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CONVENIO
SECRETARIA DE ENSINO DE 1º E 2º GRAUS MEC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FUNDAÇÃO CEARENSE DE PESQUISA E CULTURA
PARTICIPAÇÃO: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS
AVALIAÇÃO DA EDUCACÃO RURAL BASICA
NO NORDESTE BRASILEIRO
ACESSO E EFICIÊNCIA NA ESCOLA RURAL
RELATÓRIO TÉCNICO N° 2
1982
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EQUIPE TECNICA.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
ÂNGELA TERESINHA DE SOUZA THERRIEN
HELENA MARIA DE SOUZA FERREIRA
JACQUES THERRIEN
MARIA CONSULEO LINS DE MATOS
MARIA LÚCIA LOPES DALLAGO
MEIRECELE CALÍOPE LEITINHO SOARES
RAIMUNDO HÉLIO LEITE (Coordenador)
ROSEMARY CONTI FURTADO
SILENE BARROCAS TAVARES
MARLY MEDEIROS DE MIRANDA (Auxiliar de Pesquisa)
REGINA STELA PEREIRA DO NASCIMENTO (Auxiliar de Pesquisa)
EQUIPE DE PROCESSAMENTO DE DADOS
JOÃO BATISTA GOMES FERREIRA NETO
ROBERTO CLAUDIO FROTA BEZERRA
EQUIPE DE APOIO
ANA NERY BEZERRA PARA
ENÛE DE JESUS CUNHA MORAES
INDICE
INTRODUÇÃO - 01
1. 0 ACESSO NA ESCOLA DE 1º GRAU MENOR - 03
1.1, DESCRIÇÃO DO UNIVERSO IDENTIFICADO - 05
1.2. AS TAXAS DE ATENDIMENTO - 12
2. EFICIÊNCIA NA ESCOLA DO 1
o
GRAU MENOR- 21
2.1, APRESENTAÇÃO GLOBAL DOS DADOS - 22
2.2, DADOS DE EFICIÊNCIA DO PIAUÍ - 25
2.3, DADOS DE EFICIÊNCIA DO CEARA - 28
2A DADOS DE EFICIÊNCIA DE PERNAMBUCO - 31
ANEXOS - 35
TABELAS
01 - Escolas de 1' grau, (menor) da área rural identificadas na ficha SEEC-
-MEC, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 06
02 - Nível de escolaridade dos alunos da área rural identificados na ficha
SEEC-MEC, por tipo CB programa e série, segundo os Estados.1981. - 06
03 - Média, por escola, de alunos de 1a. a 4a. séries identificados na fi-
cha SEEC/MEC, por tipo de programa, segundo os Estados.1981 - 07
04 - Alunos novos e repetentes de 1a. série da área rural, identificados na
ficha SEEC-MEC, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 09
05 - Idade dos alunos de 1a. série da área rural, identificados na ficha
SEEC/MEC, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 11
06 - Relação entre a matrícula de alunos de 7 anos na 1a. série e a popula
ção de 7 anos, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 12
07 - Relação entre a matrícula de alunos novos na 1a. série e a população
de 7 anos, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 13
08 - Relação entre a matrícula de alunos na 1a. série e a população de 7
anos, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 14
09 - Relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos novos de 7 anos e
o total de alunos novos, por tipo de programa, segundo os Estados
1981 - 15
10 - Relação entre a matrícula, na 1a. série,de alunos novos de 7-9 anos e
o total de alunos novos, por tipo de programa, segundo os Estados
1981 - 15
11 - Relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos de 7-10 anos e o
total de alunos, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981 - 17
12 - Relação entre a matrícula de alunos de 7-14 anos nas quatro primeiras
séries do 1º grau e a população do 7-14 anos, por tipo de programa,se
gundo os Estados. 1981 - 18
13 - Relação entre a matrícula total de alunos nas quatro primeiras séries
do 1º grau e a população de 7-14 anos, por tipo de programa, segundo
os Estados. 1981 - 19
14 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e a 4a.-
ries, por tipo de programa, segundo o Estado. 1981 - 23
15 - Discronia série-ano de escolaridade. - 24
16 - índices de retardo dos alunos de 2a. e 4a. séries, Por tipo de progra
ma, segundo o Estado. 1981 - 25
17 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.séries
por tipo de programa, segundo as microrregiões do Piauí.1981 - 26
18 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a. séries,
por tipo de programa, segundo os municípios do Piauí. 1981 - 27
19 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a. séries,
por tipo de programa, segundo a microrregião. Ceará. 1981 - 29
20 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a. séries,
por tipo de programa, segundo os municípios. Ceará. 1981 - 30
21 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a. séries,
por tipo de programa, segundo a microrregião. Pernambuco, 1981 - 31
22 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a. séries,
por tipo de programa, segundo o município. Pernambuco. 1981 - 32
ANEXO I
TABELAS
01 Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo
os municípios da amostra atendidos pelo EDURURAL.Piauí - 1981 - 36
02 Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo
os municípios da mostrao atendidos pelo EDURURAL.Piauí-1981- 37
03 Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo
os municípios da amostra atendidos pelo EDURURAL.Ceará - 1981 - 38
04 Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo
os municípios da amostrao atendidos pelo EDURURAL.Ceará-1981-39
05 Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo
os municípios da amostra atendidos pelo EDURURAL. Pernambuco - 1981
- 40
06 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segu_n
do os municípios da amostrao atendidos pelo EDURURAL.Pernambuco,
1981 - 41
ANEXO II
TABELAS
07 População rural residente por município e grupo de idade. Piauí
1981 - 43
08 População rural residente por município e grupo de idade. Ceará
1981 - 44
09 População rural residente por município e grupo de idade. Pernambu-
co - 1981 - 45
ANEXO III
TABELAS
10 Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o ti-
po de programa e os municípios. Piauí. 1981 - 47
11 Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o ti-
po de programa e os municípios. Ceará. 1981 - 46
12 Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o ti-
po de programa e os municípios. Pernambuco. 1981 - 49
INTRODUÇÃO
O projeto de avaliação da educação rural basica, no Nor-
deste brasileiro incluia entre seus objetivos, o estudo do im-
pacto do programa EDURURAL nas dimensões de acesso ã escola e
de eficiencia do processo educacional. 0 presente relatório
apresenta as análises preliminares destes dois objetivos esta-
belecidos como variáveis dependentes do programa.
0 relatório anterior descreveu o trabalho de campo de_
finindo inicialmente a abrangência das atividades de avaliação.
Em termos legais, o acesso ã escola rural significa a ma_
trícula nestas unidades de todas as crianças de 7-14 anos. Na
realidade, as taxas de analfabetismo e os Índices de evasão es_
colar continuam denunciando a ausencia da escola de parcelas
significativas da população rural em idade escolar. Ademais,
não somente a criança deve iniciar seu processo educacional na
idade certa, como deve encontrar condições de permanecer na es_
cola progredindo, eficientemente, no decorrer dos anos.
São apresentadas a seguir diversas taxas de atendimento,
concebidas como modo de descrever diversos aspectos do proble-
ma de acesso ã escola rural e medir os efeitos de melhoria da
situação existente.
A necessidade de se estudar a eficiência decorre do fato
de, tradicionalmente, o sistema educacional brasileiro apresen^
tar baixos níveis de rentabilidade. A retenção nas -primeiras
séries do grau
3
além de reduzir as chances, para o aluno,de
completar o ciclo escolar, gera o desperdício de recursos para
uma maior produtividade do sistema.
O levantamento dos elementos que interferem na eficien-
cia será feito nos relatórios que virão a seguir.
Para uniformizar os procedimentos de analise, os dados
deste relatório foram agregados a nivel de listado, segundo a
localização ou não dos municípios, em áreas atendidas pelo EDU_
RURAL. No caso da eficiencia, foi feito, em cada Estado, um es_
tudo por microrregião e por municípios.
1. O ACESSO NA ESCOLA DE I
o
GRAU MENOR
Os dados preliminares do Censo de 1980 revelam que os ín_
dices de analfabetismo ainda continuam alarmantes, particular-
mente em determinadas regiões como o Nordeste brasileiro. Quan
do se trata da população em idade escolar, essas informações
se tornam indicadores de falta de atendimento a todas as crian_
ças, de acordo com os direitos de educação mais elementares. 0
acesso ã escola, particularmente no meio rural, permanece um
privilégio de parcelas da população desta área. Mesmo com as
mudanças de mentalidade, valorizando mais a escolarização do
que o trabalho da criança na roça, continuam as distorções de
acesso e de permanência na escola, na idade própria.
