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Presidente da República Federativa do Brasil
JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO
Ministro da Educação e Cultura
EDUARDO MATTOS PORTELLA
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ENSINO POR
CORRESPONDÊNCIA
Convênio MEC/UERJ
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
SECRETARIA DE ENSINO DE 1° E 29 GRAUS
Secretário-Geral do Ministério da Educação e Cultura
João Guilherme de Aragão
Secretária de Ensino de 19 e 29 Graus
Zilma Gomes Parente de Barros
Responsável pela Subsecretária de Ensino Supletivo
Raimunda Rodrigues
Responsável pela Coordenadoria de Educação para o Trabalho
Umberto Bragaglia
Reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Ney Cidade Palmeiro
Vice-Reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
João Salim Miguel
Sub-Reitor de Graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Hélio Barreto
Sub-Reitor de Pós-Graduação
Roberto Alcântara Gomes
Diretor do Centro de Educação e Humanidades da UERJ
Arnaldo Niskier
Integrantes do Grupo de Trabalho
Gerente
Arnaldo Niskier
Especialistas
Anna Maria de Oliveira Christiano
Guimarães Henning Heloísa Maria
Cardoso da Silva João Artur Machado
Zainko Maria Amélia Sabbag Zainko
Marlene Montezi Blois Solange
Gerardin Poirot Leobons
Consultor
Newton Sucupira
Apoio
Germano Nogueira Torres
Maria Cândida do Patrocínio Moraes
Maria Tirado Luduvice
Regina Maria Gavinho Muniz
Sandra Maria Coelho Gonçalves
APRESENTAÇÃO
A SECRETARIA DE ENSINO DE 1? E 2? GRAUS tem a satisfação
de trazer a público o relatório final sobre o projeto ENSINO POR
CORRESPONDÊNCIA.
Representa ele o resultado de meticuloso trabalho realizado por uma
equipe de especialistas da UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, coadjuvada pelo Departamento de Ensino Supletivo, hoje
SUBSECRETÁRIA DE ENSINO SUPLETIVO, desta Secretaria.
Por sua abrangência, pela metodologia utilizada, pelo rigor das ava-
liações efetuadas ao longo de três anos de paciente acompanhamento dos
cursos existentes no País, o trabalho se caracterizou pelo pioneirismo e
pela seriedade, e o relatório que ora se publica constituirá, certamente,
valiosa fonte de consulta para estudiosos interessados na inovação e no
enriquecimento da tecnologia aplicável à educação supletiva.
Com esta publicação, põe-se à disposição dos sistemas de ensino,
mais um instrumento de educação à distância, com características de
atendimento individualizado de grande eficácia na educação de adoles-
centes e adultos.
Brasília, julho de 1980
ZILMA GOMES PARÊNTESE BARROS
Secretária de Ensino de 1º e 2º Graus
ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
"A potencialidade dos cursos por correspondência não
pode continuar sendo amortecida pelas barreiras da in-
flexibilidade das resistências às mudanças e inovações.
O Ensino por Correspondência, passando a utilizar
multimeios numa concepção bem mais ampla de ensino à
distância apoiado nas Tecnologias avançadas para a
aprendizagem, vai desempenhar, daqui por diante,
imensurável papel propulsor no atingimento de objetivos
da Educação no Brasil, principalmente para aqueles que
não têm condições ou interesse de freqüentar cursos
formais."
SUMÁRIO
I O Ensino por Correspondência 14
A. Conceito e Fundamentos 14
B. O Ensino por Correspondência no Contexto da Tecnologia Educacional 16
C. O EPC em uma Perspectiva de Visão Sistêmica 19
II O EPC e a Educação Permanente 25
A. Aspectos Conceituais 25
B. Comparação entre os Princípios da Educação Permanente e da Educação
Tradicional 26
III Perspectivas do EPC no Brasil 28
A. Experiências Internacionais 28
B. Experiências Nacionais 32
1. Fundamentação Legal 32
2. Perfil Básico das Entidades que Atuam no EPC 35
a. Objetivos 35
b. Clientela 36
c. Área de Atuação 36
d. Meios 36
e. Controle 36
f. Recursos Financeiros 37
g. Recursos Humanos 37
h. Recursos Materiais 37
i. Avaliação 37
j. Estágios 38
3. Dados Informativos das Entidades que Atuam no EPC 38
4. Pesquisa Indireta 148
a. Introdução 148
b. Metodologia 150
c. Conclusões 152
IV Considerações Acerca do Aspecto Custos no EPC 162
V O Material Pedagógico
164
A. Considerações Gerais sobre os Instrumentos de Análise
164
1. Produção Editorial 165
a. Título 165
b. Glossário 165
c. Bibliografia 165
d. Edição 166
e. Sumário 166
2. Produção Gráfica 166
a. Formato 166
b. Corpo de Letra 167
c. Diagramação 167
d. Ilustração 167
e. Acabamento 167
f. Papel 167
3. Produção Didática 168
a. Objetivos 168
b. Conteúdos Programáticos 169
c. Textos 170
d. Organização 171
e. Atividades Propostas 172
f. Orientação da Aprendizagem 173
g. Avaliação da Aprendizagem 174
h. Recursos Auxiliares 175
B. Análise do Material Pedagógico e Conclusões 176
1. Produção Editorial 179
a. Título 179
b. Glossário 179
c. Bibliografia 180
d. Edição 181
e. Sumário 181
2. Produção Gráfica 182
a. Formato 182
b. Corpo de Letra 182
c. Diagramação 182
d. Ilustração 183
e. Acabamento 183
f. Papel 184
3. Produção Didática
185
a. Objetivos 185
b. Conteúdo Programático 186
c. Textos 188
d. Organização 190
e. Atividades Propostas 191
f. Orientação de Aprendizagem 193
g. Avaliação da Aprendizagem 194
h. Recursos Auxiliares 197
C. Recomendações Sobre o Material Pedagógico 198
1. Quanto à Produção Editorial 198
2. Quanto à Produção Gráfica 199
3. Quanto à Produção Didática 199
VI Caracterização da Clientela de EPC 237
Pesquisa Direta 237
A. Apresentação 237
B. Metodologia 238
C. Resultados 246
D. Conclusões 262
E. Anexos 269
VII Recomendações
VIII Reflexões sobre Educação Permanente e a Sociedade Moderna 348
IX Bibliografia
X Anexos
APRESENTAÇÃO
Ao longo de dez meses de exaustivo trabalho, foi possível questionar
de maneira adequada as potencialidades do Ensino por Correspondência
(EPC) em nosso País.
Graças à lucidez do Departamento de Ensino Supletivo do MEC, na
pessoa do seu Diretor, Professor Leonardo Carvalho Neto, o Grupo de
especialistas instituído no Centro de Educação e Humanidades da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro cumpriu as metas estabelecidas
no convênio MEC/UERJ.
A experiência nacional de EPC ainda é recente, mas já assinala al-
guns resultados apreciáveis. Verifica-se que há cursos de expressão tanto
por iniciativa do empresariado quanto em instituições oficiais ou do tipo
SENAC. Num País com a extensão do nosso, o fato deve ser assinalado
como sintoma altamente positivo.
A Lei 5.692/71 registra, no capítulo do Ensino Supletivo, as possi-
bilidades que se abrem para a educação à distância, com o pleno emprego
de um sistema de multimeios. O GT sempre teve o cuidado de considerar
o assunto dentro dessa perspectiva.
Foram feitas 58 reuniões plenárias, no campus da UERJ, afora de-
zenas de outras, por iniciativa dos subgrupos de trabalho. Tivemos ma-
terial das 31 escolas por correspondência levantadas, considerando-se os
126 cursos oferecidos ao mercado. Analisamos 35 deles, com vistas a um
possível emprego na Suplência Profissionalizante, desde que feitas as
naturais e indispensáveis adaptações.
Chegamos a realizar 37 visitas a instituições, variando desde Con-
sulados, Escolas, UTRAMIG, até o Forte Duque de Caxias (Centro de
Estudos de Pessoal do Exército) e Escola Superior de Guerra. Em todas
elas encontramos a mais ampla receptividade ao nosso trabalho.
Assim, elaboramos as tabelas para análise do material pedagógico
dos cursos selecionados, considerando-se os seus objetivos, a produção
editorial, a produção didática, a produção gráfica e os mecanismos de
avaliação da aprendizagem (item considerado talvez o mais relevante de
todos eles). As conclusões foram bastante interessantes, pois se pôde
verificar que muitos cursos são feitos para não decepcionar o aluno, daí as
facilidades existentes no processo de verificação do rendimento escolar.
Mas o aluno de EPC já se vai tornando exigente. Ao traçarmos o
perfil da clientela, com o processamento de 15.113 novos questionários,
tornaram-se evidentes os objetivos de aperfeiçoamento da clientela: a
maioria faz os cursos porque pretende melhorar de vida e outros porque
gostam do estudo; e muitos estimariam um contato pessoal com os pro-
fessores de EPC.
No traçado do perfil da clientela, surpreendentemente jovem, valemo-
nos dos estudos anterioremente realizados pelo IPEA, em 1972, num
trabalho harmonioso de intercomplementaridade. Mas é justo ressaltar a
extraordinária colaboração recebida de cinco escolas particulares de
correspondência de São Paulo: Instituto Universal Brasileiro, Dom Bosco,
Monitor, Escolas Associadas e Occidental Schools. Em várias reuniões
realizadas no Rio e em São Paulo e na distribuição e coleta dos 15.113
questionários, os seus dirigentes demonstraram grande compreensão
acerca do valor do estudo que processávamos. A esse fato pode ser
creditada boa parcela do sucesso da nossa missão. Aliás, a colaboração na
verdade foi generalizada: para que pudéssemos levar a termo a nossa
pesquisa indireta, recebemos o histórico de muitas outras escolas, o que
figura neste Relatório.
A experiência internacional demonstra o acerto de um estudo mais
acurado do EPC e sua possível aplicação, inclusive como um processo de
educação permanente, como defendeu o Professor Newton Sucupira,
membro do Conselho Federal de Educação, e que serviu ao GT como
consultor. A sua exposição é rica em considerações sobre a educação
extra-escolar, a Universidade Aberta em seu verdadeiro dimensionamento
e a educação permanente como uma conquista do nosso processo de
desenvolvimento. Hoje, pode-se estimar em 50 milhões de brasileiros os
que manifestam interesse por atividades escolares (regulares ou não),
sensibilizados pela realidade de que pode mais quem tem maior estudo.
Será justo evitar que um número mais expressivo de brasileiros tenha
acesso a algum tipo de educação?
Queremos, por fim, agradecer a oportunidade que nos foi dada pelo
DSU/MEC para a realização deste fascinante trabalho, todo ele cercado de
muito realismo, "com os pés no chão", buscando soluções na criatividade
dos nossos especialistas, como se poderá depreender no capítulo das
Recomendações. Estendemos esse agradecimento à confiança do
Professor Caio Tácito, Reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
que apoiou a iniciativa desde o nascedouro, procurando engajar a sua
instituição num projeto de vanguarda.
0 que nos anima é a certeza de que oferecemos ao sistema educa-
cional brasileiro elementos para uma séria reflexão em torno do tema.
Rio de Janeiro, 21 de setembro de 1977
Arnaldo Niskier
Gerente do Projeto
I. O ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA - COLOCAÇÕES INICIAIS
A. CONCEITO E FUNDAMENTOS
O EPC (*) é o método segundo o qual o professor deve transmitir
conhecimentos teóricos e práticos ao aluno, que não pode assistir aulas
ministradas em cursos correntes, e que estuda em local diverso, segundo
emprego de tempo determinado pelas circunstâncias de sua vida parti-
cular.
O EPC diferencia-se do autodidatismo, pois neste o contato pro-
fessor/aluno não se faz sentir, mesmo quando o estudante recebe o ma-
terial de estudo periodicamente.
O EPC supõe uma responsabilidade pedagógica por parte de quem o
ministra, no sentido de orientar passo a passo a aprendizagem do edu-
cando, procurando corrigir as lacunas que se façam sentir durante o curso
da instrução, buscando complementá-la. É redigido sempre de forma
direta, de maneira que o aluno não se sinta isolado durante a sua apren-
dizagem, mas guardando características de atendimento individualizado,
no sentido de ser ajustado à capacidade e ao ritmo de aprendizagem de
cada um.
Desenvolvido em vários países desde o século passado, o EPC acu-
mula um significativo número de experiências positivas o que, de certa
forma, oferece alguma segurança em termos de um prognóstico relacio-
nado às possibilidades incontáveis da sua utilização de forma institu-
cionalizada, sobretudo porque, apesar das suas características próprias, o
EPC também se baseia em leis gerais referentes a mudanças de com-
portamento, destacando-se a aquisição de conhecimentos, pelas quais o
aluno:
• assimila melhor aquilo que aprende, quando deseja adquirir esta
instrução;
(*) — EPC — Ensino por Correspondência.
retém melhor o que lhe é ensinado, quando mantém relação com a
sua experiência pessoal;
absorve mais rapidamente e de forma mais durável o que lhe é
ensinado, quando estes conhecimentos correspondem ao seu
nível de desenvolvimento;
necessita esforçar-se para aprender, e a consolidação imediata de
seus conhecimentos baseia-se na prática e na repetição.
Para tanto, os professores devem assumir a responsabilidade de es-
timular seus alunos, concebendo exercícios adaptáveis a seus níveis,
propondo trabalhos práticos adequados, levando-os à revista, freqüente-
mente, do que já lhe foi apresentado, consolidando, assim, conhecimentos
assimilados.
Dessa forma, a utilização do EPC pode ser enfocada sob dois as-
pectos:
utilização, por parte do aluno e de acordo com diretrizes precisas,
do material educativo que lhe é enviado e realizar diferentes
tarefas que lhe são propostas;
remessa pelo educando ao organismo responsável, do material e
dos exercícios elaborados, onde um professor se encarrega de
apreciar o trabalho, fazendo as correções necessárias e comple-
mentando-o com as explicações adequadas, de maneira a orientá-
lo no prosseguimento das tarefas, encorajando-o a perseve-rar nos
esforços.
Destaca-se, portanto, no EPC a utilização de uma técnica particular,
na qual atuam:
o autor ou redator do curso encarregado de redigir as lições de
forma simples e direta, parcelando-as de acordo com o grau de
dificuldade do assunto;
• o avaliador incumbido de corrigir os trabalhos do aluno, forne-
cendo-lhe, nas observações que formula, as indicações comple
mentares que julgar úteis.
Estas duas funções, face às condições de trabalho, muitas vezes se
acham concentradas numa só pessoa. Algumas instituições, pelo montante
de recursos de que dispõem, podem não só mantê-las em separado, como
também, dada a grande clientela atendida pelo mesmo curso, diversificar
entre vários professores a tarefa de avaliação e acompanhamento dos
trabalhos dos estudantes.
Em função da organização de um CPC (*), é importante ressaltar os
cuidados a serem observados, tais como:
para que se prepara o curso (objetivos);
para quem se prepara o curso (alunos);
que conteúdo pedagógico deve ser ministrado (currículos);
como se prepara o curso (métodos);
quem prepara o curso (redator e especialistas);
quem implementa, desenvolve e avalia o curso (equipe de pro-
fessores e avaliadores).
Estes cuidados devem estar aliados a uma atualização constante das
matérias oferecidas, sobretudo em função das modificações científicas e
metodológicas que vão permanentemente ocorrendo.
B. 0 EPC NO CONTEXTO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Não obstante as várias confusões terminológicas e o grande número
de especialistas que se dedicam ao estudo da Tecnologia Educacional,
concebendo-a sob diferentes formas e, conseqüentemente, atribuin-
(*) - CPC - Curso por Correspondência.
do-lhe vários conceitos, é imprescindível que um deles seja adotado para
efeito de melhor compreensão do posicionamento que se vem assumindo.
Dessa maneira ressalta sobretudo o apresentado, em 1970, pelo
Task Force in Instructional Technology, da Associated Organization for
Teacher Education, pela sua operacionalidade:
"uma maneira sistemática de planejar, utilizar e avaliar o processo total
de aprendizagem e ensino em termos de objetivos específicos,
baseada em resultados de pesquisas sobre aprendizagem humana e
comunicação, e empregando uma combinação de recursos humanos
e não humanos para conseguir uma instrução mais eficiente."
Entretanto, ao se adotar este conceito de Tecnologia Educacional, e
dentro dele conceber-se o Ensino por Correspondência, necessariamente
passa-se a estar alerta para os componentes do sistema educacional que
se apresentam como sendo:
"métodos e técnicas de ensino, sobretudo abordagens que utilizam
conceitos de multimeios; novas concepções de administração e
implementação por objetivos, uso de computadores, técnicas de
coleta e análise de dados."
Este conceito encerra a idéia de Sistemas de Instrução, onde entra-
das e saídas se relacionam através de processos continuamente ativados
e corrigidos pelos mecanismos de "feedback" e onde a noção de mul-
timeios assume relevância considerável.
No conceito de multimeios, o que é importante é o uso adequado de
cada meio, naquilo em que ele é mais efetivo, naquilo em que ele é mais
eficaz.
O EPC, concebido neste contexto, exige que, em termos de realidade
brasileira, o seu conceito não seja meramente decorrência da adoção de
teorias atraentes, mas que seja, sobretudo, uma forma de concepção
capaz de possibilitar uma fixação de objetivos, em termos de carências
educacionais e de prioridades nacionais (enfatizando-se aí o atendimento a
imperativos de ordem sócio-profissional e cultural).
Assim sendo, em sentido amplo pode-se atribuir ao EPC, nacional ou
internacionalmente, os seguintes objetivos:
ser instrumento de Educação Permanente, permitindo que cada
indivíduo continue a progredir, segundo as próprias necessidades
e condições em que vive;
suprir o sistema educacional do País de um meio eficaz de ensino,
que possa atingir habitantes de regiões isoladas ou insufi-
cientemente equipadas do ponto de vista escolar;
atender aos alunos que se vêem obrigados a mudar de residência,
preservando, assim, a continuidade de seus estudos;
oferecer ao educando um ensino embasado num conjunto de
disciplinas que venham a contribuir, efetivamente, para as ati-
vidades que visa desempenhar;
• promover, quando necessária, a complementação dos estudos já
iniciados pelo estudante, em cursos regulares;
guiar e aconselhar o aluno na escolha de um programa de estudos
adaptados ao seu nível de formação, ritmo de trabalho, tempo livre
para consagrar aos estudos, tendo em vista as atividades que
pretende desempenhar;
• oferecer — sob a forma de diálogo professor/aluno — um ensino
individualizado que assegure uma compreensão clara, possibili-
tando uma visão global da matéria explorada;
propiciar ao aluno um método de trabalho apropriado às disciplinas
que estuda, assegurando um conhecimento sólido da matéria e,
quando necessário, permitir uma atualização constante de seus
conhecimentos;
encorajar o aluno a um estudo regular e assíduo, alimentando seu
esforço na troca regular e freqüente de correspondência,
permitindo, desta forma, que se sinta integrado no trabalho que
realiza.
