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sobre o que comem e bebem. (5). Eis a pretensa
estrutura «invulneravel», que a estrutura
cooperativa tem de substituir, não aos arrancos ou
por meio de demagogia metafisica, porém como os
verdadeiros cooperativistas fazem, sem puxar
pelos cabelos formas etéreas ou babilonicas, nem
forjar ferro velho pintado de novo... Tem que se
partir do simples para o complexo, numa marcha
natural, e não forçada.
A parte que cooperativa cabe de livre
arbitrio não deixa de ser relativa ao trabalho da
evolução que sopesa as idéas antes de consagra-las
na pratica, razão pela qual muitas idéas ficam
pelo caminho esquecidas ou de tal fórma
modificadas, que só assim perdem o aspéto
absurdo de impraticabilidade. A tendencia de
babilonização de institutos, sem atender ás
carateristicas que determinam as especies, tem
desviado da verdade e do que é a cooperativa. A
legislação que tratou das cooperativas, não era
perfeita como a Venus de Milo; toda-
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(5) Aos 15 de Março de 1937, em documento ao
Sr. Diretor, informei o seguinte, que me seja licito
reproduzir: <<Só uma lenta catequése, publicações
praticas de fato, a boa vontado de uns e outros que se vai
despertando daqui, dali, poderão animar no meio do
alvoroço, o espirito sereno de ajuda-mutua para o gaudio
da economia domestica sistematizada pela cooperativa
popular de consumo. Se o governo fandases por si uma
modelar a estregasse-a ao povo oportunamente seria mais
rapido. Mas, deixando de ser espontaneo esse movimento,
como se procura caracteriza-lo, o feudo comercial,
escudado nos Impostos e licenças que paga, protestaria
fortemente contra o governo, o que convem evirar. O
folheto de propaganda é o melhor veiculo..