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República Federativa do Brasil
Fernando Henrique Cardoso
Ministério da Educação e do Desporto - MEC
Paulo Renato Souza
Secretaria Executiva do MEC
Luciano Oliva Patrício
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP
Maria Helena Guimarães de Castro
Diretoria de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior
Tancredo Maia filho
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Exame Nacional de
Cursos-1998
Provas e
Questionário
Letras
Brasília, 1999
Tiragem: 1.460 exemplares
MEC - Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Anexos I,
4
o
andar, sala 431
CEP 70047-900 - Brasília-DF
Fone: (061)321-4312
Fax:(061)321-2760
Sumário
Introdução 5
Análise da Prova 7
Questões de Múltipla Escolha 9
Análise dos Itens 12
índice de Facilidade 12
índice de Discriminação 13
Estatísticas Básicas 14
Questões Discursivas 14
Validade do Conteúdo 15
Correção 15
Análise das Questões 15
Estatísticas Básicas 16
Resultados Gerais 16
Correlação entre os Resultados das Questões de Múltipla Escolha e Discursivas 16
Prova de Múltipla Escolha 17
Prova Discursiva 29
Questionário-pesquisa 35
Introdução
Este trabalho, focalizando os instrumentos utili-
zados na avaliação, complementa as informações do
Exame Nacional do Curso de Letras de 1998 divulgadas
no Relatório-Síntese.
Apresenta, primeiramente, as habilidades e con-
teúdos definidos pela Comissão do Curso, que servi-
ram de parâmetros para a elaboração da prova. Em
seguida, informações que possibilitam a análise da
prova: a) análise das questões de múltipla escolha (ín-
dices de facilidade e de discriminação); b) estatísticas
básicas das questões de múltipla escolha, das ques-
tões discursivas e da prova em geral; c) distribuição
das notas dentro do universo de participantes; e d)
metodologia de correção da prova discursiva.
Contém ainda a integra da prova, trazendo, em
destaque, a alternativa correta das questões de múlti-
pla escolha e os padrões de resposta aceitos para as
questões discursivas.
Finalmente, é apresentado o questionário-pes-
quisa aplicado aos participantes do Exame com o ob-
jetivo de traçar um perfil socioeconômico e cultural do
grupo de graduandos de cada um dos cursos avalia-
dos e promover o levantamento de suas opiniões a res-
peito do curso que estão concluindo. As questões abran-
gem indicadores objetivos, tais como estado civil, ren-
da, escolaridade dos pais, e apreciações subjetivas
acerca dos recursos e serviços das instituições de
ensino, além de suas expectativas para o futuro. Os
números em destaque no questionário correspondem
aos percentuais de respostas a cada uma das alterna-
tivas que compõem as questões.
Dirigentes, professores, coordenadores e estu-
dantes têm, neste material, mais um instrumento para
a compreensão e utilização adequada dos resultados
do Exame, podendo empregá-los como subsídio na
proposição de ações que visem à melhoria da qualida-
de do ensino de graduação em sua instituição.
EXAME NACIONAL DE CURSOS -1998 LETRAS PROVAS E QUESTIONÁRIO
Análise
da
Prova
prova aplicada no Exame Nacional do Cur-
so de Letras, constituída por 40 questões de múltipla
escolha e 4 questões abertas ou discursivas, foi elabo-
rada segundo os critérios e diretrizes estabelecidos
pela Comissão Nacional do Curso de Letras, ampla-
mente divulgados por meio de material informativo pu-
blicado pelo Ministério da Educação e do Desporto.
Assim sendo, o instrumento procurou verificar a
aquisição, pelos graduandos, das seguintes habilida-
des:
compreender, avaliar e produzir textos de ti-
pos variados em sua estrutura, organização e
significado;
produzir e 1er competentemente enunciados
em diferentes linguagens e de traduzir umas
em outras;
descrever e justificar as peculiaridades
fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas
e semânticas do português brasileiro, com
especial destaque para as variações regionais
e socioletais, e para as especificidades da
norma padrão;
apreender criticamente as obras literárias,o
somente por meio de uma interpretação deri-
vada do contato direto com elas, mas tam-
m pela mediação de obras de crítica e de
teoria literárias;
estabelecer e discutir as relações dos textos
literários com outros tipos de discurso e com
os contextos em que se inserem;
relacionar o texto literário com os problemas
e concepções dominantes na cultura do peri-
odo em que foi escrito e com os problemas e
concepções do presente;
interpretar adequadamente textos de diferen-
tes gêneros e registros lingüísticos e explicitar
os processos ou argumentos utilizados para
justificar sua interpretação;
pesquisar e articular informações lingüísticas,
literárias e culturais.
A prova abrangeu os seguintes conteúdos
curriculares:
Língua Portuguesa - Fonologia, Morfologia,
Sintaxe, Léxico, Semântica e Estilística, For-
mação histórica, Gramaticalidade em uso;
Literatura Brasileira - Condições de produção,
circulação e recepção das obras relevantes
da literatura brasileira, em seus diferentes
momentos históricos; fortuna crítica das obras
relevantes da literatura brasileira; articulação
das categorias relevantes de diferentes teori-
as da literatura às obras da literatura brasilei-
ra;
Literatura Portuguesa - Condições de produ-
ção, circulação e recepção das obras rele-
vantes da literatura portuguesa, em seus dife-
rentes momentos históricos; fortuna crítica
das obras relevantes da literatura portugue-
sa; articulação das categorias relevantes de
diferentes teorias da literatura às obras da li-
teratura portuguesa;
Lingüística -Aspectos fonéticos e fonológicos,
morfológicos, sintáticos, semânticos, pragmá-
ticos, discursivos, sociais, psico-cognitivos e
culturais da linguagem; teorias da aquisição
da linguagem oral e da linguagem escrita;
Teoria da Literatura - Conceitos, funções,-
neros e periodização da literatura; diferentes
vertentes dos estudos literários; elementos
constitutivos da prosa, da poesia e do teatro.
Para o Exame Nacional do Curso de Letras de
1998, as questões de literatura brasileira e portuguesa
foram destacadas, sem exclusividade, as seguintes
obras da Literatura Brasileira: Iracema, de José de
Alencar; Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado;
Macunaíma, de Mário de Andrade; O Mulato, de Aluí-
sio Azevedo; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector; A
Moreninha, de J. M. de Macedo; Dom Casmurro, de
Machado de Assis; Vidas Secas, de Graciliano Ra-
mos; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues; Grande
Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; Incidente em
Antares, de Érico Veríssimo; e as obras em poesia
dos seguintes autores: Álvares de Azevedo, Carlos
Drummond de Andrade, Castro Alves, Gregorio de Ma-
tos e Tomás Antônio Gonzaga. E serão enfatizadas,
também sem exclusividade, as seguintes obras da Li-
teratura Portuguesa: Frei Luis de Souza, de Almeida
Garret; Os Lusíadas, de Luis de Camões; Amor de
Perdição, de Camilo Castelo Branco; Eurico, o
Presbitero, de Alexandre Herculano; O Crime do Padre
Amaro, dea de Queirós; Auto da Barca do Inferno,
de Gil Vicente; Sermões, do Pe. Antônio Vieira; e as
obras poéticas dos seguintes autores: Bocage, Cesário
Verde, Florbela Espanca e Fernando Pessoa.
Questões de Múltipla Escolha
Os conteúdos e habilidades investigados no ano
de 1998, por meio do Exame Nacional dos Cursos de
Letras, na prova objetiva, estão dispostos na Tabela 1.
Tabela 1
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continua)
Questão
1
2
Conteúdo
Morfologia
Léxico
Morfologia
Léxico
Habilidade
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua es-
trutura, organização e significado.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Descrever e justificaras peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
EXAME NACIONAL DE CURSOS 1998 LETRAS PROVAS E QUESTIONÁRIO
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
3
4
5
6
7
Conteúdo
Morfologia
Sintaxe
Aquisição
da Lingua-
gem
Escrita
Aquisição
da Lingua-
gem Oral
Sintaxe
Habilidade
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Compreender, avahare produzir
textos de tipos variados em sua
estrutura, organização e signifi-
cado.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar os
processos ou argumentos utili-
zados para justificar sua interpre-
tação.
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua
estrutura, organização e signifi-
cado.
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua
estrutura, organização e signifi-
cado.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicaros
processos ou argumentos utili-
zados para justificar sua interpre-
tação.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
8
9
10
11
12
13
Conteúdo
Sintaxe
Sintaxe
Gramatica-
lidade em
Uso
Fonologia
Sociolin-
güistica
Cultura e
Linguagem
Psico-
linguistica
Formação
Habilidade
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar os
processos ou argumentos utiliza-
dos para justificar sua interpre-
tação.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua
estrutura, organização e signifi-
cado.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Pesquisar e articular informações
lingüísticas, literárias e culturais.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
14
15
16
17
18
19
20
21
Conteúdo
Histórica
Pragmáti-
ca
Discurso
Semântica
Estilistica
Discurso
Discurso
Literatura
Brasileira
Habilidade
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua es-
trutura, organização e significado.
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua es-
trutura, organização e significado.
Produzir e ler competentemente
enunciados em diferentes lingua-
gens e traduzir umas em outras.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Interpretar adequadamente textos
de diferentes gêneros e registros
lingüísticos e explicar os proces-
sos ou argumentos utilizados para
justificar sua interpretação.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão
Compreender, avaliar e produzir
textos de tipos variados em sua es-
trutura, organização e significado.
Descrever e justificar as peculiari-
dades fonológicas, morfológicas,
lexicais, sintáticas e semânticas
do português brasileiro, com es-
pecial destaque para as variações
regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão.
Apreender criticamente as obras
literárias,o somente por meio
de uma interpretação derivada do
contato direto com elas, mas
também pela mediação de obras
de critica e de teoria literárias.
Questão
21
22
23
24
25
26
27
Conteúdo
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Habilidade
Relacionar o texto literário com os
problemas e concepções domi-
nantes na cultura do periodo em
que foi escrito e com os proble-
mas e concepções do presente.
Pesquisar e articular informações
lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as obras
literárias,o somente por meio
de uma interpretação derivada
contato direto com elas, mas tam-
m pela mediação de obras de
crítica e de teoria literárias.
Relacionar o texto literário com os
problemas e concepções domi-
nantes na cultura do período em
que foi escrito e com os proble-
mas e concepções do presente.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Interpretar adequadamente textos
de diferentes gêneros e registros
lingüísticos e explicar os proces-
sos ou argumentos utilizados
para justificar sua interpretação.
Pesquisare articular informações
lingüísticas, literárias e culturais.
Relacionar o texto literário com os
problemas e concepções domi-
nantes na cultura do período em
que foi escrito e com os proble-
mas e concepções do presente.
Relacionar o texto literário com os
problemas e concepções domi-
nantes na cultura do período em
que foi escrito e com os proble-
mas e concepções do presente.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Interpretar adequadamente textos
de diferentes gêneros e registros
lingüísticos e explicar os proces-
sos ou argumentos utilizados
para justificar sua interpretação.
Relacionar o texto literário com os
problemas e concepções domi-
nantes na cultura do período em
que foi escrito e com os proble-
mas e concepções do presente.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha
(conclusão)
Questão
28
29
30
31
32
33
34
Conteúdo
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Brasileira
Literatura
Portuguesa
Habilidade
Apreender criticamente as
obras literárias,o somente
por meio de uma interpretação
derivada do contato direto com
elas, mas também pela media-
ção de obras de crítica e de te-
oria literárias.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar os
processos ou argumentos utili-
zados para justificar sua inter-
pretação.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e cul-
turais.
Apreender criticamente as
obras literárias,o somente
por meio de uma interpretação
derivada do contato direto com
elas, mas também pela media-
ção de obras de crítica e de te-
oria literárias.
Estabelecer e discutirás relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Pesquisar e articular informações
lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as
obras literárias,o somente
por meio de uma interpretação
derivada do contato direto com
elas, mas também pela media-
ção de obras de crítica e de te-
oria literárias.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicaros
processos ou argumentos utili-
zados para justificar sua inter-
pretação.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Questão
35
36
37
38
39
40
Conteúdo
Literatura
Portuguesa
Literatura
Portuguesa
Literatura
Brasileira
Literatura
Portuguesa
Literatura
Portuguesa
Literatura
Portuguesa
Habilidade
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Apreender criticamente as obras
literárias,o somente por meio
de uma interpretação derivada do
contato direto com elas, mas
também pela mediação de obras
de crítica e de teoria literárias.
Apreender criticamente as obras
literárias,o somente por meio
de uma interpretação derivada do
contato direto com elas, mas
também pela mediação de obras
de crítica e de teoria literárias.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discurso e com os con-
textos em que se inserem.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Fonte. DAES/INEP/MEC - ENC - 98
Análise dos Itens
Para melhor análise dos resultados obtidos pe-
los formandos, foram calculados os índices de facilida-
de e de discriminação das questões de múltipla esco-
lha.
índice de Facilidade
O grau de facilidade de cada questão é repre-
sentado pela percentagem de acertos do total de su-
jeitos a ela submetidos. Estudos sugerem que a cons-
trução de uma prova com fins de diagnóstico implica a
predominância de itens com facilidade entre 16 e 50,
considerados de dificuldade mediana. Esta condição
auxilia na delimitação de grupos distintos de desem-
penho entre os examinandos, possibilitando, também,
o cálculo do índice de discriminação das questões.
É apresentada, a seguir (Tabela 2), a distribui-
ção dos índices de facilidade da prova de múltipla es-
colha de Letras, segundo a Escala de Garret.
Tabela 2
Indice de Discriminação
Grau de Facilidade das Questões
índice
De 0 a 15
De 16 a 50
De 51 a 85
De 86 a 100
Grau de
Facilidade
Difícil
Médio
Fácil
Muito Fácil
Questões
2-4-5-6-7-8-
9-10-11-12-13
-14-16-17-18-
19- 20-21-22-
23-24-25- 26-
27 - 28 - 29 - 30 -
31
- 32 - 33 - 34 -
36-38-39-40
1 - 3-15-35-37
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Cerca de 87,5% dos itens foram considerados
de dificuldade mediana e 12,5% fáceis, conforme está
especificado na Tabela 2. Os resultados indicam que
dificuldades mais acentuadas foram enfrentadas na
solução das questão de número 11, observando-se pro-
blemas também quanto aos itens 22, 30 e 36.
Os dados sugerem que ofereceram maior obs-
táculo conteúdos relativos a Fonologia, Literatura Bra-
sileira e Literatura Portuguesa.
Gráfico 1
indice de Facilidade das Questões de Múltipla Escolha
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Uma das funções dos testes é a caracterização
de diferentes níveis de desempenho. É desejável que a
prova apresente itens com alto índice de discriminação.
A discriminação refere-se ao poder de um item
em diferenciar sujeitos quem melhores resultados
daqueles cujo desempenho caracteriza-se como mais
defasado. Um item muito fácil, por exemplo, podeo
atingir um índice de discriminação desejável porque
todos os examinandos conseguem acertá-lo. Situação
semelhante pode ocorrer com uma questão muito difí-
cil, onde a grande maioria erra. Itens muito fáceis ou
muito difíceis possibilitam, ainda, maior probabilidade
de acerto casual.
Tabela 3
Grau de Discriminação das Questões de Múltipla Escolha
índice
Classificação da
Questão quanto ao
Grau de Discriminação
0 a 0,20 Pouco Discriminativa
0,21 a 0,40
0,41 a 1
Discriminativa
Muito Discriminativa
Questões
6-7-11-12-22
26 - 28 - 30 - 31
36-38
1-3-4-5-8-9
10-14-16-17
18-19-20-21 -24
27 - 29 - 32 - 33 - 34
37-39
2-13-15-23-25
35-40
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Gráfico 2
índice de Discriminação das Questões de Múltipla Escolha
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Estatísticas Básicas
O escore médio para o conjunto dos formandos
que realizaram a prova de múltipla escolha de Letras
foi igual a 36,5% de acertos em 40 questões, sendo
próximo à mediana conforme Tabela 4. O desvio-padrão
foi de 13,1 pontos, sendo que as notas variaram de 0
(zero) a 90 (noventa) pontos. O grupo com menor
desempenho teve notas entre 0 (zero) e 20,0 (vinte)
pontos, e 75% dos sujeitos avaliadoso ultrapassaram
45% de acertos na prova. Os dados informam, também,
que somente 10% dos sujeitos conseguiram alcançar
mais de 55% de acertos no conjunto das questões, o
que sugere que a prova ofereceu certa dificuldade. O
coeficiente de fidedignidade (Alpha) foi estimado em
0,70, podendo-se inferir que a prova constituiu-se um
bom instrumento de medida.
Tabela 4
Estatísticas Básicas
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-!
P10 - é um delimitador que separa as 10%me-
nores notas das restantes.
Q1 - é um delimitador que separa as 25% me-
nores notas das restantes.
Q3 - é um delimitador que separa as 75% me-
nores notas das restantes.
P90 - é um delimitador que separa as 90% me-
nores notas das restantes.
Questões Discursivas
(continua)
Questão
1
Conteúdo
Língua
Portuguesa
Tabela 5
Habilidade
Produzir e ler competentemente
enunciados em diferentes lingua-
gens e traduzir umas em outras.
Descrever e justificar as peculia-
ridades fonológicas, morfoló-
gicas, lexicais, sintáticas e se-
mânticas do português brasilei-
ro, com especial destaque para
as variações regionais e socio-
letais, e para as especificidades
da norma padrão.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar pro-
Questão
2
3
3
Conteúdo
Língua
Portuguesa
Teoria da
Literatura
Teoria da
Literatura
Habilidade
cessos ou argumentos utiliza-
dos para justificar sua inter-
pretação.
Compreender, avaliar e produ-
zir textos de tipos variados em
sua estrutura organização e
significado.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Descrever e justificar as pe-
culiaridades fonológicas,
morfoló-gicas, lexicais, sintá-
ticas e semânticas do portu-
guês brasileiro, com especial
destaque para as variações re-
gionais e socioletais, e para
as especificidades da norma
padrão.
Produzir e ler competentemente
enunciados em diferentes lingua-
gens e traduzir umas em outras.
Compreender, avaliar e produ-
zir textos de tipos variados em
sua estrutura, organização e
significado.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar
processos ou argumentos uti-
lizados para justificar sua in-
terpretação.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Apreender criticamente as
obras literárias,o somente
por meio de uma interpretação
derivada do contato direto com
elas, mas também pela medi-
ação de obras de crítica e de
teoria literárias.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discursos e com os con-
textos em que se inserem.
Interpretar adequadamente tex-
tos de diferentes gêneros e re-
gistros lingüísticos e explicar
os processos ou argumentos
utilizados para justificar sua in-
terpretação.
Pesquisar e articular informa-
ções lingüísticas, literárias e
culturais.
Número
Média
Desvio-Padrão
Nota Mínima
P10
Q1
Mediana
Q3
P90
Nota Máxima
Multipla escolha
15.364
36,5
13,1
0,0
20,0
27,5
35,0
45,0
55,0
90,0
continua
Questão
4
Conteúdo
Teoria da
Literatura
Habilidade
Apreender criticamente as obras
literárias,o somente por meio
de uma interpretação denvada do
contato direto com elas, mas tam-
m pela mediação de obras de
crítica e de teoria literárias.
Estabelecer e discutir as relações
dos textos literários com outros
tipos de discursos e com os con-
textos em que se inserem.
Interpretar adequadamente textos
de diferentes gêneros e registros
lingüísticos e explicar os proces-
sos ou argumentos utilizados
para justificar sua interpretação.
Fonte DAES/INEP/MEC - 98
Validade do Conteúdo
Tendo em vista que uma prova é um instrumento
de medida de uma amostra de conhecimentos e habi-
lidades, seráo mais adequada quanto maior for a
representatividade da amostra selecionada. A primeira
qualidade a se exigir do instrumento é, portanto, a sua
validade de conteúdo, que, no caso, foi assegurada
pela própria Banca Examinadora que a elaborou, com-
posta por professores titulados e experientes, proveni-
entes das diferentes regiões do país. Cada um desses
profissionaiso só se responsabilizou pela elabora-
ção de um certo número de questões mas participou,
também, da análise, julgamento, seleção e aperfeiço-
amento das que compuseram a prova em sua versão
definitiva. Dessa forma, contribuíram para a validação
da prova como um todo, no sentido de que ela refletis-
se o universo de conhecimentos e habilidades que se
esperava que os formandos tivessem adquirido após
sua experiência educacional.
Correção
A questão da fidedignidade (consistência e esta-
bilidade) das questões discursivas foi tratada com os
cuidados necessários para minimizara subjetividade, o
efeito de halo e a diversidade de padrões de julgamento.
A correção das provas foi feita por uma equipe
de professores previamente treinados, todos com re-
conhecida experiência tanto na sua área específica
quanto na habilidade de proceder à correção de instru-
mentos discursivos de medida. Para garantir uma ava-
liação mais justa e objetiva, os profissionais responsá-
veis pela correção das provas elaboraram chaves de
correção, analisaram os padrões de resposta espera-
dos e discutiram longamente os critérios. Cada dupla
de avaliadores se responsabilizou pela correção de uma
única questão, garantindo, assim, maior consistência
aos escores, homogeneidade de critérios, maior rapi-
dez e confiabilidade de correção. Evitou-se, dessa for-
ma, também a influência do erro de halo, isto é, que o
desempenho em uma questão influenciasse o julga-
mento da questão seguinte.
O formulário adotado no Caderno de Respostas
assegurou o anonimato do formando e de sua institui-
ção de origem, tendo passado por rigorosos procedi-
mentos de controle e conferência.
Análise das Questões
A análise dos resultados obtidos nas questões
de múltipla escolha e nas discursivas permite avaliar o
desempenho dos formandos e a prova como instrumento
de medida.
Cada questão discursiva teve o valor de 50 pon-
tos, o que totaliza 100 pontos nessa parte da prova;
sendo que o aluno deveria escolher obrigatoriamente
uma entre as questões 1 e 2 e outra entre as questões
3 e 4. Calculando-se as médias alcançadas pelos
formandos de todo o Brasil em cada uma das ques-
tões discursivas, obtiveram-se os valores apresenta-
dos na Tabela 6.
No tema 1, a questão de número 2 foi mais es-
colhida pelos graduandos, sendo sua média igual a
16,9. Dentro do mesmo tema, a média obtida na ques-
o 1 (12,4) mostra que ela ofereceu maior obstáculo.
No tema 2, a questão 3, cuja média foi 14,3 pontos, foi
bastante atrativa para os sujeitos avaliados. A questão
4 (14,7) teve média próxima a de número 3. Percebeu-
se que, dentro de cada tema. tiveram resultados mais
homogêneos aqueles que responderam à pergunta 1,
quando comparado aos da 2, e também os graduandos
que resolveram a questão 3, quando comparados com
os que responderam a 4.
Tabela 6
Médias das Questões Discursivas
Tema
1
2
Questão
1
2
3
4
Número
4.201
9.861
10.699
2.544
Média
12,4
16,9
14,3
14,7
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Estatísticas Básicas
A média geral da prova discursiva foi 26,6 pontos,
sendo o desvio-padrão igual a 20,5 (Tabela 7). Amediana
situou-se um pouco abaixo da média, sendo igual a 25,0
pontos. A nota mínima foi igual a 0,0 (zero) e a máxima
100,0 pontos. Observa-se que somente 10% dos
formandos tiveram nota maior ou igual a 55,0 pontos.