Diferentemente dos outros dados de avaliação do EDURURAL,
o presente tópico abrange a totalidade da população matricula-
da e das escolas localizadas nas áreas rurais(1) dos municí-
pios escolhidos para a pesquisa. A análise detém-se particular
mente na 1a. série do 1º grau, considerando tanto a matrícula
total como a matrícula parcial.o apresentados, também,dados
agregados da população de 1º grau menor atendida nestas esco-
las.
Os dados relativos ã população escolar foram retirados
da ficha de informações do Serviço de Estatística da Educação e
( ) Segundo o IBGE, a área rural exclui a sede do município e as sedes de
distritos.
Cultura do NEC CSEEC/MEC) , aplicados em todas as escolas atra-
s das Secretarias de Educação de cada Estado. Os dados refe-
rem-se ao 1
9
semestre de 1981 e encontram-se no Anexo I.o
desagregados a nível de município.
As informações relativas ã população rural de 7 anos e
7-14 anos, residente nos municípios, no ano de 1981 (Anexo II)
foram fornecidos pelas Secretarias de Educação e calculados a
partir dos dados do Censo de 1970 e 1980.
Para o cálculo dos índices de acesso procedeu-se confor-
me as definições anteriormente apresentadas no relatório de
2 ~
descrição do trabalho de campo (2). Serão discutidos apenas os
índices médios relativos a cada tipo de programa, por Estado .
Estas médias foram calculadas a partir da média de cada municí-
pio, como consta em tabelas apresentadas no Anexo III. Convém
observar que os índices desagregados, a nível de municípios ,
revelam, em muitos casos, variações extremas entre estes. 0 fe_
nômeno aponta para a necessidade de acompanhamento de campo pa_
ra estudo das peculiaridades destes casos.
As análises, a seguir, apresentam apenas algumas dimen-
sões predominantes das diversas alternativas oferecidas pelos
dados disponíveis. Caberá a outros estudos uma melhor explora-
ção das potencialidades de investigação das condições de aces-
so e eficiência, na escola rural.
Faz-se necessária uma advertência ao leitor quanto à in-
terpretação dos dados apresentados neste tópico. Tratando-se de
2 -
( ") Ver: Relatório Tecnico n
9
1. Descrição do Trabalho de Campo. Cap. 1.
informações fornecidas diretamente pelas escolas na ficha SEEC-
-MEC de onde os dados foram retirados, a coordenação deste Pro_
jeto de Avaliaçãoo dispunha de mecanismos de controle da
qualidade dos dados. Por ocasião da análise destes, alguns mu-
nicíp'ios apresentaram índices extremos sem revelar, contudo,
uma realidade educacional diferente das demais. Em alguns muni-
cípios, por exemplo, quase todos os alunos foram registrados
como "novos", na 1a. série, encobrindo o fato da repetência.
Outro fator a ser considerado refere-se ã época da cole-
ta dos dados. Como se trata de matrículas no início do ano, sa_
be-se que em vários casos há desistência do aluno ao longo do
semestre.
Portanto, sugere-se que a interpretação dos dados apre-
sentados a seguir, seja cautelosa e flexível a nível das unida_
des menores. Acredita-se, contudo, que a nível global, a situa_
ção descritao se afasta multe da realidade existente.
1.1. DESCRIÇÃO DO UNIVERSO IDENTIFICADO
Para fins de cálculo das taxas de atendimento,foram iden-
tificadas 5.389 escolas, distribuídas pelos 60 municípios dos
três Estados da pesquisa (Tabela 1). Destas, 1.646 se encon-
tram no Piauí, 2.487, no Ceará e 1.256, em Pernambuco, sendo
que, nos dois primeiros Estados, mais de 2/3 das escolas se lo_
calizam nos municípios atendidos pelo EDURURAL.
TABELA 1 - Escolas de 1º grau (menor] da área rural identificadas na ficha
SEEC-MEC, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
EDURURAL
F
1032
1932
526
%
66
78
42
OUTROS
F
564
555
730
%
34
22
58
TOTAL
F %
1646 100
2487 100
1256 100
Como forma de destacar o problema de limitação de aces-
so, além de delinear a ordem de grandeza do universo atendido ,
considera-se mais proveitoso proceder a análise da distribui-
ção das escolas juntamente com c estudo das matrículas de 1a.
série e de 1º grau menor, nestas unidades (Tabela 2 ] . Este p r o_
cedimento possibilita, entre outras alternativas, o cálculo das
médias de alunos por unidades escolares (Tabela 3).
TABELA 2 - Nível de escolaridade dos alunos da área rural identificados na
ficha SEEC/NEC, por tipo de programa e série, segundo os Esta-
dos. 1981
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
(EDU)
1a Série
F %
33095
69
41043
77
16096
66
R U R
2a.-4a.Ser.
F %
14651
31
12458
23
0301
34
A L
TOTAL
F %
47746
100
53501
100
24997
100
0 U
1a Série
F %
17701
74
15891
69
18976
55
TRO
2a-4a, Sér.
F %
6181
26
7110
31
.156Z1
45
S
TOTAL
F %
23882
100
23001
100
34549
100
TOTAL
1º GRAU
MENOR
71628
76502
58946
TABELA 3 - Média, por escola, dos alunos de 1a. a 4a. séries identificados
na ficha SEEC/NEC, por tipo de programa, segundo os Estados
1961.
Os municípios da amostra C ) apresentam uma extensão geo
gráfica variada, o que gera diferenças mercantes entre os Esta_
dos, quanto ao tamanho de universo. Enquanto no Ceará,as 2.487
escolas encontradas atende a 76.502 alunos, em Pernambuco, foi
localizada a metade destas escolas (1.256] com um total de ....
58.946 alunos. 0 Piauí apresentou um grande número de alunos
C71.628), mas com uma quantidade reduzida de unidades, ou se-
ja, 1.646 escolas.
A variação observada atinge também os tipos de progra-
mas. A área do EDURURAL, no Piauí e ne Ceara, apresenta o do-
bro de unidades e de alunos que os municípios atendidos por OU
TROS tipos de programas. No caso do Ceará, verifica-se o fenô-
meno de 53.501 alunos serem atendidos em 1.932 unidades do EDU_
RURAL, o que proporciona uma média de 28 alunos por escolas.E_s_
ta situação contrasta com as demais áreas da pesquisa, onde a
média atinge um número de 44 alunos. No conjunte, o Ceará apre
senta uma tendência para escolas com menos alunos e Pernambuco,
para escolas com mais alunos, ocorrendo una variação desta-
dia de 28 para 47 alunos, respectivamente.
( 3) Foram selecionados 10 municípios por tipo de programa em cada Estado,
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
MÉDIA, POR ESCOLA, DE
EDURURAL
44
28
46
ALUNOS DE 1a. A 4a.SERIES
OUTROS
42
41
47
Analisando esta situação, sob o prisma do acesso à esco-
la, cabe questionar e sugerir estudos mais aprofundados sobre
a relação entre estas médias de alunos por escolas, e as cons-
tatações dos relatórios da pesquisa que caracterizam a escola
como sendo multisseriada, sob a responsabilidade de uma única
professora, e, muitas vezes, na própria casa desta última. Nes_
tas circunstâncias, como esperar melhores índices de acesso,co
mo também de eficiência em termos de propresso normal entre as
diversas séries do 1º grau. (Menor? De fato, o grande número
de alunos por escola, no contexto acima apontado, gera uma si-
tuação, onde ao problema de acesso se acrescenta a dificuldade
de reter os alunos já existentes e melhorar a qualidade do en-
sino.
A Tabela 2 oferece informações importantes neste sentido
Observa-se o fenômeno da concentração da população estudantil
na 2a. série, o que sugere uma busca de explicação nos fatores
de repetência e evasão, ou seja, na baixa eficiência do siste-
ma educacional .
