nacional, cujo índice de analfabetismo, nas idades de 15 e mais anos, segundo o
recenseamento de 1940, ainda era infelizmente de 55%.
Respondendo a esse fenômeno tão grato, o Governo Federai tem distribuído,
gratuitamente, várias publicações educativas, destinadas tanto à aprendizagem
de leitura e escrita, como à difusão de conhecimentos sobre higiene, civismo e
preparação profissional, cujo número, no triênio de 1947-1949, orça por quatro
milhões. Por outro lado, no ano findo, o Serviço de Educação de Adultos pôs em
prática duas iniciativas de grande alcance: a realização de um programa de
ensino visual, por meio de projetores, para dia-filmes; e a edição de um jornal
mural para ser afixado em escolas, fábricas, feiras, mercados e outros locais.
Foram distribuídos 1.500 desses aparelhos e 12.000 dia-filmes, e remetidos às
unidades federadas, para distribuição, em todos os municípios do pais, 225 mil
exemplares do jornal.
Além dos resultados evidenciados por essa iniciativa governamental, realizada
com a cooperação de todas as unidades federadas, há a assinalar o trabalho
desenvolvido, voluntariamente, não só por indivíduos, como por igrejas,
associações cívicas e culturais, órgãos paraestatais, e empresas comerciais e
agricolas. A esses voluntários foram distribuídas, nos três anos da Campanha,
mais de 300 mil publicações educativas, sendo de estimar que, só com o seu
auxílio, tenham sido alfabetizados mais de cem mil pessoas.
Os serviços da Campanha de Educação de Adultos foram custeados com uma
parte dos recursos anuais do Fundo Nacional do Ensino Primário, e, ainda, e em
1948-1949, com dotações especiais de Cr$ 17.000.000,00, que lhes foram
consignadas no Orçamento para cada um desses exercícios. Dessa maneira, os
auxílios programados para os Estados, Territórios e Distrito Federal, visando ao
ensino supletivo, montaram, em 1947, a Cr$ 24.318.900,00; no ano seguinte,
atingiram o total de Cr$ 37.095.330,00; sendo que, no exercicio que vem de
terminar, se elevaram a Cr$ 39.211.120,00.
Para o exercicio de 1950, pensa o Governo desenvolver os serviços da
Campanha, não só em extensão, mas também em profundidade, de acordo, aliás,
com o plano geral aprovado desde o inicio do movimento. Dentro de tal
orientação, foi projetado um plano de missões regionais de educação de adultos, a
ser realizado através da cooperação entre serviços dos Ministérios da Educação e
da Agricultura. Estuda-se ainda o desenvolvimento da distribuição gratuita de
publicações educativas, o funcionamento de bibliotecas circulantes, e maior
extensão dos serviços educativos de radiodifusão e de ensino visual
Esses novos processos educativos, que tendem a facilitar a recuperação de
grandes massas populares, ainda desprovidas dos mais rudimentares instrumentos
de cultura, baseiam-se em trabalhos similares realizados por outros paises, ou em
experiências já aqui promovidas, na conformidade de