Cadeia produtiva Matemática I e II 33
Iniciativas empreendedoras Matemática I e II 34
Jogos de alfabetização: As letras nas palavras Português I 35
7 Reflexões múltiplas em espelhos planos Ciências I e II 36
Consciência corporal Ed. Física I e II 37
8 Quando alguém diz que "veio dar
uma força" devemos ficar felizes? Ciências I e II 38
Companies Inglês II 39
Anglicismos Português II 40
9 Em nome de quem? História II 41
Jogos de alfabetização: Criação de palavras Português I 42
10 Oktoberfest – Herança alegre da cultura alemã Ed. e Trabalho II 43
Pontos cardeais e colonização alemã Geografia I e II 44
Passeando em Santa Catarina Matemática I 45
Festas populares e trabalho Matemática I e II 46
11 Cordel Artes I e II 47
Cultura popular ou erudita: ambas como
expressão do trabalho humano Ed. e Trabalho I e II 48
Ler e criar literatura de cordel Português I e II 49
12 Teatro invisível Artes I e II 50
Nós podemos mudar! Ed. e Trabalho II 51
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6 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
13 Rodeios e controvérsias Ciências I e II 52
Festa e porcentagem Matemática I 53
Festas populares e geração de empregos Matemática I e II 54
Jogos de alfabetização:
Reconhecimento das vogais Português I 55
14 Óleos e azeites Ciências I e II 56
A fome é natureza. Comida é cultura e trabalho Ed. e Trabalho I e II 57
As regiões do Brasil Geografia I e II 58
Identidade alimentar Geografia I e II 59
Typical food Inglês II 60
Cultura e alimentação Matemática I 61
Receita na medida certa Matemática I 62
Receita poética Português I e II 63
15 Cena épica Artes I e II 64
Trabalho e produção cultural Ed. e Trabalho I e II 65
A riqueza produzida por todos Geografia I e II 66
Quem são os sujeitos da História? História I 67
16 Chat Inglês II 68
17 Dança-Teatro Artes I e II 69
O açude Ciências I e II 70
Cabra marcado para viver Geografia I e II 71
Teatro em sala de aula Português II 72
18 Cultura de massa: cultura popular? Artes I e II 73
Cultura popular e de massas Ed. e Trabalho II 74
Cultura do povo ou cultura para o povo? Ed. e Trabalho II 75
19 Por que os balões sobem? Ciências I e II 76
Cultura, turismo, economia e festas juninas Econ. Solidária I e II 77
Festas juninas: uma fogueira de alegrias História I e II 78
Texto Atividade Área Nível Página
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 7
20 En Brasil, el fútbol genera muchos
puestos de trabajo Espanhol II 79
Futebol: matéria-prima de exportação Geografia I e II 80
Futebol: uma paixão nacional História I e II 81
Procurando o futebol na cidade Matemática I 82
Problematizando os números do futebol Matemática I e II 83
21 Encontro cultural Artes I e II 84
Maracatu Artes I e II 85
Pluralidade cultural no Brasil:
imagens de maracatus História I e II 86
American holidays Inglês II 87
22 El oficio de zapatero Espanhol II 88
23 El carnaval brasileño ofrece buenas
oportunidades de trabajo Espanhol II 89
Carnaval: samba, alegria e trabalho Geografia I e II 90
Estudo de texto de informação. Produção
de anúncio Português I e II 91
24 A ilusão visual de imagens em movimento Ciências I e II 92
Você sabe respirar? Ed. Física I e II 93
Texto Atividade Área Nível Página
CP09.qxd 20.01.07 17:46 Page 7
8 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Peça aos alunos para representarem a floresta
amazônica em um grande cartaz.
2. Os alunos devem fazer essa representação uti-
lizando fotos e recortes trazidos de plantas e
animais.
3. Deve ser buscada uma representação que tra-
duza a exuberância da floresta, mostrando a
diversidade das plantas ali existentes com suas
adaptações para o clima.
4. Também deve ser buscada uma representação
dos animais em seus diferentes hábitats – na
porção mais próxima ao solo, na porção inter-
mediária da floresta e na porção superior.
5. Discuta com os alunos a importância dessa
floresta para os brasileiros e para o restante
da população mundial.
Descrição da atividade
Atividade P A grande floresta
1
Texto
Objetivos
Conhecer aspectos fundamentais da floresta
amazônica.
Reconhecer que o solo da floresta é pobre em
nutrientes.
• Reconhecer a diversidade de animais presentes
na floresta.
Introdução
O texto aborda Parintins e o seu festival folclóri-
co, que ocorre na maior floresta do planeta, a flo-
resta amazônica. Essa floresta é tipicamente tro-
pical, possuindo uma imensa diversidade de
animais e plantas. Cerca de 60% dessa floresta
encontra-se no Brasil. Há floresta amazônica
também na Colômbia, nas Guianas, no Equador,
no Peru e na Bolívia. Por incrível que pareça, os
solos da Amazônia são pobres em nutrientes. As
plantas ali existentes sobrevivem devido ao ciclo
fechado de nutrientes. Isto significa que quando
uma planta morre e sofre decomposição, libera
nutrientes para o solo, que são assim totalmente
reciclados e absorvidos pelas raízes das plantas
vivas, sustentando a floresta. A vegetação da
região possui adaptações para viver em condições
de excesso de água: ramos e folhas com os ápices
voltados para baixo, folhas em goteira e revesti-
das com cera. A fauna local é exuberante e varia-
da. Na parte mais próxima ao solo, identificamos
jabutis, cotias, pacas, etc. Esses animais se ali-
mentam dos frutos que caem das árvores, servin-
do posteriormente de alimentos para felinos e co-
bras. Há também animais rastejadores, como
esquilos e anfíbios, que utilizam o solo e o nível
intermediário da floresta. Nos locais mais altos,
observamos aves diversas, que buscam frutos,
brotos e castanhas. Pela grande diversidade a flo-
resta amazônica proporciona matéria prima para
várias indústrias.
Resultados esperados:
a) Conhecimento da floresta amazônica e sua
importância social/econômica.
b) Reconhecimento de que o solo da floresta é
pobre em nutrientes.
c) Reconhecimento da diversidade de animais
presentes na floresta.
Dicas do Professor: Se não houvesse a cobertura do solo
pela floresta amazônica e a água das chuvas caísse direta-
mente sobre o solo, ele seria exaurido, pois a água carregaria
os sais minerais. Esta perda de nutrientes é reduzida pela
presença da floresta, já que a rica e densa folhagem
amortece a queda da água. Quando ocorre desmatamento,
no entanto, há o aparecimento do solo nu, o que certamente
leva ao seu empobrecimento.
Materiais indicados:
P
recortes de revistas e
jornais, contendo fotos
de plantas da floresta
amazônica e de animais
daquela região, cartolina
e lápis de cor.
Tempo sugerido: 2 horas
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Área: Ciências
Nível I e II
1. Verifique com seus alunos de quanto em quanto
tempo costumam consultar um oftalmologista.
Diga que seria recomendável consultá-lo anual-
mente.
2. Consiga lentes velhas com os alunos ou em al-
guma óptica. Com elas, é possível verificar quais
são úteis para míopes ou hipermétropes. Peça a
seus alunos para ler um texto aproximando e
distanciando uma lente de cada vez. Se as letras
parecerem menores através da lente, ela é di-
vergente e serve para alguns míopes (depen-
dendo do grau). Se as letras parecerem maiores
através da lente, ela é convergente e serve para
alguns hipermétropes. Algumas pessoas podem
padecer das duas coisas ao mesmo tempo: de
Descrição da atividade
miopia (globo ocular ligeiramente mais alonga-
do) e hipermetropia (pela rigidez do cristalino)
e, neste caso, devem usar lentes duplas, tam-
bém chamadas de bifocais.
3. Peça a seus alunos para pesquisar outros de-
feitos da visão (astigmatismo, catarata e dalto-
nismo) e se é possível corrigi-los com lentes.
Materiais indicados:
P
lentes usadas de
óculos para míopes e
hipermétropes.
Tempo sugerido:
pesquisa: 1 semana;
aula 2 horas
Atividade P Vendo de longe ou de perto
Resultados esperados: Compreender defeitos
da visão e formas de corrigi-los com o uso de lentes.
1
Texto
Objetivos
Reconhecer alguns dos defeitos da visão (a
miopia e a hipermetropia) e associá-los a len-
tes corretivas.
Introdução
Você pode introduzir com esse texto a questão dos
problemas da visão. Quando em local amplo, como
um estádio, algumas pessoas não conseguem fo-
calizar imagens, apresentando dificuldade em en-
xergar com nitidez símbolos e detalhes de vesti-
mentas. Outras pessoas sentem dificuldade para
ver objetos próximos ou letras a menos de 30 cen-
tímetros de seus olhos. Esses problemas da visão
ocorrem devido a diferenças na estrutura do olho
de cada pessoa. A pessoa que tem dificuldade de
focalizar objetos distantes possui em geral um olho
ligeiramente mais alongado que o normal, e talvez
tenha miopia. As pessoas que apresentam proble-
mas para ler coisas próximas podem padecer de
dois outros defeitos da visão: a) ter o globo ocular
ligeiramente mais achatado que o normal ou
b) apresentar, após uma certa idade (dos 40 aos 50
anos), enrijecimento do cristalino (uma lente natu-
ral dos olhos) o que dificulta a sua deformação e
alteração de sua distância focal para a visão próxi-
ma. Seja por uma causa (a) seja por outra (b), esse
defeito de visão chama-se hipermetropia. Miopia
ou hipermetropia podem ser amenizados pelo uso
de lentes corretivas (óculos ou lentes de contato).
Em qualquer uma das situações, é importante a
pessoa consultar um médico de olhos (oftal-
mologista) que, além de verificar se ela precisa de
lentes corretivas, também pode fazer outras ava-
liações da saúde dos olhos (medindo a pressão
sanguínea, verificando irregularidades na retina e
outras doenças).
Contexto no mundo do trabalho: A evolução tecnoló-
gica no cuidado com os olhos traz importantes conquistas
para a qualidade de vida das pessoas e no aprimoramen-
to da proteção do trabalhador no exercício de algumas
profissões que envolvem riscos para os olhos.
Dicas do Professor: Convide um oftalmologista para fa-
zer palestra sobre cirurgias oculares.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 9
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10 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Educação Física
Nível I
1. Promova uma discussão com as seguintes
questões:
a) Quando você realiza algum exercício físico, o
faz com qual finalidade?
b) Você segue uma orientação para realizá-los?
Pense qual a melhor maneira de praticá-lo.
c) Você já procurou a orientação de um profis-
sional para se exercitar? Por quê?
2. Coordenação olho-mão e destreza das mãos e
dedos:
a) Amasse uma folha de jornal de forma que ela
fique com o formato de uma pequena bola.
b)Jogue-a para cima seguindo com os olhos a
trajetória da bola e pegue-a com uma das
mãos.
c) Repita o exercício com a outra mão, não es-
quecendo de acompanhar a trajetória da bola
com os olhos.
d)Jogue-a novamente para o alto, ainda acom-
panhando-a, com os olhos, bata uma palma
antes de pegá-la com uma das mãos.
3. Repita o exercício anterior, criando novas for-
mas de executá-lo, sozinho, em duplas ou em
grupo cm os colegas.
Descrição da atividade
4. Produza um texto com o título: “A importância
da Educação Física na vida de todos: a inten-
cionalidade dos movimentos”.
Atividade P A intenção e os movimentos
1
Texto
Objetivos
Refletir sobre os movimentos no dia-a-dia de
forma intencional e não mecânica.
Reconhecer a importância da Educação Física
para a vida.
Introdução
O texto aborda uma atividade regional, cultural
e turística que emprega vários trabalhadores e
proporciona lazer a todos que dela participam.
As atividades profissionais efetuadas no evento,
assim como em qualquer outra profissão, são rea-
lizadas em um dia-a-dia repleto de movimentos
físicos que formam corpos fortes, saudáveis, com
muita tonicidade muscular e grande domínio da
coordenação motora.
Resultados esperados: Reconhecer a impor-
tância da Educação Física no dia-a-dia. Refletir so-
bre a intencionalidade do movimento. Produção
de texto.
Dicas do Professor: A Educação Física desenvolve a ap-
tidão física, e outras habilidades: a) Coordenação olho-
mão; b) Atenção; c) Concentração; d) Controle muscular
(reflexos); e) Percepção auditiva, visual; f) Destreza das
mãos e dedos.
Tempo sugerido: 3 horas
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 11
Área: Artes
Nível I e II
1. Após a leitura do texto, destacar a questão dos
ritos e crenças como componentes impor-
tantes na formação cultural de um povo.
2. Relacionar no quadro todos os credos pre-
sentes na sala e seus principais ritos.
3. Individualmente, os alunos deverão descrever
a forma como são realizados, em seus credos,
os ritos de nascimento, ingresso e confir-
mação no credo, casamento e morte.
4. Formar grupos mistos, ou seja, misturando
alunos de diferentes credos para que troquem
informações sobre a celebração desses ritos
em suas religiões. Quanto maior o deta-
lhamento, mais rica será a discussão final.
5. Após essa etapa, cada aluno do grupo deverá
escolher um dos credos discutidos no grupo e
assumi-lo como se fosse o seu.
6. Abrir a apresentação dos ritos, que será feita
para a classe pelos alunos que irão abordar o
credo do colega.
Descrição da atividade
7. Discussão final tendo por foco semelhanças e
diferenças entre os credos e seus ritos.
Obs. 1: Se a classe for formada por alunos de um
mesmo credo, o exercício levará em conta a cul-
tura familiar.
Obs. 2: O professor poderá enriquecer ainda
mais o exercício através de uma pesquisa sobre
as religiões.
Atividade P Crenças e ritos
2
Texto
Objetivo
Discutir semelhanças e diferenças presentes
nos ritos e crenças.
Introdução
O antropólogo e educador Darcy Ribeiro apre-
senta neste texto a concepção geral do que é cul-
tura. Dentre as inúmeras construções culturais,
ou seja, daquelas criadas pela ação do homem,
parte significativa relaciona-se diretamente aos
ritos e crenças, que representam a compreensão
que um povo tem do mundo. Ao longo da
história, as diferenças entre diversos credos e ri-
tos têm fomentado guerras, impedido relaciona-
mentos e gerado discórdia entre irmãos. Porém,
por conta dessas mesmas diferenças, temos uma
grande diversidade de costumes, de conhecimen-
tos, de modos de produção e de manifestações
artísticas. Parte considerável da responsabilidade
de transmissão e manutenção das crenças e ritos
encontra-se no ambiente familiar, que os tra-
duzem de acordo com suas visões particulares,
ampliando e enriquecendo-os.
Resultados esperados:
a) Ampliar os conhecimentos e a visão de mundo
dos alunos.
b) Perceber a importância de se colocar no lugar
do outro e de respeitar as diferenças de credo.
Dicas do professor:
Site
– www.fundar.org.br/
Tempo sugerido: 2 horas
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12 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Usando uma cartolina, peça aos alunos para
construírem um diagrama esquemático do ci-
clo do Ascaridis lumbricoides, abrangendo a
infestação por via oral, o caminho percorrido
no corpo do indivíduo contaminado, até che-
gar ao intestino delgado e a liberação dos ovos
pelas fezes, contaminando águas e alimentos,
que são ingeridos.
2. O diagrama deve ser construído na forma de
um ciclo.
3. Os alunos devem sugerir ainda algumas medi-
das de prevenção, que deverão ser discutidas
com a turma.
Descrição da atividade
Atividade P Os vermes
Resultados esperados:
a) Conhecimento da ascaridíase e seu ciclo.
b) Reconhecimento das formas de prevenção.
2
Texto
Objetivos
• Conhecer a ascaridíase e seu ciclo.
Reconhecer maneiras de prevenir a contami-
nação por vermes.
Introdução
No texto, o autor faz menção a lombrigas. A lombri-
ga é o nome comum do verme Ascaris lumbricoides,
um animal invertebrado da família dos ne-
matelmintos. Ele infesta o intestino delgado do
ser humano, provocando a ascaridíase. Os princi-
pais sintomas dessa doença são o ranger de
dentes durante o sono, a coceira no nariz, as
diarréias crônicas e as febres irregulares. O corpo
da lombriga é alongado, medindo, a fêmea, cerca
de 25 cm de comprimento e o macho, 15 cm.
Esses animais se reproduzem sexuadamente no
intestino delgado. Se a pessoa contaminada vive
em condições precárias de higiene e defeca ao ar
livre, elimina ovos de lombriga junto com as
fezes. Esses ovos contaminam o solo e a água de
poços. Essa água pode contaminar verduras e
outros alimentos e, conseqüentemente, as pes-
soas. Os ovos chegam ao intestino humano e
acabam se desenvolvendo até a formação de lar-
vas. As larvas atravessam a parede do intestino e
entram na circulação sanguínea, percorrendo fí-
gado, coração e pulmões. Da cavidade pulmonar,
as larvas sobem pelos brônquios, traquéia e
laringe, provocando tosse. Quando o indivíduo
tosse, as larvas passam para a faringe, são engo-
lidas e chegam ao intestino, onde crescem e se
tornam lombrigas. Para prevenir a doença, deve-
se beber água filtrada, lavar bem verduras e out-
ros alimentos, defecar em vasos sanitários ou fos-
sas e lavar bem as mãos antes das refeições.
Materiais indicados:
P
cartolina e lápis de cor.
Tempo sugerido: 1 hora
Dicas do professor: O amarelão (ancilostomose) é uma
doença provocada pelos vermes
Ancylostoma duodenale
e
Necator americanus
. Provoca ulcerações intestinais,
diarréia, anemia, enfraquecimento e o hábito de comer
terra. Pode ser prevenida pelo uso de sanitários e de
calçados, já que a transmissão ocorre pela penetração de
larvas na pele. O bicho geográfico, transmitido pelo
Ancylostoma braziliensis
, é um parasita normal dos cachor-
ros, que acidentalmente parasita a pele humana, causan-
do infecção e pruridos. Pode ser prevenido evitando-se o
contato da pele com areias freqüentadas por cães.
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Área: Geografia
Nível II
1. Levantar os conhecimentos prévios da turma so-
bre cultura. O que cada um entende por cultura?
Discutir e registrar as palavras-chave no quadro.
2. Ler e interpretar o texto com a turma, solici-
tando que destaquem:
a) o conceito de cultura do autor;
b)o que faz parte da cultura material e da
imaterial;
c) separar os exemplos de cultura material:
uma cadeira, um banquinho, uma casa, um
prato de sopa, um picolé ou um diário; cul-
tura imaterial: a fala, as crenças, as artes, as
criações culturais e artísticas, os ritos e práti-
cas – o batizado, o casamento, a missa, os
conceitos e as idéias religiosas ou artísticas;
d)como os alunos interpretam o exemplo dado
sobre a filha da professora e da criança xa-
vante;
e) a importância da fala para a cultura.
3. Na opinião da turma, a separação de coisas
cósmicas, coisas vivas, coisas culturais, ajuda-
nos de alguma forma?
4. Confrontar as idéias do autor e as definições
iniciais do grupo. Debatê-las.
Descrição da atividade
5. Em seguida, dividir a turma em grupos. Cada
grupo deverá preparar e apresentar à turma
como compreenderam o conceito de cultura.
A apresentação poderá ocorrer por meio de
desenhos, da fala, da escrita, do teatro, da
música, enfim, como escolherem.
Materiais indicados:
P
papel, cola, revistas,
jornais que possam ser
recortados, sucatas, etc.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Cultura, culturas
Resultados esperados:
a) Reflexão sobre o conceito de cultura como
produção humana transmitida de uma gera-
ção a outra nos diversos espaços e tempos da
história.
b) Reflexão e ampliação de seu próprio conceito
de cultura e sua expressão.
2
Texto
Objetivo
Refletir sobre o conceito de cultura como pro-
dução humana transmitida de uma geração a
outra nos diversos espaços e tempos da história.
Introdução
O conceito de cultura pode ser abordado a partir
de vários referenciais, de forma mais teórica ou
mais prática, e sempre possibilita diversas inter-
pretações e significados. O belo texto de Darcy
Ribeiro nos ajuda a pensar, a refletir sobre esse
conceito como tudo aquilo que é “feito pelos
homens, ou resulta do trabalho deles e de seus
pensamentos”. Ele distingue a chamada cultura
material da imaterial, chamando nossa atenção
para a importância da fala, da linguagem, além
disso, discute as crenças, criações artísticas e reli-
giosas, a produção e a transmissão das idéias de
uma geração a outra. E os nossos alunos, o que
pensam sobre cultura? Sugerimos partir das con-
cepções prévias da turma e construir uma situa-
ção de ensino e aprendizagem dialogada: autor,
professor e alunos poderão trocar suas idéias.
Dicas do professor: livros –
Cultura Brasileira e Identidade
Nacional
(Brasiliense),
A Moderna Tradição Brasileira
(Brasiliense),
Cultura e Modernidade
(Brasiliense),
Mundia-
lização e Cultura
(Brasiliense),
Mundialização: Saberes e
Crenças
, de Renato Ortiz.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 13
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14 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: História
Nível I e II
1. Ler o texto coletivamente, parando para de-
bater e solicitar concordâncias e discordâncias
dos alunos.
2. A partir do texto:
a) conceituar cultura;
b)fazer duas listas – uma do que é cultural e
outra do que é natural;
c) identificar diferentes dimensões da cultura
(material e imaterial);
d)fazer uma lista de exemplos para essas duas
dimensões.
3. Conversar sobre o autor e salientar em que
trabalhava (antropologia).
4. Pedir para os alunos pesquisarem a história do
autor e a respeito da antropologia.
5. Propor para os alunos uma pesquisa daquilo
que, no senso comum, se pensa que é da na-
tureza, mas, considerando a perspectiva do
autor, pertence à esfera da cultura.
Descrição da atividade
6. Propor a produção de um texto em duplas, so-
bre as diferenciações entre natureza e cultura.
Atividade P Cultura e natureza
2
Texto
Objetivo
Refletir a respeito do entrelaçamento da cultura
e da natureza.
Introdução
O texto contribui para o debate sobre dimensão
da cultura e da natureza, fundamentando a difi-
culdade de separar uma da outra nas vivências
humanas. Quando observamos uma foto com
uma paisagem de floresta, onde está a dimensão
humana? Está na foto? Em quem fez a foto? Em
quem a observa e aprecia a paisagem? Na técnica
de fazer a foto? Na boa aceitação desse tipo de
imagem? Será que há propriamente na floresta
uma dimensão humana? No senso comum, por
exemplo, a floresta amazônica tem sido consi-
derada uma área natural. Mas será que não tem
uma dimensão humana? Pesquisas antropológi-
cas indicam que as populações indígenas têm
feito, durante milhares de anos, transplantes de
mudas de uma área para a outra e têm montado
suas hortas onde se instalam. A conclusão a que
se chega é que a floresta amazônica tem sido o
quintal dessas populações e que a visão dos eu-
ropeus, quando chegaram ao Brasil, de exaltação
da natureza intacta estava equivocada.
Resultado esperado: Refletir a respeito do
entrelaçamento da cultura e da natureza histori-
camente.
Dicas do professor: Livro –
A temática indígena na escola
,
de Aracy Lopes e Silva e Luís Donisete Benzi (org.).
(MEC/MARI/UNESCO).
Tempo sugerido: 4 horas
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Área: Matemática
Nível I
1. Uma artista plástica brasileira pintou uma tela
retratando várias formas de figuras geo-
métricas. Pensando nessa obra, solicite aos
alunos que:
a) desenhem um quadrado de 10 cm x 10 cm e
verifiquem qual é a sua área e o seu perí-
metro;
b)marquem, usando duas cores diferentes, as
diagonais dessa figura;
c) calculem a medida das diagonais de um
retângulo cujas medidas são 10 cm x 8 cm e
encontrem a área e o perímetro do desenho
que realizaram;
d)criem um desenho de uma circunferência
e um hexágono regular nela circunscrito,
e, ao mesmo tempo, desenhem um qua-
drado inscrito na circunferência. Exemplo
do resultado.
Descrição da atividade
2. Orientar os alunos a desenvolverem trabalhos
artísticos ou decorativos usando motivos geo-
métricos.
Atividade P Cultura e formas geométricas
2
Texto
Objetivos
• Compreender o sentido e o significado do con-
ceito de cultura.
Desenvolver conceitos geométricos e associá-
los à cultura.
Introdução
Darcy Ribeiro afirma no texto que cultura é tudo
aquilo que é produzido pelo ser humano, ou
aquilo que resulta do trabalho de homens e mu-
lheres e de seus pensamentos. Uma casa, uma
cadeira, um vaso, um prato, um sorvete e a
própria fala são exemplos de cultura. Além disso,
também são considerados elementos da cultura
as crenças, as artes e os ritos. Sugestões para
discutir com os alunos: que resposta dariam ao
autor quanto à pergunta que ele faz no final do
texto? O teatro e o cinema são formas de lazer,
são culturais também? Qual tipo de cultura mais
caracteriza sua cidade ou região? Qual é a dife-
rença entre cultura e folclore? O artista plástico
faz cultura?
Contexto no mundo do trabalho: A cultura popular dá
identidade a um país. Pode possibilitar emprego e traba-
lho às pessoas.
Resultados esperados:
a) Desenhar figuras geométricas tais como: cir-
cunferência, retângulo, quadrado, hexágono,
polígonos inscritos e circunscritos.
b) Calcular áreas e perímetros de polígonos.
c) Medir diagonais das figuras desenhadas.
d) Reconhecer que estão realizando, de certa for-
ma, cultura (embora induzida), ou seja, seus
desenhos são criações realizadas por eles.
Dicas do professor: filme –
Poeta de sete faces
, de Paulo
Thiago.
Materiais indicados:
P
régua de 20 a 30 cm,
lápis colorido e compasso.
Tempo sugerido: 4 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 15
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16 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Português
Nível I e II
1. Ler o texto com os alunos. Observar a forma
bem-humorada de construção da concepção
de cultura. Dar respostas para as perguntas da
Introdução (observar a pluralidade cultural e
sua influência na fala e no pensamento das
pessoas. Observar que determinadas práticas
culturais podem ser nocivas ao próprio ho-
mem, além de proibidas por lei, como soltar
balões.)
2. Dentre os elementos culturais, estão a língua
e a fala. Língua é o meio de comunicação ver-
bal de um grupo de pessoas. Fala é o uso indi-
vidual da língua.
3. Perguntar se os provérbios são culturais (são
fundamentais na sabedoria popular).
4. Uma famosa canção de Chico Buarque (
Bom
Conselho
) subverte os provérbios:
a) Espere sentado ou você se cansa.
b)Quem espera nunca alcança.
c) Faça como eu digo, faça como eu faço.
d)Aja duas vezes antes de pensar.
e) Eu semeio o vento (...) e bebo a tempes-
tade. Solicitar aos alunos que reconstituam
a forma cultural, tradicional, original dos
provérbios subvertidos na “fala” de Chico
Buarque.
5. Rememorar o trecho do texto: “Sem a fala, os
homens seriam uns macacos, porque não
poderiam se entender uns com os outros, para
Descrição da atividade
acumular conhecimentos e mudar o mundo
como temos mudado”. Com o objetivo de de-
senvolver a fluência, o humor e despertar a
fantasia, sugerir aos alunos: “Imagine que
você tem poder absoluto em seu país e sete
dias apenas para realizar todas as suas obras.
Para piorar, seu país não possui uma língua
única: há pelo menos dois grupos com línguas
bem diferentes. O que você faria para con-
seguir realizar suas boas ações?”
6. Pedir que escrevam o que ocorreu na ativi-
dade 5 em uma carta aos colegas de sala. Re-
memorar a estrutura da carta pessoal.
Atividade P Cultura, fala e provérbios
Resultado esperado: Ampliação da capaci-
dade de escrever cartas.
2
Texto
Objetivo
• Compreender a concepção de cultura,
língua e fala.
Introdução
Pergunte à turma: Por que alguns querem ser
cow-
boys
e não caipiras? Podemos chamar a prática de
soltar balões de cultura. mesmo sendo proibida
por lei?
Tempo sugerido: 3 horas
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 17
Área: Português
Nível II
1. Ler o texto com os alunos e acentuar as carac-
terísticas descritivas. Comentar o poder da in-
dustrialização versus as atividades manuais.
2. Pedir aos alunos que encontrem no texto o
momento em que o autor descreve o processo
de produção da farinha de mandioca. Pedir
que, oralmente, um deles reproduza para a
classe o trecho solicitado e diga os detalhes
dessa tarefa.
3. Informar que é pela faculdade da observação
que distinguimos as características particu-
lares do que observamos. Traduzir essas ima-
gens em palavras é descrever.
4. Não é, pois, importante – na descrição – enu-
merar todos os detalhes, mas, sim, fixar as
características distintivas do ser ou da reali-
dade descrita.
5. No trecho destacado, o autor diz: “O momento
mais alegre da farinhada é a roda das ras-
padeiras da mandioca.”. Ao proceder assim,
faz uma descrição SUBJETIVA, pois deixa entr-
ever suas impressões, sensações despertadas
pela realidade que descreve.
6. Pedir que descrevam o processo usado no
preparo do tucupi.
Descrição da atividade
7. Pedir que retirem do texto a descrição do
preparo da goma para roupas.
8. Para que a descrição não se torne cópia
cansativa da realidade, o autor pode destacar
os cheiros, as cores, as sensações, os barulhos,
as formas por meio da escolha de um voca-
bulário expressivo, capaz de levar o leitor a
formar uma imagem da realidade descrita. É
preciso que o autor escolha cuidadosamente
as palavras, de modo a provocar no leitor im-
pressões sensoriais que o façam, de fato, “sen-
tir” a realidade descrita.
