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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
EDUCAÇÃO MÉDICA
DIRETORIA EM EXERCÍCIO
(1980-1982)
Presidente:
Clementino Fraga Filho
1
o
Vice-Presidente:
Fernando Figueira
2° Vice-Presidente:
Alberto Accioly Veiga
Tesoureiro:
Celmo Celeno Porto
Diretor Executivo:
Alice Reis Rosa
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0 INTERNATO NAS ESCOLAS
MÉDICAS BRASILEIRAS
1982
Associação Brasileira de Educação Médica
Apoio SESu/MEC
Dejano Tavares Sobral, FUB
Alice Reis Rosa, ABEM
Alice Reis Rosa
Dejano Tavares Sobral
Henri Eugene Jouval Júnior, ABEM
Jaime Scherb, FESP
José Luiz Cavalcanti, UFRJ
José Manuel Ribeiro dos Santos, ABEM
Keyla Belízia Marzochi, UFRJ
Luiz Fernando Rangel Tura, ABEM
Márcio de Oliveira Fonseca, ABEM
Nilo Galvão, UFRGS
Paulo Nolasco Pedrosa, UFRJ
Sérgio Menna Barreto, UFRGS
Alice Reis Rosa
Henri Eugene Jouval Júnior
Alice Reis Rosa
Construção do instrumento:
Entrevistadores:
Tabulação dos dados:
Análise dos dados e redação:
SUMÁRIO
I Introdução 5
II Origem e Evolução do Internato 7
III Metodologia 14
IV Região Norte 17
V Região Nordeste 21
VI Região Sudeste 29
VII Região Sul 45
VII Região Centro-Oeste 53
Comentários 58
Conclusões 61
Anexos 63
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, quando se exige das escolas médicas o esforço de recu-
perar a terminalidade do Curso de Graduação em Medicina, o Internato
merece reexame crítico, por suas particularidades de estágio pré-profissional e
de balanço integrador das atividades curriculares precedentes. Tal reexame
deve considerar as diretrizes estabelecidas pelas próprias escolas médicas, na
reunião anual da Associação Brasileira de Educação Médica, em 1974, e pela
Comissão de Ensino Médico do Ministério da Educação e Cultura, em
1976.
Em 1981, estudos acerca da organização curricular dos Cursos das
escolas de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e da Região Sul, realizados
pela ABEM, revelaram imprecisão, e mesmo omissão, de dados relativos ao
Internato. Este achado fez supor a persistência de dificuldades em seu planeja-
mento e em sua execução, cujo êxito tanto depende da integração ensino-
assistência e, por conseguinte, da disponibilidade e da qualidade dos ser-
viços hospitalares.
Acresce, ainda, que a revisão criteriosa do Internato pode levar, como
resultado, ao reestudo do processo ensino-aprendizagem relativo as matérias
básicas e profissionais, tais as repercussões de sua organização e de suas
eventuais deficiências na última fase do Curso.
Foram essas observações que motivaram a ABEM a apresentar um
projeto com o objetivo de diagnosticar as características do Internato nas
escolas médicas brasileiras e de sondar as razões que as justificam. Esse
projeto mereceu o apoio da Secretaria de Educação Superior do Ministério da
Educação e Cultura, cujo atual titular, Professor Gladstone Rodrigues da
Cunha Filho, desde logo pressentiu a importância de que poderá se revestir o
levantamento de dados a respeito dessa etapa fundamental da formação
médica.
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO INTERNATO
"O Internato, como etapa final do Curso de Graduação, representa aqui-
sição recente em nossas escolas médicas.Foi a Resolução n° 8, de 8 de outu-
bro de 1969, do Conselho Federal de Educação, que o tornou obrigatório
como período especial de aprendizado.
Antes eram pouquíssimos os lugares de Interno oferecidos pelas faculda-
des oficiais, dois ou três para cada cátedra, remunerados e com atribuições
equiparáveis às dos atuais monitores. Fora das escolas, havia-os em hospitais
estaduais e municipais, nas Santas Casas e em serviços assistenciais de ordens
religiosas, onde os estudantes buscavam treinamento prático, ou, para os mais
carentes, simplesmente casa e comida, que lhes aliviavam os custos da educa-
ção superior.
(...)Existia, assim, entre nós, um Internato espontâneo ou informal, con-
forme já foi chamado, quando o aluno se ligava a um serviço onde supria defi-
ciências do ensino acadêmico. Algumas dessas clínicas tinham excelentes
condições de aprendizado, com elevado nível operacional e ético. O grave
defeito desse regime estava em que, muitas vezes, tais serviços eram de espe-
cialidades, e até de subespecialidades, e a eles se agregavam os estudantes
desde os primeiros anos do Curso Médico.
Aos poucos, sobretudo na década de 60, algumas faculdades ensaiaram o
Internato para todos os alunos, logo tornado obrigatório pela referida Resolu-
ção de 1969".
1
Essa Resolução derivou do Parecer 506/69 do Conselho Federal de Edu-
cação, cujo trecho, transcrito a seguir, ajuda a compreender as origens do
Internato nas escolas médicas brasileiras:
"Permanece na ordem do dia, no Brasil e no mundo, o debate
sobre quando será mais oportuno o início da especialização do
futuro médico, se somente na pós-graduação, ou se ainda durante o
curso de graduação. E, neste último caso, em qual das suas fases.
Cabe a esse respeito breve comentário sobre a evolução da prática
do ensino médico entre nós. Até a metade da década de 1950, a um
currículo demasiado denso correspondiam horários que, se fossem
cumpridos, ocupariam todas as horas úteis do dia, todos os dias do
ano ao longo de todo o curso, com aulas teóricas e com práticas de
demonstração, nas quais o estudante era mero espectador, não
participando ativamente dos exercícios práticos, nem das aulas de
doutrina. Nenhum médico dos que se formaram no Brasil até
àquela época cumpriu senão parcela reduzidíssima dos horários
oficialmente estabelecidos pelas escolas. Era praxe vincular-se
cada estudante, desde o segundo, ou terceiro ano, a determinado
serviço clínico, onde, no horário oficialmente destinado ao apren-
dizado teórico das várias disciplinas, procurava aprender, ou exer-
citar-se, nas tarefas necessárias à prática da profissão, com desco-
nhecimento quase completo de programa escolar.
Naquela época era regra a especialização precoce. O estudante
se tornava cirurgião, psiquiatra, otorrinolaringologista, sem nunca
chegar a adquirir, nem mesmo superficialmente a visão global dos
fenômenos mórbidos que podem incidir sobre o homem.
Reagindo a esse estado de coisas, que havia criado vigorosíssi-
mas raízes ao longo de muitas décadas, dispuseram-se as escolas de
Medicina, na segunda metade dos anos 50, a oferecer condições que
permitissem exigir-se dos respectivos estudantes o rodízio pelas
clínicas de diferentes especialidades, tornando-se, destarte, mais
prático o ensino oficial. Alterou-se profundamente a seriação das
disciplinas, adotou-se o chamado "horário em bloco", o qual pela
primeira vez permitiu que os estudantes, no cumprimento de horá-
rios oficiais, permanecessem nos ambulatórios e enfermarias tempo
suficiente, sem interrupções, para cuidar de doentes. Para fugir à
especialização precoce que era regra, pretendeu-se, contudo, ocupar
todo o Curso de Graduação com programas destinados à formação
do "médico geral". Ao procurar-se evitar o exagero em um sentido,
descreveu-se verdadeiro movimento pendular, cometendo-se exa-
gero do mesmo grau em sentido oposto. A força da própria reali-
dade, contrariado os horários oficiais, mais uma vez frustrou a
intenção dos educadores. Continuou a grande maioria dos estudan-
tes, a iniciar-se numa especialidade, ainda durante o Curso de Gra-
duação, embora mais tardiamente do que no passado.
A vivência do problema no contexto brasileiro leva-nos a acre-
ditar que, ao fim de 4.500 horas, poderá a generalidade dos nossos
estudantes do Curso de Graduação haver adquirido a visão global
dos problemas médicos, mediante rodízio nos ambulatórios e enfer-
marias das diferentes especialidades. Nesses estágios o estudante
aprenderá as bases teóricas da especialidade e também participará
da rotina dos vários serviços, com responsabilidade limitada,
porém crescente. Integrando ainda o Curso de Graduação, e em
seguida às 4.500 horas mencionadas, deverá, o estudante cumprir o
período de Internato, o qual será total, ou parcialmente, um regime
de livre escolha, isto é, oferecendo-se ao aluno a faculdade de
adestrar-se nas tarefas específicas abrangidas pelo gênero de ativi-
dades que irá exercer logo após a formatura e ao longo da vida
profissional".
2
Nesse Parecer, "observa-se com nitidez a preocupação de transferir para
o Internato a incontrolável tendência à especialização precoce, objetivo apa-
rentemente modesto se comparado ao que se pretende hoje, porém de grande
alcance no caminhar lento e gradativo em direção ao aprimoramento. Trata-se
de preservar antes de tudo a eficiência do núcleo de formação situado nos
ciclos básico e clínico, assegurando a participação de todos os estudantes nas
atividades teóricas e práticas dos cursos programados, antes de induzi-los ao
treinamento em serviço, em tempo integral, em áreas pré-determinadas".
3
Conforme já aludido, esse Parecer fundamentou a mencionada Resolu-
ção n° 8, que oficializou o Internato, de acordo com o item b de seu art.
12, verbis:
"estágio obrigatório em Hospitais e Centros de Saúde adapta-
dos ao ensino das profissões de Saúde, em regime de Internato, no
qual se faculte ao aluno adestrar-se, por sua escolha, nas tarefas,
específicas abrangidas pelo gênero de atividade que irá exercer logo
após a formatura e ao longo da vida profissional, atribuindo-se-lhe
responsabilidade crescente na assistência ao doente, porém ainda
sob a supervisão do pessoal docente, compreendendo o mínimo de
dois semestres".
4
Registram-se, ainda, dois outros momentos importantes na evolução do
Internato: a reunião da ABEM, em 1974, e o documento n° 3 da Comissão de
Ensino Médico do Ministério da Educação e Cultura, em 1976.
Do relatório final da XII Reunião Anual da ABEM, realizada de 11 a 14
de setembro de 1974, emo Paulo, podem-se extrair as seguintes re-
comendações:
1) O Internato deve ser cumprido pelos alunos que tenham satisfeitos os
pré-requisitos, ou seja, tenham cursado, com aproveitamento, as disciplinas
que o precedem;
2) o Internato deve ter duração mínima de 2 semestres, podendo atingir
até 4;
3) o Internato deve ser rotativo, podendo haver, após o rodízio, estágio
eletivo, de preferência em uma das áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Toco-
ginecologia e Pediatria;
4) a programação do Internato deve caber a um colegiado específico,
ouvidos os departamentos;
5) o programa do Internato deve incluir atividades em projetos de exten-
o comunitária, áreas rurais, Campus avançado, garantida a supervisão
docente direta, ou delegada;
6) o programa do Internato pode ser modelado pelas diferenças regionais
o sendo necessariamente o mesmo para todo o País;
7) o Internato pode ser realizado fora dos serviços subordinados às
escolas médicas, de preferência em instituições de saúde da Região em que se
situa a escola;
8) as referidas instituições de saúde devem ser credenciadas pela escola
médica, para que se assegure a supervisão docente;
9) a avaliação do Interno deve basear-se em medida de conhecimentos,
atitudes e habilidades;
10) o Interno nao deve ser remunerado, admitindo-se a concessão de
bolsas em casos especiais.
5
Quanto ao documento da Comissão de Ensino Médico,o fundamentais
a conceituação e os objetivos atribuídos a essa etapa da formação médica:
"Parte integrante do currículo de graduação, é o Internato o
último período do Curso Médico, em que o estudante deve receber
treinamento prático intensivo, livre de cargas disciplinares aca-
dêmicas, em hospitais de ensino, ou instituições de prestação de ser-
viço médico, de modo a assumir, progressivamente, a responsabili-
dade do tratamento de pacientes, sob supervisão docente contínua.