(conclusão)
Tabela 7
Estatísticas Básicas
Número
Média
Desvio-Padrão
Nota Mínima
P10
Q1
Mediana
Q3
P90
Nota Máxima
Discursiva
15.364
26,6
20,5
0,0
0,0
10,0
25,0
40,0
55,0
100,0
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-98
Resultados Gerais
A média da nota final foi igual a 31,6 pontos,
com um desvio-padrão de 14,9 (Tabela 8). A mediana
correspondeu a 30.0 pontos, próxima à média. A nota
mínima foi 0,0 e a máxima 91,3 pontos. Somente 25%
dos formandos atingiram média final igual ou superior
a 41,3 pontos.
Tabela 8
Estatísticas Básicas
Correlação entre os Resultados das Ques-
tões de Múltipla Escolha e Discursivas
É preciso, finalmente, ressaltar que a correla-
ção (r) entre as notas da prova objetiva e da discursiva
foi igual 0.56 (Tabela 10), indicando que esses instru-
mentos de medida avaliaram conhecimentos e conteú-
dos diferentes. A correlação entre as notas na prova
objetiva e a nota final foi de 0.82, enquanto esse mes-
mo índice relativo à prova discursiva foi estabelecido
em 0.93, sugerindo que essa segunda prova teve mai-
or peso na constituição da nota final.
Tabela 9
Correlação entre os Resultados das Questões
de Múltipla Escolha e Discursivas
Nota
Objetiva/Discursiva
Objetiva/Final
Discursiva/Final
Correlação (r)
0,56
0,82
0,93
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-98
Gráfico 3
Distribuição de Notas
Número
Média
Desvio-Padrão
Nota Minima
P10
Q1
Mediana
Q3
P90
Nota Máxima
Geral
15.364
31,6
14,9
0,0
13,8
20,0
30,0
41,3
52,5
91,3
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-9.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Notas
Múltipla Escolha Discursiva Geral
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Prova de
Múltipla
Escolha
1. Em uma barraquinha de praia, lia-se, em um pequeno
cartaz:
Das alternativas abaixo, qual explica corretamente o
estranhamento provocado pela leitura do cartaz?
(A) Usou-se a forma diminutiva salgadinhos, quando
o correto seria salgadozinhos, com a manutenção
da vogai temática antes do sufixo.
(8) Utilizou-se cão-quente, substituindo-se por um
sinônimo um dos elementos de um nome
composto, o que o processo de composição
o admite.
(C) O hífen foi equivocadamente utilizado na palavra
composta cão-quente
(D) A adaptação, na escrita do português, da palavra
inglesa sandwich foi feita de maneira equivocada,
com o uso indevido do acento agudo.
(E) O nome composto cão-quente, por pertencer à
categoria dos nomes contáveis, como sanduíche
e salgadinho, deveria ter sido usado em sua forma
plural cães-quentes
2. Observe a lista de "definições" abaixo, propostas
para algumas palavras da língua portuguesa:
Comensal - Se alimenta com cloreto de sódio.
Dogmatizar Misturar cães ingleses.
Paisagem — Progenitores atuam.
Vergastar - Assistir a uma pessoa fazendo despesas.
(Millôr Fernandes)
É correto afirmar que o autor dessas "definições"
consegue provocar o riso porque
(A) cria palavras inexistentes na língua a partir da
combinação de radicais efetivamente existentes.
(B) utiliza-se do processo de composição lexical
denominado hibridismo, como se verifica no
exemplo dogmatizar.
(C) faz uso de consoantes de ligação ao criar novas
palavras, como exemplificado por comensal.
{D} identifica mais de um radicai em palavras
constituidas de apenas um, atribuindo-lhes um
conteúdo semântico inesperado.
(E) cria neologismos bem formados, com a finalidade
de obter maior expressividade.
3. Observe a frase:
A desconfiança só será vencida e totalmente superada
quando os empresários perceberem o verdadeiro
sentido do Mercosul.
Analisando a forma verbal destacada, verifica-se que a
seqüência-rem.
(A) segmenta-se em um morfema modo-temporal
e um morfema número-pessoal.
(B)o é morfema, porqueo tem contraparte de
significado.
(C) é um só morfema, porque é uma unidade mínima
significativa, em um tempo verbal primitivo.
(D) é um morfema modo-temporal, porque se trata de
um tempo verbal derivado.
(E) corresponde a duas unidades mínimas significativas,
em um tempo verbal primitivo.
4 Leia esta manchete de jornal:
Inadimplente programa compra.
A frase está
(A) incorreta, porque as três palavras que a compõem
podem pertencer a mais de uma categoria
gramatical.
(B) ambígua, porque nela ocorrem simultaneamente
dois verbos, programa e compra.
(C) inteligível, porque a ordem de colocação das
palavras permite identifícar-Shes a função
sintática.
(D) ininteligível, porque traz um adjetivo na função de
sujeito.
(E) incorreta, porqueo traz determinante junto do
substantivo.
5. Como profissional da área de Letras, você poderá
ser solicitado(a), algum dia, a explicar a ocorrência de
dados como os destacados no texto, ocorrentes nas
primeiras escritas infantis:
Eu tenho um jardim com
uma roza chamada
vera Prima umtia eufui pega arrota
eantro umispim nomeupe
(T., 1
a
série)
Observe os dados em destaque no texto e considere
as seguintes afirmações:
EXPERIMENTE!
sanduíches
cão-quente
cerveja
salgadinhos
refrigerante
I. A criança comete erros ortográficos porqueo
percebeu, ainda, que as letras devem sempre
representar a pronúncia das palavras.
II. A criança troca as letras porque aindao aprendeu
que a cada fonema da lingua corresponde, na
escrita, apenas um grafema.
III. A criança aindao domina, na escrita, o critério
morfológico de colocação dos espaços em branco
entre as palavras.
A correta explicação para a ocorrência dos dados
destacados está em
(A) I, apenas.
(B) Hl. apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E)l, Il e III.
6. O texto da tirinha abaixo pretende representar uma
situação de interação bastante comum entree e
criança em um determinado momento da aquisição da
linguagem oral:
Das afirmativas a seguir, a única INCORRETA é:
(A) A maneira como o diálogo foi redigidoo é a mais
adequada, porque nessa situação específica de
interação a primeira fala dae normalmente seria
"desenhei", eo "você".
(B) A resposta da criança, no último quadrinho, faz
supor que ela já consegue distinguir adequadamente
as pessoas do discurso.
(C) Nesse momento da aquisição da linguagem a
criança está mais voltada para a marcação das
pessoas do discurso do que para a correlação entre
os pronomes pessoais e a flexão verbal.
(D) O autor da tirinha supôs que a criança tem mais
problemas com a escolha dos pronomes pessoais
do que com a flexão de pessoa nos verbos.
(E) As crianças, amante a aquisição da lingua-
gem,o costumam dizer "eu desenhou", pois
guiam-se exclusivamente pelo que ouvem na
Iala dos adultos com quem interagem.
7. Leia este trecho de notícia de jornal:
Professores, sobrecarregados com mais de um
trabalho e acuados com a violência e o desrespeito
dos alunos, dificilmente terão disposição para mais
essa tarefa.
Nessa frase, as vírgulas:
) permitem entender que dificilmente terão
disposição é predicado de professores (todos,
sem exceção).
(B) estão mal empregadas, porqueom função.
(C)o dispensáveis, uma vez queo produzem efeito
de sentido.
(D) levam à interpretação de que dificilmente terão
disposição predica professores (alguns, apenas).
(E) representam uma incorreção, porque separam o
sujeito do verbo.
8. Observe os empregos do pronome se neste trecho
de artigo de revista:
O que se quer é atribuir ao elevador seu justo peso.
Que não se esqueça dele, quando se fizer o balanço
dos engenhos e artes que deram ao século XX o rosto
que tem.
A afirmação correta a respeito dessas construções com
o pronome se é:
(A) Nos três casos o se tem emprego semelhante,
mas em apenas um deles tem função sintática.
(8) No segundo caso, usou-se o se para indeter-
minar o sujeito de um verbo que, segundo a
gramática normativa, já devia ser pronominal.
(C) No segundo caso e no terceiro, as construções
com seo de voz passiva, o queo é possível
dentro de uma mesma frase.
(D) Nenhuma das três construções com se é passiva,
porque todos os verboso transitivos indiretos.
E) O sujeito de quando se fizer o balançoo pode
ser encontrado na oração, porque está elíptico.
9. Observe esta frase de uma notícia de jornal:
A equipe procurou convenceros membros das gangues
que a relação com as escolas poderia ser outra.
A construção dessa frase tem as seguintes caracte-
rísticas:
(A) Há dois objetos diretos, fato que ocorre com todos
os verbos transitivos.
(B) O segundo dos dois complementos deveria ser um
objeto direto.
(C) O segundo complemento, que é objeto
indireto, está sem preposição.
(D) Há apenas um complemento verbal, sob forma
composta.
(E) Falta a preposição do primeiro complemento, para
que a construção fique correta.
10. Esta é uma submanchete de jornal:
O argentino prêmio Nobel da Paz acha que a
chancelaria dos dois países decidirão o problema.
A forma verbal destacada nessa frase representa uma
concordância que
(A) é a única possível.
(B) é uma de duas possíveis, mas é a mais correta.
(C) é a única correta, porque o adjunto adnominal que
a precede está no plural.
(D)o é correta, porque chancelaria é singular,
(E)o é correta, porque o sujeito de decidirão é o
mesmo de acha.
11.Os dados abaixo representam a pronúncia de
algumas palavras em duas variedades regionais do
português do Brasil:
Considere as seguintes afirmações:
I. o fonemas distintos nas
duas variedades.
II. Na variedade B, os fonemas /s/ e /Z/ apresentam,
respectivamente, os alofones em final
de sílaba.
III. A oposição fonològica entre Isl e Iz/, e
encontra-se neutralizada em final de sílaba, nas
duas variedades.
Interpreta corretamente os fatos, do ponto de vista
fonológico, apenas o que se afirma em:
(A)l.
(B)M.
(C)lll.
(D)l e II.
(E)l e ill.
12.1. Aquele que se deixa prender sentimentalmente
por criatura inteiramente destituida de dotes
físicos, de encanto, ou graça, acha-a
extraordinariamente dotada desses mesmos dotes
que outros não lhe vêem.
(Millôr Fernandes, Provérbios modernizados)
II. A pessoa mais-atraente-do-que-a-média
adormecida
muito, muito tempo, havia um rei e uma
rainha, um casal igualitário em seus direitos e
deveres, que dividia tudo, inclusive o desejo de
ter um bebê (...). O corpo [da rainha] foi
colonizado pela semente da monarquia
masculina exploradora. Nove meses mais tarde
(...) uma saudável e cor-de-rosa pré-mulher foi
bem-vinda ao castelo.
(James F Gamer, Mais contos de fadas politicamente
corretos)
I e IIo formas variantes, respectivamente, do provérbio
"Quem ama o feio bonito lhe parece" e do início do
conto de fadas "Abeia adormecida". A respeito desses
textos, criados para provocar um efeito de humor, é
correto afirmar que:
(A) em I e II há uma bem-sucedída modernização da
linguagem, pois forarn usados vocabulário e sintaxe
representativos das atuais tendências de mudança
do português falado no Brasil.
(B)em I e II busca-se obter um efeito de humor pelo
emprego de definições elaboradas e pela violação
da sintaxe canònica.
(C) em I o provérbio perde sua forma fixa, o que
lhe altera a eficácia discursiva; em II, a
variação na forma da narrativa associa ao
humor a crítica a discursos baseados no
pressuposto de que a modificação da lingua-
gem, por si, elimina preconceitos.
(D) os autores, ao reescreverem o provérbio e o conto
de fadas, procuraram representar, respectivamente,
a linguagem utilizada pelos membros mais velhos
da sociedade e aquela utilizada pelos falantes do
sexo feminino.
(E) I e IIo formas representativas do estágio arcaico
da língua. Ao proporem tais formas, os autores
pretenderam provocar a sensação de retorno a um
tempo em que se usavam provérbios e se liam
contos de fadas.
13.1.0 assédio em si trás no meio um poder aquisitivo
escondendo ao trabalho, assim podendo fazer e
refazer, adicionando o sentido, junto a essa
conduta de mulher ideal. Não querendo ser
prejudicial ao método agressivo, mas ao jeito
decisivo a maneira pela força que o traz da forma
de se agir. A teimosia circunstancial vem devido
a exotismo da participação com credibilioso
contraste à elevadicidade do adultèrio da simples
cena de uma turbulência a um ser precioso.
(Trecho de dissertação de aluno do segundo grau)
II. A satira pertenceu originalmente a um sultão que
morreu em circunstâncias misteriosas, quando
uma mão saiu do seu prato de sopa e o
estrangulou. O proprietário seguinte foi um lorde
inglês, o qual foi encontrado certo dia, florindo
maravilhosamente numa jardineira. Nada se soube
da jóia durante algum tempo. Então, anos depois,
ela reapareceu na posse de um milionário texano
que se incendiou enquanto escovava os dentes.
(Woody Alien, Sem Plumas)
A respeito desses textos é correto afirmar que
(A) o texto I é incoerente, poiso faz sentido no
contexto em que foi escrito.
(B) o texto I e o texto IIo incoerentes, qualquer que
seja o contexto imaginado para sua interpretação.
(C) o texto I é coerente: dada sua finalidade, as
relações de sentido tornam-se claras.
(D) os textos I e IIo coerentes: dada sua finalidade,
as relações de sentido tornam-se claras.
(E) o texto II é incoerente, pois faz referência a
acontecimentos que contrariam a lógica de qualquer
mundo imaginável.
14. Observe a indicação das seguintes transformações
sofridas por vocábulos na sua evolução histórica para
0 português:
1 ) lupus > lobo
2) acutu > agudo
3)acetu > azedo
Assinale a alternativa correta quanto a essa evolução:
(A) Em todos os casos houve síncope de consoante.
(B) O último caso é diferente, porque neleo houve
alteração fonética.
(C) Em todos os casos uma consoante oclusiva se
tornou fricativa.
(D) O segundo caso é diferente, porque houve uma
única sonorização.
(E) Em todos os casos as consoantes intervocálicas
sonorizaram-se.
15. L1 Não é bem comunicação, è transporte.
12 Pra mim é. Ainda...
L1 Transporte, não, acho comunicação...
12 Você comunica diferentes pontos da cidade
quando você ... sabe? faz com que pessoas que
antes teriam acesso ou mais difícil, ou não teriam
...de um ponto para outro...
L1 Não... Mas vem dal conotação de comunicação,
hein?
L1 Ê... diferente ... certo?
L2 Mas em suma, acho que... sabe, está ligado a
todo um contexto de ... que ...
L1 Tira tira tira o contexto de humano essa
comunicação ... Comunicação de transporte é
comunicação não humana, né?... Por exemplo você
está em guerra o importante é você acabar com as
comunicações ... né? Então ... você destrói uma
ponte e fica isolado assim da...
(Projeto NURC/SP)
O texto reproduz um trecho da conversação entre dois
locutores, L1 e L2. A afirmação correta a respeito
dele é:
(A)o ocorre comunicação entre os interlocutores
porque as falas estão fragmentadas eo há
desenvolvimento de um tópico.
(B) Há comunicação entre os interlocutores porque
ambos estão situados num mesmo contexto e
partilham de conhecimentos comuns, o que
permite os truncamentos e as omissões,
(C)o há comunicação entre os interlocutores por
causa dos truncamentos e das frases queo
obedecem ao padrão estabelecido pela gramática
da norma culta.
(D) Ocorre comunicação entre os interlocutores porque
há muita repetição de termos, há frases que se
completam umas às outras, eo há digressão
em relação ao tópico.
(E)o há comunicação entre os interlocutores devido
à presença de frases incompletas e de digressão
tópica.
16. A violência internacional é como um vírus, sempre
no ar, que pode provocar crises maiores ou menores
sempre em função do grau de resistência dos orga-
nismos. Ê, portanto, como todo vírus, de natureza
essencialmente oportunista.
A escalada no Iraque ilustra-o à perfeição. É também
um exemplo da extrema precariedade dos atuais
organismos políticos internacionais, a começar das
Nações Unidas, que em tese deveriam atuar como
anticorpos diante desses riscos.
As palavras sublinhadas no texto:
(A) estabelecem uma referência comparativa entre dois
mecanismos de agressão, mostrando que um é
pior que o outro.
(B)o sinônimas e, portanto, apresentam sentidos
equivalentes, o que as torna redundantes e pouco
significativas.
(C) estabelecem uma comparação entre dois meca-
nismos de agressão e mostram como um se
diferencia do outro, ao usar predominantemente
palavras do universo de significação de um só deles.
(D) estabelecem uma referência comparativa entre
dois mecanismos de agressão e. por pertencerem
todas ao mesmo campo de significação,
contribuem para a manutenção temàtica.
(E)o quase sinônimas e, por pertencerem ao campo
lexical de dois diferentes mecanismos de agressão,
estabelecem uma conexão entre eles.
17. I MAIOR FRESCURA. NO EXTRA, UM DIREITO
SEU.
Muita gente pode achar que é frescura, mas
frescura tipo Extra só o Extra tem. Basta ver a
frescura das frutas, legumes e verduras. Toda essa
frescura o Extra chama de respeito à qualidade.
Respeito ao cliente.
II. NÃO PENSE APENAS NO PRESENTE DO SEU
FILHO. PENSE NO FUTURO.
Doze de outubro é Dia da Criança. Ê ligar o
rádio ou a televisão, abrir um jornal ou uma revista
e constatar que está todo mundo falando de
presente. A gente queria destoar um pouco:
queríamos falar de futuro.
Observe o sentido dos termos frescura e presente,
nos textos acima. A afirmação correta a respeito deles é:
(A) Ambos estão empregados no sentido denotativo,
o sendo afetado o sentido literal.
(B) Amboso fatos de polissemia e conotam
inicialmente um determinado sentido, que é depois
substituído por outro, denotativo.
(C) Amboso fatos de polissemia: presente, oscila
entre dois sentidos; e frescura é empregado
inicialmente com sentido conotativo e depois
com sentido literal.
(D) O termo frescura está empregado no sentido
conotativo; e presente, no sentido denotativo.
(E) O termo frescura está empregado no sentido
denotativo; e presente, no sentido conotativo.
18. Gosto de desafio: a dificuldade é o melhor
combustível.
O cabeça de tudo foi a barriga. (Resposta à pergunta
sobre a identidade do líder dos agricultores que, por falta
de comida, saquearam um armazém, na zona da seca.)
Observando os pares
I. a dificuldade / o combustível;
Ho cabeça / o líder;
III.a barriga / a comida,
Identifique a relação lógica existente entre os elementos
de cada par e, correspondentemente, a figura de
linguagem que ocorre:
(B) I. contigüidade entre parte e todo: metáfora;
II. similaridade,
metonimia;
III. contigüidade entre continente e conteúdo:
metáfora.
(C) I. contigüidade entre continente e conteúdo:
metonimia;
II. similaridade:
metáfora;
III. contigüidade
entre parte e todo: metonimia.
(D) I. contigüidade entre parte e todo: metáfora;
II. contigüidade entre continente e conteúdo:
metáfora;
III. similaridade: metonimia.
(E) I. similaridade: metáfora;
lI. contigüidade entre parte e todo: metonimia;
IIl. contigüidade entre continente e conteúdo:
metonimia.
19. Algum tempo atrás eu disse num programa de
televisão que a música popular era o meu radar. Outro
dia, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, uma
senhora me perguntou o que eu queria dizer com aquilo.
Expliquei a ela que por meio da música popular eu
percebia para onde as coisas estavam indo e que isso
era fundamental para a minha vida e para o meu trabalho.
Ela então me perguntou se isso tinha a ver com gosto
ou preferências. Respondi que tinha a ver princi-
palmente com não ter preconceito. "É fundamental ouvir
de tudo", observei.
Considere as formas pelas quais se fez o relato de um
discurso proferido por outra pessoa ou pelo próprio
narrador:
I. eu disse que ... / Expliquei a ela que ... / Respondi
que...
II. uma senhora me perguntou o que .../ ela então me
perguntou se...
III. "É
fundamental ouvir de tudo", observei.
É correto afirmar que as formas compreendidas:
(A) em i e li indicam discurso indireto; em Hl,
discurso direto.
(B) em I indicam discurso indireto; em II, discurso
indireto livre; em IIl, discurso direto.
(C) em I e III indicam discurso indireto; em II, discurso
direto interrogativo.
(D) em I indicam discurso direto; em II, discurso indireto
interrogativo; em IIl, discurso indireto.
(E) em II e III indicam discurso indireto livre; em
I, discurso direto.
20. A molecada não gosta de regras, muito menos de
castigos. O Brasil neném não gosta de leis. Não acredita
que elas possam ser realmente aplicadas e detesta a
idéia de que transgredi-las possa resultarem punições.
(A) I. similaridade: metáfora;
II. contigüidade entre continente e conteúdo:
metonimia;
III. contigüidade entre parte e todo: metonimia.
Observe as séries abaixo, formadas por termos
retirados do texto:
l. a molecada / o Brasil neném;
Il regras / elas / -Ias.
Identifique a afirmação correta:
(A) Em I e II, retoma-se o referente, substituindo-se
o termo inicial por uma expressão nominal
equivalente.
(B) Em I, retoma-se o referente, substituindo-se o termo
inicial por uma pró-forma gramatical; e em II, por
pró-formas pronominais.
(C) Em I, retoma-se o referente, substituindo-se o
termo inicial por um grupo nominai mais
abrangente; em li, substituindo-se o termo
inicia! por pró-formas pronominais.
(D) Em I, o referenteo é retomado: molecada e
Brasil nenémom o mesmo referente; em II,
as pró-formas pronominais substituem o mesmo
termo.
(E) Em I e II, retoma-se o referente: em I, substitui-
se o termo inicial por um grupo nominal menos
abrangente; em II, substitui-se o termo inicial por
grupos nominais equivalentes.
21. Freqüentes vezes voltou-se o poeta Gregorio de
Matos para a "cidade da Bahia", falando dela ou a ela
atribuindo um discurso próprio. Nesses poemas, o leitor
encontra,
I. como tom geral, a condenação moralista, que supõe
um quadro de valores positivos, em nome dos quais
se acusam vícios e viciosos, corruptos e sistema de
corrupção;
II. como estilo, os engenhosos jogos verbais do
trocadilho e da paronomasia, da antitese e do
quiasmo, que, entre outros, acentuam os efeitos da
sátira barroca;
III. como
quadro histórico de fundo, as rebeliões
nativistas, que desafiam o poder português e,
valendo-se da crise deste, fazem relaxar o jugo
colonial.
Completa corretamente o enunciado o que se afirma em
(A) I, II e llI.
(B) II e llI, apenas.
(C)l e lll, apenas.
(D) I e Il, apenas.
(E)
II, apenas.
22. Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive nos descobre
A sábia natureza.
Nesta estrofe inicial da Lira XIX, de Marília de Dirceu
o poeta Tomás Antônio Gonzaga
(A) confidencia-se à musa imaginária, naquele tom
pungente que já permitiu a alguns críticos apontar
em seus versos inclinações pré-românticas.