9. Pedir que os alunos escrevam um texto in-
cluindo suas impressões sensoriais.
10. Pedir aos alunos que descrevam uma cena de
carnaval de rua. Solicitar que destaquem o
que ouvem, o que vêem, o que sentem, se há
instrumentos musicais, o que se destaca em
cores e formas, os movimentos, os silêncios e
os barulhos...
Atividade P A descrição – a realidade objetiva e subjetiva
3
Texto
Objetivo
Identificar, em textos, vários elementos estru-
turais da descrição.
Introdução
Pergunte aos alunos: Vocês já visitaram uma es-
tação de trem? Lembram-se do cheiro? Da ilumi-
nação? Havia um relógio no final do corredor? E
o piso? Rangia a seus pés ou era ladrilhado? Um
bom observador descreve bem o que viu e o que
vê. Vocês se consideram bons observadores?
Resultado esperado: Ampliação da capaci-
dade de descrever objetiva e subjetivamente.
Tempo sugerido: 4 horas
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18 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Educação e Trabalho
Nível II
1. Traga dicionários para sala de aula.
2. Peça aos alunos, em grupos, que leiam todo o
texto assinalando as palavras desconhecidas.
3. Em seguida, cada grupo ficará com um ou
dois parágrafos para trabalhá-los detalhada-
mente, consultando as palavras desconheci-
das e registrando o seu significado.
4. Coletivamente, a turma fará novamente a lei-
tura do texto de modo a compreendê-lo.
5. Pergunte se alguém conhece um processo
tradicional ou moderno de fabricação de fari-
nha e peça para relatá-lo. Faça comparações
com o do texto.
6. Escreva no quadro os elementos que com-
põem o processo de trabalho e apresente-os
para os alunos.
7. Peça-lhes para identificá-los no texto e registre
o resultado no quadro. Ajude-os nesta iden-
tificação.
Descrição da atividade
8. Para finalizar, peça a um aluno para identi-
ficar esses elementos no seu próprio processo
de trabalho. Novamente, faça comparações
com o do texto.
Atividade P Casa de farinha
3
Texto
Objetivo
Conhecer os elementos que compõem o pro-
cesso de trabalho.
Introdução
Os elementos que compõem o processo de tra-
balho são três: 1) “a atividade adequada a um
fim, isto é, o próprio trabalho; 2) a matéria a
que se aplica o trabalho, o objeto de trabalho; 3)
os meios de trabalho, o instrumental de traba-
lho”. Segundo esta definição, podemos identi-
ficar os elementos que compõem o processo de
trabalho tradicional de fabricação da farinha.
Assim temos: 1) o trabalho de todos aqueles que
estão envolvidos com a fabricação da farinha; 2)
a mandioca, que é trabalhada para produzir a
farinha; e 3) os meios de trabalho, ou seja, o
complexo de instrumentos que o trabalhador in-
sere entre si mesmo e a mandioca para produzir
a farinha. O texto apresenta um processo de tra-
balho que vigorou durante um certo período da
nossa história. Você concorda que por meio do
estudo desse processo podemos inferir que o
modo de produzir de um povo constitui a sua
cultura?
Resultado esperado: Identificação dos ele-
mentos que compõem o processo de trabalho no
texto e em alguns casos de alunos da turma.
Materiais indicados:
P
dicionários.
Tempo sugerido: 4 horas
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Área: Artes
Nível I e II
1. Cada aluno deverá eleger um objeto da sala
para ser reproduzido. Exemplo:
2. Cada aluno deverá desenhar o objeto em pa-
pel branco com lápis preto, observando-o ao
mesmo tempo que desenha.
3. Numa outra folha de papel, o aluno deverá
desenhar o mesmo objeto. Desta vez, por
meio da técnica do desenho cego: observa-se
apenas o objeto sem olhar o que está sendo
desenhado no papel.
4. Troca-se novamente o papel, observa-se o ob-
jeto, porém o desenho deverá ser feito com a
outra mão.
5. Depois dos três desenhos, cada aluno deverá
dar um pequeno depoimento sobre qual de-
Descrição da atividade
senho mais lhe agradou e quais as dificul-
dades encontradas em cada execução.
Atividade P Opções de desenho
4
Texto
Objetivos
• Experimentar três formas diferentes de criação
plástica.
• Observar a transformação da obra por meio da
libertação do aspecto simplesmente motor.
Introdução
Elifas Andreato é um artista plástico e gráfico que
por muitos anos dedicou-se à criação de cartazes
para teatro, capas de disco e revistas. Como artista
sensível, pôde reconhecer, já em seus traços ini-
ciais, uma sincronicidade com as idéias e os senti-
mentos criativos do artista plástico Volpi. Apesar
da diferença de gerações e de seguirem caminhos
diferentes, a relação com a arte permaneceu: am-
bos persistiram com seus sonhos e foram recon-
hecidos por eles. O artista, ao dese-nhar, ao pintar,
conta com a imaginação, com o olhar aguçado sobre
o mundo e com sentimentos inconscientes tam-
bém. Muitas vezes sem freios. Quando nos propo-
mos a desenhar, somos interrompidos ou amarra-
dos pela racionalização, pelos medos conceituais.
É preciso começar a experimentar formas difer-
entes de criar uma obra. É isso que vamos nos pro-
por a fazer.
Resultados esperados:
a) Experimentar a criação de um desenho com
três técnicas diferentes.
b) Observar que quando deslocamos o foco de
concentração, muitas vezes, o desenho ganha
traços mais livres e relaxados.
c) Observar sua postura diante de uma tarefa
criativa e aproveitar momentos de liberdade
motora.
d) Compreender que a maneira pela qual realiza
um trabalho acaba influenciando na própria
realização e resultado.
Dicas do professor:
site
– www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-73301997000100011
Materiais indicados:
P
papel sulfite e lápis preto.
Tempo sugerido: 1h e 30
min
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 19
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Área: Ciências
Nível I e II
1. Peça aos alunos que tragam amostras de subs-
tâncias que podem produzir fluxo de lágri-
mas. Alguns exemplos são: a cebola, o alho, a
pimenta, produtos de limpeza, produtos uti-
lizados em suas atividades, profissionais etc.
2. Solicite que identifiquem se a produção de lá-
grimas é causada apenas pela proximidade
com o produto ou se é necessário manipulá-lo
de alguma forma. Por exemplo, a cebola só é
irritante quando cortada. (Lembre-se de to-
marem cuidado ao manipular os produtos.)
3. Os alunos devem construir uma escala de irri-
tabilidade, conferindo o valor 10 ao produto
que for mais irritante e 1 ao produto menos ir-
ritante.
4. Os alunos devem apresentar sugestões de co-
mo devem se proteger para evitar a irritação
ocular causada por esses produtos. Uma su-
gestão é avaliar se há indicação de equipa-
Descrição da atividade
mentos de proteção individual que possam ser
utilizados para tal fim.
Materiais indicados:
P
substâncias domésticas
que causam irritação nos
olhos, como cebola, alho,
pimenta, etc.
Tempo sugerido: 1 hora
Atividade P Do que é feita a lágrima?
Resultados esperados: A reflexão sobre a
importância da saúde dos olhos compreendendo
a formação da lágrima e sua composição bem co-
mo sua função.
4
Texto
Objetivos
Identificar as substâncias que compõem a lá-
grima.
Identificar a função da lágrima para a nossa
visão.
Introdução
O autor exprime no texto momentos de emoção
que o levaram às lágrimas. A função da lágrima é
manter a umidade dos olhos. Assim, ela contribui
para a saúde deles. Quando piscamos, nossas
pálpebras espalham o fluido secretado pelas glân-
dulas lacrimais por toda a superfície dos olhos. Isto
ocorre em intervalos regulares. Podemos identi-
ficar três camadas em nossas lágrimas: uma mais
interna de muco, uma intermediária de secreção
lacrimal e um filme oleoso. O objetivo desse filme é
minimizar a evaporação da camada intermediária.
Em sua composição química, as lágrimas são pare-
cidas com a de outros fluidos do corpo, como o
plasma sanguíneo, possuindo conteúdo de sal
similar. A lágrima contém também a lisozima, que
é uma enzima que pode romper a parede celular
de bactérias. Essa propriedade previne infecções
nos olhos. Alguns materiais provocam lacrimeja-
mento intenso, como é o caso da pimenta, ácidos
fumegantes, etc. As lágrimas também podem ser
desencadeadas por razões emocionais e, neste ca-
so, são controladas por hormônios.
Contexto no mundo do trabalho: A saúde dos olhos é
fundamental para todas as atividades humanas.
Dicas do professor: O ser humano desenvolveu armas
químicas que têm como objetivo fragilizar o inimigo por
meio da irritação profunda dos olhos, com produção de
um fluxo extremo de lágrimas. Um exemplo é o gás la-
crimogêneo, alfa-cloroacetofenona, que é especialmente
projetado para irritar os olhos. A natureza também
fornece produtos que causam aumento no fluxo das lá-
grimas. Um exemplo é a cebola, que quando cortada exa-
la substâncias contendo enxofre que são altamente irri-
tantes.
20 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
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Área: Educação e Trabalho
Nível I e II
1. Leia o texto coletivamente com os seus alunos.
2. Em seguida, proponha um trabalho de pes-
quisa: cada um deverá entrevistar um fami-
liar, um vizinho, um amigo, um colega, um
conhecido, professores e funcionários da esco-
la, todos mais velhos, e pedir que contem, de-
talhadamente, como eram as festas juninas da
sua juventude – as danças, as músicas, as ves-
timentas e adereços, os santos homenagea-
dos, os locais dos festejos, as datas, os doces e
salgados, as brincadeiras, os enfeites e as
crendices, os namoros, etc.
3. Numa outra aula, de posse do material coleta-
do, organize com seus alunos um grande mu-
ral separando os tipos de festa junina que
apareceram nas entrevistas, por região.
4. Encerre o trabalho enfatizando o caráter de
trabalho coletivo e solidário que sempre es-
teve e ainda está presente nessa festa popular
brasileira. O mural pode decorar a festa juni-
na da escola.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
se possível, providenciar
e pedir aos alunos que
tragam gravuras e fotos
de festas juninas,
papel colorido para
confeccionar bandeirolas,
barbante, cola, material
para confeccionar o mu-
ral, quitutes de festas
juninas, etc.
Tempo sugerido: 3 horas
Atividade P Festa junina
Resultados esperados: Conhecer uma tra-
dição por meio de entrevistas com pessoas mais
velhas sobre festas juninas da infância. Organi-
zar o material coletado em um grande mural se-
parando os tipos diferentes de festas por região.
4
Texto
Objetivo
Reconhecer as diversas expressões da festa
junina como manifestação da riqueza cultural
brasileira.
Introdução
A festa junina é uma das nossas festas popu-
lares em que podemos encontrar uma grande
diversidade de elementos que constituíram e
constituem a cultura brasileira. De origens varia-
das, ela carrega manifestações tradicionais de
outros povos que, misturadas aos elementos
culturais encontrados em diferentes regiões do
Brasil, produziram uma festa popular com carac-
terísticas múltiplas. As danças, as músicas, as
vestimentas e adereços, os santos, homenagea-
dos, os locais dos festejos, as datas, os doces e
salgados servidos, as brincadeiras, os enfeites e
as crendices, o conjunto desses elementos se ar-
ticula de um modo particular em cada região do
país. Em todos os casos, a alegria e a soli-
dariedade estão sempre presentes. Uma festa
junina é sempre organizada contando com o
trabalho coletivo de uma comunidade. Qual a
relação dessa festa com o trabalho no campo?
Dicas do professor: Realizar a atividade articulada à or-
ganização de uma festa junina na escola, num trabalho
coletivo e solidário com outras turmas. Aproveitar as
idéias trazidas e trabalhadas pelos alunos para organizar
a festa: dança, vestimentas, enfeites, quitutes, brin-
cadeiras, entre outros.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 21
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Área: Matemática
Nível I e II
1. Leia o texto com os alunos e convide-os a imi-
tar Elifas.
2. Organize-os em grupos e peça que meçam e
recortem um painel de papel pardo no tama-
nho de um colchão de solteiro, tal qual aquele
que Elifas usou para fazer o trabalho para sua
vizinha (1,80 x 0,80).
3. Oriente que tracem linhas verticais e hori-
zontais, distribuindo-as por toda a área do
painel.
4. Distribua revistas e papéis coloridos para que os
alunos desenhem e recortem uma bandeirinha,
como as de São João. Chame a atenção para a
figura geométrica que a bandeirinha representa.
5. Mantendo a proporção da primeira, eles de-
vem recortar muitas outras bandeirinhas. As-
sim, cada painel se constituirá de um mesmo
padrão.
6. Seguindo as linhas traçadas na atividade 3,
eles devem colar as bandeirinhas no painel,
fazendo uma composição: agrupando-as, su-
perpondo-as, criando, enfim, um movimento.
Descrição da atividade
7. Ao final, cada grupo deve expor seu painel na
parede da sala.
Materiais indicados:
P
papel pardo, revistas,
papéis coloridos, tesoura,
cola, régua.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Arte com geometria
Resultado esperado: Painel composto com
base em uma figura geométrica.
4
Texto
Objetivo
Compor uma imagem usando figuras geo-
métricas.
Introdução
Elifas Andreato é um importante artista gráfico
do Brasil. Com uma infância de pobreza e pri-
vação, alfabetizou-se quando já era adolescente,
foi operário e militante político perseguido pela
ditadura(1964-1985). Sem instrução formal, tor-
nou-se referência no meio intelectual e artístico
do país. Mesmo sem ter passado pela escola, che-
gou a ser professor de Artes na USP. Começou a
fazer arte enquanto ainda era operário, decoran-
do o salão de festas da fábrica onde trabalhava.
Quantos “Elifas Andreato” existem por aí, so-
nhando com uma coisa e fazendo outra? Quantos
artistas operários? O artista, geralmente, passa
por dificuldades para sobreviver de seu trabalho.
Você conhece algum artista? Sabe como ele vive?
Sua arte lhe permite pagar as despesas básicas?
Dicas do professor: Obtenha uma imagem da obra de
Alfredo Volpi como a citada no texto e mostre-a aos estu-
dantes para que avaliem seu trabalho.
22 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
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Área: Português
Nível I e II
1. Atividades de Pré-Leitura:
a)Solicitar respostas às perguntas da Introdução:
Léxico é o conjunto de palavras de uma língua.
Dentro desse conjunto podem-se observar
“campos lexicais”, subconjuntos formados por
palavras pertencentes a uma mesma área de
conhecimento ou interesse. Por exemplo, no
campo lexical do Direito, poderíamos incluir
as seguintes palavras: advogado, juiz, manda-
do, arrolamento, custas, emolumentos, agra-
vo, alçada, ementa, etc. – Futebol: gol, pênalti,
escanteio, zagueiro, trave, bola, etc.
b)Ouvir as palavras relacionadas pelos alunos
para os termos “carnaval” e “obra de arte”.
2. Atividades de Leitura:
a)Pedir inferências sobre o título. Perguntar se
vêem “dubiedade” no primeiro período do tex-
to (observar que, da forma como está construí-
do, a impressão que se tem é de que os painéis
decoravam as paredes APENAS nas noites de
sábado. O que o autor quis dizer, sem dúvida, é
que AOS SÁBADOS pintava os painéis que de-
coravam as paredes).
b)Conversar sobre “vocação”, “profissão” e sobre
o sentido da frase “a sorte bateu em minha
porta” (mostrar que, mais do que sorte, Elifas
mostrou competência para realizar a tarefa e,
por ter trabalhado aos sábados, varrido o salão
e estudado, conseguiu realizar a obra atribuí-
da à sorte).
3. Atividades de Produção de texto:
a)Iniciar a atividade explicando que uma frase
Descrição da atividade
ambígua é aquela que tem mais de um signifi-
cado. A posição do adjunto adverbial pode
causar duplo sentido: “Cachorros que comem
osso freqüentemente ficam doentes”. Pedir aos
alunos para deslocarem o adjunto adverbial
com o objetivo de desfazer a ambigüidade.
(Cachorros que freqüentemente comem osso fi-
cam doentes. – Cachorros que comem osso
ficam doentes freqüentemente.)
b)Pedir que eliminem a ambigüidade das seguin-
tes frases: b.1) Ele enterrou as jóias que en-
controu no quartinho. b.2) Assinei um contra-
to para auxiliá-lo no dia 14. b.3) Roubaram a
cadeira da sala em que eu costumava traba-
lhar. b.4) Maria perdeu a chave do cofre de
jóias que tinha deixado em cima do armário.
b.5) Puseram todos os presentes embaixo do
pinheirinho que tínhamos embrulhado na
noite anterior. b.6) Ele colocou a peruca na cabe-
ça que estava manchada de azul.
c) Dividir a sala em grupos. Cada equipe escreverá
palavras que compõem o campo lexical de “estú-
dio de pintura”. Devem escrever tudo o que sou-
berem sobre um estúdio de pintura e acharem
que possui. Professor, monte também, com ape-
nas 10 palavras, a sua lista com esse campo lexi-
cal. Inicie o jogo: as equipes dizem o que es-
creveram e cada alternativa que coincidir com a
sua listagem vale um ponto.
Atividade P Jogo dos campos lexicais
4
Texto
Objetivos
• Reconhecer dubiedade em frases em português
e ampliar o vocabulário.
Introdução
Seus alunos sabem o que é léxico? Pergunte que
palavras lhes vêm à mente quando ouvem o
vocábulo “carnaval”? E quando ouvem “obra de
arte”? O que sabem sobre Volpi e Elifas Andreatto?
Resultados esperados: Explorar e solucionar
dubiedades em frases, ampliar o vocabulário.
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
23
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Área: Artes
Nível I e II
1. Cada aluno deverá trazer uma receita famosa
em sua família.
2. Listar todas as sugestões no quadro.
3. A partir da lista, os alunos escolherão os pra-
tos mais interessantes para a criação de um
“jantar virtual”.
4. Será criado um livrinho de receitas dos pratos
escolhidos para o “jantar virtual”, contendo as
explicações necessárias para o seu preparo, e
se possível a origem. Não esquecer que be-
bidas também fazem parte de uma refeição.
5. Peça que ilustrem as receitas com desenhos.
Descrição da atividade
Atividade P Jantar virtual
5
Texto
Objetivos
Criação de um “jantar virtual”, com receitas
variadas, temperos e bebidas.
Compartilhar diferentes maneiras de criação
de um prato, procurando as influências e re-
gionalização de cada alimento utilizado.
Introdução
A culinária de um país representa uma de suas
facetas culturais. Definitivamente, é uma das
mais populares aquela que é levada para o resto
do mundo com seus imigrantes. O Brasil, sendo
um país jovem e de formação altamente miscige-
nada, possui influências dos quatro cantos do
mundo. De norte a sul do país conhecemos uma
variedade muito grande de receitas, utilização de
determinados condimentos que vão se modifican-
do também à medida que sofrem influência de
produtos locais ou de pessoas com culturas dife-
rentes e novas propostas. Um exemplo disso é a
maneira como nós brasileiros comemos o aba-
cate: em geral, o comemos com açúcar ou leite,
tornando-o uma sobremesa bastante rica e sabo-
rosa. Europeus e os demais latino-americanos
comem o abacate com sal em saladas e outros
pratos. Algumas famílias guardam receitas secre-
tamente por muitos anos. Historicamente, a ali-
mentação é um ritual tanto de agradecimento co-
mo de recuperação das energias. Culinária é
também celebração.
Resultado esperado: Perceber as influências
culturais presentes nos alimentos.
Dicas do Professor: site
http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/culinaria.htm
http://www.brasilcultura.com.br/destaque.php?menu=10
6&id=25
Tempo sugerido: 2 horas
24 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
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Área: Ciências
Nível I e II
O propósito desta atividade é estudar como a
perda de água proporcionada pela evaporação
ajuda a conservar melhor frutas e legumes e,
analogamente, corpos.
1. Peça aos alunos que tragam frutas e legumes e
uma faca.
2. Eles devem cortar as frutas e os legumes em
porções com diferentes espessuras. Quanto
menos espessa (mais fina) for uma fatia, mais
fácil é a perda de água e melhor a conser-
vação.
3. Algumas das fatias devem ser deixadas ex-
postas ao sol e outras em um ambiente úmido
dentro da sala de aula.
Descrição da atividade
4. Após dois dias, os alunos devem comparar o
estado de conservação das frutas e legumes,
buscando identificar fatores que os afetaram
(presença de fonte de calor – sol – ou de umi-
dade, espessura da fatia, número de horas de
exposição ao sol, etc.)
Atividade P Pirâmides
Resultados esperados: Identificar como os
corpos são preservados na areia do deserto egíp-
cio. Compreender porque os egípcios começaram
a construir pirâmides. Comparar com a indústria e
o emprego de técnicas de conservação.
5
Texto
Objetivos
Identificar como os corpos são preservados na
areia do deserto egípcio.
• Compreender o porque os egípcios começaram
a construir pirâmides.
Introdução
As pirâmides foram construídas em pedra, há
mais de 2500 anos. Possuem base na forma de
um retângulo e suas faces podem ter o formato
de um triângulo ou de um trapézio. Foram cons-
truídas com o objetivo de receber os corpos de
nobres e sacerdotes, isto é, eram túmulos. Acre-
dita-se que podiam funcionar também como
templos religiosos. Antes do início da con-
strução das pirâmides, os corpos eram geral-
mente enterrados diretamente na areia.Era cos-
tume enterrar com o corpo alguns de seus
pertences em vida (jóias, instrumentos de caça e
vasos contendo bebida e alimento), o indivíduo,
após sua morte, era ali enterrado. O contato com
a areia possibilitava a perda de água do corpo,
que era absorvida pela areia seca e quente, num
processo de conservação natural. Sem umidade
não havia crescimento e proliferação de bac-
térias que provocam a decomposição do cadáver.
Este tipo de sepultamento, bastante simples,
mantinha o corpo em condições similares ou
melhores que algumas complicadas técnicas de
mumificação. No entanto, ao longo do tempo a
areia poderia se espalhar, expondo o corpo e seus
pertences. Por isso, acabam surgindo as
pirâmides. O objetivo das pirâmides era evitar a
violaçnao dos túmulos. Quais as contribuições,
para a sociedade e o trabalho, da construção das
pirâmides?
Contexto no mundo do trabalho: Técnica de conser-
vação de objetos e alimentos.
Materiais indicados:
P
frutas e legumes, facas.
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 25
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Área: Ciências
Nível I e II
1. Peça aos alunos que tragam amostras de vina-
gres de diferentes origens: vinagre de álcool,
de vinho tinto, de vinho branco, de maçã e
outros.
2. Solicite que façam uma tabela listando, para
cada amostra trazida, a sua composição e o
percentual de ácido acético informados pelo
fabricante no rótulo.
3. Discuta com os alunos se há alguma diferença
nos teores de ácido acético informado, já que
eles são regulamentos por legislação.
4. Peça a alunos voluntários que, usando uma
pequena colher, experimentem uma porção
pequena de cada um dos vinagres. Entre ca-
da uma das amostras, eles devem tomar um
pouco de água. Os alunos devem também sen-
tir o aroma de cada amostra de vinagre.
Descrição da atividade
5. Que observações esses alunos podem compar-
tilhar com a turma? Eles identificaram alguma
diferença no odor das amostras? Eles identi-
ficaram diferenças na cor? E no sabor? Eles
devem procurar traduzir essas diferenças para
os colegas, a fim de identificarem se há resul-
tados diferentes entre os degustadores.
Materiais indicados:
P
amostras de vinagre de
diferentes origens,
juntamente com seus
rótulos e colheres
pequenas.
Tempo sugerido: 1 hora
Atividade P O vinagre
Resultados esperados: Conhecimento do prin-
cípio ativo do vinagre. Conhecimento de vários
tipos de vinagre existentes no mercado.
5
Texto
Objetivos
• Conhecer o princípio ativo do vinagre.
Conhecer os vários tipos de vinagre existentes
no mercado.
Introdução
Um dos igredientes sempre presente na culinária
em geral é o vinagre. O vinagre é um condimento
constituído de uma solução de ácido acético a 4%
(4 g de ácido acético para 100 mL de vinagre). Este
valor, de 4%, é a concentração mínima exigida na
legislação. Além disso, os fabricantes adicionam ao
produto uma substância química chamada estabi-
lizante, para aumentar a durabilidade do produto.
No entanto, o vinagre original deve ser fabricado a
partir de vinho ou outras bebidas alcoólicas (uísque
ou cerveja), de cereais (milho ou arroz) ou de out-
ras matérias-primas, como maçã, pêssego, laranja,
etc. Vinagres assim preparados são obtidos por fer-
mentação e contêm algumas outras substâncias,
além do ácido acético, que lhe conferem sabor e
aroma. Grande parte dos nossos vinagres só con-
têm o ácido acético e a água, o que reduz a sua
qualidade como ingrediente para nossa alimen-
tação. Assim, temperar a salada com limão em vez
de vinagre é muito mais nutritivo. A indústria ali-
mentícia é abrangente na sociedade. Na sua região,
há trabalhos (profissões) vinculados com a indús-
tria alimentícia? Quais?
Dicas do Professor: O vinagre tem sido utilizado como
condimento há milhares de anos. Na Bíblia, encontramos
referência ao fato de os soldados romanos terem dado
uma esponja embebida em vinagre a Cristo, para, em vez
de matar sua sede, aumentar seu suplício.
26 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
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Área: Educação e Trabalho
Nível I
1. Traga e peça aos alunos algumas receitas, tex-
tos, ilustrações, livros, fotos sobre a culinária
brasileira.
2. Junto com os alunos, monte um painel com
esse material e dê um título para ele.
3. Converse sobre o material trazido: a história
da receita, quem a faz, se é tradição ou não da
família, se é utilizada como fonte de renda.
4. Pergunte aos alunos o que eles gostariam de
saber a respeito da culinária como manifes-
tação cultural.
5. Anote as questões no quadro.
6. Selecione, com os alunos, aquelas que são
mais relevantes.
7. Divida a turma em pequenos grupos.
8. Cada grupo escolhe uma ou duas perguntas,
dá um título para o trabalho, procura res-
postas para as questões e prepara uma apre-
sentação para a turma.
Descrição da atividade
Atividade P Culinária
5
Texto
Objetivos
Compreender a culinária como manifestação
cultural e como atividade que gera emprego e
renda.
Introdução
Quem quiser vatapá/Que procure fazer/Primeiro
o fubá/Depois o dendê. Essa é uma música de
Dorival Caimmy que traz em sua letra uma recei-
ta de vatapá. Como esta, há inúmeras letras de
músicas, filmes, poesias, crônicas, que trazem co-
mo tema a culinária. É comum ouvir alguém di-
zer que uma receita não fica igual à de outra pes-
soa porque ela tem um segredinho que não conta
para ninguém. A culinária como manifestação
cultural transformada em produto cultural gera
emprego e renda e são inúmeras as famílias que
se sustentam por meio desse ramo de atividade.
Você conhece alguém que sobrevive da culinária?
Resultados esperados: Apresentar o traba-
lho em forma de entrevista, painel, ou livro de
receita. Refletir sobre a culinária como atividade
que gera empregos.
Tempo sugerido: 3 horas
Dicas do Professor: livros – Culinária nordestina: Encon-
tro de Mar e Sertão (SENAC) Sabores e Cores das Minas
Gerais (SENAC).
sites – Brasilfolclore – Culinaria Brasileira – www.brasil-
folclore.hpg.ig.com.br/culinaria.htm.
Músicas – Caviar, de Zeca Pagodinho – caviar.zecapago-
dinho.letrasdemusicas.com.br/ – Conversa de botequim, de
Noel Rosa e Vadico. noel-rosa-musicas.letras.terra.
com.br/letras/125756/ – Vatapá, de Dorival Caymmi –
www.sobresites.com/candomble/personalidades/caymmi.htm
Filmes – O amor está na mesa; Big night; O casamento do
meu melhor amigo; Comer, beber, viver; A comilança; Co-
mo água para chocolate; O cozinheiro; O ladrão; Sua mul-
her e o amante; A festa de Babette; A marvada carne;
Tampopo – Os brutos também comem Spaghetti;Tomates
verdes fritos.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 27
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28 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Português
Nível I e II
1. Atividade de Leitura:
Discutir o texto com os alunos. Mostrar, por
meio dele, a importância social da escrita. A
escrita fixa uma idéia ou informação no tem-
po. Perguntar aos alunos se têm uma “receita
de família” que, pela escrita, poderia ser
transmitida às próximas gerações.
2. Atividade de Produção de Textos:
a)Pedir a um aluno que se levante e siga os
comandos que serão dados por um colega
para que se dirija até a porta, abrindo-a. In-
forme que só poderá mover-se a partir das
ordens do colega. Aquele que comanda,
portanto, não poderá pular etapas (Ex.: Dê
cinco passos para frente, vire à direita, dê
dois passos em direção à porta, pare, lev-
ante a mão direita até a altura da cintura,
abra a porta, etc.).
b)Depois da experiência, mostrar que o aluno
que comandou a atividade criou, oralmen-
te, um texto instrucional: aquele que con-
tém informações sobre procedimentos ou
normas adequadas a um determinado con-
texto (receita de comida, uso de aparelho
eletrônico, jogo etc.). Ressaltar que a lin-
guagem deve ser clara e objetiva, todos os
passos precisam ser identificados, assim co-
mo devem ser dadas as informações rele-
vantes e os cuidados a serem tomados.