A duração do Internato, recomendada por lei, é, no mínimo, de um
ano. Entretanto, e tal ocorre em algumas escolas médicas, pode o
mesmo ser feito em um e meio e até em dois anos.
Os objetivos do Internato podem ser assim resumidos:
a) oferecer ao estudante a oportunidade final para aumentar,
integrar e aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo de seu
Curso de Graduação;
b)permitir melhor adestramento em técnicas e habilidades
indispensáveis ao exercício futuro de atos médicos básicos;
c) ensejar, de maneira mais orientada e individualizada, a
aquisição, ou aperfeiçoamento, de atitudes adequadas em relação
ao cuidado dos pacientes;
d) estimular o interesse nas esferas de promoção e preservação
da saúde, e de prevenção de doenças;
e) desenvolver a consciência das limitações e responsabilida-
des da atuação do médico perante o doente, a instituição e a
comunidade;
f) possibilitar o desenvolvimento e o hábito de uma atuação
médica integrada, não só com seus colegas médicos, mas, também,
com os demais elementos que compõem a equipe de saúde;
g)permitir experiências individuais de interação escola médi-
ca/comunidade, através da participação em trabalhos extra-hospi-
talares, ou de campo;
h) representar, por fim, o último período deformação escolar
de um médico geral, com capacidade de resolver, ou bem encami-
nhar, os problemas de saúde da população, ou da Região a que vai
servir, sem prejuízo da aquisição indispensável da noção de necessi-
dade de permanente e continuado aperfeiçoamento profissional,
que poderá levá-lo, no futuro, até a especialização, ou à docên-
cia".
6
Estabeleceu, também, esse documento que o Internato é um regime de
treinamento prático intensivo, com carga horária global mínima de 1800
horas, sem interrupção para férias, com freqüência obrigatória às atividades,
com avaliação do rendimento do Interno.
Ainda a Comissão identificou as seguintes dificuldades à execução do
estágio:
"a) número exagerado de estudantes;
b) número deficiente de docentes;
c) insuficiência de áreas de treinamento nas próprias es-
colas;
d) utilização inadequada de áreas não universitárias, pela
falta de acompanhamento ou supervisão dos Internos pela própria
escola, segundo programa previamente estabelecido;
e) falta de avaliação dos Internos pela própria escola, ou, pelo
menos, por docentes que a ela pertençam;
j) falta de requisitos mínimos a serem exigidos, pelas respecti-
vas universidades, ou escolas isoladas, dos hospitais não universi-
tários que aceitam participar, eventualmente, do treinamento de
Internos;
g) desigualdade de critérios quanto à remuneração, ou não,
dos Internos, assim como das importâncias eventualmente pagas
pelas várias instituições que o fazem;
h) desatenção a princípio fundamental de educação médica,
que indica a absoluta conveniência de estabelecer-se uma organiza-
ção docente tal que assegure continuidade harmônica dos vários
períodos de graduação epós-graduação de médicos, o que vale dizer
uma integração satisfatória entre Internato, Residência Médica e
Mestrado-Doutorado".
7
Em 1981, a Diretoria da ABEM em exercício no biênio 1980-1982, que
ressaltou em seu programa o estimulo ao reexame do Curso de Graduação e à
consecução de sua terminalidade, deliberou promover novas discussões
acerca do Internato: uma, local, entre as escolas do Rio de Janeiro; outra,
regional, congregando as escolas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul; e, finalmente, a reunião nacional, para a qual convidou cinco professores,
pertencentes a escolas de cada uma das Grandes Regiões do País. Como con-
seqüência, produziram-se doze documentos, cuja leitura atenta evidencia:
1) concordância com a modalidade de Internato rotativo que, para sua
organização, deve levar em conta os propósitos do projeto educacional; os
recursos e restrições da escola; as necessidades de saúde locais; as expectati-
vas e aspirações de vida profissional dos alunos;
2) recomendação para treinamento eletivo, após o rodízio, para con-
templar motivações pessoais; permitir recuperação de deficiências indivi-
duais; permitir exposição a práticas que o Interno poderá eleger, futuramente,
para sua atividade profissional; preparar para o exercício da profissão, em
áreas como Clínica Médica e Pediatria, dispensando treinamento adicional
em programa de Residência;
3) preocupação quanto à exigüidade do tempo - 2 semestres - para um
rodízio com duração adequada em cada área, especialmente pela adição de
período eletivo, recomendando-se a ampliação para 3, ou 4, semestres. Esse
periodo eletivo poderá ser em Ciências Básicas,o só para atender ao
pequeno número de vocações, mas, também, para estimular a preparação de
pessoal docente, com formação médica, para essas áreas;
4) recomendação de 8 noras diárias de atividades, acrescidas de plan-
tões, num total de 52 a 60 horas semanais, incluídos horários livres na progra-
mação da semana;
5) preocupação quanto ao perfil do treinamento em cada área. Nesse sen-
tido, apontam-se dificuldades quando os serviços existentes, próprios, ou con-
venentes,o especializados, deformando conceituai e estruturalmente o
Internato, uma vez que a idéia do rodízio pelas áreas fundamentais traz implí-
cita a conveniência de treinamento em serviços gerais;
6) reconhecimento da importância do treinamento em serviços básicos de
saúde;
7) inobservância de critérios para seleção de serviços hospitalares locais
com vistas ao treinamento dos Internos, sendo sugeridos: número adequado de
leitos e de consultas de ambulatório; recursos mínimos para diagnóstico e tra-
tamento; arquivo médico organizado; corpo clínico suficiente para os encargos
assistenciais e motivado para as tarefas educacionais; programa de atividades
de educação médica continuada; aceitação das normas e diretrizes da
escola médica;
8) necessidade de mecanismos de supervisão e avaliação pela escola
médica;
9) inconveniência, quanto à administração escolar, do registro do Inter-
nato como disciplina, submetendo-o ao regime de faltas escolares, férias e ou-
tros condicionamentos contrários à sua essência e incompatíveis com sua
execução.
8
-
9, I0
Finalmente, em reunião realizada em maio de 1982, como parte inte-
grante do projeto "Preparação do Médico Geral", que a ABEM está desen-
vendo, com apoio da Fundação W.K. Kellogg, "considerou-se inadmissível o
Internato em especialidade e, mais uma vez, se reafirmou o imperativo do
Internato em rodízio por Clínica Médica, Pediatria, Tocoginecologia e Cirur-
gia. Julgou-se indesejável e inadequada a adoção de um programa único para
todas as escolas. Tendo em conta a variedade de situações ambientais na
extensão do território nacional, a diversidade de recursos institucionais e as
aspirações dos alunos, torna-se evidente que a estrutura curricular e os progra-
mas de aprendizado devem estar de acordo com a realidade em que se insere a
escola médica. Em qualquer situação, entretanto, o rodízio pelas áreas referi-
das deve corresponder a treinamento em serviços gerais, incluídos, obriga-
toriamente, ambulatórios e unidade de emergência".
11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PONTES, J. P. Lopes - Internato. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE EDUCAÇÃO MÉDICA; 19., Recife, 15 a 18 de novembro
de 1981.
2. BRASIL, Leis, decretos etc. - Conselho Federal de Educação. Parecer
506/69. Currículo mínimo dos Cursos de Graduação em Medicina.
Documenta, (103):95-103, jul. 1969.
3. SILVA, Pedro Carlos Teixeira da - Internato. In: SEMINÁRIO RE-
GIONAL DA ABEM, 6., Rio de Janeiro, 15 a 16 de junho de 1981.
R. Brás. Educ. Méd., 5(2): 117-23, maio/ago. 1981.
4. BRASIL, Leis, decretos etc. - Conselho Federal de Educação. Resolução
n° 8 de 8 de outubro de 1969. In: ARAÚJO, Lúcia Silva, org.
Legislação do ensino superior; índice remissivo e jurisprudência.
Rio de Janeiro, Renes, 1973. p. 54-6.
5. IUNES, Magid - Relatório final. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCOLAS MÉDICAS, 12.,o
Paulo, 11 a 14 de setembro de 1974. Anais.o Paulo, ABEM,
1974. p. 155-8.
6. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Departamento de Assuntos
Universitários. Comissão de Ensino Médico. Internato e Residência.
In: . . Documentos do ensino médico. Brasília,
MEC/DAU, 1976, Doe. 3, p. 98-9.
7. . Idem. p. 102-3.
8. ABEM. SEMINÁRIO REGIONAL, 6., Rio de Janeiro, 15 a 16 de junho
de 1981. In:R. Brás. Educ. Méd., 5(2):81-130, maio/ago. 1981. p.
117-30.
9. . SEMINÁRIO REGIONAL, 7., Porto Alegre, 1 a 3 de outubro
de 1981. ln:R. Brás. Educ. Méd., 5(3):169-215, set./dez. 1981. p.
205-15.
10. . CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO MÉDICA,
19., Recife, 15 a 18 de novembro de 1981. Anais. Recife, 1981.
11. . Preparação do médico geral. In: R. Brás. Educ. Méd., 6(2):
121-28, maio/ago. 1982. p. 121-8.
METODOLOGIA
Os dados deste levantamento refletem as características do Internato no
primeiro semestre de 1982. Foram coletados nas setenta e cinco escolas médi-
cas brasileiras* através de entrevista estruturada. Esta se apoiou em roteiro
preparado por dois professores e submetidos à crítica de outros quatro, com
vistas a averiguar sua adequação aos objetivos do estudo.
Com base nos propósitos do trabalho, selecionaram-se como fontes de
informação os Diretores de Centros, Faculdades, Escolas e/ou Coordenado-
res do Curso Médico e os Coordenadores do Internato. Aos primeiros, o Presi-
dente da ABEM dirigiu carta elucidativa daqueles propósitos.
Como entrevistadores, escolheram-se professores familiarizados com
funções de administração acadêmica, ou de coordenação de ensino. Somente
três dos doze professoreso preencheram tal critério, mas se mostravam bem
informados do assunto, por força do interesse pela educação médica e do
acompanhamento de reformas curriculares em sua escola. Os seis queo
tomaram parte na construção, ou na crítica, do instrumento, acompanharam
visitas antes de o empregar, ou o analisaram previamente às entrevistas,
esclarecendo suas dúvidas.
Essa metodologia foi escolhida apesar de se anteciparem algumas difi-
culdades, ou limitações. A mais importante pareceu ser a diversidade dos
modelos de Coordenação do Internato, que costuma ser exercida por um pro-
fessor, ou por uma comissão, ou ainda, pelos diversos departamentos com-
prometidos no programa de Internato. Duas outras diziam respeito à falta de
acesso a registros de dados no momento da entrevista e a eventuais reações
desfavoráveis dos entrevistados quanto à finalidade do estudo.
As visitas foram marcadas por telefone pelo Diretor Executivo da
ABEM, excetuados dezenove casos em que os próprios entrevistadores se
encarregaram dessa iniciativa.
Uma dificuldade a mais somou-se às queo freqüentes nessa forma de
comunicação. Decorreu ela da conveniência de conciliar os horários das visi-
tas a escolas vizinhas, abreviando a estada do entrevistador e reduzindo os
custos do projeto. Tal conciliação esbarrava,o apenas em compromissos
prévios dos Diretores e Coordenadores, mas, também, no regime de trabalho
de alguns desses professores, que impedia a realização de entrevistas ás tar-
des, obrigando a novas tentativas de marcação.
Em dois casos os Diretores, inicialmente, julgaram desnecessárias as
visitas, pelo fato de suas escolaso oferecerem Internato, equívoco que se
desfez pelo esclarecimento de que se tratava do estágio do 6
o
ano.
* 0 Curso Médico do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Fundação Universidade
Federal de Mato Grosso ainda não alcançou a fase de Internato.
Todas as entrevistas realizaram-se nas horas acertadas, e se distinguiram
pela cordialidade dos entrevistados. Assinale-se que, apesar dos esclareci-
mentos prévios, na referida carta do Presidente da ABEM e no telefonema
para a fixação da visita, algumas vezes a expectativa dos entrevistados corres-
pondia a de uma inspeção por órgão oficial.