(BI diríge-se á amada, transfigurada em pastora,
segundo o cânone de uma convenção poética
para a quai a justa ordem do mundo naturai é
também um imperativo estético.
(C) celebra o amor rústico, inspirado pela força primitiva
de uma natureza que, sugestivamente bela, reflete
as paixões da ingênua pastora.
(D) convida a amada a desfrutar a beleza natural da
paisagem agreste que, provocando o espírito, lhe
permite melhor avaliar a efemeridade de tudo quanto
vive.
(E) canta a harmonia que se estabelece entre ele,
pastor, Marília, a idealizada virgem, e a natureza
expressiva, reveladora dos instintos.
23.I. Álvares de Azevedo, num dos dois prefácios que
escreveu para a Lira dos vinte anos, assim se
justificou: "É que a unidade deste livro funda-se numa
binômia".
Il Castro Alves, como epígrafe a Os escravos, valeu-
se de uma citação de Heine, da qual se traduz
aqui a seguinte frase: "A poesia nunca foi para mim
senão um meio consagrado a uma santa finalidade".
A binômia e a santa finalidade, destacadas nos
dois enunciados, apontam, respectivamente, para as
seguintes marcas das obras citadas:
(A) I. divisão entre confissão sentimental e ironia
melancólica;
II. empenho messiânico em lutas libertárias.
(B) I. oscilação entre a sátira política e o lirismo amoroso;
II. discursividade reformista de motivação religiosa;
(C) I. confronto entre pieguismo cristão e idealismo pla-
tônico;
II. compromisso com a consolidação do novo
regime;
(D) I. combinação do tom paródico com o civismo
nacionalista;
II. defesa do idealismo romântico diante do
cientificismo.
(E) I. mascaramento poético por via do cinismo e
da morbidez;
11. recuperação da mitologia e da retórica clássicas.
24. Identifique a afirmação INCORRETA sobre Iracema,
de José de Alencar.
(A) A narrativa extrai sua força, em grande parte, dos
símbolos, das sonoridades e dos ritmos -
qualidades da linguagem poética que integram
decisivamente o discurso ficcional.
(B) A história da índia tabajara é-nos apresentada com
as virtudes de uma língua culta que, no entanto, se
vale metodicamente de elementos expressivos da
língua tupi.
(C) O amoroso acolhimento de Martim por Iracema,
primeiro, e a submissão desta ao destino adverso,
depois, sugerem uma seqüência histórica do
processo colonial.
(D) A personagem de Iracema, mais do que deter-
minada pela condição tribal, é tomada pela força
trágica da mulher e do amor românticos, com a
qual a concebeu Alencar.
(E) O nacionalismo de Alencar è hostil ao
colonizador Martim, cujo ímpeto de invasor,
dissolvente da cultura indígena, é atribuído às
ambições de uma civilização indigna.
25. Há um instante tinha eu desejo de lhe perguntar o
que havia entre Capitu e os peraltas do bairro;
agora, imaginando que vinha justamente dizer-mo,
fiquei com medo de ouvi-lo. Quis tapar-lhe a boca.
José Dias viu no meu rosto algum sinal diferente
da expressão habitual, e perguntou-me com
interesse:
- Que é, Bentinho?
Para não fitá-lo, deixei cairos olhos. Os olhos,
caindo, viram que uma das presilhas das calças
do agregado estava desabotoada, e, como ele
insistisse em saber o que é que eu tinha, respondi
apontando com o dedo.
- Olhe a presilha, abotoe a presilha.
José Dias inclinou-se, eu saí correndo.
A cena acima está em Dom Casmurro, de Machado
de Assis. Uma leitura atenta e contextualizada permite
afirmar que, nessa cena,
(A) o lirismo de Bentinho já aflora, mas ele o dissimula
com o mesmo cálculo que depois atribuirá à mulher.
(B) autor insinua o caráter volúvel de Capitu, mas sugere
que seu protagonista é hábil o bastante para enfrentá-
lo.
(C) expõe-se a ingenuidade do agregado, atributo de
que se valem Bentinho e Capitu nas manobras
para iludir D. Glória.
(D) revelam-se fortes traços da insegurança de
quem, ao fim, avaliará sua vida numa perspec-
tiva irònica e melancólica.
(E) fica evidente a fragilidade de Bentinho diante de
José Dias, de cujos favores depende para manter
contato com a amada.
26. Compreender Macunaíma é sondar ambas as
motivações: a de narrar, que é lúdica e estética; a de
interpretar, que é histórica e ideológica.
A ponderação acima sobre essa obra de Mário de
Andrade sugere que se deve
(A) acompanhar as peripécias de um herói des-
concertante reconhecendo nelas recortes
valorativos da cultura nacional.
(B) subordinar as intenções ideológicas do autor aos
limites de expressão das lendas indígenas que
inspiram a narrativa.
(C) fundir, numa leitura orgânica, o prazer de
acompanhar uma fábula e o de reconhecer os ideais
estéticos que ela ilustra.
(D) reconhecer nesse romance, acima do humor que
lhe dá o tom, o projeto político que seu protagonista
encarna.
(E) analisar aspectos ideológicos da obra, do mesmo
ângulo em que se coloca o autor nos seus
manifestos estéticos.
27. José Lins do Rêgo, Erico Verissimo e Raquel de
Queiroz, entre outros, constituem, na chamada
"geração de 30", a vertente que
(A) aprofunda as trilhas da prosa experimental dos
primeiros modernistas, sobretudo a de Oswald de
Andrade.
(B) ultrapassa os limites da prosa regionalista, fixando-
se em temas de significação universal.
(C) retoma a tradição dos romances de tese produzidos
sob o rigor do determinismo cientifico.
(D) promove uma abordagem realista de aspectos
regionais, em prosa fiuenîe e próxima da
oralidade.
(E) recupera os procedimentos estilísticos dos
romances regionalistas da segunda metade do
século XIX.
28.É correto afirmar que a poesia de Carlos Drummond
de Andrade,
(A) fiel às raízes modernistas, revela permanente
preocupação com a pesquisa de formas e com o
nacionalismo crítico.
(B)o obstante tributária das várias vanguardas
européias, realizou-se enquanto lírica de autêntico
valor regional.
(C) atendendo a uma vocação satírica, fez do mundo o
objeto de seu escárnio e, das formas clássicas,
matéria de suas paródias.
(D) expressão de uma personalidade conflitiva, é
marcada, em suas várias fases, pela negação
ou pela relativização crítica.
(E) essencialmente emotiva, afirma as paixões positivas
do indivíduo contra a tendência moderna da
massificação.
29. Considere as seguintes afirmações sobre Vidas
secas, de Graciliano Ramos:
I. O largo emprego do discurso indireto livre é
sugestivo: tanto serve ao universo quase sempre
silencioso das personagens quanto à discreta
cumplicidade que tem com elas o narrador.
II. Quanto ao gênero, a estrutura desta obra é
rigorosamente a de um romance, ainda queo
haja linearidade cronológica na sucessão das
ações.
III. Os
parcos recursos de comunicação de Fabiano,
que derivam de sua condição de oprimido, estão
sempre a expor - também a ele - toda a sua
fragilidade.
Está correto, em relação a essa obra do escritor
alagoano, o que se afirma em:
de fracasso em fracasso, me reduzi a mim mas
pelo menos quero encontrar o mundo e seu Deus.
(A) I,II e III.
(B) Il e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E)
II, apenas.
30. Poema do beco
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha
do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
O poema acima dá expressão ao seguinte fundamento
geral da poesia madura de Manuel Bandeira:
(A) A proximidade e o limite do "menor" potenciar»
o lirismo.
(B) O sublime poético é vislumbrado na distância e no
"alto".
(C) A vida moderna restringe a realização da lírica
autêntica.
(D)o há saída para a lírica nos contornos da vida
urbana.
(E) O poético requer a negação do valor das experiências.
31. Considere
as seguintes afirmações sobre Gabriela,
Cravo e Canela, de Jorge Amado:
I. Ao fazer seguir ao título a indicação Crônica de
uma cidade do interior, Jorge Amado tanto sugere
um tipo de relato como alude à base histórica sobre
a qual criará.
II. A expressão "tom ameno e segurança de
composição", já utilizada na crítica deste romance,
seo lhe atribui densidade maior, reconhece-lhe
mérito na boa montagem do painel de múltiplos
tipos, intrigas e conflitos que se oferecem à leitura
corrida.
III. Em meio às personagens de todas as classes e
costumes, a protagonista singulariza-se como
encarnação do livre instinto e da verdade natural -
traços românticos que costumam marcar os heróis
populares do autor.
É correto o que se afirma em:
(A) I, Il e III.
(B) Il e III, apenas.
(C) I e lI, apenas.
(D) l e III, apenas.
(E)
II, apenas.
32. Considere os seguintes fragmentos de A hora da
estrela, de Clarice Lispector:
I.Quero neste instante falar da nordestina. É o
seguinte: ela como uma cadela vadia era teleguiada
por si mesma. Pois reduzira-se a si. Também eu,
II.Ela estava enfim livre de si e de nós.o vos
assusteis, morrer é um instante, passa logo, eu
sei porque acabo de morrer com a moça. Desculpai-
me esta morte.
Nesses fragmentos, como em muitos outros, o leitor
acompanha por dentro um movimento agònico e
estruturante do romance, a saber:
(A) o narrador abdica de sua função original para
converter-se ele próprio em personagem viva,
integrada à trama, em estatuto idêntico ao das
demais personagens.
(B) Macabéa, a personagem, éo forte e independente
do narrador que o arrasta para a realidade dos
migrantes nordestinos, denunciando-lhe o vazio do
universo burguês.
(C) a protagonista assume, por vezes, a função do
narrador, de modo que a narração em primeira
pessoa deslize de Rodrigo para Macabéa, numa
perfeita inversão de papéis.
(D) criador e criatura interpenetram-se de tai modo
que suas diferentes condições convergem para
a impossibilidade de sua afirmação vital diante
do silêncio e do destino.
(E) Rodrigo e Olímpicom diferentes compreensões
de Macabéa, e a alternância de seus pontos de
vista torna-se responsável pela ambigüidade que
caracteriza a protagonista.
33.Considere as seguintes declarações de Guimarães
Rosa, numa entrevista:
"Provavelmente eu seja como o meu irmão Riobaldo.
Pois o diabo pode ser vencido simplesmente, porque
existe o homem, a travessia para a solidão, que
equivale ao infinito. "
(...)
"A linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não
fizer do idioma o espelho de sua personalidade não
vive, e como a vida é uma corrente contínua, a
linguagem deve evoluir constantemente. Como escritor,
devo me prestar contas de cada palavra e considerar
cada palavra o tempo necessário até ela ser novamente
vida."
Associando-se tais declarações ao universo de Grande
Sertão: Veredas, reforça-se a convicção de que,
nesse romance,
(A) as batalhasm motivação religiosa, e a fidelidade
à linguagem real dos jagunços é tomada como
autêntica missão.
(B) o plano mítico-moral funde-se ao épico, e a
linguagem se transfigura para constituir o
Sertão em ambos os planos.
(C) Riobaldo é contemplado com uma revelação
mística, do que deriva a narração de um sertanejo
onisciente e iluminado.
(D) os dilemas íntimos dos jagunçoso os centrais,
cabendo a Riobaldo interpretá-los e ordená-los num
discurso próprio.
(E) as ações de Riobaldo espelham a travessia do Mal
para o Bem, e seu discurso lírico fixa as convicções
dessa experiência.
34 O Auto da Barca do Inferno pertence ao
movimento literário do Humanismo, em Portugal, porque
Gil Vicente
(A) critica a Igreja pela venda indiscriminada de
indulgências e pela vida desregrada dos padres.
(B) preocupa-se somente com a salvação do homem
após a morte, sem se voltar para os problemas
sociais da época.
(C) equilíbra a concepção cristã da salvação após
a morte com a visão crítica do homem e da
sociedade do seu tempo.
(D) tem como única preocupação criticar o homem e
as mazelas sociais do momento histórico em que
está inserido.
(E) critica a Igreja, ao defender com entusiasmo os
princípios reformistas disseminados pela Reforma
protestante.
35. Em Os Lusíadas, Camões,
(A) homem do século XVI, abraçando o Cristianismo e
vivendo o pragmatismo de seu tempo, despreza a
mitologia greco-latina, que contraria sua fé e o
cientificismo da época.
(B) como todo poeta do Renascimento, recebendo
influência dos gregos e romanos, concebe as
divindades pagas como superiores à cristã.
(C) fiel a sua religião, faz que a divindade cristã
compareça de maneira física, intervindo e atuando
ao longo do poema, do mesmo modo que as
divindades pagas.
(D) recebendo influência direta de Homero e Virgílio,
elimina em sua epopéia quaisquer vestígios da
concepção de mundo cristã.
(E) sensível aos valores do mundo clássico, vale-
se da mitologia greco-latina como um recurso
retórico, que enriquece e embeleza os
elementos históricos.
36.0 pregador há de ser como quem semeia, e não
como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como
as estrelas. Todas as estrelas estão por sua ordem;
mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça
lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como
os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.
Se de uma parte está branco, de outra há de estar
negro; se de uma parte está dia, da outra há de estar
noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de
dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra
hão de dizer subiu.
No fragmento acima, pertencente ao Sermão da
Sexagésima, o padre Antônio Vieira mostra uma
tendência muito comum em sua obra:
I. Usa das antíteses com o propósito deliberado de
equilibrar os anseios espiritualistas e teocêntricos
da Idade Média com os materialistas e antro-
pocêntricos do Renascimento.
II.Critica os exageros formais dos pregadores
cultistas, que usavam e abusavam das antíteses,
tornando o estilo obscuro.
III.Defende o apuro formal dos pregadores
gongoristas, vendo nele uma forma mais adequada
de convencer e converter o fiel.
Interpreta corretamente o trecho, o que se afirma apenas
em:
(A)
I.
(B) II.
(C) III
(D)
l e II.
(E)
l e III.
37. Amor de Perdição é uma obra tipicamente
romântica, porque nela Camilo Castelo Branco valoriza
(A) o sentimento nativista e o nacionalismo, presentes
na recusa de Simão e Teresa em fugirem de
Portugal, apesar de perseguidos pela justiça.
(B) a natureza, como fonte de vida e inspiração, em
que Simão se refugia, no final da obra, quandoo
pode mais ter acesso à Teresa.
(C) os valores espirituais do Cristianismo, a que Simão
se apega quando é condenado ao degredo.
(D) o mundo das paixões, o excesso de senti-
mentos, evidentes no modo violento como
Simão assassina Baltazar Coutinho.
(E) a noite e o mundo sobrenatural, presentes como
cenário ao longo de todo o drama passional.
38. Com referência ao romance O crime do Padre
Amaro, dea de Queirós, a única afirmação
INCORRETA é:
(A) Influenciado pelas teorias do Naturalismo, o autor
procura demonstrar que o meio social e a educação
religiosa é que determinam o comportamento do
indivíduo.
(8) Influenciado peias teorias do Naturalismo,a
procura demonstrar que os antecedentes de
raça e as taras sexuais é que determinam o
comportamento de Amaro e Amélia.
(C) Adotando os pressupostos da estética realista, o
autor critica os efeitos nocivos da arte romântica
sobre o caráter de Amélia.
(D) Tendo por base uma consciência crítica, tipicamente
realista, o escritor defende a idéia de que a moral
católica, fundada somente em dogmas, opõe-se
em tudo à moral natural.
(E) Tendo por base uma orientação tipicamente realista,
o escritor critica o domínio que os padres, por meio de
sacramentos como a confissão, exercem sobre os fiéis.
39. Caminho I
Tenho sonhos cruéis; n'aima doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...
Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora.
Sem ela, o coração é quase nada:
Um soi onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.
Camilo Pessanha, no contexto geral de sua obra, trata
do sentimento de dor. Com base nisso, considere as
seguintes afirmações a respeito do soneto acima:
1. O sentimento de dor, metaforizado pelo sol, é
rejeitado pelo poeta porque lhe provoca sonhos
cruéis.
II. O sentimento de dor, metaforizado pela
madrugada, ainda enquanto sofrimento, é essencial
ao coração humano.
III. A dor, metaforizada pelo sol, é rejeitada pelo poeta
porque falta a ela um pouco de harmonia.
IV. O poeta experimenta um sentimento ambivalente
em relação à dor.
Interpreta corretamente o soneto o que se afirma apenas
em:
(A) I.
(B) II.
(C) I e IV.
(D) Il e III.
(E) Il e IV.
40. Ulisses
O mito é o nada que è tudo.
O mesmo soi que abre os céus
É um mito brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrama realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
Esse poema faz parte de Mensagem, de Fernando
Pessoa Considerando-se o contexto da obra, sua
correta interpretação está em:
(A) O mito deixa de ter significado porque é "brilhante
e mudo", ou seja, nada diz.
(B) O mito, por ser aparentado com a lenda, é
interpretado como mera fantasia, superstição.
(C) A vida, entendida como "metade de nada",
só tem sentido porque o mito a fundamenta,
(D) A vida é superior em tudo ao mito, porque se
fundamenta na realidade.
(E) A vida e o mito equivalem-se, porque se identificam
ao "corpo morto de Deus".
Prova
Discursiva
Atenção:
Leia atentamente as questões apresentadas.
Escolha apenas duas das propostas: uma, obrigatoriamente, dentre as questões 1 e 2;
a outra, obrigatoriamente, dentre as questões 3 e 4.
Redija a resposta ao que cada uma delas propõe, usando uma folha para cada uma.
Assinale no local indicado da Folha de Resposta o número da questão escolhida.
Questão1
Leia e compare os fragmentos abaixo. Identifique e caracterize, da perspectiva lingüístico-discursiva,
cada um deles, quanto ao seu modo (ou tipo) de organização textual. Justifique seu ponto de vista com
dados dos próprios textos.
I. A seca no Nordeste é um problema antigo, cujos registros remontam aos tempos da colônia e do
império. É um fenômeno da natureza, inevitável como os terremotos, os vendavais e as enchentes. O
mesmo não se pode dizerda fome nas regiões do semi-árido brasileiro. Ao contrário da seca, a fome é
um problema evitável. A solução depende apenas de medidas adequadas tomadas na hora certa.
(Veja, 06/05/98;
II. Vejo claramente como se estivessem saindo agora, vivos, da moldura oval - o rosto e o busto meio
virados para a esquerda. Vejo o pescoço curto, o porte imperioso da cabeça, os bandos grisalhos
realçados pelas rendas da capota de viúva. Os olhos puxados e o olhar perspicaz. O aquilino brusco do
nariz, as maçãs salientes, o queixo forte.
(Pedro Nava, Baú de ossos)
III. Piano tomou o machado emprestado de Seu Joaquim e tafulhou no mato. Foi feliz porque trouxe mel de
jatai, que é o mais gostoso e o mais sadio. Mel, porém, é coisa que ninguém compra: todo mundo quer
de graça. O homem andou de porta em porta e mal deu conta de vender uma garrafinha, apurando mu-
réis. Ia continuar oferecendo, mas Seu Elpídio cercou ele no largo do cemitério.
(Bernardo Élis, "A enxada")
Comentários
Conteúdos Estabelecidos na questão:
Lingua Portuguesa
Habilidades Aferidas:
Capacidade de: produzir e ler competentemente enun-
ciados em diferentes linguagens e traduzir umas em
outras; descrever e justificar as peculiaridades
fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semân-
ticas do português brasileiro, com especial destaque
para as variações regionais e socioletais, e para as
especificidades da norma padrão; interpretar adequa-
damente textos de diferentes gêneros e registros
lingüísticos e explicar processos ou argumentos utili-
zados para justificar sua interpretação; compreender,
avaliar e produzir textos de tipos variados em sua es-
trutura, organização e significado; pesquisar e articu-
lar informações lingüísticas, literárias e culturais.
Resposta possível A:
identificação : I Dissertatívo, II. Descritivo, III.
Narrativo.
Elementos para caracterização e justificativa:
I. Exposição, explicação ou interpretação de fatos e
dados da realidade; visão critica do autor sobre a seca
e a fome no Nordeste; uso de verbos no presente de-
terminando o caráter geral das explicações
(atemporalidade); estabelecimento de relações lógicas
entre as idéias (a seca é um problema antigo e inevitá-
vel porque é um fenômeno da natureza, mas a fome é
evitável porque depende apenas de medidas adequa-
das tomadas no momento certo).
II. Reconstrução, por meio da palavra, das feições de
uma mulher; apresentação de um determinado esta-
do; enumeração de caracteristicas, qualidade; presen-
ça de intensa adjetivação (pescoço curto, porte imperi-
oso da cabeça, bandos grisalhos, olhos puxados, olhar
perspicaz, aquilino brusco do nariz, maçãs salientes,
queixo forte); verbo no presente indica simultaneidade
em relação ao momento da enunciaçâo:o, entre
os elementos descritos, relação de anterioridade,
posterioridade ou causalidade.
III. Apresentação de uma seqüência de fatos; presen-
ça de verbos de ação {tomou, tafulho, trouxe, etc);
presença de personagens (Piano, Seu Joaquim, Seu
Elpídio): definição de um espaço (o mato, a cidade, o
largo do cemitério)
Resposta Possível B:
identificação: I. Jornalístico, Il Literário, III Lite-
rario
Caracterização e justificativa.
I. Apresentação de informações e interpretação de fa-
tos da realidade, visão crítica do autor sobre a seca e a
fome no Nordeste; estabelecimento de relações lógi-
cas entre as idéias (a seca é um problema antigo e
inevitável porque è um fenômeno da natureza, mas a
fome é evitável porque depende apenas de medidas
adequadas tomadas no momento certo): linguagem
denotativa.
II. Reconstrução, a partir da memória, das feições de
uma mulher ("Vejo, como se estivessem saindo agora,
vivos, da moldura oval"), foco narrativo em 1
a
pessoa:
relação de proximidade como o narrado; presença de
intensa adjetivação (pescoço curto, porte imperioso da
cabeça, bandos grisalhos, olhos puxados, olhar pers-
picaz, aquilino brusco do nariz, maçãs salientes, quei-
xo forte;: verbo no presente indica simultaneidade em
relação ao momento da enunciação; linguagem
conotativa
III. Foco narrativo em 3ª pessoa: distanciamento do nar-
rado; presença de verbos de ação (tomou, tatuino, trou-
xe, etc); presença de personagens (Piano, Seu Joa-
quim. Seu Elpídio); definição de um espaço (o mato, a
cidade, o largo do cemitério); maior liberdade lingüísti-
ca ("Seu Elpídio cercou ele no largo do cemitério* ).
Questão nº 2
Considerando as características da linguagem oral e da linguagem escrita, compare e analise os textos i
e il, levando em conta o modo como se constrói a interlocução em cada um deles.
I. Carta:
Caro amigo Niltom: O Filme é de Tarzam.
Niltom como vai tudo bom Niltom em primeiro lugar quero ti convidar para nós assistir um filme no cinema
Niltom o filme vai ser muito massa Niltom O artista do filme Tarzam Niltom eu convidei umas menina e Eu
quero que você convide outras meninas também.
Eu vou ti espera Niltom O filme vai ser às 14:30 horas o nome do Cinema é Cine Tatiana no Coxipó.