Descrição da atividade
c) Iniciar o jogo das instruções: Inicie com um
jogo simples, já conhecido dos alunos (pas-
sa anel, jogo das cadeiras, por exemplo).
Depois da atividade, diga aos alunos que
você precisa instruir outro professor, que
não conhece o jogo, a utilizá-lo em sala de
aula. Você precisa fazer isso por escrito. So-
licite que escrevam as regras que utilizaram
para jogar. Lembre-os de que precisam ex-
ercitar a clareza nas regras, determinar pre-
cisamente a seqüência das ações e o estab-
elecimento de critérios de ganhos e perdas.
Depois de pronta a tarefa, comparar os
diversos textos a fim de verificar se a seqüên-
cia está correta em cada um dos trabalhos.
d)Para aprofundar o estudo sobre a estrutura
do texto instrucional, podem-se analisar re-
ceitas de culinária, bulas de remédio, regras
de comportamento, outros jogos, manual
de instruções de aparelhos eletrônicos ou
de manutenção de carros.
Atividade P O texto Instrucional
Resultado esperado: Ampliação da capaci-
dade de escrever textos instrucionais.
Texto
Objetivos
Desenvolver a habilidade de uso da língua em
situações comunicativas diversificadas.
Introdução
Será que seus alunos conseguem ordenar direi-
tinho uma receita de bolo? E ensinar as regras
para um jogo de cartas?
Tempo sugerido: 4 horas
5
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 29
Área: Ciências
Nível I e II
1. Peça aos alunos para trazerem amostras de
material impresso com serigrafia: papel, cou-
ro, madeira, plásticos, vidros, chapas metáli-
cas, tecidos, borrachas, TNT, etc.
2. Solicite que avaliem se é possível identificar se
a impressão serigráfica fornece imagens de
melhor qualidade em algum tipo de material
das amostras trazidas.
3. Peça que construam uma escala de aplicabili-
dade da serigrafia nos diferentes materiais,
procurando dar grau máximo à amostra que
apresentou melhores resultados.
4. A fim de ilustrar ainda mais a aplicação dessa
técnica, indique que identifiquem a presença
de impressões serigráficas nas roupas, camise-
tas e bonés que estão vestindo.
5. Avaliem, em conjunto, a importância da seri-
grafia em nosso cotidiano, discutindo se é pos-
sível imaginar nossa vida sem sua utilização.
Descrição da atividade
6. Verifique se os alunos podem identificar ou-
tros usos cotidianos da técnica em atividades
profissionais ou domésticas, que não foram
representados nas amostras trazidas.
Atividade P O que é serigrafia?
6
Texto
Objetivos
Identificar o uso da técnica de serigrafia em
nosso cotidiano.
Compreender o funcionamento da técnica de
serigrafia.
Introdução
O texto trata de um projeto que vem sendo de-
senvolvido em Curitiba, para a qualificação de
jovens de baixa renda desempregados. Entre as
atividades do projeto está a serigrafia. A seri-
grafia (ou silkscreen) é um processo que trabalha
com impressão direta. Utiliza uma matriz, que é
uma tela permeável de malhas finas, esticada em
um quadro. A tinta penetra através da matriz,
por meio da pressão de um rodo ou puxador, pas-
sando para o material no qual haverá a im-
pressão. Dessa forma, a impressão é produzida
no papel, tecido ou outro material. A serigrafia
produz excelentes resultados em diversos mate-
riais: papel, couro, madeira, plásticos, vidros,
chapas metálicas, tecidos, borrachas, etc. Pode-
mos identificar a presença de serigrafia em nosso
cotidiano em diversos produtos: adesivos nos car-
ros, estampas nos tecidos, circuito impresso de
um painel eletrônico, a marca do refrigerante
impressa na própria garrafa. Um uso bastante
inovador da serigrafia é a impressão no TNT, que
é um material sintético muito resistente, utiliza-
dos em embalagens e sacos para presentes.
Resultados esperados: Identificação do uso
da técnica de serigrafia em nosso cotidiano.
Compreensão do funcionamento da técnica de
serigrafia.
Dicas do Professor: Antigamente a tela matriz emprega-
da em serigrafia era feita de seda, daí o nome em inglês
da técnica:
silk
= seda e screen =
gravar
. Hoje, a matriz é
feita com tecidos de poliéster ou com uma rede muito fina
de arame.
Materiais indicados:
P
amostras de materiais
impressos com serigrafia.
Tempo sugerido: 1 hora
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30 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Economia Solidária
Nível I e II
1. Divida a turma em três grandes grupos, que
terão as seguintes tarefas:
a)grupo 1: Pesquisar sobre a cultura do hip-
hop (Internet, revistas, jornais, contatos
pessoais e/ou com instituições, etc);
b)grupo 2: Identificar outras experiências que
utilizam a cultura do hip-hop para gerar tra-
balho e renda;
c)grupo 3: Pesquisar se existe em sua comuni-
dade ou nas cidades vizinhas grupos que
utilizam a cultura do hip-hop na geração de
trabalho e renda, além de outros grupos de
jovens que trabalham de forma coletiva, so-
lidária e autogestionária, montando os seus
empreendimentos (cooperativas, associ-
ações de produtores, grupos de produção).
2. Concluída a pesquisa, deverá ser organizado
um círculo de debates com os resultados obti-
dos. Para esse debate poderá ser convidado al-
gum grupo de jovens empreendedores que re-
late a sua experiência.
3. Registre os resultados do debate no quadro e
solicite que anotem no caderno.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
caneta, papel, papel
madeira, revistas, jornais,
livros, pincéis tipo piloto,
fita crepe, etc.
Tempo sugerido: 16 horas
Atividade P Economia solidária e cultura
Resultados esperados:
a) Conhecer melhor outras culturas e as possi-
bilidades de gerar trabalho e renda por meio
delas.
b) Produzir textos relacionando o hip-hop com a
economia solidária.
6
Texto
Objetivos
Propiciar uma discussão sobre a importância
de gerar trabalho e renda, tendo como base as
potencialidades culturais.
Introdução
Encontrar o primeiro emprego é sempre um
grande desafio para os jovens brasileiros. Os
jovens de 16 a 24 anos representam grande parte
dos desempregados do país. Alguns programas
governamentais vêm tentando contribuir com a
geração de oportunidades de trabalho para a ju-
ventude brasileira, tanto no âmbito da inserção
no mercado formal de trabalho, utilizando, por
exemplo, incentivos às empresas que participam
do Programa Primeiro Emprego, como também
estimulando a organização de grupos produtivos
de caráter associativo e autogestionário. Essas
experiências têm se multiplicado em todo país e,
em alguns casos, servido para estimular manifes-
tações culturais, ao tempo que geram trabalho e
renda. O texto mostra bem essa situação ao re-
latar a experiência de jovens que, por meio da
cultura do hip-hop, estão sendo estimulados a cri-
ar os seus empreendimentos. A atividade aqui
proposta consiste em desenvolver uma pesquisa
que dará origem, posteriormente, a um círculo
de debates.
4. Indique que produzam um texto a partir dos re-
sultados do debate, tendo como tema: “O
hip hop
e a solidariedade entre os jovens”.
5. Selecione um dos textos para ser lido pelo au-
tor para a turma.
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Área: Língua estrangeira – Espanhol
Nível II
1. Após leitura e discussão do texto, proponha as
seguintes questões em versão ao espanhol:
a) ¿Qué tipo de expresión cultural está vincula-
do al Proyecto del Ministerio de Trabajo y
Empleo?
b) ¿Qué quiere decir
hip-hop?
c) ¿Cuáles son los temas de que tratarán las
clases del Proyecto?
d) Según el texto ¿Es esa una buena oportu-
nidad para los jóvenes de baja renta?
2. Organize a turma em grupos para que discutam
as questões e elaborem respostas para elas.
3. Anote no quadro as respostas de cada grupo.
4. Solicite que cada grupo elabore uma frase em
espanhol tendo como tema o
hip-hop
e a ge-
ração de trabalho para os jovens.
5. Corrija as frases, individual ou coletivamente.
Descrição da atividade
Atividade P
Los jóvenes y las posibilidades de acceso al trabajo
6
Texto
Objetivos
Estimular os alunos a conhecer as ofertas de
cursos e projetos que relacionam cultura e tra-
balho.
Introdução
Os jovens de 16 a 24 anos que ainda não con-
seguiram oportunidade de se inserir no mercado
de trabalho têm atualmente algumas alternativas
para se capacitar, produzir, empreender e admin-
istrar. Dentro do que prevê as novas formas de
acesso ao mundo do trabalho, o Projeto Mercado
Alternativo do MH20, em Curitiba, faz parte do
programa do Ministério do Trabalho e Emprego e
desenvolve produtos com o perfil da cultura hip-
hop
,
que tem quatro elementos estruturantes: o
break, representa o corpo através da dança; o
MC, a consciência, o cérebro; o DJ, a alma, a es-
sência e raiz e o grafite, a expressão da arte, o
meio de comunicação. Tudo isso leva à manifes-
tação cultural articulada com a oportunidade de
se vincular à cadeia produtiva. Mas haveria possi-
bilidade de que jovens por sua livre iniciativa
pudessem empreender e administrar pequenos
negócios vinculados ao universo cultu-ral
brasileiro? Lembrando que no próprio grupo
pode haver representantes desse movimento cul-
tural, cabe então trabalhar a partir dos conhe-
cimentos prévios dos alunos.
Resultados esperados: Compreender o sig-
nificado do texto e verificar a possibilidade de ex-
pressar parte do seu conteúdo em outro idioma.
Dicas do Professor: sitios –
www.mte.org.br
www.hiphoprevolucion.org
www.claridadpuerto rico.com
Tempo sugerido: 2 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
31
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32 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: História
Nível I e II
1. Em círculo e em grupos, promova uma dis-
cussão. Eleja um coordenador para cada
grupo e um ou mais de um redator. Sugestões
de questões a serem feitas e respondidas: Você
se considera um cidadão? Você participa de
algum movimento ou grupo na sua comu-
nidade? Por quê? Você já participou de algum
grupo, ação, movimento ou projeto cultural
de defesa dos direitos de cidadania? Você con-
hece o movimento
hip-hop
? Algum outro movi-
mento jovem?
2. Agora, faça uma lista das respostas dos grupos,
registrando em um cartaz ou no quadro. A lista
deve identificar as formas de participação, os
grupos, movimentos, ações nos quais os alunos
estejam envolvidos ou conhe-çam.
3. Junto com a turma, leia o texto, discuta, rela-
cionando, comparando as necessidades e inter-
esses dos alunos aos interesses e necessidades
do citado movimento hip-hop.
4. Questione: Como esses movimentos podem con-
tribuir na conquista dos ideais dos jovens? Quais
Descrição da atividade
as possibilidades dessas participações?
5. Incentivar os alunos a escreverem uma carta
ou um e-mail para o Ministério do Trabalho e
Emprego, MTE, com as conclusões do grupo.
Atividade P A participação dos jovens em grupos e movimentos culturais
6
Texto
Objetivos
• Identificar e debater as diversas necessidades e
possibilidades de participação dos jovens em
grupos e movimentos culturais como forma de
lutar pelos direitos de cidadania, em especial,
o direito ao trabalho.
Introdução
Como sabemos, a cultura hip-hop, constitui um
fenômeno que representa uma resposta política e
cultural da juventude excluída, das periferias e
aglutina, hoje, milhares de jovens, especialmente
nas grandes cidades. Trata-se de um movimento
cultural que, como o texto indica, não tem im-
portância apenas como manifestação artística, laz-
er, diversão, mas como forma de luta política e in-
serção em projetos educativos e de trabalho. Como
já afirmamos, no Brasil há diversas juventudes.
São vários e diferentes grupos, ações, ideais, inter-
esses e formas de participação na vida pública. Al-
guns se identificam com determinadas idéias e re-
jeitam outras. Porém, no interior da diversidade há
um elemento comum no mundo juvenil: o jovem é
um sujeito histórico, tem direitos, logo é um ci-
dadão brasileiro. O movimento hip-hop representa
vozes juvenis que gritam por oportunidades, dese-
jos, ideais. Querem dizer ao mundo que também
são cidadãos!
Resultados esperados:
a) Refletir sobre a participação dos jovens em
grupos e movimentos culturais como formas
de luta pelos seus direitos de cidadania, em
especial, o direito ao trabalho.
b) Escrever carta ou e-mail ao MTE.
Dicas do Professor: livro –
Hip-hop: a periferia grita
de
Mirella Domenich, Patrícia Casseano, Janaína Rocha.
(Fundação Perseu Abramo).
Para enriquecer a atividade poderia ser feito um estudo
comparativo com os dados sobre os grupos juvenis na
cidade de São Paulo:
Mapa da Juventude. Perfil e comporta-
mento do jovem de São Paulo
, 2003.
site – www.prefeitura.sp.gov.br/juventude.A pesquisa iden-
tificou 1609 grupos de jovens com 303.952 participantes.
Tempo sugerido: 2 horas
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Área: Matemática
Nível I e II
1. Organize os alunos em grupos e peça que
leiam o texto. Em uma segunda leitura, eles
devem sublinhar as diferentes atividades ge-
radas pelo projeto.
2. Pergunte se eles sabem o que é uma cadeia
produtiva. Ajude-os a definir dando exemplos
de uma delas: cadeia metalúrgica: extração
do mineral – beneficiamento do mineral –
transformação do mineral em objetos – dis-
tribuição e vendas.
3. Oriente para desenharem a cadeia produtiva a
que se refere o texto: para isto eles devem desco-
brir qual atividade precisa ser desenvolvida em
primeiro lugar para que a segunda possa existir.
Esta vai fornecer insumos para alimentar a ter-
ceira e assim por diante. A cadeia deve ser de-
senhada sobre um papel pardo. Podem-se usar
revistas para recorte de imagens ou desenhos
que representem as idéias dos alunos.
4. Peça então que estimem o número de empre-
gos que a cadeia pode criar e o montante em
dinheiro que ela pode gerar. Para isso, sugira
que levantem informações sobre os preços dos
produtos ou serviços que seriam oferecidos e
o potencial de consumidores para esses pro-
dutos/serviços.
Descrição da atividade
5. Para finalizar, os grupos devem apresentar seus
trabalhos para a turma toda. Os grupos podem
ainda levantar alguma sugestão de uma cadeia
produtiva que eles poderiam desenvolver com
apoio do mesmo programa de governo.
Materiais indicados:
P
papel pardo, revista, cola,
tesoura.
Tempo sugerido: 3 horas
Atividade P Cadeia produtiva
Resultados esperados: Conhecer a cadeia pro-
dutiva do projeto MH20, desenhá-la para avaliar
esta política do Ministério do Trabalho e Emprego.
6
Texto
Objetivos
• Desenhar uma cadeia produtiva.
• Avaliar uma política pública de governo.
Introdução
O texto traz uma noticia sobre uma política
pública para criação de empregos para jovens de
baixa renda, aproveitando elementos da cultura
popular. Os alunos e alunas da EJA conhecem
esse programa do governo? Como avaliam essa
iniciativa? Que alterações na sua vida esse tipo
de programa pode produzir? Que atitudes eles
poderiam adotar para implementar programa
semelhante?
Dicas do Professor: Organize uma busca para encontrar
projetos semelhantes na sua cidade ou região e repita a
atividade com os dados coletados.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 33
06CP09 TX06P3.qxd 20.01.07 17:37 Page 33
34 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Matemática
Nível I e II
1. O grupo de jovens desempregados tinha uma
meta, identifique-a no texto junto com seus
alunos.
2. Converse com os alunos sobre as característi-
cas necessárias aos empreendedores, como a
persistência, o comprometimento e a autode-
terminação, por exemplo.
3. Encontre a fração de jovens que, após o curso
de aperfeiçoamento, serão selecionados para
constituir emprendimentos (50 dos 140 jo-
vens). Solicite aos alunos que representem es-
sa fração também sob a forma de decimais
(0,357) e porcentagem (35,7% ou, aproxi-
madamente, 36%).
4. Oriente os alunos a montarem um gráfico de
setores relacionando o percentual de jovens
empreendedores em relação ao total. Para
tanto, poderão desenhar um círculo, dividi-lo
em 100 partes e marcar o setor corresponden-
te a 36 partes.
5. Pedir que calculem a quantidade média de
jovens por empreendimento a ser formado
(50/6 = 8 ou 9 jovens por empreendimento).
6. Solicite o cálculo da porcentagem de jovens
Descrição da atividade
que irão para outras atividades e não formarão
empreendimentos (100% – 36% = 64%).
7. Reflita com os alunos sobre os gráficos, anali-
sando os resultados que eles expressam. Por
que a porcentagem de empreendedores é me-
nor que a metade do total? Será que a maioria
pode ou quer ser empreendedor?
8. Indique que registrem no caderno as suas con-
clusões.
Atividade P Iniciativas empreendedoras
6
Texto
Objetivos
• Incentivar a iniciativa empreendedora.
Representar por meio de números e gráficos
valores percentuais.
Introdução
Conforme o texto lido, o MH2O, oriundo do
movimento cultural hip-hop, é uma demonstração
de que é possível criar oportunidades alternativas
de trabalho, quando há planejamento e organiza-
ção do empreendimento. Quais de seus alunos
desejariam ser empreendedores? A atividade, a
seguir, contribui para reforçar as idéias contidas
no texto, que acenam com a possibilidade da in-
serção dos jovens no mercado de trabalho através
de empreendimentos ligados à sua cultura e esti-
lo de vida.
Materiais indicados:
P
compasso e calculadora.
Tempo sugerido: 3 horas
Resultados esperados:
a) Conhecer e desenvolver a atitude empreende-
dora.
b) Utilizar gráficos de setores para mostrar va-
lores numéricos, quantidades e percentuais.
Dicas do Professor: livro:
Empreendedorismo: transfor-
mando idéias em negócios,
de José Carlos de Assis Dornelas.
(Campus).
06CP09 TX06P3.qxd 20.01.07 17:37 Page 34
Área: Português
Nível I
1. Ler o texto e discutir com os alunos se já exis-
tem movimentos ou quais poderiam ser criados,
em sua região para possibilitar ampliação dos
empregos para jovens de baixa renda.
2. Jogo da ortografia:
a) Pedir aos alunos que procurem no texto,
palavras escritas com Ç (atuação, gravação,
adereços, preços).
b)Pedir a um aluno que escreva no quadro as
palavras que encontrou.
c) Escrever, então, uma outra palavra retirada
do texto (para os propósitos desta ati-
vidade, poderia ser “jovens”).
d)Estipular um tempo para que encontrem no
texto as palavras que possuam J (cujo, pro-
jeto, loja, juvenil).
e)Pedir aos alunos que escrevam três frases
que contenham, em cada uma, essas três
palavras.
f) Fazer a correção. A seguir, dividir a classe
em grupos. Estipular um tempo e pedir que
relacionem palavras iniciadas pela letra J.
Pode ser estabelecido um número mínimo.
g)Ao final do tempo, fazer a apuração dos re-
sultados. Declarar vencedores os grupos
que atingiram o número estabelecido. O
grande vencedor será o grupo que con-
seguir o maior número de palavras.
h)Se nenhum grupo atingir o mínimo exigido,
Descrição da atividade
substituir a letra e reiniciar o jogo.
Atividade P Jogos de alfabetização: as letras nas palavras
Resultado esperado: Ampliação da capaci-
dade de grafar corretamente os vocábulos em
português.
6
Texto
Objetivo
Ampliar a capacidade de grafar corretamente
vocábulos com Ç e J.
Introdução
Como está a memória de seus alunos? Quantas
palavras conseguem relacionar que sejam es-
critas com a letra J? E com Ç? Convide-os a en-
trar no jogo e mostrarem suas capacidades!
Tempo sugerido: 2 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
35
06CP09 TX06P3.qxd 20.01.07 17:37 Page 35
36 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Demonstre a lei das reflexões múltiplas a seus
alunos com um experimento simples. Para isso,
dois espelhos planos com a mesma dimensão
(por exemplo, 15 cm x 20 cm) presos como se
fossem duas páginas de um livro, por uma de
suas laterais, com as partes espelhadas voltadas
uma para a outra. É importante que se possa
mudar o ângulo de abertura. Para prender os
espelhos pode ser usada fita crepe ou outra fita
adesiva.
2. Com o auxílio de um transferidor marque em
um papel as posições 30°, 45°, 60°, 90°, 120°.
Coloque os espelhos na posição 120° e entre
eles, um objeto. Mire nos espelhos e veja se
formam apenas duas imagens. Faça o mesmo
para os outros ângulos e você mostrará cada
vez mais imagens, conforme o ângulo dimi-
nuir. É possível mostrar que o número de ima-
gens é a função dos ângulos entre os espelhos,
segundo a fórmula n = (360/k) – 1, onde n é o
número de imagens e k o número de graus do
ângulo de abertura entre os espelhos.
Descrição da atividade
Atividade P Reflexões múltiplas em espelhos planos
7
Texto
Objetivos
• Identificar os efeitos das reflexões múltiplas.
• Explorar o número de imagens em reflexões
múltiplas, utilizando espelhos planos.
Introdução
A partir do texto de W. Whitman é possível perce-
ber várias propostas de simetria entre o autor e
as pessoas e seus atos. Nesse sentido, o texto sus-
cita uma analogia com o fenômeno da formação
de múltiplas imagens decorrente da interação de
dois espelhos planos com a luz. Se colocarmos
dois espelhos frente a frente, com um objeto en-
tre eles, uma vela, uma canet, veremos muitas
imagens simétricas do mesmo objeto, devido a
reflexões múltiplas entre os espelhos, pois o re-
flexo de um espelho passa a ser objeto para o
outro e assim sucessivamente.
Contexto no mundo do trabalho: Esse fenômeno físico
possibilita uma fruição estética (pela beleza da simetria
que se reproduz) e uma demonstração de princípios de re-
flexão como a propagação retilínea da luz no ar e a sime-
tria entre o objeto e a imagem em relação ao plano do es-
pelho. Esse princípio é usado, por exemplo, na fabricação
de caleidoscópios. O efeito de profundidade gerado pela
reflexão também é explorado em locais muito estreitos
gerando a sensação de amplitude espacial.
Resultados esperados: Identificar o fenô-
meno de reflexão múltipla. Calcular o número de
imagens obtidas em função do ângulo entre os
espelhos.
Dicas do Professor: Caleidoscópios usam esse mesmo
princípio para fazer composições estéticas interessantes e
podem ser usados como complementos da atividade.Tam-
bém pode ser construído um caleidoscópio simples usan-
do 3 espelhos presos pela lateral, formando um “túnel”
com as faces refletoras voltadas para o lado interno e
pedaços de papel colorido.
3. Peça a seus alunos para calcularem o número de
imagens obtidas, se colocarmos os espelhos com
um ângulo de 36° e de 72°. Peça ainda que cal-
culem qual o ângulo de abertura em que deve-
riam ser colocados os espelhos para obter 20
imagens e, depois, 6 imagens.
Materiais indicados:
P
dois espelhos planos sem
moldura (podem ser
retalhos obtidos em
vidraçarias), fita crepe,
transferidor.
Tempo sugerido: 2 horas
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Área: Educação Física
Nível I e II
1. Reúna o grupo de alunos em um grande círcu-
lo dentro da sala de aula ou lugar maior (se
possível sentados).
2. Peça que se virem na direção das costas do
aluno ao seu lado.
3. Deslizamento: indique que deslizem a mão
apoiada sobre as costas do colega de maneira
lenta e ritmada, fazendo pressão suave.
4. Percussão: peça que dêem golpes secos, ritma-
dos. Os golpes poderão ser dados com a pal-
ma da mão aberta como se fossem pequenos
tapas; com os punhos cerrados, aplicando-se
pequenos socos com a parte macia da mão; e
com os lados externos das mãos abertas alter-
nando ritmicamente as duas mãos, porém,
sem machucar.
5. Pressão: com a mão fechada, com o polegar,
com o lado externo da mão ou com a palma,
diga que comprimam a região a ser massagea-
da, com movimentos rítmicos e lentos.
6. Fricção: indique que pressionem as costas ou
os ombros com movimentos circulares (redon-
Descrição da atividade
dos), ou de ida e volta, de modo a fazer com
que a pele deslize sobre os músculos e os ou-
tros tecidos que estão logo abaixo.
7. Indique que troquem de lado. Repita os exer-
cícios.
8. Peça aos alunos que produzam um pequeno
texto sobre essa experiência.
Materiais indicados:
P
um aparelho de som,
CD ou fita de música
ambiente relaxante.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Consciência corporal
Resultados esperados: Entrosamento do gru-
po e relaxamento como forma de combate ao es-
tresse.
7
Texto
Objetivos
Experienciar as diferentes maneiras de com-
bate ao estresse que estimulam um conheci-
mento mais profundo de seu corpo, e um en-
trosamento maior com a comunidade.
Introdução
O texto traz, em forma de poema, reflexões sobre
as contradições da vida, as ocupações de cada su-
jeito, de um lado, patrões com o poder, e do ou-
tro, empregados sujeitos ao patrão, os “eruditos
e outros menos sábios”, os “ricaços e os pobres”,
os “doutores” e os analfabetos, ou seja, de um la-
do poucos com fartura e do outro lado muitos
com nada. A união, as atividades comunitárias, o
lazer, o cuidar do outro, o tocar o próximo, o
brincar com o outro são recursos que a Educação
Física oferece e que possibilitam amenizar o dis-
tanciamento entre as pessoas.
Contexto no mundo do trabalho: A atividade propor-
ciona a reflexão sobre a melhoria da qualidade de vida
por meio da intencionalidade dos movimentos, que com-
bate o estresse.
Dicas do Professor: Toda massagem é sempre feita na
direção centrípeta, ou seja, os movimentos devem ser
feitos sempre da periferia para o coração, das extremi-
dades para o interior do corpo.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 37
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38 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Proponha a seus alunos a pesquisa de concei-
tos em dicionários e a consulta a colegas e pro-
fessores para aprofundar os significados de algu-
mas expressões:
a)Quando uma pessoa está com febre, é correto
dizer que vamos usar o termômetro para “tirar
sua temperatura”?
b)Quando alguém precisa verificar uma fratura, é
correto dizer que a pessoa vai “tirar uma chapa”?
c)Em alguns sucos comerciais lê-se na emba-
lagem “não contém substâncias químicas”. Isso
é possível?
d)Em embalagens de óleos vegetais lê-se “esse
produto não contém colesterol”. Algum óleo
vegetal poderia ter colesterol?
e)Em alguns sabões em pó, encontra-se a expres-
são “lava mais branco”. Por que a expressão
não afirma “lava mais limpo”?
Descrição da atividade
Atividade P Quando alguém diz que “veio dar uma força” devemos ficar felizes?
8
Texto
Objetivos
Destacar o uso de conceitos e da linguagem
científica deslocada de seu sentido (do jargão).
Introdução
Nesta atividade, pode-se partir do texto irônico
de Verissimo, para destacar a distorção no uso de
alguns conceitos científicos. Por exemplo: a)
Quando nos referimos a força, em Física, consi-
deramos uma grandeza capaz de modificar a
situação de movimento de um corpo, seja o valor
de sua velocidade (módulo) seja sua direção de
movimento. Assim, se alguém disser que “vai dar
uma força”, no sentido físico poderá ser um em-
purrão ou um safanão (embora no senso comum,
essa expressão seja dar um apoio). b) Em Física,
energia é a capacidade de realizar trabalho, mu-
dando a situação de energia de outro corpo ou
sistema. Quando alguém diz que uma determina-
da pedra consegue “passar energia para a pes-
soa”, interpretando do ponto de vista físico, essa
pedra poderá ser radioativa, portanto, muito
perigosa por emanar energia...; c) Quando as
pessoas se referem a um produto (pão) como
natural não atentam para o fato de que não há
árvores desse produto, sendo, então, inevitavel-
mente industrializado. Como é possível verificar
nesses três casos, a conversa não é tão simples e
muita confusão pode ser criada se não prestar-
mos atenção ao significado de determinados con-
ceitos para algumas áreas de conhecimento.
Contexto no mundo do trabalho: O jargão representa
uma manifestação de linguagem das especializações de
conhecimento. É uma construção coletiva e histórica, que
vai além do pitoresco e da gíria (embora essa possa ser a
origem de alguns de seus conceitos). É também um re-
flexo da especialização do mundo do trabalho.
Resultados esperados: Compreender que os
significados de conceitos podem variar se com-
pararmos o senso comum com algumas áreas de
especialização como a Ciência.
Dicas do Professor: Outras expressões podem ser incluí-
das a critério do professor e mesmo pesquisadas pelos
alunos. Quanto ao título: nem sempre devemos aceitar
“forças” oferecidas...
Materiais indicados:
P
recomenda-se o uso de
dicionários de boa
qualidade, para que se
possa verificar que uma
mesma palavra pode ter
vários significados, sendo
o significado científico
um deles.
Tempo sugerido: pequisa:
1 semana; aula 1 hora
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Área: Língua estrangeira – Inglês
Nível II
1. Escreva as seguintes palavras no quadro:
CEO – PR – CFO – Memo – Meeting – Con-
ference Call – Manager – Director – Staff –
Employee – Board of Directors – Annual
Report – To fire – To hire – To dismiss
2. Peça aos alunos para ligar as definições com a
palavra correspondente (aqui as definições es-
tão na ordem certa, escreva-as em ordem
diferente): Chief Executive Officer – equivale a
presidente de uma empresa Public Relations
Relações Públicas. Chief Finance Officer – líder
do departamento financeiro de uma empresa.