Confirmou-se, por vezes, a dificuldade prevista quanto à reação dos
entrevistados, que forneceram dados presuntivos. Em alguns casos, confir-
mou-se, também, a impossibilidade de acesso aos dados no momento da visita,
assim como a ausência de professores na ocasião da entrevista. Isto ocorreu
nos casos que a Coordenação do Internato estava a cargo de uma comissão, ou
dos departamentos. Em duas oportunidades, os Diretores foram assessorados
pelos Secretários das instituições, que dispunham dos dados relativos aos
aspectos de ordem administrativa, maso podiam esclarecer acerca dos
aspectos pedagógicos do programa.
Como limitaçõeso previstas, verificaram-se a desatualização dos
registros de Secretaria e a discordância entre informantes.
Na fase de tabulação, pelo confronto entre dados fornecidos nas entrevis-
tas, ou por sua comparação com os disponíveis na ABEM, verificou-se, ainda,
discrepância entre eles. Interromperam-se as visitas, criou-se um modelo
alternativo para as cinco questões com maior incidência de equívocos,
solicitando-se às escolas, em carta explicativa, nova informação. Em 90% dos
casos, esta segunda respostao coincidiu com a primeira, motivando, várias
vezes, esclarecimentos por telefone. Como regra, optou-se pela segunda infor-
mação, por afastar a possibilidade de erro de transcrição do entrevistador; por
estar escrita; por fazer supor apuração mais atenta do dado.
Os dados foram reunidos segundo as Grandes Regiões, pela existência de
indícios quanto à semelhança dos programas de uma mesma Região. Dentro
delas, organizaram-se, às vezes, de maneira desigual, por força do número e de
características das suas escolas.
Na redação deste trabalho, Internato e estágioo sinônimos; como
áreas, devem ser entendidas Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria, Tocogine-
cologia e Medicina Preventiva, Social ou Comunitária.
REGIÃO NORTE
Existem três escolas médicas na Região: duas
federais e uma estadual, que não dispõem de
hospitais próprios. Não têm convênio para está-
gio em hospitais da Previdência Social. Somente
uma tem programa de Residência Médica cre-
denciado. Em 1981, formaram 326 médicos e
matricularam 322 alunos no I
o
ano do Curso
Médico.
TABELA 1
Internos das Escolas Médicas da Região Norte - 1°/1982
Escolas Médicas
Faculdade de Ciências da Saúde
Fundação Universidade do Amazonas
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal do Pará
Faculdade Estadual de Medicina do Pará
Fundação Educacional do Estado do Pará...
TOTAL
Até julho
13
49
30
92
Internos
Até dezembro
37
105
69
211
Total
50
154
99
303
Fonte: Associação Brasileira de Educação Médica
Regime do Internato
Nas três escolas, o Internato tem duração de 2 semestres, existindo
projeto de reforma curricular que contempla sua ampliação na Universidade
do Amazonas. O total de horas de estágio, entretanto, é variável, conforme
Quadro 1. É objetivo da escola B estendê-lo para 11 meses e aumentar a carga
horária semanal, a partir do próximo ano.
A avaliação dos Internos se baseia em instrumentos de medida que
variam de escola para escola: observação do desempenho; observação do
desempenho e elaboração de trabalho científico; observação do desempenho,
prova prática em cada área, prova escrita final, versando temas de todas as
áreas, e elaboração de trabalho cientifico. O índice de reprovação, em 1981,
foi quase nulo.
QUADRO 1
Tipo e regime do Internato nas Escolas Médicas da Região Norte
Escolas
A
B
C
Tipos
Rotativo
Eletivo
Rotativo
Estágio Rural
Sim
X
o
X
X
Internato
Duração
(semestres)
2
2
2
Início/
Término
jan./dez.
mar./nov.
jan./nov.
Carga
horária
semanal
40
20
40
Férias
(dias)
15
45
Faltas
(%)
25
5
20
Tipos de Internato
Na escola A, o Internato é rotativo por cinco áreas, incluindo o treina-
mento em Centro e Postos de Saúde, para os alunos que permanecem nos hos-
pitais utilizados pela escola, e que representam cerca de 40% do total de
internos.
Na escola B, o estágio eletivo decorre da insuficiência dos serviços hospi-
talares utilizados, onde estão aproximadamente 40% dos Internos. Há resolu-
ção, já aprovada, com vistas à implantação da modalidade rotativa em
1983.
Na escola C, existem duas opções para Internato rotativo: uma chamada
modular, que se faz em rodízio pelas cinco áreas; outra integrada, em que os
estágios de Medicina Comunitária, Pediatria e Clínica Médica, com duração
de 6 meses se desenvolvem num projeto de integração docente-assistencial, e
os estágios de Clínica Cirúrgica e Obstetrícia se cumprem separadamente. Na
primeira opção, os Internos fazem o estágio de Medicina Comunitária, por 2
meses, em unidades de saúde do interior do Estado.
Locais de estágio e distribuição dos Internos
Na escola estadual, 70% dos Internos fazem o estágio em seu hospital de
ensino. Nas federais, conforme referência anterior, cerca de 40% o fazem nos
hospitais locais convenentes. Quanto aos 60% restantes, houve discrepância
entre os dados relativos à primeira e à segunda colheitas, sendo possível locali-
zar apenas 32 e 23%, respectivamente, desses Internos. Os demais podem
estar distribuídos por hospitais do próprio Estado e/ou de outras Regiões.
Feita essa ressalva, verifica-se que 25% do total de Internos da Região
estáo nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, sendo que:
a Região Sudeste recebe mais da metade desses Internos;
o Paulo e Goiás, em suas respectivas Regiões, concentram o
maior número;
10% estão em hospitais públicos e 5% em três escolas médicas, uma
federal, duas privadas;
o número de instituições pelas quais se distribuem corresponde, con-
forme a escola, a quatro, dezenove e dezesseis.
, ainda, referência a um Interno no Maranhão e a três no exterior.
Internos de outras escolas
Todas as escolas admitem aceitar Internos de outras instituições, mas
o registraram alunos nessas condições.
Obstáculos à execução do Internato
As dificuldades identificadas dizem respeito ao hospital de ensino, ao
currículo e ao corpo discente.
Sobressaem as deficiências dos serviços hospitalares utilizados pelas
escolas, impeditivas da absorção dos Internos que, assim, se distribuem por
outras unidades, dentro e fora do Estado, em estágio sem supervisão da
escola.
Às inadequações do currículo atribuem-se o interesse dos Internos pela
especialização e o despreparo com que chegam a essa etapa de sua formação.
Quanto aos alunos, além do grande número dos que provêm de outros Estados
e exercem pressão para realizar o estágio em seus lugares de origem, há insis-
tência em fazê-lo fora, onde possam candidatar-se à Residência Médica, ou vir
a exercer a profissão.
Como medidas para atenuar as dificuldadeso sugeridas maior disponi-
bilidade de serviços hospitalares, reformas curriculares, fixação de critérios
para credenciamento de hospitais para estágio, definição das atribuições dos
Internos e necessidade de maior cooperação do corpo docente.
Bolsas de estudo
Na escola estadual, os Internos recebem bolsa no valor de Cr$ 17.000,00
durante os meses de estágio em Medicina Comunitária, ou no programa de
integração docente-assistencial.
REGIÃO NORDESTE
As escolas da Região são em número de treze:
dez federais e três privadas. Sete têm hospitais
próprios. Nove têm convênio para estágio em
hospitais da Previdência Social. Somente cinco
têm programas de Residência Médica credencia-
dos, num total de trinta e sete programas. Em
1981, essas escolas formaram 1608 médicos e
matricularam 1349 alunos no I
o
ano do
Curso Médico.
TABELA 2
Internos das Escolas Médicas da Região Nordeste - 1°/1982
Escolas Médicas
Internos
Até julho Até dezembro Total
Centro de Ciências da Saúde
Fundação Universidade Federal do Maranhão ... 54
Centro de Ciências da Saúde
Fundação Universidade Federal do Piauí 18
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal do Ceará 70
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal do Rio Grande do Norte ... 12
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal da Paraíba 31
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Universidade Federal da Paraíba-Campus II
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal de Pernambuco 94
Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco
Fundação de Ensino Superior de Pernambuco ...
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal de Alagoas 37
Escola de Ciências Médicas de Alagoas
Fundação Governador Lamenha Filho 4
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Fundação Universidade Federal de Sergipe 28
Faculdade de Medicina
Universidade Federal da Bahia 12
Escola de Medicina e Saúde Pública
Fundação Bahiana para o Desenvolvimento da
Medicina -
Total 360
Fonte: Associação Brasileira de Educação Médica
67
42
112
78
69
59
132
141
32
70
32
121
184
1139
121
60
182
90
100
59
226
141
69
74
60
133
184
1499
Regime do Internato
Nas treze escolas, o Internato se faz em 2 semestres. Em seis delas, exis-
tem projetos de reforma curricular que incluem sua ampliação para 3, ou 4
períodos; cinco declararam a intenção de promover estudos nesse sentido.
Sua duração é de 10 a 11 meses, que se interrompem para férias, de 15 a
30 dias, em 50% das escolas. Em todas, há permissão para faltas, variando
entre 10 a 30% das atividades. Em uma escola,o há obrigatoriedade de
aprovação em todas as disciplinas para início do estágio.
Como regra, a carga horária semanal é de 40 horas. Em 50% das escolas,
entretanto, estima-se que tal valoro se alcança na prática, podendo ser ape-
nas de 20 horas, por falta de funcionamento dos serviços hospitalares às tar-
des. Há , também, variações daquele valor para mais (60 h), em razão da
obrigatoriedade de plantões em algumas áreas.
A avaliação dos Internos se apoia, principalmente, na observação de seu
desempenho. Três escolas referem utilização de provas práticas, e, três outras,
elaboração de trabalho científico (pesquisa, estudo de caso, revisão da litera-
tura, descrição de nova técnica), sob orientação de professores. A UFAL
reúne em publicação os melhores trabalhos do ano. Em 1981, o índice de
reprovação foi quase nulo.
Tipos de Internato
Conforme Quadro 2, a quase totalidade das escolas oferece Internato
rotativo nas quatro, ou cinco, áreas básicas. Em quatro escolas, às áreas obri-
gatórias de estágio podem-se acrescentar outras, de escolha do Interno. O
Quadro 3 esboça o perfil dos locais de treinamento nessas áreas.
Entendem as escolas que o estágio rotativo resulta da obrigação institu-
cional de preparar médicos para atender às necessidades básicas de saúde da
Região, sendo, também, fundamental para a preparação de futuros especialis-
tas. Assinale-se, todavia, a inconstância da obrigatoriedade de cumprir a
modalidade rotativa quando o estágioo se faz nos hospitais de ensino
da escola.
A modalidade eletiva em qualquer área, ou especialidade, oferecida por
uma das escolas, e reconhecida comoo sendo o melhor modelo, é justificada
com as deficiências do hospital de ensino. Já existe, entretanto, projeto de
implantação do Internato rotativo.
, também, Internato eletivo em quatro outras instituições, feitas as
observações seguintes: na primeira, é meio de preparar docentes para a pró-
pria instituição, permitindo-se o estágio em Anatomia Patológica, ou Ciências
Básicas; na segunda, está sendo oferecido pela última vez, como resíduo da
época de turmas numerosas e da falta de hospital próprio; na terceira, ainda
que a instituição valorize o estágio em rodízio, feito pela maioria de seus alu-
nos, o eletivo decorre das deficiências do hospital de ensino; na quarta
restringe-se ao segundo semestre, depois do estágio rotativo.
Cinco escolas incluem estágio rural em seus programas de Internato:
na UFPI, o estágio tem duração de 1s e se faz em Centro e Postos de
Saúde em cidade localizada a 160 km de Teresina. O programa é mantido pela
Secretaria de Saúde do Estado, pela Prefeitura local e pela Universidade.