Niltom não ligue com a dispesa deixe com comigo Niltom Eu vou ti esperaria na portaria do Cine Niltom
não falte tispero Ia ass: Gelsom.
(G, 4
s
série)
II. Historia da Minha vida
Historia da minha vida
Vou começar esta História falando da minha vida.
Minha vida e uma vida muito feliz porque eu tenho minha querida mãe é ela e muito boa para mim.
Quando nós morava no Paraguai era muito difícil, o produto que nós colhia nós tinha de dar a
metade pro comissário e pra vender tinha que pagar o Permicio senão não tiro nem um grão de cereais só
que nós sempre espera um dia comseguir um pedaço de terra, e com o esforço um pouco de cada um e
com a colaboração e o sacrifício das irmãs nos temos hoje onde morar.
Mas só quando fazia um ano que nos estava aqui aconteceu que o meu irmão morreu e nos
fiquemos muito triste mas agora já tamos nos desacostumando.
(S.L, 3
a
série)
Comentários
Conteúdos Estabelecidos na questão:
Língua Portuguesa
Habilidades Aferidas:
Capacidade de: descrever e justificar as peculiarida-
des fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e
semânticas do português brasileiro, com especial des-
taque para as variações regionais e socioletais, e para
as especificidades da norma padrão; produzir e ler com-
petentemente enunciados em diferentes linguagens e
traduzir umas em outras; compreender, avaliar e produ-
zir textos de tipos variados em sua estrutura, organiza-
ção e significado; pesquisar e articular informações lin-
güísticas. literárias e culturais; interpretar adequadamente
textos cie diferentes gêneros e registros lingüísticos e
explicar processos ou argumentos utilizados para justi-
ficar sua interpretação.
Padrão de resposta esperado:
Texto I ("Carta");
Pelo fato de escrever uma carta, o autor deste
texto mantém, através da escrita, uma grande proximi-
dade com relação ao seu interlocutor que é específico
e vem representado como co-participante da situação
de produção do discurso, Isso vem indicado, na escrita,
pela repetição freqüente do nome do interlocutor "Niltom".
Observa-se que este texto, embora apresentado
sob forma escrita, poderia ser visto como uma repre-
sentação de um discurso oral coloquial, pelas suas ca-
racteristicas estruturais.
Texto il ("História da Minha Vida"):
Pelo fato ce relatar a história de sua vida, o autor
desse texto mantém, através da escrita, um maior
distanciamento com relação ao seu interlocutor. Este.
embora pressuposto, é um interlocutor virtual, genérico.
queo é representado como co-participante da situa-
ção de produção do discurso
Esse texto aproxima-se mais das expectativas
de organização estrutural de um texto escrito, embora
traga marcas de oralidade caracteristicas da variedade
lingüística de seu autor ("quandos morava", "o produ-
to ques colhias tinha de dar", "nós sempre espe-
ra' , "quando fazia um ano que nos estava aqui", "nos
fiquemos muito triste").
Questão nº 3
Um famoso pintor, numa exposição de suas obras, ouviu o seguinte comentário de alguém sobre a
figura representada numa das telas: "- Que mulher mais esquisita!". O pintor aproximou-se e replicou,
serenamente: "Mas isso não é uma mulher, isso é um quadro... "
Pode um bom escritor valer-se de uma réplica semelhante, se alguém censura o irrealismo de uma
personagem ou a estranheza de uma imagem poética? Justifique sua resposta, numa argumentação
concisa.
Comentários
Conteúdos estabelecidos na questão:
Teoria da Literatura
Habilidades Aferidas:
Capacidade de: pesquisar e articular informações lin-
güísticas, literárias e culturais; apreender criticamente
as obras literárias,o somente por meio de uma in-
terpretação derivada do contato direto com elas, mas
também pela mediação de obras de crítica e de teoria
literárias; estabelecer e discutir as relações dos tex-
tos literários com outros tipos de discursos e com os
contextos em que se inserem;
Padrão de Resposta Esperado:
Resposta afirmativa: justificativas
Literatura é representação (ou transfiguração, ou
simbolização, ou ficcionalização, ou mimese, ou imita-
ção) do real, com eleo se confundindo. • O escritor
preocupa-se com a verossimilhança, com a coerência
interna do que cria.
O escritor apóia-se mais na fantasia e na imaginação
do que na observação objetiva e direta dos fatos.
Personagens literáriasoo pessoas.
O efeito de estranheza decorre da natureza mesma
das imagens poéticas.
Resposta negativa: justificativa:
Os meios de expressão da pinturao se confun-
dem com os da literatura.
Questão nº 4
Ao comparar o trabalho do historiador com o do romancista, o crítico inglês E. M. Forster tece as
seguintes considerações:
O historiador trata das ações, e do caráter dos homens até onde lhe é possível deduzi-lo de suas ações.
Preocupa-se tanto com o caráter quanto o romancista, mas pode saber da sua existência quando ele
se mostra à superfície. (...) A vida oculta é, por definição, velada e, quando se mostra através de sinais
exteriores, não é mais oculta, entra no domínio da ação. E a função do romancista é revelar essa vida
oculta na sua fonte.
Discuta tais argumentos, tendo por base os fragmentos abaixo:
I. Aos dezessete anos, Marx foi enviado rio abaixo até Bonn, para estudar na universidade. Esta era, então,
uma pequena academia com umas poucas centenas de alunos, de tendência muito aristocrática. Marx
ainda era um romântico; seus interesses, mais amplos, incluíam a bebida e a arte de duelar. Até
mesmo pelos frouxos padrões acadêmicos da época, ele era considerado bastante indolente.
(John Kenneth Galbraith, A era da incerteza)
II. Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que forarn aqueles olhos
de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e
me fizeram. Olhos de ressaca ? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei
que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia,
nos dias de ressaca.
(Machado de Assis, Dom Casmurro)
Comentários
Conteúdos Estabelecidos na Questão:
Teoria da Literatura.
Habilidades Aferidas:
Capacidade de- estabelecer e discutirás relações dos
textos literários com outros tipos de discursos e com
os contextos em que se inserem; apreender critica-
mente as obras literárias,o somente por meio de
uma interpretação derivada do contato direto com elas,
mas também pela mediação de obras de crítica e de
teoria literárias; interpretar adequadamente textos de
diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar
os processos ou argumentos utilizados para justificar
sua interpretação; pesquisar e articular informações lin-
guísticas, literárias e culturais.
Padrão de resposta esperado
Há a busca de objetivação isenta no discurso
cientifico do historiador; ao romancista interessa a va-
lorização subjetiva de fatos imaginados.
O romancista é um livre criador de situações; o
historiador organiza e analisa fatos concretos, de com-
provada relevância social.
A linguagem do romancista afirma-se, diferentemen-
te da do historiador, como expressão estética.
A personalidade de Marx é apresentada a partir de
seu comportamento exterior num contexto histórico
real: a personalidade de Capitu é revelada a partir de
traços subjetivamente interpretados pelo protagonis-
ta-narrador, diretamente envolvido com aquela perso-
nagem.
Questionário
Pesquisa
sta pesquisa é parte integrante do Exame Na-
cional de Cursos e tem por objetivo levantar informa-
ções que permitam identificar as condições institu-
cionais de ensino, bem como traçar o perfil do conjun-
to de graduandos. Ela permitirá o planejamento de
ações, na busca da melhoria da qualidade dos cursos.
Para que essa meta seja alcançada, é importante sua
participação. Procure responder este questionário de
forma individual, conscienciosa e independente. A fi-
dedignidade das suas respostas é fundamental.
Em cada questão, marque apenas uma respos-
ta, ou seja, aquela que melhor corresponde às suas
características pessoais, às condições de ensino
vivenciadas por você e às suas perspectivas para o
futuro. Os dados obtidos serão sempre tratados esta-
tisticamente, de forma agregada, isto é, segundo gru-
pos de indivíduos.o haverá tratamento e divulgação
de dados pessoais.
Preencha o cartão apropriado com as suas res-
postas, utilizando para tanto caneta esferográfica azul
ou preta.
Entregue esse cartão ao coordenador de sua sala,
no local do Exame, no dia 07 de junho de 1998.
Gratos pela sua valiosa contribuição.
01 - Em relação ao Exame Nacional de Cursos,
você gostaria de receber o resultado de seu
desempenho na Prova ?
(A)-Sim. 90.0
(B)-Não. 6,2
Sem informação. 3,8
Caracteristicas Pessoais
02 - Qual é o seu estado civil?
(A) Solteiro.
(B) Casado.
(C) Separado/desquitado/divorciado.
(D) Viúvo.
(E) Outros.
Sem informação.
03 - Quantos irmãos você tem?
(A) Nenhum.
(B)Um.
(C) Dois.
(D) Três.
(E) Quatro ou mais.
Sem informação.
04 - Quantos filhos você tem?
(A) Nenhum.
(B)Um.
(C) Dois.
(D) Três.
(E) Quatro ou mais.
Sem informação.
55,6
30,4
5,6
1,4
4.4
2,5
6.5
17,1
22,0
14,9
37,4
2,1
66,4
14,0
10,7
5,0
1,9
2.0
05 - Com quem você morou durante a maior
parte do tempo em que freqüentou este curso
superior?
(A) Com os pais e/ou outros parentes. 62 4
(B) Com esposo(a) e filho(s) 27 2
(C) Com amigos 3,9
(D) Em alojamento universitário.
(E) Sozinho. 3.7
Sem informação. 1.7
06 - Você calcula que a soma da renda mensal
dos membros da sua família que moram em sua
casa seja:
(A) Até R$390,00. 14.6
(B) De R$391,00 a R$1.300.00. 48.7
(C) De R$1.301,00 a R$2.600,00. 23 2
(D) De R$2.601,00 a R$6.500,00. 9.7
(E) Mais de R$6.500,00. 1,7
Sem informação. 2.1
07 - Qual o grau de escolaridade do seu pai?
(A) Nenhuma escolaridade. 10,4
(B) Ensino fundamental (primeiro grau)
incompleto. 52 7
(C) Ensino fundamental (primeiro grau) completo
(8
a
série). 11.5
(D) Ensino médio (segundo grau) completo. 14.1
(E) Superior. 9,4
Sem informação. 2.0
08 - Qual o grau de escolaridade da sua mãe?
(A) Nenhuma escolaridade. 9.1
(B) Ensino fundamental (primeiro grau)
incompleto. 52 3
(C) Ensino fundamental (primeiro grau) completo
(8
a
série). 11.7
(D) Ensino médio (segundo grau) completo.
(E) Superior. 9.1
Sem informação. 1,8
09 - Qual o meio de transporte mais utilizado
por você para chegar à sua instituição?
(A) Carro ou motocicleta próprios. 16 3
(B) Carro dos pais. 4,5
(C) Carona com amigos e vizinhos. 4,8
(D) Transporte coletivo (ônibus, trem, metrô). 63,1
(E) Outro. 9,5
Sem informação. 1,8
10 - Existe microcomputador em sua casa?
(A) Sim. 25.7
(B) Não. 65,4
Sem informação. 8,9
11 - Durante a maior parte do seu curso, qual foi
a carga horária aproximada de sua atividade
remunerada?
(A)o exerci atividade remunerada. 14,1
(B) Trabalhei eventualmente, sem vínculo
empregatício. 11,6
(C) Trabalhei até 20 horas semanais. 15,0
(D) Trabalhei mais de 20 horas e menos de
40 horas semanais. 229
(E) Trabalhei em tempo integral -
40 horas semanais ou mais. 33.8
Sem informação. 2,5
Atividades
12 - Para que você utiliza computador?
(A)o utilizo computador (se optar por esta
alternativa, passe para a Questão 16). 44,7
(B) Utilizo-o apenas para entretenimento. 0,8
(C) Utilizo-o para trabalhos escolares. 15,6
(D) Utilizo-o para trabalhos profissionais.
(E) Utilizo-o para entretenimento, trabalhos
escolares e profissionais. 24,7
Sem informação. 6,6
13 - Caso utilize computador, como você
aprendeu a operá-lo?
(A) Sozinho. 14,2
(B) Por meio de bibliografia especializada. 1,1
(C) Na minha Instituição de Ensino Superior. 3,7
(D) No meu local de trabalho. 14.5
(E) Em cursos especializados. 16,1
Sem informação. 50.3
14 - Caso utilize computador em seus
trabalhos escolares e profissionais que tipos de
programas você opera?
(A) Processadores de texto. 274
(B) Processadores de texto e planilhas
eletrônicas. 6,1
(C) Processadores de texto, planilhas eletrônicas e
sistemas de banco de dados. 7,1
(D) Os três tipos de programas acima, além de
programas de apresentação {harvard
graphics, powerpoint e outros congêneres). 6 1
(E) Todos os programas acima, programas
desenvolvidos por você mesmo e programas
específicos da área do seu curso. 1,9
Sem informação. 51,5
15 - Caso utilize computador, você tem
predominantemente acessado a INTERNET a
partir de que equipamento?:
(A) Daquele colocado à disposição pela minha Institui-
ção de Ensino Superior. 7,6
(B) Daquele disponível na minha residência, por
meio de assinatura paga de acesso à Internet. 5,5
(C) Equipamento disponível no meu local de
trabalho. 6,6
(D) Equipamento colocado à minha disposição
em outro local. 4,0
(E) Nunca tive a oportunidade de acessar a
Internet 25,1
Sem informação. 51,1
16 - Durante o seu curso de graduação, quantos
livros você tem lido, em média, por ano,
excetuando-se os livros escolares obrigatórios?
(A) Nenhum. 3.7
(B)Um. 7,9
(C) Dois a três. 33,5
(D) Quatro a cinco. 22,5
(E) Seis ou mais. 30,4
Sem informação 2.0
17 - Durante o seu curso de graduação, quantas
horas por semana você tem dedicado, em
média, aos seus estudos, excetuando-se as
horas de aula ?
(A) Nenhuma, apenas assisto às aulas. 4,6
(B) Uma a duas. 36,3
(C) Três a cinco. 34,0
(D) Seis a oito. 13,3
(E) Mais de oito. 9,9
Sem informação. 1,9
18 - Qual o meio que você mais utiliza para se
manter atualizado sobre os acontecimentos do
mundo contemporâneo ?
(A) Jornal. 28,4
(B) Revistas. 16,7
(C)TV. 48,6
(D) Rádio. 3,2
(E) Internet. 0,9
Sem informação. 2.2
19 - Como você avalia seu conhecimento da
língua inglesa ?
(A) Praticamente nulo. 25,1
(B) Leio, maso escrevo nem falo. 23.0
(C) Leio e escrevo bem, maso falo.
(D) Leio e escrevo bem e falo razoavelmente.
(E) Leio, escrevo e falo bem. 8,1
Sem informação. 2,0
20 - Como você avalia seu conhecimento da
língua espanhola ?
(A) Praticamente nulo. 58,3
(B) Leio, maso escrevo nem falo. 26,3
(C) Leio e escrevo bem, maso falo. 1,9
(D) Leio e escrevo bem e falo razoavelmente. 7,9
(E) Leio, escrevo e falo bem. 3,1
Sem informação. 2,4
21 - Em qual das línguas estrangeiras abaixo
você é capaz de se comunicar melhor ?
(A) Francês. 12,2
(B) Alemão. 2,6
(C) Italiano. 13,2
(D)Japonês. 0,7
(E) Nenhuma dessas 69,4
Sem informação. 1,8
22 - Simultaneamente ao seu curso de
graduação, em que áreas você desenvolve ou
desenvolveu atividades artísticas?
(A) Teatro. 2.0,9
(B) Artes plásticas. 3,5
(C) Música. 10,2
(D) Dança. 4,8
(E) Nenhuma. 58,7
Sem informação. 1,9
23 - Simultaneamente ao seu curso de
graduação, em que áreas você desenvolve ou
desenvolveu atividades físicas / desportivas?
(A) Atividades físicas individuais. 30,8
(B) Futebol. 3.6
(C) Voleibol. 3,9
(D) Outro esporte coletivo. 5 5
(E) Nenhuma. 54 0
Sem informação. 2,2
28 - Por qual Instituição a maioria dos eventos
(Congressos, Jornadas, Cursos de Extensão) de
que você participou?
(A) Pela minha Instituição de Ensino Superior. 58,0
(B) Por outras instituições de ensino.
(C) Por diretórios estudantis ou centros
acadêmicos. 5.9
(D) Por associações científicas da área.
(E)o participei de eventos. 24,8
Sem informação. 2,0
Formação no Ensino Médio
24 - Em que tipo de escola você freqüentou o
ensino médio (segundo grau)?
(A) Todo em escola pública (municipal, estadual,
federal). 59,0
(B) Todo em escola privada. 205
(C) A maior parte do tempo em escola pública. 9,3
(D) A maior parte do tempo em escola privada. 4.6
(E) Metade em escola pública e metade em
escola privada. 4,7
Sem informação. 1,8
29 - Você foi beneficiado por algum tipo de
bolsa de estudos para custeio das despesas do
curso?
(A) Não. 73,0
(B) Crédito Educativo-Creduc
(Caixa Econômica Federal). 8,3
(C) Bolsa integral oferecida pela instituição.
(D) Bolsa parcial ou desconto nas anuidades
oferecida pela sua instituição. 9,0
(E) Bolsa, parcial ou integral, oferecida por
entidades externas (empresas, organismos
de apoio ao estudante etc). 5,5
Sem informação. 1,8
25 - Qual foi o tipo de curso do ensino médio
(segundo grau) que você concluiu?
(A) Comum ou de educação geral, no e-
nsino regular. 33.6
(B) Técnico (eletrônica, contabilidade,
agrícola etc.) no ensino regular.
(C) Magistério de Primeira a Quarta Série
(Curso Normal), no ensino regular. 39,4
(D) Curso de Ensino Médio Supletivo 4,4
(E) Outro curso. '2,7
Sem informação. 1,8
Curso de Graduação
26 - Destaque uma dentre as atividades
acadêmicas que você desenvolveu por mais
tempo durante o período de realização do seu
curso de graduação, além daquelas
obrigatórias.
(A) Nenhuma atividade. 50,2
(B) Atividades de iniciação científica ou
tecnológica. 4,4
(C) Atividades de Monitoria. 5,2
(D) Atividades em projetos de pesquisa
conduzidos por professores da Instituição. 18.8
(E) Atividades de extensão promovidas
pela Instituição. 19,5
Sem informação. 1,9
27 - Que atividade(s) extraclasse(s) oferecida(s)
pela sua instituição você mais desenvolveu
durante o período da realização do curso?
(A) Nenhuma. 59,0
(B) Estudo de linguas estrangeiras. 17,4
(C) Atividades artísticas diversas. 11,0
(D) Atividades desportivas. 2,8
(E) Mais de uma das atividades acima. 7,8
Sem informação. 1,9
30 - Durante a maior parte do seu curso de
graduação, considerando-se apenas as aulas
teóricas, qual o número médio de alunos por
turma?
(A) Até 30 alunos. 37,8
(B) Entre 31 e 50 alunos. 43,8
(C) Entre 51 e 70 alunos. 12 5
(D) Entre 71 e 100 alunos. 3.4
(E) Mais de 100. 0,8
Sem informação. 1,7
31 - Quanto às aulas práticas (laboratórios etc.)
do seu curso, você diria que:
(A) As aulas práticasoo necessárias no
meu curso (passe para a Questão 34). 15,6
(B) As aulas práticaso necessárias, mas
oo oferecidas (passe para a Questão 34). 23,2
(C) Raramenteo oferecidas aulas práticas. 17,0
(D) As aulas práticaso oferecidas com
freqüência, masoo suficientes. 12,8
(E) As aulas práticaso oferecidas na
freqüência exigida pelo curso. 26,4
Sem informação. 4,9
32 - Com relação aos laboratórios utilizados
durante o seu curso, você diria que possuem
equipamentos:
(A) totalmente atualizados e em número suficiente
para todos os alunos. 14,6
(B) atualizados, mas em número insuficiente
para todos os alunos. 19,9
(C) equipamentos desatualizados, mas bem
conservados e em número suficiente para
todos os alunos. 6,0
(D) equipamentos desatualizados, mas bem
conservados, entretanto insuficientes para
todos os alunos. 9,8
(E) antigos, sem conservação alguma,
inoperantes e insuficientes para os alunos. 8,6
Sem informação. 41,1
33 - As aulas práticas comportam um número
adequado de alunos em relação aos
equipamentos, material e espaço pedagógico
disponíveis?
(A) Sim, todas elas. 16,7
(B) Sim, a maior parte delas. 16,6
(C) Sim, metade delas 7,0
(D)Sim, poucas.
(E) Não, nenhuma. 6,3
Sem informação. 40.2
34 - Tomando por base a sua vivência escolar,
você considera que há disciplinas do curso que
deveriam ser eliminadas ou ter seu conteúdo
integrado a outras?
(A) Não, todas as disciplinas ministradas no
cursoo importantes. 44.3
(B) Há poucas disciplinas que deveriam ter seu
conteúdo integrado ao de outras. 31.8
(C) Há muitas disciplinas que poderiam ter seu
conteúdo integrado ao de outras. 12,0
(D) Há várias disciplinas que deveriam ser
totalmente eliminadas. 7,2
(E)o sei. 2,8
Sem informação. 1,9
35 - Ainda tomando por base a sua vivência
escolar, você acha que há novas disciplinas que
deveriam ser incorporadas ao currículo pleno do
curso?
(A) Não, o currículo pleno do curso está perfeito. 11,4
(B) Sim, embora o currículo do curso seja bem
elaborado, há poucas disciplinas novas que
poderiam ser incorporadas. 40,1
(C) Sim, embora o currículo seja bem
elaborado, há muitas disciplinas novas que
poderiam ser incorporadas. 27,4
(D) Sim, o currículo do curso é deficiente e
há muitas disciplinas que deveriam ser
incorporadas. 14,6
(E)o sei. 4,7
Sem informação. 1,8
36 - Você considera que as disciplinas do curso
estão bem dimensionadas?
(A) Não, algumas disciplinas estão mal
dimensionadas: muito conteúdo e pouco
tempo para o seu desenvolvimento. 53,1
(B) Não, algumas disciplinas estão mal
dimensionadas: muito tempo disponível
para pouco conteúdo a ser ministrado. 8,0
(C) Sim, as disciplinas estão razoavelmente
bem dimensionadas. 28.6
(D) Sim, as disciplinas do curso estão
muito bem dimensionadas. 6,8
(E)o sei. 1,6
Sem informação. 1,9
37 - Quanto ao estágio curricular
supervisionado obrigatório, você diria que:
(A)o é oferecido no meu curso
(passe para a Questão 39). 6,1
(B) Tem menos de 200 horas. 50,8
(C) Está entre 200 e 299 horas. 21,1
(D) Está entre 300 e 399 horas. 15,5
(E) Tem mais de 400 horas.
Sem informação. 4,9
38 - Qual foi, no seu entender, a maior
contribuição do estágio curricular
supervisionado?
(A) O aperfeiçoamento técnico-profissional.
(B) O conhecimento do mercado profissional.
(C) O conhecimento de novas áreas de atuação
para os graduados no meu curso. 2,3
(D) A reafirmação da escolha profissional feita. 9,4
(E) A demonstração da necessidade de contínuo
estudo para eficiente exercício profissional.
