22
inferência do aluno relevantes para a aplicação; (vi) as preferências do aluno e (vii) um
histórico de seu comportamento em relação à sua interação com o sistema.
Em STI que mapeia o aluno de acordo com o conhecimento que este possui sobre o
domínio, é necessário, segundo Aïmeur et al. (2002), inicializar o modelo do aluno de
uma dessas formas: (i) o STI deve assumir que o novo estudante não sabe nada sobre o
domínio; (ii) o conhecimento do aluno deve ser avaliado com um pré-teste ou (iii) o
sistema deve possuir padrões de alunos para categorizar novos alunos por similaridade.
Existem variados modelos de alunos na literatura e atualmente diversos órgãos
internacionais estão elaborando suas propostas de modelo de aluno que possuem um
caráter gerencial, como por exemplo:
• EduPerson (UCAID, 2002): define uma classe de objetos e o padrão consiste em
um conjunto de atributos e dados sobre pessoas e recomendações sobre a sintaxe
e semântica desses dados. Entre os atributos estão o nome, sobrenome, tipo de
relação da pessoa com a instituição (aluno, professor, etc.), apelido e
identificação da pessoa;
• Instructional Management Systems (STEPHENS, 2004): tem por objetivo
difundir especificações que modelem o aluno, assim como reunir conteúdo de
diversos autores. O modelo do aluno é formado por onze categorias
(identificação, objetivo, qualificações, atividade, interesse, competência,
acessibilidade, desempenho, afiliação, relacionamento e chave de segurança);
• IEEE Public and Private Information (PAPI, 2004): reflete as principais idéias
de STI. O padrão trata da sintaxe e semântica do modelo de aluno através de seu
conhecimento, estilo de aprendizagem, habilidades, registros e informação
pessoal. As informações do aluno são separadas em seis categorias (pessoais,
relacionamentos, segurança, preferências, desempenho e portfólio).
Atualmente, um dos focos da pesquisa de modelos de aluno está permitindo que um
usuário negocie com o seu modelo (KAY, 2001; DIMIROVA, 2001) e, outra linha de
pesquisa foca a questão de como dar suporte a grupos de pessoas de forma a permitir
que estas se tornem times de trabalho (JOHNSON & JOHNSON 1997).
Vizcaíno (2000) e Tedesco (2001) propõem criar e manter modelos de grupo em
sistemas colaborativos. Nesta linha, há várias abordagens possíveis como, por exemplo,
analisar o desempenho e as necessidades de cada grupo sem perder de vista as
necessidades individuais. Segundo Rosatelli (2003), um modelo de grupo pode ser
utilizado para capturar informação importante para manutenção de interações saudáveis,
como, por exemplo, o modelo de grupo poder descrever os papéis de cada membro do
grupo, suas habilidades e o conhecimento acumulado.
Brusilovsky (1998, 2003) identifica cinco características do usuário que têm sido
consideradas nos sistemas como fontes de adaptação: (i) objetivos do usuário; (ii)
conhecimento; (iii) experiências prévias; (iv) experiência no hiperespaço e (v)
preferências. Em um ambiente de ensino e aprendizagem, Souto (2003) interpreta essas
características como: (i) objetivo da aprendizagem do aluno, que se modifica
freqüentemente de sessão para sessão ou dentro de uma mesma sessão de estudo; (ii)
conhecimento, que na maior parte das vezes é representado através de um modelo de
overlay (baseado no modelo estrutural do domínio sendo ensinado) ou através de um
modelo de estereótipos (como p. ex., muito bom, bom, regular, ruim, muito ruim); (iii)
experiência prévia do aluno fora do assunto, mas que é relevante o suficiente para ser