QUADRO 2
Tipo de Internato nas Escolas Médicas da Região Nordeste
Escolas
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
Tipos
Rotativo
Eletivo
Rotativo
Rotativo
Rotativo
Rotativo
Eletivo
Rotativo
Rotativo
Eletivo
Rotativo
Rotativo
Rotativo
Rotativo/período eletivo
Eletivo
Rotativo/período eletivo
Internato
Sim
Estágio rural
o Opcional
na UFCE, o estágio, com duração de 1 mês, se realiza em Unidades de
Saúde localizadas em quatro cidades do interior do Estado, ou no Acre. Este
último programa é mantido pelas Universidades do Ceará e do Acre e pelo
Projeto Rondon;
na UFRN, com a mesma duração de 1 mês, o estágio se faz em dois
hospitais - Hospital Regional de Santa Cruz e Hospital Regional de Santo
Antônio- localizados em cidades distantes de Natal até 200 km aproximada-
mente. Estas unidades hospitalareso mantidas pela Universidade, consti-
tuindo o Centro Rural de Treinamento e Ação Comunitária (CRUTAC). São,
também, oferecidas 12 vagas para Internato rotativo nesses hospitais;
na UFPB, em João Pessoa, o estágio se faz, durante 2 meses, em unida-
des de saúde de várias cidades do interior, através de convênio com a Secreta-
ria de Saúde do Estado, Prefeitura, Sindicatos, ou hospitais privados;
na UFAL, o estágio rural, também com duração de 1 mês, se faz em
unidades hospitalares do interior, pertencentes ao Estado, ao Município ou à
FSESP;
QUADRO 3
Locais de treinamento nas áreas de estágio em Escolas Médicas
da Região Nordeste
Locais de treinamento
Ambulatório geral
Ambulatório especializado
Centro Cirúrgico
CT!
Emergência
Laboratório
Áreas de estágio
Clinica Médica Cirurgia Pediatria Tocoginecologia
xxxxxxxxxx
xxxxxxxxx
XX
XXXXXXXXXXX
XXXXXXXXX
XXXXXXXXX
XXXXXXXX
XXX
X
XXXXX
XXXXXXXX
XXX
XXXXXXXXX
XXXX
XXXXXXXX
X
XX
XXXXXXXX
XXX
X
XXXXXXXXX
XXX
XXXXX
XXXXXXXX
XXXX
XXXXXXXXXXX
Nota: Dados relativos somente a onze escolas.
na UFPE, o estágio rural corresponde aos programas de Internato que
fazem parte de dois projetos comunitários de que a Universidade participa -
Projeto Vitória, em um município do Estado, e Projeto Vasco da Gama, num
bairro do Recife - e que oferecem, no total, 13 vagas para Internos. No
primeiro, o estágio se faz em rodízios de 2,5 meses pelas quatro áreas básicas;
no segundo, tem duração apenas de 6 meses, que se complementam por está-
gios em Clínica Médica e Clínica Cirúrgica;
Acrescente-se que na UFMA há estágio rural, opcional, em unidades de
saúde da FSESP durante 3 meses; na Faculdade de Ciências Médicas de Ala-
goas, também em caráter opcional, há estágio de 2 meses em unidades de
saúde estaduais, e na UFS o rodízio inclui a área de Saúde Pública, com trei-
namento em Centro e Postos de Saúde.
Locais de estágio e distribuição dos Internos
Todas as escolas da Região permitem a saída de Internos para realização
do estágio fora do País, ou do Estado em que se situam. O número desses alu-
nos varia de 5% a 50% do total de Internos da escola, que os tem distribuídos,
por vezes, por mais de quinze instituições, conforme Quadro 4.
Do total de Internos da Região, 15% fazem o estágio nessas condições,
estando 3% em Estados do próprio Nordeste, 11% em Estados de outras
Regiões (8% no Sudeste, 2,5% na Região Centro-Oeste; 0,5% na Região Sul)
e 1% no exterior. Rio de Janeiro eo Paulo, Distrito Federal e Goiás, Bahia
e Ceará, em suas respectivas Regiões, concentram o maior número.
Dos Internos que estagiam fora, 49% estão em hospitais privados e 51 %
em instituições públicas, inluídas as pertencentes a universidades federais
(hospitais e institutos básicos) e à Previdência Social, que recebe 7%
deles.
Dos que permanecem no Estado em que se localiza a Escola,o foi
possível estimar quantos fazem estágio em hospitais próprios, ou utilizados
pela escola, quantos o fazem em locais de sua escolha.
Do total de Internos da Região, aproximadamente 15% estão em hospi-
tais da Previdência Social, nos Estados do Maranhão, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia;
QUADRO 4
Porcentual de Internos que estagia fora do Estado em que se
situa a Escola Médica - Região Nordeste
Internos de outras escolas
Dez das escolas recebem Internos de outras escolas da mesma Região.
Aproximadamente 6% do total de Internos se deslocam entre elas, sendo que
mais da metade está na Universidade Federal da Bahia. Esta recebe, também,
cerca de 20% dos Internos da outra escola existente no Estado.
A .
B ..
C.
D .
E..
F
G .
H .
I ..
J ..
K .
L ..
M
Escolas
Internos
(%)
40
< 5
< 5
5
30
50
10
5
<10
20
25
<10
<10
Instituições
(f)
> 15
1
4
4
>10
>10
>15
5
3
> 5
> 5
> 5
>10
Obstáculos à execução do Internato
1. Deficiências dos serviços hospitalares
2. Dificuldades relativas ao corpo docente
grande número de professores em regime de tempo parcial
falta de cumprimento das atribuições didáticas e/ou assistenciais
desinformação quanto às diretrizes para a formação médica
3. Inadequações do currículo
treinamento predominantemente hospitalar
tempo insuficiente para o Internato
falta de supervisão do estágio que se realiza fora da escola
4. Dificuldades relativas aos Internos
número excessivo
interesse em fazer o Internato em outros Estados
queda do rendimento nos meses finais do Internato
dificuldades financeiras
expectativas voltadas para Internato em especialidades
insuficiência de conhecimentos e habilidades
despreparo para aprendizagem independente
5. Falta de legislação relativa ao Internato
A deficiência dos serviços hospitalares é o obstáculo principal,
apontado com maior freqüência pelas escolas. Refere-se a elementos diver-
sos: falta de hospital próprio, precariedade das instalações, pequeno
número de leitos do hospital próprio, falta de equipamento, deficiência dos
laboratórios, número insuficiente de consultas de ambulatório, falta de Servi-
ços de Ambulatório, de Emergência, de Maternidade, limitação dos recursos
didáticos, insuficiente disponibilidade da rede de saúde local e limitações dos
serviços dos hospitais convenentes (entre as quais se inclui a ausência de ativi-
dades de educação continuada).
As dificuldades relativas ao professorado foram o segundo obstáculo
assinalado. As três referentes aos Internos - tendência à especialização pre-
coce, nível de conhecimento insatisfatório e despreparo para a aprendizagem
independente - foram atribuídas, em parte, a inadequações curriculares
anteriores ao estágio: fragmentação de disciplinas e natureza dos procedimen-
tos de ensino e de avaliação.
A falta de legislação própria do Internato é responsabilizada por dificul-
dades relativas à sua organização (tipo, férias, faltas), ao estabelecimento de
critérios para seleção de locais de estágio, à obrigatoriedade de permanência
do Interno na escola.
Bolsas de estudo
Para os estágios rurais, os Internosm custeadas as despesas e/ou rece-
bem bolsa cujo valor varia -Cr$ 4.000,00, Cr$ 8.000,00 a Cr$ 14.000,00-
conforme o Estado.
REGIÃO SUDESTE
Existem quarenta e duas escolas na Região:
nove federais, cinco estaduais, duas municipais e
vinte e seis particulares. Vinte e oito têm hospi-
tais próprios. Escolas de Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo têm convênio para estágio
em hospitais da Previdência Social. Vinte esco-
las têm programas de Residência Médica cre-
denciados, num total de duzentos e cinqüenta e
um programas. Em 1981, graduaram 4759
médicos e matricularam 4598 alunos no I
o
ano
do Curso Médico.
TABELA 3
Internos das Escolas Médicas da Região Sudeste - 1°/1982
(Continua)
Internos
Até julho Até dezembro Total
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Minas Gerais 163 161 324
Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Juiz de Fora 98 93 191
Centro de Ciências Biomédicas
Fundação Universidade Federal de
Uberlândia - 79 79
Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro .... - 69 69
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Fundação Educacional Lucas Machado - 82 82
Faculdade de Medicina de Itajubá
Associação de Integração Social de Itajubá - 94 94
Faculdade de Ciências Médicas "Dr. José
Antônio Garcia Coutinho"
Fundação de Ensino Superior do Vale do
Sapucaí - 71 71
Faculdade de Medicina do Norte de Minas
Fundação Norte Mineira de Ensino Superior - 34 34
Faculdade de Medicina de Barbacena
Fundação Presidente Antônio Carlos - 69 69
Centro Biomédico
Universidade Federal do Espírito Santo 43 76 119
Escola de Medicina da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória - EMESCAM 116 116
Faculdade de Medicina
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal do Rio de Janeiro - 268 268
Faculdade de Medicina
Centro de Ciências Médicas
Universidade Federal Fluminense 76 87 163
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Universidade do Rio de Janeiro - 184 184
Faculdade de Ciências Médicas
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - 139 139
Escola Médica do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Universidade Gama Filho - 104 104
TABELA 3
Internos das Escolas Médicas da Região Sudeste - 1º/1982
(Continua)
Até julho
Escola de Medicina
Fundação Técnico Educacional Souza
Faculdade de Medicina de Petrópolis
Faculdade de Medicina'de Campos
Fundação Benedito Pereira Nunes
Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda
Fundação Oswaldo Aranha -
Faculdade de Medicina de Valença
Fundação Educacional Dom André Arcoverde ... -
Faculdade de Medicina de Vassouras
Fundação Educacional Severino Sombra 126
Faculdade de Medicina de Teresópolis
Fundação Educacional Serra dos Órgãos 73
Faculdade de Ciências Médicas de Nova Iguaçu
Sociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu ...
Faculdade de Medicina
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Universidade deo Paulo
Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas -
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho"
Faculdade de Medicina de Jundiaí -
Faculdade de Medicina de Taubaté
Irmandade de Misericórdia de Taubaté -
Faculdade de Medicina de Marilia
Fundação Municipal de Ensino Superior de
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
o Paulo
Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho
Internos
Até dezembro
190
87
81
76
72
131
82
84
122
186
82
94
93
60
76
80
99
Total
190
87
81
76
72
257
155
84
122
186
82
94
93
60
76
80
99
TABELA 3
Internos das Escolas Médicas da Região Sudeste - 1°/1982
(Conclusão)
Escolas Médicas
Faculdade de Medicina
Centro de Ciências Médicas e Biológicas
Pontifícia Universidade Católica deo Paulo . . .
Faculdade de Ciências Médicas
Pontifícia Universidade Católica de Campinas . ..
Faculdade de Ciências Médicas de Santos
Fundação Faculdade Regional de Medicina de
Faculdade de Medicina
Centro de Ciências Biomédicas
Faculdade de Medicina do ABC
Faculdade de Medicina de Catanduva
Faculdade de Medicina de Santo Amaro
Fundação Santamarense de Educação e Cultura -
OSEC
Faculdade Bandeirante de Medicina
Casa de Nossa Senhora da Paz-Ação Social
Total
Até julho
60
-
-
-
639
Internos
Até dezembro
97
60
125
68
152
100
60
63
76
4.222
Total
97
120
125
68
152
100
60
63
76
4.861
Fonte: Associação Brasileira de Educação Médica
Regime de Internato
Os Quadros 5 e 6 resumem o regime e os tipos de Internato nas escolas de
Minas Gerais. Em todas, é do tipo rotativo, incluídas experiências de estágio
rural em três delas. Predominou a referência à utilização de carga horária
semanal superior a 40 horas. Em três escolas, inexiste a obrigatoriedade de
aprovação em todas as disciplinas para início do estágio.
O Quadro 7 delineia o perfil dos locais de treinamento nas áreas de
estágio.
QUADRO 5
Regime de Internato nas Escolas Médicas de Minas Gerais
Escolas
A ....
B
C
D ....