Embora apresentados em uma perspectiva de visão ampla, estes
objetivos atendem a requisitos de ordem filosófica, metodológica e psi-
cológica.
C. 0 EPC EM UMA PERSPECTIVA DE VISÃO SISTÊMICA
Como utilizar de forma mais eficiente o EPC, tendo em vista o al-
cance dos objetivos educacionais em geral e do Ensino Supletivo em
particular?
Evidentemente, resposta a uma indagação dessa natureza encontra
respaldo técnico-científico na especificação do que é imprescindível:
clara definição dos problemas que devem ser resolvidos;
familiaridade com a natureza e o uso dos recursos disponíveis;
análise das alternativas;
delineamento de soluções; — elaboração de relações não detalha-
das;
modificação do delineamento a partir de provas de sua efetividade,
para alcançar objetivos específicos;
implementação de um programa viável.
Todas essas características, inerentes ao que já se convencionou
chamar de enfoque sistêmico (System Approach), trazem consigo a ne-
cessidade de uma noção do que é, na realidade, um sistema.
Segundo Bertalanffy, que o define de forma bastante ampla, um
sistema é um conjunto de unidades, com relações entre si.
Outras definições, e estas o são em grande número, o colocam como
sendo um conjunto de partes coordenadas para realizar um conjunto de
finalidades (Churchman) ou um conjunto de partes estruturais que
cooperam na realização de formação comum (Mosquera).
O importante, entretanto, é que a adoção desse enfoque apresenta
inúmeras vantagens, podendo-se destacar entre elas:
a de proporcionar visão global dos problemas, sem omissão de
partes e aspectos;
• a de possibilitar equilíbrio entre os componentes, cuja atuação é
determinada pela função específica que exerce, na compati-
bilidade com as demais funções dentro do sistema;
a de levar a resultados mais custo-efetivos, uma vez que elimina a
duplicação de meios e resultados para o mesmo objetivo.
A reconhecida importância do enfoque sistêmico e a relevância de se
conceber o EPC como parte de um sistema, demandam que se apre-
sentem modelos como sugestões alternativas.
MODELO I
Entrada:
População potencial representada pelos indivíduos que teoricamente
poderão se valer do EPC.
Processo:
Exame do fluxo das variáveis (fatores endógenos) recursos humanos,
financeiros e materiais por níveis representados pelas funções de
suprimento, suplência, qualificação e aprendizagem e por subsistemas:
Subsistema MEC, Subsistema Público e Subsistema Privado.
Saída:
Alunos atendidos em uma ou mais funções.
Controle:
Situação reguladora do sistema, constituindo a referência do
"feedback". Será aqui representado pelos objetivos do EPC, em conso-
nância com a Estratégia Nacional do Ensino Supletivo, a qual está inserida
na Política Nacional Integrada da Educação.
Restrição:
Situação que se decompõe, metodologicamente, em ausência de di-
retrizes para a área e de planejamento desta com os recursos disponíveis
e as prioridades a que se deve obedecer, objetivando maximizar os
resultados.
Feedback:
Propriedade de ajustagem a condutas futuras por meio de desem-
penhos passados; uma parte do exsumo retorna e influencia o insumo,
modificando, sucessivamente, o exsumo e tornando-o mais efetivo. No
modelo em estudo, é processo a ser desempenhado pelo Ministério da
Educação e Cultura, através do Departamento do Ensino Supletivo.
MODELO II
Insumos:
População potencial representada pelos indivíduos que teoricamente
poderão se valer do EPC.
Processo:
Exame do fluxo interdependente dos 1°, 2º e 3º graus, numa pers-
pectiva de atendimento seqüencial ou isolado, significando que a popu-
lação pode se submeter apenas a um dos níveis e continuar a se desen-
volver fora do sistema regular, em um enfoque de Educação Permanente.
Exsumos:
População que se submeteu ao processo, recebendo instrução em
um ou mais níveis.
Controle:
Considerado como a própria situação reguladora do sistema; o
método do EPC apresenta-se aqui como ponto de referência para o
"feedback", recebendo as emanações da Educação Permanente e exer-
cendo influência direta nos insumos e no próprio processo.
Restrição:
Considerando a restrição como um elenco de fatores que pode ter
influência direta na consecução dos objetivos do sistema, encontramos
aqui a Educação Permanente caracterizada como um paradoxo do próprio
sistema, pois não obstante sua função específica, ainda se desenvolve de
forma tradicional.
Feedback:
Será exercido, no modelo presente, pelo MEC, Entidades Públicas e
Entidades Privadas.
Os modelos apresentados como sugestões alternativas não têm a
pretensão de esgotar o assunto, mercê do próprio intuito do trabalho —
Um Estudo Analítico. Entretanto, a simplificação adotada somente pre-
tendeu aflorar o problema e deixar que conjunturas futuras, e contribuições
outras, lhe dêem a versão final e mais adequada.
II. O EPC E A EDUCAÇÃO PERMANENTE
A. ASPECTOS CONCEITUAIS
Como sugere a própria terminologia empregada — Educação Per-
manente, Educação Contínua ou Ininterrupta, Continuing Education, Life —
Long Education — a primeira maneira de se conceber e que se
convencionou chamar Educação Permanente fundamenta-se numa
interpretação da educação como um processo que deve prolongar-se du-
rante a vida adulta (F. Jessup).
Entretanto, o assunto tem merecido a atenção de vários teóricos da
Educação, que lhe tem atribuído diferentes conceitos:
A verdadeira Educação Permanente nada mais é que uma modifi-
cação completa, uma reestruturação de todo o sistema de educação.
(A. Deleon)
A Educação Permanente é uma concepção dialética da Educação,
como um duplo processo de aprofundamento, tanto da experiência
pessoal, quanto da vida social global, que se traduz pela participação
efetiva, ativa e responsável de cada sujeito envolvido, qualquer que
seja a etapa da existência que esteja vivendo. (Pierre Furter)
Referindo-se à necessidade da formação permanente, a UNESCO se
posicionou, recentemente, da seguinte maneira:
A Educação Permanente, no sentido próprio do termo, deveria, como
toda formação, ultrapassar o caráter puramente funcional da
formação profissional. Ela deveria certamente construir um fator
essencial do desenvolvimento, mas visando ao homem como
finalidade e, portanto, à sua expansão em todos os aspectos, quer
como indivíduo, quer como membro do corpo social, tanto para a
cultura como para o lazer.
Uma série de outros conceitos poderia ser aqui arrolada. Entretanto,
a maioria deles enfatiza a necessidade de se colocar a Educação Per-
manente como processo singular que difere da Educação de Adultos e que
está, constantemente, a exigir uma renovação da concepção tradicional de
Educação, sobretudo a educação que se limita aos muros de uma escola.
Este questionamento das estruturas educativas que se torna cada dia
mais imperioso, encontra respaldo, não só na introdução de concepções
ligadas à Tecnologia Educacional — que é sobretudo uma estratégia de
inovação — mas, inclusive e enfaticamente, no total de argumentos
levantados pelo Relatório "Aprender a Ser" sob a responsabilidade de
Edgar Faure.
B. COMPARAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO PER-
MANENTE E OS DA EDUCAÇÃO TRADICIONAL
EDUCAÇÃO TRADICIONAL
EDUCAÇÃO PERMANENTE
• A Educação é um momento
particular da vida ou uma etapa
da vida (infância e juventude).
A Educação acompanha a vida
e prossegue durante toda a vi-
da. Ela é permanente, porque o
homem tem necessidade, não
só de adquirir conhecimentos
novos, mas, também, de
atualizar e, sobretudo, de não
perder os conhecimentos
adquiridos.
• A Educação é uma prepara-
ção para a vida.
Educação e vida se confundem.
• A Educação é um monopólio da
escola; processa-se dentro do
sistema escolar.
• A Educação se exerce através
de programas, instruções e re-
O monopólio da escola tende a
desaparecer. Seu papel se tor-
na limitado, porque a educação
se processa aquém e além dela.
A Educação se desenvolve com
a autogestão educativa, consti-
gulamentos, que são decididos
no alto da burocracia peda-
gógica e difundidos às bases
constituídas de educadores e
educandos, através de escalas
hierárquicas.
• A Educação se restringe à
transmissão de conhecimentos.
Educar é ensinar.
• A Educação é um conjunto de
habilidades, de hábitos e de
conhecimentos que o homem
devem adquirir para repeti-los
durante toda a sua vida. A
Educação é entendida como
um bem, no sentido de ter.
• A Educação é um elemento de
estabilização e, por vezes, até
estagnação das sociedades.
• A Educação é considerada muito
mais um bem de consumo que
de investimento.
tuindo uma forma de contestar a
dominação pedagógica.
A Educação age no próprio ser
do homem, para que ele tenha
uma constante atitude de
busca. O importante na
educação é a consciência que o
homem tem que ele próprio se
educa.
A Educação é um "processo" de
mudança mediante o qual o
homem se desenvolve, modifi-
cando-se e transformando-se a
si mesmo e ao meio em que vi-
ve. Educar é criar condições
para ser, donde educação não
pode ser entendida somente
como um bem.
A Educação tem como finali-
dade suscitar meios para que o
homem possa, continuamente,
autoformar-se e capacitar-se
para ser sujeito do desenvolvi-
mento.
A Educação é encarada como
um bem de investimento, em-
bora seu aspecto de consumo
continue a ter importância. Ela
atua no desenvolvimento e não
é apenas repercussão dele.
Tomando como ponto de reflexão um dos princípios da Educação
Permanente: "O Monopólio da escola tende a desaparecer. Seu papel se
torna limitado, porque a educação se processa aquém e além dela"
pode-se situar o papel do Ensino Supletivo na realidade brasileira. Um
Ensino Supletivo para o qual, conforme previsto em sua Estratégia
Nacional, "seja desestimulada a implantação de cursos tradicionais que
utilizem no supletivo a concepção e a metodologia do ensino regular".
Enfatizando a sua função de suprimento, que é a mais próxima da
concepção correta de Educação Permanente, a mesma Estratégia Na-
cional recomenda "sejam o rádio, a televisão ou o cinema e outros meios
utilizados para a educação permanente".
Mão descurando das demais funções — suplência, aprendizagem e
qualificação — o Ensino Supletivo brasileiro, voltado para uma clientela de
adultos, vem se valendo de todos os meios de comunicação de massa,
sobretudo daqueles que possuem maior penetração nas camadas sociais
e nas regiões mais necessitadas.
É neste contexto que se insecre o EPC, utilizado como parte de um
sistema de multimeios, almejando ser instrumento de Educação
Permanente.
III. PERSPECTIVAS DO EPC NO BRASIL
Traçar as perspectivas do EPC no Brasil sem uma rápida revisão na
literatura existente, seria correr o risco de propor-se modelos já testados e
não aprovados. Portanto, para que haja um posicionamento do problema
no tempo e no espaço, necessário se faz que sejam descritas, ainda que
em linhas bem gerais, algumas das mais significativas experiências de
ensino por correspondência desenvolvidas a nível internacional.
A. EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS
Sem desprezar a experiência bastante assistemática observada des-
de que o homem inventou a linguagem escrita como forma de comuni-
cação, pode-se considerar que a primeira escola por correspondência
funcionou na Alemanha, em 1856. Seu primeiro curso, de iniciativa pri-
vada, importou em transmissão de aulas de línguas estrangeiras.
A Suécia registra sua primeira experiência neste campo de ensino,
em 1890, levada a efeito por extensão do hábito de Hans Hermod de
corresponder-se com seus alunos. A consolidação de sua experiência se
daria, em 1898, com a criação de outros cursos, além do de contabilidade.
Face à observação das condições de trabalho de mineiros, Thomas
Foster (Pensilvânia—Estados Unidos) iniciou, em 1891, um CPC visando
fornecer conhecimentos fundamentais sobre exploração de minas e me-
didas de segurança a serem adotadas. Neste mesmo ano, a Universidade
de Wisconsin passa a estender seus cursos por meio de correspondência
e, no ano seguinte, a Universidade de Chicago organiza uma seção de
EPC dentro do Departamento de Estudos Exteriores.
Data de 1894 a primeira experiência registrada na Inglaterra, levada
a efeito por J.W. Knipe, com o objetivo de preparar candidatos à obtenção
de Certificados de Ensino.
A Austrália, em 1910, dá seus primeiros passos no ensino técnico por
correspondência, formando, através deles, inspetores de educação
sanitária para regiões rurais. Em 1914, a experiência australiana amplia-se
com o trabalho efetuado por voluntários da Escola Normal do De-
partamento de Educação do Estado de Vitória, no sentido de dispensar
educação a alunos que viviam em regiões muito isoladas.
Progressivamente, quer por iniciativas individuais, querporentida-des
de ensino, vai a correspondência servindo a outro propósito que não de
informações restritas (pessoais) e confidencias e, sim, veicular infor-
mações culturais. Sua utilização, aos poucos, amplia-se em diversos paí-
ses.
A Áustria inicia seus cursos radiofônicos de Economia Política,
utilizando-se de sistemas de multimeios, compreendendo emissões ra-
diofônicas, documentos de acompanhamento escritos, sob a forma de
livros ou de manuscritos, e jornadas de grupo (fase social indispensável ao
programa de ensino).
Após a Segunda Guerra Mundial, a França institui, de maneira formal,
através do Centre National de Tele-Enseignement (CNTE), a utilização da
correspondência no processo de ensino-aprendizagem.
Em 1946, o Canadá cria o Serviço de Cursos por Correspondência,
ligado ao Ministério da Educação.
A experiência belga evolui, desde 1959, data da criação do EPC,
para um reconhecimento público de seu valor, ganhando "status" legal
através de lei promulgada em 1965.
Na medida das necessidades, os diversos países foram sentindo a
obrigação de regulamentar, tal como a Bélgica, o EPC para poder vê-lo
integrando um "pool" de multimeios a serviço da teleducação.
Como experiência mais frutífera na área, há que se destacar a ex-
periência australiana, país que, devido à sua grande extensão territorial e
dispersão populacional, sentiu, desde logo, a necessidade de incluir no seu
sistema de ensino a instrução por correspondência, cujos primeiros
sucessos foram alcançados a curto prazo. Visa atender crianças im-
possibilitadas de acompanhar o ensino convencional ministrado nas es-
colas, quer por residirem em áreas inóspitas, quer por outra situação
adversa, como doença ou impossibilidades físicas pessoais. Neste país, o
ensino por correspondência também atua em nível secundário, de forma
supletiva. Visa a atender, também, famílias itinerantes, egressos de
penitenciárias, bem como adultos com dificuldades diversas de tempo e
mobilidade. Modernamente, esta forma de ensino está se sofisticando,
com o concurso de "tapes" gravados e materiais visuais, como "filmstrip" e
"slide". O rádio-transmissor vem apoiar esta iniciativa, dando origem à
escola do ar, permitindo, assim, contato verbal entre os alunos e o centro
de produção, além da correspondência.
O EPC constitui, na Polônia, uma parte essencial dos esforços de
ensino para adultos em nível universitário. Seu programa Politecknika
Telewizyjna compreende: cursos televisionados, documentos de acom-
panhamento, atividades de grupo e, evidentemente, CPC.
No Japão, desde 1951, vêm sendo transmitidos, por via radiofônica,
programas especiais para CPC.
Destinada ao grande contingente de jovens e adultos que trabalham,
mas que desejam completar seus estudos, a educação por corres-
pondência abrange, atualmente, 1º e 2º ciclos do secundário, com duração
de 4 e 5 anos, respectivamente. 0 último ano do 2º ciclo implica freqüência
à escola para satisfazer às exigências de pesquisa no campo da ciência e
das artes.
Existem, atualmente, 80 escolas de EPC para o 29 grau, totalizando
cerca de 160 mil alunos. A experiência adquirida nas transmissões de
programas para as escolas foi fator importante para o sucesso, no setor de
educação por correspondência. Os efeitos educacionais obtidos com a
utilização do rádio e da TV, nesse tipo de cursos, levou o Ministério da
Educação a legalizar, em 1957, a redução do total de horas de
escolarização compulsória para os alunos dos CPC, ou pelo rádio e TV. A
eficácia do Sistema da NHK deriva, em grande parte, da cuidadosa
elaboração dos livros-texto que informam os alunos sobre o esquema
global, o conteúdo do curso e o material necessário, além de apresentar
explicações adicionais para certos tópicos de difício apreensão.
Atualmente a NHK transmite cerca de 22 tipos de programas de
CPC, dentro da seguinte programação: 2 horas e 20 minutos semanais
através do rádio e 15 horas semanais por TV.
Visando ao aperfeiçoamento de suas transmissões no campo da
educação por correspondência, a NHK criou, em abril de 1963, a NHK
Gakven, 2
a
fase do 19 grau, com finalidade de coletar dados, testar mé-
todos e aperfeiçoar os programas, utilizando textos e programas de rádio e
TV.
Na Inglaterra foi criada a "Open University" em 1962, dirigida a
adultos, visando à educação profissional através de modernos meios de
ensino, como "kits" para montagem e experimentos, "filmstrip", rádio e TV.
A correspondência está incluída, pois é um canal efetivamente prático e
barato para veicular materiais e instruções didáticas.
Trabalhando como um verdadeiro sistema de multimeios, a "Open
University" promove uma integração total entre os mesmos e não uma
simples justaposição. Sua preocupação com o nível e a qualidade do
ensino dado tem sido uma constante.
Caracterizada como uma Universidade por Correspondência a "Open
University", que é essencialmente dinâmica, tem os seus objetivos
traduzidos em proporcionar oportunidades, em nível de graduação e pós-
graduação, de educação superior, a todos aqueles que, por qualquer
razão, foram, ou estão sendo, impedidos de atingir as suas metas, por
meio de uma instituição de ensino superior já existente.
A alta qualidade de seu material de ensino tem feito com que várias
universidades inglesas já o tenham adotado. O mesmo vem acontecendo
com estabelecimentos de ensino superior de outros países, principalmente
os de língua inglesa, motivo pelo qual a "Open University" organizou e
mantém os seus serviços de publicações, não dependendo de editora
comercial.
B. EXPERIÊNCIAS NACIONAIS
1. Fundamentação Legal
No Brasil, a documentação existente sobre cursos por correspon-
dência é ainda bastante precária, sendo, portanto, difícil traçar um perfil
histórico de sua implantação e desenvolvimento. Sabe-se, entretanto, que
uma das mais antigas instituições — as Escolas Internacionais, re-
presentantes de organizações norte-americanas— iniciou suas atividades
em 1904.
Devido à pouca importância que se atribuía a este tipo de ensino e a
muitas vezes alegada dificuldade de correios, pouco incentivo recebeu o
EPC por parte de autoridades educacionais e órgãos governamentais,
tanto estaduais quanto federais.
A ausência de legislação específica teve durante muito tempo, como
causa principal, a carência de definição para utilização deste meio. Esta
definição, no momento, tende a explicitar-se em conseqüência, não só dos
vários projetos em desenvolvimento por entidades interessadas em
equacionar o problema, mas, também, pela própria preocupação
manifestada pelo Grupo de Trabalho encarregado de elaborar a Lei 5.692
de 11 de agosto de 1971.
