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A comida mineira ainda permanece fiel à tradição do feijão,
milho e porco. O tutu com torresmo, o feijão-tropeiro, o angu
com quiabo, a couve à mineira, a canjiquinha com carne, a
costela e o lombo de porco e os inúmeros e variados quitutes
à base de milho, como bambá de couve (milho com couve e
carne de porco), curau, pamonha, broa, cuscuz de fubá, farofa
de farinha de milho e canjica são algumas das delícias minei-
ras. O “maneco com jaleco” e a “vaca atolada” também são
pratos tradicionais. O primeiro consiste em lombo de porco
cozido com temperos e couve, e o segundo, em carne de vaca
cozida com mandioca. É também bastante típico em Minas
Gerais o consumo de ora-pro-nóbis, folhagem usada no pre-
paro de angus, feijões, sopas e refogados. Ela é rica em vita-
mina A, vitamina C e ferro.
Quanto às sobremesas, em Minas Gerais há fartura de doces
e compotas: doce de buriti, de leite, rocambole recheado, ge-
léias com queijo de minas, doces de amendoim, etc.
Sul
A Região Sul foi a que recebeu maior influência de imigrantes.
Isso porque o clima temperado da região era mais parecido
com o clima europeu, facilitando a adaptação de italianos, ale-
mães, poloneses e ucranianos, que se estabeleceram prefe-
rencialmente em atividades agrícolas.
Atividade agrícola é aquela ligada ao cultivo do
solo para obtenção de produtos vegetais. De acordo com
o dicionário da língua portuguesa, “é a arte de tratar e pre-
parar a terra para obter melhores colheitas”.
Os poloneses contribuíram para a alimentação local do Paraná
com pratos como repolho à moda, pão de leite e sopas. Os
italianos introduziram o cultivo da uva, o interesse pelo vinho,
a elaboração artesanal de pães, queijos, salames, massas em
geral e sorvete. Os alemães conservaram o cultivo da batata
e do centeio e o consumo de carnes defumadas, lingüiça e la-
ticínios, além do hábito do café colonial — uma refeição farta
que reúne preparações de um chá da tarde e de um jantar. Os
descendentes de imigrantes mantêm viva a cultura de seus
ancestrais e comemoram a colheita com festas realizadas anu-
O feijão-tropeiro recebeu
este nome porque o feijão era
servido, na época, durante as
longas viagens em tropas de
burro.