E
F
G ....
H . . ..
I
Duração
(semestres)
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Início/
Término
jan./dez.
ago./jul.
fev./dez.
jul./jun.
jan./nov.
jan./nov.
jan./dez.
jan./nov.
jan./dez.
jan./nov.
jan./nov.
CHS
>40
>40
40
>40
40
>40
>40
>40
40
Férias
(dias)
-
30
15
-
30
15
15
15
-
Faltas
(%)
25
25
25
25
25
-
30
25
25
Observações
Estudos para
ampliação
Estudos para
ampliação
Estudos para
ampliação
-
-
-
Estudos para
ampliação
-
-
Os Quadros 8 e 9 sintetizam características do Internato nas escolas do
Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Predomina a modalidade eletiva, diversa-
mente das demais Regiões, ou Estados, para a qual seo as justificativas
seguintes:
número excessivo de alunos;
atendimento às expectativas dos alunos quanto a estágio em especiali-
dade, ou em seus locais de origem;
atendimento aos objetivos institucionais de formação especializada;
atendimento aos propósitos da instituição quanto a formar médicos
para as áreas básicas do exercício profissional;
características do mercado de trabalho, que modela as opções dos
Internos;
falta de hospital próprio, que obriga a escola a conformar-se às vagas
oferecidas pelas unidades hospitalares com as quais mantém convê-
nio;
impossibilidade de o hospital próprio absorver todos os Internos;
resistência de professores e alunos à implantação da modalidade
rotativa.
Em documento de uma dessas escolas, salienta-se que "com base no
objetivo de formar médicos gerais, o Internato deveria ser feito apenas em
regime rotativo. A execução tornar-se-ia extremamente difícil, considerando-
se que a Faculdadeo dispõe de hospital próprio; que, das instituições públi-
cas que oferecem estágio, apenas o INAMPS o faz na modalidade rotativa;
que os hospitais da localidade tambémo oferecem condições para realiza-
ção deste tipo de estágio. Uma alternativa seria a execução do estágio em rodí-
zio por hospitais, ou serviços, deslocando-se o aluno por três, ou quatro locais
diferentes. Esta opção seria, entretanto, impraticável, por força do grande
número de alunos e da localização dos hospitais".
Assinale-se a possibilidade de estágio eletivo em Ciências Básicas em
quatro dessas escolas, para atender ao pequeno número de vocações, assegu-
rando preparação de pessoal docente, com formação médica, para essas áreas.
Na UFRJ, neste particular, em 1980 e 1981, as opções corresponderam a
0,9% e 2% do total de Internos. Na UERJ, nesse mesmo período, correspon-
deram a 5% e 0%.
QUADRO 6
Tipo de Internato nas Escolas Médicas de Minas Gerais
Escolas Tipos de Internato Observações
A .... Rotativo/periodo eletivo
B Rotativo
C Rotativo
D .... Rotativo/periodo eletivo
E Rotativo/periodo eletivo
F Rotativo/periodo eletivo
G .... Rotativo
H . . . . Rotativo
I Rotativo
6 meses em uma, ou em duas áreas
3 meses de estágio rural
3 meses de estágio eletivo em área, ou
especialidade
Inclui participação no Projeto Rondon, por 40
dias, no Amazonas
Inclui 2 meses em Traumatologia e Aneste-
siologia
Eletivo em área, durante 3 meses
Eletivo em área, ou especialidade, durante 5
meses
Eletivo em área, por 2 meses
Inclui 2 meses de estagio rural
QUADRO 7
Perfil dos locais de treinamento nas áreas de estágio em
Escolas Médicas de Minas Gerais
Locais de
Treinamento
Ambulatório geral
Ambulatório especializado
Berçário
Centro Cirúrgico
C T I
Emergência
Enfermaria
Laboratório
Centro de Saúde
Posto de Saúde
Áreas de estágio
Clínica
Médica
xxxxx
xxxx
xxx
xxxxxx
xxxxxxx
Cirurgia
xxxx
xxxx
xxxxxxx
XX
XXXXX
XXXXXXX
Pediatria
xxxxxx
xx
xxx
xxxxxx
xxxxxxx
XX
Tocoginecologia
XXXXXXX
XX
XX
XXXXXXX
xxx
xxxxxxx
X
Nota: Dados relativos a sete escolas
Quanto ao regime de Internato, duas escolas declaram carga horária
semanal inferior a 40 horas, e duaso exigem aprovação em todas as discipli-
nas como requisito para o estágio.
Nos Quadros 10 e 11 estão sumariadas características do Internato nas
escolas do Estado deo Paulo.
A carga horária semanal, na maioria dos casos, excede a 40 horas, em
decorrência de plantões, apontados, com regularidade, na metodologia de
treinamento.
Quanto à duração de 4 semestres, referida por dez escolas, alguns pontos
merecem referência:
1 °) compõe-se o Internato de uma sucessão de estágios, de duração muito
variávels vezes de apenas 2 semanas e meia, em regime de tempo parcial),
em setores diversos, clínicos, ou cirúrgicos;
2
o
) tais estágiosm programação definida à semelhança do que caracte-
riza o ensino das disciplinas relativas às matérias básicas, ou profissionais.
Têm, inclusive, conteúdo programático, por vezes extenso (por exemplo, qua-
renta e oito temas), abrangendo os assuntos mais relevantes, no que respeita
ao setor de conhecimento em questão. Temas como Anamnese, Técnicas de
exame, Lesões elementares da pele, além da aula expositiva como procedi-
mento didático regular, diário, fazem supor tratar-se do primeiro contato do
aluno com o programa. Este fato se confirma pelo Histórico Escolar da insti-
QUADRO 8
Tipo de Internato nas Escolas Médicas do Espírito Santo e do
Rio de Janeiro
Escolas
Tipos de Internato
Observações
A Rotativo/periodo eletivo
B Eletivo
C Eletivo
D Eletivo
E Eletivo
F Rotativo
Eletivo
G Eletivo
H Rotativo
I Eletivo
J Rotativo
K Eletivo
L Eletivo
M Eletivo
N Eletivo
O Eletivo
Eletivo ocupa 50% da carga horária e se faz
paralelamente ao rodízio pelas áreas
Uma das quatro áreas
Uma das quatro áreas, Psiquiatria e Ciências
Básicas
Área e/ou especialidade
Área e/ou especialidades e Ciências Básicas
3 meses em Clínica Médica e 9 meses em dois,
ou três estágios em área, ou especialidade.
Eletivo em Ciências Básicas
Área, ou especialidade
Área, ou especialidade
6 meses em uma área e 6 meses em duas
outras
Eletivo em área, ou Ciências Básicas
Eletivo em área, ou especialidade
Área, ou especialidade
Área, ou especialidade
Área, ou especialidade
tuição de ensino, no qualo há inclusão entre as disciplinas prévias ao 5
o
ano
daquelas correspondentes ao setor de estágio do aluno. Vale acrescentar,
ainda, que no Histórico Escolar, a 5
a
. sérieo se distingue das anteriores, ou
seja, em todas consta uma relação de disciplinas, diversamente da notação da
6
a
. série, relativa ao estágio. Acresce que o conjunto das disciplinas, inluídas
as da 5
a
. série, correspondem às matérias constantes da Resolução do
Conselho Federal de Educação, que estabelece o currículo mínimo dos Cur-
sos de Graduação em Medicina e que, conforme a mesma Resolução, devem
preceder o Internato;
3
o
) quatro das escolas declaram oferecer, regularmente, três, ou quatro,
disciplinas durante o estágio, entre elas, Pediatria, Medicina Legal e Deon-
tologia, Medicina do Trabalho, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Aneste-
sia, Ortopedia e Traumatologia, Doenças Infecciosas e Parasitárias. Regis-
tre-se que, numa delas, as três disciplinas estão sendo oferecidas, nessa fase,
pela última vez.
Citem-se outros dados: numa dessas escolas, existe uma Comissão de
Estágio e Internato, para tratar do "estágio de quintanistas" e do "internato
dos sextanistas"; noutra, os professores entrevistados informaram da duração
de 4 semestres e, mais adiante, referiram a existência de Comissão encarre-
gada de estudar a "ampliação do Internato para 4 semestres", ou seja, tornar
esses semestres livres de cargas horárias disciplinares; por sua vez, outros
QUADRO 9
Regime do Internato nas Escolas Médicas do Espírito Santo e
do Rio de Janeiro
Escolas
A ....
B
C
D . ...
E
F
G ....
H ....
I
J
K . ...
L
M ....
N ... .
O ....
Duração
(semestres)
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Início/
Término
jan./dez.
ago./jul.
fev./nov.
jan./nov.
jan./nov.
ago./jun.
jan./nov.
jan./dez.
jan./nov.
jan./dez.
jan./dez.
jan./jun.
jan./nov.
jan./nov.
jan./nov.
jan./dez.
jun./jul.
jan./nov.
jan./nov.
CHS
40
30
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
40
24
40
Férias
(dias)
10
-
-
-
X
30
X
-
-
-
30
15
-
Faltas
(%)
25
20
-
30
X
-
20
25
25
25
-
25
25
-
Observações
Ampliação para 4
semestres em 1987
Ampliação para 11
meses em 1983
Ampliação para 3
semestres 2
o
/1982
-
-
Estudos para
ampliação
-
Estudos para
ampliação
-
Ampliação para 15
meses em 1982
-
-
-
-
entrevistados consideram desnecessária sua ampliação, "porque o 5
o
ano já
funciona como Internato"; em uma outra, utilizou-se a expressão "pré-
internato" para designar os estágios dos 2 primeiros semestres, uma espécie de
fase intermediária entre o ensino das disciplinas anteriores, predominante-
mente informativo, fora de ambiente hospitalar, e o treinamento pré-profis-
sional dos 2 últimos semestres; ainda noutra, em que os Internosm bolsas de
estudo, somente os sextanistas as recebem.
QUADRO 10
Regime do Internato nas Escolas Médicas deo Paulo
Escolas
A ....
B
C
D ....
E
F
G ....
H ....
I
J
K. ....
L
M . ...
N ....
O ....
P
Q ....
R
Duração
(semestres)
4
4
2
4
4
3
4
4
2
2
4
2
4
2
2
4
2
4
Inicio/
Término
dez./dez.
fev./dez.
jan./nov.
jan./dez.
jan./nov.
jan./dez.
ago./dez.
dez./nov.
jan./dez.
jan./dez.
jan./dez.
jul./jun.
-
jan./nov.
jan./dez.
dez./dez.
jan./dez.
jan./dez.
jan./dez.
jan./dez.
CHS
>40
>40
>40
>40
>40
>40
40
>40
40
40
>40
>40
40
>40
40
40
>40
40
Faltas
(%)
-
30
30
-
30
25
25
25
25
25
25
30
25
-
25
25
25
25
Observações
-
-
-
-
Estudos para ampliação
-
-
-
Estudos para ampliação
-
Estudos para ampliação para
12 meses
-
Estudos para ampliação
-
-
-
-
QUADRO 11
Tipo de Internato nas Escolas Médicas deo Paulo
Escolas
Tipos de Internato
Observações
A Rotativo
B Rotativo/periodo eletivo
C Rotativo
D Rotativo
E Rotativo
F Rotativo/periodo eletivo
G Rotativo/período eletivo
H Rotativo/período eletivo
I Rotativo/períodos eletivos
Eletivo em área com duração de 6
meses
Estágio rural com duração de 1s
Eletivo em área, ou especialidade,
com duração de 2 meses
Eletivo em área, ou especialidade,
duração de meses
Eletivo em área, ou especialidade,
com duração de 10 semanas
Rodízio pelas áreas é intercalado por
estágios eletivos em quatro especiali-
dades escolhidas pela totalidade dos
Internos
Professor de uma dessas escolas advertiu quanto à oportunidade de "dis-
tinguir entre Internato propriamente dito, conforme a definição oficial, e
regime de internato, que se pode aplicar a qualquer fase do curso". Para
regime de internato, encontram-se as conotações seguintes: disciplinas com
treinamento-em-serviço complementado por atividades didáticas formais, em
salas de aula; disciplinas com atividades nos dois turnos de trabalho; discipli-
nas com atividades dentro de hospitais; ausência de avaliação do rendi-
mento escolar.