Sem informação. 9,6
39 - Quanto à utilização de microcomputadores
em seu curso, você diria que:
(A) o meu cursoo necessita da
utilização de microcomputadores. 14,7
(B) a instituiçãoo possui microcomputadores. 8,5
(C) a instituição possui microcomputadores, mas
os alunos de graduaçãoom acesso a eles. 31,3
(D) o acesso aos microcomputadores é
limitado pelo seu número insuficiente ou
pelo horário de utilização. 27 9
(E) a instituição possui um número suficiente
de equipamentos e viabiliza a sua utilização
de acordo com as necessidades do curso. 15,0
Sem informação. 2,6
Biblioteca
40 - Como você utiliza a biblioteca de sua
instituição?
(A) A Instituiçãoo tem biblioteca (se marcou
esta alternativa, salte para a questão 48). 0,4
(B) A Instituição possui biblioteca, maso a
utilizo. 6,2
(C) Utilizo pouco a biblioteca, porqueo sinto
muita necessidade dela. 13,0
(D) Utilizo pouco a biblioteca, porque o horário
de funcionamentoo me é favorável. 10,9
(E) Utilizo freqüentemente a biblioteca. 67,5
Sem informação. 2,0
41 - Como você avalia a atualização do acervo
da biblioteca face às necessidades curriculares
do seu curso?
(A) É atualizado. 22,1
(B) É medianamente atualizado. 36,2
(C) É pouco atualizado. 24,2
(D)o é atualizado. 12,7
(E)o sei. 2,9
Sem informação. 2,0
42 - Como você avalia o número de exemplares
disponíveis na biblioteca para atendimento do
alunado do curso?
(A) É plenamente suficiente. 10,3
(B) Atende medianamente. 39,0
(C) Atende pouco. 15,3
(D) É insuficiente. 30,8
(E)o sei. 2.7
Sem informação. 18
43 - Como você avalia a atualização do acervo de
periódicos especializados disponíveis na
biblioteca?
(A)o existe acervo de periódicos.
(B) Existe, mas é desatualizado. 12,1
(C) É razoavelmente atualizado.
(D) É atualizado. 20.6
(E)o sei. 19,0
Sem informação. 2.5
44 - A biblioteca de sua instituição oferece
serviço de empréstimo de livros?
(A) Sim, para todo o acervo. 54,2
(B) Apenas para obras de caráter didático.
(C) Apenas para as obras de interesse geral. 14 1
(D)o há empréstimo. 3.3
(E)o sei. 2,7
Sem informação. 2,0
45 - Como você avalia o serviço de pesquisa
bibliográfica oferecido, você diria que:
(A) Utiliza apenas processos manuais (fichários). 43 4
(B) Dispõe de sistema informatizado local.
(C) Dispõe de acesso à rede nacional de
bibliotecas universitárias. 5,6
(D) Dispõe de acesso à rede internacional de
bibliotecas. 4.0
(E)o sei. 6.8
Sem informação. 2 2
46 - A biblioteca de sua instituição oferece
horário adequado de funcionamento?
(A) Sim, é plenamente adequado. 65 1
(B)É medianamente adequado. 24,0
(C) É muito pouco adequado. 5,5
(D)o é adequado. 2,4
(E)o sei. 1.2
Sem informação. 1.8
47 - A biblioteca de sua instituição oferece
instalações adequadas para leitura e estudo?
(A) Sim, plenamente adequadas. 46,5
(B) Medianamente adequadas. 33,5
(C) Muito pouco adequadas. 11,5
(D) Inadequadas. 6,0
(E)o sei. 0,7
Sem informação. 1,8
Docentes
48 - Qual o tipo de material bibliográfico que
tem sido o mais utilizado por indicação dos
professores durante o seu curso de graduação?
(A) Apostilas e resumos. 33,4
(B) Livros-texto e manuais. 17,9
(C) Cópias de capítulos e trechos de livros. 42,3
(D) Artigos de periódicos especializados. 1.4
(E) Anotações manuais e cadernos de notas
Sem informação. 2,2
49 - Durante o seu curso de graduação, que
técnicas de ensino a maioria dos professores
tem utilizado, predominantemente?
(A) Aulas expositivas. 10,8
(B) Trabalhos de grupo, desenvolvidos em
sala de aula. 6,4
(C) Aulas expositivas e aulas práticas.
(D) Aulas expositivas e trabalhos de grupo. 40.5
(E) Aulas expositivas, aulas práticas, trabalhos
de grupo e videoaulas. 36,4
Sem informação. 2,0
50 - Você considera que os seus professoresm
demonstrado empenho, assiduidade e
pontualidade?
(A) Nenhum tem demonstrado. 0,5
(B) Poucosm demonstrado. 12,8
(C) Metade tem demonstrado. 12,3
(D) A maior parte tem demonstrado. 50,6
(E) Todosm demonstrado. 22,0
Sem informação. 1.8
51 -Você considera que os seus professores
demonstram domínio atualizado das disciplinas
ministradas ?
(A) Nenhum demonstra. 0,6
(B) Poucos demonstram. 9,5
(C) Metade demonstra. 10,9
(D) A maior parte demonstra. 51,2
(E) Todos demonstram. 26,1
Sem informação. 1,7
52 - Que instrumento de avaliação da
aprendizagem a maioria dos seus professores
adota predominantemente?
(A) Provas escritas periódicas (mensais,
bimensais). 68,5
(B) Trabalhos de grupo, escritos. 14,5
(C) Trabalhos individuais, escritos. 7,4
(D) Prova prática. 3,0
(E)o usa instrumentos específicos de
avaliação. 4,4
Sem informação. 2,2
53 - Ao iniciar os trabalhos com cada disciplina,
os docentes apresentam plano de ensino
contendo objetivos, metodologias, critérios de
avaliação, Cronograma e bibliografia?
(A) Nenhum apresenta. 4.7
(B) Poucos apresentam. 19,8
(C) Metade apresenta. 8.2
(D) A maior parte apresenta. 36,9
(E) Todos apresentam. 28,5
Sem informação. 1,8
54 - Como você avalia orientação extraclasse
prestada pelo corpo docente?
(A) Nunca procurei orientação extraclasse. 21,4
(B) Procurei, mas nunca encontrei. 2,5
(C) Procurei, mas raramente encontrei. 6,1
(D) Procurei e encontrei algumas vezes. 28.2
(E) Sempre há disponibilidade do corpo docente
para orientação extraclasse.
Sem informação. 2 0
Contribuição do curso
55 - Como você avalia o nível de exigência do
seu curso?
(A) Deveria ter exigido muito mais de mim.
(B) Deveria ter exigido um pouco mais de mim. 33.5
(C) Exigiu de mim na medida certa. 38,5
(D) Deveria ter exigido um pouco menos de mim. 5,0
(E) Deveria ter exigido muito menos de mim. 0,6
Sem informação. 2,0
56 - Qual você considera que a maior
contribuição do curso que está concluindo?
(A) A obtenção de diploma de nível superior. 12,2
(B) A aquisição de cultura geral. 36.3
(C) O aperfeiçoamento técnico-profissional. 34.S
(D) A formação teórica. 9,7
(E) Melhores perspectivas de ganhos materiais. 4 9
Sem informação. 2,0
57 - Qual das habilidades foi mais desenvolvida
pelo seu curso?
(A) Capacidade de comunicação. 24.0
(B) Habilidade de trabalhar em equipe.
(C) Capacidade de análise crítica. 54.8
(D) Senso ético. 1,9
(E) Capacidade de tomar iniciativa. 4,2
Sem informação 2,0
60 - Relatórios de atividades desenvolvidas por
você em projetos de pesquisa na área de
Letras?
(A)Sim. 49,0
(B)Não. 48,5
Sem informação. 2,6
61 - Relatórios de estágios em escolas de
ensino médio e fundamental?
(A)Sim. 82,5
(B)Não. 14,6
Sem informação. 2,9
62 - Relatórios de atividades desenvolvidas por
você, na área de Letras, sem empresas ou em
organizações diversas?
(A)Sim. 13,3
(B)Não. 84,1
Sem informação. 2,6
63 - Relatórios de atividades desenvolvidas por
você em "semanas acadêmicas" ou seminários
sobre temáticas específicas do Curso?
(A) Sim. 45,3
(B)Não. 52,2
Sem informação. 2,5
64 - Monografia final de curso, apresentada
perante Banca Examinadora?
(A) Sim. 25,1
(B)Não. 71,8
Sem informação. 3,1
Quanto ao seu desenvolvimento lingüístico na
modalidade oral:
Perspectivas Futuras
65-0 curso ofereceu oportunidades para você
desenvolver essa modalidade?
58 - Quanto aos estudos, após a conclusão deste
curso, o que pretende?
(A)o fazer nenhum outro curso. 2,6
(B) Fazer outro curso de graduação. 19,2
(C) Fazer cursos de aperfeiçoamento e
especialização. 48,6
(D) Fazer curso de mestrado e doutorado na
mesma área. 25.4
(E) Fazer curso de mestrado e doutorado em
outra área. 2,2
Sem informação. 2,0
Questões Específicas
No decorrer de seu curso de Letras, que
instrumentos de avaliação escrita, dentre os
enumerados abaixo, foram propostos:
(A) Sim. 74.1
(B)Não. 23,5
Sem informação. 2,4
66-0 seu desempenho oral foi avaliado do
ponto de vista do uso do dialeto culto padrão?
(A)Sim. 64,3
(B)Não. 33,1
Sem informação. 2,6
No decorrer do Curso de Letras, você teve
oportunidade de:
67 - Participar de atividades de pesquisa na área
de Letras, coordenada por professores da
Instituição?
(A)Sim. 47.9
(B)Não. 49,7
Sem informação. 2,4
59 -Trabalhos complementares aos conteúdos
desenvolvidos em sala de aula?
(A)Sim 90,5
(B)Não 7,1
Sem informação. 2,4
68 - Apresentar oralmente os resultados de
pesquisas em eventos de iniciação científica?
(A)Sim. 24.1
(B)Não. 73,3
Sem informação. 2,6
69 - Escrever trabalhos de cunho acadêmico,
individualmente ou em co-autoria, chegando a
publicá-los em periódicos, anais de eventos,
jornais, livros?
(A)Sim. 13,0
(B)Não. 84,5
Sem informação. 2,5
70 - Escrever textos ficcionais para a publicação
em jornais, revistas ou livros?
(A) Sim. 10,2
(B) Não. 87,2
Sem informação. 2,5
71 - Quanto ao estágio supervisionado
obrigatório para Licencitaura, no Curso de
Letras, você diria que:
(A)Tem sido realizado de forma simulada em
sala de aula. 6,4
(B) Tem sido desenvolvido em escolas de ensino
fundamental e médio, com a supervisão direta da
Instituição 67,4
(C) Tem sido realizado pelos alunos em escolas,
sem a supervisão direta da Instituição.
(D) Tem sido realizado em empresas e
organizações diversas.
(E)o tem sido providenciado pela Instituição. 1 9
Sem informação.
72 - Quanto ao exercício profissional, após a
conclusão do curso de Letras, você pretende:
(A) Empregar-se como professor.
(B) Empregar-se como secretário, tradutor, revisor
ou outra função relacionada com a área
de Letras. 18,0
(C) Abrir uma escola.
(D) Criar outras formas de trabalho na área.
(E) Trabalhar em outra áreao relacionada
com Letras.
Sem informação. 5,0
Análise das Respostas ao Questionário-pesquisa
Aqui se apresenta a distribuição das freqüências obtida a partir das respostas dos graduandos dos cursos
de Letras ao questionário sociocultural que integra o Exame Nacional de Cursos 1998 - ENC-98.
As respostas correspondem a um máximo de 15.097. Naturalmente, existem variações em torno deste
total devido às diferenças de respostas válidas.
A análise aqui apresentada focaliza os dados agregados por região geopolítica e por dependência adminis-
trativa das instituições. O objetivo deste estudo é traçar um perfil socioeconômico e atitudinal dos graduandos de
Letras, contemplando um variado leque de questões que incluem desde indicadores objetivos, como estado civil,
renda e escolaridade dos pais, até apreciações subjetivas sobre os recursos e serviços das instituições de
ensino nas quais os alunos estavam matriculados, avaliações de desempenho dos professores e do nível de
exigência do curso, além de expectativas para o futuro.
1. Características Socioeconômicas e Ambiente Cultural dos Graduandos
Embora a maioria dos graduandos de Letras, no Brasil como um todo, seja composta por solteiros, os
percentuais correspondenteso mais elevados no Sudeste que nas demais regiões, especialmente no Norte e
no Centro-Oeste, onde os quem esse estado civilo chegam à metade.o há diferenças significativas de
estado civil quanto à dependência das instituições de ensino.
o obstante percentuais significativos tenham um ou dois irmãos, parcelas ainda maioreso provenien-
tes de famílias numerosas, compostas por três ou mais irmãos, especialmente no Norte, Nordeste e Centro-
Oeste e nas IES federais e estaduais.
A maioriao tem filhos, mas os percentuaiso menores no Norte que nas demais regiões. Entre os que
m filhos, a maior parte tem somente um ou dois.
Tabela 1
Estado Civil dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições
em 1998(%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Solteiro
47,6
52,8
60,0
52,0
48,6
56,0
55,0
59,0
56,0
55,6
Casado
33,1
28,4
28,4
34,2
37,1
28,0
30,0
29,0
31,0
30,4
Separado/
Desquitado/
Divorciado
6,3
5,7
5,4
5,8
6,1
6,0
5,0
5,0
6,0
5,6
Viúvo
1,9
1,5
1,3
1,5
1,6
1,0
1,0
1,0
1,0
1,4
Outro
7,7
5,6
3,4
4,7
5,0
5,0
4,0
4,0
4,0
4,4
SI
3,3
6,0
1,5
1,7
1,6
3,0
4,0
2,0
2,0
2,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
' Os percentuais de graduandos que deixaram de dar resposta à perguntao apresentados nas Tabelas na categoria SI (Sem
Informação). Em algumas Tabelas ocorrem variações nos valores absolutos devido a perdas de informação.
Tabela 2
Número de Irmãos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
3,1
5,3
7,5
7,1
5,3
6,0
6,0
6,0
7,0
6,5
Um
8,0
9,5
21,3
18,9
12,4
15,0
15,0
18,0
18,0
17,1
Dois
13,1
15,4
24,8
24,5
21,8
19,0
20,0
21,0
24,0
22,0
Três
15,1
13,3
14,4
17,4
16,7
16,0
15,0
16,0
15,0
14,9
Quatro ou
mais
58,3
50,9
30,9
30,9
42.7
42,0
41,0
38,0
35,0
37,4
SI
2,4
5,6
1,3
1.2
1,1
2,0
4,0
1,0
2,0
2,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 3
Número de Filhos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
52,4
61,7
71,2
65,6
59,7
66,0
65,0
70,0
67,0
66,4
Um
18,1
13,4
12,8
16,9
14,4
14,0
14,0
12,0
14,0
14,0
Dois
17,1
10,5
9,3
10,7
15,0
10,0
10,0
11,0
11,0
10,7
Três
6,9
6,2
4,1
4,4
7,5
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
Quatro ou
mais
3,7
2,7
1,4
1,4
2,7
2,0
3,0
1,0
1,0
1,9
SI
1.8
5,6
1,2
0,9
0,8
2,0
4,0
1,0
2,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
É elevado o percentual de graduandos que residiram com os pais ou parentes durante o curso, sendo mais
numerosos no Sudeste e Nordeste e entre os que estavam concluindo o curso nas IES municipais e particulares.
Entre os demais, a maior parte residiu com cônjuge e filhos.
Tabela 4
Situação de Moradia dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Com pais
ou parentes
53,4
62,0
66,3
57,1
55,8
60,0
60,0
67,0
64,0
62,4
Com cônjuge
e filhos
35,4
25,0
24,7
30,0
35,4
26,0
25,0
25,0
28,0
27,2
Com
amigos
5,6
3,3
3,6
5,8
2,6
5,0
6,0
3,0
3,0
3,9
Alojamento
universitário
0,3
1,0
1,4
0,8
1,0
3,0
1,0
1,0
1,0
1,1
Sozinho
3,0
3,6
3,1
5,5
4,4
4,0
4,0
4,0
3,0
3,7
SI
2,3
5,1
0,8
0,9
0.8
2,0
3,0
0,0
1,0
1,7
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame da distribuição da renda familiar mensal mostra uma população cujo padrão de vida é bastante
modesto, já que mais de 3/5, no Brasil como um todo, contam com, no máximo, dez salários mínimos. A maior
freqüência recai na faixa de R$ 391,00 a R$ 1.300,00. Entretanto, especialmente no Nordeste, Norte e Centro-
Oeste cerca de 1/5 tem renda familiar de, no máximo, R$ 390,00. Vale lembrar que é justamente nessas regiões
que os graduandos registram famílias mais numerosas. Por outro lado, os graduandos do Sudeste e das IES
privadaso os que exibem o maior poder aquisitivo, com percentuais maiores na faixa de R$ 1.301,00 a R$
2.600,00 e de R$ 2.601,00 a R$ 6.500,00.
Tabela 5
Renda Familiar Mensal dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Até
R$ 390,00
18,5
23,0
10,1
14,8
18,8
17,0
17,0
19,0
12,0
14,6
De
R$391,00 a
R$1.300,00
52,4
47,2
47,7
51,4
50,6
50,0
50,0
50,0
47,0
48,7
De
R$1.301,00 a
R$ 2.600,00
19,8
17,0
27,4
22,2
17,9
21,0
20,0
22,0
26,0
23,2
De
R$2.601,00 a
R$ 6.500,00
5,9
6,0
11,9
8,8
9,6
8,0
8,0
7,0
11,0
9,7
Mais de
R$ 6.500,00
1,2
1,3
1,9
1,6
1,8
1,0
1,0
1,0
2,0
1,7
SI
2,3
5,5
1,1
1,3
1,4
2,0
4,0
1,0
1,0
2,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
o elevadas as parcelas de graduandos queo possuem veículo próprio, e cerca de 2/3 usam transporte
coletivo. Os registros de propriedade ou uso de carro ou motocicleta próprio ou dos pais, embora bastante
modestos,o acompanham a distribuição inter-regional da renda familiar, já que os maiores percentuais de
graduandos quem carro à sua disposição situam-se no Centro-Oeste e no Norte.
Tabela 6
Meio de Transporte mais Utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Carro ou
motocicleta
próprios
18,1
11,6
16,0
16,7
25,6
15,0
15,0
14,0
17,0
16,3
Carro dos
pais
3,1
4,5
4,7
4,2
5,0
3,0
3,0
5,0
5,0
4,5
Carona
4,2
4,9
4,9
3,8
6,3
3,0
6,0
7,0
5,0
4,8
Coletivos
51,5
64,4
65,3
67,0
48,6
65,0
60,0
65,0
64,0
63,1
Outro
20,9
9,5
8,2
7,2
13,3
11,0
12,0
10,0
8,0
9,5
SI
2,2
5,1
0,9
1,1
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
De forma bastante consistente com os padrões de renda observados, a maior parcela dos graduandos, em
todas as regiões e tipos de IES, cursou o ensino médio em escolas públicas, correspondendo a quase 3/5 no
Brasil como um todo. Os percentuaiso mais elevados no Centro-Oeste e nas IES municipais, e menores no
Nordeste. Nessa região e nas IES federais encontram-se os maiores percentuais de graduandos que estudaram
o ensino médio em escolas particulares.
Tabela 7
Tipo de Escola na qual os Graduandos cursaram o Ensino Médio, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Todo
público
62,3
47,6
62,2
57,6
66,5
57,0
58,0
67,0
59,0
59,0
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Todo
privado
15,0
26,4
19,4
21,6
15,6
25,0
21,0
13,0
20,0
20,5
Mais
público
11,0
9,6
9,0
9,3
9,3
9,0
9,0
10,0
9,0
9,3
Mais
privado
4,4
5,2
4,5
4,7
4,1
5,0
4,0
4,0
5,0
4,6
Metade público,
metade privado
5,1
6,0
4,1
5,9
3,7
3,0
4,0
6,0
5,0
4,7
SI
2,2
5,2
0,9
1,0
0,8
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
No Brasil como um todo, cerca de 2/5o provenientes de cursos de magistério, enquanto percentuais
correspondentes a 1/3 realizaram cursos médios regulares e um pouco menos de 20,0% fizeram cursos técni-
cos. Especialmente no Sul, Sudeste e Norte e nas IES particulares, as proporções dos que estudaram em
cursos supletivos mostram-se significativas.
Tabela 8
Tipo de Curso Médio concluído pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Regular
26,6
28,2
38,1
30,2
30,7
39,0
33,0
23,0
33,0
33,6
Técnico
20,9
15,8
17,3
21,0
20,5
20,0
18,0
20,0
17,0
18,1
Magistério
40,1
44,9
38,0
37,4
37,8
31,0
40,0
50,0
40,0
39,4
Supletivo
5,4
2,1
4,2
6,8
6,1
4,0
2,0
4,0
5,0
4,4
Outro
4,9
3,7
1,6
3,4
4,2
4,0
3,0
2,0
2,0
2,7
SI
2,2
5,3
0,9
1,3
0,7
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
o obstante o modesto poder aquisitivo da maioria, foram relativamente baixos os percentuais de graduandos
que contaram com bolsas de estudo para custear o seu curso. Os que mais freqüentemente recorreram ao
Crédito Educativo foram os estudantes do Sul e do Nordeste e das IES municipais e particulares. Já os graduandos
do Sudeste e das IES municipais foram os que mais contaram com bolsas parciais da própria instituição e bolsas
de entidades externas.
Tabela 9
Tipo de Bolsa de Estudos Utilizada pelos Graduandos para o Custeio do Curso de Letras, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o
tiveram
bolsa
88,6
69,9
71,4
70,4
83,4
92,0
86,0
64,0
63,0
73,0
Crédito
educativo
2,7
11,4
7,0
13,0
4,4
1,0
1,0
11,0
13,0
8,3
Bolsa
integral
da IES
1,4
4,8
2,0
1,0
1,7
2,0
4,0
2,0
2,0
2,3
Bolsa
parcial da
IES
1,9
4,5
12,4
7,7
6,5
1,0
3,0
14,0
6,0
9,0
Bolsa de
entidades
externas
3,2
4,3
6,3
6,9
3,0
2,0
3,0
14,0
6,0
5,5
SI
2,2
5,1
0,9
1,0
1,0
2,0
4,0
0,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Aparentemente, estes graduandos contribuíram com o seu próprio trabalho para o custeio dos seus estu-
dos, já que foram reduzidos, no Brasil como um todo, os percentuais dos que se dedicaram exclusivamente à
vida acadêmica. A maioria trabalhou, principalmente cumprindo jornadas parciais de mais de vinte e menos de
quarenta horas semanais ou jornadas integrais de trabalho. Os que trabalharam em horário integral foram mais
numerosos no Sul e nas IES municipais e privadas, enquanto os graduandos do Sudeste, Centro-Oeste e Norte
forarn os que mais cumpriram jornadas semanais parciais de trabalho.