A maior concentração de alunos na 1a. série encontra-se
na área do EDURURAL, no Ceará, com 41.043 {77%) alunos,seguido
do Piauí: 69% dos alunos dos municípios atendidos pelo EDURU-
RAL e 74%, nos municípios atendidos por OUTROS programas, en-
contram-se retidos na 1a. série. Essas concentraçõeso para
66% e 55%, respectivamente, no Estado de Pernambuco.
Esse quadro de extrema retenção na 1a. série deveria en_
contrar uma explicação no fenômeno da repetência. A Tabela 4 ,
que apresenta a matrícula de alunos novos e répètentes,não con
firma, ã primeira vista, esta hipótese. Apenas, o Piauí revela
um número significativo de alunos repetentes, ou seja, mais de
40% das matrículas. No Ceará e Pernambuco, estes ficam apenas
em torno de 20% .
TABELA 4 - Alunos novos e repetentes de 1a. série da área rural identifica_
dos na ficha SEEC-MEC por tipo de programa, segundo os Estados.
1981
.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
E D U R U R
NOVOS REPETENTES
F % F %
18127 14968
55 45
33600 7443
82 18
13113 2983
81 19
A L
1a SÉRIE
F %
33095
100
41043
100
16096
100
0 U
NOVOS
F %
10380
59
11500
72
16056
85
T R
REPETENTES
F %
7321
41
4391
28
2812
15
0 S
la SÉRIE
F %
17701
100
15891
100
18878
100
uma análise mais detalhada dos dados, a nível das fichas
de registro SEEC/MEC, aponta a probabilidade de problemas no
próprio sistema de coleta de informações. Vários municípios ,
em Pernambuco, e, alguns, no Ceará, registram todos os alunos
de 1a. série como "novos", omitindo a categoria de repetentes.
Por esta razão, a Tabela 4 apresenta número reduzido de repe-
tentes nestes Estados, apesar da alta concentração na 1a.série,
como registra a Tabela 2.
0 caso merece melhor análise a nível de observação de cam
po. uma possível explicação poderia proceder através do estudo
da evasão. Pode-se supor que o aluno evadidoo é considerado
repetente, sendo rematriculado como "novo". De qualquer forma,
a retenção na 1a. série aparece como indicador de ineficiência
do sistema.
Neste relatório, as taxas de acesso, na escola rural de
1º grau, foram calculadas, tomando-se como referência a popula_
ção de 7 anos de idade. Esta escolha justifica-se, em parte ,
na tradição e na legislação que delimitam o 1º grau, na faixa
de 7-14 anos. A Tabela 5, a seguir, revela que mesmo no meio
rural a entrada no 1
9
grau ocorre já aos 6 anos de idade. Embo_
ra esta parcela de alunos representa apenas segundo as áreas ,
de 7% a 12% do total de alunos na 1a. série, deve-se ressaltar
que nao é muito inferior ao grupo etário de 7 anos que ocupa de
11% a 18% das matrículas. Considerando-se a faixa de 8-10 anos,
observa-se que de 36% a 47% dos alunos se concentram neste úl-
timo grupo.
Mesmo admitindo uma faixa etária mais flexível para o in_
gresso na 1a. série da escola rural, constata-se uma séria dis
torção idade-série, quando aparece que, na maior parte das
áreas estudadas, mais de 41% dos alunos de 1a. sériem mais
de 10 anos de idade. Apenas as áreaso atendidas pelo EDURU-
RAL, no Ceará e em Pernambuco, apresentam índices menores, ou
seja, 30% e 27%, respectivamente.
0 problema da defasagem idade-sérieo é apenas reflexo
do ingresso tardio na escola rural. Nele estão incluídas as
questões de repetência, evasão e retorno à esco la, resultando em
altas concentrações de alunos na 1a. série, em relação ãs de-
mais séries. Desta forma, caracterizam-se os fatores de inefi-
ciência do sistema educacional, tanto a nível de produtividade,
como a nível de custos de manutenção.
FONTE: Secretarias de Educação/Fichas: SEEC-MEC.
TABELA 5 - Idade dos alunos de 1a. série da área rural, identificados na ficha SEEC/MEC, por tipo de programa, se_
gundo os Estados. 1981.
1.2. AS TAXAS DE ATENDIMENTO
A taxa de atendimento ideal na la. sèrie, definida como a
relação entre a matrícula de alunos de 7 anos na 1a. série e a
população de 7 anos evidencia a efetividade, no meio rural, da
norma legal, segundo a qual a entrada do aluno no sistema regu-
lar de ensino deve ocorrer aos 7 anos [Tabela 6).
TABELA 6 - Relação entre a matrícula de alunos de 7 anos na 1a. série e a po
pulação de 7 anos, por tipo de programa, segundo os Estados.19B1.
A nível global, os resultados obtidos indicam que menos
de 50% des alunos de 7 anos estão na escola,o aparecendo di-
ferenças marcantes entre os Estados. Desta forma, verifica-se
que, em média, 55% da população de 7 anoso estão na escola.
Esta situação tende a piorar nas áreas do EDURURAL do Ceará e
Pernambuco, sendo que no Piauí, o quadro mais deficiente se lo-
caliza nos municípios fora do EDURURAL.
Deve-se ressaltar que essas médias acobertam variações na
faixa de 30% a 70%, a nível de uma análise desagregada entre os
municípios. Sugerem-se observações mais apuradas tanto nos muni
cípios com índices mais favoráveis, como naqueles com índices
mais baixos. Os dados desagregados encontram-se em anexo.
A taxa de atendimento real, calculada pela relação entre
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO IDEAL
EDURURAL
0,49
0,42
0,38
- 1a.SÉRIE (TAI1)
OUTROS
0,42
0,54
0,49
a matrícula de alunos novos na 1a. série e a população de 7 anos,
compara os alunos novos na 1a. série com a população de 7 anos,
excluindo, desta ferma, o aluno repetente (Tabela 73.
TABELA 7 - Relação entre a matrícula de alunos novos na 1a. série e a popu-
lação de 7 anos, por tipo de programa, segundo os Estados. 1981.
Os índices obtidos, largamente inflacionados, particular-
mente no caso do Ceará, indicam, em primeiro lugar, a ocorrên-
cia de matrícula inicial fora da faixa étaria prevista. uma se-
gunda observação refere-se ã discussão anterior relativa ao fenô_
meno da evasão durante o ano escolar, sendo o aluno rematricula_
do como "novo", por ocasião do seu retorno. Este caso merece
maior aprofundamento. E altamente improvável a ocorrência de um
ano atípico com matrículas em massa em todos cs municípios da re_
gião .
Os dados primários indicam que em vários municípios de
Pernambuco, e em alguns do Ceará, a matrícula de alunos novos é
igual à matrícula total na 1a. série. uma explicação alternati-
va poderia associar três observações: 1) o alto índice de matrí
cuias novas (Tabela 4 ) ; 2) a grande concentração de matrículas
na Ia. série (Tabela 2); 3) a observação informal, por ocasião
do trabalho de campo, de que a promoção para a 2a. série ocorre
somente após o aluno ter vencido as etapas da cartilha e da 1a.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO REAL -
EDURURAL
1,61
3,32
2,60
- 1a.SÉRIE(TAR1)
OUTROS
1,79
2,76
2,46
série, ou seja, o 1º ano "fraco" e 1º ano "forte", o que equiva_
le ao aluno ser alfabetizado, antes de ingressar na 1a. série .
Corno a ficha SEEC/MEC nao registra o ano de alfabetização, os
alunoso seriam considerados como repetentes e, portanto, con_s_
tantemente matriculados como "novos" na 1a. série.
De qualquer forma, a grande variação do índice, que passa
de 1,61 no Piauí, para 3,32 no Ceará, na área do EDURURAL, suge
re estudos mais aprofundados.
Quando se considera a relação entre a matrícula total de
alunos na 1 a . série e a população de 7 anos (Tabela 8), a saber
a taxa de atendimento aparente na la. série, reforçam-se as ob-
servações destacadas na tabela anterior. Os altos índices encon
trados, comparados com a Tabela 8, revelam a presença na . 1a .
série de uma grande parcela de alunos em idade bem diferente da
ideal.
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO
EDURURAL.