Essas observações dificultam o reconhecimento dessas experiências de
estágio em 4 semestres como Internato, nos moldes da Resolução do Conselho
Federal de Educação, e mais tarde reafirmados pela Comissão de Ensino
Médico do Ministério da Educação e Cultura. Transparece, todavia, a idéia de
destinar maior tempo para essa etapa da graduação, objetivando "reduzir a
carga horária dos cursos teóricos, estimular a atividade do estudante, estreitar
a convivência entre alunos e professores, ampliar o tempo destinado a
treinamento-em-serviço", conforme justificativas de professores entrevista-
dos.
Decorrência, também, de dados anteriormente aludidos, é a multiplici-
dade de programas que correspondem à modalidade de Internato rotativo, que
o desde o rodízio por tempos iguais nas quatro áreas até a uma sucessão de
inúmeros estágios de duração muito variável (de 2 a 13 semanas), que se
podem fazer em especialidades da Clínica Médica e da Cirurgia, ou em
Psiquiatria, Tocoginecologia, Pediatria, Saúde Pública, Endoscopia e Ra-
diologia.
Como razões para o tipo eletivo, ou para a existência de periodo eletivo
na modalidade rotativa, foram citadas: expectativas dos alunos; preparação
para a Residência Médica; formação especializada complementar á geral;
prestígio de professores; falta de consenso entre professores quanto ao tipo de
Internato; impossibilidade de absorver todos os Internos em determinadas
áreas.
Em duas escolas, os programas de Internato incluem ums de estágio
rural, havendo previsão para seu início, no próximo ano, numa terceira escola.
Entretanto, mais de um terço das escolas - cinco oficiais e duas particulares -
utilizam serviços básicos de saúde para o treinamento de Internos.
QUADRO 12
Porcentual de Internos que estagia fora dos Hospitais de
Ensino das Escolas Médicas de Minas Gerais
Locais de estágio e distribuição dos Internos
O Quadro 12 mostra o porcentual de Internos que faz o estágio fora dos
hospitais de ensino próprios, ou convenentes, das escolas de Minas Gerais.
Do total desses Internos cerca de 20% estão em hospitais situados em Belo
Horizonte, em sua maioria pertencentes à rede oficial (60%), e 11 % estão fora
do Estado (7% emo Paulo e 4% distribuídos por Rio de Janeiro, Goiás e
Amapá), a maioria em hospitais privados (70%).
A
B
C
D
E
F
G ....
H ....
I
Escolas
Internos
(%)
>40
-
> 10
< 5
30
80
40
20
100
Instituições
(f)
>10
-
> 5
2
4
>10
> 5
2
5
QUADRO 13
Porcentual de Internos que estagia fora dos Hospitais de
Ensino das Escolas Médicas do Espírito Santo
e do Rio de Janeiro
Quanto às escolas do Espírito Santo e Rio de Janeiro, foi possível verifi-
car que, do total de Internos de suas quinze escolas, cerca de 30% estão em
treinamento em hospitais privados, ou beneficentes, (próprios, ou convenen-
tes); 10% em hospitais do INAMPS e os 60% restantes em hospitais da rede
oficial, (próprios, ou convenentes). O Quadro 13 mostra, também, o porcen-
tual de Internos que faz estágio fora dos hospitais de ensino dessas escolas.
Perfazem 41 % do total de Internos desses dois Estados, sendo que 30% estão
nesses mesmos Estados e 11 % assim distribuídos: 8% emo Paulo e 3% em
Minas Gerais, Goiás e Paraná.
Quanto às escolas do Estado deo Paulo, cabe registrar que todos os
Internos dessas escolas realizam o estagio em hospitais situados nesse Estado
(há, somente, referência a um aluno em treinamento no Rio de Janeiro). Ape-
nas uma escola declarou a impossibilidade de manter os Internos (do último
ano) em seu hospital de ensino, por insuficiência de recursos hospitalares e
A ....
B
C
D
E
F
G ....
H ....
I
J
K ....
L
M ....
N ....
O
Escolas
Internos
(%)
30
> 45
< 5
...
> 40
...
> 60
>50
> 85
...
>50
90
85
> 40
> 80
Instituições
(f)
5
10
5
-
> 10
-
> 10
> 10
> 50
-
> 10
> 20
> 20
20
> 10
pelo número excessivo de alunos, que, por sua vez, se sentem atraídos pela
capital deo Paulo,o só porque dela procedem, mas, também, pelas opor-
tunidades de treinamento em hospitais da Previdência Social. As demais
escolasm campo de treinamento definido, dispondo de hospitais próprios,
ou em convênio com hospitais estaduais, municipais, previdenciários e, em
menor número, da rede privada.* Três escolas utilizam apenas um hospital,
sendo que nas outras esse campo de treinamento inclui dois, três, ou quatro,
hospitais. A razão básica para essa multiplicidade é completar o rodízio por
áreas, (Pediatria, Tocoginecologia, Doenças Infecciosas e Parasitárias), ou
serviços (Emergência, Ambulatório) necessários à formação geral do-
dico.
Três escolas têm, ainda nesse ano, um pequeno número de Internos dis-
persos por hospitaiso inluídos nos campos de treinamento anteriormente
referidos. Observa-se, porém, que as instituições estão empenhadas na am-
pliação desse campo, para extinguir a evasão de Internos.
Obstáculos à execução do Internato
1. Quanto aos locais de treinamento
deficiência dos serviços hospitalares próprios, ou convenentes (falta de
enfermarias gerais, de ambulatórios, de unidades de emergência,
equipamentos: funcionamento em tempo parcial)
inexistência de serviços hospitalares para convênio no local em que a
escola se situa
falta de unidades hospitalares para realização do Internato rotativo
valor exigido pelos hospitais para o convênio
desinteresse do corpo clínico pela supervisão das atividades do In-
terno
falta de mecanismos de coordenação das atividades educacionais nos
hospitais convenentes
ausência de atividades de educação continuada nos hospitais conve-
nentes
desigualdade de padrão técnico dos hospitais convenentes
2. Relativas ao corpo docente
desinteresse pelas atividades do Interno
oposição às idéias de formação geral do médico e ao Internato ro-
tativo
desinformação quanto às diretrizes atuais da educação médica
número grande de professores em regime de trabalho de 20 horas
falta de colaboração na composição das escalas de férias
3. Relativas aos internos
número excessivo
oposição ao Internato rotativo
interesse por estágio em local de sua escolha
despreparo em conhecimentos e habilidades
despreparo para aprendizagem independente
(*) Não estão incluídos dados da Faculdade de Medicina de Taubaté.
desinteresse por atividades didáticas complementares do treinamento-
em-serviço
preocupação com preparo para os concursos de seleção de Resi-
dentes
4. Relativas ao próprio programa de Internato
manutenção de estágios em especialidades
falta de unidade do programa, por força de sua fragmentação por depar-
tamentos, ou serviços, que utilizam diferentes metodologias de treina-
mento e avaliação
treinamento hospitalar exclusivo, ou predominante
falta de definição das atribuições dos Internos
falta de supervisão adequada
tempo insuficiente para o estágio
redução das atividades nos períodos de férias escolares
insuficiência do treinamento-em-serviço
insuficiência das atividades didáticas complementares do treinamento-
em-serviço
inexistência, insuficiência ou desigualdade dos critérios de avaliação
nas diversas áreas.
superposição com programas de Residência
Internos de outras escolas
As escolas deo Pauloo recebem Internos de outras instituições
(somente uma os aceita, excepcionalmente, mas está extinguindo
essa possibilidade);
A Faculdade de Medicina da UFF, a Maternidade Escola e os Institu-
tos especializados da UFRJ podem aceitá-los, mas o dadoo foi
apurado. Na UNI-RIO há um Interno de uma das escolas do
Nordeste;
Nas escolas de Minas Gerais, encontram-se quarenta e um Internos de
outras instituições, estando 85% deles na Faculdade de Ciências
Médicas de Minas Gerais.
Bolsas de estudo
Os Internos (sextanistas) recebem bolsa no valor de Cr$ 10.500,00 na
Universidade deo Paulo e na Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho.
Na UERJ,m bolsa no valor de um salário mínimo e meio os Internos -
cerca de 90% - que optam pelo programa que inclui plantões semanais, perfa-
zendo o total de 3.000 horas (o chamado Internato curricular desenvolve-se à
razão de 40 horas semanais, sem plantões).
Na UFMG, os Internos recebem bolsa no valor de Cr$ 10.000,00
durante o estágio rural.
REGIÃO SUL
São quartorze as escolas da Região: sete
federais, uma estadual e seis particulares. Nove
têm hospitais próprios. Seis têm programas de
Residência Médica credenciados, num total de
cinqüenta e três programas. Em 1981, formaram
1108 médicos e matricularam 1197 alunos no I
o
ano do Curso Médico.
TABELA 4
Internos das Escolas Médicas da Região Sul - 1°/1982
{*) Desse total, 37 deverão concluir o Internato em junho de 1983.
Fonte: Associação Brasileira de Educação Medica.
Escolas Médicas
Setor de Ciências da Saúde
Universidade Federal do Parana
Centro de Ciências da Saúde
Fundação Universidade Estadual de
Londrina
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Católica do Parana
Faculdade Evangélica de Medicina do Parana
- Sociedade Evangélica Beneficente de
Curitiba
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal de Santa Catarina ....
Faculdade de Medicina
Universidade Federal do Rio Grande
Fundação Faculdade Federal de Ciências
Médicas de Porto Alegre
Faculdade de Medicina
Fundação Universidade Federal de
Pelotas
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal de Santa Maria
Curso de Medicina
Fundação Universidade do Rio Grande
Faculdade de Medicina
Pontifícia Universidade Católica do
Centro de Ciências da Saúde c Biológicas
Universidade Católica de Pelotas
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Fundação Universidade de Caxias do Sul . . .
Faculdade de Medicina
Fundação Universidade de Passo Fundo ....
Total
Até julho
16
36
-
41
-
10
9
13
35
-
-
160
Internos
Até dezembro
172
74(*)
66
37
58
130
81
75
56
55
69
36
95
60
1064
Total
188
110
66
37
99
130
81
85
65
68
69
71
95
60
1224
Regime do Internato
Das quatorze escolas da Região, trezem o Internato em 2 semestres.
Somente no Curso Médico da Universidade Estadual de Londrina o estágio,
desde julho de 1976, estende-se por 3 semestres, assinalando-se sua possível
ampliação para 4 semestres a partir de 1984. Na Universidade Federal do
Paraná e na Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Ale-
gre existe projeto de reforma curricular no qual se destinam 3 semestres para o
estágio. Em oito, refere-se estudo, ou apenas intenção, no sentido de ampliá-
lo.
Sua duração varia de 10 a 12 meses, interrompidos por férias de 1 a 4
semanas, e com permissão para faltas de 10, ou 25%, das atividades na quase
totalidade das escolas.
Em duas escolas,o há exigência de aprovação nas disciplinas para iní-
cio do estágio.
A avaliação dos Internos se baseia, sobretudo, na observação do desem-
penho. Duas escolas referem realização de provas escritas e práticas. Numa
escola, apresentam trabalho final, de investigação, ou revisão. Os critérios,
numa mesma escola, podem variar conforme as áreas de estágio. O índice de
reprovação foi quase nulo em 1981.
Tipos de Internato
O Quadro 15 resume os modalidades de Internato nas escolas da Região.
Nas que se situam nos Estados do Paraná e Santa Catarina, o Internato é rota-
tivo, por quatro, ou cinco áreas. Há variações no Rio Grande do Sul, onde o
estágio eletivo, em duas escolas, se justifica no respeito ao direito de escolha
do estudante. Entendem essas escolas que tal direito é assegurado por lei, uma
vez que a Resolução do Conselho Federal de Educação, que dispõe sobre o
currículo mínimo dos Cursos de Medicina, estabelece que se "faculte ao aluno
adestrar-se, por sua escolha, nas tarefas específicas abrangidas pelo gênero de
atividades que irá exercer logo após a formatura e ao longo da vida pro-
fissional".