Abreviatura de Memorando – comunicação
oficial interna na empresa. Reunião, forma de
reunir numa sala pessoas que estão em difer-
entes lugares (às vezes diferentes países). Um
aparelho com viva-voz ou conexão via Inter-
net é ligado, de modo que várias pessoas pos-
sam conversar e discutir pautas. Gerente –
cargo acima da equipe de trabalho. Diretor –
Cargo acima da gerência. Equipe de trabalho,
time. Empregado, funcionário. Quadro de di-
retores – grupo de diretores responsáveis pela
administração geral da empresa. Relatório an-
ual – documento lançado todos os anos pelas
empresas, relatando a situação geral da em-
presa (se vendeu mais ou menos, se aumentou
Descrição da atividade
ou diminuiu o número de clientes, etc.). Man-
dar embora (informal). Contratar. Dispensar,
despedir (formal).
3. Depois que os alunos tiverem ligado as palavras
a seus significados, peça que formem cinco
frases com o vocabulário apresentado.
Atividade P
Companies
Resultado esperado: Memorizar parte do vo-
cabulário típico de empresas.
Texto
Objetivos
Ensinar parte do jargão empresarial, com al-
guns verbos e nomes de cargos em inglês.
Introdução
O texto trata de forma bem-humorada do uso de
jargão técnico em diversas áreas. É importante,
então, apresentar parte do vocabulário típico de
empresas, em alguns casos mesmo no Brasil, que
adotam muitos termos do inglês
8
Tempo sugerido: 1 hora
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 39
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40 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Português
Nível II
1. Ler o texto com os alunos. Perguntar o que se
entende por “jargão”. (Linguagem corrompida.
2. Comentar o humor de Veríssimo. O autor vale-
se de estrangeirismos para provocar o riso. In-
formar que, em todas as épocas, o contato de
povos de culturas e línguas diferentes resulta
numa circulação de hábitos, tecnologias e
artefatos que são recebidos com seu respectivo
vocabulário. Damos o nome de anglicismos às
palavras e às construções que o português as-
similou do inglês.
3. Pedir que os alunos relacionem anglicismos
referentes ao futebol (anti-doping, pênalti,
córner, off side, beque, drible), à música (jazz,
swing, reggae, rock, twist, rap, funk, country),
à informática (site, mouse, byte, home page,
shift, chip, e-mail, on line, software, game, afo-
ra os neologismos como deletar, formatar,
navegar e clicar).
4. Pedir aos alunos que tentem substituir os angli-
cismos por palavras portuguesas: Fui ao freezer,
abri uma coca diet; e saí cantarolando um jingle,
enquanto ligava meu disc player para ouvir uma
música new age. Precisava de um relax. Meu
check up indicava stress. Dei um time e fui ler um
bestseller no living do meu flat. Desci ao play-
ground; depois fui fazer o meu cooper. Na rua, vi
novos outdoors e revi os velhos amigos do foot-
ing. Um deles comunicou-me a aquisição de
uma nova maison, com quatro suites e até con-
Descrição da atividade
vidou-me para o open house. Marcamos, inclu-
sive, um happy hour. Tomaríamos um drink, um
scotch, de preferência on the rocks. O barman,
muito chic, parecia um lord inglês. Perguntou-
me se eu conhecia o novo point society da
cidade: o TimeSquare, ali no Gilberto Salomão,
que fica perto do Gaf, o La Basque e o Baby
Beef, com serviço a la carte e self service. Preferi
ir ao Mc Donald’s, para um lunch: um hamburg-
er com milk shake. Dali, fui ao shopping center,
onde vi lojas bem brasileiras, a começar pelas
Lojas Americanas, seguidas por Cat Shoes,
Company, Le Postiche, Lady, Lord, Le Mask, M.
Officer, Truc’s, Dimpus, Bob’s, Ellus, Arby’s,
Levi’s, Masson, Mainline, Buckman, Smuggler,
Brummel, La Lente, Body for Sure, Mister Cat,
Hugo Boss, Zoomp, Sport Center, Free Corner e
Brooksfield. Sem muito money, comprei pouco:
uma sweater para mim e um berloque para a
minha esposa. Voltei para casa ou, aliás, para o
flat, pensando no day after, o que fazer? Dei boa
noite ao meu chofer, que, com muito fair play,
respondeu-me: Good night.
(RONALDO CUNHA LIMA, http://www.novo-
milenio.inf.br/idioma/19981112.htm)
Atividade P Anglicismos
Resultados esperados: Reconhecimento
de que a língua aceita incorporação de termos
estrangeiros.
8
Texto
Objetivos
Examinar alguns anglicismos que foram incor-
porados pelo português do Brasil.
Introdução
Pergunte seus alunos: Vocês vão ao clube?
Jogam futebol? Tomam lanche à tarde? Já
uaram biquíni? Não consegue abandonar a
calça jeans? O português se forma também pe-
lo acréscimo de palavras estrangeiras.
Tempo sugerido: 2 horas
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 41
Área: História
Nível II
1. Coletivamente, ler a letra da música e, se puder,
também tocá-la para ser acompanhada pelos
alunos.
2. Debater o assunto tratado na letra de Tom Zé.
3. Perguntar: De quem a música fala, quem é o
autor da música, se o Tom Zé mencionado na
letra é também o compositor, se já ouviram
falar dele, que tipo de música faz, qual a sua
história.
4. Questioná-los sobre o que é um “cantor enga-
jado”, o que faz um cantor defender a classe
operária, quem pertence à classe operária, se
conhecem compositores que pertencem à clas-
se operária (quem?).
5. Questionar: Por que o autor fala em defender
a classe operária, sem consultá-la? Por que a
letra diz que os operários devem se calar? Por
que fala que vão ser demitidos? Quem fica
com o sentimento de culpa aliviado e por quê?
6. Propor uma pesquisa sobre Tom Zé e suas
músicas. Confrontar com os conhecimentos
anteriores.
7. Debater qual o propósito de uma música como
essa. Se ela está fazendo crítica e a quem.
Descrição da atividade
Quem ouve esse tipo de música? A classe ope-
rária ouve a música de Tom Zé?
8. Propor, no final, que os alunos escrevam uma
letra de música em resposta a Tom Zé, deba-
tendo a relação entre música, intelectuais e
classe operária.
Atividade P Em nome de quem?
9
Texto
Objetivos
Refletir a respeito da música como crítica so-
cial.
Introdução
O autor da letra da música, Tom Zé, coloca sobre
si a representação de um grupo de compositores
engajados, que tendem a falar em nome da clas-
se operária, do povo brasileiro, da pobreza. Faz,
assim, uma crítica aos intelectuais brasileiros em
geral, de diferentes épocas, que assumem uma
postura socialista, sem, contudo, ter sensibili-
dade para identificar seus próprios compromis-
sos de classe.
Resultado esperado: Refletir a respeito da
música como um instrumento de crítica social.
Tempo sugerido: 3 horas
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42 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Português
Nível I
1. Discuta o texto com os alunos. Mostrar a iro-
nia de Tom Zé e a crítica feita às formas de
governo que não respeitam a opinião popular
para tomar decisões sobre problemas reais da
população.
2. Jogo: A palavra na testa
a) Divida a turma em grupos de cinco alunos.
Escolha um membro para ser o “alvo”. Os
demais serão “atiradores”. Cada equipe jo-
ga isoladamente.
b) Peça a um atirador de cada grupo que re-
tire do texto uma palavra com mais de qua-
tro letras, escreva-a, sigilosamente, num
retângulo de papel. (Como exemplo, usare-
mos: calem)
c) Peça ao atirador que, com o auxílio de uma
fita adesiva, fixe o retângulo com a palavra
na testa do colega à direita (o “alvo”). Evi-
dentemente, o alvo não poderá saber que
palavra foi colada em sua testa.
d) O “alvo”, a partir das pistas fornecidas pe-
los colegas atiradores, deverá descobrir o
termo que está em sua testa.
e) Para dar as pistas, sugere-se colocar papel
de embrulho e uma caneta hidrográfica no
chão. Com esse material, o primeiro ati-
rador escreverá uma palavra que possua
pelo menos três letras usadas para escrever
Descrição da atividade
aquela que está na testa do alvo. (exemplo
– “ela”). Deve pronunciar a palavra em voz
alta e precisa escrevê-la corretamente.
f) O próximo atirador procede da mesma forma
e assim por diante até que um dos atiradores
não consiga formar uma nova palavra.
(calem: ela, mela, mala, meca, mel, cal, mala,
maca, cela, mal, lêem, calma...)
g) Quando não houver mais palavras, o últi-
mo atirador pergunta ao alvo: “Que pa-
lavra está escrita em sua testa?”. O alvo
consultará o texto de Tom Zé e dará sua
resposta. Se errar, sai do jogo. Se acertar,
passa a ser o novo atirador e seu colega,
que não conseguiu formar nova palavra,
passa a ser o alvo.
Atividade P Jogos de alfabetização: criação de palavras
Resultados esperados: Ampliação da capaci-
dade de observação. Ampliação do léxico.
9
Texto
Objetivos
Ampliar a capacidade de grafar corretamente
os vocábulos em português.
Introdução
Pergunte aos alunos: Vocês são bons obser-
vadores? Vejam bem as letras que compõem as
palavras formadas por seus colegas e adivinhem
qual é a palavra que foi escrita num pedaço de
papel e colada em suas próprias testas!
Materiais indicados:
P
retângulos de cartolina,
papel de embrulho,
adesivo de dupla face,
caneta hidrográfica.
Tempo sugerido: 3 horas
09CP09 TX09P3.qxd 18.01.07 19:21 Page 42
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 43
Área: Educação e Trabalho
Nível II
1. Após a leitura coletiva do texto, proponha aos
alunos que, em grupos, discutam a questão:
quais são os principais fatores (econômicos e
culturais) que influíram para o sucesso da
Oktoberfest como manifestação cultural e co-
mo investimento lucrativo?
2. Escolha um relator e registre a discussão.
3. Em círculo, o relator de cada grupo apresenta
as conclusões para a turma. Juntos, eles redi-
girão um texto com o título “A festa como in-
vestimento e fonte de lucros”.
Descrição da atividade
Atividade P Oktoberfest – Herança alegre da cultura alemã
10
Texto
Objetivos
Compreender a festa como manifestação cul-
tural, como investimento e fonte de lucro.
Introdução
O sucesso da Oktoberfest é tão grande que Blu-
menau não só se recuperou física e economica-
mente, após duas enchentes, como também o
evento se converteu num elemento associado à
identidade da cidade. A festa cresceu muito e se
tornou lucrativa. Por trás da segunda maior festa
da cerveja do mundo – depois da Oktoberfest de
Munique, Alemanha – movimentam-se batalhões
de pessoas para viabilizar a estrutura do evento.
Graças ao volume de visitantes que a cidade pas-
sou a receber em função da festa, a economia se
desenvolveu de forma equilibrada, harmônica e
crescente. O padrão de vida dos moradores subiu
paralelamente. O dinheiro arrecadado é investi-
do em melhorias para a cidade, galerias de
águas, asfalto e assistência social. O sucesso do
modelo festivo de Blumenau fez com que ele se
convertesse num exemplo que vem se dissemi-
nando por todo o país, como modo de incentivar
o turismo e, por meio dele, concentrar recursos
para financiar obras sociais, gerar empregos e fo-
mentar indústrias. Qual o turismo mais expressi-
vo em sua região? Quantos postos de trabalho
foram criados?
Resultados esperados: Produção de um tex-
to coletivo “A festa como investimento e fonte de
lucros”.
Dicas do Professor: sites:
Oktoberfest Blumenau ww.oktoberfestblumenau.com.br
Portal AZ Turismo www.portalaz.com.br/turismo;
pt.wikipedia.org/wiki/Blumenau;
www.guiadeblumenau.com.br/
Tempo sugerido: 3 horas
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44 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Geografia
Nível I e II
1. Promover a leitura do texto em sala de aula.
2. Identificar quais as duas cidades do estado de
Santa Catarina que são citadas no texto, além
da cidade alemã que deu origem à festa tradi-
cional realizada no Brasil.
3. Apontar em qual cidade a festa teve início.
4. Destacar no texto qual a posição de Itapiranga
em relação à cidade de Blumenau.
5. Desenhar o mapa de Santa Catarina no quadro
e identificar a localização de Blumenau e Itapi-
ranga. Mostrar que a cidade de Itapiranga está
a oeste de Blumenau e que Blumenau está a
leste de Itapiranga. Localizar o estado de Santa
Catarina no Mapa do Brasil.
6. Para completar, destacar a posição de Joinville
a norte de Blumenau e Brusque ao sul. Grafar a
posição dessas duas cidades também no mapa.
7. Mostrar aos alunos que os conhecimentos so-
bre nossa localização permitiram ampliar os
horizontes de nossa expansão sobre a superfí-
cie da Terra. A navegação marítima foi espe-
cialmente beneficiada pela criação.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
mapa de Santa Catarina
contendo as principais
cidades do estado e
mapa do Brasil.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Pontos cardeais e colonização alemã
Resultados esperados:
a) Conhecer os pontos cardeais e sua importân-
cia para a localização.
b) Compreender as possibilidades de expansão
territorial a partir do melhor conhecimento de
nossa localização sobre a superfície da terra.
c) Refletir sobre a colonização e a mistura cultu-
ral que se realiza a partir do contato entre
povos diferentes.
10
Texto
Objetivos
Levar o aluno a compreender o significado e a
importância dos pontos cardeais para a loca-
lização do homem na superfície da Terra. Com-
preender ainda a presença alemã no sul do
Brasil, especialmente no estado de Santa Cata-
rina, a partir da colonização e os hábitos cul-
turais trazidos com os imigrantes.
Introdução
O texto trata da tradicional festa alemã chamada
Oktoberfest, que ocorre anualmente no mês de
outubro, no estado de Santa Catarina, mais pre-
cisamente na cidade de Blumenau. O autor faz re-
ferência à cidade que deu início a esse tipo de fes-
ta que é Itapiranga, localizada na porção oeste do
estado. A localização geográfica é feita pelos pon-
tos cardeais que sempre serviram como impor-
tante referência para a localização humana. A sua
criação propiciou a expansão da comunicação en-
tre os territórios e ampliou os horizontes das pos-
sibilidades de busca e conquista de novas regiões.
Parcelas até então desconhecidas da superfície da
Terra foram interligadas e as possibilidades de
trabalho ampliadas.
Dicas do Professor:
site
do Oktoberfest –
www.oktoberfestblumenau.com.br – contém muitas in-
formações sobre a festa e sua relação com a Alemanha.
8. Mostrar aos alunos que a colonização alemã no
sul do Brasil, além do acréscimo populacional,
propiciou a assimilação de hábitos, costumes e
identidades, como é a festa do chopp.
9. Expandir essa idéia mostrando que a coloniza-
ção caracteriza-se pela troca cultural, ocorren-
do também com os portugueses, espanhóis,
japoneses, italianos, etc.
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Área: Matemática
Nível I
1. Peça aos alunos para lerem o texto e per-
gunte se alguém conhece Santa Catarina e as
cidades onde são realizadas as festas de ou-
tubro.
2. Apresente o mapa do Brasil aos alunos e peça
para localizarem o estado de Santa Catarina.
Apresente então as cidades onde acontecem
as festas citadas no texto do professor.
3. Peça para os alunos, em grupos, localizarem
no mapa cada uma das cidades e imagina-
rem uma visita ao estado onde se realizam
festas. Para tal, eles devem traçar um roteiro
que passe por todas as cidades das festas,
percorrendo a menor distância possível. Para
isso eles tanto podem somar as distâncias en-
tre as cidades, caso esses dados estejam dis-
poníveis, como estimar usando a escala do
mapa.
4. Na apresentação dos trabalhos, verifique qual
grupo conseguiu realizar a tarefa com melhor
resultado, comparando as estratégias que usa-
ram para fazer o menor caminho.
5. Para finalizar, discutam a seguinte questão:
Quais as vantagens e desvantagens das festas
tradicionais tornarem-se um mercado de tra-
balho e renda. Solicite que escrevam um pe-
queno texto com as conclusões.
Descrição da atividade
Atividade P Passeando em Santa Catarina
10
Texto
Objetivos
Esquematizar um percurso sobre um mapa es-
colhendo o menor caminho.
Introdução
É possível encontrar em todos os estados do
Brasil um conjunto de festas que una tradição
cultural com atividade econômica e geração de
emprego e renda. Em que medida isso des-
caracteriza a cultura? É possível essa união acon-
tecer sem que o povo seja afastado de suas
tradições? Quantos alunos e alunas da EJA po-
dem participar dessas festas? Quem conhece
Santa Catarina?
Resultados esperados: Roteiro de uma via-
gem com a distância total percorrida em qui-
lômetros; texto contendo de quem conclusões a
respeito do tema discutido.
Dicas do Professor: Oktoberfest (Itapiranga) 23ª Okto-
berfest (Blumenau) 21ª Fenarreco (Brusque) 20ª Mareja-
da (Itajaí) 18ª Schützenfest (Jaraguá do Sul) 17ª Kegelfest
(Rio do Sul) 16ª Festa do Imigrante (Timbó) 16ª Ober-
landfest (Rio Negrinho) 16ª Tirolerfest (Treze Tílias) 9ª
Musikfest (São Bento do Sul) 8ª Fenaostra (Florianópo-
lis) 5ª Bananenfest (Corupá) 2ª Festa das Tradições –
(Joinville) – Mais detalhes podem ser encontrados em:
www.sol.sc.gov.br/santur
Tempo sugerido: 2 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
45
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46 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Matemática
Nível I e II
Peça aos alunos que façam os seguintes cálculos:
a) Determinem o volume médio de álcool con-
sumido por cada visitante que freqüentou as
21 edições da Oktoberfest, considerando que
o chope é uma bebida que contém cerca de
4,2% de álcool.
b) Calculem quantos centilitros (cl) equivalem a
290 337 litros, que foi o consumo de chope no
ano de 2000.
c) Encontre quantos metros cúbicos (m
3
) há em
266 811 litros, que foi o consumo de chope na
festa de 2005.
Descrição da atividade
Atividade P Festas populares e trabalho
Resultados esperados:
a) Perceber que festas populares podem divulgar
culturas.
b) Realizar operações matemáticas, tais como:
cálculo de volume, médias, regras de três,
transformações (volume/capacidades).
10
Texto
Objetivos
Divulgar a cultura por meio de festas popu-
lares.
Realizar operações matemáticas usando dados
da festa popular mencionada no texto.
Introdução
A Oktoberfest é uma festa que teve origem na
Alemanha há cerca de 200 anos. No Brasil, a
maior festa ocorre anualmente em Blumenau, no
estado de Santa Catarina e no mês de outubro.
São 18 dias de festa durante a qual a polka, a
cerveja e a gastronomia divertem pessoas do lo-
cal, da região e muitos turistas brasileiros e es-
trangeiros. Nesse evento, os blumenauenses têm
oportunidade de mostrar para todo o país a sua
riqueza cultural, a música, a dança e a gastrono-
mia típicas. Dessa forma, essa festa popular é di-
vertimento, folclore e tradição. Além disso, é a
segunda maior festa popular brasileira, depois
do carnaval. Nesse período, a economia catari-
nense gera empregos e desenvolve o turismo.
Pergunte aos alunos: A Oktoberfest é vinculada a
qual nacionalidade? Quais outras festas típicas
eles conhecem? Na sua região, ocorre esse tipo
de evento? Essas festas favorecem quais tipos de
economia? Você já trabalhou em alguma festa
popular? Que serviços realizou?
Contexto no mundo do trabalho: Festas folclóricas e
étnicas fazem parte do calendário brasileiro e numerosos
empregos são criados em eventos dessa natureza.
Dicas do Professor:
site
– www.guiadeblumenau.com.br;
acesso em 19 de set. 2006. Lembre das relações 1m
3
=
1000 l e 1 cl = 0,001 l.
Tempo sugerido: 3 horas
10CP09 TX10P3.qxd 18.01.07 19:21 Page 46
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 47
Área: Artes
Nível I e II
1. Dividir a classe em grupos de 3 ou 4 pessoas.
2. Os grupos escolherão um tema para a criação
do cordel, que tenha relação com algum fato
recente. O cordel é escrito em versos.
3. Após a criação, os grupos deverão produzir al-
guns exemplares do livrinho, em uma folha
A4, dobrada duas vezes.
4. Criar a capa do cordel e montar os livros. Su-
gerir que ilustrem com desenhos que lembrem
uma xilogravura (semelhante ao desenho que
consta do texto).
Descrição da atividade
5. Depois de prontos, os livros serão dependura-
dos num varal estendido na classe (daí a ori-
gem do nome desse tipo de literatura).
6. Os cordéis serão lidos e apreciados pela classe.
7. Discussão final tendo por foco a participação
no processo de criação de um cordel, a pro-
dução de um livro e a experiência de ver sua
obra sendo apreciada.
Atividade P Cordel
11
Texto
Objetivo
• Criação de cordel.
Introdução
A origem da literatura de cordel remonta à antigu-
idade e segundo consta teria chegado à Península
Ibérica por volta do século XVI. É através dos por-
tugueses que a literatura de cordel chegará ao
Brasil no século XVIII. Caracterizada como poesia
narrativa, de forte apelo popular pelo seu viés hu-
morístico, essa literatura durante muito tempo
ocupou o lugar dos noticiários de hoje. Por seu
baixo custo, encontrava facilidade de produção e
comercialização, sendo ainda hoje o único tipo de
literatura consumida em muitas regiões do
Nordeste, onde é extremamente popular. O cordel
tem uma impressão simples e uma capa em xilo-
gravura alusiva ao conteúdo. A xilogravura
(palavra de origem grega – xilo = madeira) é uma
técnica milenar de produção de gravuras em que
se esculpe numa chapa de madeira a matriz do que
se quer imprimir. Sobre ela, passa-se tinta com um
rolo, sobrepõe-se o papel, e se exerce pressão para
imprimir a imagem, como um carimbo às avessas.
Resultados esperados:
a) Realizar todas as etapas de construção de um
livro.
b) Experimentar a transformação de idéias em
poesia.
c) Ampliar seu repertório de possibilidades de pen-
sar a realidade criticamente.
Dicas do Professor: sites – www.ablc.com.br/
www.camarabrasileira.com/cordel01.htm
Materiais indicados:
P
papel sulfite branco,
papel colorido, tesoura,
grampeador, caneta
hidrográfica preta.
Tempo sugerido: 3 horas
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48 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Educação e Trabalho
Nível I e II
1. Faça uma pesquisa sobre a vida de Lampião e
conte aos alunos a sua história como homem
marcado pelas condições sociais do seu tem-
po.
2. Leia o cordel apresentado no texto e reflita
com seus alunos sobre essa forma de manifes-
tação cultural.
3. Problematize sobre cultura erudita e popular
e sua relação com a condição de classe.
4. Peça aos alunos para, em grupo, escrever e
representar aos colegas como eles imaginam a
vida no sertão.
5. Solicite aos grupos que pesquisem outros
cordéis, músicas e artesanatos nordestinos e
promova um encontro sobre cultura popular
nordestina na sala. O tema pode ser: Cultura e
trabalho popular do Nordeste.
Descrição da atividade
Atividade P Cultura popular ou erudita: ambas como expressão do trabalho humano
11
Texto
Objetivos
Refletir sobre as diferentes expressões culturais
produzidas pelo trabalho humano e marcadas
pela condição de classe.
Introdução
A literatura de cordel é uma das formas de ex-
pressão cultural do Nordeste do nosso país. Mui-
tas pessoas acham que cultura é apenas aquela
atrelada às formas de expressão clássicas. Não
compreendem que ópera e samba; balé e capoei-
ra; feijoada e cuisses de grenouilles etc. são dife-
rentes expressões culturais. Darcy Ribeiro dizia
que apesar de sempre perigoso, algumas vezes é
útil falar de cultura popular e erudita. “Gosto de
pensar que essas são as duas asas da cultura que,
sem vigor em ambas, não voam belamente. É pre-
ciso reconhecer que uma não é melhor nem pior,
superior ou inferior à outra; são apenas dife-
rentes.” No entanto, embora “separadas” por
questões de classe social, elas são produzidas pe-
lo trabalho humano, num exercício de manifestar
e expressar desejos e opções, leituras e sentimen-
tos, conhecimento e beleza, possíveis somente pe-
los seres humanos que dão significado e sentido
às ações. O cordel apresentado é cultura popular
e trata da exclusão e exploração social em nossa
sociedade; canta sobre valores cristãos arraigados
em nossa cultura sedimentada pela competitivi-
dade e individualismo. Além da literatura de
cordel, que outras manifestações culturais são
conhecidas e produzem o sustento da pessoa ou
até da região?
Resultados esperados: Reflexão sobre a re-
lação da cultura popular e erudita com a condição
de classe e ambas como expressões do trabalho
humano.
Tempo sugerido: 6 horas
11CP09 TX11P3.qxd 18.01.07 19:22 Page 48
Área: Português
Nível I e II
1. Atividades de Pré-Leitura: Verificar o que os
alunos conhecem sobre cordel (poesia narrati-
va, popular, impressa) e explorar o conheci-
mento prévio.
2. Atividades de Leitura:
a) Atribuir a cada aluno uma personagem
(narrador, S. Pedro, Padre Cícero, São Jor-
ge e seus guerreiros, Lampião etc.) e pedir
que façam uma leitura oralizada de A che-
gada de Lampião no céu.
b) Discutir a história lida: Que valores são de-
fendidos? O que é criticado? Por quê?
c) Observar a forma do cordel: versos de sete
sílabas poéticas (comuns nas cantigas po-
pulares), rimados. Informar que a literatu-
ra de cordel se molda em torno de alguns
temas constantes: Conselhos, Profecias,
Gracejo, Acontecidos, Carestia, Exemplos,
Fenômenos, Pelejas, Bravuras e Valentia,
Safadeza, Política, Propaganda. Pedir aos
alunos que procurem determinar em quais
dessas classificações estaria o cordel lido.
3. Atividades de Produção de Texto:
a) São abundantes os sites sobre cordel na In-
ternet. Sugerimos que o professor, se não
tiver possibilidades de trazer para a sala os
folhetos originais, valha-se desse recurso
para mostrar aos alunos vários autores, te-
mas e capas dessa poesia popular.
b) Depois que os alunos estiverem familiariza-
dos com a forma e a temática cordelina,
Descrição da atividade
proponha que se dividam em grupos e criem
um folheto de cordel sobre um tema que
esteja provocando debate no momento.
c) Se houver quem saiba fazer xilogravura,
proponha que os folhetos sejam ilustrados
utilizando essa técnica, como nos cordéis
tradicionais.
d) Organize com o grupo uma festa para apre-
sentação e leitura dos folhetos, com parti-
cipação da comunidade.
4. Exponha, num varal, os folhetos criados pelos
alunos e vários outros produzidos por corde-
listas famosos. Convide os visitantes a manu-
sear o material. Se houver na comunidade al-
gum repentista, seria interessante convidá-lo
para conversar com o grupo e apresentar sua
obra. Os alunos também podem, na mesma
ocasião, fazer a leitura dramatizada de seus
textos.
Atividade P Ler e criar literatura de cordel
11
Texto
Objetivo
Ler e ouvir textos dos repentistas; produzir fo-
lhetos de cordel.
Introdução
Seus alunos estão familiarizados com a literatura
de cordel? Conhecem algum repentista?
Resultados esperados: Ampliação da capaci-
dade de escrever textos em versos.
Dicas do Professor:
www.cordelon.hpg.ig.com.br/historia_cordel.htm
Tempo sugerido: 8 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
49
11CP09 TX11P3.qxd 18.01.07 19:22 Page 49
50 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Artes
Nível I e II
1. A classe deverá ser dividida em grupos.
2. Após a releitura do texto, cada grupo deverá
escolher temas que serão debatidos fora do
ambiente escolar: num ônibus, por exemplo.
3. Após escolha do tema (como: a cultura de
massa versus a cultura popular, ou a necessi-
dade de ampliação do sistema educacional
gratuito, ou o primeiro emprego).
4. Cada membro do grupo escolherá um perso-
nagem, uma posição a ser defendida ou ataca-
da sobre o tema (por exemplo, um operário
mais preocupado com o aumento salarial e
com o emprego dos filhos do que com a edu-
cação deles, uma mãe que queira escola em
tempo integral para poder trabalhar). O tema
e os personagens são escolhidos em sala de
aula.
5. Cada grupo deverá tomar um ônibus com um
trajeto de pelo menos 15 minutos. Um dos
atores iniciará a “discussão” do tema, outros
participarão como personagens e contarão
Descrição da atividade
com passageiros que acabarão participando
da encenação, opinando, argumentando, etc.
Importante frisar que este exercício não é uma
“pegadinha”. É um jogo teatral no qual atores
lançam um debate que poderá ser discutido
por todos.
6. Depois da experiência, os grupos deverão re-
latá-la aos demais grupos da classe.
Atividade P Teatro invisível
12
Texto
Objetivos
• Criar um teatro invisível.
Possibilitar a discussão entre alunos e pessoas
de fora da escola sobre um tema escolhido.
Introdução
Augusto Boal, o criador do Teatro do Oprimido,
nasceu no Rio de Janeiro, em 1931. Dramaturgo
formado nos Estados Unidos e conhecido interna-
cionalmente, foi um dos representantes mais sig-
nificativos do Teatro de Arena, em São Paulo, a
partir dos anos 60, com a estréia da peça
Revo-
lução na América do Sul
. Com Gianfrancesco Guar-
nieri deu início à linha nacionalista do Teatro de
Arena com a peça, de Guarnieri,
Eles não Usam
Black Tie
. Juntos criaram espetáculos utilizando
heróis históricos na luta pela liberdade, como
Arena conta Tiradentes e Arena conta Zumbi. Du-
rante o período militar, Boal viveu no exílio, es-
creveu Murro em ponta de faca e lançou seu
método de trabalho teatral do Teatro do Opri-
mido, mencionado pelo texto selecionado. Para
ele, o teatro é uma forma de auxiliar as trans-
formações sociais, é elemento de conscientiza-
ção das massas. O Teatro do Oprimido traz uma
série de exercícios simples para auxiliar no de-
senvolvimento da técnica teatral do ator. Entre
estas técnicas está o Teatro Invisível.