2.91
4,19
2,90
APARENTE - 1a.SÉRIE (T.. )
1
OUTROS
2,94
3,65
2,75
Esta situação se destaca principalmente, no Estado do Cea
, quando se considera que, nos municípios atendidos pelo EDU-
RURAL, a população de 7 anos na 1a. série atinge a 42%,enquanto
a taxa de atendimento aparente é de 4,19. No Piauí e em Pernam
TABELA 8 - Relação entre a matrícula total de alunos na 1a. série e a popu-
lação de 7 anos, por tipo de programa, segundo cs Estados.1981 .
buco, esta taxa oscila entre 2,75 e 2,94, revelando uma realida_
de melhor do que o Ceará, sem fugir a um quadro geral de grande
distorção da idade/série.
As taxas de atendimento viável na la. sevie (Tabelas 9 e
10) consideram a relação entre a matrícula, na 1a. série,de alu_
nos novos de 7 anos ( e de 7-9 anos) e o total de alunos novos
na escola. A análise destes dados permite uma discussão apurada
de algumas questões levantadas anteriormente. Considera-se, ini_
cialmente, a proporção de alunos de 7 anos na 1a. série em rela_
ção às matrículas novas. Assim, controla-se a participação des-
ta faixa de população no fenômeno de concentração de alunos, no
início do ciclo de 1º grau menor.
TABELA 9 - Relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos novos de 7
anos e o total de alunos novos, por tipo de programa, segundo os
Estados. 1981.
TABELA 10 - Relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos novos de 7-9
anos e o total de alunos novos, por tipo de programa,segundo os
Estados. 1981.
Excluindo-se a parcela de população de 6 anos de idade,
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO VIÁVEL II-1a.Série (TAVII1)
EDURURAL OUTROS
0,46 0,44
0,34 0,42
0,41 0,53
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO VIÁVEL
EDURURAL
0,19
0,10
0,15
-1a. SÉRIE (TAV1)
OUTROS
0,21
0,15
0,20
pode-se considerar que cerca de 70% das vagas de 1a.série, com
uma situação extrema de 80% no EDURURAL do Ceará,o ocupadas
por alunos acima da faixa de 7 anos de idade.
Configura-se que no meio rural a faixa de idade de Ingres
so na escola apresenta uma variação ponderável. A distorção ida_
de/série é fato regular, gerando limitação para a ação do pro-
fessor que deve atender a grupos etários diversificados, embora
com conteúdos idênticos.
Considerando-se apenas as matrículas novas na 1a.série,de
modo ao envolver os alunos repetentes que poderiam inflacio-
nar a matrícula, obtêm-se índices de atendimento mais elevados,
mas a revelar que, segundo as áreas com conclusão do grupo etá-
rio de 6 anos, entre 40% e 57% dos alunos de Ia. série ingres-
sam na escola com mais de 9 anos de idade.
A situação mais difícil encontra-se nos municípios aten-
didos pelo EDURURAL. No caso do Ceará, apenas 34% das matrícu-
las pertencem ao grupo etário de 7-9 anos, situação esta que atin_
ge 41% em Pernambuco e 46% no Piauí. A taxa mais favorável[53%)
aparece em Pernambuco, nas áreaso atendidas pelo EDURURAL.
A taxa de atendimento de 7-10 anos na 1a. série represen-
tando a relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos de
7-10 anos e o total de alunos nesta série, vem completar as in-
formações referentes aos grupos etários.
uma leitura global da Tabela 11 revela que aproximadamente
47% (índice médio de 0,53) dos alunos de 1a. série estão fora
da faixa de 7-10 anos, sendo que a maioria destes tem idade su-
perior a 10 anos. uma exceção se observa nos municípios de Per-
nambucoo atendidos pelo EDURURAL, onde o índice de atendimen-
to à faixa de 7-10 anos é de 0,65. Estes dados apontam para um
ingresso muito tardio no ensino de 1
9
grau, mesmo considerando
as observações anteriores, quanto ã matrícula dos alunos repe-
tentes e ã presença de alunos de 6 anos.
TABELA 11 - Relação entre a matrícula, na 1a. série, de alunos de 7-10 anos
e o total de alunos, por tipo de programa, segundo os Estados .
1981.
A taxa de atendimento real no 1º grau menor, constituída
pela relação entre a matrícula de alunos de 7-14 anos nas qua-
tro primeiras séries do 1º grau e a população de 7-14 anos,indi-
ca o acesso à escola da população legalmente considerada em ida-
de escolar. Ao mesmo tempo, identifica-se o contingente de popu_
lação queo usufrui dos seus direitos a uma educação básica.
A nível do 1
9
grau, como consta da Tabela 12o existem
diferenças marcantes entre os Estados e os tipos de programas em
análise. De modo geral, pode se concluir que aproximadamente 60%
(índice médio de 0,60) da população de 7-14 anos está matricula_
da no 1º grau. Resta, portanto, uma população de 40% localizada,
em parte, no 1º grau maior, em parte, fora da escola, o que é
mais provável. Na área atendida por outros programas, no Piauí,
este índice chega a 0,50.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO DE 7-10 ANOS-
EDURURAL
0,52
0,47
0,53
-1a.SÉRIE (TA7-101)
OUTROS
0,50
0,55
0,65
TABELA 12 - Relação entre a matrícula de alunos de 7-14 anos nas quatro pri_
meiras séries do 1º grau e a população de 7-14 anos, por tipo
de prograna, segundo os Estados. 1981.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO REAL
EDURURAL
0,60
0,63
0,57
- 1º GRAU MENOR (TART)
OUTROS
0,50
0,62
0,60
Faz-se necessário observar que, a nível de dados nao agre_
gados, a variação entre os índices dos municípios apresenta
grandes intervalos, encobertos pelo efeito da média geral a-
4
vel de tipo de programa ( ).
A taxa de atendimento aparente no 1Ç grau menor definida
pela relação entre a matrícula total de alunos nas quatro pri-
meiras séries do 1
9
grau e a população de 7-14 anos, permite
destacar, quando comparada com a taxa de atendimento real, a pro
porção de matrícula fora da idade considerada ideal. A rigor, a
mesma informação poderia ser obtida comparando diretamente a par
cela de alunos de 7-14 anos, com o total de alunos matriculados
no 1º grau menor.
Os índices aparentemente mais elevados da Tabela 13,quan-
do interpretados à luz da Tabela 12, revelam que uma média apro
ximada de 15% dos alunos do 1º grau menor está fora do grupo de
7 a 14 anos. 0 quadro é praticamente o mesmo no Piauí e em Per
nambuco, cem índices maiores na área do EDURURAL, enquanto o Ce
ará atende a contingentes maiores.
(
4
) Ver Anexo III, Tabela 10.11.12.
TABELA 13 - Relação entre a matrícula total de alunos nas quatro primeiras
séries do 1º grau e a população de 7-14 anos, por tipo de pro-
grama, segundo os Estados. 1981,
0 fenômeno da distorção idade/série discutido anterior-
mente ganho novamente destaque, quando se considera que os da-
dos analisados referem-se apenas às quatro primeiras séries do
1
9
grau. Em situação ideal, o aluno deveria terminar o 1
9
grau
menor com 10 anos de idade, ingressando, portanto, na 5a. série,
aos 11 anos. Deduz-se que, na escola rural, a maior parte da p£
pulação de mais de 10 anos, matriculada na escola, encontra-se
no 1
9
grau menor. A pesquisao considerou a matrícula no 1º
grau maior, mas observou que estes contingenteso extremamen-
te reduzidos. Maiores análises deverão ser realizadas nesta dire
ção .
Resumindo as principais observações de análises do acesso
ã escola rural de 1
9
grau menor, destaca-se que: somente 45% da
população afe 7 anos de idade está na escola; 70% dos alunos de
1a. a 4a. séries do 1
9
grau estão retidos na 1a. série; 10% dos
alunos de 1a. série tem 6 anos de idade, 15% tem 7 anos, e 40%
tem mais de 10 anos; cerca de 50% dos alunos ingressam na 1a.
série com mais de 9 anos; 40% da população de 7-14 anos está fo
ra da escola; tem uma média de 40 alunos por escola.