Os locais de treinamento nas áreas de estágio estão sintetizados no Qua-
dro 16.
Para exemplificar a diversidade de modelos operacionais que podem cor-
responder a Internato rotativo, citam-se:
- em ante-projeto de reforma curricular de uma das escolas, assinala-se,
entre as críticas ao modelo de estágio rotativo em vigor, que "as áreas de for-
mação geral (Pronto Socorro, Ambulatório Geral etc) estão com carga horária
bastante restrita". Sucede que, no caso, à área de Clínica Médica, por
exemplo, correspondem rodízios por serviços especializados, como Cardiolo-
gia, Nefrologia, Pneumologia e Neurologia. O ante-projeto modifica a dura-
ção dos estágios, destinando maior tempo ao treinamento em Ambulatório
Geral, Emergência e Moléstias Infecciosas e Parasitárias;
- numa escola, o estágio em Cirurgia se compõe de treinamento em
"Clínicas Cirúrgicas consideradas gerais (Cirurgia Geral e Cirurgia do
Aparelho Digestivo)", durante 50% do tempo, e de treinamento em uma das
especialidades cirúrgicas, à escolha do Interno, nos 50% restantes do tempo;
noutras, a área de Cirurgia comporta treinamento em Pronto Socorro, Anes-
tesiologia e Ortopedia.
QUADRO 14
Regime do Internato nas Escolas Médicas da Região Sul
Internato
Acerca da modelagem do Internato pelas disponibilidades dos serviços
hospitalares, transcrevem-se os comentários sobre o programa de estágio em
uma das escolas: "o programa (...) é extremamente variável, pois é dada
ênfase às áreas disponíveis no hospital escolhido pelo aluno. Assim, para dar-
mos alguns exemplos locais, os alunos que optaram pelo Hospital X desenvol-
verão programa nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Gastroenterologia,
Cardíologia, Neurologia, Cirurgia Vascular e Ortopedia, pouco aprendendo
(...) de Ginecologia-Obstetrícia e Pediatria. Já aqueles que optaram pelo Hos-
pital Y farão bom estágio em Pediatria e Cardíologia,o tendo as demais
áreas estrutura para recebê-los".
Escolas
A ....
B
C
D ....
E
F
G ....
H ....
I
J
K ....
L
M ....
N ....
Duração
(semestres)
2
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Carga
horária
semanal
> 40
40
40
40
> 40
> 40
40
> 40
40
> 40
> 40
> 40
40
40
Férias
(dias)
-
20
-
-
10
7
-
30
-
15
-
30
15
15
Faltas
(%)
10
25
25
-
10
25
-
10
25
10
-
25
-
__
Observações
Estudos para
ampliação
Estudos para
ampliação
-
-
Estudos para
ampliação
Estudos para
ampliação
-
-
-
-
Estudos para
ampliação
-
-
_
Em sete escolas, utilizam-se Centros e/ou Postos de Saúde para treina-
mento dos Internos. Em cinco delas,o locais de treinamento nas áreas de
Pediatria e Tocoginecologia, e, em duas, na área de Medicina Preventiva.
o foram referidas experiências com estágio rural, excetuada a que se
desenvolve na Universidade Federal de Pelotas. Nela, o Departamento de
Medicina Social implantou, em 1981, o Internato em Medicina Social para
"propiciar ao sextanista uma formação integrada e continuada nas quatro
grandes áreas de atuação médica, vinculado ao atendimento integral prestado
a uma comunidade". Em 1981 e 1982, respectivamente, quatro e seis alunos
optaram por tal modalidade de estágio, com duração de 10 meses, que se
realiza em Posto de Saúde periférico, no Hospital-Escola e em unidade hospi-
talar de um Município situado a 55 Km de Pelotas.
QUADRO 15
Tipo de Internato nas Escolas Médicas da Região Sul
Escolas Tipos de Internato
Observações
A Rotativo
B Rotativo
C Rotativo
D Rotativo
E Rotativo
F Educativo/periodo eletivo
G Eletivo
H Rotativo/periodo eletivo
I Rotativo/periodo eletivo
J Eletivo
K Rotativo/Eletivo
L ....;.. . Rotativo/periodo eletivo
M Eletivo
N Rotativo/periodo eletivo
Eletivo
Rodízio por três das quatro áreas. Período
eletivo tem duração de 3 meses
Em uma área, ou em duas especialidades,
ou. ainda, em Ciências Básicas
Período eletivo tem duração de 2 meses
Período eletivo tem duração de 4 meses
Será extinto em 1986 para implantação do
rotativo
Eletivo é feito fora do hospital de ensino
Período eletivo tem duração de 3 meses
Eletivo é feito pela maioria dos Internos, fora
do hospital local
QUADRO 16
Locais de treinamento nas áreas de estágio nas Escolas
Médicas da Região Sul
Locais de treinamento
Ambulatório geral
Ambulatório especializado
Berçário
Centro Cirúrgico
Centro de Tratamento Intensivo
Emergência
Enfermaria
Laboratório
Pronto Atendimento
Centro de Saúde
Posto de Saúde
Clinica Médica
xxxxxxx
xxxxxx
xxxxxxx
-
-
xxxx
xxxxxxx
xxxxxxxx
xxxxx
XXX
XXX
-
-
Áreas de
Cirurgia
XXXXXXX
xxxxxxx
-
xxxxxxxx
xxxxx
XXX
XXXXXXX
XXXXXXXX
xxxxx
XX
XXX
-
-
estágio
Pediatria
XXXXXXXXX
XXX
XXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXX
X
XXX
XXXXXXX
XXX
XXXXXXXX
xxxxx
XXX
XXX
XXXXX
XXX
Tocoginecologia
XXXXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXXX
XXX
X
XXXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXX
XXXX
XXX
XXX
XX
Locais de estágio e distribuição dos Internos
Relativamente à distribuição dos Internos por locais de estágio, pode-
se verificar:
os Internos das escolas do Paraná fazem estágio nos próprios locais de
ensino dessas escolas;
cerca de 14% dos Internos da escola de Santa Catarina fazem o estágio
em outros locais do mesmo Estado;
nas escolas do Rio Grande do Sul, o porcentual de Internos que faz
estágio fora dos hospitais de ensino das próprias escolas varia de 5 a 70%
(Quadro 17);
conjunto desses Internos corresponde a 17% do total de Internos das
escolas do Estado, sendo que 13,5% estão no próprio Estado, 1% em outros
Estados do Sul, 2% na Região Sudeste e 0,5% no exterior;
desse total de Internos, aproximadamente, 1/3 está em hospitais ofi-
ciais, 1/3 em hospitais privados e 1/3 em outras escolas médicas.
QUADRO 17
Porcentual de Internos que estagia fora dos Hospitais de
Ensino próprios, ou convenentes - Região Sul
A ....
B
C
D
E
F
G ....
H ....
I
J
K ....
L
M . ...
N ....
Escolas
Internos
(%)
-
-
-
-
> 10
< 5
< 5
40
25
50
30
> 5
70
70
Instituições
(f)
-
-
-
-
5
2
-
> 5
> 5
>10
> 5
> 5
>10
>15
Internos de outras escolas
A UFPR recebe Internos das Universidades Federais do Amazonas e
de Alagoas, tendo, no momento, dois desses alunos;
cinco escolas do Rio Grande do Sul recebem alunos de outras escolas
do Estado. Aproximadamente 5% do total de Internos do Estado deslocam-se
entre tais escolas, concentrando-se, mais da metade deles, na Fundação
Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. Os hospitais de
duas dessas escolas recebem taxa mensal por Interno no valor de
Cr$ 8.940,00 e Cr$ 10.000,00.
Obstáculos à execução do Internato
1. Deficiências dos serviços hospitalares
falta de hospital próprio
falta de hospitais para ensino na localidade da escola
limitação de recursos dos serviços hospitalares próprios, ou con-
venentes
falta de colaboração do corpo clínico dos hospitais convenentes
desigualdade de padrão dos hospitais convenentes
2. Deficiência da organização do Internato
falta de unidade do programa, com variação da metodologia do
treinamento e dos procedimentos de avaliação, conforme os depar-
tamentos, ou serviços.
superposição de horário das atividades de diferentes áreas de
estágio
falta de definição das atribuições dos Internos
3. Dificuldades relativas ao corpo docente
número grande de professores em regime de tempo parcial
falta de colaboração
4. Dificuldades relativas ao corpo discente
número excessivo de alunos
expectativa de treinamento em especialidade
5. Falta de legislação relativa ao Internato
REGIÃO CENTRO-OESTE
Existem quatro escolas médicas federais na
Região, porém uma está em seu terceiro ano de
funcionamento. Duas têm hospitais próprios; a
terceira utiliza hospital da Previdência Social
para a realização de suas atividades docentes e
assistenciais. um convênio para estágio em
hospital do INAMPS. Três têm programas de
Residência Médica credenciados, num total de
23programas. Em 1981, formaram 345 médicos
e efetuaram 263 matrículas no 1
o
ano do
Curso Médico.
TABELA 5
Internos das Escolas Médicas da Região Centro-Oeste
- 1/º1982
Escolas Médicas
Centro de Ciências da Saúde
Fundação Universidade Federal de
Faculdade de Medicina
Faculdade de Ciências da Saúde
Fundação Universidade de Brasilia ....
Total
Internos
Até julho
5
3
38
46
Até dezembro
47
117
53
217
Total
52
120
91
263
Fonte: Associação Brasileira de Educação Médica
Regime do Internato
O Internato ocupa 2 semestres nessas escolas, sendo que na Universi-
dade Federal de Mato Grosso do Sul e na Universidade de Brasília há estudos
com vistas á sua ampliação. Tem duração de 10 ou 11 meses, sem interrupção
para férias, com 40, ou mais, horas por semana, permitindo-se 25% de faltas
às atividades (Quadro 18). Numa das escolas,o há obrigatoriedade de apro-
vação em todas as disciplinas para início do estágio.
A avaliação dos Internos, numa escola, baseia-se na observação do
desempenho e em provas escritas e práticas; nas duas outras, somente na
observação do desempenho. Em 1981, o índice de reprovação foi nulo em
duas escolas e correspondem a 0,85: na terceira.
Tipos de Internato
Nas três escolas, o Internato é rotativo, havendo estágio rural em duas
delas, conforme observações no Quadro 18. O perfil do treinamento nas dife-
rentes áreas é esboçado no Quadro 19.
QUADRO 18
Tipo e regime do Internato nas Escolas Médicas da
Região Centro-Oeste
Escolas
A ....
B
C
Tipo
Rotativo
Rotativo
Rotativo
Duração
(semestres)
2
2
2
Internato
Início/Término
jan./nov.
jan./out.
jan./nov.
Férias
(dias)
-
Faltas
(%)
25
25
25
Observações
Estágio rural
opcional no
Serviço Médi-
co de empresa
privada locali-
zada na zona
rural, com du-
ração de 1
mês.
Estágio rural
de 1s em
programa de
extensão uni -
versitária (em
Goiás e no
Piauí)
QUADRO 19
Locais de treinamento nas áreas de estágio nas Escolas
Médicas da Região Centro-Oeste
local de treinamento
Ambulatório geral
Ambulatório especializado
Berçário
Centro Cirúrgico
CTI
Enfermaria
Emergência
Laboratório
Centro de Saúde
Posto de Saúde
Clínica Médica
XXX
-
-
-
X
XXX
xx
x
-
-
Áreas de
Cirurgia
XXX
X
-
xxx
X
XXX
XX
-
-
-
estágio
Pediatria
xx
X
XXX
-
-
XXX
XX
-
X
X
Tocoginecologia
-
XXX
-
XXX
X
XXX
XX
X
-
-
QUADRO 20
Locais de estágio e distribuição dos Internos das Escolas
Médicas da Região Centro-Oeste
Escolas
A ....