Assim é que este Grupo, despertado para o problema dos meios de
comunicação à distância, faz prever, no artigo 26 da referida Lei, especi-
ficamente em relação aos cursos supletivos "a utilização de rádio, tele-
visão, correspondência e outros meios de comunicação que permitam
alcançar o maior número de alunos".
Com isso, apesar da louvável preocupação, ficou até certo ponto
evidenciada uma ênfase ao EPC exatamente, apenas, no campo do En-
sino Supletivo. Aliás, isto pode ser depreendido do trecho da Lei 5.692,
que fixa as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 29 graus, no que se
refere à finalidade, abrangência e terminalidade do Ensino Supletivo.
"O Ensino Supletivo terá por finalidades:
a) suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que
não a tenham seguido ou concluído na idade própria;
b) proporcionar, mediante repetida volta à esco/a, estudos de aper-
feiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino
regular no todo ou em parte". (Cap. IV, Art. 24)
"O Ensino Supletivo abrangerá, conforme as necessidades a
atender, desde a iniciação no ensino de ler, escrever e contar e a
formação profissional definida em lei específica, até o estudo
intensivo de disciplinas do ensino regular e a atualização de co-
nhecimento.
§ 1º — Os cursos supletivos terão estrutura, duração e regime
esco/ar, que se ajustem às suas finalidades próprias e ao
tipo especial do aluno a que se destinam".
(Cap. IV, Art. 26)
Esta aparente preocupação vem enfatizar a idéia de que não se pode
estar limitado, apenas, a criar facilidades escolares para a criança e o
adolescente, mas, também, estender preocupações educacionais em re-
lação ao adulto.
Se os primeiros — crianças e adolescentes — abandonam os bancos
escolares do ensino convencional premidos, muitas vezes, por necessida-
des de sustento e não encontrando nesse tipo de ensino o respaldo ne-
cessário, os últimos — adultos — têm necessidade, senão de adquirir
conhecimentos, pelo menos de atualizar-se para uma adaptação cons-
ciente à sociedade em mudança.
Se por um lado as crianças devem ter a possibilidade de se instruir,
por outro estas possibilidades devem ser conservadas e polarizadas du-
rante sua vida adulta. As opções educacionais já devem existir a partir daí.
Para dar a todos — crianças e adultos — condições de receber a ins-
trução que lhes é indispensável, devem se concentrados esforços no de-
senvolvimento de tecnologias educacionais voltadas para todos os níveis.
A este imperativo responde com efetividade o EPC. Com o concurso de
meios atuantes de comunicação de massa, como o rádio, a televisão e o
cinema, veiculando informações educativo-culturais, nas suas mais
diversas formas, torna-se mais ampla a perspectiva deste tipo de ensino,
que, por suas características, é método único de levar instrução àqueles
que de outra forma a ela não teriam acesso.
Atualmente existem no Brasil cerca de 31 estabelecimentos de EPC,
distribuídos, em grande parte, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em sua maioria, desobrigados por legislação específica, apresentam
diretrizes ditadas pela conveniência clientela-curso, assim como são
poucos os que estão registrados em organismos oficiais, e, quando o são,
apenas nas Secretarias de Educação. Estas só registram esses cursos por
correspondência, quando há interesse por parte dos dirigentes dos
mesmos, exercendo, em alguns casos — SEC/SP — atividades de
supervisão e controle, especialmente no que tange ao material de apoio
dos cursos e avaliação final dos alunos.
Para uma visão tanto quanto possível real da situação, o GT enviou
ofício a todas as Secretarias de Educação e Conselhos Estaduais e
Territoriais, que se manifestaram com grande interesse em relação a ex-
periências utilizando este tipo de método de ensino, mas que, em sua
maioria, ainda não o utilizam.
As experiências desenvolvidas a nível de Estado pelas Secretarias,
com a aquiescência do Conselho Estadual de Educação, têm se restringi-
do à utilização do Projeto Logos II, do Departamento de Ensino Supletivo,
e de cursos elaborados pelo SENAC.
0 Estado de Goiás foi o único a afirmar, tanto através da Secretaria
de Educação quanto do Conselho Estadual, que o seu Centro de Ensino
Supletivo é munido de um setor de correspondência.
No Rio Grande do Sul desenvolve-se uma experiência de ensino à
distância, a nível local, entretanto sem ter, até o presente momento,
relatórios que apresentem resultados.
2. Perfil Básico das Entidades que Atuam no EPC
Um perfil básico das entidades particulares que desenvolvem ati-
vidades de EPC pode ser caracterizado pelos seguintes itens:
a. Objetivos
levar o ensino às mais diferentes partes do País;
permitir que o aluno estude quando lhe convier e compasse seus
estudos, em função de sua disponibilidade de tempo e capacidade
de aprendizagem;
• fornecer conhecimentos específicos sobre determinadas matérias
(profissionalizantes, de modo geral) que não são ensinadas nos
cursos regulares;
administrar conhecimentos a pessoas que, por se acharem fora da
faixa etária de atendimento escolar, não se sentem à vontade para
cursar escolas regulares;
transmitir conhecimentos a pessoas que já exercem, praticamente,
uma profissão, mas carecem de embasamento teórico;
orientar candidatos a exames especializados que os conduzam à
obtenção de um emprego.
b.
Clientela
aqueles que estiverem nas condições previstas nos objetivos fixa-
dos pela escola e tenham como pré-requisito saber ler e escrever
corretamente.
a clientela é atraída por anúncios publicados em jornais e revistas
de ampla circulação em todo País, bem como emissoras de rádio,
TV e cartas circulares.
c. Áreas de Atuação
Os cursos, entretanto, não são reservados a brasileiros exclusiva
mente. Há alguns que contam entre seus alunos elementos das
colônias portuguesas ultramarinas, países de língua portuguesa e
latino-americanos.
d. Meios
pelos levantamentos realizados pode-se verificar que estes cur
sos são transmitidos, em sua maior proporção, através de apos
tilas ou fascículos e remetidos aos alunos em função, principal
mente, dos planos de pagamento efetuados. Utilizando algumas
vezes livro-texto, o material impresso (exercícios e testes) a ele
se refere. A parte de correspondência propriamente dita é reser
vada ao aconselhamento quanto ao desenvolvimento do aluno
nos seus estudos e algumas explicações mais particularizadas
que sejam necessárias.
e. Controle
é realizado através de:
— questionários: permitem, em alguns casos, uma avaliação for
mativa (quando enviados periodicamente durante o desenrolar
do curso) e somativa, não só do desenvolvimento do próprio
aluno como também, do curso em si (clareza dos textos, nível
de dificuldade encontrada etc);
testes periódicos: avaliação constante (lição a lição, em alguns
casos) do desempenho do aluno;
teste final: avaliação global do aluno sobre seu aprendizado
durante todo o curso.
f. Recursos Financeiros
os recursos para a manutenção dessas organizações de ensino são
provenientes, em sua maior parte, dos pagamentos efetuados
pelos alunos a título de compra do material elaborado para o
curso.
g. Recursos Humanos
é muito variável o número de docentes envolvidos nessas entida-
des. Poucas são as que mantêm um corpo permanente, a maioria
contrata professores apenas para organizar o curso e redigir as
aulas, ficando as atividades de acompanhamento e avaliação por
conta exclusiva do pessoal administrativo (algumas vezes docen-
tes) da organização;
certos docentes são contratados para renovação do material di-
dático ou somente para supervisionar determinadas etapas do
curso.
h. Recursos Materiais
as entidades, de modo geral, têm sede própria e se encarregam da
impressão do material de apoio dos cursos, bem como de sua
remessa;
o volume de correspondência diária é expressivo e já levou uma
entidade de São Paulo a criar, em convênio com a ECT, sua pró-
pria agência de correios (5.000 cartas diárias).
i. Avaliação
utilizando os instrumentos de controle já mencionados, ainda
cabe acrescentar que a aprovação e conseqüente obtenção de
certificado é condicionada a "standars" estabelecidos pela ins-
tituição. Nenhuma informação cientificamente controlada foi ainda
obtida sobre a efetividade atingida por esses cursos.
j. Estágios
• Apesar da impossibilidade de ser avaliada a efetividade dos cursos,
alguns têm a preocupação de proporcionar estágios aos seus
alunos, bem como possível colocação "a posteriore". Para tal,
mantêm contatos com diversas firmas comerciais e industriais para
atender aos seus melhores alunos.
Em reção às entidades oficiais - IRDEB, CDRH, EMBRATEL, IBAM, e
outras como a ESG o CEPE e o SENAC - bem mais difícil se toma traçar
um perfil detalhado, segundo os mesmos itens, porquanto as atividades de
EPC desenvolvidas por essas entidades, constituem-se em uma pequena
parcela de suas tarefas globais ou, até mesmo, um projeto desenvolvido
pela entidade.
Faz-se mister, entretanto, que sejam destacados os cuidados que
manifestam em relação ao estabelecimento dos objetivos dos cursos, a
seleção criteriosa da clientela-alvo, a escolha de técnicas adequadas à
transmissão dos conteúdos e a rigorosa seleção de especialistas (geral-
mente equipes interdisciplinares) para a montagem dos cursos. Ainda em
termos didáticos, merecem destaque os cuidados atribuídos à avaliação da
aprendizagem, enfocando-se, quase sempre, processos e produtos.
Seus objetivos, definidos em função das necessidades e interesses,
têm como alvo uma clientela determinada em função do âmbito de ação da
entidade.
3. Dados Informativos das Entidades que Atuam no EPC
Uma visão mais detalhada do trabalho desenvolvido pelas entidades
em geral pode ser depreendida dos históricos, que buscam relatar cada
uma das experiências.
Entidade: Associação "MENS SANA"
Endereço: Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 804 — Vila Mariana
Cidade: São Paulo — Estado: São Paulo
Caixa Postal:
Histórico
A Associação "Mens Sana", juridicamente, foi fundada em 15 de
agosto de 1967, por Frei Albino Aresi, especiaizado em Parapsicologia,
com finalidades filantrópicas, terapêuticas e culturais.
A Associação iniciou suas atividades na cripta de uma Igreja, cres-
cendo em número e atendimentos. Foi aplicada a nova e revolucionária
metodologia clínico-parapsicológica no tratamento das doenças psicos-
somáticas.
Hoje a "Mens Sana" mantém 4 (quatro) clínicas no território nacional:
a matriz, em São Paulo, e filiais no Rio de Janeiro (RJ), em Brasília (DF) e
em Curitiba (PR).
Desenvolveu também a entidade o campo da aparelhagem altamente
eficiente, na recuperação de estafa mental, nas disritmias e outras
perturbações neurológicas.
Possui também o IMPAR (Instituto Nacional de Parapsicologia), para
desenvolver suas pesquisas científicas, e a SOBRAP (Sociedade Brasileira
de Parapsicologia), com a finalidade de agremiar o maior número de
brasileiros interessados na matéria.
A finalidade da Associação "Mens Sana" é tratar o homem psicos-
somaticamente integrado, completando-o com a psicoterapia religiosa
(Ministros de várias religiões). Esse processo é rigorosamente controlado:
• pelo médico psicossomático;
• pelo psicólogo;
• pelo sociólogo;
• pelo teólogo.
A equipe clínica adrede preparada cuida daqueles que procuram
ajuda, acompanhando cada caso, para que possa com segurança dar ao
mundo médico o novo método. Este método prescruta o homem em sua
totalidade psicossomática, descobrindo, assim, a verdadeira gênese
noosológica, ainda a mais escondida e inconsciente; descobrindo para
cada paciente o tratamento terapêutico mais específico.
O INPAR tem como objetivo e finalidade difundir a ciência da Pa-
rapsicologia e elevar o nível cultural do povo, afastando-o das crendices e
superstições, e atuando naqueles que buscam elucidações para os
acontecimentos paranormais que os rodeiam.
Os meios que a Entidade usa para alcançar esta finalidade são:
Cursos de Parapsicologia;
Curso de Psicologia Dinâmica.
O Curso de Parapsicologia por Correspondência já atingiu todos os
estados do Brasil e alguns países, como Portugal e Itália, tendo-se iniciado
no mês de janeiro de 1973.
Este curso pretende a educação integral da pessoa humana, forne-
cendo dados para melhor conhecimento dos mistérios da mente humana e
suas manifestações.
Público-Alvo
De maneira geral se localiza na classe média, devendo atingir aos
pais, educadores, dirigentes, subalternos, comunicadores em geral, e
"todo aquele que busca a auto-realização".
Cursos Ministrados
No auditório da "Mens Sana", desenvolvem-se os seguintes cursos:
Curso Básico de Parapsicologia;
Curso Superior de Parapsicologia;
Curso de Treinamento Autógeno, Básico e Superior;
Curso de Análise Transacional;
Curso de Musicoterapia;
Curso de Noosofiologia;
Curso de Neo-Psicanálise;
Curso de Hipnose Clínica;
loga com Meditação.
Além dos Cursos, a Entidade aplica testes parapsicológicos, voca-
cionais e de personalidade, e realiza conferências de âmbito nacional e
internacional.
O Curso de Parapsicologia por Correspondência surgiu com o obje-
tivo de atingir a uma clientela popular, para esclarecimentos, sem cono-
tação religiosa radical, visando o "Homem Total".
O custo do Curso por Correspondência é da ordem de Cr$ 400,00
(quatrocentos cruzeiros) que, incluindo as remessas, as propagandas, as
apostilas e correspondência não cobre o custo operacional, na opinião de
seus dirigentes.
Há 4 modalidades de pagamento, incluindo à vista.
Este curso tirou o 19 lugar nos livros didáticos de Parapsicologia,
apresentados no Congresso Internacional de Parapsicologia em Gênova,
sendo traduzido e adaptado para as línguas européias.
Equipe Técnica
Formada por Professores e Médicos da Associação "Mens Sana",
pelos diretores e assessores culturais do INPAR, sob a orientação técnica
do Dr. Frei Albino Aresi, com tese doutorai em Parapsicologia.
Orientação da Aprendizagem
0 curso tem a duração de um ano, podendo ser reduzido seu tempo,
a critério do aluno, não podendo, todavia, ultrapassar este período.
Ao todo são 13 apostilas, distribuídas em 7 cadernos impressos. Mo
final de cada apostila há um questionário prático sobre a matéria, para
facilitar o estudo, não sendo necessário enviar as respostas dos mesmos à
Associação.
0 curso é individual e intransferível, de didática simples e acessível,
começando com apostilas bem fáceis e crescendo, progressivamente, em
conteúdo. A última apostila contém uma bibliografia completa sobre todos
os assuntos.
6. Avaliação da Aprendizagem
Feita através da prova-teste, com 50 questões, que acompanha a
última apostila. Com 50% de acertos é conferida a aprovação.
As perguntas são feitas pelos alunos e respondidas pela Entidade,
objetivando com desenhos e outros detalhes as lições, para que possam
ser comprovadas.
A única crítica que tem chegado com freqüência à Entidade é que o
Curso é teórico, sendo deficiente em exercícios práticos.
Certificado (em anexo)
E enviado ao aluno que alcança 50% de acertos na prova-teste.
Planos Futuros
É objetívo da Entidade ampliar o curso, divulgá-lo ainda mais, re-
novando-o sempre. Esta renovação se prende às novidades e pesquisas
científicas que surgem nos laboratórios e estudos científicos da Parap-
sicologia.
Em publicação se encontra a "Cartilha de Parapsicologia" e "Pa-
rapsicologia em Quadrinhos", de autoria da "Mens Sana", na pessoa de
seu diretor e equipe.
Endereço da filial no Rio de Janeiro/RJ
• Estrada Velha da Tijuca, 1110 - Alto da Boa Vista
Entidade: C.D.R.H. - FUNDAÇÃO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE
RECURSOS HUMANOS Endereço: Av. Bartolomeu de Gusmão, 850,
fundos Cidade: Rio de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal:
Histórico
O CDRH surgiu em 15 de julho de 1975 pelo Decreto-Lei nº 202,
integrando o acervo e o pessoal de CETRERJ (Centro de Treinamento de
Professores do Estado do Rio de Janeiro), do CEDEP (Centro de
Desenvolvimento de Pessoal de Ensino), do CECIGUA (Centro de Pro-
fessores de Ciências da Guanabara), e do CETEG (Centro de Educação
Técnica do Estado da Guanabara), para evitar a multiplicação de esforços
na área de recursos humanos e atender à realidade do novo Estado.
A SEEC/RJ, através de Centros Regionais e Núcleos Comunitários,
conduz os fluxos de informações, de orientações e as medidas de caráter
pedagógico e administrativas, com delegação de competência de di-
ferentes níveis de atuação.
Para executar uma política de desenvolvimento de recursos humanos
de forma que permita esse processo pedagógico-administrativo, o CDRH
vem se utilizando de diversas estratégias para atingir a clientela envolvida
na área educacional.
Para obtenção das metas propostas em dois projetos, CDRH optou
pela alternativa do Curso por Correspondência (EPC).
As vantagens dessa estratégia foram entre outras:
poder atingir grande número do pessoal do magistério de loca-
lidades as mais distantes desde que servidas pelo correio.
poder atualizar, aperfeiçoar e especializar o pessoal de magistério
"em serviço", com a vantagem adicional, quando for o caso, de
utilizar seus alunos como turma-piloto.
não estar vinculado a horários previamente fixados, como o rádio e
televisão.
preparar materiais por custos bem inferiores ao da preparação de
programas do rádio e televisão. Estas duas últimas modalidades
de curso não dispensam o material escrito, elevando assim o
custo, já bastante alto, correspondente aos seus outros elementos.
Uma série de problemas levantados, de início, levou a estudos de
diversas alternativas para que ficassem definidas as seguintes questões:
tipo de clientela, características do material, mecanismo do processo de
treinamento e agência executora.
O problema que exigiu mais tempo para a definição de uma solução
e escolha de um bom modelo foi o das características que deveria ter o
material a ser utilizado no treinamento. Por esse motivo, o desen-
volvimento do EPC foi iniciado pela elaboração de atividades-piloto de
ensino a serem utilizadas num primeiro ensaio de implantação do projeto.
Os resultados desses ensaios indicaram modificações de forma e
conteúdo que foram realizadas nas unidades desenvolvidas.
A avaliação do material em cada projeto se processou de forma di-
ferente, guardadas que foram as características próprias de cada um.
Os Projetos
Elaboração de novos materiais para o aperfeiçoamento por cor-
respondência em Ciências, de professores de 1º grau. Projeto
(CDRH- 32/76).
• Desenvolvimento de recursos humanos para implantação do Sis-
tema de Supervisão tendo em vista a dinamização do Sistema de
Supervisão a Nível de Centros e Núcleos. Projeto (CDRH —
37/76).
Público-Alvo
Projeto CDRH - 32/76 - A idéia de um Projeto de Aperfeiçoamento
de professores, em Ciências, por correspondência, surgiu da
necessidade dos professores se submeterem a um processo
permanente de atualização.