Resultados esperados:
a) Experimentar um dos exercícios criados por
Augusto Boal para teatro e desenvolvimento
do ator.
b) Ampliar a capacidade de argumentação e ex-
pressão de opinião.
c) Discutir e reconhecer a responsabilidade ética,
educacional e de informação dos veículos de
comunicação de massa.
Tempo sugerido: 1 hora para escolha dos personages
e 1 hora para sair e voltar de ônibus
12CP09 TX12P3.qxd 18.01.07 19:22 Page 50
Área: Educação e Trabalho
Nível II
1. Após a leitura individual do texto, sugira a di-
visão da turma em três grupos.
2. Cada grupo deverá escolher um eixo de mani-
festação artística (palavra, imagem ou som)
para que, a partir das cenas vivenciadas no
seu cotidiano de trabalho, os alunos possam
produzir outras formas de expressão desse co-
tidiano. (Veja os exemplos de cada eixo, apre-
sentados no texto).
3. Apresentação da criação de cada um dos
grupos.
4. O grupo que está assistindo, manifesta uma
cena, uma palavra, um som que acha que po-
de ser apresentado de forma diferente e pro-
põe a mudança, que deve ser incorporada em
uma nova criação. A idéia é ir problematizan-
do como o coletivo pode realizar mudanças
nessas cenas do cotidiano de trabalho.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
figuras, fotografias,
material de sucata para
criação de cenários.
Tempo sugerido: 3 horas
Atividade P Nós podemos mudar!
Resultados esperados: Entender que as ce-
nas do cotidiano dos trabalhadores podem ser
modificadas, recriadas por meio das várias ex-
pressões humanas.
12
Texto
Objetivos
Perceber as diferentes linguagens e formas de
expressão das idéias e da realidade dos traba-
lhadores, destacando a capacidade dos homens
e mulheres de, coletivamente, mudar o curso
da história.
Introdução
“No princípio era o grito. Nós gritamos. Quando
escrevemos ou lemos, é fácil esquecer que no
princípio não é o verbo, mas o grito. Diante da
mutilação de vidas humanas provocada pelo
capitalismo, um grito de tristeza, um grito de
horror, um grito de raiva, um grito de rejeição:
NÃO”. A proposta do Centro do Teatro do Opri-
mido – CTO – é fazer com que nós possamos des-
cobrir outras formas de manifestação do que so-
mos, do que sentimos, revelar nossas potencia-
lidades e, acima de tudo, conforme enfatiza o
texto, descobrir que por sermos capazes de
metaforizar o mundo, ou seja, de representá-lo,
somos capazes de recriá-lo. O trabalho, segundo
Marx, é o processo pelo qual o homem interage
com a natureza a fim de apropriar-se de seus re-
cursos, para a garantia de seu bem-estar físico e
espiritual. Nesse sentido, vamos criar outras lin-
guagens culturais para que possamos manifestar
a história sob a ótica dos jovens e adultos traba-
lhadores que são nossos alunos?
Dicas do Professor: livros:
Cultura e Democracia: o discur-
so competente e outras falas
, de Marilena Chauí (Cortez);
Mudar o mundo sem tomar o poder: O significado da revo-
lução hoje
, de John.Holloway ( Viramundo). Para saber
mais sobre o Teatro do Oprimido, coordenado por Augus-
to Boal, site http://www.ctorio.org.br/
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 51
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52 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Após a leitura do texto, apresentar a polêmi-
ca e propor um debate. Para isso, a turma
poderá ser dividida em dois grupos, um a fa-
vor e outro contra a realização dos rodeios,
apresentando justificativas.
2. A questão geradora poderá ser: algumas pes-
soas e associações protetoras de animais de-
fendem a não realização de rodeios em virtude
dos maltratos a que os animais são submeti-
dos. Esses maltratos existem? Qual sua opinião
a respeito?
3. Solicitar que, após o debate, cada aluno redi-
ja um texto expressando sua opinião sobre o
tema.
Descrição da atividade
Atividade P Rodeios e controvérsias
13
Texto
Objetivos
Discutir o lado controverso dos rodeios ofere-
cendo condições de reflexão aos alunos a partir
de diferentes pontos de vista.
Introdução
A relação da espécie humana com animais de
outras espécies sempre existiu. Nos dias atuais,
algumas relações têm gerado discussões do pon-
to de vista ético e moral quanto ao tratamento
que alguns animais recebem. Exemplos disso são
a utilização de animais em circos e rodeios.
Temas assim são oportunidades didáticas en-
riquecedoras, pois colocam os alunos ante situ-
ações que exigem seu posicionamento e reflexão.
Os rodeios vêm ganhando espaço como forma de
entretenimento e fonte de geração de rendas e
empregos temporários. Nos espetáculos de ro-
deio são utilizados animais. Contudo, se, por um
lado, essa atividade beneficia a economia local e
é fonte de diversão, por outro, desagrada pessoas
preocupadas com o bem-estar dos animais, reve-
lando assim seu lado polêmico. As entidades pro-
tetoras dos animais têm procurado sensibilizar a
população alertando para os maltratos dos ani-
mai. Um dos pontos polêmicos consiste nos ins-
trumentos que são utilizados nos rodeios para
que o animal pule com o peão em seu dorso: a)
sedém, uma espécie de cinta de couro que é
fortemente amarrada no corpo do animal, pas-
sando na região genital; b) esporas; e c) sinos. O
objetivo é machucar e irritar o animal. Outra
modalidade polêmica é a laçada de bezerro, na
qual um animal de 40 dias é perseguido pelo cav-
aleiro sendo laçado e derrubado, o que pode
machucá-lo gravemente.
Contexto no mundo do trabalho: As festas de peões de
boiadeiros ou os rodeios agregam várias pessoas para a sua
realização constituindo um pólo de atração de trabalho.
Resultados esperados:
a) Desenvolver uma percepção crítica sobre a re-
lação da espécie humana com outros animais.
b) Entender o lado polêmico (controverso) dessa
relação nos rodeios.
Dicas do Professor: música –
Odeio rodeio,
de Rita Lee e
Chico Cesar.
Materiais indicados:
P
outros textos, como
artigos de jornais,revistas
ou de
sites
que abordem
essa temática
evidenciando seu lado
polêmico.
Tempo sugerido: 4 horas
13CP09 TX13P3.qxd 18.01.07 19:23 Page 52
Área: Matemática
Nível I
1. Peça aos alunos para lerem o texto e, a partir
dele, responderem as seguintes perguntas:
a) Qual a população aproximada de Barretos?
b)Quanto, em reais, os visitantes gastaram na
viagem e quanto gastaram na cidade?
c) Quantos são os empregos na cidade sem a
festa do peão?
d)Quais são os sentidos que a festa do Peão
tem para a cidade de Barretos?
2. Faça as correções no quadro das questões a, b
e c, e medeie a discussão do item d com
questões, tais como: uma festa tem sentido
diferente para pessoas diferentes, dependendo
da posição que o sujeito ocupa nela: quem
consegue emprego temporário e quem não
consegue; quem ganha o prêmio e quem não
ganha; quem só assiste e quem limpa a cidade;
quem gosta de sossego e quem gosta de baru-
lho, etc.
Descrição da atividade
Atividade P Festa e porcentagem
13
Texto
Objetivos:
Resolver situações-problema buscando seus
dados no texto.
• Identificar diferentes sentidos para uma festa.
Introdução
A festa do Peão de Boiadeiro, na cidade de Bar-
retos, no estado de São Paulo, movimenta a eco-
nomia, gerando empregos e renda. Quem se be-
neficia disto?
Resultados esperados: Perceber que uma
festa como a de Barretos pode adquirir di-
ferentes sentidos. Responder adequadamente
às perguntas formuladas.
Dicas do Professor: Se na sua cidade também ocorre al-
guma festa como a de Barretos, faça uma pesquisa para
descobrir a economia que ela movimenta na cidade.
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
53
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54 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Matemática
Nível I e II
Solicite aos alunos que:
1. Calculem qual foi a quantia arrecadada nos
cinco dias de festa considerando que 387 mil
pessoas pernoitaram na região de Barretos e,
em média, cada pessoa gastou R$ 580,00.
2. Encontrem o número de pessoas que não per-
noitou na região de Barretos, em 2003, e es-
crevam a resposta em forma de porcentagem.
3. Retirem do texto todos os valores escritos em
forma de porcentagem, coloquem-nos em or-
dem crescente e escrevam o significado de ca-
da um deles. (é melhor papel quadriculado
para representar os números).
Descrição da atividade
Atividade P Festas populares e geração de empregos
Resultados esperados:
a) Calcular arrecadações que são conseguidas
com a realização da festa popular.
b) Fazer comparações com festas populares de
outras regiões.
c) Verificar que há modalidades diferentes de ex-
pressão cultural.
13
Texto
Objetivos
Verificar o sentido e o significado de eventos
festivos para uma comunidade e região, bem
como ressaltar a possibilidade de empregos
temporários em festas populares.
Introdução
A festa do Peão de Barretos, em 2003, recebeu
682 346 participantes. Muitas pessoas que não
residem em Barretos pernoitaram na região du-
rante 5 dias. Isso fez com que a economia de Bar-
retos e região fosse reforçada. Nessa festa, onde
um número significativo de pessoas comparece
para se divertir, há também homens e mulheres
que trabalham, uns para colaborar com a con-
tinuidade da tradição dos festejos, outros para
Contexto no mundo do trabalho: Festas populares,
além de possibilitar interação social, trazem diversões, la-
zer e emprego temporário a muitas pessoas.
reforçar sua renda. A festa gera 4600 empregos,
é uma oferta significativa para aquelas pessoas
que estão desempregadas. Seus alunos já partici-
param ou ouviram falar nessa festa? Localize no
mapa do Brasil onde se situa Barretos. Qual a
razão do título Nem tudo é brincadeira, nos dias
do evento? Em sua localidade, há festas popu-
lares? Se há, elas geram empregos? Que tipos de
serviços temporários são oferecidos? Converse
com os alunos a respeito.
Materiais indicados:
P
calculadora e papel
quadriculado.
Tempo sugerido: 4 horas
Dicas do Professor: filme –
Quanto vale ou é por quilo?
,
de Sérgio Bianchi.
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Área: Português
Nível I
1. Ler o texto com os alunos e perguntar se co-
nhecem a festa descrita no texto. Questionar:
por que nem tudo é só festa? Que tipos de em-
pregos são gerados num evento como o de
Barretos? Se você fosse o prefeito de Barretos,
que tipo de investimento faria na cidade para
melhor atender os visitantes da festa? E para a
população local?
2. Jogo do TCHAN, TCHEN, TCHIN, TCHON,
TCHUN.
a) Pedir a seis alunos que escolham uma pa-
lavra do texto e a escrevam no quadro.
b) A seguir, pedir a um aluno que leia uma das seis
palavras, de acordo com as instruções a seguir.
Instruções: A palavra será soletrada, mas não
serão ditas as vogais. No lugar delas, o aluno
deverá dizer TCHAN se a vogal for A; TCHEN se
a vogal for E e assim por diante. Exemplos:
palavra escolhida: “ocupações”, tarefa oral do
aluno: TCHON, C, TCHUN, P, TCHAN, Ç,
TCHON, TCHEN, S. Palavra escolhida: “chefe”,
tarefa do aluno: C, H, TCHEN, F, TCHEN.
3. A seguir, perguntar a outro aluno qual foi a
palavra lida. Se errar, será o próximo a sole-
trar uma nova palavra. Se acertar, escolherá
um aluno para soletrar e outro para adivinhar
a nova palavra. E assim por diante.
Descrição da atividade
4. Se quiser aumentar a dificuldade, pedir ao so-
letrador que escreva a forma como deverá di-
zer a palavra e, assim, ampliar a velocidade
do falar.
5. O jogo pode ser modificado para reconheci-
mento das consoantes. Basta escolher duas ou
três letras (R, S, N, por exemplo) e mudar a
forma de soletrar: TRAN, TSAN, TNAN).
Exemplo: palavra escolhida do texto: “partici-
pantes”, tarefa do aluno: P, A, TRAN, T, I, C, I,
P, A, TNAN, T, E, TSAN.
Atividade P Jogos de alfabetização: reconhecimento das vogais
Resultados esperados: Estimular, pela ati-
vidade lúdica, a observação sobre a grafia dos
vocábulos.
13
Texto
Objetivos
Reconhecer as vogais de uma palavra; desen-
volver a oralidade.
Introdução
É importante que os alunos reconheçam as vo-
gais em uma palavra. O jogo, a seguir, trabalha a
competência dos alunos no reconhecimento das
vogais, permitindo sua variação com as con-
soantes também.
Tempo sugerido: 1 hora
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
55
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56 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Peça aos alunos para trazerem rótulos de
óleos vegetais, margarinas, gordura vegetal e
azeite de oliva.
2. Os alunos devem construir uma tabela, con-
tendo as seguintes informações: nome do óleo,
origem (soja, algodão, etc.), conteúdo ener-
gético e composição.
3. Identifique com os alunos as principais seme-
lhanças entre os rótulos de diferentes produ-
tos e se há alguma diferença significativa en-
tre os óleos analisados.
5. Peça aos alunos para informarem qual foi a
utilização dos produtos associados a cada ró-
tulo, buscando identificar se eles diferem em
seu uso doméstico ou comercial.
Descrição da atividade
Atividade P Óleos e azeites
14
Texto
Objetivos
• Identificar as diferentes fontes de óleos utiliza-
dos em nossa cozinha.
• Reconhecer a importância e o valor nutricional
dos óleos vegetais.
Introdução
O texto traz receitas de pratos típicos de algumas
regiões do país, que envolvem o uso de ingre-
dientes, como o azeite de dendê. Dá-se o nome
de óleo vegetal à gordura que é líquida à tempe-
ratura ambiente. Ele provê ácidos graxos essen-
ciais pra a formação e manutenção das membra-
nas das células, para a produção de hormônios de
crescimento e sexuais, além de absorver vitami-
nas que se dissolvem apenas em gordura, como
A, D, E e K. Gorduras de origem vegetal possuem
uma estrutura que dificulta o seu empacotamen-
to, sendo por isso líquidas. Já as gorduras de
origem animal são intrinsecamente propensas ao
empacotamento, o que as tornam sólidas. Ele-
mentos químicas que dificultam o empacotamen-
to dos óleos e os tornam líquidos são muito im-
portantes para a nossa saúde, pois são
matéria-prima para a produção de substâncias
que dão sensação de bem-estar e auxiliam na ci-
catrização e cura de processos inflamatórios,
além de serem controlarem os níveis de coles-
terol, entre outros. As plantas que fornecem óleo
para a nossa alimentação são: coco; azeitona –
azeite-de-oliva; palma – azeite de dendê; colza –
óleo de canola; soja e girassol.
Contexto no mundo do trabalho: A indústria alimentí-
cia e a saúde.
Resultados esperados: Identificar as dife-
rentes fontes de óleos utilizados em nossa cozi-
nha. Reconhecer a importância e o valor nutri-
cional dos óleos vegetais.
Dicas do Professor: Óleos e gorduras podem sofrer de-
composição quando expostos à luz solar, ao ar e à ação
do calor. Recomenda-se que eles sejam armazenados ao
abrigo da luz e em local fresco, preferencialmente em em-
balagem opaca, a fim de reduzir o aparecimento de acidez
e sabor rançoso. Quando óleos são aquecidos a elevadas
temperaturas, como na fritura, transformações químicas
acontecem e dão origem a substâncias nocivas. Assim, re-
comenda-se que eles não sejam aquecidos a tempera-
turas acima de 180°C e substituídos ou renovados com
freqüência, antes que apareçam alterações como cor es-
cura e cheiro desagradável.
Materiais indicados:
P
embalagens de óleos
vegetais, margarinas,
gordura vegetal e azeite.
Tempo sugerido: 1 hora
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Área: Educação e Trabalho
Nível I e II
1. Peça a cada aluno para escrever uma receita.
Àqueles que não souberem, peça que des-
crevam como fritar um ovo.
2. Junto com eles, leia as receitas do texto e
questione-os sobre: a) o material utilizado; b)
o processo de trabalho; c) o conhecimento
necessário; d) o produto e sua finalidade. (O
objetivo é que eles possam observar a ação
dos seres humanos transformando a natureza
por meio do trabalho, a fim de responder a
uma necessidade específica: comer).
3. Peça que identifiquem em suas receitas ele-
mentos da natureza e do processo de traba-
lho.
4. Apresente a eles receitas de outros países cuja
culinária seja bastante diferente.
5. Problematize sobre as diferentes formas so-
ciais e culturais de responder à necessidade de
comer.
Descrição da atividade
6. Solicite a elaboração de um painel de foto-
grafias com o tema: “Comida: fruto do trabalho
e expressão das relações sociais e culturais”.
Materiais indicados:
P
revistas e jornais;
cartolinas e papéis
coloridos.
Tempo sugerido: 6 horas
(dois encontros)
Atividade P A fome é natureza. Comida é cultura e trabalho
Resultados esperados: Reflexão sobre a for-
ma como os seres humanos, por meio do traba-
lho, respondem às necessidades impostas pela
natureza, produzindo-se social e culturalmente.
14
Texto
Objetivos
Perceber que os seres humanos respondem às
necessidades impostas pela natureza por meio
do trabalho, produzindo-se social e cultural-
mente.
Introdução
A partir das receitas apresentadas e de tantas
outras que seus alunos e alunas devem conhecer,
podemos iniciar uma discussão sobre nossa
condição humana. Como seres humanos, somos
marcados pela natureza: não escolhemos sentir
ou não necessidade de comer ou beber. No en-
tanto, a forma como respondemos a essas neces-
sidades é que define a nossa condição, não ape-
nas como seres da natureza, mas sujeitos sociais
que produzem historicamente formas diferen-
ciadas de responder às necessidades. Essas neces-
sidades são respondidas por meio do trabalho,
por meio do qual, ao mesmo tempo, os seres hu-
manos transformam a natureza e a si próprios.
Por isso, não é suficiente falar em natureza hu-
mana, pois produzimos a própria vida nas re-
lações recheadas de história e de cultura. Organi-
zamos e atribuímos nomes, sentidos, gostos,
cheiros e tantas outras sensações às nossas expe-
riências. Assim, a comida feita a partir das re-
ceitas apresentadas contém natureza, trabalho e
cultura como ingredientes.
Dicas do Professor: livros –
Convite à filosofia
, de Ma-
rilena Chauí;
Filosofando: Introdução à filosofia
, de Maria
Lucia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins.
filme –
Ilha das Flores
, de Jorge Furtado; música –
Comida
,
dos Titãs.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 57
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58 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Geografia
Nível I e II
1. Dividir a turma em grupos. Cada grupo ficará
encarregado de estudar uma região do Brasil
por meio de uma receita de comida. Grupo 1:
maniçoba (região Norte); Grupo 2: acarajé
(região Nordeste); Grupo 3: pamonhada
(região Centro-Oeste); Grupo 4: virado à pau-
lista (região Sudeste); Grupo 5: siri no bafo
(região Sul).
2. Levar para a sala de aula, um mapa do Brasil,
dividido em regiões e livros didáticos de
Geografia. Localizar as regiões e os estados
no mapa.
3. Cada grupo deverá escolher um texto, ler e in-
terpretar a receita; procurar o significado das
palavras desconhecidas. Destacar: os produtos
de origem vegetal, agrícolas, usados na recei-
ta; os de origem animal; os produtos in natura
e os industrializados. Procurar saber se os in-
gredientes são típicos da própria região ou se
vêm de outras.
4. Em seguida, buscar conhecer quais são as prin-
cipais produções econômicas da região: dados
sobre economia, população, indicadores so-
Descrição da atividade
ciais; origem das comidas analisadas, cos-
tumes e tradições da região.
5. Montar um painel com imagens, frases, dese-
nhos e apresentar a região e a comida típica.
6. Apresentar oralmente para a turma e afixar o
painel na parede. Se for possível, apreciar um
dos pratos em sala de aula.
Atividade P As regiões do Brasil
14
Texto
Objetivos
Caracterizar os aspectos sociogeográficos e cul-
turais das regiões brasileiras.
Reconhecer e respeitar a diversidade cultural
do nosso país.
Introdução
O estudo da Geografia, durante muito tempo,
privilegiou os aspectos naturais e humanos, des-
colados da compreensão sócio-histórica e cultur-
al. Assim, o “decoreba” de fatos e dados era a
principal metodologia de ensino empregada. As
mudanças operadas na pesquisa acadêmica e no
ensino de Geografia, no século XX, possibilitam,
hoje, a partir de qualquer tema e material, ana-
lisar diferentes dimensões do espaço geográfico,
reconhecer e caracterizar a paisagem, a popu-
lação, seus costumes e suas relações, sem deter-
minismos e ortodoxias. Assim, as receitas de co-
midas típicas de cada região proporcionam o
desenvolvimento de forma crítica e criativa, de
situações de ensino e aprendizagem em dife-
rentes áreas do conhecimento. Também permitem
desenvolver atitudes de respeito, e valorização
das diversas manifestações da nossa cultura.
Resultados esperados:
a) Através do estudo de hábitos alimentares, ca-
racterizar os aspectos sociogeográficos e cul-
turais das regiões brasileiras.
b) Reconhecer e respeitar a diversidade cultural
do nosso país. Produção de um painel coletivo.
Dicas do Professor: No
site
do MEC há uma listagem
dos livros recomendados: www.mec.gov.br. No
site
do
IBGE encontram-se dados atualizados das regiões:
www.ibge.gov.br.
Materiais indicados:
P
mapa do Brasil em
regiões, livros didáticos,
papel, cola, revistas,
fotografias, imagens.
Tempo sugerido: 2 horas
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Área: Geografia
Nível I e II
14
Texto
1. Ler as receitas de diferentes lugares do Brasil.
Debater quem conhece uma ou outra, seus in-
gredientes e modos de fazer.
2. Questionar os alunos a respeito das comidas
de que mais gostam, das que não comem mais
e sentem saudade, das que marcam suas me-
mórias por algum motivo.
3. Fazer uma lista dessas comidas, identificando
sua procedência, de que região brasileira são
características e por que fazem parte de suas
memórias. Propor uma pesquisa das receitas
dessas comidas.
4. Pesquisar receitas típicas de outras regiões
brasileiras que não foram contempladas nas
“memórias” dos alunos.
5. Discutir as receitas, os ingredientes e suas ori-
gens, os modos de fazer.
6. Propor a organização de um livrinho, no qual
cada região brasileira esteja representada por
pelo menos uma receita.
7. Essas receitas podem ser acompanhadas das
Descrição da atividade
memórias de vida dos alunos, da indicação do
que delas se recordam, do relato dessa lem-
brança ou de uma pequena história do prato
ou de um de seus ingredientes.
Atividade P Identidade alimentar
Objetivos
O objetivo é refletir como a alimentação esta-
belece vínculos de identidade regional.
Introdução
Quem não tem na memória um alimento e sua
relação com o lugar, a casa, a ocasião, a família,
a região e mesmo o país? Os cariocas comem fei-
jão-preto e os paulistas feijão-carioca. Os gaú-
chos aconchegam-se com o chimarrão, enquanto
os nordestinos saboreiam seus sorvetes de fruta
(graviola, mangaba, umbu, cajá...). As comidas
são culturais e refletem elementos repletos de
histórias de muito tempo. Enquanto a tapioca
conta das tradições indígenas dos beijus, a pre-
dominância do pão francês, feito de trigo, ex-
pressa hábitos herdados dos europeus desde a
dominação colonial. Estudar comida e trocar re-
ceitas pode assumir uma dimensão de estudos
culturais e geográficos.
Resultados esperados: Refletir sobre como a
alimentação estabelece vínculos de identidade
regional.
Dicas do Professor: livro –
História da alimentação no
Brasil
, de Luís da Câmara Cascudo (Itatiaia/EDUSP).
Tempo sugerido: 4 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
59
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60 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Língua estrangeira – Inglês
Nível II
14
Texto
1. Comece pedindo aos alunos que montem um
cardápio típico de um brasileiro (café-da-ma-
nhã, almoço e jantar). Fale dos tipos de comida
que os brasileiros de um modo geral con-
somem. Apresente o estilo norte-americano de
se alimentar. Café-da-manhã: panquecas (do-
ces, massa diferente da panqueca no Brasil),
ovos mexidos com pedaços de bacon, torradas,
cereais com leite e achocolatados. É considera-
da a refeição mais importante do dia. Almoço:
um sanduíche. Restaurantes fast-food e bancas
de cachorro quente costumam fazer muito
sucesso, principalmente em cidades grandes.
Jantar: janta-se fora ou compra-se comida
pronta. Não é comum cozinhar, a não ser em
épocas de corte de gastos e, mesmo assim, a
tendência é a compra de congelados para mi-
croondas. Comidas típicas americanas incluem:
Cole-slaw – salada de repolho com um molho es-
pecial à base de mostarda; Caesar Salad – salada
de alface americana e alface romana com mol-
ho à base de maionese, com queijo parmesão
ralado e croutons (cubinhos torrados de pão);
Macaroni with cheese – macarrão tipo noodles
(pequenas trouxinhas) com queijo derretido;
Fried chicken – pedaços de frango empanados;
Peanut Butter – pasta de amendoim; Apple Pie
torta de maçã com canela (deve ser servida
quente); Brownies – bolo de chocolate rechea-
do com calda de chocolate e nozes;
Cookies
biscoitos de nozes e gordura vegetal com gotas
Descrição da atividade
de chocolate. Receita: Panquecas americanas:
500 ml de farinha de trigo (use um medidor de
líquidos para medir), 250 ml de leite, 70 ml de
açúcar, 2 ovos, 1/2 colher de sopa de sal, 3 col-
heres de sopa de fermento instantâneo, óleo de
soja para fritar. Misture todos os ingredientes.
Misture bem, mas sem bater. Coloque óleo nu-
ma frigideira (o suficiente para “molhar” o
fundo). Coloque um pouco da massa na
frigideira, formando um círculo. Quando as
bordas começarem a dourar e houver bolhas
na superfície da massa, pode virar a panqueca.
Doure o outro lado e passe para um prato. No
prato, coloque um pouco de manteiga, canela
e mel, ou geléia. Está pronta para servir.
2. Solicite aos alunos que pesquisem outras re-
ceitas dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Atividade P
Typical food
Objetivos
Familiarizar os alunos com alguns pratos típicos
e hábitos alimentares dos norte-americanos.
Introdução
O texto traz receitas de pratos típicos da cultura
brasileira. Trata-se de uma boa oportunidade
para discutir com os alunos as diferenças cultu-
rais expressas na culinária de cada país.
Resultado esperado: Aumentar a consciência
dos alunos sobre as diferenças culturais que se
refletem na alimentação.
Dicas do Professor: Se possível, combine com os alunos
para fazer as panquecas e comê-las em grupo.
Tempo sugerido: 60 a 70 minutos
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Área: Matemática
Nível I
Proponha aos alunos as seguintes questões:
1. Calculem quantos siris são necessários para
servir uma dúzia e meia de pessoas, sendo que
1/3 consome 3 porções e as demais conso-
mem 2 porções. Como referência, usem a re-
ceita indicada no texto.
2. Encontrem a metade dos ingredientes da pa-
monhada, exceto o sal.
3. Determinem o aumento da quantidade de in-
gredientes de virado à paulista, para 3 dúzias
de porções.
4. Divida a turma em 5 ou 10 grupos. Solicite que
cada grupo trabalhe com a receita de uma região
e elabore uma tabela conforme o modelo:
Receita: Acarajé
5. Solicite que troquem as tabelas e corrijam en-
tre si.
6. Conferir os resultados, aproveitando para re-
visar conceitos e operações com frações.
Descrição da atividade
Atividade P Cultura e alimentação
14
Texto
Objetivos
Abordar aspectos culturais relacionados a re-
ceitas típicas.
Realizar cálculos que envolvam conceitos ma-
temáticos em uma receita.
Introdução
Além da necessidade biológica, comum a todos os
seres humanos, a alimentação mostra a variedade
cultural dos povos. Muito da alimentação de
diferentes povos tem a ver com valores simbólicos
que são produzidos por suas culturas em determi-
nados tempos e espaços. O aspecto nutricional,
muitas vezes, não é o fator preponderante da es-
colha alimentar, por exemplo, o leite de vaca,
Contexto no mundo do trabalho: A necessidade de ali-
mentação e de abrigo está na origem do trabalho humano
e, portanto, de toda a construção cultural e social. Saber
interpretar e calcular receitas conforme a necessidade é
habilidade cultural importante.
Resultados esperados:
a) Identificar aspectos culturais relacionados à ali-
mentação humana.
b) Efetuar operações matemáticas que envolvam:
dúzia, meia dúzia, multiplicação, divisão, fração
e regra de três.
Dicas do Professor: filme –
O tempero da vida
, de Tasso
Boulmetis.
Tempo sugerido: 2 horas
considerado um alimento com alto teor nutritivo,
em alguns povos, é desprezado. Outro aspecto a
destacar é que há um padrão de cultura no servir
a comida, e no uso dos utensílios, na forma de
preparar uma refeição e uma receita, por pessoas
de diferentes nacionalidades. A religiosidade é
outro aspecto cultural que influencia os hábitos
alimentares.