Tabela 10
Carga Horária Semanal de Trabalho Remunerado dos Graduandos, segundo as Regiões
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
e a
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o
trabalharam
14,6
15,3
14,1
12,6
14,4
14,0
13,0
15,0
15,0
14,1
Trabalho
eventual,
sem
vínculo
11,7
14,7
11,3
8,8
11,4
17,0
12,0
10,0
10,0
11,6
Trabalharam
até 20 horas
13,7
18,5
13,3
15,4
16,9
19,0
18,0
12,0
13,0
15,0
Trabalharam
mais de 20 e
menos de
40 horas
23,6
19,6
25,3
18,3
24,4
23,0
22,0
21,0
24,0
22,9
Trabalharam
em tempo
integral
32,7
26,1
34,5
43,2
31,0
25,0
31,0
40,0
37,0
33,8
SI
3,6
5,8
1,5
1,6
2,0
3,0
4,0
1,0
2,0
2,5
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora haja pouca consistência na distribuição inter-regional entre o número de horas de trabalho e o
número de horas dedicadas ao estudo, é possível que as obrigações profissionais destes graduandos expliquem
o fato de que a maior parcela tenha estudado durante apenas uma a duas horas semanais, fora de sala de aula,
seguindo-se o grupo que estudou de três a cinco horas fora de sala de aula por semana. Os que mais horas
dedicam aos estudos fora de sala de aulao os graduandos do Sul e das IES federais e estaduais e os que
menos o fazemo os graduandos do Sudeste e das IES municipais e privadas.
Tabela 11
Número Médio de Horas Semanais dedicadas ao Estudo fora de Sala de Aula pelos Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma, só
assistem às aulas
2,6
2,8
5,5
5,1
4,1
3,0
3,0
5,0
6,0
4,6
Uma a
duas
32,7
36,3
37,3
34,0
36,7
28,0
31,0
39,0
41,0
36,3
Três a
cinco
40,1
34,1
33,0
33,2
36,3
38,0
35,0
36,0
32,0
34,0
Seis a
oito
11,9
12,3
13,5
14,4
12,9
16,0
14,0
11,0
13,0
13,3
Mais de
oito
9,9
9,3
9,6
12,3
9,0
13,0
13,0
8,0
8,0
9,9
SI
2,8
5,3
1,0
0,9
0,9
2,0
4,0
0,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maioria desses graduandos é proveniente de famílias de escolaridade paterna e materna bastante baixa.
No Brasil como um todo, mais de 10,0% dos que estavam concluindo o curso de Letrasm pais sem nenhuma
instrução. Os percentuais correspondenteso mais elevados no Nordeste, Centro-Oeste e Norte e nas IES
estaduais e municipais. Além disso, mais da metade dos graduandos tem pais com apenas ensino fundamental
incompleto, sendo os índices mais altos registrados no Sudeste, Sul e nas IES municipais. No Brasil como um
todo, o percentual de graduandos cujos pais possuem instrução superioro chega a 10,0%. A escolaridade das
mãeso exibe diferenças relevantes diante deste padrão.
Vale observar que o nível de escolaridade paterna e materna dos graduandos mostra-se bastante consis-
tente com a distribuição de renda anteriormente examinada. Um outro aspecto relevante que emerge desses
dados é o acentuado processo de ascensão educacional intergeracional que se constata com a observação de
que apenas cerca de 1/4 dos graduandos tem pais com educação superior, cabendo às mães um percentual
ainda menor, inferior a 1/5. Esse processo de mudança é mais intenso no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e é
proporcionalmente mais acentuado nas IES municipais e privadas.
Tabela 12
Escolaridade dos Pais dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
13,9
15,0
8,2
7,8
14,0
10,0
12,0
13,0
9,0
10,4
Ensino
fundamental
incompleto
53,5
48,1
52,7
57,2
54,4
48,0
52,0
59,0
54,0
52,7
Ensino
fundamental
completo (*)
11,3
9,7
12,4
11,5
10,2
11,0
10,0
12,0
12,0
11,5
Ensino
médio
completo
14,6
13,5
15,1
13,3
11,7
17,0
13,0
9,0
14,0
14,1
Superior
4,5
8,3
10,6
9,0
8,4
11,0
9,0
7,0
9,0
9,4
SI
2,2
5,4
1,0
1,2
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
(*) 8 série.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 13
Escolaridade das Mães dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões /
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
9,5
11,8
7,9
7,2
12,9
8,0
10,0
11,0
9,0
9,1
Ensino
fundamental
incompleto
52,1
45,0
54,1
56,5
50,8
48,0
50,0
58,0
54,0
52,3
Ensino
fundamental
completo (')
10,9
9,8
12,7
11,5
10,9
13,0
10,0
9,0
12,0
11,7
Ensino
médio
completo
19,9
18,5
15,6
13,8
14,8
20,0
17,0
14,0
15,0
16,0
Superior
5,5
9,6
8,9
9,8
9,8
9,0
9,0
8,0
10,0
9,1
SI
2,1
5,3
0,8
1,2
0,8
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
(*) 8 série.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Apenas 1/4 dos graduandos de Letras no Brasil como um todo dispunha de microcomputador em casa. Os
percentuais correspondenteso mais baixos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e mais altos no Sudeste e Sul.
É possível que a combinação de baixa renda e baixa escolaridade paterna e materna componha um ambiente
onde os recursos de microinformática, além de serem financeiramente pouco acessíveis, sejam pouco conheci-
dos ou valorizados em suas potencialidades.
Tabela 14
Disponibilidade de Microcomputador em Ambiente Doméstico entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Sim
15,9
16,6
30,9
28,4
18,4
25,0
23,0
22,0
28,0
25,7
o
72,8
70,7
61,7
63,5
72,8
67,0
67,0
70,0
64,0
65,4
SI
11,3
12,7
7,5
8,1
8,8
8,0
11,0
8,0
9,0
8,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Sob esta perspectiva, é possível entender que, apesar da rápida disseminação dos recursos de
microinformática no País nos últimos anos, quase metade dos graduandos em todo o país simplesmenteo
utiliza microcomputadores. Os percentuais de graduandos queo usam microcomputadoro mais altos no
Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas IES municipais. Entre os que usam esse equipamento, apenas 1/4 o faz
para finalidades variadas, concentrando-se especialmente no Sudeste e Sul. Vale assinalar a afinidade entre a
distribuição assumida pelos percentuais dos que só usam os microcomputadores para trabalhos escolares e os
percentuais dos que possuem esse equipamento em casa. Possivelmente, os graduandos que limitam a sua
utilização aos trabalhos escolareso aqueles queo contam com esse equipamento no ambiente doméstico,
de tal forma que a sua disponibilização aos estudantes pelas IES assume maior importância como instrumento
de estudo.
Entre os graduandos em Letras que aprenderam a operar microcomputadores, a maior parte o fez em
cursos especializados, seguindo-se os que aprenderam no trabalho e os que aprenderam sozinhos. Chama a
atenção o baixo percentual dos que aprenderam na instituição de ensino superior.
Tabela 15
Finalidades da Utilização de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o
usam
56,0
53,1
40,6
39,3
51,1
44,0
47,0
51,0
43,0
44,7
Entretenimento
0,4
0,7
0,9
0,7
1.4
1,0
1,0
1,0
1,0
0,8
Trabalhos
escolares
9,6
11,5
17,3
18,4
13,7
18,0
14,0
12,0
16,0
15,6
Trabalhos
profissionais
8,1
5,9
8,1
8,4
6,6
7,0
6,0
8,0
8,0
7,6
Entretenimento
e trabalhos
escolares e
profissionais
15,4
16,4
28,9
28,0
19,9
24,0
23,0
20,0
26.0
24,7
SI
10,5
12,3
4,3
5,1
7,4
6,0
9,0
8,0
6,0
6,6
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 16
Forma de Aprendizado de Operação de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Aprenderam
sozinhos
7,1
8,1
17,2
16,4
11,5
17,0
13,0
11,0
14,0
14,2
Usaram
bibliografia
especializada
1,0
0,6
1,2
1,0
1,6
2,0
1,0
1,0
1,0
1,1
Aprenderam
na instituição
de ensino
superior
2,4
3,2
4,3
3,3
2,6
5,0
4,0
1,0
3,0
3,7
Aprenderam
no trabalho
9,2
8,7
16,7
17,3
13,4
12,0
11,0
15,0
17,0
14,5
Fizeram
cursos
especializa-
dos
14,0
15,2
16,5
18,1
14,2
14,0
15,0
15,0
17,0
16,1
SI
66.2
64,1
44,0
43,9
56,7
50,0
55,0
58,0
48,0
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
50,3 15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como mostra a Tabela 17, entre os que usam microcomputador, a maior parcela se resume aos editores
de texto. Os dados da Tabela 18 mostram que também é pouco generalizado o acesso à Internet.
Tabela 17
Programas de Microcomputador mais Utilizados pelos Graduandos, segundo as Regiões e
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Processadores de
Texto
16,2
19,7
31,0
31,3
24,6
31,0
26,0
22,0
28,0
27,4
Processadores de
Texto e Planilhas
Eletrônicas
4,4
4.5
7,0
6,7
4,4
6,0
6,0
5,0
7,0
6,1
Processadores de
Texto, Planilhas
Eletrônicas e
Banco de Dados
6,3
5,3
7,7
8,3
5,9
6,0
6,0
7,0
8,0
7,1
Processadores de
Texto, Planilhas
Eletrônicas, Banco de
Dados e Programas
de Apresentação
4,6
3,9
7,1
6,6
5,2
5,0
5,0
5,0
7,0
6,1
Todos os anteriores,
além de programas
pessoais e programas
específicos do curso
1,4
1,3
2,1
2,2
1,5
1,0
1,0
1,0
2,0
1,9
SI
67,1
65,4
45,0
45,0
58,5
51,0
56,0
59,0
49,0
51,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 18
Equipamento de Acesso à Internet, usado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Disponível na IES
2,7
5,0
8,7
11,9
3,1
5,0
8,0
4,0
9,0
7,6
Residencial,
mediante
assinatura paga
3,1
4,5
6,2
5,2
5,7
6,0
4,0
4,0
6,0
5,5
Disponível no
trabalho
5,3
4,1
7,3
8,1
6,3
6,0
5,0
5,0
7,0
6,6
Disponível em
outro local
2,6
2,6
4,6
4,2
4,6
4,0
4,0
3,0
4,0
4,0
o teve
oportunidade de
acessar a
Internet
18,7
18,8
28,6
26,0
22,0
27,0
23,0
26,0
26,0
25,1
SI
67,7
65,0
44,5
44,6
58,4
51,0
56,0
59,0
48,0
51,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O principal meio de informação utilizado pelos graduandos em Letras é a televisão, que atinge a maioria
entre os que estavam para se formar no Nordeste, Centro-Oeste e Norte e nas IES municipais e federais. Os
percentuais dos que se informam mediante a leitura de jornais é bastante modesto.o chega a 1/3 no Brasil
como um todo, embora no Sul e Sudeste represente quase o dobro do Norte e Nordeste e seja mais elevado nas
IES particulares que nas demais.
Tabela 19
Meio de Informação mais Utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Jornal
18,1
17,5
33,6
33,3
21,2
24,0
24,0
26,0
32,0
28,4
Revistas
23,5
19,7
15,0
14,6
19,5
18,0
18,0
15,0
16,0
16,6
Televisão
54,0
55,0
45,0
46,6
54,6
52,0
49.0
56,0
46,0
48,6
Rádio
1,3
1,2
4,2
3,3
2,9
2,0
3,0
2,0
4,0
3,2
Internet
0,6
0,8
0,9
1,2
0,5
1,0
1,0
1,0
1,0
0,9
SI
2,4
5,7
1,4
1,0
1,3
2,0
4,0
0,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A modéstia dos hábitos de leitura de jornais aparentementeo se estende à leitura de livros não-escola-
res. De fato, mais da metade dos graduandos de Letras, no Brasil como um todo, afirmou ter lido em média, por
ano, mais de quatro livros não-escolares. No Sul e nas IES federais, a parcela que leu mais de quatro livros não-
escolares por ano é mais elevada que nas demais regiões e IES.
Tabela 20
Média Anual de Livros Não-Escolares lidos durante o Curso pelos Graduandos, segundo as Regiões e
a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
1,5
2,7
4,5
3,4
3,3
3,0
4,0
3,0
4,0
3,7
Um
8,9
7,8
8,6
6,3
6,9
8,0
7,0
8,0
8,0
7,9
Dois a
três
34,0
35,9
33,8
29,6
33,2
32,0
32,0
36,0
34,0
33,5
Quatro a
cinco
23,4
23,4
21,7
22,3
23,9
22,0
22,0
21,0
23,0
22,5
Seis ou
mais
29,9
25,1
30,3
37,3
31,4
34,0
32,0
30,0
29,0
30,4
SI
2,3
5,1
1,1
1,1
1,4
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O conhecimento de línguas estrangeiras entre os graduandos em Letras, porém, é surpreendentemente
insatisfatório. No Brasil como um todo, cerca de apenas 1/3 deles é capaz de comunicar-se oralmente em inglês,
independentemente da qualidade da sua capacidade de expressão. Os que mais freqüentementeo capazes de
ler, escrever e falar esta línguao os graduandos do Sudeste e do Sul e das IES municipais e particulares. No
Norte e nas IES federais, por sua vez, registram-se os maiores percentuais de graduandos que classificam o seu
próprio conhecimento da língua inglesa como completamente nulo.
Tabela 21
Auto-avaliação do Conhecimento de Língua Inglesa pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nulo
48.0
27,6
19,3
30,3
29,3
42,0
26,0
15,0
21,0
25,1
Lêem
22,3
26,7
23,2
18,8
21,4
22,0
25,0
23,0
23,0
23,0
Lêem e
escrevem,
maso
falam
7,6
14,6
16,5
14,2
15,0
7,0
13,0
23,0
17,0
15,2
Lêem,
escrevem e
falam
razoavelmente
13,9
21,2
29,4
28,9
26,2
17,0
25,0
33,0
29,0
26,6
Lêem,
escrevem
e falam
bem
6,3
4,5
10,6
6,1
6,9
10,0
7,0
6,0
8,0
8,1
SI
1,9
5,4
1,0
1,7
1,1
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Muito mais deficiente é o conhecimento de língua espanhola, a despeito das facilidades do tronco lingüístico
comum e da vizinhança dos países latino-americanos de língua espanhola. Os dados da Tabela 22 mostram que
mais de 4/5 dos graduandos em Letras no Brasil como um todo afirmam ser nulo o seu conhecimento de
espanhol ou só se mostram capazes de ler, maso de escrever e falar esta língua. Os maiores percentuais de
graduandos cujo conhecimento de espanhol é descrito como nuloo observados no Norte, Centro-Oeste e
Nordeste e nas IES municipais e particulares.
Tabela 22
Auto-Avaliação do Conhecimento de Língua Espanhola pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nulo
46,1
62,4
59,8
49,6
62,4
44,0
56,0
68,0
63,0
58,3
lêem
41,1
22,9
26,3
29,6
19,5
35,0
28,0
18,0
24,0
26,3
Lêem e
escrevem,
maso
falam
1,9
1,9
1,6
2,6
2,4
3,0
2,0
2,0
2,0
1,9
Lêem,
escrevem e
falam
razoavelmente
7,1
5,3
7,5
11,9
9,7
12,0
7,0
7,0
7,0
7,9
Lêem,
escrevem
e falam
bem
1,4
1,3
3,5
4,7
3,7
5,0
3,0
3,0
3,0
3,1
SI
2,4
6,1
1,2
1,7
2,2
2,0
4,0
2,0
2,0
2,4
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Também é reduzido o percentual dos queo capazes de se comunicar em outras línguas estrangeiras
modernas. Registram-se percentuais relativamente significativos dos que se comunicam em italiano, entre os
graduandos do Sul e do Sudeste e das IES municipais, e dos que se comunicam em francês, entre os graduandos
do Norte e das IES federais.
Tabela 23
Lingua Estrangeira na qual é melhor da Capacidade de Comunicação dos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Francês
17,1
12,6
12,9
8,2
11,4
22,0
14,0
9,0
9,0
12,2
Alemão
2,3
0,9
2,2
7,2
1,2
3,0
4,0
3,0
2,0
2,6
Italiano
9,5
9,4
14,6
18,2
7,4
11,0
12,0
18,0
14,0
13,2
Japonês
0,1
0,1
1,1
0,6
0,5
-
1,0
0,0
1,0
0,7
Nenhuma
dessas
68,7
71,9
68,3
64,7
78,4
63,0
65,0
69,0
73,0
69,4
SI
2,3
5,1
0,9
1,2
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Em geral, as atividades extraclasses foram pouco desenvolvidas, sendo o estudo de língua estrangeira a
que atraiu o maior percentual de graduandos, seguindo-se as atividades artísticas. Entretanto, foram relativamen-
te baixos - especialmente no Norte e Nordeste e nas IES particulares - os percentuais de graduandos que se
dedicaram a superar a lacuna no seu conhecimento de língua estrangeira mediante o desenvolvimento de ativida-
de extraclasse oferecida pela IES.
Tabela 24
Atividade Extraclasse, oferecida pela Instituição, mais Desenvolvida pelos Graduandos durante o
Curso de Letras, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
59,9
60,3
59,2
58,6
55,3
55,0
56,0
63,0
61,0
59,0
Língua
estrangeira
11,9
13,9
19,1
17,1
19,1
23,0
18,0
18,0
15,0
17,4
Atividades
artísticas
15,0
10,6
11,0
10,5
11,2
9,0
11,0
12,0
11,0
11,0
Atividades
desportivas
4,2
3,3
2,7
2,1
3,1
4,0
4,0
1,0
2,0
2,8
Várias
6,4
6,5
7,2
10,7
10,1
6,0
8,0
5,0
9,0
7,8
SI
2,4
5,4
0,9
1,0
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Também foi reduzido o envolvimento com qualquer atividade artística ou desportiva em ambientes não-
acadêmicos, simultaneamente ao curso. Entre as atividades artísticas desenvolvidas pelos graduandos em Le-
tras, o teatro foi a que atraiu os maiores contingentes, seguindo-se a música. E, entre as atividades físicas/
desportivas, a preferência recaiu sobre as atividades individuais.
Tabela 25
Atividades Artísticas desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Teatro
21,1
18,4
20,8
22,3
23,7
14,0
20,0
27,0
22,0
20,9
Artes
plásticas
3,5
3,9
3,5
3,3
2,9
4,0
4,0
3,0
3,0
3,5
Música
10,3
8,0
11,0
10,7
10,0
11,0
10,0
9,0
10,0
10,2
Dança
4,9
4,3
5,3
4,6
3,7
6,0
4,0
5,0
5,0
4,8
Nenhuma
58,0
60,1
58,4
58,3
58,8
63,0
58,0
56,0
58,0
58,7
SI
2,3
5,4
1,1
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 26
Atividades Físicas/Desportivas Desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Atividades físicas
individuais
32,7
28,4
31,8
31,4
28,6
36,0
32,0
26,0
29,0
30,8
Futebol
7,4
4,1
2,7
4,1
4,4
5,0
4,0
3,0
3,0
3,6
Voleibol
5,6
6,0
5,5
4,8
5,8
7,0
5,0
3,0
5,0
3,9
Outro esporte
coletivo
5,5
6,0
5,5
4,8
5,8
7,0
5,0
3,0
5,0
5,5
Nenhuma
45,8
52,8
54,9
54,2
56,0
46,0
50,0
65,0
57,0
54,0
SI
2,8
5,8
1,2
1,3
0,7
2,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Entretanto, o dado mais relevante que se extrai da análise realizada nesta seção, é o de que, além de
viverem em condições socioeconômicas bastante modestas, o universo cultural dos graduandos em Letras mos-
tra-se acentuadamente estreito. Este é um aspecto de fundamental importância, na medida em que, como será
visto adiante, grande parte desses graduandos pretende se dedicar ao magistério, influindo na formação das
gerações futuras.
2. Características das Instituições e dos Cursos
O exame das características das instituições e dos cursos destina-se a esclarecer que atividades forarn
propostas, como forarn desenvolvidas, qual o grau de participação dos alunos, de maneira a proporcionar urna
imagem de como transcorreu o processo de formação dos graduandos.
Os dados permitem observar que a maior parte dos graduandos de Letras que respondeu a este questioná-
rio estudou em IES privadas (54,7%), seguindo-se os que realizaram o curso nas estaduais (22,0%) e federais
(16,6%) e, com percentuais bem menores, nas municipais (6,7%).
A Tabela 27 mostra que as aulas teóricas foram oferecidas à maioria dos graduandos em turmas compos-
tas por, no máximo, 50 alunos. Turmas mais numerosas só ocorreram em proporções significativas no Sudeste
e Sul, e nas IES estaduais e privadas. Nestas últimaso chegaram a ser significativos os percentuais de
graduandos cujas turmas de aulas teóricas tiveram entre 71 e 100 alunos.
Tabela 27
Número Médio de Alunos por Turma nas Aulas Teóricas, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Até 30
32.2
38,8
32,0
50,8
48,2
47,0
44,0
37,0
32,0
37,8
De 31
a 50
61,6
48,0
45,1
29,8
41,3
48,0
42,0
44,0
44,0
43,8
De 51
a 70
3,6
6,6
17,7
10,4
5,4
2,0
9,0
17,0
17,0
12,5
De 71
a 100
0,4
1,5
4,0
4,7
4,1
2,0
2,0
5,0
3,4
Mais
de 100
0,5
3,6
0,1
1,0
1,0
0,8
SI
2,2
5,1
0,8
0,9
1,0
2,0
3,0
1,0
1,7
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A oferta de aulas práticas, por sua vez, deixa muito a desejar, já que 2/5 dos graduandos no Brasil como
um todo sustentam que esse tipo de aula, embora necessário,o é oferecido e/ou que raramenteo oferecidas
aulas práticas. A oferta dessas aulas com a freqüência exigida pelo currículo do curso é registrada por aproxima-
damente 1/4 dos graduandos, embora no Norte os percentuais observados sejam inferiores aos das demais
regiões. Entre as IES, os maiores percentuais de graduandos que registram a oferta suficiente encontram-se nas
municipais e privadas.
Tabela 28
Oferta de Aulas Práticas, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
oo necessárias
ao Curso
14,4
14,7
15,9
15,0
17,4
21,0
17,0
7,0
14,0
15,6
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
o necessárias, mas
oo oferecidas
38,8
25,4
20,6
23,8
23,1
23,0
27,0
27,0
21,0
23,2
Raramenteo
oferecidas
12,7
15,4
18,1
18,5
14,1
19,0
15,0
24,0
16,0
17,0
o oferecidas, mas
oo suficientes
8,1
9,6
14,4
13,3
13,2
10,0
11,0
12,0
15,0
12,8
o oferecidas na
freqüência exigida
18,0
25,8
27,7
25,4
27,5
22,0
23,0
27,0
29,0
26,4
SI
8,1
9,0
3,3
4,0
4,7
5,0
7,0
3,0
4,0
4,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Além de serem pouco freqüentes as aulas práticas oferecidas à maioria, também a oferta do Estágio
Supervisionado deixa a desejar. Além de significativas parcelas de graduandos no Norte e nas IES federais e
estaduais afirmarem que esteo foi oferecido, a maioria teve a oportunidade de realizar estágios cuja duração
ficou abaixo de 200 horas. Os graduandos do Sudeste e Centro-Oeste e das IES municipais e particulares foram
os que mais freqüentemente tiveram a oferta de estágios de maior duração.