Projeto CDRH — 37/76. Objetiva capacitar os professores em
função de supervisão e inspeção para dinamização do Sistema de
Supervisão a nível de Centros e Núcleos. Constituiu-se de dois (2)
grandes grupos:
1 — elementos integrantes de equipe de programação da Asses-
soria da Supervisão Educacional e representantes da Asses-
soria de Orientação Educacional;
2 — inspetores e professores em exercício na função de super-
visão, a nível de 19 grau, 29 grau. Supletivo, Pré-Escolar,
Educação Física, Educação Artística e Cursos Livres, dis-
tribuídos pelos 64 municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Cursos Ministrados
CURSOS DURAÇÃO
PREÇO TOTAL
Nº DE
LIÇÕES
Nº DE
ALUNOS
Projeto CDRH -
32/76
(piloto)
8 meses p/
cada série
Cr$ 511.000,00
200 aulas (50
p/ cada série)
120 (testaram o
material em
3.500 alunos)
Projeto CDRH -
37/76 (piloto)
1
o
grupo 145h
-2º grupo 145 h
-
1º grupo 31 2º
grupo 31
727
Projeto CDRH -
33/77
_____
8 meses p/
cada série
-
Observações:
Fonte
Documento expedido pela A.B.T. — Dezembro/76
Consulta ao Material dos Projetos
Informações pessoais com a equipe do CDRH
Custo-aluno
Os custos tendem a tornarem-se mais baixos nos novos projetos,
uma vez que para o Projeto CDRH 32 e 37/76 foi programado e montado
todo o material que deverá ser reimpresso para novos projetos. 0 custo
aluno do CDRH — 33/77 fica da seguinte forma:
Para:
- Rede Estadual - Cr$ 150,00
- Rede Particular - Cr$ 300,00
Equipe Técnica
A equipe para a elaboração e desenvolvimento do EPC é formada
de:
especialistas em conteúdos (2) que se encarregam da seleção de
documentos, elaboração de textos e de exercícios, critérios de
avaliação, gabarito de avaliação.
assessores de Supervisão Educacional da SEEC/RJ para respon-
der às consultas formuladas pelos cursistas.
especialistas em EPC (2) para o controle e avaliação das ativida-
des.
Secretário (1) para controle da correspondência, manutenção de
arquivos e atualização de endereços.
Orientação de Aprendizagem
Projeto CDRH 32/76
O projeto consta de 200 aulas, já preparadas, 50 para cada série,
constando de fichas de professores e fichas de aluno. As aulas abrangem
os assuntos básicos de ciências:
saúde
• animais
• terra
• tempo
• fenômenos físicos
Em cada série os mesmos assuntos são abordados em níveis cada
vez mais elevados. Cada unidade do projeto é, essencialmente, um ins-
trumento de trabalho em classe onde os alunos estão envolvidos.
Usa-se uma metodologia em que os problemas são levantados sobre
fatos, observações, experimentos. A solução dos problemas é dada de
maneira a induzir o professor a dar uma aula participativa.
Cada ficha preparada reflete uma idéia fiel da dinâmica das ativi-
dades em classe. Não há explanações sobre os temas nesta parte do pro-
jeto, para que os professores não iniciem o estudo de qualquer tema, com
aulas expositivas.
O professor aprende com o projeto:
a preparar e improvisar material didático de Ciências, a partir das
coisas mais simples;
a trabalhar com seus alunos em grupos;
a discutir problemas;
a montar, controlar e acompanhar experiências simples;
conteúdos específicos da área de Ciências de modo indireto ao
realizar as atividades práticas.
Para elaboração do projeto foram consultados:
currículos de Ciências dos principais Estados;
livros especializados na área de Ciências.
O material propriamente dito consta de:
10 fichas para o professor, cada uma apresentando:
objetivos da aula;
material a ser utilizado pelos alunos e professor;
modo de preparação do material;
sugestões sobre a maneira de conduzir as atividades;
perguntas a serem feitas pelos alunos;
informações indispensáveis para o professor compreender o tema
em estudo;
10 fichas para o aluno, contendo:
o problema a ser investigado;
a lista de material ncessário para executar a atividade proposta;
figuras para ilustrar a atividade;
espaço para desenhar, explicar e responder às questões formula-
das.
— Guia do professor contendo informações sobre:
metodologia geral e específica do estudo de Ciências, sugestões
de materiais a serem empregados.
— Guia de Pronto Socorro contendo:
informações de como o professor deverá agir face aos acidentes
mais comuns que ocorrem com as crianças.
Para o Projeto CDRH — 37/76 usaram-se diferentes estratégias de
ensino, para atender à problemática da regionalização, às peculiaridades
da clientela (bastante heterogênea quanto à sua formação e experiência no
campo da Supervisão) e aos objetivos específicos do Projeto. Além do
EPC adotaram-se técnicas de módulos instrucionais e situa-ções-
problema, enunciado de uma ou mais situações típicas da Supervisão na
área legal, resolvidas com a ajuda da documentação integrante da
atividade.
Avaliação da Aprendizagem
O CDRH - 32/76 e 33/77 dispõe de ficha de avaliação da qual
constam itens específicos sobre cada tópico do projeto.
• Objetivos
• Material
• Conteúdo
Adequação do Vocabulário
Adequação da Linguagem
• Adequação das Atividades
• Motivação dos Alunos
• Tempo Gasto
Extensão e Detalhamento
• Metodologia
CDRH — 37/76. A avaliação se faz a partir da atividade 2, quando o
gabarito da atividade anterior é encaminhado, exceto nos casos em que os
cursistas não atingiram o padrão mínimo de desempenho, quando, então,
eles recebem outra folha-resposta e orientação para novo estudo.
Após a 5? lição há um teste global.
Certificado de Conclusão
São fornecidos certificados de conclusão dos quais constam as
etapas e conteúdos programáticos (CRDH — 37/76).
Caso o cursista não tenha concluído todas as etapas, o certificado
constará somente das etapas e conteúdos concluídos e nos quais o cur-
sista tenha obtido aprovação.
Perspectivas para 77/78
- Um novo projeto está programado para 77 com 400 vagas para
Educação Especial.
- Planeja-se para este biênio um projeto para Matemática, e, pos-
sivelmente, outro para Ciências, em continuação aos projetos
32/76 e 33/77 que abrangem as 1
as
quatro séries do 1º grau.
Entidade: CENTRO DE ESTUDOS DE PESSOAL DO EXÉRCITO
BRASILEIRO - SISTEMA DE TELENSINO Endereço:
Praça Almirante Júlio de Noronha, s/n - Forte do Leme Cidade: Rio de
Janeiro — Estado: Rio de Janeiro
Histórico
No Exército Brasileiro, o EPC vem se desenvolvendo, há longa data,
em Cursos Preparatórios para a Escola de Comando e Estado-Maior do
Exército e para a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.
Quando a Educação começou a reavaliar seus objetivos, a deslocar o
centro de sua preocupação do ensino para o aluno, a reconsiderar o papel
do professor, a redimensionar a própria aprendizagem, o Telensino surgiu
como 1
a
tentativa concreta de desenvolvimento do processo educacional,
segundo os novos valores acima enumerados.
Em 1974, o EPC iniciou a experiência do SETEN, embasada em
experiências anteriores, como as realizadas na Itália e em Portugal, entre
outras.
Seu objetivo: a reciclagem e atualização de conhecimentos de ofi-
ciais-alunos, conseguida através de estágios que, em linhas gerais, dife-
rem dos cursos habituais, porque surgem para atender a necessidade do
momento e são desenvolvidos em curto espaço de tempo.
O EPC, em metodologia avançada de Telensino, desenvolveu-se de
forma pioneira no Exército e na Educação Brasileira, a nível de projetos
dos países desenvolvidos, conseguindo:
individualizar a aprendizagem;
promover a reciclagem de seus recursos humanos;
reconhecer a personalidade multiforme de seu público;
utilizar recursos e meios auxiliares de seu tempo-multimeios;
• incorporar, em suas experiências de aprendizagem, alguns temas
fundamentais de seu tempo, preocupação com meios e fins, re
lações entre pessoas e grupos, e capacidade de criar o homem.
Da necessidade de fazer chegar a todos os oficiais credenciados os
estágios, sem deslocá-los de suas unidades, surge o estágio por Correspon-
dência, que, após ter sido testado experimentalmente no CEP, foi lançado
a outras organizações militares.
Atualmente, encontra-se em elaboração o Estágio para a Formação
do Orientador Educacional, que está em ritmo acelerado de confecção,
levando-se em conta a necessidade de controle do trabalho do aluno su-
pervisionado em estabelecimentos de ensino que tenham o Serviço de
Orientação Educacional estruturado.
Público-Alvo
Oficiais do Exército que já passaram por escola de aperfeiçoamento.
Cursos Ministrados Estágios
Análise Ocupacional (AO) — Objetivo: habilitar professores, ins
trutores, pessoal de divisão de ensino e oficiais em função de
chefia de 3
a
Seção da área do DEP para realizarem e orientarem o le
vantamento e a descrição de funções enerentes a cargos existen
tes no Exército, a fim de possibilitar determinação mais precisa
e clara de objetivos educacionais.
Operacionalização de Objetivos Educacionais (00E) - Objetivo: a
mesma clientela do anterior, com a finalidade de assegurar a
implantação da metodologia de elaboração e revisão de currículos.
Atualização Pedagógica (AP) — Objetivos: habilitar professores
dos Colégios Militares, da Escola Preparatória de Cadetes e da
Academia Militar das Agulhas Negras a analisarem o processo edu-
cativo com fundamento nas teorias pedagógicas modernas e in-
tegrá-los às normas de organização e funcionamento do ensino no
Exército, a fim de assegurar atuação docente eficaz.
A.O. O.O.E. AP
Estágios
Oficiais
»
Civis Oficiais Civis Oficiais
1974
1975
1976
75
30
30
23
75
30
30
23
50
50
Fonte: Apostila do SETEN.
OBS.: Participaram como ouvites, em 1974, 62 oficiais do Exército, além
de oficiais de outras armas e professores civis.
Custo-Aluno
Pela fonte de consulta: "Centro de Estudos de Pessoal Sistema de
Telensino" — SETEN, foi avaliado em Cr$ 4.000,00 por aluno, incluindo-se
todo o material didático necessário, sem qualquer ônus para o estagiário
ou para a organização militar a que está vinculado.
Equipe Técnico-Pedagógica
Inclui pessoal especializado em RAV, Assessoria Pedagógica e Pro-
fessores das matérias ministradas no próprio CEP.
Orientação de Aprendizagem
Para a consecução dos objetivos optou-se pela utilização de módulos
de ensino que apresentam:
textos de leitura;
• textos programados;
conjuntos diapositivos - fita gravada;
• exercícios;
• livros;
• publicações etc.
São organizadas Unidades didáticas, precedidas de um caderno de
orientação, onde todas as etapas estão explicadas.
Na Integração de Recursos vamos encontrar o seguinte roteiro:
texto de leitura;
• audiovisual;
• fita gravada;
• texto programado;
• indicação de bibliografia;
exercícios de aplicação (TAV - Trabalho audiovisual, com a
respectiva ficha de orientação).
Através da execução das estratégias propostas, se desenvolve o tra-
balho do estagiário.
Avaliação de Aprendizagem
No processo existe um intermediário (que é administrativo), ficando
com a tarefa de fazer o relatório do desenvolvimento das atividades e sua
aplicação.
Há, inicialmente, a divulgação do Telensino para a Entidade que será
a mantenedora; após, então, abrem-se as matrículas para os que são
obrigados a fazer por força da função que ocupam, ou vão ocupar —
"compulsados" - e para os "voluntários". De ano para ano, os "voluntários"
aumentam, absorvendo quase totalmente os "compulsados".
A unidade dos oficiais que farão o curso recebe, por carta, todo o
esquema do curso, número de horas por semana, designação do oficial
coordenador e mantém contatos telefônicos com o CEP.
Durante o Estágio como parte de cada unidade didática há os TAV
(Trabalho Audiovisual), que o estagiário desenvolve e remete ao SETEN.
Este faz de cada aluno uma ficha-conceito que, além de apresentar as
menções, se preocupa com a consecução dos objetivos afetivos. Há prova
formal que caracteriza a avaliação cognitiva.
Após o Estágio, há uma semana de trabalho ao vivo — "Semana da
Avaliação", em locais onde há maior concentração de alunos, com a
presença de instrutores, com o objetivo de avaliar o sistema.
Além desta semana, há formulários enviados aos alunos em busca,
durante a realização do estágio, de colher críticas e sugestões para reti-
ficações posteriores do processo.
Sistema de Multimeios
A SETEN, através da subseção de Comunicação Audiovisual,
elaborou os seguintes audiovisuais:
a) Atualização Pedagógica
O Herói e Seu Tempo
A Escola Muda
0 Branco Total
— Percebendo o Mundo
— Modelos Refletidos
A Descoberta do Outro
0 Homem Cinzento
— Informações, Informações
Viva a Avaliação
Medir ou Avaliar
Sim ou Não
b) Análise Ocupacional
- Vovô Artesão
— Os Limites do Provisório
— 0 Homem Cinzento
c) Operacionalização de Objetivos Educacionais
— Capuaçu
— Informações
d) Aula Inaugural
Todos os AV acima apresentados são compostos de material im-
presso, fita gravada e slides.
Certificado
O mesmo que os alunos do CEP recebem ao concluir seus cursos.
Planos Futuros
Dar estrutura final ao Estágio de Orientação Educacional, que, pela
complexidade da aplicação, depende, no momento, do Estágio Su-
pervisionado.
Observação
Anotações feitas na entrevista com a Prof? Neuza, do SETEN;
consultas feitas ao texto "O Sistema de Telensino" — fundamentos,
propósitos e expectativas; Apostila "Sistema de Telensino".
0 Desafio de Nosso Tempo
e) Divulgação
Aprender sempre, aprender hoje
Entidade:CENTRO DE SOCIALIZAÇÃO Endereço:
Rua Visconde de Pirajá, 371, apto. 201 Cidade: Rio
de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal:
16.119
Histórico
O Centro de Socialização, pessoa jurídica nº 29.271, RJ foi fundado
em 15 de agosto de 1972. A sociedade não tem fins lucrativos.
Público-Alvo
Engloba várias classes sociais, com vários níveis de escolaridade,
determinada pelo Curriculum-Vitae pedido pela Entidade a seus alunos,
em impresso fácil de ser preenchido.
Já tiveram cerca de 600 alunos — as matrículas ficam na dependên-
cia da propaganda e funcionam por impulsos descontínuos, dependendo
da verba promocional.
Atende, também, gratuitamente aos presidiários. Evasão de 1/3 dos
alunos. Houve também alunos de Portugal e África.
Cursos Ministrados
Seminário de Comunicação
— Relações Humanas
— Relações Públicas
— Liderança
Seminário de Psicologia
— Psicologia Geral
— Psicologia Infantil
Psicologia do Desenho
O Seminário de Ajustamento Social
— Educação Sexual
— Higiene Mental
— Sociologia
Seminário de Marketing
— Teoria Geral
Técnica de Vendas
Psicologia da Propaganda
Seminário de Administração
— Administração Pessoal
— Administração Material
Psicologia aplicada à administração.
Seminário de Preparação de Recepcionistas
— Etiqueta Social
Psicologia do Público
Dinâmica do Comportamento
Custo-Aluno
Cada seminário é composto de 3 cursos, e durante 4 meses, o aluno
enviará a cota de Cr$ 90,00. Um aluno faz todas as etapas por Cr$ 360,00,
incluindo os diplomas.
Orientação da Aprendizagem
Cada estágio, recebido pelo aluno, vem acompanhado de folha de
análise do rendimento que deve ser preenchida, após estudo cuidadoso.
Os erros encontrados serão corrigidos e não há a preocupação com
reprovação, exames, provas, pois o objetivo dos seminários é o estudo em
conjunto.
O aluno poderá fazer até 3 seminários ao mesmo tempo.
A Ficha de análise de rendimento tem lugar para fotografia do aluno.
Equipe Técnica
- Diretora: Dra. Fernanda Barcellos.
Certificado
O certificado de conclusão é expedido, com firma reconhecida, após
o término do seminário.
Planos Futuros
Aumentar a clientela pois material para dois mil alunos.
Entidade:CURSO DE AUXILIARES DE CLÍNICA E DE CIRURGIA
LTDA. Endereço: Rua Barão de
Mesquita, 701 Cidade: Rio de Janeiro — Estado: Rio
de Janeiro Caixa Postal: 24.029
Histórico
Pela necessidade do mercado de trabalho, deficiência de mão-de-
obra qualificada e pela importância de uma orientação científica capaz de
conscientizar o profissional foi implantado, em julho de 1975, o Curso por
Correspondência, sendo o funcionamento do mesmo restrito a duas salas
alugadas no Colégio Batista, à Rua José Higino, 416, RJ, sob a direção de
Maria José Bezerra de Araújo, profissional da área de Saúde.
Atualmente desenvolve junto ao futuro Centro Técnico de Enfer-
magem, sob a mesma direção, programa de iniciação ao trabalho de En-
fermagem, via supletiva, ministrado a nível inferior à 8
a
série do 1º grau,
em caráter de ocupação profissional.
Público-Alvo
Alunos com nível de conhecimento correspondente às últimas séries
do 19 grau, com preparação para as ocupações profissionais, na maioria
das vezes já exercida, atingindo todo o Brasil, principalmente as áreas
mais carentes.
Cursos Ministrados
Auxiliar de Esterilização - Sala de Operação e Instrumentação
Cirúrgica;
Noções de Enfermagem e Obstetrícia;
Noções de Enfermagem em Berçário e Pediatria;
Auxiliar de Serviços Médicos;
Auxiliar de Consultório Dentário;
• Primeiros Socorros.
Os cursos têm como objetivos:
• oferecer conhecimentos para o desempenho de funções diversas
de enfermagem;
manter convênio com hospitais para a prática profissional, em
complementação aos cursos ministrados;
atender a uma carga mínima de 300 horas, suficiente para o
exercício e formação de qualquer ocupação na área de enferma-
gem.
Os cursos são ministrados de forma assistemática para solucionar o
problema de zonas de difícil acesso, com supervisão efetiva.
Equipe Técnica
O corpo docente é constituído de duas professoras enfermeiras. A
parte técnica é assistida pela mesma equipe. A função de apoio admi-
nistrativo é composta de três datilógrafos e dois auxiliares administrativos.
Orientação de Aprendizagem
Os programas curriculares oferecidos pelos cursos são enviados ao
aluno, de acordo com plano pré-estabelecido (orientação de opção —
forma de pagamento). Cada etapa do programa possui um questionário
que será preenchido, após o domínio da matéria, e enviado à Entidade.
Durante o processo, um ofício-convênio será entregue ao diretor do
hospital local ou das proximidades da residência do aluno, solicitando
estágio prático, com supervisão de especialistas.
Ao final do Curso, o aluno receberá um certificado em branco, para
que assine e devolva, imediatamente, a fim de ser preechido e conferido
caso tenha aprovação nas avaliações a que se submeteu.