INGREDIENTE
feijão
cebola
alho
óleo
sal
QUANTIDADE
ORIGINAL
1/2 quilo
1 unidade
3 dentes
suficiente
para fritar
a gosto
MEIA RECEITA
250 g
1/2 unidade
1/2 dentes
suficiente
para fritar
a gosto
RECEITA
DOBRADA
1 quilo
2 unidade
6 dentes
suficiente
para fritar
a gosto
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 61
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62 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Matemática
Nível I
Divida a turma em cinco grupos. Cada grupo re-
presentará uma das regiões cuja receita compõe
o texto. O grupo deve:
a) Localizar a região correspondente no mapa.
b) Calcular a quantidade de ingredientes que seria
suficiente para preparar a receita selecionada
para toda a turma. Destaque e oriente o uso
dos conceitos de razão e proporção (através
da regra de três), para calcular as quantidades
de ingredientes necessários para elaborar a re-
ceita para todos os alunos. Poderá ser elabora-
da uma tabela com a seguinte estrutura:
Descrição da atividade
c) Calcular o custo total da receita para a turma.
(Se algum ingrediente não existir na região ou
não for conhecido pelo grupo, os alunos po-
dem fazer uma estimativa do seu preço no lo-
cal de origem).
Atividade P Receita na medida certa
Resultados esperados: Adaptar receitas às
quantidades proporcionais ao número de alunos
da turma.
14
Texto
Objetivos
• Aplicar o conceito de razão e proporção na ela-
boração de uma receita.
Introdução
A culinária brasileira, fruto do trabalho e da cul-
tura de diferentes povos, é variada e rica. Pre-
parar um alimento seguindo uma receita exige
alguns saberes: razão e proporção, medidas de
massa e líquidos, além, é claro, das ervas e tem-
peros. São saberes que permeiam um trabalho
corriqueiro que as cozinheiras aplicam, na maio-
ria das vezes, sem saber que sabem.
INGREDIENTE
feijão
cebola
alho
óleo
sal
QUANTIDADE
ORIGINAL
1/2 quilo
1 unidade
3 dentes
suficiente
para fritar
a gosto
NOVA
QUANTIDADE
suficiente
para fritar
a gosto
Total
CUSTO
Tempo sugerido: 2 horas
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Área: Português
Nível I e II
1. Ler as receitas com os alunos. Verificar quais
conhecem e quais desconhecem. Quem já sa-
boreou as receitas pode comentar o que achou.
Se alguém souber fazer uma delas, pode-se soli-
citar à classe os ingredientes e, num dia espe-
cial, prová-la, num jantar coletivo.
2. Mostrar que as receitas são textos instru-
cionais, que precisam ser cuidadosamente or-
denados, para evitar erros na execução da
tarefa.
3. Ler com os alunos, na íntegra, o texto Feijoa-
da à minha moda, de Vinícius de Moraes (facil-
mente encontrado na Internet). Estes são al-
guns fragmentos: Feijoada à Minha Moda
(Melhor do que nunca!) este poeta/ Segundo
manda a boa ética/ Envia-lhe a receita (poéti-
ca)/ De sua feijoada completa. Em atenção ao
adiantado/ Da hora em que abrimos o olho/
O feijão deve, já catado/ Nos esperar, feliz, de
molho/ E a cozinheira, por respeito/ À nossa
mestria na arte/ Já deve ter tacado peito E
preparado e posto à parte/ Os elementos com-
ponentes/ De um saboroso refogado/ Tais: ce-
bolas, tomates, dentes/ De alho — e o que
mais for azado.
4. Ler, também, a receita de Vatapá, criada por
Dorival Caymmy: “Quem quiser vatapá, que
procure fazer. Primeiro o fubá, depois o dendê,
procure uma nega baiana. Que saiba mexer”
(também facilmente encontrável na Internet).
Descrição da atividade
5. Pedir aos alunos que, como fizeram Vinícius e
Caymmi, criem uma “receita poética” a partir
das receitas lidas ou outras, à vontade.
6. Num segundo momento, pedir que criem re-
ceitas para formar “um bom cidadão”, “um ex-
celente presidente de empresa”, etc.
Atividade P Receita poética
Resultados esperados: Ampliação da capaci-
dade de escrever textos em diversos registros e
gêneros.
14
Texto
Objetivos
• Transformar texto instrucional em poema.
Introdução
Você sabe a receita para formar um péssimo
cidadão? Quantas xícaras de desrespeito são
necessárias? Quantos gramas de preconceito?
Quantas colheres de má educação?
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
63
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64 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Artes
Nível I e II
1. Formar grupos de 4 pessoas.
2. Ler e analisar o texto tentando responder às
perguntas feitas pelo autor.
3. De acordo com as características de seu
teatro, o grupo deverá dar vida ao texto, es-
colhendo pelo menos dois elementos para
criar uma cena de teatro épico.
4. Apresentar a cena.
5. Discutir o exercício, levando em consideração
o impacto causado no público.
Descrição da atividade
Atividade P Cena épica
15
Texto
Objetivos
• Criar uma cena de teatro épico.
Introdução
Bertolt Brecht, um dos maiores autores do século
XX, não é conhecido apenas pelos textos que es-
creveu, mas por ter criado um outro jeito de inter-
pretar e de se comunicar com o público. O início do
século XX é marcado por grandes avanços na cena
teatral. Antes de Brecht e de Stanislavski, o teatro
levava em consideração muito mais as interpre-
tações isoladas do que o espetáculo como um todo
e as relações entre as personagens ou entre essas e
o público. Stanislavski propôs um trabalho de ator
voltado à pesquisa de objetivos e motivações pes-
soais da personagem ao dizer ou fazer qualquer
coisa em cena. Volta os olhos do ator para a cena e
para tudo o que acontece dentro dela. Ele quer um
ator envolvido com a sua ação, com as outras per-
sonagens e não ávido para expor suas habilidades
artísticas para o público de maneira independente.
O espetáculo para ele deve se assemelhar à reali-
dade de tal forma que o público “acredite” naquilo
que vê na cena. Brecht, por sua vez, estará preocu-
pado com a perspectiva histórica e social e não
com os aspectos individuais. O indivíduo será ape-
nas uma peça de uma engrenagem maior. Ele quer
um ator crítico, capaz de trazer em sua interpre-
tação também o seu posicionamento quanto à per-
sonagem e ao autor. Ele não quer um público en-
volvido na ilusão do teatro. Suas encenações
buscam despertar o espírito crítico e o posiciona-
mento político do público. Para isso, ele buscará
criar na estrutura dos textos, na encenação e na in-
terpretação mecanismos que quebrem a ilusão,
provocando estranhamento, através da utilização
de: narrativa (daí ser o seu teatro épico), músicas
como parte constitutiva do próprio texto (como
uma ópera), maquiagem branca, gestos que carac-
terizam estratos ou ações sociais em vez de carac-
terísticas individuais, direcionamento de trechos
diretamente ao público, coro e fábulas. Seus textos
tratam basicamente da exploração do homem pelo
homem.
Dicas do Professor:
sites
cliquemusic.uol.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DIS-
CO&Nu_Disco=976
www.culturabrasil.pro.br/brecht.htm
pessoal.onda.com.br/charlesb/citacao/Bertold_Brecht.htm
www.apropucsp.org.br/revista/rcc01_r09.htm
educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2006/09/07/000.htm
Tempo sugerido: 2 horas
Resultados esperados:
a) Perceber que, além de arte e lazer, o teatro
também possui uma função social.
b) Considerar a possibilidade de o teatro tam-
bém provocar transformações sociais.
c) Perceber diferenças entre vários tipos de teatro.
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Área: Educação e Trabalho
Nível I e II
1. Em grupos, proponha que os alunos façam a
leitura do texto, identificando palavras ou
frases que desconheçam. Com ajuda de di-
cionários e por meio de um debate, estimule-
os a construir seus significados.
2. Para uma melhor compreensão do texto, pro-
ponha uma leitura em voz alta e, em seguida,
solicite que façam o exercício de identificar
quem, de fato, construiu as grandes realiza-
ções citadas no texto:
a) Quem construiu a Tebas de sete portas, a
Babilônia várias vezes destruída, a Muralha
da China, etc.?
b) Essas realizações foram obras individuais
ou coletivas?
3. Em seguida, abra o debate perguntando o que
os alunos compreendem por produção cultu-
ral? Solicite que cada aluno use a imaginação
Descrição da atividade
e lembre-se de algo que tenha feito individual
e/ou coletivamente e que identifique como
um trabalho de produção cultural.
4. Peça que anotem em seu caderno e, em segui-
da, leiam em voz alta para os demais.
Atividade P Trabalho e produção cultural
15
Texto
Objetivos
Problematizar o conceito de cultura articulan-
do-o às diferentes concepções de mundo e às
formas pelas quais os seres humanos, por meio
do trabalho, estabelecem relações com a na-
tureza e com outros seres humanos.
Introdução
Os meios de comunicação tentam cristalizar a
idéia de que a cultura é apenas a indústria do
entretenimento, desassociando o papel do tra-
balho humano como forma de expressão cultu-
ral. Assim, de um lado, temos a indústria cultur-
al voltada para o mercado capitalista, e de
outro, a cultura que manifesta as formas como
um grupo transforma a natureza para produzir
seus meios de subsistência, a forma como se dá
a sua organização social e produção artística,
bem como as linguagens que utiliza para sim-
bolizar e se comunicar. Como nos diz Gramsci,
“criar uma nova cultura não significa fazer indi-
vidualmente descobertas ‘originais’; significa
também, e sobretudo, difundir criticamente ver-
dades já descobertas, socializá-las por assim diz-
er; transformá-las, portanto, em base de ações
vitais, em elemento de coordenação e de ordem
intelectual e moral”. O texto de Bertold Brecht
também suscita a necessidade de construir uma
história em que os trabalhadores, com seu modo
de vida, sejam produtores da cultura e, ao mes-
mo tempo, processo e produto de relações políti-
cas, econômicas e sociais.
Resultados esperados: Perceber-se como pro-
dutor de cultura.
Dicas do Professor: livro –
Política educacional e indústria
cultural
, de Bárbara Freitag (Cortez). Sobre a série
Escola e
produção cultural
, do programa Salto para o Futuro, da TV
Escola, veja
www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2001/epc/epc0.htm
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
65
15CP09 TX15P3.qxd 18.01.07 19:25 Page 65
66 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Geografia
Nível I e II
1. Realizar a leitura coletiva do poema.
2. Destacar os casos em que a glória recai sobre
os líderes, e os liderados não são lembrados
no texto:
a. Tebas – pedreiros
b. Babilônia – pedreiros
c. Muralha da China – pedreiros
d. Roma – pedreiros
e. Bizâncio – pedreiros
f. Atlântida – escravos
g. Derrota da Índia – soldados
h. Derrota dos Gauleses – soldados / cozi-
nheiro
i. Guerra dos Sete Anos – soldados.
3. Questionar os alunos sobre a existência real
dos trabalhadores nos casos acima.
4. Solicitar aos alunos que procurem resgatar ou-
tros casos nas mesmas condições, mais especifi-
camente, aqui no Brasil.
5. Questionar ainda sobre quem são os verda-
deiros produtores das riquezas: são os reis,
Descrição da atividade
rainhas, generais, chefes, presidentes, entre
outros, ou são os trabalhadores produzindo
coletivamente.
6. Anotar a síntese das conclusões em cartazes
que serão expostos na sala de aula.
Atividade P A riqueza produzida por todos
15
Texto
Objetivos
Possibilitar a reflexão sobre quem são os pro-
dutores que geram as riquezas no mundo.
Analisar o contar da história sempre sob a ótica
dos líderes e comandantes.
Introdução
Normalmente, conta-se a história das glórias, dos
chefes, reis, imperadores, generais e presidentes.
Parece que os trabalhadores, escravos, serviçais
não existem e nem participaram dela. A ativi-
dade procura resgatar o valor daqueles “anôni-
mos” que estiveram no front da guerra, nas cons-
truções, no abastecimento de alimentos, nos
serviços de saúde e muitos outros que deram su-
porte para que a história realmente acontecesse.
Estes trabalhadores silenciosos são os que efeti-
vamente operaram os feitos históricos, que pro-
duziram as bases, os bens necessários ao desen-
volvimento, que deram seu suor e, muitas vezes,
sua vida, para que o motor da história fun-
cionasse.
Resultados esperados: Levar o aluno à re-
flexão sobre a origem dos bens produzidos e
necessários ao desenvolvimento social. Com-
preender que a história é o produto da ação de
um sem-número de agentes, normalmente igno-
rados e tornados invisíveis diante da glorificação
de seus líderes.
Dicas do Professor: Uma nova linha de pesquisa identi-
fica as pessoas invisíveis na sociedade, ou seja, aquelas
que passam despercebidas pela função que exercem, nor-
malmente, de baixa qualificação e renda, em trabalhos
desvalorizados socialmente. O site da Radiobrás aborda o
assunto em www.radiobras.gov.br/especiais/pessoasinvi-
siveis/pessoasinvisiveis_capa.htm.
Tempo sugerido: 3 horas
15CP09 TX15P3.qxd 18.01.07 19:25 Page 66
Área: História
Nível I
1. Ler o poema com o grupo de alunos. Reler em
voz alta. Situar os fatos e os personagens cita-
dos no texto. Discutir o texto, focalizando as
questões: quem faz a História? Apenas os
grandes homens? E os trabalhadores?
2. A partir da discussão anterior, encaminhar a
seguinte proposição: Se todos nós fazemos
história, por que nossa história não é registra-
da? Quem é você? Qual o seu nome? Qual é a
sua história? Quem somos nós? Para escrever
a História utilizamos diferentes registros?
Quais? (Textos, imagens, mapas, cartas, fo-
tografias etc.).
3. Motive os alunos a reunirem os registros de
sua história de vida, suas lembranças, ima-
gens, fotos, objetos e documentos pessoais co-
mo certidão de nascimento e documento de
identidade (RG).
4. História de vida. Após reunir os documentos,
motivar os alunos a escreverem sua autobio-
grafia. Ressalte a importância de registrar o
Descrição da atividade
nome, a data e o local de nascimento, sua
descendência, o jeito de ser e viver de cada um,
as mudanças e as permanências, os aconteci-
mentos que mais marcaram sua vida. Após a
produção escrita, aqueles que quiserem, po-
derão ler e divulgar seus textos, podendo fixá-
los na sala em um varal com o título: Tantas
Histórias!
Materiais indicados:
P
materiais diversos
trazidos pelos alunos.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Quem são os sujeitos da História?
Resultados esperados: Refletir sobre o que é
História, quem a faz e se reconhecer como su-
jeito dessa História. Produção de textos a partir
da história de vida de cada um.
15
Texto
Objetivos
• Discutir o que é História, quem faz a História e
a importância da História para a nossa vida.
Introdução
Todos nós fazemos história, mas nem todos pen-
sam assim, nem todos se consideram sujeitos da
História. Quantas vezes ouvimos dos nossos alunos
que nós não fazemos História e, sim, personagens
como Princesa Isabel, D. Pedro, etc. Esta noção de
História que privilegia datas, fatos e heróis foi am-
plamente difundida entre nós, e marca nossas
concepções. O poema de Bertold Brecht nos instiga
a questionar quem são os sujeitos, o que é história,
como ela é escrita, por quem ela é produzida? As-
sim, o texto constitui excelente material para, a
partir dele, estimular o auto-conhecimento, a ex-
pressão oral e escrita da história individual e cole-
tiva, a compreensão da história como uma cons-
trução e não uma verdade absoluta. A História,
como sabemos, estuda aquilo que os homens, mu-
lheres e crianças fazem durante sua vida, nos dife-
rentes lugares e tempos. Por meio de diversos re-
gistros é possível escrever a nossa própria história,
do nosso grupo, do Brasil e do mundo. A História
nos ajuda a compreender quem somos, o nosso
mundo, para que possamos viver melhor e trans-
formá-lo!
Dicas do Professor: canções –
Futuros Amantes
, de Chico
Buarque e
O quereres
, de Caetano Veloso. Consultar ou-
tras atividades na Revista de História da Biblioteca Na-
cional, site: www.revistadehistoria.com.br.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 67
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68 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Língua estrangeira – Inglês
Nível II
1. Escreva no quadro as seguintes frases: “Isso é
mamão com açúcar”/ “Dar com os burros
n’água”/ “Ele é pé frio”/ “Ela é burra como
uma porta”.
2. Peça aos alunos para explicarem o significado
dessas expressões. Diga a eles que todas as lín-
guas possuem expressões idiomáticas que não
podem ser entendidas literalmente. Isso sig-
nifica que, quando falamos outra língua, não
podemos fazer uma tradução “ao pé da letra”,
porque ela não fará o menor sentido para a
pessoa de outra cultura. Por exemplo: “mamão
com açúcar” significa “muito fácil”. Essa ex-
pressão em inglês é “piece of cake”, que em
português literal seria “pedaço de bolo”.
3. Veja a seguir algumas expressões em inglês:
24/7 (twenty four seven) – 24 horas por dia.
Air-
head
– cabeça de vento. Big mouth – linguaru-
do. Couch potato – pessoa preguiçosa que não
se exercita, só vê TV. Nerd – pessoa muito estu-
diosa, normalmente sem muitos amigos.
Surf
the web
– acessar a Internet. Go bananas – en-
louquecer. Chick – garota bonita, gata. Butter-
flies in the stomach – ansioso(a), nervoso(a).
Egghead – pessoa intelectual, inteligente, que
pensa bastante. Apple polisher – puxa-saco.
Junk food – comida sem valor nutricional (do-
Descrição da atividade
ces, frituras, etc.). Fall in love – apaixonar-se.
To rain cats and dogs – chover muito. To learn by
heart – decorar, memorizar. Hard up – duro,
sem dinheiro.
Sweet tooth – pessoa que gosta
muito de doces.
4. Separe as expressões de seus significados e
peça aos alunos que formem duplas. Cada du-
pla deve receber um
kit com todas as expres-
sões e todos os significados.
5. As duplas deverão discutir e formar os pares
corretos.
6. Depois que todos terminarem, confira as res-
postas corretas e peça aos alunos que copiem
a lista (ou distribua cópias do vocabulário
para cada um).
Atividade P Chat
16
Texto
Objetivos
• Ensinar algumas gírias e expressões em inglês.
Introdução
O texto fala da febre por dicionários e seu nível
de especificidade, principalmente no tocante às
figuras de expressão, gírias, etc. Disso resulta a
necessidade de apresentar algumas expressões
idiomáticas para o aluno.
Resultado esperado: Memorizar algumas ex-
pressões idiomáticas em inglês.
Tempo sugerido: 1 hora
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Caderno do professor / Cultura e Trabalho 69
Área: Artes
Nível I e II
1. Individualmente, o aluno deverá sublinhar no
texto os trechos que mais chamaram a sua
atenção.
2. Escolher dentre os trechos sublinhados um
para transformá-lo em uma cena.
3. O trecho escolhido será analisado segundo as
ações e sentimentos que o compõem.
4. Elaborar uma lista segundo a ordem de movi-
mentos necessários para realizar cada uma
das ações presentes no trecho.
5. Escolher uma palavra ou pequena frase para
articular com a movimentação de cena.
6. Ensaiar a cena, levando em consideração a
possibilidade de repetição de alguma das
ações.
7. Apresentar.
8. Discussão final tendo por foco a pesquisa de
movimentos.
Descrição da atividade
Atividade P Dança-Teatro
17
Texto
Objetivos
• Pesquisar movimentos para a criação de cena.
• Criar uma cena de dança-teatro.
Introdução
Se a dança, convencionalmente, é caracterizada pe-
lo movimento acompanhado de música e o teatro,
pela palavra e pela narrativa, a dança-teatro é
uma forma de arte baseada na combinação entre
eles. Ela utiliza desde o movimento cotidiano
(abrir uma porta, acender o fogo), até o abstrato,
em uma construção narrativa que pode ou não
ser acompanhada de música. A repetição de um
movimento cotidiano, por exemplo, pode trans-
formar esse movimento em algo abstrato. O
bailarino de dança-teatro é alguém que pensa-
sente-faz. É alguém que sublinha uma combi-
nação de ações corporais com palavras, de forma
expressiva, porém não ilustrativa. Pina Bausch,
bailarina e coreógrafa alemã, é a grande repre-
sentante deste movimento.
Resultados esperados: Experimentar uma
nova forma de expressão artística.
Dicas do Professor: sites –
www.unirio.br/opercevejoonline/7/artigos/4/
artigo4.htm
www.cianefernandes.pro.br/pinab.htm
www.conexaodanca.art.br/
Tempo sugerido: 1 hora e 30 min
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70 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
Nem todos os tipos de terreno são apropriados
para a construção de açudes. Terrenos cristalinos
possuem um impermeabilizante natural, que im-
pede a infiltração da água no solo. Este imper-
meabilizante será representado nesta atividade
pelo saco plástico.
1. Peça aos alunos que construam um açude arti-
ficial em dois tipos de terrenos.
2. O primeiro terreno será do tipo cristalino. Em
uma bacia, será colocado um saco plástico, co-
brindo as bordas. Sobre o saco devem ser adi-
cionadas pedras grandes, médias e pequenas e
uma pequena camada de areia.
3. O segundo terreno, do tipo sedimentar, será
representado na segunda bacia. Repita nela a
montagem descrita no item 2, SEM a colo-
cação inicial do saco plástico.
4. Peça aos alunos que adicionem o mesmo vo-
lume de água às duas bacias.
Descrição da atividade
5. Solicite aos alunos que façam observações so-
bre o volume aparente de água represado pe-
los dois tipos de terreno, fazendo comparações
com a construção de um açude no terreno se-
mi-árido nordestino.
Materiais indicados:
P
bacias, areia, pedras, saco
plástico, água.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P O açude
Resultados esperados: Reconhecer da im-
portância dos açudes para a população do semi-
árido. Identificar de condições físicas necessárias
para a construção de açudes.
17
Texto
Objetivos
Reconhecer a importância dos açudes para a
população do semi-árido.
Identificar condições físicas necessárias para a
construção de açudes.
Introdução
A dura realidade da seca nordestina, retratada
em Vidas Secas, em algumas regiões pode ser
atenuada através da construção de açudes. Na
região semi-árida nordestina existem caracterís-
ticas climáticas e de solo, além da presença de
um escudo cristalino, que favorecem a cons-
trução de açudes. Eles têm o objetivo de ar-
mazenar água no período chuvoso para que seja
utilizada posteriormente no período da seca.
Este armazenamento é possível devido à pre-
sença de solos rasos, isto é, a rocha mãe está
praticamente à superfície, propiciando que ocor-
ra um maior armazenamento de água do que in-
filtração no solo. A água acumulada nos açudes é
utilizada para a produção de alimentos por meio
de irrigação, da agricultura de vazante e da pisci-
cultura. Os grandes açudes geralmente são cons-
truídos pelo governo, com o objetivo de fornecer
água para uma região, permitindo ainda o desen-
volvimento de atividades de produção de alimen-
tos pela população. Como são muito grandes e
acumulam um enorme volume de água, geral-
mente não secam, mesmo com o uso contínuo de
suas águas.
Dicas do Professor: Especialistas acreditam que os cus-
tos e benefícios da construção de açudes precisam ser
melhor avaliados. As respostas que se buscam são aque-
las relacionadas ao uso das águas: devem ser utilizadas
para produzir alimentos, mesmo podendo ser antecipada
a falta desse recurso em uma próxima estação seca ou
deve-se buscar a manutenção do açude pela preservação
de seu uso?
17CP09 TX17P3.qxd 18.01.07 19:27 Page 70
Área: Geografia
Nível I e II
1. Promover a leitura do texto em sala de aula.
2. Identificar qual é o eixo central da história.
3. Solicitar que os alunos destaquem no texto el-
ementos da paisagem que identifiquem em
qual lugar do Brasil se passa a história.
4. Solicitar a associação desses elementos como
sendo parte de uma paisagem típica do sertão
do Nordeste.
5. A partir da caracterização do local, descrever
as condições sociais em que a cena se passa.
Buscar no texto elementos que justifiquem a
resposta.
Descrição da atividade
Atividade P Cabra marcado para viver
17
Texto
Objetivos
Identificar onde se passa a história narrada no
texto a partir das características do local e das
pessoas.
Estudar as condições de vida do povo do sertão
do Nordeste marcadas pela fome e miséria.
Introdução
Termos como “cabras” para se referir a pessoas,
deitar em rede, sol escaldante, açudes, juazeiro,
farinha, dentre outros são características do
sertão do Nordeste brasileiro. A partir da apre-
sentação dos elementos da paisagem no decorrer
da narrativa, é possível identificar o local.
Contexto no mundo do trabalho: Os retirantes que
vagam pelo meio do sertão em busca de água e comida
são marcantes no espaço do sertão nordestino. O latifún-
dio e as dificuldades em produzir e escoar a produção
acabam por expulsar grandes levas de camponeses de
suas terras, gerando o êxodo rural e agravando o desem-
prego urbano.
Resultados esperados:
a) Identificar o local onde se passa a trama a par-
tir dos elementos da paisagem, associando-os
ao domínio morfo-climático do sertão do
Nordeste.
b) Refletir sobre a questão da fome e sua influên-
cia na atitude das pessoas.
Dicas do Professor: sites – IBGE
(http://www.ibge.gov.br/home/default.php) – Dados es-
tatísticos estão disponíveis e servem de referência para
uma melhor compreensão dos problemas que afligem o
sertão do Nordeste.
Tempo sugerido: 2 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
71
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72 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Português
Nível II
Ler o texto com os alunos e acentuar as carac-
terísticas dramáticas obtidas pela descrição e
narração das cenas. Discutir o texto: quem é o
autor, em que época o texto foi escrito, quando
foi editado e por quem, quem são as personagens
principais, que problemas enfrentam, como se
desenvolve o enredo, que temas abordam, entre
outras questões.
1. Dê noções gerais de teatro: pergunte aos
alunos como seria o cenário em que as ações se
dão. Como fariam para reproduzi-la em um es-
paço como a sala de aula? Informar que essa é
uma atribuição do cenografista. Haveria músi-
ca de fundo? De que tipo? Haveria ruídos? Es-
sa seria a função do sonoplasta. Como os
atores se vestiriam? Essa seria a ação do fi-
gurinista. A luz seria normal ou ganharia tons
diferenciados para cada personagem? Essa é a
atribuição do iluminador. Como ficariam os
atores no espaço cênico? De pé? Em semicírcu-
lo? Ressaltar que esse é o papel do diretor.
2. Escolha alunos para representarem as diversas
personagens. Peça aos alunos que leiam o tex-
to e, durante a leitura, imaginem como as ce-
nas se realizariam num palco (cenário, luz, fi-
gurino, música...).
Descrição da atividade
3. Verificar se há interesse da sala em “montar”
o texto. Em caso positivo, escolha os atores e
os auxiliares técnicos. Designe um diretor
para conduzir os ensaios.
4. Peça a um grupo que confeccione os convites
para a peça, com ilustrações ligadas ao tema
da encenação. Peça-lhes que façam rigorosa
revisão do texto.
5. Peça a outro grupo que confeccione cartazes
para serem espalhados na escola. O importante
é aguçar a curiosidade do eventual público.
Atividade P Teatro em sala de aula
17
Texto
Objetivos
Estimular a criatividade, o interesse e o espíri-
to crítico; incentivar a leitura, a expressão oral
e a integração da classe.
Introdução
Você já pensou em representar? Ou prefere criar
cenários ou figurinos para uma peça de teatro?
Gostaria de dirigir atores? Iluminar? Há espaço
para esses trabalhadores no mundo mágico do
teatro.
Resultados esperados: Ampliar a capacidade
de exprimir-se oralmente e por escrito.
Dicas do Professor: livro –
Dicionário de Teatro
, de Luiz
Paulo Vasconcelos.
Tempo sugerido: 10 horas
17CP09 TX17P3.qxd 18.01.07 19:27 Page 72
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 73
Área: Artes
Nível I e II
1. Reler o texto e discutir a diferença entre cul-
tura popular e cultura popularizada.
2. Cada aluno deverá propor um tipo de progra-
ma que gostaria de assistir na TV ou ouvir no
rádio, mas que nunca foi realizado.
3. A classe deverá escolher três programas dife-
rentes e dividir-se em três grupos para a pro-
dução dos programas escolhidos (um por
grupo).
4. Cada programa deverá ter um editorial que
defina a escolha e a proposta apresentada.
5. Os grupos deverão apresentar programas de
15 minutos no máximo.
6. Discussão da atividade.
Descrição da atividade
Atividade P Cultura de massa: cultura popular?
18
Texto
Objetivos
• Criar um programa de TV ideal.
Discutir sobre a participação ou não da cultura
popular nos veículos de comunicação de massa.
Discutir a diferença entre o “popular” e o “po-
pularizado”.
• Refletir sobre o que seria uma programação de
qualidade nas emissoras de TV.
Introdução
O texto selecionado nos fala da diferença entre a
cultura popular e a cultura popularizada. Apresen-
ta um quadro em que a decisão do que pode ou
deve ser visto e ouvido não parte daquele que
“consome o produto” apresentado, mas daquele
que detém o mercado cultural. Muito se ouve dizer
que a TV e o rádio são veículos democráticos e que
nos dão opções bastante variadas, incluindo “desli-
gar”. No entanto, a qualidade do “produto” apre-
sentado é determinada pelo mercado, deixando de
levar em conta, muitas vezes, a questão cultural,
educacional e de informação. Por lei, as emissoras
deveriam oferecer mais de 30% de sua progra-
mação para produções independentes e regionais.