Na maior parte dos índices de acesso considerados, a situ
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TAXA DE ATENDIMENTO APARENTE -
EDURURAL
0,74
0,85
0,72
- 1º GRAU (TAAT)
OUTROS
0,66
0,77
0,69
ação dos municípios, atendidos pelo EDURURAL no Piauí, é melhor
que nos municípios atendidos por OUTRO tipo de programa. No con_
junto, o Ceará apresenta os índices menos favoráveis.
Cabe ressaltar que os índices médios analisados referem-
-se a tipos de programas, reunindo 10 municípios Dor categoria.
Desta forma, o efeito da média escamoteia situações mais graves,
juntamente com outras menos críticas, a nível de dados nao agre_
gados por municípios. Aliás, em alguns municípios, nao foram in
cluídos no cálculo da média os índices que apresentam situação
extrema em relação aos demais. Estas irão merecer estudos especí_
fieos e observação de campo.
2. EFICIENCIA NA ESCOLA DE 1ºGRAU MENOR
O exame dos resultados de um sistema educacional,quando o
foco de interesse é julgar a sua eficiencia, envolve dois tipos
de abordagem: análise de eficacia interna e análise de eficácia
externa. Embora a eficácia externa seja essencial para uma ava
liação global do sistema, elao será tratada aqui em função
das limitações que se impõem ao estudo a ser desenvolvido no pre
sente Relatório. Tratar-se-á, basicamente, da eficácia interna,
que tem sido aferida por meio de índices tais como: evasão esco_
lar, taxas de repetência e de reprovação.
Para fins do presente estudo, resolveu-se adotar uma defi-
nição para eficiência que leva em conta aqueles índices de for-
ma indireta, em virtude de se dispor dos dados para o seu cálcu
lo, no questionário do aluno.
Assim é que se definiu eficiência como sendo o tempo gas-
to em anos para o aluno atingir um determinado nível de ensino,
no caso, a 2a. e 4a. séries do primeiro grau. 0 cálculo se fez
pela fórmula:
5 -
{ ) A revisão feita nos dados individuais de eficiencia mostrou uma subes-
timarão (de uma unidade) nos valores da eficiência dos alunos quem
e data de nascimento no período de novembro a março anterior ã época da
coleta de dados. Tal subestimação foi corrigida acrescentando-se 5/12
ao cálculo da eficiência, na suposição de distribuição uniforme de na_s_
cimento durante o ano.
onde :
T = tempo gasto em anos;
Ic= idade cronológica do aluno;
I
T
= idade inicial do aluno nos estudos,-
AIn= anos de interrupção dos estudos do aluno.
In
como se disse antes, os elementos necessários ao cálculo
de T foram retirados do questionário do aluno.
g
A rigor, essa definição mostra a defasagem que existe en-
tre o período real que o aluno leva para atingir determinado_
vel de ensino em relação ao prazo normal que deveria levar, se
o sistema fosse totalmente eficaz.
Ao estudar o fluxo de alunos no sistema, cuja anomalia cha
mou de "deficit de avanço", Carlos Maciel ( ), analisando dados
de algumas capitais brasileiras, chegou a algumas conclusões que
tornam consistentes os resultados que serão mostrados a seguir.
Na verdade, como Maciel mesmo previa e constatou-se nesse estu-
do, o deficit de avanço na zona rural é bem pior do que nas ca-
pitais por ele estudadas.
2,1 APRESENTAÇÃO GLOBAL DOS DADOS
A Tabela 14 a seguir mostra os dados globais de eficiência
nos Estados de Piauí, Ceará e Pernambuco.
( ) MACIEL, Carlos Frederico. Análises didáticas sobre a escolaridade pri-
mária. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.Faculdade de Educação.
Curso de planejamento da educação. Recife, UFP/UNESC0/SUDENE,1971 .
p. 212.
TABELA 14 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a,
séries, por tipo de programa segundo o Estado. 1981.
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
TEMPO MEDIO EM ANOS NA
EDURURAL
2a.Série 4a.Série
3,9 6,0
4,6 6,6
4,0 6,5
ESCOLA
OUTROS
2a.Série 4a.Série
3,8 6,0
4,3 6,1
4,4 6,3
Vê-se que, na área do EDURURAL, os três Estados se asse-
melham quanto ã 4a. série e o Ceará apresenta a média mais alta
na segunda série.
Já nas áreaso incluídas no EDURURAL, Piauí e Ceará
se assemelham quanto à 2a. série, enquanto na 4a. série, Ceará
e Pernambucom médias da mesma ordem de grandeza.
A constatação básica importante é que esses dados revelam
um atraso de cerca de 2 anos para os alunos atingirem, respecti-
vãmente, a segunda e a quarta séries nas áreas estudadas. Este
retardamento no fluxo regular deve ter como explicação a repe-
tência que se constitui numa das grandes distorções do ensino
na 2a. série do primeiro grau, como mostra Lúcia Pinheiro C }.
Dados de observação das escolas rurais revelam que a re-
tenção na 1a. série de 1º grau menor deve-se também ao fato do
aluno ter que vencer a etapa da cartilha ou seu equivalente ,
antes de iniciar o livro do primeiro ano propriamente.Isto sig-
nifica que, na prática, o aluno passa por um período de alfabeti
zação, antes de ser admitido no primeiro ano formal. Desta f or-
li
7
) PINHEIRO, Lúcia Marques, Apud MACIEL, Carlos Frederico. Análises didá-
ticas sobre a escolaridade primária. Im UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO. Faculdade de Educação. Curso de planejamento da educa-
ção. Recife, UFP/UNESCO/SUDENE, 1971, p. 213.
ma, seu registro ne primeiro ano inclui de fato dois anos de es_
colaridade.
A tabela seguinte mostra dados sobre déficit de avanço
de alunos de 2a. e 4a. series, em algumas capitais brasileiras.
TABELA 15 - Discronia série-ano de escolaridade. ( )
uma simples comparação entre as Tabelas 14 e 15 mostra de
logo, maior atraso nas zonas rurais. É verdade que a situação
atualmente nessas capitais pode ter melhorado, mas de qualquer
maneira os dados servem para mostrar que o problema de retardo
do fluxoo somente existe, há algum tempo, como atinge áreas
urbanas e rurais.
Mesmo em se tratando de dados do início da década de se-
tenta, resolveu-se tomar as médias de Recife para a 2a. e 4a.
séries, para servirem como índice-base para comparação, por se
tratar de capital de um dos Estados incluídos na avaliação. Os
índiceso mostrados na Tabela 16.
(
8
) MACIEL, CF. - Idem, p. 213,
CAPITAIS
BELO HORIZONTE
PORTO ALEGRE
RECIFE
SALVADOR
SAO PAULO
TEMPO MÉDIO
Até a 2a.Série
2,7
2,6
2,9
3,3
2,6
EM ANOS NA ESCOLA
Até a 4a.Série
4,7
4,6
5,1
5,4
5,2
TABELA 16 - Indicas de retardo das alunos de 2a. e 4a. séries, por tipo de
programe, segundo o Estado, 1961.
0 quadro mostra que as alunos de 2a. série dos municípios
incluídos ouo no EDURURAL no Ceará apresentam os maiores ín-
dices de retardo. 0 índice dos alunos de 2a. série nao incluí
dos no EDURURAL no Piauí iguala-se ao do Ceará.
A seguir as faz uma apresentação das médias de anos,neces_
sárias para os alunos atingirem a segunda quarta séries, em ca_
da Estado da . amostra.
2,2, DADOS DE EFICIÊNCIA DO PIAUÍ
A apresentação dos dados relativos a cada Estado será fei-
ta por microrregião e por município. A tabela seguinte mostra a
distribuição por microrregião das médias de ano s , necessárias pa-
ra atingir a segunda e quarta séries, revelando os atrasos ocor
ridos .
Os dados, a nível das microrregiões do Piauí, devem ser
analisadas com restrições, visto que, em algumas microrregiões,
como o Baixo Parnaíba, poucos municípios participaram da amos-
tra. Nosso microrregião, o município de Luis Correia,o in-
cluído no EDURURAL, apresenta altas médias de atraso, enquanto
ESTADOS
PIAUÍ
CEARA
PERNAMBUCO
ÍNDICE DE RETARDO
EDURURAL
2a.Série 4a.Série
1,? 2,1
1,6 2,3
1,8 2,2
(BASE - RECIFE)
OUTROS
2a.Série 4a.Série
1,3 2,1
1,5 2,1
1,6 2,2
o município de Luzilândia, incluído no EDURURAL, apresenta-
dias de anos próximas do normal. Trata-se, pois, de apenas dois
municípios e o que se deve perguntar é se eleso verdadeira
mente representativas da microrregião como um todo.