Avaliação da Aprendizagem
É feita através de:
verificação das respostas aos questionários e trabalhos programa-
dos durante o curso, onde o aluno demonstre conhecimento do
assunto;
preenchimento de fichas de atendimento hospitalar, assinada por
pessoa responsável, com firma reconhecida, provando sua
atuação junto ao doente;
duas fotografias que identifiquem o aluno estagiário em exercício
no hospital;
carta-declaração do diretor do Hospital, em que atuou, especi-
ficando como o aluno concluiu o estágio;
ficha de auto-avaliação assinada, também, pelo chefe do serviço
onde tiver estagiado;
roteiro para verificar o interesse na área profissional (condições
pessoais).
Estágio (Roteiro)
1
a
fase:
familiarizar-se com as Unidades de Saúde (visitas de observação e
sondagem);
atividades com o paciente, no que diz respeito aos cuidados de
higiene;
2º fase:
assistência aos pacientes, assumindo tarefas simples como: me
dicação por via oral, transporte de pacientes, mudança de posi
ções etc;
3
a
fase:
o aluno, de acordo com o seu aproveitamento, deverá exercer
outras tarefas de maior responsabilidade, sob a supervisão de um
funcionário qualificado.
Planos Futuros
Após a implantação do Centro Técnico de Enfermagem, este ab-
sorverá, gradativamente, os cursos que terão, então, seus títulos alterados.
Exemplo: Curso de Noções de Enfermagem em Berçário e Pediatria
passará a ser Programa de Auxiliar de Clínica Pediátrica.
O Centro terá a seu cargo três departamentos:
Departamento de Cursos Intensivos de Qualificação Profissional, a
nível de 1ºe 2º Graus;
Departamento de Treinamento e Reciclagem;
Departamento de Iniciação ao Trabalho de Enfermagem a nível de
4ª a 8ª séries do 1º Grau.
Clientela matriculada (Curso/UF)
Fonte: Estat
í
stica levantada pela pr
ó
pria entidade
-
Ano 1976.
Entidade: CURSOS ESPECIALIZADOS ULTRAMODERNOS
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 584 — Tijuca Cidade: Rio de
Janeiro — Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal:
Histórico
Os Cursos Especializados Ultramodernos surgiram da necessidade
de se trabalhar com música, através de métodos práticos e teóricos.
Atualmente, estão incluídos na firma "Uriel Fernando Azevedo Edições",
que há dez anos os mantém, sendo porém os Cursos Especializados
Ultramodernos de origem anterior, com mais ou menos 15 anos de
existência.
O método foi lançado na praça com o livro "Método de Violão", hoje
na 22
a
edição; após então partiu-se para o Curso por Correspondência.
Atualmente a firma só trabalha pelo reembolso postal, e o único curso
por Correspondência é o "Curso de Violão ou Guitarra por Cor-
respondência" com vida média de 4 a 5 anos efetivos. A direção é do
professor Fernando Azevedo.
Público-Alvo
A clientela é variada, estendendo-se, largamente, na faixa etária de 7
aos 70 anos. O nível de escolaridade é mínimo, exigindo-se, somente,
alfabetização. Atendendo a necessidade de responder às solicitações
feitas e também ao apelo comercial, há 50 alunos, espalhados pelo Brasil,
predominantemente na Região Morte e Nordeste e, num salto geográfico,
na Região Sul (Paraná e Rio Grande do Sul).
Cursos Ministrados
Através das publicações pelo reembolso postal, atendem a uma
clientela que busca aperfeiçoamento de sua profissão, ou estudo sem
professor.
A relação de publicações é a seguinte:
Método para Guitarra — solo e palheta — 4
a
edição
Método para Baixo Eletrônico — 4
a
edição (Prof. Fernando Aze-
vedo)
Bateria — Método Prático — Edgard Nunes Rocca Bituca
Estas três atendem a um público que já trabalha no ramo, facilitando
sua atuação no mercado de trabalho.
Método Prático Piano de Ouvido — Amyrton Vallim
É Fácil Tocar Órgão com Zé Maria
3.250 acordes para Violão — Fernando Azevedo
"O Gaiteiro" — Sidney Barreto
Como Compor Músicas Facilmente — Fernando Azevedo
O único que mantém as características do Ensino por Correspon-
dência é o de "Violão ou Guitarra", com duração de 7 meses. Cada mês
corresponde a uma lição que é enviada com um disco e questionário.
Equipe Técnica
O nome principal é do Prof. Fernando Azevedo e a parte adminis-
trativa que já incluiu 10 elementos, atualmente, só tem 4 elementos.
Há 8 professores atuando na orientação da aprendizagem e avalia-
ção, através de reuniões, encontros, (coletivos ou individuais).
Orientação da Aprendizagem
Cada lição (em número de 7) contém um questionário que deve ser
respondido após o aluno ter dominado o conteúdo e enviado para corre-
ção e parecer. Normalmente, somente após o envio deste questionário
respondido, outra lição é encaminhada.
Para o recebimento do Certificado há necessidade de compareci-
mento para prova.
Avaliação da Aprendizagem
Correção de questionários e a prova feita em pessoa perante os
professores, se o aluno quiser receber o certificado de freqüência.
Certificado
Só é entregue ao aluno que prestar prova na entidade, valendo como
participação e não como aproveitamento, por ser Curso Livre. Não há
registro da Escola em repartição competente.
Planos Futuros
As informações acima descritas foram dadas pelo elemento da "Uriel
Fernando Azevedo Edições". Sr. Manoel Barnabé Santos, que também
frisou que este Curso por Correspondência tende à extinção, só
continuando pelos pedidos feitos. Ficará em seu lugar uma Escola para
atendimento local, trabalhando com as Edições impressas em novas idéias
transformadas em:
Pedagogia da Música Infantil
• Flauta Doce
• Violão Normal
• Teoria Musical
• Violão Clássico
0 prédio está sendo reformado e pouco restará para o futuro do
"Curso por Correspondência para Violão e Guitarra".
Entidade: CURSOS GUANABARA DE ENSINO LIVRE Endereço:
Travessa do Ouvidor, 36 - G R. 3 — 2º andar — Centro Cidade: Rio de
Janeiro - Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal:
Histórico
Com a denominação de Cursos Politécnicos de Ensino Livre —
Guanabara, a entidade iniciou as atividades de EPC em 24 de maio de
1967, de acordo com o Registro Civil das Pessoas Jurídicas n° 17.114
(Diário Oficial de 23/5/1967) e registrado no Ministério de Indústria e
Comércio sob n? 805.764, (Diário Oficial nº 18.642, de 28/5/1967) com
inscrição no FRRI nº 333.453-00 e no CGCMF nº 33.760.158-001.
Em março de 1969 tomou a designação de CURSOS GUANABARA
DE ENSINO LIVRE, instalado, desde então, no endereço acima referido.
A Instituição tem como finalidades:
"levar a cultura para todo o Brasil;
fornecer conhecimentos específicos dentro da profissão escolhida
pelo aluno;
- aprimorar os conhecimentos de pessoas impossibilitadas de seguir
cursos regulares, por falta de escolas oficiais na localidade onde
residem;
orientar os candidatos a exames especializados;
- administrar conhecimentos a pessoas que já exerçam, pratica-
mente, profissões, desconhecendo, porém, sua parte teórica;
despertar o interesse de pessoas que não estudaram por proble
mas de idade avançada e, devido a isto, têm receio de freqüentar
os bancos escolares, por vergonha; e outras, até mesmo por fal
ta de tempo de freqüentar cursos regulares".
Público-Alvo
0 Ensino por Correspondência é aberto a todos que queiram obter
conhecimentos nos diversos cursos oferecidos pela Entidade.
Cursos Ministrados
CURSOS
DURAÇÃO
(MESES)
PREÇO
TOTAL
N?DE
LIÇÕES
Nº DE
ALUNOS
Técnico Industrial 08 Cr$ 240,00 08 49
Aux. Hospitalar 08 Cr$ 400,00 08 385
Pecuária 08 Cr$ 400,00 08 143
Inglês 08 Cr$240,00 08 29
Bolos Artísticos
e Confeitagem
08 Cr$ 320,00 08
32
Prático de
Farm
á
cia
08 Cr$ 320,00 08 103
Aux. de
Obstetr
í
cia
08 Cr$ 320,00 08 55
Pediatria (babá) 08 Cr$ 320,00 08 21
Português 08 Cr$ 240,00 08 20
Contabilidade
P
r
ática
08 Cr$ 240,00 08 58
Fonte:
Fonte: — Folhetos da Entidade
— Entrevista com membro da Equipe Administrativa
Equipe Técnica
A elaboração do material didático é feita por pessoal qualificado,
contratado para tal fim, inclusive para a reestruturação dos cursos já
existentes.
A equipe administrativa compõe-se de 3 (três) elementos.
Para a impressão do material, utilizam-se os serviços de uma editora.
Orientação de Aprendizagem
As apostilas são enviadas mensalmente aos alunos. Cada lição é
acompanhada por um teste.
Quando o aluno não apresenta aproveitamento satisfatório, é
orientado no sentido de encontrar um meio de melhor se desenvolver
(recuperação da aprendizagem).
Avaliação da Aprendizagem
Ao terminar o estudo de cada lição, o aluno responde ao teste cor-
respondente e envia à Entidade que o corrige e devolve com as devidas
orientações. Após a quarta lição recebe o teste de suficiência, elaborado
com base em toda a matéria vista até então. O resultado de cada teste fica
anotado na ficha individual, permitindo o cálculo da média aritmética, após
a correção da Prova Final.
Será considerado aprovado o aluno que obtiver a média 5 (cinco) ao
final do curso.
Certificados de Conclusão
Ao final do Curso os alunos que obtiveram a média 5 (cinco) recebem
um certificado (modelo em anexo).
Planos Futuros (77/78)
Revisão geral do Curso de Português de acordo com a Nova Or-
tografia (Lei nº 765 de 18 de dezembro de 1971).
Entidade: EMBRATEL - EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMU-
NICAÇÕES Endereço: Rua Senador Pompeu, 27 — Centro Cidade: Rio de
Janeiro — Estado: Rio de Janeiro
Histórico
Até a implantação do Ensino por Correspondência, o sistema ins-
trucional, na EMBRATEL, se fazia exclusivamente através do desloca-
mento de empregados: da massa, para o Centro de Treinamento sediado
no Rio de Janeiro, ou do instrutor para as diversas regiões de operações
da EMBRATEL.
Tal Sistema não permitia atingir a amplitude dos resultados dese-
jados, nem uma eficácia que satisfizesse os interesses da organização. 0
afastamento dos postos de serviço e o conseqüente custo de Treinamento
eram os grandes entraves à atualização e aperfeiçoamento dos
empregados.
Na busca do atingimento de resultados ideais no treinamento de
empregados, foram definidas as novas metas e os meios para atingi-las.
Fatores considerados como essenciais a serem observados no siste-
ma instrucional:
treinar o empregado sem afastá-lo do serviço diário;
atingir um maior número de empregados treinados, na Empresa;
utilizar de forma mais eficiente o núcleo de empregados do Centro;
reduzir os custos do treinamento;
uniformizar os conhecimentos e técnicas transmitidas.
Estava patente que o alcance do grande objetivo: a descentralização
do treinamento da Empresa, seria conseguido mediante a implantação
gradativa e sistemática das diferentes tecnologias de ensino à distância.
A introdução do Ensino por Correspondência, paralelamente ao
ensino convencional, facilitaria o alcance de outros objetivos comple-
mentares:
homogeneizar os conhecimentos dos candidatos aos cursos in-
tensivos convencionais, através de cursos básicos, por correspon-
dência;
fornecer, através das lições por correspondência, documentação
destinada, não só ao aperfeiçoamento técnico do empregado
participante, mas também servir como fonte permanente de
consulta, quando se fizesse necessário, em posterior situação de
trabalho;
• desenvolver uma nova sistemática de acesso funcional dentro da
Empresa, usando a prova final dos cursos por correspondência
como instrumento válido para reclassificações, desde que esta-
belecidos critérios específicos para sua aplicação.
Público-Alvo
Os Cursos por Correspondência da Embratel destinam-se a aperfei-
çar o pessoal da própria Empresa nas diversas regiões de operações.
QUADRO-RESUMO DOS CURSOS LAN
Ç
ADOS EM 1975
Observa
ç
ões:
A
p
artici
p
a
ç
ão da clientela-
p
iloto estava restrita ao 1º crédito do curso.
Cu
rsos Ministrados
Q
UADRO-RESUMO DOS CURSOS LAN
Ç
ADOS EM 1976
Custo-Aluno
"Considerando-se os objetivos pelos quais se implantava o curso por
correspondência na Empresa, a verba para a implantação permitiu um
planejamento sem quaisquer restrição de ordem financeira".
Foi levado em conta não só aumentar a eficácia do treinamento, e,
conseqüentemente, a melhoria do padrão profissional dos empregados,
mas também atingir, a curto prazo, menores custos "per capita", através
deste meio de descentralização de ensino.
Cuidados quanto à qualidade das mensagens contidas nos textos das
lições, bem como a forma de apresentação de todo o material, foram
considerados meios de atrair os empregados para a participação.
Hoje a Empresa, dos seus 10.000 empregados, conta com 4.000
matriculados nos diversos cursos por correspondência, devidamente
conscientizados da validade do método.
Considerando oito cursos em andamento, vê-se o seguinte quadro
geral de despesas:
Despesas Gerais (8 cursos): Cr$ 4.501.000,00
Preço Médio de um Curso: Cr$ 4.501.000,00 : 8 = Cr$ 562.625,00
Preço Médio de uma Lição: Cr$ 4.501.000,00 : 30 = Cr$ 116.800,00
Cr$ 116.800,00 : 4.000 = Cr§ 29,20 (Por
aluno)
Orientação da Aprendizagem
Como método para a apresentação das lições, a EMBRATEL optou
pela utilização da redação convencional, obedecendo, no entanto, aos
princípios próprios da Instrução Programada, atendendo, nas suas
diversas fases de elaboração, para as teorias da aprendizagem, con-
dicionantes que são de toda e qualquer mudança de conduta que se
deseje operada no treinado.
À equipe técnica coube a responsabilidade da transformação dos
textos elaborados pelos especialistas em assuntos técnicos, em linguagem
dentro dos padrões lingüísticos estabelecidos pela EMBRATEL.
Estabeleceu-se o Sistema de Créditos — divisão dos programas em
conjuntos de lições, cujos conteúdos atendessem ao mesmo assunto es-
pecífico.
Visando ao esclarecimento de quaisquer dúvidas que ainda perdure
após o estudo da lição, foi planejado um impresso próprio que acompanha
cada lição, onde o participante expõe as dúvidas, remetendo-as, a seguir,
ao Centro de Treinamento, responsável pela resposta imediata.
Avaliação da Aprendizagem
Em função dos objetivos do Curso por Correspondência na Empresa,
a avaliação deveria traduzir a preocupação da identificação da eficiência
no treinamento ministrado.
Além dos exercícios de fixação auto-avaliação inerente ao método,
se fez necessário a definição das demais formas de avaliação dos parti-
cipantes.
A filosofia adotada quanto à elaboração dos instrumentos de ava-
liação foi de estabelecer um grau ascendente de dificuldade, por lição.
Assim, na primeira lição de um curso, os testes são redigidos sem ques-
tões que impliquem em análises, extrapolações ou quaisquer outras ati-
vidades mentais que exijam grande esforço por parte do participante no
alcance das respostas. A partir da segunda lição, com a bagagem de co-
nhecimentos já obtidos na lição anterior e já engajados no Sistema, as
avaliações tornam-se gradativamente mais complexas, exigindo um maior
trabalho mental.
A cada teste correspondem aproximadamente 10 questões objetivas,
o que satisfaz à sistemática a ser adotada para correção.
A avaliação dos testes se faz através da emissão de conceitos
correspondentes ao número de acertos obtidos, conforme escala previa-
mente definida. A aprovação é conseqüente emissão da lição seguinte,
acha-se condicionada ao conceito "B", o que significa um percentual de
acertos na ordem de 60 a 80%.
Se era meta o real aperfeiçoamento do quadro de empregados e o
investimento que se fazia exigia um retorno que satisfizesse às necessi-
dades crescentes do desenvolvimento da Empresa, concluiu-se pela ne-
cessidade de permitir aos participantes várias oportunidades de acesso à
lição seguinte.
Para cada lição, foram então elaborados três testes: o de Verificação
de Aprendizagem, primeira avaliação da apreensão dos conhecimentos
contidos na lição; o de Recuperação, a ser remetido aos que não
conseguem obter, no primeiro, o conceito "B", considerando o mínimo
satisfatório (60% de acertos); e ainda, como nova chance aos reprovados
na primeira recuperação, é remetido Novo Teste de Recuperação.
Há entre as diversas oportunidades, um período de recuperação
propriamente dito, em que os participantes fazem um novo estudo da li-
ção-objeto da reprovação. Dessa forma, são dadas três oportunidades ao
participante, de acesso à lição seguinte. Aqueles que apesar das três
oportunidades, não conseguem alcançar o conceito de aprovação deseja-
do, conseqüentemente, são desligados do curso e impedidos de partici-
parem em quaisquer outros cursos por correspondência que vierem a ser
lançados no decorrer de um ano, a partir de seu desligamento.
Ao término de cada Crédito, englobando os conhecimentos emitidos
nas suas diversas lições, há uma Prova Final de Crédito, cuja aplicação se
faz nas diversas regiões da Empresa em que se encontram os
participantes, e sob a supervisão de empregados credenciados para essa
atividade. O conceito mínimo exigido é "R", o que significa um índice de
aproveitamento de 40 a 60% do total de acertos:
A aprovação definitiva no Crédito se estabelece através da média
ponderada entre a média aritmética dos conceitos obtidos nos diversos
testes, com peso 4, e o conceito da prova final com o peso 6. No cômputo
final, só têm condições de ingressar no Crédito seguinte aqueles que
obtêm 4 como média mínima, ou seja, os que alcancem com essa média,
o conceito "R".
A avaliação dos testes de verificação se faz considerando-se a
observância de prazos estabelecidos para a devolução da lição — 30 dias
após a remessa da lição.
Se expirado o prazo, as causas são analisadas podendo configurar-
se em desligamento definitivo do curso.
A correção se processa pela equipe administrativa através do gaba-
rito fornecido pelo professor. Todos os conceitos obtidos são anotados não
só na Ficha Controle Individual, mas também no Mapa de Andamento do
Curso, por Crédito, o que permite uma visão global do desempenho dos
participantes naquele crédito.
Sistemas de "Multimeios"
Numa primeira tentativa de aliar-se as duas tecnologias de Ensino
- ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA - TELE-AULA, ao final do primeiro
crédito do curso ARMA—201/4, veiculou-se em âmbito interno, um
programa denominado: "Esclarecimentos Finais do Crédito I
- ARM-201/4".
Os visuais apresentados eram o resultado de um sistema combinado,
com conteúdos retirados dos próprios textos para as lições por cor-
respondência.
Ao próprio professor do curso coube a apresentação.
A 5 de maio de 1976, através de aluguel dos Estúdios da TVE, sob
direção da EMBRATEL, foi gravado o programa e a 11 de maio, o pro-
grama foi veiculado para todas as regiões da EBT pelo seu próprio Centro
de TV.
Consta da programação para 77, a utilização da TV como mais um
"meio" no atingimento dos objetivos propostos no treinamento.