B
C
Unidades hospitalares
Hospital Universitário
Associação de Amparo à Maternidade e à Infância
(particular)
Hospital das Clinicas
Hospital Oswaldo Cruz (estadual)
Hospital Materno-Infantil (estadual)
Hospital do INAMPS
Hospital Presidente Medici (INAMPS)
Fundação Hospitalar do Distrito Federal
N° de alunos
52
60
60
60
30
Locais de estágio e distribuição dos Internos
Todos os Internos fazem o estágio nos lugares em que se situam as
escolas, nos hospitais próprios, ou convenentes. Na escola B, 50% dos alunos
fazem o estágio por três unidades hospitalares, e 50% somente no hospital da
Previdência Social (Quadro 20). A escola C tem um aluno fazendo está-
gio no exterior.
Internos de outras escolas
o existem Internos originários de outras instituições nessas
escolas.
Obstáculos à execução do Internato
As principais dificuldades dizem respeito ao conflito de atribuições e de
disponibilidade para treinamento de Internos e Residentes; à falta de objetivos
e à duração limitada do estágio em cada área; ao trabalho isolado dos Departa-
mentos, comprometendo a unidade do programa; à falta de recursos, res-
ponsável pela ociosidade dos serviços hospitalares; à preparação insuficiente
dos alunos para o Internato.
Bolsas de estudo
Na escola A, os Internos recebem bolsa no valor de Cr$ 86.000,00 por
dois períodos de 15 dias de estágio rural. Na escola B,m custeadas as despe-
sas relativas ao estágio rural.
COMENTÁRIOS
De início, convém assinalar dois pontos: 1
o
) o termo Internato aindao
é de uso generalizado no universo das escolas médicas brasileiras, nas quais,
por vezes, a etapa que a ele corresponde é identificada como estágio de 6
o
ano;
2
o
) nesse universo, o Internato tambémo corresponde sempre à etapa final,
seguinte ao estudo das matérias básicas e profissionais, caracterizada por trei-
namento em serviço e livre de cargas horárias disciplinares acadêmicas.
Os dados apresentados mostram a variabilidade dos programas de
Internato, tanto nos aspectos de ordem administrativa, quanto nos de ordem
pedagógica. Observa-se semelhança dos modelos em escolas situadas num
mesmo Estado, ou Região, conforme verificação em estudos já referidos,
acerca da organização curricular dos Cursos de Medicina do Estado do Rio de
Janeiro e da Região Sul.
Do ângulo da administração escolar, o Internato, muitas vezes impro-
priamente registrado como disciplina, orienta-se pelos dispositivos que regem
todo(s) o(s) Curso(s) de Graduação na instituição isolada, ou universidade.
Como decorrência, a ele se aplicam as mesmas prescrições relativas às
disciplinas.
Em diversas escolas, referiram-se mecanismos de desestímulo às faltas:
inclusão da assiduidade entre os atributos para a avaliação do desempenho do
Interno; cancelamento da bolsa de estudos; definição clara das responsabili-
dades do Interno na atividade assistencial. Reconhecem, entretanto, os profes-
sores a ineficácia desses mecanismos diante do que dispõem os Regimentos
das instituições de ensino.
A obrigatoriedade de aprovação em todas as disciplinas, como requisito
para inicio do estágio, tambémo é regra comum a todas as escolas.
Quanto às cargas horárias, semanal e total, verifica-se que algumas
escolas declararamo cumprir as que se recomendam. A notação 40 horas
reflete uma tendência, uma vez que, freqüentemente, foi ressaltada a desi-
gualdade desse valor para mais, ou para menos, entre as áreas e/ou serviços
de estágio numa mesma escola.
Relativamente à duração, identifica-se o inicio de um movimento no sen-
tido de sua ampliação para 3, ou 4 semestres, em consonância com idéias de
terminalidade do Curso, formação do médico geral, e aperfeiçoamento do
Internato rotativo, pela extensão do tempo de estágio em cada área.
Configuram-se dois tipos de Internato - rotativo e eletivo - com nítido
predomínio do primeiro tipo. Em apoio deste, foram invocadas, sobretudo, as
recomendações da reunião anual da ABEM, de 1974; a necessidade de forma-
ção de médicos gerais; a terminalidade do Curso de Graduação; as diretrizes
atuais da educação médica na América Latina. Em cerca de 20% das escolas,
é oferecido, dentro da modalidade rotativa, um estágio eletivo.
Registre-se que o Internato rotativo nem sempre representa o tipo de trei-
namento de todos os Internos de uma mesma escola; pode representar apenas
a modalidade desenvolvida em seus hospitais de ensino. Os estágios que se
realizam fora desteo são, obrigatoriamente, em rodízio. Pela lista das insti-
tuições de serviço que recebem os Internos, verifica-se que o estágio, na maio-
ria das vezes, é, de fato, eletivo, até mesmo em subespecialidades.
Acerca do Internato rotativo, além da preocupação com a exigüidade do
tempo de estágio em cada área, foram feitas criticas à falta de unidade do pro-
grama e ao treinamento em serviços especializados. A primeira crítica reflete
falhas no mecanismo de coordenação do programa. A segunda traduz a dis-
ponibilidade e/ou estrutura dos serviços hospitalares utilizados para o treina-
mento, e constitui aspecto importante no planejamento desse tipo de
Internato.
Ainda queo tenha sido possível obter a descrição dos perfis de treina-
mento de cada área de estágio, ficou evidente a multiplicidade dos modelos
correspondentes a Internato rotativo. Em Clínica Médica, ou Cirurgia, podem
corresponder a uma sucessão de estágios, em número variável, em serviços
especializados, complementados, ou não, por treinamento em ambulatórios
gerais e unidade de emergência. Isto contraria a noção essencial de treina-
mento em serviços gerais, implícita na concepção dessa modalidade de
Internato.
O treinamento é predominantemente hospitalar. É pequena a utiliza-
ção de serviços básicos de saúde, ainda que se note a tendência à inclusão,
ou ao acréscimo, nos programas, de atividades de assistência primária à
saúde.
Quanto ao Internato eletivo, tem a justificá-lo razões de circunstância. A
principal delas é a falta de serviços hospitalares, obrigando à utilização de
múltiplas unidades de saúde, inclusive especializadas; a segunda, variante da
primeira, é a impossibilidade de todas as áreas do hospital de ensino poderem
absorver todos os Internos num programa rotativo. Citam-se, ainda, como
razões freqüentes, o atendimento às expectativas dos alunos; o desacordo de
professores quanto à modalidade rotativa; a observância da prescrição legal,
que assegura o direito de o Interno "adestrar-se por sua escolha".
As dificuldades maiores ao desenvolvimento eficiente do Internato,
coincidem, ainda, com as apontadas pela Comissão de Ensino Médico, há 6
anos. Entre elas sobressai ao disponibilidade, ou a insuficiência, de hospi-
tais próprios, ou de hospitais convenentes. Isso representa o principal fator da
evasão de Internos. Na Região Norte, saem entre 30 e 60% dos alunos; no
Nordeste, em três escolas, observa-se saída entre 30 e 50%; na Região Sul, em
cinco escolas, de 30 a 70%; na região Sudeste, à custa de dezesseis escolas de
Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a evasão é da ordem de 30 a
100%. Numa das escolas do Rio de Janeiro, os Internos estão dispersos por
mais de cinqüenta instituições do mesmo, ou de outro, Estado. Saliente-se
que, em raras ocasiões, o estágio em outras unidades de saúde está em conso-
nância com a idéia de articulação ensino - serviço, ou reflete a utilização
racional de serviços locais bem equipados.
Ligado ao problema do estágio fora, está o da ausência de supervisão
adequada, por parte das escolas de origem dos Internos.
Outras dificuldades indicadaso inerentes às próprias escolas. Assim,
por exemplo, o número excessivo de alunos; a desinformação e desinteresse
do corpo docente; o despreparo do aluno ao chegar à fase de Internato; a falta
de definição de atribuições do Interno, muitas vezes conflitando com a dos
Residentes; o trabalho isolado dos departamentos, comprometendo a unidade
do programa.
A avaliação do rendimento escolaro é prática generalizada, limitando-
se, por vezes, à verificação da freqüência. Na maioria dos casos, apóia-se na
observação do desempenho do Interno. Note-se que o índice de reprovação foi
quase nulo em 1981.
Finalmente, ressentem-se as escolas da indefinição de critérios para a
seleção dos hospitais e da falta de legislação específica para o Internato.
CONCLUSÕES
Este levantamento permite, nesta oportunidade, três ordens de con-
clusões. A primeira refere-se ao reexame da legislação atual, objetivando os
necessários ajustes aos conceitos em vigor. Convém que o dispositivo legal
estimule a implantação de medidas aperfeiçoadoras do processo ensino-
aprendizagem nessa etapa da formação médica, tais como sua ampliação,
redução do período de férias e limitação das faltas permitidas. Há que rever a
exiqência de 4.500 horas prévias ao estágio, para conciliá-la com as expe-
riências de extensão do mesmo.o providências do âmbito do Conselho
Federal de Educação.
A segunda conclusão diz respeito à riqueza de elementos conceituais de
que se dispõe para o planejamento do Internato. As recomendações e criticas
que se acumularam nesses doze anos compõem um conjunto de diretrizes
suficientes para que se organizem programas integrados e coerentes, sob coor-
denação interdepartamental, com férias limitadas a períodos curtos, escalona-
das, com passagem por vários serviços, observado o critério de cuidados
médicos progressivos. Nesse sentido, a Secretaria de Educação Superior do
Ministério de Educação e Cultura e a ABEM podem criar estímulo e prestar
assessoria para a revisão dos programas atuais e implantação de modelos
alternativos.
Finalmente, ainda que reconhecidas as dificuldades e a influência de fato-
res externos às escolas médicas, cabe a estas a responsabilidade de proceder à
análise crítica desses programas e de promover as mudanças necessárias, mui-
tas delas dependentes apenas de decisões no seu próprio âmbito.
ANEXOS
Internos (11° e 12° períodos) das Escolas Médicas, segundo
as Grandes Regiões - 1°/1982
Fonte: Associação Brasileira de Educação Médica
f
303
1499
4 861
1 187
263
8113
Internos
%
3,7
18,5
60,0
14,5
3,3
100,0
Grande Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Total
Distribuição de Internos por Hospitais da Previdência Social,
segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação
-junho/1982
Grandes Regiões e
Unidade da Federação
NORTE
Amazonas
Pará
NORDESTE ....
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte . . .
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
SUDESTE
Minas Gerais
Espirito Santo
Rio de Janeiro
o Paulo
SUL
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
CENTRO-OESTE
Mato Grosso do Sul ....
Mato Grosso
Goiás
Brasília
Total
Internos
f %
220
15
32
25
38
86
24
396
24
211
161
12
12
60
60
688
32,0
2,2
4.7
3,6
5,5
12,5
3,5
57,6
3,5
30,7
23,4
1,7
1,7
8,7
8,7
100,0
Fonte: Coordenadoria de Aperfeiçoamento das Equipes de Saúde - INAMPS
Programas de Residência Médica vinculados a Escolas Médicas e
credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica,
segundo as Grandes Regiões - agosto 1982
Total
3
13
42
14
4
76
Escolas Médicas
Com programas de
Residência Médica (PRM)
1
5
20
6
3
35
Total de PRM
1
37
251
53
23
365
Fonte: Comissão Nacional de Residência Médica - SESu/MEC
Escolas Médicas e Hospitais Universitários, ou de Ensino, pró-
prios, segundo as Grandes Regiões - setembro/1982
Fede
E
2
10
9
7
4
32
rais
H
-
8
14
5
2
29
Estaduais
E
1
-
5
1
-
7
H
-
6
1
-
7
Municipais
E
-
2
-
-
2
H
-
-
1
-
-
1
Privados
E
-
3
26
6
-
35
H
-
2
14
4
-
20
Total
E
3
13
42
14
4
76
H
-
10
35
10
2
57
Fonte: SESu/MEC
Nota: A uma escola, podem pertencer dois, ou mais, hospitais
Escolas Médicas e Hospitais Universitários ou de Ensino próprios
Grandes Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Total
Grandes
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste ...
Total
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