TABELA 17 - Médias de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.
séries, por tipo de programa, segundo as microrregiões do Piauí,
1981.
Feita essa ressalva, pode-se observar que na área do
EDURURAL é o Baixo Parnaíba Piauiense que apresenta médias mais
baixas para o aluno atingir a segunda e quarta séries.
Dentre as microrregiões, cujos municípioso estão in-
cluídos no EDURURAL, as médias mais baixas foram atingidas no
Médio Parnaíba Piauiense e em Floriano e médias mais altas fo-
ram registradas nos Baixões Agrícolas Piauienses e Chapadas do
Extremo Sul Piauiense.
De ferma geral, observa-seo existirem grandes diferen
MICRORREGIÕES
Baixo Parnaíba Piálense
Campe Maior
Teresina
Médio Parnaíba Piauiense
Valença do Piauí
Floriano
Baixões Agrícolas Piauienses
Altos Piauí e Canindé
Chapadas do Extremo Sul Piauiense
MÉDIA GLOBAL
TEMPO MÉDIO EM
EDURURAL
2a.Série 4a.Série
3,4 5,7
4,2 6,2
3,6 5,0
3,9 6,0
__
4,2 6,2
--
3,9 6,0
ANOS NA ESCOLA
OUTROS
2a.Série 4a.Série
3,8 6,7
4,0 6,0
3,4 5,9
3,4 5,9
3,4 5,0
4,6 7,0
4,7 6,1
5,5 6,8
3,8 6,0
cas entre os dois grupos de municípios, apresentando a área do
Programa medias levemente menores. Isso causa certa estranheza,
visto se saber que um dos critérios para a seleção dos munici-
pios a serem atendidos pelo EDURURAL foi a extrema carência do
seu sistema educacional.
uma área que chama atenção e que poderia ser estudada com
vigor, durante as monitorias do Estado, é o Baixo Parnaíba Pi-
auiense. Nesta microrregião, alunos das áreaso atingidas pe-
lo EDURURAL levam duas vezes mais tempo para atingirem a segun-
da e quarta séries, do que alunos das áreas incluídas no EDURU-
RAL.
A Tabela 18 especifica as médias por município, dos mes-
mos dados analisados a nível de microrregião.
TABELA 18 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a.e 4a.
séries,por tipo de programa,segundo os municípios do Fiauí.1981
MUNICIPIOS
Alto Longa
Barras
Campo Maior
Capitão de Campo
o João da Serra
Luis Correia
Luzilândia
Demerval Lobão
Monsenhor Gil
União
Barro Duro
Inhuma
Pimenteiras
Jurumenha
Picos
Simplicio Mendes
o Raimundo Nonato
Parnaguã
Esperantina
Campinas do Piauí
MÉDIA GLOBAL
TEMPO
EDURU
2a.Ferie
4,4
5,1
4.1
--
--
3,2
3,4
3,5
4.8
--
--
3,9
4,5
--
3,7
--
4,1
MEDIO EM AN
RAL
4a.Série
5,8
7.4
6,6
--
5,1
5,9
5,2
6,8
--
--
--
--
5,7
6,7
6,3
--
6,1
NOS NA ESCOLA
OUT
2a.Série
3.7
4,4
5,9
--
--
3.4
5,6
3,2
3.4
4.6
--
--
5.5
--
4.7
4.4
ROS
4a Série
6,1
--
--
6,0
8,7
--
5,9
6.1
4.7
5.0
7,0
--
6,6
--
6,1
6,2
0 fato concreto que se observa nesse quadre é a existên-
cia de uma grande permanência do aluno na escola para atingir a
segunda série, num desperdício de tempo para o ensino, onerando
os custos e a eficiência do sistema.
As notas de Português e Matemática, que serão apresenta-
das e discutidas em outro relatório, poderão reforçar essa ob-
servação. Nesse case, poderá vir a se confirmar o que afirma
9
Lucia Pinheiro (9) ... "Ha'-crianças que passam 4 e mais anos na
escola, sem aprender a 1er, embora isto pareça inconcebível."
Mesmo que os alunos revelem bom desempenho em Português
e Matemática, o tempo gasto por eles para atingirem a segunda e
a quarta séries está a revelar um alto custo para o sistema ur-
gindo o desenvolvimento de ações que visem a corrigir essa defa_
sagem. Por outro lado, paira sempre a ameaça da falta de conti-
nuidade dos estudos nessas áreas, existindo em conseqüência a
possibilidade de retorno ao analfabetismo, o que implicaria na
perda total do investimento feito até aqui.
2.3 DADOS DE EFICIÊNCIA DO CEARÁ
A Tabela 19 mostra os dados do Ceará, segundo as micror-
regiões .
C
9
) PINHEIRO, M.L. Idem, p. 213.
TABELA 19 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.
séries, por tipo de programa, segundo a microrregião. Ceará.1981
Observa-se na tabela acima que a área do EDURURAL apre-
senta médias altas nas duas séries, de forma consistente. Em ne
nhuma das microrregiões, o Ceará apresenta médias próximas do
tempo normal que as crianças deveriam levar para atingirem a se
gunda série. Isso parece estranho, quando se sabe que em algu-
mas dessas áreas já se desenvolveram certas ações no sistema edu
cacional, além das executadas pela Secretaria de Educação do Es
tado. É o caso, por exemplo, dos Sertões de Canindé, área em
que professores do Departamento de Educação da Universidade Fe-
deral do Ceará executaram programa de treinamento de professo
res e ofereceram assessoria ã Prefeitura da cidade. As médias
referentes ã Ibiapaba Meridional nao traduzem ainda efeitos du
trabalho já realizado naquela área pelo Pol o nordeste. A Serra
de Baturité,o incluída no EDURURAL, é outra região que sur-
preende negativamente pelas médias apresentadas, pois sabe-se
que lá existe um trabalho de ação comunitária em que se insere
a escola.
MICRORREGIÕES
Serra de Baturité
Serrana de Caririaçu
Chapada do Araripe
Sertões de Canindé
Sertões de Crateús
Ibiapaba Meridional
Sertão do Cariri
Sobral
MÉDIA GLOBAL
E D U R
2a.Série
--
4,7
4,6
4,1
4,7
5,2
4,5
4,4
4,6
URAL
4a.Série
--
7,1
6,7
6,0
7,2
6,6
6,4
6,5
6,6
OUTROS-
2a.Série 4a.Série
4,3 6,1
--
--
--
--
--
4,3 6,1
TEMPO MEDIO EM ANOS NA ESCOLA
A Tabela 20 mostra as médias por municípios.
TABELA 20 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.
séries, por tipo de programa, segundo os municípios.Ceará,1981
MUNICÍPIOS
Aracoiaba
Assaré
Aratuba
Campos Sales
Baturité
Crateús
Capistrano
Caririaçu
Ipueiras
Guaramiranga
Mauriti
Mulungu
Nova Russas
Pacoti
Itapiúna
Sobral
Palmácia
Redenção
Várzea Alegre
Canindé
MÉDIA GLOBAL
E D U R U
2a.Série
--
4,7
--
4,8
--
4,7
4,5
5,0
4,5
--
5,4
--
--
4,4
--
--
5,1
4,1
4,7
R A L
4a.Sério
--
7,1
6,7
--
7,2
6,7
6.1
6,4
--
7,1
--
--
6,5
7,4
6,0
6,7
OUT
2a.Série
5,0
4,7
3,8
--
5,7
--
3,3
--
3,8
--
3,9
4.3
--
4,5
4,0
--
4,3
ROS
4a.Série
4,4
7,2
7,0
--
6,6
--
--
4,2
--
7,2
--
6,1
4,6
8,0
6,4
6,2
Destacam-se, para um acompanhamento mais detalhado, quan
do da monitoria, os seguintes municípios:
a) EDURURAL: Assaré, Crateús, Nova Russas e Várzea Ale-
gre;
b) OUTROS: Aratuba, Guaramiranga, Redenção e Pacoti.