Todavia, a TV aberta, por exemplo, é formada por
redes que produzem quase toda a programação.
No máximo, abrem espaço para o jornalismo local
que dispõe de tempo reduzido. Por que tornar ho-
mogênea uma programação sem levar em conta
trabalhos artísticos e culturais de uma região? Por
que o movimento cultural do hip-hop, por exemp-
lo, está fora dos veículos de comunicação? Quais
os interesses das emissoras de comunicação de
massas? A quem representam?
nos dão opções bastante variadas, incluindo “desli-
gar”. No entanto, a qualidade do “produto” apre-
sentado é determinada pelo mercado, deixando de
levar em conta, muitas vezes, a questão cultural,
educacional e de informação. Por lei, as emissoras
deveriam oferecer mais de 30% de sua progra-
mação para produções independentes e regionais.
Todavia, a TV aberta, por exemplo, é formada por
redes que produzem quase toda a programação.
No máximo, abrem espaço para o jornalismo local
que dispõe de tempo reduzido. Por que tornar ho-
mogênea uma programação sem levar em conta
trabalhos artísticos e culturais de uma região? Por
que o movimento cultural do hip-hop, por exemp-
lo, está fora dos veículos de comunicação? Quais
os interesses das emissoras de comunicação de
massas? A quem representam?
Dicas do Professor:
sites
www.crmariocovas.sp.gov.br/com_a.php?t=002
www.bibliomed.com.br
Tempo sugerido: 2 horas
Resultados esperados:
a) Reconhecer a importância do veículo de co-
municação de massa na formação cultural de
um povo.
b) Discutir e reconhecer a responsabilidade éti-
ca, educacional e de informação dos veículos
de comunicação de massa.
c) Pensar nas opções oferecidas pelos veículos
e como o espectador pode interferir na con-
tinuidade da programação.
d) Discutir a sua responsabilidade na transforma-
ção da indústria cultural.
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74 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Educação e Trabalho
Nível II
1. Peça aos alunos, individualmente, que es-
crevam qual é o conceito que têm sobre cul-
tura, cultura popular e cultura de massas e em
seguida leiam o texto.
2. Após a leitura, elabore com eles, os conceitos
de cultura. Peça que comparem os conceitos
construídos pela turma com os que elabo-
raram individualmente.
3. Proponha aos alunos os seguintes temas para
um debate:
a) Cultura como mola propulsora da economia.
b) Cultura como fator de atração de mão-de-
obra qualificada.
c) Cultura como geradora de emprego e renda.
4. Peça aos alunos que, em grupos, escolham for-
mas artísticas de representar os temas debati-
dos em uma exposição.
Descrição da atividade
Atividade P Cultura popular e de massas
18
Texto
Objetivos
Conceituar cultura, cultura popular e de mas-
sas, e compreender a cultura como fator gera-
dor de emprego e renda.
Introdução
“No tabuleiro da baiana tem/Vatapá, caruru,
mungunzá, tem umbu”. O que mais podemos en-
contrar no tabuleiro da baiana? Cultura. Mas o
que é cultura? Cultura consiste nos valores de
um dado grupo de pessoas, nas normas que
seguem e nos bens materiais que criam. E cultura
popular? São as manifestações festivas, as
tradições orais e religiosas de um povo, suas cria-
ções, a maneira como se organiza e se expressa,
o jeito de trabalhar, a maneira de falar, a música,
as misturas que faz na religião, na culinária, nos
folguedos. A cultura popular tem suas raízes nas
tradições, nos princípios, nos costumes, no modo
de ser de um determinado povo. Cultura de mas-
sa é, em nossos dias, conceito dos mais amplos,
abrangendo, muitas vezes, toda e qualquer ma-
nifestação de atividades ditas populares. Do sam-
ba à banda de rock, das telenovelas às revistas
em quadrinhos. Que relações são possíveis entre
cultura popular e cultura de massa? Que encon-
tros e combinações de tão distintas tradições são
praticados pelos brasileiros? Que criações resul-
tam das tantas misturas culturais que o povo
brasileiro é capaz de fazer? Como a cultura po-
pular e de massa convivem? O trabalho como
cultura também pode ser considerado como pop-
ular e de massa?
Resultado esperado: Realizar uma exposição
com os produtos dos trabalhos a partir dos temas
do debate.
Dicas do Professor:
sites
Brasil Cultura – www.brasilcultura.com.br –
www.forumculturalmundial.org
Projeto Cultura dá Trabalho – www.reperiferia.com.br/da-
trabalho.php;
música –
No tabuleiro da baiana
, de Ari Barroso –
www.mpbnet.com.br/canto.brasileiro/bons.tempos/le-
tras/no_tabuleiro_da_baiana.htm
Tempo sugerido: 3 horas
18CP09 TX18P3.qxd 18.01.07 19:26 Page 74
Área: Educação e Trabalho
Nível II
1. Após a leitura do texto, peça aos alunos que
construam dois quadros, um com exemplos do
que eles apreenderam como cultura popular e
outro sobre cultura de massas.
2. Em seguida, peça que identifiquem expressões
culturais em sua cidade, seu estado, sua
região, que definem como cultura popular ou
cultura de massa. Essas identificações devem
gerar debate com alunos que podem divergir
dessas classificações. A partir das argumen-
tações, procure chegar a consenso, junto com
a classe.
3. Há alunos ligados à produção de alguma ex-
pressão cultural? Caso positivo, peça para
alguns deles contar sua experiência, identi-
ficando-a como cultura de massas ou cultura
popular. E você, professor, procure contribuir
Descrição da atividade
relacionando essas experiências com outras
que antes não concebíamos como cultura, ou
seja, cultura como fruto do trabalho.
Atividade P Cultura do povo ou cultura para o povo?
18
Texto
Objetivos
Apreender os conceitos de cultura popular e
cultura de massa, identificando seus elementos
de reprodução e resistência.
Introdução
A concepção de trabalho como mera reprodução
mecânica da vida humana contém a mesma
perspectiva ideológica da concepção de cultura
da classe dominante. No capitalismo contem-
porâneo, configura-se uma realidade em que a
humanidade nunca dispôs de tanto avanço das
forças produtivas, ao mesmo tempo que as re-
lações sociais de exclusão condenam a maioria
ao desemprego e ao subemprego. O texto que
você acaba de ler apresenta conceitos construí-
dos por alguns autores que definem cultura po-
pular e cultura de massas, sendo esta última
apresentada como “dirigida às maiorias, inde-
pendentemente de diferenças sociais, étnicas,
etárias, sexuais ou psicológicas –, e veiculada
pelos meios de comunicação de massa”. Como
nos lembra Marilena Chauí, no caso da cultura
popular, não foram os produtores dessa cultura
que a designaram como “popular”, mas sim os
membros da classe dominante para definir as
manifestações das classes ditas “subalternas”.
Nossa tarefa é explorar esses conceitos centrais
e os conteúdos históricos dessas construções
conceituais, buscando compreender como em
nosso cotidiano nos relacionamos com esses
conceitos ora nos conformando, ora resistindo,
ora os modificando.
Resultados esperados: Identificar ex-
pressões da cultura popular e cultura de massa,
existentes em sua cidade, seu estado e região.
Dicas do Professor: livros – a)
Conformismo e resistência:
aspectos da cultura no Brasil
, de Marilena Chauí
(Brasiliense); b)
O que é cultura popular
, de Antonio Augus-
to Arantes (Brasiliense); d)
Aviso de incêndio: uma leitura
das teses sobre o conceito de história
, de Michael Löwy
(Bontempo). Filme –
Tapete vermelho
, de Luis Alberto
Pereira;
site
: www.almanaquebrasil.com.br
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
75
18CP09 TX18P3.qxd 18.01.07 19:26 Page 75
76 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Mostre como o ar fica menos denso ao ser
aquecido. Para isso, você precisará de um co-
po, uma vela (com menor altura que o copo),
fósforo, um prato fundo e água.
a) Coloque a vela no prato fundo com água.
b) Acenda a vela e depois de alguns instantes
cubra-a com o copo, de forma que o copo
atinja a parte com água.
c) Passados alguns instantes a vela se apaga
(devido a total transformação do oxigênio
em gás carbônico), a água do prato é então
sugada para dentro do copo.
d) No início, a chama da vela expandiu o ar que
se encontrava no copo. Quando se apaga, o
ar esfria e volta a seu volume original (con-
trai-se) e a água ocupa a parcela do copo que
o ar expandido ocupava. Com isso, ilustra-se
que o ar se expande com o aquecimento,
Descrição da atividade
dentro do copo (e do corpo do balão).
e) Peça aos alunos que produzam um pequeno
texto relatando a experiência e expressando
com suas palavras o que concluíram com ela.
Atividade P Por que os balões sobem?
19
Texto
Objetivos
• Discutir o funcionamento do balão de ar quen-
te das festas juninas.
• Discutir o efeito de aquecimento nos gases (ex-
pansão térmica).
Introdução
Os balões de ar quente antigamente utilizados
nas festas juninas são aparatos muito simples e
fazem parte da cultura popular, mas são proi-
bidos por lei. Sua utilização é muito perigosa pe-
lo fato de o fogo da mecha poder causar incên-
dios. O funcionamento do balão junino e de
esporte é semelhante. A mecha aquece o ar
apriosionado no corpo do balão, com isso, o ar
interno do balão se expande, tornando-se menos
denso que o ar externo ao balão. O resultado é
uma força ascendente, que permite ao balão
subir. Esse efeito em que algo menos denso sofre
uma força ascendente pode ser observado quan-
do tentamos misturar substâncias como água e
óleo ou ao tentar afundar um pedaço de isopor
na água. Essa força ascendente é chamada de
empuxo e age no sentido contrário ao peso. A
diferença entre as situações isopor/água e
óleo/água e o balão é que, no caso do balão, a
mudança surge com o aquecimento e expansão
do ar.
Resultados esperados:
a) Entender o princípio de funcionamento do ba-
lão junino.
b) Entender que o ar se expande ao ser aquecido.
c) Expressar suas conclusões por escrito.
Dicas do Professor: Pesquisa sobre balonismo. Quem
são os profissionais que atuam nessa atividade? Quantos
são no Brasil? Quanto custa um balão utilizado nesse es-
porte? Quem fabrica, etc.
Contexto no mundo do trabalho: O balão é um brin-
quedo que, ao longo do tempo, teve aplicações como ob-
jeto religioso em algumas culturas e como aparato tec-
nológico em outras (como os dirigíveis, balões utilizados
no transporte de pessoas e hoje na filmagem de eventos
esportivos).
Materiais indicados:
P
vela, copo de vidro, fós-
foro, prato e água.
Tempo sugerido: 4 horas
19CP09 TX09P3.qxd 18.01.07 19:29 Page 76
Área: Economia Solidária
Nível I e II
1. Sugira aos alunos a realização de uma feira
cultural, com abordagem de alguns temas
que possam retratar a cultura do Nordeste,
suas potencialidades turísticas e a geração de
trabalho e renda que ocorre por meio da sua
economia e da sua cultura. A turma poderá
ser dividida em grupos. Cada grupo ficará
responsável por um tema. Esse tema deverá
ser pesquisado e estudado pelos alunos du-
rante um período de 30 dias. O(a) profes-
sor(a) acompanhará o desenvolvimento do
trabalho dos grupos esclarecendo as dúvidas,
dando sugestões etc.
2. Sugestões de temas: a) Nordeste: setores da
economia de maior expressão; b) Nordeste:
principais manifestações culturais; c) O Nor-
deste e sua culinária; d) O artesanato nordes-
tino; e) O Nordeste e as festas juninas;
f) Potencialidades turísticas do Nordeste;
g) Empreendimentos econômicos solidários
(cooperativas, grupos de produção, associações
de produtores) envolvidos na preservação da
cultura do Nordeste e na sua economia.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
jornais com suplementos
de turismo sobre o
nordeste, prospectos
de agências de turismo.
Tempo sugerido: 1 mês
Atividade P Cultura, turismo, economia e festas juninas
Resultados esperados: Ter, ao final da ativi-
dade, mais elementos para conhecer melhor a
cultura do Nordeste, suas potencialidades turís-
ticas e a existência de empreendimentos eco-
nômicos solidários que têm contribuído para a
economia da região.
19
Texto
Objetivos
Proporcionar aos alunos a oportunidade de
conhecer melhor a cultura do nordeste, sua po-
tencialidade turística e alguns empreendimen-
tos econômicos solidários que têm contribuído
para a economia da região.
Introdução
O turismo tem sido uma atividade importante
para a geração de trabalho e renda em todo país.
No caso do Nordeste, no mês de junho, milhares
de pessoas visitam as cidades da região, partici-
pam das festas juninas e conhecendo a alegria e
cultura desse povo. São várias as formas de ma-
nifestação cultural: quadrilhas, comidas típicas, o
forró pé de serra, os fogos de artifícios, etc. Junta-
se a participação popular, a preservação da cul-
tura e a geração de renda. Percebendo o potencial
turístico da região alguns empreendimentos têm
sido criados não somente para atender a essa de-
manda do mês de junho, mas para incentivar o
turismo da região que possui 1,6 milhão de km
2
de encantos naturais, cheios de marcos históricos,
culinária variada, rico folclore e muito artesana-
to. Alguns empreendimentos econômicos solidá-
rios estão sendo criados para atender ao turismo
no Nordeste no âmbito das agências de viagens,
alimentação, artesanato, entre outros.
Dicas do Professor: Há inúmeros sites que podem ser
consultados sobre economia, cultura e turismo da região.
3. Ao final de 30 dias será organizada a feira que
poderá durar de um a dois dias.
4. O (a) professor(a) deverá estimular cada gru-
po no sentido de que use a criatividade para
organização e apresentação das informações
obtidas em cada tema pesquisado. Por exem-
plo: o tema “Nordeste e sua culinária” poderá
ser apresentado com a degustação de comidas
típicas da região, distribuição de receitas, en-
tre outros.
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 77
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78 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: História
Nível I e II
1. Conversar com os alunos sobre as festas juni-
nas. Problematize com os alunos: Como são
comemoradas as festas juninas na comunida-
de, na região? O que a turma considera mais
interessante? Vocês sabem a história das fes-
tas juninas?
2. Se for possível, entrevistar na escola ou fora
dela uma pessoa com mais de 60 anos que
sempre viveu na comunidade. Peça aos alunos
para investigar, perguntar a essa pessoa, como
eram comemoradas as festas juninas antiga-
mente. Procure identificar com a turma as mu-
danças e as permanências.
3. Ler o texto com a turma e solicitar que os
alunos destaquem no texto como os historia-
dores explicam a origem da festa.
4. O texto nos fala das principais características
da festa, relacione com a realidade vivida por
eles e construa um cartaz, destacando o que faz
parte da festa e da comunidade, como e quais:
por exemplo danças: quadrilhas, cantigas, brin-
cadeiras, rezas, fogueiras e fogos, comidas e be-
bidas, correio elegante, entre outros elementos.
Descrição da atividade
5. Leve um calendário para a sala e peça para os
alunos identificarem as datas, dias/mês da
comemoração.
6. Motivá-los a montar alguma apresentação cul-
tural que faça parte das festas juninas, por
exemplo: uma quadrilha ou um correio ele-
gante. Não se esqueça de, nesse dia, propor
que turma saboreie alguma comida típica das
festas, como um pé-de-moleque ou pipoca. E
que tal enfeitar a sala de aula com bandeiri-
nhas e balões?
Materiais indicados:
P
papel colorido, cola,
cordão, calendário.
Tempo sugerido: 2 horas
Atividade P Festas juninas: uma fogueira de alegrias
Resultados esperados: Conhecer a diversidade
dos costumes e tradições culturais das diferentes
regiões do Brasil através do estudo de uma mani-
festação cultural. Produção de cartaz e uma apre-
sentação cultural relacionada às festas juninas.
19
Texto
Objetivos
Reconhecer e analisar as festas juninas como
uma manifestação cultural popular, ressaltan-
do a diversidade dos costumes e tradições cul-
turais nas diferentes regiões do Brasil.
Introdução
Como todos nós estamos acostumados, durante o
mês de junho as festas juninas tomam conta do
Brasil. De Norte a Sul, no meio rural e nas
cidades, nas escolas, nas praças, sindicatos, em-
presas, ruas as festas são realizadas com muitos
fogos, comidas, bebidas, fogueiras, danças, trajes
típicos, rezas e muita animação. Em cada região
as comemorações têm suas próprias característi-
cas. Mas algumas perguntas são comuns entre
alunos e professores: como as festas chegaram ao
Brasil? Qual a origem dessas festas? Quais os sig-
nificados para a cultura popular brasileira? Tudo
isso é muito rico de ser trabalhado, entretanto
lembramos o cuidado que devemos ter para evi-
tar propaganda ou doutrinação religiosa, difusão
de preconceitos e discriminações.
Dicas do Professor:
Almanaque Brasil de Cultura Popular
.
São Paulo. Vários números trazem informações interes-
santes sobre as festas. Site: www.almanaquebrasil.com.br
19CP09 TX09P3.qxd 18.01.07 19:29 Page 78
Caderno do professor / Cultura e trabalho 79
Área: Língua estrangeira – Espanhol
Nível II
1. Dialogue com os alunos sobre “los puestos de
trabajo directos e indirectos que genera el fútbol
brasileño”:
a) Por ejemplo: los jugadores, el entrenador, el
preparador físico, el masajista, el fisioterapeuta,
el árbitro, el juez de línea/ asistente etc.
2. Peça aos alunos que respondam às perguntas:
a) ¿Cuáles son los jugadores brasileños que
actúan en España?
b) ¿Cuáles son sus equipos?
3. Explique la diferencia de género en el léxico
español y portugués:
el partido = a partida;
el equipo = a equipe;
los cuartos de final= as quartas de final.
4. Proponha que os alunos elaborem frases
utilizando o léxico español.
5. Corrija todas as atividades no quadro.
Descrição da atividade
Atividade P
En Brasil, el fútbol genera muchos puestos de trabajo
20
Texto
Objetivos
Familiarizar-se com o léxico espanhol do futebol
e analisar a relação do esporte com a geração de
empregos.
Introdução
O futebol brasileiro vive realidades paralelas: uma
interna à prática desse esporte de massa, con-
siderado a paixão nacional, com um número de
postos de trabalho que depende de um árduo
caminho a ser percorrido; e outra que está rela-
cionada à conquista da mobilidade social por
aqueles que sonham com carreiras no exterior
sendo poucos os que a conquistam. Vale lembrar
que somente 2000 atletas atuam fora do país e,
desse contingente, quantos nomes podemos con-
tar na lista dos que conquistaram fama e uma vida
milionária? Estaria o futebol deixando de ser arte,
a paixão nacional, para se transformar num ver-
dadeiro balcão de negócios entre atletas, clubes,
times e empresas multinacionais? O que real-
mente contribui para a geração de postos de tra-
balho no âmbito futebolístico interno?
Resultado esperado: Manifestar-se sobre o
futebol arte e o futebol negócio, utilizando-se do
léxico específico.
Dicas do Professor: Sitio – www.idiomaydeporte.com
Tempo sugerido: 1 hora
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80 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Geografia
Nível I e II
1. Realizar uma leitura do texto em grupo na
sala, retirando do mesmo as idéias principais.
2. Apresentar para a sala quais são esta idéias
principais e construir um quadro com a sín-
tese das mesmas.
3. Destacar como o futebol pode “ensinar disci-
plina, regras de civilidade e conduta social às
massas”.
4. Na seleção brasileira de 2006, na Copa do
Mundo da Alemanha, o time fez alguns jogos
até ser desclassificado pela França. Levantar
quantos jogadores atuaram no time titular
nesta jornada, quais são os clubes em que
atuam e em que país.
5. Apontar para a classe que apesar das expor-
tações de jogadores e da entrada de capitais
volumosos, parte dos recursos são investidos
na formação de novos craques.
6. Levantar alguns casos de jogadores famosos
pesquisando qual foi o valor de venda e quan-
to valem hoje.
Descrição da atividade
Atividade P Futebol: matéria prima de exportação
Resultados esperados:
a) Refletir sobre o gosto do brasileiro pelo futebol
e os negócios decorrentes desta preferência.
b) Avaliar as possibilidades de ascensão social
dadas pela prática do esporte, em função do
emprego e da renda obtida.
20
Texto
Objetivos
Associar a geração de jogadores de futebol em
gramados brasileiros e a sua “exportação”
com os que conseguem realmente se destacar.
Introdução
O Brasil é normalmente associado ao país do
futebol, em função dos títulos mundiais conquis-
tados e da proliferação de jogadores de quali-
dade. A atenção dedicada pela população e o
comércio em torno do esporte acabam por lhe
dar ares de grande e lucrativo negócio.
Contexto no mundo do trabalho: Para muitos bra-
sileiros a prática do futebol é fator de obtenção de em-
prego e renda, bem como conquistar glórias e ser re-
conhecido em sua importância. Em casos mais extremos
pode-se inclusive conseguir uma transferência para o ex-
terior e obter uma remuneração mais vultosa.
Materiais indicados:
P
material referente à
Seleção Brasileira que
aponte os jogadores
convocados e os clubes
onde atuam, bem como
os jogos realizados pelo
Brasil e os jogadores que
atuaram.
Tempo sugerido: 2 horas
Dicas do Professor: sites – Museu do Futebol
http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=1362
livro –
Historia Do Futebol de Jose Almeida De Castro
, publi-
cado pela Editora EDIPROMO.
7. Refletir sobre a relação entre a quantidade de
jogadores que existem no país e o número da-
queles que alcançam prestígio e posição finan-
ceira elevada.
20CP09 TX20P3.qxd 20.01.07 17:41 Page 80
Área: História
Nível I e II
1. Propor à turma a realização de uma mesa re-
donda sobre futebol, semelhante àquelas
realizadas na TV. Deverá haver um mediador,
um ou mais representantes de vários times do
Brasil. Faça um levantamento sobre os torce-
dores da sala e monte uma ou mais mesas, de-
pendendo do número de alunos. Além dos
representantes dos times, a mesa deverá ter
comentaristas/jornalistas esportivos e tam-
bém um representante da CBF.
2. Organize os temas que serão debatidos a par-
tir da leitura coletiva do texto. Sugestões:
a) A importância da seleção brasileira e da Co-
pa do Mundo para os brasileiros.
b)O futebol como forma de ascensão social.
c) A capacidade de ensinar disciplina, regras
de civilidade e conduta social às massas.
d)A importância do futebol para a economia.
e) A relação entre futebol e política.
f) As torcidas organizadas e a violência.
g)O futebol e a educação.
Descrição da atividade
h)Futebol e cultura.
3. Ao final, a turma deverá escrever uma notícia
relatando o tema que foi discutido na mesa.
4. Se for possível, grave em vídeo ou em fita-
cassete a mesa redonda. Escolham um bonito
título para a mesa, sugestões: Passe livre –
Apito final – Paixão Nacional.
Atividade P Futebol: uma paixão nacional
Resultados esperados: Analisar os diversos
significados e influências do futebol para a so-
ciedade brasileira. Produzir uma notícia jor-
nalística.
20
Texto
Objetivos
Refletir sobre diversos significados do futebol
para a sociedade brasileira.
Introdução
O futebol é uma paixão nacional que faz parte da
nossa cultura, da nossa história, e de acordo com
o texto, movimenta a economia nacional, gera
empregos, renda e é visto, por muitos, como pos-
sibilidade de ascensão social. O futebol começou
oficialmente a ser praticado no Brasil no século
XIX, vindo da Inglaterra, na bagagem do jovem
Charles Miller, que fundou o São Paulo Atletic
Club. De lá para cá, vários clubes foram criados
por diferentes segmentos da sociedade, como o
Corinthians, fundado por operários paulistas e o
Palestra Itália, hoje Palmeiras, por imigrantes
italianos. Na década de 1930, durante o governo
Vargas, o futebol tornou-se um esporte profis-
sional no Brasil. Ao longo da história do nosso
país, esse esporte foi usado politicamente por se-
tores dominantes da sociedade, para manipular
as massas e mascarar conflitos e desigualdades
sociais. Por outro lado, o futebol não se restringe
a isso, tratando-se de uma questão complexa,
que tem inúmeras implicações e significados na
sociedade brasileira. A reflexão sobre futebol
pode levar a muitos trabalhos em sala de aula.
Materiais indicados:
P
fitas de vídeo, gravador,
fita cassete.
Tempo sugerido: 2 horas
Dicas do Professor: site – cbfnews.uol.com.br; livro –
Futebol: Uma paixão nacional
(Jorge Zahar).
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 81
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82 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Matemática
Nível I
1. Faça uma leitura comentada do texto e per-
gunte aos seus alunos quantos sabem onde
existe um campo de futebol na cidade.
2. Convide-os a localizar no mapa da cidade es-
ses espaços.
3. Verifique com os alunos a escala do mapa e
peça que façam uma estimativa da área que
tal campo ocupa, respeitando a escala.
4. Peça que localizem também espaços onde já
existiu um campo de futebol. Problematize a
situação mediando uma discussão sobre as
causas e conseqüências do desaparecimento
do futebol enquanto atividade comunitária so-
cializadora e o fortalecimento do futebol de
mercado.
Descrição da atividade
Atividade P Procurando o futebol na cidade
Resultados esperados: Mapa da cidade com
indicação de espaços ocupados pelo futebol. Re-
flexão sobre as conseqüências da mercantiliza-
ção do futebol.
20
Texto
Objetivos
Identificar espaços ocupados com futebol, lo-
calizando-os no mapa da cidade, observando
a escala.
Introdução
O futebol é uma paixão nacional. Ele está dis-
tribuído pelo território brasileiro e parece ser al-
go que une a nação. Diz-se até que somos o “país
do carnaval e do futebol”. Em que medida isto é
verdade? O futebol gera empregos e movimenta
a economia, como mostra o texto. Mas, ambos, o
carnaval e o futebol, vêm perdendo espaço en-
quanto cultura popular para se tornar cada vez
mais um produto de mercado. Desaparecem os
“campinhos” de bairro e surgem os fetiches dos
salários altos. Como os alunos e alunas da EJA
percebem isto? Quantos ainda têm no futebol
uma atividade de comunidade? Quantos campos
de futebol de várzea ainda existem na sua
cidade? Quem tem oportunidade de jogar fute-
bol sem pagar as taxas do clube, da quadra? Esta
situação certamente é diferente nas cidades
grandes e nas pequenas. Mas a redução de es-
paços para atividades de lazer comunitárias
acontece em ambas.
Materiais indicados:
P
mapa da cidade
Tempo sugerido: 2 horas
Dicas do Professor: Organize com os alunos uma obser-
vação mais apurada sobre os espaços da cidade, buscan-
do locais de encontro que sejam públicos e gratuitos, co-
mo o campo de futebol e/ou parques que permitem a
prática de esportes.
20CP09 TX20P3.qxd 20.01.07 17:41 Page 82
Área: Matemática
Nível I e II
1. Peça aos seus alunos para fazerem uma leitura
silenciosa do texto, sublinhando todos os da-
dos numéricos que ele contém.
2. Organize-os em grupos e peça que escrevam
problemas usando os dados do texto. Por
exemplo:
a)Quantos por cento da população brasileira
pratica futebol? (Somos cerca de 170 mi-
lhões e, segundo o texto, 30 milhões prati-
cam futebol.) Aqui é preciso considerar os
números de mulheres e de homens, visto
que a imensa maioria destes 30 milhões são
homens.
b)Se são fabricadas mais de 6 milhões de bo-
las de futebol, qual o montante de dinheiro
que gira no mercado, se uma bola custa em
torno de R$ 70 reais?
3. É importante que você oriente a elaboração
dos textos dos problemas, que devem conter
uma pergunta clara e dados suficientes para
respondê-la, através de cálculos matemáticos.
Ajude-os a reformular os textos, se for preciso,
antes do próximo passo.
Descrição da atividade
4. Cada grupo deve passar seus problemas es-
critos para um outro grupo resolver.
5. Faça com os alunos a correção de todos os
problemas no quadro.
Atividade P Problematizando os números do futebol
20
Texto
Objetivos
Formular e resolver situações-problema usan-
do dados numéricos do futebol.
Introdução
O futebol, além de ser uma paixão nacional, se-
gundo o texto, é também fator econômico, movi-
mentando milhões de reais. Gera empregos, es-
peranças, mas também desilusão e exploração.
Enquanto alguns ganham milhões, a maioria dos
jogadores ganha pouco. A riqueza que o traba-
lho produz no futebol se concentra nas mãos
dos “donos dos times famosos”. É possível que
entre os jovens alunos da EJA existam muitos
que desejariam ser jogadores de futebol, pela ex-
pectativa de ganhar muito dinheiro. Quantos
alunos sabem o salário de um jogador de um
time de sua região? Que saberes possuem sobre
os números do futebol? Que perguntas o texto
suscita?
Resultado esperado: Lista de situações-pro-
blema formuladas e resolvidas.
Dicas do Professor: Encaminhe uma pesquisa para de-
scobrir dados do futebol da sua região como: número de
times, salários, lugares nos estádios locais, etc. e repita es-
ta atividade com tais dados.
Tempo sugerido: 4 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
83
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84 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Artes
Nível I e II
1. Após a leitura, relacionar o texto à realidade
dos alunos. Levantar formas de manifestação
cultural vivenciadas pelos alunos em sua co-
munidade (dança, música, artesanato, etc.).
2. Propor uma pesquisa no bairro, comunidade,
visando encontrar grupos ou artistas que par-
ticipem de manifestações culturais na locali-
dade.
3. Contatar essas pessoas e convidá-las para uma
apresentação na escola.