Equipe Técnica
A EMBRATEL não possuindo experiência, nem em seu quadro
havendo elementos conhecedores da técnica ou disponíveis para atuar na
área, definiu duas necessidades:
1. Contratação de elementos que desenvolveriam, com dedicação
exclusiva, as atividades inerentes aos cursos por correspondência;
2. Assessoramento externo que se fazia imprescindível para que se
efetivasse a implantação do sistema.
Para a segunda necessidade foram levantadas três alternativas:
1. 0 treinamento do pessoal a ser contratado se daria no próprio
Centro de Treinamento da EMBRATEL, com assessoria de en-
tidade externa com comprovada experiência em cursos por
correspondência;
2. 0 treinamento se processaria ainda no Centro de Treinamento,
com assessoria externa de um ou mais especialistas na técnica;
3. O treinamento ficaria totalmente a cargo de entidade externa,
cabendo ao Centro de Treinamento, exclusivamente, seu acom-
panhamento.
Analisadas as diversas alternativas à luz de critérios básicos estabe-
lecidos na área, foi eleito o Instituto Brasileiro de Administração Municipal
— IBAM, como organização externa que satisfaria plenamente ao
assessoramento desejado.
Através de convênio firmado EMBRATEL-lBAM, as atividades foram
iniciadas, visando à implantação do projeto.
Foram contratados pela EMBRATEL dois elementos com formação
de 39 grau, como responsáveis pela execução técnica, e dois outros, com
formação de 2ºgrau, para atividades administrativas.
Certificado de Conclusão
Embora a EMBRATEL não forneça Certificado de Conclusão, a
aprovação na Prova Final do Curso é anotada na Ficha de Controle In-
dividual, o que fornece elementos para promoções dos empregados na
Empresa.
Perspectivas para 77/78
Considerando a satisfação das metas estabelecidas para os anos
75/76, e o levantamento das necessidades de treinamento efetuado no 29
semestre de 76, no início de 77 serão lançados os cursos:
Administração de Pessoal
• Matemática Básica
Condicionamento do Ar
• Eletrônica Aplicada
Básico de Telecomunicações
A TV será utilizada muito em breve numa consagração definitiva do
telensino na Empresa. À partir de 77, conforme orientação da TELEBRÁS,
a EMBRATEL desenvolverá seu treinamento através do Sistema Modular,
o que permitirá uma exploração mais ampla da tecnologia do Ensino por
Correspondência.
Entidade: ESG - ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA
Endereço: Fortaleza de São João, Urca. Cidade: Rio de
Janeiro - Estado: Rio de Janeiro
Histórico
0 Curso de Atualização da Escola Superior de Guerra (CAESG)
realizado por Correspondência, surgiu da necessidade de atualização
dos diplomados da ESG sobre a Doutrina de Segurança e Desenvolvi-
mento Nacionais e sobre o Método para a Formulação da Política Nacional
e Planejamento Governamental (§ 3º, do Art. 24, da Seção I do Cap. V do
Regimento da ESG, de 27 de agosto de 1973).
Essa metodologia de ensino atua como estimuladora, propiciando
novos enfoques, através da mais recente documentação levantada e ela-
borada pelos Centros de Estudo da ESG.
Encontram-se entre os objetivos do Curso:
• proporcionar meios para o periódico aprimoramento de uma elite
consciente;
facilitar o interrelacionamento dos participantes através do "Livro
de Endereço dos Participantes", enviado juntamente com o
material de estudo;
promover, conseqüentemente, a troca de idéias e incentivar o es-
tudo em grupo.
Público-Alvo
O CAESG-77 destina-se, exclusivamente, aos diplomados de 1957,
62, 67 e 72 da ESG.
Os alunos são convidados dentre os formados depois de 5, 10, 15 e
20 anos, levando-se em consideração a disponibilidade dos mesmos
através de uma carta-convite.
A clientela é formada, como sabemos, de uma elite intelectual
atuante, onde encontramos ministros, generais, embaixadores, oficiais e
civis que ocupam postos de direção, professores e empresários.
Há, também, a participação de alunos de outros países, que por
motivos de trabalho fizeram a ESG e retornaram a seus países de origem,
encarregando-se o Ministério de Relações Exteriores de remeter por
malote diplomático todo o material. Assim o CAESG tem atuação em
âmbito nacional e internacional.
Curso Ministrado
CURSO DURAÇÃO Nº DE ALUNOS
Atualização 1 ano letivo 227
Fonte: Folheto de "Informações sobre o Curso de Atualização".
Entrevista com elementos do CAESG.
Custo-Aluno
0 curso é gratuito para o participante e a Entidade tem um gasto
aproximado de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros) por aluno.
Orientação da Aprendizagem
O regime de trabalho é livre, por ser um curso por Correspondência.
São ao todo 5 remessas de material.
A 1
a
remessa contém, também, o Manual Básico de 1977 (MB—77).
Cada remessa apresenta:
Notas Complementares de Estudo (NCE);
Leituras Selecionadas (LS);
folheto do Questionário (Q);
folhas de Respostas;
envelope próprio para a resposta do participante.
Assim de posse do material, o aluno deverá:
examinar toda a documentação fornecida em cada remessa.
ler e analisar, cuidadosamente, os textos aos quais concerne o
questionário (Q) remetido;
reler os textos e reexaminar as respostas cogitadas, particular-
mente, nos pontos em que aparecem dúvidas e dificuldades;
fazer revisão e correção das respostas.
"Admite-se que o participante discorde do conteúdo dos textos. Roga-
se, entretanto, que a resposta seja dada em consonância com os textos
fornecidos".
As sugestões, idéias, críticas e comentários devem ser expostos em
folhas em separado e enviados, juntamente, com as folhas de respostas
preenchidas no envelope próprio". (Manual de Informações sobre o Curso
de Atualização).
Avaliação da Aprendizagem
a avaliação dos estudos realizados é feita por meio de 5 (cinco)
questionários, que são remetidos aos participantes nas datas
previstas no Programa do Curso que está enexo ao "Manual de
Informações sobre o Curso de Atualização".
não há afirmação incorreta, mas em desacordo com o gabarito,
pela subjetividade dos assuntos tratados.
não foi constatado nenhum caso de reprovação, pelo contrário, o
nível de participação dos cursistas evidencia trabalhos de alto
gabarito que vão servir para enriquecimento do acervo da biblio-
teca da ESG.
ao final do Curso, os participantes preenchem uma ficha de ava-
liação do mesmo, propiciando assim, meios para o aprimoramento
da programação e da execução dos futuros CAESG.
Da avaliação do CAESG-76 consta a afirmativa MB em 83,5%, 13%
para B e dos restantes, dois casos consideraram de nenhuma valia o
curso.
Equipe Técnica
A Divisão de Estudos da ESG prepara os textos e critérios para a
avaliação.
Há um Coordenador Geral que é o elemento catalizador das infor-
mações e conteúdos recebidos da Divisão de Estudos da ESG, conduzin-
do a avaliação, programação e controle do Curso e uma Secretaria para os
trabalhos de datilografia, expedição de material, avaliação e arquivo.
Diploma
A ESG confere diploma ao participante que complete o Curso com
aproveitamento "Suficiente", isto é, 60% do número total de pontos dos 5
(cinco) questionários.
Perspectivas 77/78
Com o término de mais um ciclo de estudos em 77, a ESG já está
cogitando da necessidade de tornar o curso mais dinâmico no que
concerne às conferências que ali são pronunciadas e que são enviadas
escritas aos cursistas. Os estudos prosseguem em direção da possibilida-
de e viabilidade de gravarem-se as conferências e os trabalhos de deba-
tes, de forma que os cursistas das mais longínquas cidades possam ouvir
e discutir, em grupo, os assuntos das conferências.
Entidade: INSTITUTO DE BELEZA MODERNA Endereço:
Barão do Flamengo, 32 — 29 andar Flamengo Cidade: Rio
de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal: 16.037
Histórico
Traduzido do espanhol, o curso do Instituto de Beleza Moderna veio
para o Brasil como resultado do sucesso alcançado em outros países da
América Latina e por causa de muitos pedidos de inscrições recebidos
daqui.
Sendo um curso de Cosmetologia reveste-se de caráter especial,
sendo considerado um curso de beleza integral.
A Editora de Cursos Educacionais, distribui, como agência, o curso
do Instituto de Beleza Moderna.
Público-Alvo
Alunado, na sua maioria, formado do sexo feminino e das mais
variadas idades.
Curso Ministrado
CURSO Nº DE LIÇÕES CUSTO TOTAL
(*) Curso de Beleza
Integral
48
Cr$ 1.133,00 22
mensalidades
(*) O curso compõe-se dos seguintes itens:
• Cabelereira
• Make-up
• Maquilagem
• Manicure
• Pedicure
• Artística
• Dietética
• Relações Sociais
Fonte: Entrevista com Diretor Administrativo
Folhetos da Entidade
Orientação da Aprendizagem
Acompanha o Curso um manual para a realização dos deveres — "O
Manual dos Deveres". Além deste, há o "Guia do aluno" que explica
detalhadamente como estudar e aproveitar da melhor forma os en-
sinamentos teóricos e práticos.
Em cada lição há o tema de estudo e experiências de uma cosme-
tóloga profissional enriquecendo a parte prática.
Junto ao material, há sugestões para a prática dos conhecimentos
adquiridos, com conselhos úteis que a própria cursista pode usufruir, com a
ajuda do "Criador Mágico de Maquilagem", que permite realizar todas as
combinações possíveis de maquilagem de acordo com tabelas especiais.
Durante o aprendizado, as alunas contam com eficiente e rápido
serviço de consultas onde professores respondem a qualquer pergunta
formulada.
Avaliação da Aprendizagem
Há um fichário especial que retrata todo o desenvolvimento do
estudo, até a parte contábil. Os deveres são corrigidos e qualificados. No
último exame, o cursista deverá alcançar no mínimo a média 5,0 (cinco).
Caso contrário, deverá ser repetido o exame, após novo estudo.
Equipe Técnica
A entidade conta com:
1 diretor administrativo
1 diretor educacional
1 médico
1 contador
1 desenhista
9 elementos administrativos
1 tradutor particular
2 revisores
Certificado de Conclusão
Ao final do curso, alcançada a aprovação, a aluna receberá um cer-
tificado e ganhará um estojo de beleza.
Entidade: I.B.A.M. - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO
MUNICIPAL Endereço: Rua Visconde Silva, 157 — Botafogo Cidade: Rio
de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro
Histórico
Criado em 1952, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal —
IBAM está completando 25 anos de atividades. Juridicamente foi
concebido como uma sociedade civil de caráter técnico-educativo e sem
fins lucrativos. Em 1953 foi reconhecido de utilidade pública pelo Governo
Federal (Decreto nº 34.661 de 19/11/1953).
A Administração Superior do Instituto compõe-se de: Assembléia-
Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e o Conselho Diretor.
É instituição apolítica e com alto grau de continuidade administrativa,
pois é política do IBAM manter corpo técnico permanente que lhe permita
desenvolver e assegurar "know-how" próprio nas áreas de sua atuação.
A ação do IBAM não se limita aos serviços municipais. É voltada,
também, para o desenvolvimento dos serviços urbanos, sejam eles de
competência de qualquer dos níveis de governo.
Dentro de sua área de atuação, o IBAM desenvolve as seguintes ati-
vidades:
Assistência Técnica através do Centro de Estudos e Projetos,
unidade organizacional voltada para a elaboração e implementa-
ção de projetos de organização administrativa.
• Consultoria Técnica, atendimento a prefeitos e vereadores sobre
questões de Direito e Administração Municipal. (Atendimento
pessoal, por telefone ou telegrama).
Centro de Pesquisas Urbanas, desenvolvimento de estudos e pes-
quisas. Os projetos aí realizados, embora tenham conteúdos es-
peculativos, como é de se esperar no caso de trabalho dessa natu-
reza são, fundamentalmente, voltados para o fornecimento de
subsídios para a tomada de decisões pelos administradores, en-
volvendo problemas de administração, governo local e serviços
urbanos.
Serviço Editorial, onde é editada a "Revista de Administração
Municipal", bimestral, com mais de 23 anos de tiragem sem inter-
rupção. Também é editado o "Noticiário do IBAM", mensal, onde,
em forma condensada, são focalizadas notícias de interesse
imediato dos governos locais. É endereçada, gratuitamente, a
todas as prefeituras brasileiras e cerca de mil outras instituições e
autoridades. Ainda edita "Idéias e Sugestões" com o objetivo de
atualizar e aperfeiçoar os serviços locais e urbanos e "Livros"
específicos ao seu campo de atuação.
Para servir de subsídios aos municípios para a organização de suas
atividades, há uma série de modelos e manuais de Serviço.
Nos anos 56/57, a Instituição desenvolveu seu 1º programa de trei-
namento: seis cursos, todos versando sobre Contabilidade e Organização
de Serviços de Secretaria, dirigidos a servidores municipais dos estados:
Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, Bahia e Paraíba.
A partir daí, as atividades de ensino tiveram crescimento constante,
com atividades de treinamento, como parte de uma estratégia de sen-
sibilização e de preparação dos quadros da entidade assistida para a acei-
tação e implementação das idéias propostas.
No sentido de atender a novas demandas, o Instituto criou mais re-
centemente, três novos programas: — Estudo de Assuntos Metropoli-
tanos, — Aplicação do Processamento Eletrônico de Dados e Problemas
de Administração Urbana e — Desenvolvimento de um Sistema de In-
formações para o Desenvolvimento Urbano.
Em 1967 deu início ao Ensino por Correspondência, fundamenta do
em 2 fatores principais, dentre outros:
dificuldade ou impossibilidade que a freqüência de um curso no
estilo tradicional pode representar para um grande número de
servidores municipais (distância dos centros de treinamento,
ocupações funcionais);
necessidades de treinamento face às limitações do volume de
recursos disponíveis, financeiros e humanos.
Assim, o Ensino por Correspondência abre a possibilidade de se
ministrar treinamentos em massa com recursos humanos reduzidos e a
custos relativamente baixos.
Como propósitos do Ensino por Correspondência na Instituição
podemos citar:
valorização das instituições municipais;
modernização dos serviços urbanos.
Em 1969 o Instituto criou a Escola Nacional de Serviços Urbanos —
ENSUR para ministrar cursos e organizar seminários.
Público-Alvo
E originário de diversos órgãos e instituições. São servidores muni-
cipais, estaduais e federais, incluindo também de outras instituições.
E uma clientela variada, mais de 50.000 pessoas, de todas as regiões
e estados brasileiros, ligadas funcionalmente a uma série de instituições, já
passaram por programas de treinamento do IBAM ou já usaram seus
serviços.
A escolaridade dos participantes dos cursos por correspondência é
predominantemente concentrada no 2º grau mas, nos últimos anos,
esboçou-se a tendência para o aumento do número de participantes de
nível universitário.
Em 1976 estavam inscritos 12.691 alunos oriundos de cerca da
metade dos municípios, numa dispersão geográfica que corresponde à
nossa distribuição populacional, sendo que os municípios do Sul participam
mais dos cursos, enquanto os da Região Norte apresentam menor
incidência de participação, de acordo com dados estatísticos apresentados
pela Instituição.
Cursos Ministrados
Os cursos resultam de solicitações das organizações interessadas
e/ou da constatação de carência de treinamento pelo próprio IBAM. Leva-
se em conta, também, o volume da clientela em potencial, e o número de
organizações que poderão tirar proveito dos mesmos.
Nos primeiros anos eram voltados para as áreas ditas de Adminis-
tração-meio: contabilidade, orçamento, tributação, recursos humanos,
material etc. Mais tarde deu-se início à organização e ministração de
cursos em área de administração-fim.
De 1964 a 1972 o IBAM preparou e executou um programa bastante
extenso de capacitação de gerentes de serviços de abastecimento de
água. Daí para cá organizou cursos sobre:
fiscalização de obras particulares;
• fiscalização sanitária-
administração de sistemas de ensino;
administração de limpeza pública.
Em nível de pós-graduação, três cursos com a duração de 8 meses
são ministrados:
— Curso de Administração Municipal — preparação profissional para
assessoramento nos assuntos de governo e administração local.
Curso de Engenharia de Sistemas Urbanos — para a capacitação
de engenheiros e arquitetos para o desenvolvimento de projetos de
infra-estrutura urbana.
Curso de Metodologia e Projetos de Desenvolvimento Urbano —
forma planejadores urbanos para cidades médias e pequenas.
• Cursos por
Correspondência
ANO: 1976
CURSOS INSCRITOS
CONCLU-
INTES
Encerrados
Fiscalização de Obras
Prestação de Contas dos Fundos Federais
Cadastro Imobiliário Fiscal
Técnica Legislativa
Administração de Obras Públicas
Tomada de Contas e Fiscalização Financeira
Orçamento Programa a Nível Municipal
Fiscalização de Rendas
Lançamento de Tributos
Contabilidade Municipal
Organização dos Serviços Secretaria
577
1089
1084
1260
711
900
989
704
884
1861
1772
251
581
416
928
292
456
477
415
460
947
1060
SUBTOTAL 11831
Em andamento
Problemas de Administração de
Pessoal nas Prefeituras Supervisão
Escolar Contabilidade Municipal
Fiscalização de Obras Particulares
Administração de Material,
Patrimônio e Licitação
3729
3183
3074
769
1936
879
TOTAL - SUBTOTAL 12961
Observações:
• Duração de cada curso: 15 meses.
Todos os cursos apresentam 10 lições somente.
• Fonte: Material impresso apresentado em novembro/76 pela Ins-
tituição — "A Experiência do IBAM no Ensino por Correspon-
dência" — Lino Ferreira Netto.
Os cursos por correspondência do IBAM não oneram os partici-
pantes. São financiados por instituições que se mostram interes-
sadas no programa.
As despesas postais de devolução dos exercícios ao Instituto são as
únicas com que os participantes arcam.
Tudo mais é fornecido gratuitamente.
Equipe Técnica
A preparação de um programa sempre envolve mais de um especia-
lista. Há sempre a tentativa de valer-se dos conhecimentos técnicos de
várias pessoas sobre o assunto objeto do Curso e de seu conhecimento
das necessidades mais comuns da clientela e das organizações que se
pretende beneficiar.
Dentro da ENSUR. há uma unidade administrativa inteiramente
voltada para a administração dos Cursos por Correspondência: são 4 ser-
vidores administrativos e um técnico de administração. Dentre suas fun-
ções citamos:
expedição de circulares e outros instrumentos de divulgação;
recepção e o registro das inscrições;
realização da seleção;
registros de ocorrências e o acompanhamento do aluno durante o
curso;
correção dos testes de aproveitamento e a expedição das lições;
manutenção da correspondência decorrente do acompanhamento
dos alunos;
preparação da expedição dos certificados para os concluintes;
guarda das lições e o controle dos estoques existentes.
A franquia postal é feita através do Serviço de Expedição. Os car-
tazes e circulares, o formulário de inscrição e as próprias lições são im-
pressas no setor gráfico do IBAM. O Serviço Audiovisual desenha cartazes
e folhetos.