TEMPO MÉDIO EM ANOS NA ESCOLA
Vê-se que Guaramiranga apresenta as menores médias. In-
formações colhidas junto à Secretaria de Educação revelam ser
muito adequado o desempenho do seu Órgão Municipal de Ensino
(OME). Essa área está a merecer observação mais acurada. Municí
pios como Pacoti e Mulunguo apresentam o mesmo desempenho de
Guaramiranga. Será interessante se tentar identificar possíveis
influências sobre esses diferentes resultados.
2A DADOS DE EFICIÊNCIA DE PERNAMBUCO
A Tabela 21 a seguir mostra as médias de anos necessá-
rios para os alunos atingirem a segunda e quarta séries nas mi-
crorregiões em que se situam os municípios estudados no Estado
de Pernambuco.
TABELA 21 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.
séries, por tipo de programa, segundo a microrregião. Pernambu-
co, 1981.
TEMPO MÉDIO EM ANOS NA ESCOLA
Em Pernambuco, os municípios se situaram basicamente em
duas microrregiões havendo, em decorrência uma maior representa
tividade. Assim é que todos os 10 municípios incluídos no EDURU
MICRORREGIÕES
Agreste setentrional pernam
bucano
Agreste meridional pernambu
cano
MÉDIA GLOBAL
EDURURAL
2a.Série 4a.Série
4,0 6,5
4,0 6,5
OUTROS
2a.Série 4a.Série
4,4 6,3
4,4 6,3
RAL pertencem ao Agreste Meridional Pernambucano, enquanto os
o incluídos no EDURURAL se localizam no Agreste Setentrional,
Vi-se, da tabela anterior, que a situação das duas áreas
é muito semelhante. No seu conjunto, Pernambucoo difere dos
dois outros estudados anteriormente.
A Tabela 22 apresenta os mesmos dados por município.
TABELA 22 - Média de anos necessários para os alunos atingirem a 2a. e 4a.
séries, por tipo de programa, segundo o município. Pernambuco .
1961.
TEMPO MÉDIO
MUNICÍPIOS EDURURAL
2a.Série
Surubim
Passira
Limoeiro
o Bento do Una
Jataúba
Gravata
Caruaru
Brejo da Madre de Deus
Bezerros
Belo Jardim
o Joaquim do Monte 3,8
Panelas 3,7
Lajedo 4,7
Lagoa do Ouro 4,2
Jupi 4,9
Ibirajuba 3,3
Garanhuns 3,5
Bonito 3,2
Bom Conselho 4,2
Altinho 5,0
MÉDIA GLOBAL 4,0
4a.Série
--
--
6,4
6,5
6,8
6,5
6,6
5,7
6,6
5,4
6,7
7,6
6,5
EM ANOS NA ESCOLA
0 U T R
2a.Série
4,2
3,5
3,6
3,6
4,9
3,5
4,0
3,7
4,7
4,6
--
--
--
--
--
4,0
0 S
4a.Série
6.7
5,6
5,5
6,6
7,3
5,8
5,9
7,7
7,0
7,4
--
--
6,3
Em alguns municípioso incluídos no EDURURAL os alunos
levam mais do dobro do tempo para atingirem a segunda série. Os
municípios de Jataúba, Bezerros, Brejo da Madre de Deus e Belo
Jardim se destacam por médias altas, especialmente na quarta sé
rie.
Nos municípios incluídos no EDURURAL a situação é bastan
te semelhante no seu conjunto sendo que o município de Bonito
apresenta as menores médias de todo o Estado.
A título de síntese pode-se dizer que:
1) Os alunos, nos três Estados, apresentam de 2 a 3 anos
de atraso no seu fluxo normal. Na caracterização da amostra a
ser apresentado no Relatório Técnico nº 3, ver-se-á que os alu-
nos já entram com atraso na escola e que o número de anos de
interrupçãoo é demasiado. Desse modo, o atraso no avanço se
manifesta na reprovação, fazendo com que muitos desses alunos
sejam birrepetentes, trirrepetentes, etc.
2) Os municípios incluídos no EDURURAL, apesar deo te
rem sofrido ainda a ação do Programa, apresentam médias equiva-
lentes às médias observadas nos municípios, em que atuam outros
Programas.
Resta-se saber se existem ou nao outras intervenções já
em curso nas áreas incluídas no EDURURAL, possivelmente respon-
sáveis pelosefeitos observados sobre a eficiência.
3] Situações extremas, tais como médias próximas ac tem-
po normal, junto com médias bastante afastadas do tempo normal
de anos sugerem uma observação mais detalhada, quando da reali-
zação do trabalho de monitoria.
0 relatório que tratará das comparações multivariadas po_
dera indicar quais os fatores que concorrem para o atraso do alu
no em atingir a segunda e a quarta séries.
ANEXO I
MATRÍCULA DE ALUNOS DE 1A A 4A, SÉRIES
DA .AREA RURAL
TABELA 1 - Total de alunos da área rural registrados"na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostra, atendidos pelo
EDURURAL. Piauí - 1931.
TABELA 2 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostrajA atendidos pelo
EDURURAL. Piauí - 1981
TABELA 3 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostra, atendidos pelo
EDURURAL. Ceará - 1981.
TABELA 4 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostra,o atendidos pelo
EDURURAL. Ceará - 1981.
TABELA 5 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostra, atendidos pelo
EDURURAL. Pernambuco - 1981
TABELA 6 - Total de alunos da área rural registrados na ficha SEEC-MEC segundo os municípios da amostra,o atendidos pelo
EDURURAL. Pernambuco - 1981
ANEXO II
POPULAÇÃO RURAL DE 7-11 ANOS
TABELA 7 - População rural residente por município e grupo de idade. Piauí.
1981.
MUNICIPIO
Alto Longa
Barras
Barro Duro
Campinas do Piauí
Campo Maior
Demerval Lobão
Esperantina
Gerumenha
Inhuma
Luis Correia
Luzilândia
Monsenhor Gil
Parnaguá
Picos
Pimenteiras
Piripiri
o João da Serra
o Raimundo Nonato
Simplicio Mendes
União
7 ANOS
67
0
1549
133
230
1467
194
626
232
312
1139
1157
268
393
1068
362
1138
301
2143
94
1561
POPULAÇÃO RURAL
7 A 14 ANOS
4501
9323
839
1532
10254
1197*
4705
1521
1645
5443
6985
1743
3444
6326
2270
7539
2001
12972
500
9439
FONTE: SEC. Educação. PI.
(*) População estimada com base no censo de 1970/1980.
TABELA 6 - População rural residente por município e grupos de idade. Cea-
. 1981.
MUNICIPIO
Aracoiaba
Aratuba
Assari
Baturité
Campos Sales
Canindé
Capistrano
Caririaçu
Crateús
Guaramiranga
Ipueiras
Itapiúna
inauriti
Mulungu
Nova Russas
Pacoti
Palmácia
Redenção
Sobral
Várzea Alegre
POPULAÇÃO
7 ANOS
1037
397
771
387
649
1362
437
555
1148
149
800
311
965
206
1046
259
217
1018
1248
628
RURAL
7 A 14 ANOS
6847
2736
5239
27
23.
3634
8734
2849
3870
6793
1012
5697
2082
6170
1393
7290
1832
1489
6829
8130
4203
FONTE: CEDIN/STIE - SEC. Educação - CE
NOTA - População estimada com base no censo de 1970/1980
TABELA 9 - População rural residente por município e grupo de idade. Per-
nambuco. 1981
MUNICÍPIO
Altinho
Belo Jardim
Bezerros
Bom Conselho
Bonito
Brejo da Madre de Deus
Caruaru
Garanhuns
Gravata
Ibirajuba
Jataúba
Jupi
Lagoa do Ouro
Lajedo
Limoeiro
Panelas
Passira
o Bento do Una
o Joaquim do Monte
Surubim
POPULAÇÃO
7 ANOS
644
596
721
883
643*
592*
1075
578
572
253
304
880
332
498
688
662
663
745
438
1278
7 A 14 ANOS
4119
4261
4640
5797
4330*
4059
6785
4136
3712
1652
2180*
2998
2443
3207
4401
5363
4484
5386
3442
8600
FONTE: Sec. Educação. PE.