Tabela 29
Oferta do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o é
oferecido
16,7
5,4
6,8
2,8
3,4
12,0
10,0
1,0
3,0
6,1
Menos
de 200
horas
48,8
56,0
46,2
60,7
49,5
58,0
50,0
53,0
49,0
50,8
Entre
200 e 299
horas
18,0
20,3
20,3
20,5
28,9
17,0
20,0
16,0
23,0
21,1
Entre
300 e 399
horas
2,8
8,0
21,6
10,4
13,5
4,0
11,0
26,0
19,0
15,5
Mais
de 400
horas
3,3
1,4
1,6
2,0
1,2
2,0
2,0
1,0
2,0
1,7
SI
10,4
8,9
3,4
3,6
3,5
8,0
7,0
3,0
3,0
4,9
Total (N)
779
2.964
7,565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O Estágio Obrigatório para Licenciatura, segundo a maioria dos graduandos, foi realizado em escolas de
ensino fundamental e médio, com a supervisão direta da IES. Constata-se, todavia, no Norte, um significativo
percentual de graduandos que ouo tiveram o estágio providenciado pela IES, ou este estágio foi realizado de
forma simulada, em sala de aula. Observa-se, ainda, no Sudeste e nas IES municipais e privadas, a realização
deste estágio em escolas de ensino fundamental e médio, sem a supervisão direta da IES.
Tabela 30
Forma de Realização de Estágio Supervisionado Obrigatório para Licenciatura pelos Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Simulado em sala de
aula
14,1
6,7
6,1
5,3
5,0
9,0
6,0
8,0
5,0
6,4
Em escolas de
ensino fundamental
e médio com a
supervisão direta da
IES
52,6
66,9
64,9
76,2
75,2
66,0
71,0
65,0
67,0
67,4
Em escolas de
ensino fundamental
e médio sem a
supervisão direta da
IES
14,2
14,4
20,3
13,5
13,1
10,0
12,0
23,0
21,0
17,1
Em empresas e
organizações
diversas
0,3
0,3
0,7
0,3
0,7
1,0
--
-
1,0
0,5
o foi
providenciado pela
IES
9,6
1,0
2,0
0,8
0,8
5,0
2,0
-
1,0
1,9
SI
9,1
10,6
5,9
4,0
5,2
10,0
8,0
3,0
5,0
6,6
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como mostra a Tabela 31, para aproximadamente 3/4 dos graduandos, o curso ofereceu oportunidades
de desenvolvimento lingüístico na modalidade oral; porém, no Brasil como um todo, apenas 2/3 dos graduandos
registraram que o seu desempenho oral foi avaliado do ponto de vista do uso do dialeto culto padrão.
Estas características, contudo, exibem assimetrias inter-regionais e conforme a dependência das institui-
ções: as oportunidades de desenvolvimento lingüístico na modalidade oral foram mais mencionadas pelos
graduandos do Sul e nas IES federais, e menos citadas pelos que estavam concluindo o curso no Nordeste e nas
IES estaduais e privadas; a avaliação oral do ponto de vista do uso do dialeto culto padrão foi mais mencionada
pelos graduandos do Norte, Sul e Centro-Oeste e das IES federais e menos registrada pelos que estudaram no
Nordeste e no Sudeste.
Cerca da metade desses graduandos, no Brasil como um todo, participou de projetos de pesquisa na área
de Letras, sob a coordenação de professores da IES. Percentuais mais baixos foram registrados no Norte e
Nordeste e nas IES federais e estaduais. Menos freqüentes foram as oportunidades proporcionadas aos graduandos
para apresentar oralmente os resultados de pesquisas em eventos de iniciação científica, que foram registrados
por cerca de 1/4, sem variações inter-regionais significativas, ao ser os maiores percentuais observados no
Sul. Muito menos generalizadas, ainda, foram as oportunidades de redação de trabalhos acadêmicos e de textos
ficcionais para publicação, cujos percentuais mais elevadoso encontrados entre os graduandos do Sul e das
IES federais e estaduais.
Tabela 31
Oportunidades de Desenvolvimento Lingüístico e de Participação Acadêmica oferecidas no Curso(*),
conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em
1998(%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Houve
desenvolvimento
lingüístico na
modalidade oral
75,1
67,7
75,3
78,1
74,0
79,0
72,0
75,0
73,0
74,1
O desempenho oral
foi avaliado do
ponto de vista do
uso do dialeto culto
padrão
69,4
57,7
64,4
68,6
67,6
70,0
62,0
64,0
63,0
64,3
Participou de
pesquisa na área,
coordenada por
professores da IES
42,7
43,3
49,2
50,1
50,0
42,0
45,0
53,0
50,0
47,9
Apresentou
oralmente
resultados de
pesquisa em
eventos de
iniciação científica
20,4
23,3
235
29,9
21,9
23,0
25,0
25,0
24,0
24,1
Escreveu e
publicou trabalhos
acadêmicos
individuais ou em
co-autoria
12,2
10,1
12,2
21,0
11,0
18,0
16,0
9,0
11,0
13,0
Escreveu textos
ficcionais para
publicação
8,5
8,0
10,4
13,6
9,5
11,0
13,0
7,0
9,0
10,2
(*) Apenas respostas afirmativas.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Observa-se, em geral, que os graduandos de Letras envolveram-se pouco em atividades acadêmicas não-
obrigatórias, sendo que metade deleso desenvolveu nenhuma das modalidades apresentadas. Chama a aten-
ção a sua reduzida participação em atividades de iniciação cientifica e monitoria. Um pouco menos de 2/5
registraram o envolvimento em projetos de pesquisa conduzidos por professores e/ou em extensão promovida
pela instituição, atividades nas quais destacam-se os maiores percentuais observados no Sul e nas IES munici-
pais e particulares.
Tabela 32
Atividade Acadêmica Não-Obrigatória, desenvolvida por mais Tempo durante o Curso pelos
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
56,2
51,5
51,3
47,2
43,9
52,0
50,0
52,0
50,0
50,2
Iniciação
científica ou
tecnológica
4,6
4,1
5,3
2,2
3,5
6,0
5,0
2,0
4,0
4,4
Monitoria
5,1
4,7
5,3
4,8
6,5
7,0
5,0
6,0
4,0
5,2
Projetos de
pesquisa
conduzidos por
professores
15,1
18,0
19,4
20,3
17,3
12,0
17,0
21,0
21,0
18,8
Extensão
promovida
pela IES
16,0
16,2
18,0
24,5
27,6
20,0
19,0
19,0
19,0
19,5
SI
2,8
5,4
0,8
1,0
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora tenha sido generalizada a participação dos graduandos em eventos, ainda assim, no Brasil como
um todo, 1/4 informouo ter comparecido aos mesmos. A maioria dos eventos dos quais os graduandos
participaram forarn promovidos pela própria IES, sendo mais elevados os percentuais no Sul e Centro-Oeste e
mais baixos no Norte, Nordeste e nas IES municipais. Os graduandos dessas duas últimas regiões e das IES
federais foram os que mais participaram de eventos promovidos por Diretórios Estudantis e Centros Acadêmicos.
Tabela 33
Quem promoveu a Maioria dos Eventos dos quais participaram os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
A própria
IES
45,8
49,3
57,1
69,8
68,3
61,0
59,0
53,0
57,0
58.0
Outras
IES
7,7
8,5
7,9
8,6
6,2
5,0
7,0
8,0
9,0
8,0
Diretórios e
centros
acadêmicos
18,6
10,1
3,5
3,9
6,6
11,0
9,0
4,0
4,0
5,9
Associações
cientificas
1,3
1.3
1,4
0,8
1,4
1,0
1,0
2,0
1,0
1,3
o
participaram
de eventos
24,0
25,5
29,0
15,7
16,6
19,0
20,0
32,0
28,0
24,8
SI
2,6
5,4
1,0
1,2
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os dados da Tabela 34 trazem importantes informações acerca da maneira pela qual as IES que oferecem
os cursos de Letrasm lidado com a incorporação de novas tecnologias ao ambiente acadêmico. Exceto no
Norte e Nordeste e nas IES estaduais e municipais,o reduzidos os percentuais de graduandos que informam
que as IES onde estudaramo possuíam microcomputadores. As maiores proporções observadas, entretanto,
o conta de que, embora as IES possuam tais equipamentos,o permitem aos alunos de graduação utilizá-
los. Os valores correspondentes variam de 44,7% no Norte a 22,9% no Sul e de 38,0% nas IES municipais a
29,0% nas privadas e nas federais. Grande parte dos graduandos informam, também, que os equipamentos
disponibilizadoso insuficientes e/ou o horário destinado à sua utilização pelos alunos é inadequado.
Por outro lado, o fato de percentuais significativos de graduandos terem sustentado que o cursoo
necessita de microcomputadores deixa claro haver um grande desconhecimento das inúmeras possibilidades
abertas no campo das Letras pelos recursos da microinformática, e facilita a omissão das instituições na oferta
desse recurso e no apoio ao desenvolvimento de habilidades essenciais aos profissionais contemporâneos de
todas as áreas, inclusive de Letras.
Tabela 34
Acesso dos Alunos aos Microcomputadores da Instituição, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
0 Curso
o
necessita
8,0
7,3
17,9
17,0
12,9
9,0
11,0
17,0
18,0
14,7
A IES
o
possui
16,0
14,0
6,7
4,2
9,8
6,0
12,0
11,0
8,0
8,5
Os alunos de
graduação
om
acesso
44,7
39,5
27,9
22,9
38,8
29,0
35,0
38,0
29,0
31,3
O número é
insuficiente ou
o horário é
inadequado
21,8
24,8
28,5
32,3
27,0
45,0
29,0
20,0
23,0
27,9
o suficientes
e o acesso é
viabilizado
6,2
8,0
17,5
21,6
10,0
7,0
9,0
12,0
20,0
15,0
SI
3,3
6,5
1,5
1,9
1,5
3,0
5,0
1,0
2,0
2,6
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Cerca de 2/3 desses graduandos, no Brasil como um todo, sustentaram que usam freqüentemente a
biblioteca da instituição. Percentuais mais elevadoso constatados no Sul e no Sudeste e nas IES federais. No
Nordeste, Norte e Centro-Oeste chamam a atenção significativas proporções que apontam o horário de funciona-
mento como um obstáculo à utilização da biblioteca.
Tabela 35
Utilização da Biblioteca da Instituição pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
A IES
o
possui
biblioteca
1,4
0,4
0,4
0,2
0,3
1,0
~
-
~
0,4
o
utilizam
biblioteca
4,5
7,0
6,1
6,3
5,8
3,0
6,0
7,0
7,0
6,2
Utilizam
pouco:o
m
necessidade
11,8
14,9
13,3
10,2
13,3
9,0
11,0
13,0
15,0
13,0
Utilizam
pouco:
horário
desfavorável
14,5
16,5
9,0
6,9
14,4
11,0
12,0
13,0
10,0
10,9
Utilizam
freqüentemente
65,5
55,8
70,3
75,4
64,9
74,0
67,0
67,0
66,0
67,5
SI
2,3
5,5
1,0
1,0
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
4. Indicadores de Qualidade
Além das características dos cursos e dos recursos e atividades oferecidos pelas instituições, menciona-
dos na seção anterior, que podem ser considerados indicadores objetivos da qualidade dos cursos, um instru-
mento de grande importânciao as apreciações subjetivas dos estudantes sobre a adequação dos recursos
disponíveis, o currículo do curso, o desempenho dos docentes, o nível de exigência do curso, entre outros.
O material bibliográfico mais recomendado pelos docentes, segundo os graduandos,o cópias de capí-
tulos e trechos de livros Chama a atenção, entretanto, que, em um curso como o de Letras, sejam indicados, por
elevados percentuais, como material bibliográfico mais recomendado, apostilas e resumos. É possível especular
qual seria a freqüência à biblioteca, caso fosse menos generalizada a recomendação de apostilas e resumos
pelos professores como material bibliográfico.
A região Sudeste e as IES municipais e privadas reúnem os menores percentuais de graduandos que
mencionaram a indicação de capítulos e trechos de livros e os maiores percentuais de apostilas e resumos.
Tabela 36
Tipo de Material Bibliográfico mais Indicado pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo
as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Apostilas e
resumos
35,8
32,6
36,4
23,4
33,9
20,0
23,0
55,0
39,0
33,4
Livros-
texto e
manuais
11,8
10,9
20,1
23,4
15,7
17,0
17,0
16,0
19,0
17,9
Cópias de
capítulos
e trechos
de livros
49,6
49,0
36,8
46,5
47,1
59,0
55,0
24,0
35,0
42,3
Artigos de
periódicos
especializados
0,4
0,6
1,5
2,3
1,2
1,0
1,0
1,0
2,0
1,4
Anotações
manuais e
cadernos
de notas
0,3
1,3
3,9
3,2
0,8
1,0
1,0
4,0
4,0
2,8
SI
2,2
5,6
1,3
1,2
1,3
2,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Por outro lado, é necessário ter em mente que a freqüência à biblioteca depende da qualidade das instala-
ções, dos recursos e dos serviços bibliotecários, que compõem um dos mais importantes itens na avaliação da
qualidade dos cursos. A maior parcela de graduandos informa que o acervo da biblioteca é medianamente atuali-
zado. Os graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais e estaduaiso os que mais freqüentemente
sustentam que o acervo da biblioteca é pouco atualizado ouo é atualizado, o contrário ocorrendo com os do
Sudeste e Sul e das IES municipais e particulares.
Tabela 37
Atualização do Acervo da Biblioteca, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Atualizado
9,5
8,4
29,2
26,2
13,3
10,0
13,0
24,0
29,0
22,1
Medianamente
atualizado
28,4
27,2
39,8
37,5
37,9
33,0
32,0
37,0
39,0
36,2
Pouco
atualizado
37,7
33,0
18,4
23,7
29,9
35,0
30,0
21,0
19.0
24,2
o é
atualizado
19,6
24,0
8,4
8,4
15,0
17,0
19,0
13,0
9,0
12,7
o
sabem
1,3
2,1
3,3
3,3
2,9
1,0
2,0
3,0
4,0
2,9
SI
3,5
5,4
0,9
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maioria dos graduandos avalia que o número de exemplares da biblioteca atende apenas medianamente
à demanda dos estudantes. Esta avaliação é mais freqüente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nas IES munici-
pais e privadas. Já no Norte e Nordeste e nas IES estaduais e federais as maiores proporções avaliam o número
de exemplares como insuficiente diante da demanda.
Tabela 38
Avaliação do Número de Exemplares da Biblioteca, pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente
suficiente
5,3
3,8
14,1
11,6
4,4
3,0
4,0
13,0
15,0
10,3
Atende
medianamente
23,5
24,6
45,7
40,9
38,8
32,0
32,0
40,0
44,0
39,0
Atende
pouco
17,3
17,7
14,1
14,7
16,9
19,0
16,0
13,0
14,0
15,3
Insuficiente
49,4
46,4
22,1
28,8
37,1
43,0
41,0
30,0
23,0
30,8
o
sabem
1,2
2,3
3,1
3,0
1,9
1,0
2,0
3,0
3,0
2,7
SI
3,3
5,3
0,8
0,9
1,0
2,0
4,0
-
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
o maioria os que estimam que o acervo de periódicos especializados da biblioteca é razoavelmente
atualizado. Entretanto, vale chamar a atenção para dois outros dados: primeiro, o percentual relativamente eleva-
do de graduandos que simplesmenteo sabe avaliar a atualidade desse acervo; e segundo, especialmente no
Norte, Nordeste, Centro-Oeste e nas IES estaduais, as expressivas parcelas que sustentam que tal acervoo
existe.
Tabela 39
Atualização do Acervo de Periódicos Especializados da Biblioteca, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o
existe
12,5
12,4
5,2
3,3
10,3
7,0
10,0
6,0
6,0
7,8
Existe, mas é
desatualizado
24,6
19,4
9,0
8,1
13,1
19,0
17,0
11,0
8.0
12,1
Razoavelmente
atualizado
34,3
37,2
37,9
39,6
45,9
41,0
39,0
39,0
38,0
38,6
Atualizado
10,7
7,5
26,5
27,8
10,4
11,0
13,0
22,0
27,0
20,6
o
sabem
13,5
17,4
20,0
19,8
18,8
19,0
17,0
21,0
19,0
19,0
SI
4,5
6,1
1,3
1,4
1,4
3,0
5,0
1.0
2,0
2,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Na maioria dos casos, os graduandos informam que a biblioteca oferece serviço de empréstimos para todo
o acervo, apesar de no Norte e no Nordeste ocorrerem mais freqüentemente os registros de restrição dos emprés-
timos às obras didáticas. O serviço de pesquisa bibliográfica é predominantemente realizado por processos
manuais, especialmente segundo os graduandos das regiões Nordeste e Norte e das IES municipais e estaduais.
Os sistemas informatizados locais de pesquisa bibliográfica foram mencionados por percentuais mais elevados
no Sudeste e Sul e nas IES particulares e federais.o escassos os registros de acesso às redes nacional e/ou
internacional de bibliotecas.
Tabela 40
Oferta de Serviço de Empréstimo de Livros pela Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Para
todo o
acervo
48,0
46,1
55,1
62,1
56,8
55,0
54,0
55,0
54,0
54,2
Só para
obras
didáticas
32,2
27,9
23,0
19,2
22,1
26,0
25,0
26,0
23,0
23,8
Só para obras
de interesse
geral
15,0
13,6
13,8
13,9
16,4
15,0
15,0
15,0
13,0
14,1
o há
empréstimo
0,4
5,6
3,7
0,8
1,4
-
1,0
1,0
6,0
3,3
o
sabem
1,2
1,5
3,3
2,9
2,0
1,0
2,0
3,0
4,0
2,7
SI
3,2
5,4
1,1
1,1
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 41
Caracterização do Serviço de Pesquisa Bibliográfica, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Processos manuais
60,7
61,8
38,5
27,1
48,0
48,0
59,0
60,0
33,0
43,4
Sistema
informatizado local
28,2
21,8
42,8
49,5
33,4
40,0
18,0
27,0
47,0
38,0
Acesso à rede
nacional de
bibliotecas
universitárias
3,2
3,0
5,7
9,3
5,4
4,0
8,0
3,0
6,0
5,6
Acesso à rede
internacional de
bibliotecas
1,3
1,9
4,5
5,6
4,8
1,0
4,0
4,0
5,0
4,0
o sabem
3,1
5,8
7,4
7,2
7,1
5,0
6,0
6,0
8,0
6,8
SI
3,5
5,7
1,2
1,2
1,2
3,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Cerca de 2/3 dos que estavam para se formar em Letras avaliaram o horário de funcionamento da biblioteca
como plenamente adequado. Porém, menos da metade, no Brasil como um todo, consideraram plenamente
adequadas as condições de leitura e estudo na biblioteca da instituição. Parcela equivalente a 1/3 julga tais
condições medianamente adequadas. Também quanto a estes aspectos, os graduandos do Norte e Nordeste e
das IES federais e estaduais mostram-se menos satisfeitos que os demais.
Tabela 42
Adequação do Horário de Funcionamento da Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente
adequado
54,3
54,7
69,1
69,9
63,6
58,0
59,0
68,0
70,0
65,1
Medianamente
adequado
28,6
26,7
22,8
22,4
24,9
30,0
26,0
22,0
21,0
24,0
Pouco
adequado
8,3
8,8
4,0
4,0
7,0
6,0
8,0
6,0
4,0
5,5
Inadequado
4,6
4,0
1,8
1,4
2,5
3,0
3,0
3,0
2,0
2,4
o
sabem
0,8
0,7
1,4
1,5
1,0
~
1,0
1,0
2,0
1,2
SI
3,3
5,2
0,8
0,8
1,0
2,0
4,0
~
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 43
Adequação das Condições de Leitura e Estudo na Biblioteca da Instituição, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões /
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente
adequadas
24,0
31,7
52,3
58,1
39,8
36,0
36,0
41,0
55,0
46,5
Medianamente
adequadas
35,3
36,8
32,5
30,3
36,4
38,0
37,0
37,0
31,0
33,5
Pouco
adequadas
22,8
16,4
9,2
7,1
14,3
16,0
14,0
15,0
9,0
11,5
Inadequadas
14,2
9,5
4,3
2,8
8.0
8,0
9,0
7,0
4,0
6,0
o
sabem
0,6
0,4
0,8
0,9
0,7
--
1,0
1,0
1,0
0,7
SI
3,0
5,2
0,3
0,8
0,8
2,0
4,0
--
1,0
1,8
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Um outro aspecto relevante no exame da qualidade dos cursoso as técnicas de ensino e as condições
nas quais se estabelecem os nexos entre os conteúdos teóricos e a sua aplicação prática. Os dados da Tabela
44 mostram que, na maior parte dos casos, os graduandos em Letras realizaram o seu aprendizado mediante
aulas expositivas e trabalhos de grupo. Em segundo lugar constata-se a utilização de um conjunto variado de
técnicas de ensino, relatado por cerca de 1/3 dos estudantes. O predomínio de aulas expositivas foi mais menci-
onado pelos graduandos do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, enquanto os que estavam para concluir seu curso no
Nordeste foram os que mais relataram o predomínio exclusivo de trabalhos de grupo em sala de aula.
Tabela 44
Técnicas de Ensino Predominantemente Utilizadas pela Maioria dos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Aulas expositivas
4,6
7,6
12,8
10,4
11,2
13,0
12,0
8,0
10,0
10,8
Trabalhos de grupo em
sala de aula
7,6
10,0
4,8
5,8
7,4
4,0
8,0
8,0
6,0
6,4
Aulas expositivas e
aulas práticas
3,9
4,3
4,0
3,7
3,0
4,0
3,0
4,0
4,0
3,9
Aulas expositivas e
trabalhos de grupo
55,6
43,7
38,0
39,2
41,2
54,0
44,0
36,0
36,0
40,5
Aulas expositivas, aulas
práticas, trabalhos de
grupo e videoaulas
25,8
29,0
39,4
39,8
36,0
23,0
29,0
43,0
43.0
36,4
SI
2,6
5,4
1,0
1,1
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que se refere à quantidade de aulas práticas oferecidas em condições nas quais o número de alunos
era adequado aos equipamentos, materiais e espaço pedagógico, o que primeiro chama a atenção é o elevado
percentual de graduandos queo se pronunciaram, possivelmente, poro terem tido aulas desse tipo. Entre os
que foram capazes de realizar esta avaliação, as maiores parcelas informam que todas ou a maioria dessas
aulas preencheram às condições de adequação.
Tabela 45
Quantidade de Aulas Práticas que Comportam Número Adequado de Alunos em Relação aos
Equipamentos, Material e Espaço Pedagógico Disponível, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Todas
4,9
9,9
21,0
17,7
13,3
9,0
10,0
17,0
22,0
16,7
A maioria
8,5
12,7
18,5
19,2
14,5
13,0
14,0
18,0
18.0
16,6
Metade
4,4
7,5
7,3
6,1
6,9
7,0
7,0
8,0
7,0
7,0
Poucas
15,1
16,0
11,7
12,3
15,7
17,0
14,0
18,0
11,0
13,2
Nenhuma
8,1
7,7
5,8
5,9
6,4
7,0
8,0
7,0
5,0
6,3
SI
59,1
46,2
35,7
38,9
43,1
47,0
48,0
32,0
36,0
40,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que diz respeito à situação dos equipamentos utilizados em laboratórios, cabe uma observação similar:
o que primeiro chama a atenção é o elevado percentual de graduandos queo se pronunciaram, possivelmente
poro terem uma compreensão mais ampla do que poderia significar um laboratório na área de Letras. Os que
responderam à pergunta, informaram, na maioria, que os equipamentos disponíveiso atualizados, mas insufi-
cientes. Entretanto, principalmente entre os graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais, estaduais e
municipais, registram-se proporções, que somam cerca de 1/5, que caracterizam os equipamentos como
desatualizados ou antigos e inoperantes, além de insuficientes.