As atividades de cunho técnico são feitas pelo corpo docente da
própria ENSUR e dos quadros técnicos do IBAM. Quando necessário,
recorre-se à assessoria externa.
Orientação da Aprendizagem
A definição do conteúdo de um programa se assenta em 2 elemen-
tos:
descrição das funções da clientela a que o curso, precisamente,
se destina;
listagem das carências mais evidentes da clientela.
A identificação de carências se faz por 2 meios:
exame das indagações que chegam à Consultoria Técnica do Ins-
tituto;
vivência do corpo Técnico do IBAM sobre problemas municipais.
Pontos que também são considerados:
linguagem das lições — simples e direta para atender a uma clien
tela deveras heterogênea. (Vários níveis de instrução);
formato — visa facilitar o desenvolvimento dos temas; as lições
são divididas em itens, representando os desdobramentos mais
significativos do tema central);
grau de profundidade — é definido de acordo com a complexidade
dos problemas para cuja solução se procura preparar os
participantes.
Os cursos são eminentemente operativos, apesar de compreenderem
também elementos doutrinários visando a qualificação de servidores para
o melhor desempenho, nunca se buscando alta especialização.
A chamada para os cursos é feita através de:
• folhetos e cartazes
• circulares expedidas
......................
notas nos principais jornais
publicação no "Noticiário do IBAM"
fornecimento de informações — que levam à auto-seleção, através
também do conhecimento pelo aluno dos objetivos do curso, os
requisitos necessários à admissão no curso e o programa a ser
cumprido.
A inscrição é formalizada pelo preenchimento e remessa ao IBAM de
um formulário próprio com os seguintes dados:
• identificação;
• escolaridade;
• histórico funcional;
lista resumida das principais atividades que exerce.
De posse desses dados, parte o Instituto para a seleção final que se
norteia por duas regras básicas:
utilização pelos alunos dos conhecimentos ministrados, para evitar
matrículas de pessoas que dificilmente poderão por em prática o
que irão aprender;
capacidade do candidato para seguir o curso.
Evita-se, desta forma, a evasão, dando margem de segurança ao
desempenho do processo — Ensino por Correspondência.
Avaliação da Aprendizagem
Um curso compreende uma série de lições que se desdobram em
tópicos. Cada tópico de maior significância é seguido de um teste, cujo
objetivo é levar o aluno a fixar os pontos mais importantes tratados no
próprio tópico. Cada lição é seguida de um teste de avaliação da apren-
dizagem.
As lições são enviadas uma a uma ao aluno. Este estuda, faz o teste
de avaliação e o devolve ao IBAM. Atingindo o conceito aprovatório
mínimo, a lição seguinte é remetida. Caso não atinja, o aluno é solicitado a
reestudar a lição e, novamente, resolver o teste.
Os alunos são acompanhados no seu desempenho e assistidos indi-
vidualmente. As datas de remessa das lições, a devolução dos testes de
avaliação ao IBAM e os conceitos obtidos nas avaliações são registrados e
controlados. Os atrasos são notificados, como advertência para o cum-
primento de prazos.
O aluno recebe ajuda individual, sempre que solicitada.
Mesmo com todos os cuidados em selecionar, acompanhar e avaliar,
dando todas as condições ao aluno que, no Ensino por Correspondência
estuda sozinho e depende quase totalmente de esforço próprio, há uma
evasão por volta dos 50%, de acordo com dados fornecidos pelo Instituto.
Certificado de Conclusão
A Instituição expede certificado de conclusão dos cursos, ficando
esta parte a cargo do grupo administrativo.
Conclusão
O IBAM vê os cursos por correspondência como complementares
àqueles ministrados através de contato pessoal entre professor-aluno.
Espera que eles cumpram dois propósitos:
- alargar as oportunidades de treinamento;
— possibilitar a um maior número de alunos de uma mesma muni-
cipalidade seguir treinamento e melhorar sua atuação sem tirar o
servidor de sua função.
Entidade: INSTITUTO COSMOS
Endereço: Avenida Venezuela, 131 Grupo 411-412
Cidade: Rio de Janeiro — Estado: Pio de Janeiro
Histórico
Em 1970 vieram fixar-se no Rio de Janeiro Carlos Oscar Pizzo e Ana
Maria D.B. de Pizzo, trazendo uma sólida experiência do Sistema de
Ensino à Distância, já desenvolvido na Argentina. Fundaram, então, o
Instituto Cosmos que funciona, até hoje, no mesmo endereço.
O objetivo primordial da Entidade é dar oportunidade à mulher
brasileira de informar-se sobre o devidos cuidados quanto ao crescimento
individual e a aparência pessoal feminina.
Público-Alvo
A Instituição coloca-se como defensora da mulher mas, ao mesmo
tempo que a defende, critica a comodidade e o desinteresse daquelas que
se deixam envolver pelos trabalhos cotidianos dos serviços do lar, sem a
preocupação de seu próprio crescimento e enriquecimento.
Inicialmente o curso foi adaptado à clientela brasileira.
Cursos Ministrados
CURSOS Nº DE LIÇÕES DURAÇÃO
Maquilagem
10 fascículos
34 temas
1 — 10 meses
(aproximadamente)
Relações Sociais
10 fascículos
32 temas
1—10 meses
Cabelereiro
10 fascículos
34 temas
1—10 meses
Fonte: Informações prestadas pela Administração da Entidade.
Orientação da Aprendizagem
No decorrer dos cursos há sugestões de bibliografia de autores bra-
sileiros e estrangeiros, a fim de que as alunas se ilustrem mais.
Ao final de cada fascículo há um "teste-dever" que abrange três ou
quatro temas, perfazendo um total de tantos testes - quantos forem os
fascículos de cada curso.
No início do "teste-dever" estão as orientações quanto à maneira de
estudo e preenchimento do trabalho.
Avaliação da Aprendizagem
A avaliação da aprendizagem é feita através do "teste-dever" em que
são apresentadas questões para marcar com um X os quadrículos de
CERTO ou ERRADO.
Certificado de Conclusão
Ao término do curso a aluna recebe um Certificado de Conclusão.
Entidade: INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO Endereço:
Rua Capitão Francisco Teixeira Nogueira, 202 Cidade: São
Paulo — Estado: São Paulo Caixa Postai: 5.058
Histórico
O Instituto Universal Brasileiro Ltda., como entidade de ensino livre
por correspondência, foi fundado em outubro de 1941, colocando-se entre
os pioneiros desse sistema em nosso país.
Sediada em São Paulo - Capital, a entidade possui uma filial em
Brasília e outra no Rio de Janeiro.
Nos seus 36 anos de existência, o Instituto Universal Brasileiro es-
tendeu gradativamente seu plano de ação através de todo o Território
Nacional, e, ainda, de Portugal, Angola e Moçambique, conquistando uma
clientela estimada em 15.000 (quinze mil) alunos.
"Em 12 de janeiro de 1956 foi promulgada, pelo então governador do
Estado de São Paulo, a Lei n9 3.344, que disciplinava o funcionamento de
escolas de ensino livre no Estado. Essa lei vinha regulamentar, também,
os estabelecimentos de ensino por correspondência, enquadrando-os na
categoria de Núcleos de Ensino Profissional Livre". Todas as
providências foram tomadas para que a entidade se amoldasse aos termos
da Lei em vigor e seu regulamento baixado pelo Decreto n9 26.570, de 12
de outubro de 1956.
O Instituto Universal foi registrado sob o n? 4, categoria "COR", na
Superintendência do Ensino Profissional, posteriormente transformada no
Departamento de Ensino Técnico, na Rua Piratininga, n9 84, São Paulo.
(Anexo, o registro naquele Órgão Estadual).
O enquadramento da entidade no sistema de ensino profissional veio
implicar uma série de exigências que seriam atendidas rigorosamente:
supervisão periódica das atividades pelos inspetores de ensino do
Departamento de Ensino Técnico, fornecendo qualquer informação
atinente ao trabalho educativo e permitidas as necessárias
averiguações;
apresentação anual de uma estatística completa das atividades,
com o registro de todos os alunos que se matricularam no referido
período;
aprovação daquele órgão de todos os cursos a serem lançados
pela Entidade;
registro no Departamento de Ensino de todos os professores,
mediante exame de habilitação.
A instituição possui um grande parque gráfico onde são impressos
todo o material de divulgação e as lições.
Público-Alvo
O EPC destina-se a alcançar uma clientela, a mais diversificada pos-
sível, uma vez que oferece cursos que requerem um mínimo de pré-
requisitos, incluindo vários outros cursos que podem ter egressos do 1º, 2º
ou 3º Graus.
No afã de atender sempre, com a máxima boa vontade, às pessoas
que manifestam desejo de estudar, a entidade mantém um grande número
de alunos estudando gratuitamente. São eles presidiários, enfermos em
fase de recuperação, deficientes físicos em reabilitação e muitos outros
que comprovam sua impossibilidade de efetuar qualquer pagamento.
Cursos Ministrados
Observações
Fonte: — Folhetos da Entidade
— Entrevista com pessoa da Administração
Segundo documentos da Entidade, o número total de alunos apro-
xima-se de 150 mil.
Orientação da Aprendizagem
• As lições didaticamente graduadas são enviadas aos cursistas, o
que permite a todos os alunos uma fácil assimilação.
Cada curso traz a informação completa do programa a ser desen-
volvido.
Os trabalhos práticos são estimulados e para isso a entidade en-
via, no decorrer do curso, dicionários, pincéis, analisador de cir-
cuitos elétricos, serras, chaves de fenda etc; isto é, os respectivos
materiais exigidos pelos cursos para o desenvolvimento de
atividades práticas.
Avaliação da Aprendizagem
"Cada matéria é supervisionada por um conjunto de professores
especializados, os quais se incumbem também da correção das
provas e trabalhos, disto resultando uma assistência assídua e
completa, tendo por alvo o aluno".
0 aluno deverá ter 50% de aproveitamento para ser considerado
aprovado nos diferentes cursos.
Certificado de Conclusão
A entidade fornece a cada concluinte um Certificado de Conclusão.
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA EDUCAÇÃO
COORDENADORIA DO ENSINO TÉCNICO
DEPARTAMENTO DE ENSINO TÉCNICO
Rua Piratininga n°. 85 (Brás) - Tel. 93-0786 - São Paulo
A T E S T A D O DE R E G I S T R O
Atendendo a que o Núcleo de Ensino Profissional Livre por
Correspondência - "INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO" . - .-.-.-.-.-.-.-.-
.-.-.-.-, da Categoria "COR" . - . - . sito á Rua Capitão Francisco Teixeira
Nogueira, 130 — Chalot . —. — . em São Paulo — Capital . — . — . — . —
. — . preencheu as condições legais para o seu regular funcionamento,
resolvo conceder-lhe registro, nos termos da Lei nº 3.344, de 12 de Janeiro
de 1956 e de acordo com o seu Regualmento baixado pelo Decreto nº
26.570, de 12 de Outubro de 1956, ficando a .- . -. srª DORALI
APPARECIDA PINEDA
diretor a . — . — . responsável . — . — . — do estabelecimento, obrigada .
— à observância de todas as disposições legais e regulamentares que a
respeito forem estabelecidas.
Cursos . — . registrados:........ "Auxiliar de Escritório e Caixa, Cor
respondência Comercial, Estenodatilografia, Secretário Correspondente,
Contabilidade Prática, Desenho Artístico e Comercial, Desenho Arqui
tetônico, Desenho de Mecânica, Concertos e Montagem de Aparelhos
de Rádio e de Televisão, Eletricidade, Corte e Costura, Bordados, Tri
cô e Crochê". — . — . -.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.
Atestado expedido em 2
a
via, em virtude de transferência de sede.
São Paulo, 03 de setembro de 1975.
Diretor do Departamento
--------------------------------
AMILCAR ROMEU POTIENS
Diretor-Geral Substituto
Registro nº 4-Cor, de 20/09/58.-. Livro
10. - . - . - . Página Nº 7 e 8 . -
. - . JCN.
Cód. 3.1.2.0/062 - 2.000 - 7/71
Entidade: INSTITUTO RÁDIO TÉCNICO MONITOR
Endereço: Rua Timbiras, 263
Cidade: São Paulo - Estado: São Paulo
Caixa Postal: 30.277
Histórico
O Instituto Rádio Técnico Monitor S.A. foi fundado em 1939 por
Nicolas Goldberger que permaneceu à frente da instituição até 1967.
Trazendo experiência de outros países, com conhecimentos profundos de
metodologia e didática adequadas ao ensino à distância, sentiu que era a
ocasião de implantar no Brasil um curso por correspondência, atingindo a
população que dispersa e distante estava dos centros de ensino
profissional existentes.
Sua opção foi para um ramo da Eletrônica — Rádio Técnico —
Surge, então, o primeiro curso de rádio por correspondência com o ob-
jetivo de preparar profissionais para instalação, reparo e montagem de
receptores de rádio.
Registrado na Prefeitura do Município de São Paulo como contri-
buinte de Imposto sobre serviços de qualquer natureza, inscrição n9
1044478-5; na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo — Isento
— regime especial — do Imposto de Circulação de Mercadorias —
inscrição n9 100.379.260; Cadastro Geral do Contribuinte do Ministério da
Fazenda - inscrição nº 60.943.974/0001-30 e da Secretaria de Educação
do Estado de São Paulo — Departamento do Ensino Técnico — Registro
nº5, categoria COR.
Partindo para uma expansão gradativa, o Instituto Monitor ampliou
seu local de trabalho, e, em 1951, já ocupava uma área construída de 900
m
2
. Em 1954 adquiriu a Tipografia Aurora S/A que até hoje trabalha,
exclusivamente, para o Instituto Monitor.
Atualmente ocupa área superior a 2000 m
2
no centro da cidade de
São Paulo, mantendo 18 cursos profissionais na modalidade suprimento e
um na modalidade suplência de 19grau (antigo Madureza Ginasial).
O Instituto Monitor hoje está enquadrado na Lei como Núcleo de
Ensino Supletivo Livre por Correspondência.
Público-Alvo
Há um atendimento em média de 25.000 alunos espalhados por todo
o território nacional.
Através de estimativa feita pela Entidade, já passaram pelo Instituto Monitor cerca de
950.000 alunos. A clientela alvo, em geral, apresenta nível de escolaridade primária. (1
a
a 4
a
série do 1º grau).
Cursos Ministrados
CURSO DURAÇÃO
Custo Total
P/Aluno
Rádio Transistores, TV (Preto e Branco) e
Eletrônica Geral com Multimetro importado
15 meses
10 meses
Cr$ 2.552,00
Cr$ 2.242,00
Rádio Transistores, TV (Branco e Preto e a
Cores) e Eletrônica Geral
15 meses
10 meses
Cr$ 2.027,00
Cr$ 1.842,00
TV a Cores e Eletrônica
10 meses
à vista
Cr$ 946,00
Cr$ 794,00
Eletrotécnica
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 1.002,00
Cr$ 937,00
Cr$ 851,00
Eletricista de automóvel
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 851,00
Cr$ 771,00
Cr$ 707,00
Eletricista Enrolador
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 851,00
Cr$ 771,00
Cr$ 707,00
Eletricista Instalador
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 801,00
Cr$ 796,00
Cr$ 738,00
Transistores e Semicondutores
5 meses à
vista
Cr$ 612,00
Cr$ 533,00
Desenho Artístico-Publicitário
(s/estojo p/Desenho)
10 meses
à vista
Cr$ 931,00
Cr$ 702,00
CURSO DURAÇÃO
Custo Total
P/Aluno
Desenho Arquitetônico
(s/estojo p/Desenho)
10 meses
à vista
Cr$ 851,00
Cr$ 662,00
Desenho Mecânico
(s/estojo p/Desenho)
10 meses
à vista
Cr$ 821,00
Cr$ 607,00
Português e Correspondência
5 meses
à vista
Cr$ 406,00
Cr$ 371,00
Inglês Comercial
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 601,00
Cr$ 501,00
Cr$ 414,00
Português Inglês
8 meses
5 meses
à vista
Cr$ 737,00
Cr$ 711,00
Cr$ 634,00
Caligrafia
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 575,00
Cr$ 493,00
Cr$ 418,00
Corte e Costura
10 meses
à vista
Cr$ 846,00
Cr$ 561,00
Madureza Ginasial
10 meses
5 meses à
vista
Cr$ 1.271,00
Cr$ 1.106,00
Cr$ 1.013,00
Observação
G Em preparação encontram-se Auxiliar de Escritório e Secretariado Prático. A
Entidade também pode estender a duração até 20 meses.
Fonte
D Proposta de Matrícula enviada pelo Instituto.
Equipe Técnica
O quadro de colaboradores é da ordem de 100 elementos, entre
diretores, funcionários, professores, técnicos e auxiliares, capacitados a
dar o melhor e mais rápido atendimento aos alunos.
Todo um complexo se movimenta no atendimento ao aluno:
Agências de Publicidade: própria e de terceiros, com sua equipe
trabalhando para difundir os cursos e fazer chegar até os interessados
informações sobre os mesmos.
Parque Gráfico Próprio: com a sua equipe preparando a impressão
de todo o material didático.
Departamentos: seção editorial — equipe responsável pela pesquisa
e revisão técnica das lições, compras, controle de qualidade, testes, em-
balagens, expedição.
Seção de correspondência — equipe encarregada de responder a
qualquer indagação que venha a ser feita pelo aluno.
Orientação da Aprendizagem
No preparo das lições alguns fatores são considerados como prin-
cipais:
clientela em potencial;
nível de escolaridade desta clientela;
poder aquisitivo da mesma;
mercado de trabalho oferecido após o curso.
Daí, após verificar que o curso terá aceitação e rentabilidade que
compensem o investimento, partem para um programa mínimo, suficiente
e eficiente para habilitar o aluno naquilo que o curso se propõe.
Definido o programa, os professores e técnicos procuram didati-
camente desenvolvê-lo ao nível da clientela proposta da seguinte maneira:
o os professores preparam as lições teóricas e práticas;
o os técnicos especializados desenvolvem as montagens práticas
"Kits".
Na preparação de cada lição deve o professor prever as dúvidas e
perguntas que surgirão, como se estivesse numa sala de aula.
Os professores elaboram, ainda, testes e exercícios práticos de tal
forma que o aluno demonstre estar aprendendo e não, simplesmente,
copiando as respostas.
Avaliação da Aprendizagem
Os cursos são compostos por um certo número de fascículos que são
enviados mensalmente, 1, 2 ou 3, conforme plano de pagamento. Cada
fascículo contém lições teóricas e práticas.
O aproveitamento teórico é controlado pelas folhas de exame
recebendo o aluno uma nota somente quando demonstre aproveitamento
igual ou superior a 50%, nota esta, registrada em ficha. Quando isto não
acontece, nova folha de Exame é enviada com a recomendação que
estude, novamente, as partes não entendidas.
O aproveitamento do aluno na parte prática é controlado de duas
maneiras:
Folhas de Trabalhos Práticos — abordam ou criam problemas e
situações que seriam encontradas na prática, que são também devolvidas
à Escola e corrigidas pelos técnicos.