4. Os alunos organizarão uma programação com
os artistas locais em um Encontro Cultural.
5. Relacionar todas as funções, etapas e detalhes
necessários à organização e realização do even-
to (agendamento com a direção da escola, con-
vite aos artistas, organização das apresentações,
conversas com artistas, mostras de trabalhos,
etc.), levantamento dos equipamentos e mate-
riais, decoração do ambiente onde o evento será
realizado, divulgação, etc.
Descrição da atividade
6. Distribuir as tarefas e checar o seu cumpri-
mento, estabelecendo uma equipe de coorde-
nação.
7. Realizar o evento e registrá-lo em fotos ou
vídeo. Avaliá-lo.
Atividade P Encontro cultural
21
Texto
Objetivos
Organizar um encontro cultural com os artistas
locais.
Introdução
O estado de arte é parte constitutiva do homem. O
artista diferencia-se de outros profissionais por
possuir conhecimentos e domínio de técnicas de
um determinado fazer artístico – de uma lin-
guagem artística. O artista é aquele que expressa
seus pensamentos e idéias através de uma obra
artística. O artista não é uma figura rara, existente
apenas nas galerias e museus, na mídia, nas telas
ou nos palcos. Ele está bem próximo de nós. É do
seu contato com o mundo e com os outros que ele
tira a inspiração para suas obras. Como diz Milton
Nascimento em sua música Nos bailes da vida – “to-
do artista tem que ir aonde o povo está”. No texto,
o fotógrafo, com sua arte, registra formas de mani-
festação da cultura popular. Ele fotografa artistas
anônimos que mantêm viva uma tradição. Há um
contingente imenso de artistas anônimos, próxi-
mos a todos nós, que não só encontra na arte o seu
lazer, mas luta por uma chance, ou simplesmente
luta para manter viva uma tradição.
Resultados esperados:
a) Conhecer a sua localidade do ponto de vista
da arte.
b) Criar oportunidade para que o artista encon-
tre espaço para mostrar sua arte.
c) Problematizar as razões de existência de uma
arte reconhecida e uma anômina.
d) Reconhecer nas formas de registro histórico
também uma arte.
Materiais indicados:
P
os necessários para a
realização do evento.
Tempo sugerido:
de 4 a 6 h para o encontro
21CP09 TX21P3.qxd 20.01.07 17:42 Page 84
Área: Artes
Nível I e II
1. Os alunos deverão, individualmente, pesqui-
sar a origem, a estrutura, os personagens e o
ritmo do maracatu.
2. Apresentar e discutir os resultados da pesquisa.
3. Dividir a classe em grupos para a elaboração
de figurinos para um maracatu.
4. Cada grupo deverá escolher pelo menos duas
figuras representativas da manifestação.
5. Apresentar o figurino e o significado da perso-
nagem no folguedo.
6. Discussão do exercício tendo por foco os
personagens e seus significados, o ritmo e a
relação com outras manifestações como a
congada, o frevo ou o carnaval.
Descrição da atividade
Materiais indicados:
P
a critério do grupo. O
figurino poderá ser feito
de papel crepom e/ou
plástico.
Tempo sugerido:
etapas 2 a 6 – 3 horas
Atividade P Maracatu
Resultados esperados:
a) Conhecer essa manifestação popular.
b) Refletir sobre a importância da preservação de
festas, danças e manifestações populares co-
mo modo de preservação da cultura brasileira.
21
Texto
Objetivos
• Criar figurinos para um maracatu.
Introdução
O maracatu é uma manifestação cultural que
mistura as culturas afro-brasileiras e é típica de
Pernambuco. Nasceu com a decadência dos
folguedos do Auto dos Congos no século XIX.
Possui personagens fixos e uma sonoridade par-
ticular marcada pela percussão. Segundo Mário
de Andrade, a origem da palavra maracatu seria
tupi: maracá (instrumento ameríndio de per-
cussão), catu (bom, bonito em tupi), marã (guer-
ra, confusão).
Dicas do Professor:
sites
– www.terrabrasileira.net/
folclore/regioes/5ritmos/maracatu.html
www1.uol.com.br/diversao/science.htm
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 85
21CP09 TX21P3.qxd 20.01.07 17:43 Page 85
86 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: História
Nível I e II
1. Motivá-los ao trabalho de observação das ima-
gens.
2. Levantar a seguinte questão: As fotografias
são representações da realidade, logo são fon-
tes históricas. Questionar:
a)Quem as produziu? Fotografou?
b)O que retratam? (o fato, o acontecimento,
os personagens, a situação).
c)Quando? (tempo: dia, ano, mês, década,
século se for o caso).
d)Onde? (lugar: país, cidade, estado, região).
e)Por quê? (causas da produção das fotos, as
motivações do autor).
f) Os desdobramentos dos acontecimentos re-
tratados (as conseqüências, os impactos, os
significados).
g)A relação das representações fotográficas
dos maracatus com a vida da sua comuni-
dade, da cidade ou do Brasil, mais especifi-
camente, com as manifestações culturais
vivenciadas pelos alunos no cotidiano.
Descrição da atividade
3. Discutir a importância das imagens fotográficas
para a preservação e transmissão da memória.
4. Cada dupla de alunos deverá escolher uma
das imagens e produzir um texto explicitando
o modo como vêem o real representado, o que
a imagem lhes sugere.
Atividade P Pluralidade cultural no Brasil: imagens de maracatus
21
Texto
Objetivos
• Refletir sobre a pluralidade cultural do nosso país
por meio de diferentes imagens de maracatus.
Introdução
O maracatu é conhecido como uma manifestação
cultural, dança e música, que tem suas raízes no
Nordeste brasileiro, mais precisamente do estado
de Pernambuco. Segundo registra a história,
“nasceu com a decadência dos folguedos do Auto
dos Congos, no século XIX, de onde foi herdada a
tradição do cortejo”. Durante a festa, eram emiti-
dos sons dos tambores para avisar que a polícia
estava a caminho para reprimir a brincadeira. Um
dos poucos grupos que mantém vivas a tradição e
a religiosidade do maracatu de baque virado no
estado de Pernambuco, o Nação Leão Coroado,
considera como data oficial de sua criação o dia 8
de dezembro de 1863, que figura no seu es-
tandarte, embora haja a hipótese de que ele já exis-
tisse em 1852. Pouco prestigiados no século XIX,
os maracatus hoje, no entanto, assumem grande
destaque e prestígio na cultura pernambucana. O
texto traz interessante ensaio fotográfico, no qual
a idéia do autor é documentar o que acontece
antes das apresentações. As fotos ampliam nosso
olhar e possibilitam captar os movimentos, a di-
versidade, enfim muitos elementos que podem
nos ajudar a compreender melhor a riqueza, a
complexidade da cultura brasileira.
Dicas do Professor:
sites
www.fundaj.gov.br
www.entrecantos.com
www.leaocoroado.org.br; “http://pt.wikipedia.org
www. fundaj.gov.br e pt.wikipedia.org
Tempo sugerido: 1 hora
Resultados esperados:
a) Ampliar seus conhecimentos sobre a plurali-
dade cultural do nosso país por meio de dife-
rentes imagens de maracatus.
b) Produção de texto a partir das impressões pes-
soais sobre as imagens.
21CP09 TX21P3.qxd 20.01.07 17:43 Page 86
Área: Língua estrangeira – Inglês
Nível II
1. Diga à turma qual é o seu feriado favorito. Ex-
plique por quê.
2. Peça a cada um que escolha seu feriado fa-
vorito e escreva um pequeno parágrafo (em
inglês) explicando o que se comemora neste
dia. Duas ou três linhas são suficientes.
3. Escreva no quadro: New Year’s Day, January
1st (It’s when we celebrate peace and friend-
ship) Birthday of Martin Luther King, third
Monday in January. (It’s when we celebrate
the life and work of Luther King, an Afro-
American leader). Valentine’s Day, February
14th (It’s when boyfriends and girlfriends ex-
change presents) St Patrick’s Day, March 17th
(It’s when people go out wearing green
clothes) Easter, the day changes (It’s when we
eat chocolate eggs) April Fool’s Day, April 1st
(It’s when people tell lies to joke with others)
Mother’s Day, second Sunday in May (It’s
when we give presents to our mothers) Me-
morial Day, last Monday in May since 1971.
Flag Day, June 14th. Father’s Day, third Sun-
day in June (It’s when we give presents to our
fathers) USA Independence Day, July 4 (It’s
when we have a traditional barbecue at ho-
me) Labor Day, first Monday in September
(It’s when we celebrate the workers’ rights)
Descrição da atividade
Halloween, October 31st (It’s when we dress
costumes and visit homes to get candies and
say “TRICK OR TREAT”) Election Day, Tues-
day on or after November 2 (It’s when we vote
for our representatives) Thanksgiving Day,
fourth Thursday in November (It’s when we
prepare a turkey and have a special dinner
with our family, thanking God for the good
year) Christmas Day, December 25th (It’s
when we celebrate Jesus’ birth. People give
presents and eat in family).
4. Escreva os nomes dos feriados em inglês em
pedaços de papel e peça aos alunos que for-
mem grupos de 5 pessoas. Cada grupo deverá
receber um conjunto de papéis com todos os
feriados.
5. Eles deverão fazer mímicas para os colegas de
grupo e estes deverão adivinhar o feriado.
Quem adivinhar, deverá dizer o que se faz
nesse dia.
Atividade P
American Holidays
Resultado esperado: Memorizar os nomes de
alguns feriados em inglês.
21
Texto
Objetivos
Familiarizar os alunos com alguns feriados do
calendário americano, em inglês.
Introdução
O texto fala do carnaval, do maracatu e dos
folguedos, festas tipicamente brasileiras, sinôni-
mos de feriado. Podemos então apresentar os
nomes dos feriados e como explicamos a festa
em inglês.
Tempo sugerido: 60 a 70 minutos
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
87
21CP09 TX21P3.qxd 20.01.07 17:43 Page 87
88 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Língua estrangeira – Espanhol
Nível II
1. Leia o texto em voz alta para os alunos.
2. Em seguida, peça que cada aluno leia um tre-
cho da carta, de modo que todos possam tomar
o lugar do cliente que se dirige ao sapateiro.
3. Analise com os alunos o glossário, verifique se
ainda há dificuldade sobre o significado de
palavras e expressões. Esclareça as dúvidas,
ou ofereça dicionários aos alunos, se houver.
4. Escreva no quadro as seguintes perguntas em
espanhol sobre o texto. Os alunos devem re-
spondê-las por escrito no caderno:
a) ¿Quién escribió la carta?
b) ¿A quién está dirigida?
c) ¿Cuándo, o en que época, ha sido escrita?
d) ¿Qué hechos o sentimientos describe?
Descrição da atividade
e) ¿Cómo empieza la carta y la despedida cómo es?
f) ¿Cuál es el registro del lenguaje, formal o
informal?
g) ¿Qué opinas del oficio o la profesión de zapa-
tero?
5. Comente e corrija cada pergunta na lousa.
Atividade P
El oficio de zapatero
22
Texto
Objetivos
Analisar as causas do desaparecimento de al-
gumas profissões consideradas históricas e os
motivos que ocasionam essas mudanças.
Introdução
O texto em espanhol nos transporta para um
tiempo muy lejano. A escritura da missiva, numa
linguagem formal, respeitosa e educada, é rari-
dade. A relação entre cliente e prestador de
serviço, impecável. Bem, passemos ao presente.
Hoje em dia, já não é comum encontrar uma sapa-
taria em nosso trajeto. Quando falamos em sa-
pataria podemos nos referir tanto ao lugar onde
se confecciona sapatos, como ao lugar onde se
conserta sapatos. A figura do sapateiro do bairro
está desaparecendo. Encomendar um sapato sob
medida então, parece coisa do passado, bem pas-
sado. Ou não? Por que isso acontece? Continua-
mos calçando sapatos, mas qual foi a mudança?
Onde são fabricados os sapatos, nas grandes
fábricas? E o conserto? Os sapatos são des-
cartáveis? – “O avanço chinês no setor de calça-
dos, preocupa o Brasil”, “Fábricas de calçados
brasileiras fecham suas portas, desemprego à
vista”, “O calçado produzido na China chega mais
barato ao Brasil”. Essas manchetes são comuns
nos jornais atuais. Assim como temos notícias de
profissionais brasileiros especializados nesse se-
tor que emigram para a China, pois lá o emprego
está garantido para eles. O Brasil estuda aumen-
tar a taxa de importação do produto a pedido dos
calçadistas brasileiros, que reclamam da concor-
rência chinesa e do real muito valorizado. Volte-
mos a falar do sapateiro que fabrica e conserta
calçados, qual será o futuro dessa profissão?
Resultados esperados: Identificar as causas
das mudanças ocorridas no setor produtivo de
calçados no Brasil e familiarizar-se com o uso da
escrita em espanhol.
Tempo sugerido: 2 horas
22CP09 TX22P3.qxd 20.01.07 17:43 Page 88
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 89
Área: Língua estrangeira – Espanhol
Nível II
Após a leitura e discussão do texto proponha
a seguinte atividade de versão ao espanhol:
“El Carnaval genera muchos puestos de trabajo”
a) ¿Cuáles serían estos puestos?
R. Ejs. Modista, carpintero, serrajero, admi-
nistrador, electricista, coreógrafo, músico, etc.
b) ¿En que ciudades brasileñas se celebran las
grandes fiestas de Carnaval?
R. En Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda,
São Paulo.
c) Según el texto, ¿qué debe hacer una persona que
tenga interés en trabajar en los carnavales?
R. Lo importante es buscar las organizaciones,
pues la divulgación, el reclutamiento y la selección
de personal se hace allí mismo en su interior.
Descrição da atividade
Atividade P
El carnaval brasileño ofrece buenas oportunidades de trabajo
23
Texto
Objetivos
Analisar as possibilidades de emprego que o
mercado cultural oferece e os requisitos exigidos.
Introdução
O Carnaval emprega mão-de-obra especializada.
A grande festa da cultura popular não é organiza-
da dias antes. No Rio de Janeiro, por exemplo,
envolve um número muito grande de pessoas que
trabalham o ano todo sem parar até o dia do des-
file. Os carnavalescos são profissionais prepara-
dos, extremamente criativos e bem-remunerados.
São os responsáveis por tudo o que se vê na
avenida. Eles trabalham com desenhistas, coreó-
grafos, letristas e muitos outros profissionais que
os assessoram no desenvolvimento do enredo
que a escola escolheu para apresentar no sam-
bódromo. A “cidade do samba” foi criada para
abrigar os barracões das 14 escolas de samba do
grupo especial. Essa iniciativa gerou muitos em-
pregos diretamente vinculados com a preparação
dos carros alegóricos e de fantasias, entre eles es-
tão: costureiras, marceneiros, serralheiros, car-
pinteiros, etc. As escolas confeccionam fantasias e
vendem, principalmente, aos estrangeiros que de-
sejam desfilar na avenida. O texto nos informa
sobre outras oportunidades de trabalho tempo-
rário no carnaval mas são exigidas formação e
experiência, do ensino fundamental ao curso su-
perior e, geralmente, fluência em idiomas es-
trangeiros. Vale reforçar: qualificação profissional
é imprescindível?
Resultado esperado: Identificar possibili-
dades de emprego nas organizações carnava-
lescas.
Materiais indicados:
P
imagens e reportagens
sobre o tema.
Tempo sugerido: 1 hora
23CP09 TX23P3.qxd 20.01.07 17:44 Page 89
90 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Geografia
Nível I e II
1. Em círculo, converse com os alunos, pergunte,
motive, ouça o relato, registre as impressões e
preferências, enriqueça a conversa com per-
guntas tais como: Você gosta de brincar car-
naval? Como é o carnaval na sua cidade? Você
assiste a desfiles de carnaval pela televisão? O
que mais chama sua atenção? Que diferenças
você observa nas músicas de carnaval das
várias regiões do Brasil? Quais os significados
do carnaval para a sociedade brasileira: na
cultura, na política e na economia? Vocês con-
hecem alguém que trabalha ou já trabalhou
em atividades ligadas ao carnaval?
2. Após a discussão ler e discutir o texto.
3. Analisar a importância do carnaval para o mer-
cado de trabalho e emprego, compare as in-
formações sobre o carnaval do Rio de Janeiro
e o da sua região.
4. Fazer, em grupo, um levantamento dos tipos
de trabalho que são gerados pelo carnaval na
sua cidade ou região.
Descrição da atividade
5. Produzir um pequeno texto coletivo sobre os
significados do carnaval para a cultura e o tra-
balho. Incentive a turma a produzi-lo em for-
ma de letra de canção de carnaval. Motive-os
a apresentar cantando em diferentes ritmos:
samba-enredo, pagode, axé, marchinha etc.,
de acordo com as características das regiões
do Brasil.
Atividade P Carnaval: samba, alegria e trabalho
23
Texto
Objetivos
• Refletir sobre os significados do carnaval como
manifestação da cultura popular nas diferentes
regiões do Brasil e como oportunidade de tra-
balho e renda.
Introdução
O carnaval, festa milenar trazida pelos portugue-
ses no período da colonização, constitui uma das
mais importantes manifestações da cultura popu-
lar que nos identifica, pois nele é possível lo-
calizar heranças culturais de diferentes povos
que habitam o nosso país. Em cada região, a festa
possui características próprias reveladas nos rit-
mos, nas roupas, nos sons e instrumentos musi-
cais, na maneira de festejar. De Norte a Sul do
Brasil, percebemos, no carnaval, que a cultura
brasileira é formada de diferentes culturas. Pes-
soas de diferentes origens étnicas e sociais partic-
ipam da festa. “Para muitas pessoas o carnaval
significa diversão e folia. Já para outros, uma
boa oportunidade de descansar e sair da rotina
de trabalho”. Representa também oportunidades
de trabalho e renda para muitas pessoas, sobre-
tudo as desempregadas. Sugerimos trabalhar essa
atividade articulando os temas do trabalho, da
cultura e da geografia das diferentes regiões de
forma criativa, para que os alunos sejam motiva-
dos a pensar sobre os múltiplos significados do
carnaval para a sociedade brasileira.
Resultados esperados:
a) Compreender os significados do carnaval, co-
mo manifestação da cultura popular, nas
diferentes regiões do Brasil e, também, como
oportunidade de trabalho e renda.
b) Produção de texto/letra de canção.
Dicas do Professor: Consultar o Almanaque Brasil de
Cultura Popular. Site www.almanaquebrasil.com.br.
Tempo sugerido: 2 horas
23CP09 TX23P3.qxd 20.01.07 17:45 Page 90
Área: Português
Nível I e II
1. Estudo do contexto de produção: Pedir aos
alunos que, depois da leitura do texto, res-
pondam:
a) Quem é o autor do texto? Qual é seu objeti-
vo ao escrever o texto? Qual é seu papel so-
cial?
b) Para quem o autor escreveu o texto?
c) Com que propósitos o autor escreveu o texto?
d) Este é um texto literário? Um texto de opi-
nião? Um texto de informação?
e) Por onde este texto circula? Poderia estar
numa revista em quadrinhos? Numa narra-
tiva mítica? Num jornal de grande circu-
lação? Num livro de poesias? Na Internet?
Por quê?
2. Análise da organização interna:
a) Que tipo de informações o texto apresenta?
b) De que forma as diferentes informações são
apresentadas para o leitor?
c) Quais são as competências exigidas para se
conseguir trabalho no carnaval?
d)A forma global como o texto foi organiza-
do e o tipo de informações selecionadas
para tratar o assunto estão adequados para
que o texto possa cumprir sua finalidade?
Justifique.
3. Atividades de Produção de Texto:
a) Mostrar aos alunos que o texto de infor-
Descrição da atividade
mação responde a questões como: Quem?
Quando? Onde? Como? Por quê?
b)Recortar anúncios de jornal que oferecem
empregos. Repetir as questões das partes 1
e 2 e enfatizar que cada gênero exige um
tipo de linguagem, um público específico e
possui um suporte esperado.
c) Pedir que criem anúncios para oferta de em-
pregos no carnaval, descrevendo as exigên-
cias para admissão e descrevendo os respec-
tivos cursos e funções.
Atividade P Estudo de texto de informação. Produção de anúncio.
Resultado esperado: Ampliação da capaci-
dade de escrever textos informativos e anúncios.
23
Texto
Objetivos
Reconhecer as características de um texto de
informação.
Introdução
Pergunte se há alunos na salas que já tenham tra-
balhado no carnaval, ou em outras festas. Será
que imaginam quantas pessoas trabalham nesse
período?
Materiais indicados:
P
anúncios de jornais
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho 91
23CP09 TX23P3.qxd 20.01.07 17:45 Page 91
92 Caderno do professor / Cultura e Trabalho
Área: Ciências
Nível I e II
1. Proponha a seus alunos observações diretas de
materiais usados para registrar imagens. O
filme pode ser obtido em laboratórios fotográ-
ficos (para observar os fotogramas). Os CDs ou
DVDs quando vistos contra a luz produzem
diferentes cores, indicando a superfície metáli-
ca onde os bits de informação estão gravados.
2. Peça a seus alunos para obter um projetor de
filmes ou uma foto dele. Indicar o motor que
faz o filme rodar e o sistema de lentes.
3. Para estudar a tela digital, peça à seus alunos
para observarem a tela da televisão com uma
lente de aumento, não ultrapassando 1 minuto.
4. Ensine seus alunos a construírem um pequeno
“livro animado”:
a) papel (aproximadamente 10 cm x 5 cm).
Serão necessários pelo menos 30 pedacinhos
de papel;
Descrição da atividade
Atividade P A ilusão visual de imagens em movimento
24
Texto
Objetivos
• Reconhecer as duas formas de projeção de ima-
gens dos projetores de filmes e de DVD.
Entender o processo de sobreposições de ima-
gem que cria a ilusão visual do movimento.
Introdução
Nesta atividade abordam-se as características físi-
cas das imagens de filmes e DVD. Nos filmes, um
dispositivo óptico (câmera) transforma as imagens
em uma sequência de fotos (fotogramas) forman-
do uma fita de extensão variada. Em cada segun-
do, são registrados 24 fotogramas de 35mm cada
(varia conforme a filmadora). No DVD – Digital
Video Disk, as imagens são registradas em tabelas
de pontos coloridos (pixels) por meio de arquivos
digitais, em seqüências numéricas. Essas seqüên-
cias são gravadas por meio de um feixe de laser no
alumínio que compõe o disco óptico (DVD ou CD –
Compact Disk). Para reproduzir a sensação de
movimento utiliza-se um projetor (para filme) ou
um leitor (para DVD). No caso do filme, quando
são projetadas 24 imagens em um segundo, nossos
olhos e cérebro não conseguem distinguir uma
imagem da outra e temos a ilusão de ver o movi-
mento real. No caso do DVD é necessário uma tela
(monitor) e um canhão luminoso, com um raio de
dimensões muito pequenas, que “bombardeia” a
tela, varrendo-a em sua extensão 60 vezes por se-
gundo. Tudo isso é muito rápido!
Resultado esperado: Compreender os pro-
cessos de formação de imagem como ilusões de
óptica.
Materiais indicados:
P
película de filmes com
fotogramas, CD-Rom ou
DVD Rom, papel e cola
ou grampo.
Tempo sugerido: 4 horas
b) oriente para que prendam uma das laterais
formando um caderninho;
c) sugerir que façam em cada folha um pe-
queno desenho; o desenho precisa ser sim-
ples para facilitar;
d) repetir o desenho mudando sua posição na
folha, como se estivesse se movendo;
e) após concluir os desenhos, folhear rapida-
mente o caderninho;
f) se tudo foi seguido, será criada uma ilusão
de que o objeto está se movendo.
24CP09 TX24P3.qxd 18.01.07 19:30 Page 92
Área: Educação Física
Nível I e II
1. Promova uma discussão com as seguintes
questões: a) Você já se percebeu respirando?
Como é sua respiração? Descreva todos os
movimentos dela: por onde entra o ar, por
onde sai, etc. Respirar é intencional? Por quê?
Que outros movimentos no nosso corpo não
dependem de nossa vontade? Descreva-os. Há
outros tipos de respiração? O que é apnéia?
No sono, isso pode acontecer? Você conhece
algum esporte que utiliza a apnéia? (mergu-
lho) Podemos aumentar o controle sobre ela?
Como?
2. Desenvolva a seguinte atividade com os alu-
nos: Respiração profunda – a) Deite no chão,
em um cobertor, colchonete, etc. b) Flexione
os joelhos e afaste os pés mais ou menos 20
centímetros, com os dedos voltados ligeira-
mente para fora. Certifique-se de que a coluna
está reta. Relaxe. c) Coloque uma das mãos
sobre o abdômen e a outra sobre o tórax; d)
Inspire lenta e profundamente pelo nariz, ex-
Descrição da atividade
pandindo o abdômen e empurrando a mão
para cima, até onde for confortável. e) A
seguir, inspire pelo nariz e expire pela boca,
emitindo um som suave, relaxante como o
vento, f) Execute inspirações longas, lentas e
profundas, que farão o abdômen subir e des-
cer. Concentre-se no som e na sensação de res-
pirar enquanto vai ficando cada vez mais re-
laxado; g) Continue respirando profundamente
durante cinco a dez minutos de cada vez, uma
ou duas vezes por dia. Faça disso um hábito.
3. Ao final, peça aos alunos que produzam um
texto sobre todo o processo.
Atividade P Você sabe respirar?
Resultados esperados:
a) Reconhecer a importância da Educação Física
no dia-a-dia.
b) Refletir sobre a intencionalidade do movimento.
c) Produção de texto.
24
Texto
Objetivos
Refletir sobre os movimentos de forma inten-
cional e não-mecânica. Reconhecer a impor-
tância da Educação Física para a vida. Executar
a respiração natural completa.
Introdução
O meio ambiente equilibrado é necessário ao
bem-estar. O homem inventou estratégias de
dominar a natureza (trabalho) de modo a usá-la
em proveito próprio com o menor dispêndio pos-
sível de sua energia física. Um produto direto
desse conforto está nas atividades de lazer, por
exemplo, no cinema. Essa tecnologia permite o
contato com novas culturas, amplia os conheci-
mentos, desvenda outras realidades e ocasiona a
transnacionalização da cultura. Fisicamente esse
lazer é o mais indicado? Deve-se procurar apenas
atividades de lazer em que ficamos estáticos? Só
cinema e TV? Para a quebra desse ciclo podemos
começar com os movimentos que quase nunca
são percebidos por nós e que são os mais impor-
tantes para nosso bem-estar. Você já se percebeu
respirando?
Contexto no mundo do trabalho: A atividade propor-
ciona refletir sobre a melhoria da qualidade de vida por
meio da intencionalidade dos movimentos.
Tempo sugerido: 3 horas
Caderno do professor / Cultura e Trabalho
93
24CP09 TX24P3.qxd 18.01.07 19:30 Page 93
Área:
Proposta de atividade
Nível
Nome da atividade P
21
Texto
Objetivos:
Descrição:
Lista de materiais:
Coleção Cadernos de EJA
Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 3
Anotações:
Coleção Cadernos de EJA
Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4
Expediente
Comitê Gestor do Projeto
Timothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)
Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)
Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/Unitrabalho
Diogo Joel Demarco (Unitrabalho)
Coordenação do Projeto
Francisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)
Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)
Luna Kalil (Coordenadora de Produção)
Equipe de Apoio Técnico
Adan Luca Parisi
Adriana Cristina Schwengber
Andreas Santos de Almeida
Jacqueline Brizida
Kelly Markovic
Solange de Oliveira
Equipe Pedagógica
Cleide Lourdes da Silva Araújo
Douglas Aparecido de Campos
Eunice Rittmeister
Francisco José Carvalho Mazzeu
Maria Aparecida Mello
Equipe de Consultores
Ana Maria Roman – SP
Antonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SP
Armando Lírio de Souza – UFPA – PA
Célia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SP
Eloisa Helena Santos – UFMG – MG
Eugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SP
Giuliete Aymard Ramos Siqueira – SP
Lia Vargas Tiriba – UFF – RJ
Lucillo de Souza Junior – UFES – ES
Luiz Antônio Ferreira – PUC-SP
Maria Aparecida de Mello – UFSCar – SP
Maria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SP
Maria Márcia Murta – UNB – DF
Maria Nezilda Culti – UEM – PR
Ocsana Sonia Danylyk – UPF – RS
Osmar Sá Pontes Júnior – UFC – CE
Ricardo Alvarez – Fundação Santo André – SP
Rita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SC
Selva Guimarães Fonseca – UFU – MG
Vera Cecilia Achatkin – PUC-SP
Equipe editorial
Preparação, edição e adaptação de texto:
Editora Página Viva
Revisão:
Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto,
Mônica Rodrigues de Lima,
Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini
Edição de arte, diagramação e projeto gráfico:
A+ Desenho Gráfico e Comunicação
Pesquisa iconográfica e direitos autorais:
Companhia da Memória
Fotografias não creditadas:
iStockphoto.com
Apoio
Editora Casa Amarela
(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)
Cultura e Trabalho : caderno do professor /
[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,
Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :
Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos
e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério
da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)
Vários colaboradores.
Bibliografia.
ISBN 85-296-0067-3 (Unitrabalho)
ISBN 978-85-296-0067- (Unitrabalho)
1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)
2. Cultura 3. Livros-texto (Ensino Fundamental)
4. Trabalho I. Mazzeu, Francisco José Carvalho.
II. Demarco, Diogo Joel. III. Kalil, Luna. IV. Série.
07-0416 CDD-372.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino
fundamental 372.19
eja_expediente_Cultura_2362.qxd 1/26/07 3:37 PM Page 96
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