Tabela 46
Situação dos Equipamentos Utilizados nos Laboratórios, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Atualizados e
suficientes
3,5
7,8
18,5
17,2
10,7
5,0
7,0
13,0
21,0
14,6
Atualizados, mas )
insuficientes
12,6
18,0
21,1
20,5
21,0
15,0
16,0
22,0
23,0
19,9
Desatualizados,
mas conservados
e suficientes
1,9
2,9
7,6
6,3
5,5
7,0
4,0
7,0
6,0
6,0
Desatualizados,
mas conservados
e insuficientes
8,1
10,4
10,3
8,5
9,1
13,0
10,0
13,0
8,0
9,8
Antigos,
inoperantes e
insuficientes
12,2
12,7
6,5
8,5
9,1
12,0
13,0
12,0
5,0
8,6
SI
61,7
48,2
36,1
39,3
44,6
47,0
49,0
33,0
37,0
41,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Uma dimensão especialmente relevante nas avaliações de qualidade dos cursos é a que se refere ao seu
currículo. Conforme mostra a Tabela 47, quase metade dos graduandos de Letras considera queo há discipli-
nas que deveriam ser eliminadas ou que deveriam ter o seu conteúdo integrado ao de outras. O segundo maior
percentual de graduandos indica que existem poucas disciplinas cujo conteúdo deveria ser integrado ao de
outras. As variações inter-regionais e entre IES de distinta dependênciao chegam a ser significativas.
Tabela 47
Existência de Disciplinas que deveriam ser Eliminadas ou ter o seu Conteúdo Integrado a Outras,
conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em
1998(%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
o há
46,1
45,6
44,2
42,0
44,5
40,0
43,0
46,0
46,0
44,3
Integrar
poucas
33,4
28,2
33,2
32,0
30,4
34,0
31,0
32,0
32,0
31,8
Integrar
muitas
10,3
10,9
12,2
12,5
13,9
7,0
7,0
8,0
7,0
12,0
Eliminar
várias
5,3
7,9
6,7
7,9
8,0
7,0
7,0
8,0
7,0
7,2
o
sabem
2,6
2,2
2,8
4,2
2,3
2,0
3,0
3,0
3,0
2,8
SI
2,4
5,3
0,9
1,3
0,9
2,0
3,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tambémo pouco elevadas as proporções dos que acreditam que o currículo do curso é deficiente. Na
realidade, a perspectiva de inovação curricular é bastante modesta, sendo que 2/5 dos graduandos sugerem que
apenas algumas novas disciplinas sejam incorporadas ao currículo. Uma parcela menor propõe a incorporação de
muitas disciplinas novas. Aqui emergem algumas importantes diferenciações entre regiões e tipos de IES. En-
quanto os graduandos do Norte e das IES federais se dividem quase equitativamente entre os que pretendem a
incorporação de poucas e muitas disciplinas, nas demais regiões e tipos de IES predominam os que sugerem
que sejam poucas as disciplinas a serem incorporadas. O exame desta distribuição à luz dos dados da Tabela
anterior indica haver mais a expectativa de uma atualização curricular do que propriamente de uma mudança do
currículo.
Tabela 48
Necessidade de Incorporação de Novas Disciplinas ao Currículo Pleno do Curso, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
O Currículo
está perfeito
8,0
10,1
12,5
11,7
9,8
8,0
9,0
15,0
13,0
11,4
Incorporar
algumas
disciplinas
38,5
33,6
42,6
41,4
39,0
36,0
39,0
41,0
41,0
40,1
Incorporar
muitas
disciplinas
39,0
28,7
27,0
25,3
28,6
32,0
29,0
23,0
26,0
27,4
O Currículo
é deficiente
16,9
18,1
12,7
14,1
17,0
17,0
15,0
14,0
14,0
14,6
o
sabem
4,5
4,3
4,3
6,5
4,6
4,0
5,0
6,0
5,0
4,7
SI
2,1
5,2
0,8
1,0
1,0
2,0
3,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Entretanto, a maioria dos graduandos, em todas as regiões e IES, com exceção das particulares, conside-
ra haver problemas de dimensionamento das disciplinas, havendo excesso de conteúdo para o tempo disponível.
Essa avaliação é mais freqüente entre os graduandos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e das IES federais e
estaduais. Chama a atenção, entre os graduandos das IES municipais, o percentual de 11,0% que sustenta haver
demasiado tempo para pouco conteúdo.
Tabela 49
Avaliação do Dimensionamento das Disciplinas do Curso, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões /
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Muito
conteúdo
para pouco
tempo
66,0
55,3
51,4
50,4
55,1
65,0
57,0
51,0
48,0
53,1
Muito
tempo para
pouco
conteúdo
6,4
8,0
8,4
7,9
7,3
5,0
7,0
11,0
9,0
8,0
Razoavelmente
bem
dimensionadas
19,4
25,4
30,5
29,0
29,8
22,0
26,0
28,0
32,0
28,6
Muito bem
dimensionadas
4,5
4,6
7,4
9,7
5,0
5,0
5,0
8,0
8,0
6,8
o
sabem
1,5
1,3
1,5
1,9
2,0
1,0
1,0
2,0
2,0
1,6
SI
2,2
5,4
0,9
1,1
0,7
2,0
4,0
1,0
1,9
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Finalmente, um indicador de qualidade de grande relevância diz respeito ao desempenho docente. Como
pode ser constatado na Tabela 50, predominam os graduandos que informam que a maioria ou todos os seus
professores demonstram empenho, assiduidade e pontualidade. Contudo, os percentuaiso menores no Norte
e Nordeste, ondeo mais numerosas as parcelas que sustentam que poucos ou apenas metade dos seus
professores exibem essas características de desempenho.
Uma distribuição semelhante é encontrada quando a avaliação recai sobre a demonstração, pelos docen-
tes, de domínio atualizado do conteúdo das disciplinas que ministram. Predominam os graduandos que conside-
ram que a maioria ou todos os professores exibem esta característica. Todavia, os percentuais encontrados no
Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas IES federais, estaduais e municipaiso inferiores aos registrados no Sul
e Sudeste e nas IES privadas, já queo maiores naquelas as proporções que informam que apenas poucos ou
a metade dos professores exibe domínio atualizado do conteúdo disciplinar.
Tabela 50
Avaliação do Empenho, Assiduidade e Pontualidade dos Professores, pelos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
demonstra
0,4
0,6
0,4
0,6
0,5
1,0
1,0
~
~
0,5
Poucos
demonstram
23,4
17,3
10,4
10,0
15,4
14,0
17,0
14,0
11,0
12,8
Metade
demonstra
16,9
16,8
11,0
9,6
12,0
16,0
14,0
12,0
11,0
12,3
Maioria
demonstra
47,0
45,4
52,7
50,9
51,1
55,0
51,0
54,0
49,0
50,6
Todos
demonstram
10,3
14,4
24,7
27,9
20,2
13,0
14,0
19,0
28,0
22,0
SI
2,1
5,4
0,8
0,9
0,7
2,0
4,0
-
1,0
1,8
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 51
Avaliação do Dominio Atualizado das Disciplinas Ministradas pelos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
demonstra
0,8
0,4
0,7
0,5
0,6
1,0
-
--
1,0
0,6
Poucos
demonstram
15,9
12,9
7,5
7,5
12,3
10,0
12,0
10,0
8,0
9,5
Metade
demonstra
18,4
15,7
8,9
9,1
10,3
13,0
13,0
12,0
9,0
10,9
Maioria
demonstra
51,1
48,5
51,4
51,4
55,7
57,0
51,0
51,0
49,0
51,2
Todos
demonstram
11,7
17,2
30,8
30,8
20,4
17,0
20,0
27,0
31,0
26,1
SI
2,2
5,2
0,7
0,8
0,6
2,0
3,0
~
1,0
1,7
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Indicadores mais objetivos do desempenho docenteo a apresentação do Plano de Ensino e a disponibi-
lidade dos professores para proporcionar aos alunos orientação extraclasse. Os dados apresentados na Tabela
52 mostram um quadro menos animador. Em primeiro lugar, no Brasil como um todo, chega a 1/4 o número de
graduandos que informa que nenhum ou poucos dos seus professores apresentam Plano de Ensino contendo os
objetivos, metodologia, critérios de avaliação, Cronograma e bibliografia das disciplinas que ministram. No caso
do Nordeste e das IES municipais e privadas, o percentual correspondente fica próximo de 30,0%, o que é
bastante elevado, dada a importância desse procedimento acadêmico para a orientação dos esforços de apren-
dizagem dos alunos Em segundo lugar, no Brasil como um todo, os graduandos que informam que todos os seus
professores cumprem com esta obrigação acadêmica básicao atingem 30,0%.
Tabela 52
Apresentação do Plano de Ensino pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
apresenta
3,0
6,1
4,7
3,4
5,2
2,0
4,0
8,0
6,0
4,7
Poucos
apresentam
15,8
23,1
20,5
16,4
17,4
12,0
20,0
24,0
22,0
19,8
Metade
apresenta
7,8
8,4
8,5
7,7
7,4
7,0
9,0
9,0
8,0
8,2
Maioria
apresenta
40,6
29,8
38,1
38,4
40,5
40,0
37,0
36,0
36,0
36,9
Todos
apresentam
30,7
27,3
27,4
33,1
28,5
36,0
28,0
22,0
27,0
28,5
SI
2,2
5,3
0,9
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que se refere à orientação extraclasse, a maior parcela dos graduandos afirma que o corpo docente
está sempre disponível, mas os valores encontrados variam do mínimo de 28,1% no Nordeste ao máximo de
45,5% no Sul; e de 36,0% nas IES estaduais a 42,0% nas municipais. Por outro lado, destaca-se o fato de que
mais de 1/5 desses graduandos, no Brasil com um todo, nunca procurou a orientação docente extraclasse. Os
índiceso mais elevados no Sudeste e nas IES municipais e privadas.
Tabela 53
Avaliação da Disponibilidade de Orientação Extraclasse pelos Professores, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nunca
procuraram
14,0
17,4
25,4
19,5
15,7
12,0
17,0
22,0
26,0
21,4
Procuraram, mas
o encontraram
3,1
3,4
2,3
2,2
2,2
2,0
2,0
2,0
3,0
2,5
Procuraram e
raramente
encontraram
8,6
10,0
4,7
5,0
5,6
8,0
7,0
6,0
5,0
6,1
Procuraram e
encontraram
várias vezes
41,5
35,4
24,0
26.7
30,7
38,0
33,0
26,0
23,0
28,2
Corpo docente
está sempre
disponível
30,3
28,1
42.6
45,5
44,8
39,0
36,0
42,0
41,0
39.8
SI
Total (N)
2,6
5,7
1,0
1,1
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os instrumentos de avaliação de aprendizagem predominanteso as provas escritas periódicas. Os
percentuais variam do mínimo de 48,0% no Norte a 76,0% no Sudeste e de 51,0% nas IES estaduais a 78,0%
nas particulares. O segundo instrumento de avaliação de aprendizagem mais utilizadoo os trabalhos de grupo
escritos, de aplicação particularmente freqüente no Norte e no Nordeste e nas IES estaduais.
Tabela 54
Instrumentos de Avaliação Predominantemente Utilizados pela Maioria dos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Provas
escritas
periódicas
48,0
55,3
76,3
69,2
64,4
59,0
51,0
72,0
78,0
68,5
Trabalhos
de grupo
escritos
24,4
24,0
9,7
13,1
17,0
16,0
23,0
14,0
10,0
14,5
Trabalhos
individuais
escritos
13,1
6,0
7,3
7,8
7,3
14,0
14,0
5,0
3,0
7,4
Provas
práticas
2,6
3,5
2,8
3,8
2,5
2,0
2,0
3,0
4,0
3,0
o usam
instrumentos
específicos
8,9
5,5
2,7
4,9
7,6
6,0
6,0
5,0
3,0
4,4
SI
3,1
5,8
1,2
1,3
1,2
3,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame do tipo de trabalhos escritos utilizados no processo de avaliação indica o predomínio de traba-
lhos complementares aos conteúdos desenvolvidos em sala de aula e de relatórios de estágios em escolas de
ensino médio e fundamental. Em terceiro lugar, encontram-se os relatórios de atividades desenvolvidas em proje-
tos de pesquisa de pesquisa na área de Letras, e, com o quarto maior percentual no Brasil como um todo,o
citados os relatórios de atividades desenvolvidos em semanas acadêmicas ou em seminários sobre temáticas
especificas do curso. Em ambos os casos esses tipos de trabalhos foram mais freqüentemente mencionados
pelos graduandos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e das IES municipais e privadas.
O dado mais surpreendente, talvez, é o reduzido percentual de graduandos que registrou ter apresentado
Monografia Final de curso perante banca examinadora, que se resume a 1/4 dos graduandos no Brasil como um
todo. Embora esse tipo de trabalho já se tenha consolidado como experiência essencial à formação de nível
superior, parcelas elevadaso o fizeram. Chamam a atenção, especialmente, os índices observados no Sudes-
te e nas IES municipais e particulares.
Tabela 55
Tipos de Trabalhos Utilizados no Processo de Avaliação (*), conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Trabalhos
complementares
88,8
85,9
92,3
91,0
91,0
90,0
87,0
91,0
92,0
90,5
Relatórios de
atividades em
projetos de
pesquisa em
Letras
39,4
46,1
48,7
52,3
56,1
43,0
47,0
53,0
51,0
49,0
Relatórios de
estágios em
escolas
64,3
80,0
82,4
88,2
89,4
71,0
79,0
90,0
87,0
82,5
Relatórios de
atividades em
empresas ou
organizações na j
área de Letras
12,2
12,3
12,3
17,7
14,2
12,0
14,0
11,0
14,0
13,3
Relatórios de
atividades em
semanas
acadêmicas ou
seminários
específicos
38,4
43,5
45,8
44,2
51,6
39,0
42,0
48,0
48,0
45,3
Apresentação de
monografia final
de curso perante
banca
examinadora
31,6
26,8
20,9
28,4
34,1
27,0
27,0
19,0
24,0
25,1
(*) Apenas respostas afirmativas a cada uma das modalidades.
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Essas avaliações possivelmente oferecem explicação para o fato de que mais da metade dos graduandos
consideram que o curso deveria ter exigido mais - um pouco mais ou muito mais - deles próprios. Vale registrar
que, entre os graduandos do Norte, a soma dos que sustentam que o curso deveria ter exigido mais excede a 2/3.
Tabela 56
Avaliação do Nível de Exigência do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Deveria ter
exigido
muito mais
27,7
24,5
17,0
20,1
26,5
20,0
21,0
22,0
20,0
20,4
Deveria ter
exigido um
pouco mais
38,6
34,3
32,2
34,5
33,7
34.0
33,0
39,0
33,0
33,5
Exigiu na
medida
certa
27,5
31,6
43,4
38,7
32,8
38,0
36,0
34,0
40,0
38,5
Deveria ter
exigido um
pouco menos
3,0
3,5
5,6
5,1
5,2
5,0
6,0
4,0
5,0
5,0
Deveria ter
exigido
muito menos
0,5
0,6
0,6
0,6
0,7
1,0
1,0
1,0
1,0
0,6
SI
2,7
5,5
1,1
1,0
1,1
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
4. Os Resultados Obtidos e as Perspectivas para o Futuro
Como conseqüência de todos esses elementos, que resultados obtiveram os graduandos? Que habilida-
des desenvolveram? O que conquistaram com o curso que estavam concluindo? E como pretendem prosseguir,
em termos de estudos e de trabalho, no futuro próximo?
Os dados da Tabela 57 indicam que os graduandos consideram que as habilidades mais desenvolvidas
pelo curso forarn, em primeiro lugar, a capacidade de análise crítica e, em segundo, a capacidade de comunica-
ção. As variações inter-regionais e segundo a dependência das IES distinguem os graduandos do Nordeste e das
IES municipais como os que menos reportaram o desenvolvimento do senso de análise crítica.
Vale registrar que, embora os docentes muito freqüentemente utilizem os trabalhos de grupo em sala de
aula como técnica de ensino e trabalhos de grupo escritos como instrumento de avaliação de aprendizagem, os
graduandos mencionaram pouco a habilidade de trabalhar em equipe, especialmente os graduandos do Sul e das
IES federais. Além disso, chamam a atenção os reduzidíssimos percentuais que mencionam o desenvolvimento
do senso ético, que assume especial relevância na medida em que grande parcela desses graduandos preten-
dem atuar na área de educação e, certamente, irão influir na formação das gerações futuras.
Tabela 57
Habilidades mais Desenvolvidas pelo Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Capacidade de
comunicação
21,6
21,3
23,7
29,3
23.7
19,0
19,0
29,0
27,0
24,0
Habilidade
de trabalhar
em equipe
13,7
19,1
12,0
9,1
12,6
8,0
13,0
17,0
14,0
13,1
Capacidade
de análise
crítica
56,0
48,3
57,6
52,8
56,6
66,0
58,0
46,0
51,0
54,8
Senso
ético
2,3
1,5
2,1
2,1
1,2
2,0
1,0
2,0
2,0
1,9
Capacidade
de iniciativa
4,4
4,4
3,5
5,6
4,8
3,0
4,0
6,0
4,0
4,2
SI
2,1
5,5
1,1
1,2
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como principal resultado do Estágio Supervisionado, cerca de 2/5 dos graduandos apontam principalmen-
te a percepção da necessidade de estudo continuado para o eficiente exercício profissional, vindo em segundo
lugar, mencionado por pouco mais de 1/4, o aperfeiçoamento técnico e profissionai.
Cabem duas observações. Em primeiro lugar, é no mínimo surpreendente que apenas uma parcela reduzi-
da dos graduandos reconheça no estágio uma ocasião privilegiada de aperfeiçoamento técnico e profissional. Em
segundo lugar, as variações inter-regionais e entre as IES de diferente dependência mostram que os percentuais
de graduandos que compartilham esta percepção acerca do estágioo mais elevados no Nordeste e nas IES
municipais.
Tabela 58
Principal Contribuição do Estágio Curricular Supervisionado, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Aperfeiçoamento
técnico
profissional
20,9
30,3
25,5
26,1
26,1
24,0
25,0
30,0
27,0
26,3
Conhecimento do
mercado
6,0
5,5
11,5
7,7
8,9
8,0
6,0
9,0
11,0
9,2
Conhecimento de
novas áreas de
atuação
1,9
3,2
2,0
2,1
2.9
2,0
3,0
2,0
2,0
2,3
Reafirmação da
escolha
profissional
6,8
8,6
9,8
10,3
8,6
8,0
8,0
8,0
11,0
9,4
Demonstração da
necessidade de
estudo contínuo
para eficiente
exercício
profissional
39,2
39,3
42,3
48,7
48,2
39,0
44,0
47,0
43,0
43,1
SI
25,2
13,0
9,0
5,0
5,2
19,0
15,0
3,0
6,0
9,6
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Esses dados sugerem que o estágio, nos moldes em que vem sendo desenvolvido, é capaz de despertar
nos estudantes a percepção da importância de uma formação sólida e constantemente atualizada, maso
chega a contribuir efetivamente para a sua obtenção, na maioria dos casos. Este é um aspectoo mais preocupante
quando se observa, na Tabela 59, queo chega nem à metade o percentual de graduandos para os quais a
principal contribuição do curso foi o aperfeiçoamento técnico-profissional somado à formação teórica.
De fato, vale destacar que no Brasil como um todo a maior parcela de graduandos aponta, como principal
contribuição do curso, a aquisição de cultura geral - eo ocorrem variações institucionais e inter-regionais
significativas. O aperfeiçoamento técnico profissional vem em segundo lugar e a formação teórica vem em quarto,
após a obtenção do diploma de nível superior.
Tabela 59
Principal Contribuição do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Diploma
superior
8,0
8,7
13,7
13,1
12,9
11,0
10,0
11,0
14,0
12,2
Cultura
geral
37,2
34,2
37,6
36,1
33,1
38,0
37,0
37,0
35,0
36,3
Aperfeiçoamento
técnico
profissional
37,7
38,5
32,7
35,2
37,5
29,0
33,0
41,0
37,0
34,9
Formação
teórica
9,5
8,5
10,3
9,6
9,1
15,0
12,0
8,0
7,0
9,7
Perspectivas
de ganhos
materiais
5,4
4,4
4,8
4,9
6,2
5,0
4,0
4,0
5,0
4,9
SI
2,2
5,7
0,9
1,2
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Talvez por isso mesmo sejamo elevados, no Brasil como um todo, os percentuais de graduandos que
afirmam desejar prosseguir os estudos fazendo outro curso de graduação. Vale observar, além disso, que a
maioria deseja realizar cursos de aperfeiçoamento ou especialização, vindo em seguida os que preferem fazer
cursos de mestrado ou doutorado na área, mais numerosos entre os graduandos das IES federais.
Tabela 60
Perspectivas de Estudo após a Conclusão do Curso, entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões /
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Parar de estudar
2,1
2,1
2,9
2,2
2,8
3,0
2,0
2,0
3,0
2,6
Outro curso de
graduação
18,5
21,0
18,9
15,4
23,3
18,0
19,0
19,0
20,0
19,2
Aperfeiçoamento
ou especialização
48,9
46,2
49,7
49,7
46,5
40,0
46,0
55,0
52,0
48,6
Mestrado ou
doutorado na
área
26,6
22,8
25,0
29,9
24,6
33,0
27,0
22,0
23,0
25,4
Mestrado ou
doutorado em
outra área
1,2
2,3
2,5
1,6
1,9
3,0
3,0
2,0
2,0
2,2
SI
2,8
5,6
1,0
1,2
1,0
3,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame das preferências para o exercício profissional indica que, na maioria, os graduandos de Letras
pretendem trabalhar na área de magistério, seja empregando-se como professores, seja abrindo escola. Em
segundo lugar estão as preferências, compartilhadas por quase 1/5 em todo o Brasil, pelo trabalho como secre-
tários, revisores, tradutores, etc.
Tabela 61
Preferência para o Exercício Profissional entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/
Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Empregar-
se como
professor
56,4
49,9
58,9
67,5
60,7
56,0
56,0
60,0
60,0
58,5
Empregar-se como
secretário, tradutor,
revisor, etc
19,9
15,4
20,4
13,8
16,2
18,0
16,0
16,0
19,0
18,0
Abrir
uma
escola
5,1
5,3
2,5
2,6
2,7
4,0
3,0
4,0
3,0
3,2
Criar outras
formas de
trabalho na
área
7,8
12,0
7,0
6,8
9,0
9,0
11,0
8,0
7,0
8,2
Trabalhar
em outra
área
4,7
8,1
7,2
5,7
7,4
6,0
7,0
9,0
7,0
7,1
SI
6,0
9,3
4,0
3,5
3,9
6,0
7,0
3,0
4,0
5,0
Total
(N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
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