NOTA - População estimada com base no censo de 1970/1980
ANEXO III
TAXAS DE ATENDIMENTO DE 1A, A 4A. SÉRIES
DA AREA RURAL
TABELA 10 - Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o tipo
de programa e os municípios. Piauí. 1981.
(*)o incluído no cálculo da média,
MUNICÍPIO
EDURURAL
Luzilândia
Esperantina
Barras
Campo Maior
Demerval Lobão
Piripiri
o Raimundo Nonato
Simplicio Mendes
União
Monsenhor Gil
MÉDIA
OUTROS
Alto Longa
o João da Serra
Barro Duro
Campinas do Piauí
Paranaguá
Picos
Luis Correia
Inhuma
Pimenteiras
Jurumenha
MÉDIA
AI1
0,34
0,50
0,26
0,64
0,73
0,36
0,40
1,41*
0,41
0,75
0,49
0,31
0,28
0,50
0,38
0,45
0,67*
0,40
0,46
0,44
0,55
0,42
T
AR1
1.04
1,61
1,02
2,77
1,43
1,20
2,40
7,22*
1,55
1,43
1,61
0,87
1,40
1,56
1,86
2,45
3,32*
2,20
1,37
2,11
2,31
1,79
T
AA1
-.
2,70
3,83
1,61
4,75*
2,41
2,23
3,95
11,65
2,95
3,45
2,89
1,92
2,34
2,50
3,23
3.30
5,81*
3,76
2,61
3,51
3,30
2,94
AVI1
•••
0.21
0,17
0,20
0,21
0,39
0,23
0,15
0,15
0,17
0,30
0,19
0,26
0,15
0,27
0,14
0,14
0,28
0,15
0,18
0.17
0,19
0,21
T
AVII1
0,46
0,44
0,46
0.53
0,57
0,51
0,42
0,35
0,43
0,59
0,46
0,49
0,36
0,51
0,37
0,37
0,51
0,36
0,50
0,39
0,43
0.44
T
A7/10
0.50
0.54
0,60
0,51
0,81
0,60
0,40
0,54
0,57
0,69
0,52
0,63
0,48
0,59
0,47
0,59
0,46
0,46
0,57
0,48
0,57
0,50
ART
0,48
0,58
0,37
0,77
0,75
0,50
0,57
2,40*
0,55
0,83
0,60
0,39
0,36
0,60
0,51
0,37
0,99*
0,68
0,54
0,50
0,56
0,50
T
AAT
-
0,64
0,74
0,43
1,01
0,87
0,58
0,76
3,32*
0,71
0,95
0,74
0,41
0,45
0,75
0,74
0,52
1,32
0,99
0,71
0,74
0,63
0.66
TOTAL DE
ESCOLAS
82
75
108
187
29
86
284
48
136
47
68
30
19
27
40
216
83
18
39
24
TABELA 11 - Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o tipo
de programa e os municípios. Ceará. 1981.
MUNICÍPIO
EDURURAL
Sobral
Ipueiras
Mova Russas
Crateús
Canindé
Assaré
Campos Sales
Várzea Alegre
Caririaçu
Mauriti
MÉDIA
OUTROS
Redenção
Palmácia
Itapiúna
Pacoti
Mulungu
Guaramiranga
Capistrano
Baturité
Aracoiaba
Aratuba
MÉDIA
T
AI1
0,46
0,68*
0,58
0,31
0,49
0,29
0,29
0,48
0,81*
0,42
0,42
0,30
0,74
0,60
0,44
0,49
0,70
0,35
0,75
0,51
1,40*
0,54
AR1
3,31
7,93*
5,78
2,14
2,20
2,14
3,38
3,66
4,30
3,02
3,32
1,82
3,04
3,94
1.71
2,66
3,48
1,84
2,89
2,91
3,31
2,76
T
AA1
4,12
8,16*
6,25
2,59
4,15
3,07
3,44
4,05
6,30
3,72
4,19
2,56
5,22*
4,13
3,31
4,03
3,84
2,97
4,11
4,00
3,94
3,65
AVI1
0,05
0,08
0,09
0,12
0,12
0,09
0,08
0,13
0,14
0,13
0,10
0,14
0,15
0,15
0,18
0,11
0,20
0,12
0,19
0,14
0,32*
0,15
T
AVII1
0,34
0,36
0,32
0,39
0,35
0,30
0,30
0,37
0,35
0,35
0,34
0,47
0,41
0,47
0,40
0,34
0,51
0,33
0,45
0,42
0,64*
0,42
T
A7/10
0,48
0,52
0,43
0,55
0,47
0,41
0,41
0,48
0,49
0,46
0,47
0,60
0,59
0,58
0,53
0,50
0,55
0,46
0,57
0,54
0,79*
0,55
T
ART
0,65
l,13*
0,84
0,48
0,62
0,41
0,57
0,59
0,87
0,60
0,63
0,49
0,81*
0,75
0,58
0,57
0,65
0,41
0,77
0,68
0,69
0,62
T
ATT
0,84
1,29*
1,18
0,62
0,05
0,56
0,78
0,78
1,19
0,02
0,85
0,63
1,04*
0,89
0,68
0,77
0,83
0,58
0,99
0,63
0,76
0,72
TOTAL DE
ESCOLAS
251
263
338
190
203
157
119
180
125
106
71
44
48
39
34
14
44
61
120
80
(*) Nao incluído no cálculo da média.
TABELA 12 - Taxas de atendimento na 1a. série e no 1º grau menor, segundo o tipo
de programa e os municípios. Pernambuco. 1981.
(*)o incluído no cálculo da média.
MUNICÍPIO
EDURURAL
Jupi
Garanhuns
Bom Conselho
Lagoa do Ouro
Lajedo
Altinho
Ibirajuba
o Joaquim do Monte
Panelas
Bonito
MÉDIA
OUTROS
Caruaru
Gravata
Limoeiro
Passira
o Bendo do Una
Jataúba
Belo Jardim
Bezerros
Surubim
Brejo da Madre de Deus
MÉDIA
T
AI1
0,28
0,25
0,31
0,35
0,53
0,52
0,45
0,32
0,44
0,16*
0,38
0,66
0,43
0,48
0,41
0,43
0,52
G.54
0,48
0,46
0,18*
0,49
T
AR
1
1,45
2,49
1,44
1,51
2,76
3,54
3,10
2,19
4,93
0,97*
2,60
2,00
2,12
2,11
2,42
2,80
2,30
4,66
2,15
1,61
0,76*
2,46
T
AA1
1,50
2,66
3,00
2,72
3,46
3,93
2,54
2,19
4,12
1,30*
2,90
3,42
2,18
2,20
2.42
3,01
2,30
4,70
2,15
2,40
0,77*
2,75
T
AVI1
0,19
0,10
0,14
0,19
0,16
0,16
0,13
0,15
0,10
0,16
0,15
0,26
0,20
0,22
0,17
0,15
0,23
0,11
0,22
0,23
0,24
0,20
T
AVII1
0,51
0,33
0,41
0,60
0,46
0,39
0,36
0,67
0,34
0,55
0,41
0,59
0,59
0,61
0,47
0,45
0,77
0,37
0,58
0,56
0,73
0,53
T
A7/10
0,60
0,41
0,50
0,60
0,58
0,46
0,50
0,57
0,48
0,62
0,53
0,66
0,73
0,72
0,61
0,56
0,80
0,49
0.7S
0,68
0,79
0,65
T
ART
0,61
0,44
0,49
0,49
0,81
0,60
0,77
0,42
0,52
0,29*
0,57
0,72
0,57
0,63
0,55
0,55
1,42*
0,69
0,48
0,49
0,74
0,60
T TOTAL DE
AAI
ESCOLAS
0,71
0,56
0,63
0,59
0,93
0,80
1,04
0,50
0,68
0,34*
0,72
0,73
0,62
0,74
0,67
0,67
1,48*
0,90
0,52
0,56
0,77
0,69
40
46
77
25
53
100
3D
37
88
24
104
49
51
47
86
82
79
63
90
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