Montagem de Aparelhos e Equipamentos — devem produzir um
resultado prático, sendo montadas com êxito.
A Folha de Trabalho prático e a Montagem de aparelhos e equipa-
mentos têm maior valor na avaliação, pois o êxito das montagens é
fundamental para o aluno.
Através de um serviço de consulta técnica (por carta), o aluno se
coloca em permanente contacto com os instrutores que, graças à ex-
periência e conhecimentos das possíveis falhas que normalmente podem
ser cometidas, orientam-no na condução ao êxito.
Cada aluno tem na Escola sua ficha na qual são anotadas as notas
obtidas, pagamentos enviados e respectivas datas, dados de registro,
material, lições enviadas etc.
Certificado
Para receber o certificado o aluno faz o Exame de recapitulação, e
só é considerado aprovado quando o aproveitamento é igual ou superior a
50%.
Planos Futuros
No ano em curso, 1977, pretende o Instituto Monitor lançar cursos
supletivos profissionalizantes a nível de 2ºgrau.
Entidade: IRDEB - INSTITUTO DE RADIODIFUSÃO DA BAHIA
Endereço: Rua Pedro da Gama, 413—E, Altodo Sobradinho — Federação
Cidade: Salvador — Estado: Bahia
Histórico
0 IRDEB responde pelas atividades teleducativas em todo o Estado
da Bahia, visando a alternativas não-convenciona,is e com a finalidade de
solucionar a curto e médio prazos os problemas educacionais. É órgão
vinculado à Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia.
Criado a 4 de dezembro de 1969, pela Lei Estadual nº 2.752, iniciou
suas atividades em 1975, tendo a frente inicialmente a profa. Noé-lia
Pessoa Gondin de Mattos e depois a profa. Aristocléia Macedo dos
Santos.
Objetivos principais da Entidade:
executar todos os serviços educativos do Governo do Estado
através do Rádio, da TV e do ensino por correspondência e outros
meios de comunicação de massa;
oferecer programação educativa e cultural;
promover levantamentos, estudos e pesquisas relacionados com
os meios de comunicação de massa, aplicados à educação nas
áreas de planejamento, produção, utilização e avaliação;
promover o intercâmbio de informações, experiências e material;
produzir material didático de apoio à programação educativa e
cultural desenvolvida pelo IRDEB.
O plano básico da Entidade para 1975, elaborado anteriormente, foi
desenvolvido, acrescido de atividades, projetos, convênios e contratos.
Como projetos destacam-se: o de Divulgação Comunitária, com programas
destinados às comunidades, com enfoques de Informação Profissional,
Saúde e Cooperativismo e ainda Cursos de Suplência e Suprimento.
Embora não contando ainda com seus veículos próprios de divul-
gação, já dispõe do Canal 2, outorgado pelo Decreto nº 61.285, em vias de
instalação e em rádio, utiliza-se de emissoras comerciais por convênios
diretos e por cessão da cadeia do SRS/Projeto Minerva.
Público-Alvo
Abrange grande e extensa faixa etária, preparando-a, em sua
maioria, para os exames supletivos do Estado da Bahia.
Cursos Ministrados
A ação do IRDEB expressa-se através do rádio e do ensino por cor-
respondência onde mantém na área instrutiva os cursos:
Supletivo de 1º grau
— Estudos Sociais
Supletivo de 2º grau por correspondência
Educação para o Trânsito
— Educação Sanitária
Curso de Estenotaquigrafia profissionalizante.
Na área cultural produz e transmite:
— Música Erudita
— Música Popular
— Folclore
Informações sobre a Bahia.
Na escolarização por correspondência o Curso Supletivo a nível de
29 grau (experimental) atende a uma clientela de 21 anos em diante,
oferecendo simultaneamente as 9 disciplinas do curso.
Neste curso, as demais disciplinas foram emitidas em março de
1976, mas o atendimento na 1
a
fase foi de 218 alunos.
Na escolarização pelo rádio, o Curso Supletivo a nível de 1º grau
atende a clientela de 15 anos em diante carente de ensino de 1º grau.
Orientação da Aprendizagem
Houve contratação de professores do ensino supletivo do 29 grau na
área particular de ensino, pois a Entidade não possui disponibilidade e
vivência da problemática. Cada disciplina é desenvolvida em 20 (vinte)
aulas. Cada aula deve conter: conteúdo didático, exercícios e teste final.
A área Ciências Físicas e Biológicas foi dividida em três partes:
Física, Química e Biologia, para facilitar o aprendizado.
Avaliação da Aprendizagem
O aproveitamento do aluno será acompanhado através da correção
das folhas respostas anexas a cada aula. Para as 20 aulas de cada curso
está prevista a realização de 20 testes objetivos de múltipla escolha. Os
testes objetivos serão corrigidos pelo monitor, que fornecerá também
esclarecimentos sobre as dúvidas levantadas pelos alunos.
Equipe Técnica
monitores para trabalho em turno de 6 h;
1 funcionário responsável pela triagem (monitor secretário) e
controle da secretaria;
— 1 estafeta;
1 diagramador/produtor (para planejamento gráfico e supervisão
da Paginação e impressão);
— 1 ilustrador/paginador
— 1 montador
1 datilografo para composição dos textos;
1 revisor para texto paginado;
— professores contratados.
Certificado
O Certificado de conclusão somente é dado pela SEC/BA — De-
partamento de Ensino Supletivo — segundo normas do CEE, através de
exame supletivo.
Planos Futuros
0 IRDEB inaugura no Brasil a primeira experiência de Radiovisão,
com a assistência técnica da Canadian Internacional Development Agency
(CIDA) e com o apoio técnico e financeiro do PRONTEL.
Isto permitirá oportunidade de superar barreiras do ensino tradicional
e queimar etapas no processo de desenvolvimento educacional.
As características específicas do Curso Supletivo de 29 grau por
correspondência permitem sua multiplicação e abrangência nacional. Seu
baixo custo, a viabilidade de operacionalização não-sofisticada, a
simplicidade objetiva do atendimento/avaliação são condições básicas que
pretendem recomendar essa tentativa após esta experiência-piloto.
Entidade: OCCIDENTAL SCHOOLS
Endereço: Rua Capitão Salomão, 59
Cidade: São Paulo — Estado: São Paulo
Caixa Postal: 30663
Histórico
A história da OCCIDENTAL SCHOOLS é digna de nota, em virtude
de seus fundadores terem sido verdadeiros pioneiros no campo da
Eletrônica, Rádio e Televisão. Originalmente a Escola foi fundada pelo
Engenheiro Carter Rabinoff, com o nome de American Television La-
boratories of Califórnia, na cidade de Los Angeles, onde ocupava dois
quarteirões. Suas instalações eram utilizadas para proporcionar aulas
diretas, com freqüência obrigatória, a centenas de alunos que se especia-
lizavam em telecomunicações, tendo a escola preparado, durante a guer-
ra, milhares de técnicos nesse campo para as Forças Armadas dos Esta-
dos Unidos da América.
O engenheiro Carter Rabinoff havia anteriormente trabalhado como
assistente pessoal do Dr. Lee De Forest, inventor da famosa válvula
eletrônica "Audion". Em 1943, durante a guerra, o Dr. Carter, com a
colaboração do Dr. Fisher, professor de física e matemática, do engenheiro
E.W. Stanton e do professor E. Jacobs elaboraram um curso
de Eletrônica, Rádio e Televisão por corresponddência, que mais tarde foi
traduzido para o espanhol e disseminado na América Latina.
0 Sr. Walsh, atual diretor da OCCIDENTAL SCHOOLS em São
Paulo, trabalhou e estudou na American Television Laboratories of
Califórnia em 1953, tendo, também, prestado sua colaboração na pre-
paração das apostilas do Curso por Correspondência em Língua Espa-
nhola, em duas oportunidades: a primeira, em Los Angeles, em 1953 e, na
cidade do México, em 1964.
A OCCIDENTAL SCHOOLS foi fundada mais tarde, em 1962,
sucedendo à originária americana, que cerrou suas portas, após o fale-
cimento de seu diretor, o Engenheiro Carter Rabinoff.
Com a evolução da Eletrônica e da Televisão, assim como em todo
campo das telecomunicações, tornou-se necessário atualizar gradual-
mente o curso original, conservando-se, entretanto, assuntos e temas bá-
sicos de física, química, matemática, desenho etc, cujos princípios con-
servaram-se, até hoje, inalteráveis, bem como tudo o que se refere ao
emprego de válvulas termoiônicas, no passado e no presente. Assim é que
o curso atualmente oferecido no Brasil, em língua portuguesa, foi
atualizado na medida do possível e continua sendo modernizado. Tanto
assim que todo material de prática oferecido pela Escola, nos dias de hoje,
é inteiramente transistorizado, inclusive o Kit de TV, praticamente todo ele
fabricado no Brasil, exceto alguns componentes eletrônicos que ainda são
importados.
A OCCIDENTAL SCHOOLS - que opera atualmente apenas em
língua portuguesa, conta com mais de 11.000 alunos no Brasil e, apro-
ximadamente, 2.000 espalhados por Portugal e outros países, valendo-se
dos préstimos dos Correios, no seu afã de disseminar conhecimentos.
Durante 1976, cerca de 6.993 pessoas matricularam-se na OCCI-
DENTAL SCHOOLS. Os mais variados motivos, entretanto, elevam o
número de desistência, alterando os índices de matrícula.
Público-Alvo
Não obstante o fato de a única qualificação ou pré-requisito ne-
cessário para ingresso no Curso de Eletrônica seja SABER LER E ES-
CREVER O IDIOMA PORTUGUÊS, o aproveitamento dos alunos, ao
término do curso, é considerável, levando-se em conta que aprenderam
Matemática e Desenho aplicados à Eletrônica, bem como Física e Química
aplicados ao campo das telecomunicações.
Cursos Ministrados
CURSOS DURAÇÃO
PREÇO
TOTAL
Nº DE
LIÇÕES
Nº DE
ALUNOS
Eletrônica
Aproximada-
mente 3 anos
-C/Kit
Cr$ 7.790,00
Rádio
e TV
-S/Kit
Cr$ 5.890,00
36
6.993
(Aproxima
damente)
Fonte: — Documento enviado pela Entidade.
— Folhetos informativos da própria Entidade.
Equipe Técnica
Inclue professores, em número de sete, um diretor e fundador da
Entidade no Brasil, Sr. Carl Walsh, e pessoal encarregado do envio das
lições e manutenção do arquivo.
Orientação da Aprendizagem
A Escola oferece a todos os alunos, durante o curso, o auxílio de
seus professores para a elucidação de dúvidas ou para proporcionar
qualquer explicação, não somente sobre os temas abordados nas lições,
como, também, sobre outros que se refiram à Eletrônica, Rádio, Televisão.
Alem disso, o boletim técnico denominado Seleções Eletrônicas é enviado,
gratuitamente, a todos os alunos, trimestralmente.
No decorrer do curso os alunos recebem, sem nenhuma despesa,
réguas de cálculos, conversores e calculadores, bem como equipamento
para medição e comprovação, como multímetro, injetor de sinais etc.
Avaliação da Aprendizagem
Durante o curso o aluno se submete, além de a 150 testes (corres-
pondentes a cada uma das lições), a duas provas parciais e, no final, ao
EXAME FINAL. Não tendo alcançado 70% de aproveitamento, o aluno é
submetido a outro EXAME.
Certificado de Conclusão
Para que o cursista faça jus ao Certificação de Conclusão, deverá ser
aprovado em todos os exames, com a nota mínima de 70.
Entidade: PROMOTORA PROFISSIONAL BRASILEIRA
Endereço: Rua Barão do Flamengo, 32 - 29 andar Cidade: Rio
de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal: 16.121
Histórico
Sob a responsabilidade da Editora de Cursos Educacionais, a Pro-
motora Profissional Brasileira surgiu como sucursal brasileira de outra
entidade localizada na Argentina, com filiais no México e no Peru, a partir
de 1972. Seu objetivo: levar o ensino aos habitantes da América Latina
que desejam melhorar sua posição na vida.
O mercado brasileiro foi descoberto a partir das cartas recebidas de
sabedores dos cursos que as endereçavam à Argentina com cupons de
matrícula já preenchidos.
Seu objetivo principal no Brasil é oportunizar ao aluno do interior,
condições de verificar sua aptidão para determinada profissão, dando-lhe
perspectivas para a opção futura de um curso oficializado.
Atualmente a procura dos cursos é grande, havendo, todavia, subs-
tancial evasão causada, na maioria das vezes, pela falta de recursos fi-
nanceiros.
Público-Alvo
Para ser admitido é suficiente saber ler e escrever e ter, no mínimo,
13 anos.
A clientela situa-se na faixa de baixo poder aquisitivo.
Cursos Ministrados
• Corte e Costura
• Desenho Humorístico
• Enfermagem
• Secretariado Comercial
• Beleza Feminina
• Inglês
• Arte Doceira
• Eletricidade
Administração de Empresas
• Contabilidade
• Fotografia
• Relojoaria
Custo-Aluno
A entidade usa como técnica promocional a "Bolsa de Estudos" ao
aluno que, na sua maioria, tem baixo poder aquisitivo. A média de custo
dos cursos fica entre Cr$ 130,00 e Cr$ 150,00.
Orientação da Aprendizagem
Junto a cada curso é enviado o livro "Estudo em casa" escrito para
que os estudantes possam aproveitar o seu tempo. Enviado gratuitamente,
é indispensável para uma aprendizagem eficiente e facilitada.
Acompanha, também, um Manual de Estudos que amplia conceitos,
divide o curso em várias partes, indica como devem ser feitos os exames,
usar fórmulas etc.
Há formulários para os exames e outros chamados "especiais de
consulta".
O tempo de aprendizagem será determinado de acordo com as
conveniências dos cursistas, não devendo durar menos de 6 meses nem
mais de 3 anos.
A revisão de cada curso é feita quando a edição se esgota. Sendo
traduzido do espanhol, há o cuidado de não desvirtuar o sentido do texto.
Avaliação da Aprendizagem
Os testes são de múltipla escolha, devendo, no final, os alunos atin-
girem a média 5. Os que não alcançarem, farão outro teste, após novo
estudo.
Equipe Técnica
A firma é uma agência de publicidade, que traduz, elabora a arte
gráfica, artística etc, no Brasil. Assim sendo, há um diretor administrativo e
um diretor educacional (no caso é engenheiro).
A equipe é assim constituída:
— 1 médico
1 professor de inglês
— 1 contador
— 1 desenhista
— 9 elementos administrativos
1 tradutor particular
— 2 revisores
Planos Futuros
Há em preparação um curso de Inglês com o uso de cassetes.
Ao aluno será dado, junto ao curso profissionalizante, noções de
Gramática, Aritmética, História e Geografia.
Todo um estudo do mercado está sendo realizado no sentido de
tornar cada vez mais eficientes e eficazes seus cursos.
Entidade: SENAC - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
COMERCIAL Endereço: Rua General
Justo, n9 370 Cidade: Rio de Janeiro — Estado:
Rio de Janeiro
Histórico
Criado pela classe empresarial do comércio, em 1946, como Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), voltou-se para o
desenvolvimento de recursos humanos, conquistando de forma gradativa,
mas segura, posição significativa no seu campo específico de atuação —
efetivação da formação profissional para as atividades terciárias.
Com o objetivo de promover, em plano nacional, a aprendizagem de
menores e o aperfeiçoamento do comerciário adulto, sentiu necessidade
de ampliar seus caminhos, saindo do ensino formal, ampliando a clientela.
De escola descaracterizada, engajada na formação de menores em
processo de aprendizagem e em tímidas programações de aperfei-
çoamento de comerciários, transforma-se num Sistema de Formação
Profissional específico, com ênfase na população adulta, antecipando-se
ao PIPMO/MEC e DNMO/MTPS.
Novas frentes foram abertas: na área do Comércio, às ocupações de
Venda e de Escritório, somam-se as de Compra, Promoções, Corretagem,
Exportação, Armazenagem, Classificação e Aferição de Mercadorias;
novos programas e novos cursos para Vitrinistas, Cartazistas, Óticos,
Fotógrafos, Protéticos, Programadores, Telefonistas, Frentistas e outros.
Na Área de Serviços — setor de Hospitalidade: cursos para Pessoal
de Sala, Cozinha, Recepção e Andares e no de Higiene e Beleza: Cabele-
reiros, Manicures, Maquiladores. Ingressa a Instituição no setor de Saúde,
com a preparação de Atendentes de Enfermagem, Pessoal para La-
vanderia e Dietética na parte hospitalar e na serventia com treinamento de
Porteiros, Zeladores de Edifícios etc.
Instalam-se também para dirigentes e executivos as Escolas de
Administração ou Centros de Treinamento de Pessoal a nível de Direção.
Dois fatores foram decisivos no incremento da ação do SENAC:
19) articulação com os demais componentes do sistema social, em
meados de 1960, em convênios com entidades particulares e
oficiais como: MEC, MTPS, Forças Armadas, para qualificação
e treinamento intensivo de mão-de-obra;
29) redistribuição dos recursos financeiros da Entidade: o Plano de
Expansão da Rede Escolar SENAC — Centros de Formação
Profissional e Fundo de Projetos Especiais para custeio da
ampliação do atendimento em Departamentos Regionais de
menor porte.
Assim, através da utilização das Unidades Móveis, desenvolveu pro-
gramas de 90 diferentes ocupações a aproximadamente 2.500.000
comerciários e candidatos a emprego.
Para tal, no domínio das Metodologias, lançou-se mão de:
emprego das "Empresas Comerciais de Treinamento" (Atividades
de Escritório e Venda);
• instrução programada;
ensino por correspondência.
O SENAC instala, então, as Empresas Pedagógicas:
de Higiene e Beleza;
de Hotelaria: Restaurantes, Lanchonetes e Hotéis — Escola;
Loja — Escola;
Posto — Escola;
• Supermercado Pedagógico.
Nessas empresas a venda de serviços ao público combina-se ao pro-
cesso didático, emprestando realismo aos programas desenvolvidos.
A opção inicial do SENAC pela modalidade de Ensino por Corres-
pondência fez-se a partir da análise de alternativas que permitissem à
Instituição a busca de clientela potencial, numericamente representativa,
localizada em todo o território brasileiro. Esta é a estratégia utilizada pela
Entidade, em busca de multimeios que permitam o uso sistemático de
linguagem e metodologias variadas em suas programações.
As experiências pioneiras se desenvolveram no Rio e em São Paulo
com a "Universidade do Ar" (São Paulo), que, em 1950, já atingia 318
localidades a 80.000 alunos, conjugando correspondência e rádio.
Nesta ocasião houve necessidade de um questionamento em termos
de:
melhor caracterização dos cursos;
levantamentos de custos, visando a superar as dificuldades do
trinômio: quantidade — qualidade — custos;
fluxo de correspondência;
utilização do rádio.
Assim, em 1973, o SENAC levou a efeito experiência-piloto de Ensino
Por Correspondência, em Minas Gerais, tendo como objetivos:
• receptividade;
• dinâmica do processo;
• custos.
As áreas ocupacionais atendidas foram:
Documentação, Comunicação e Secretariado —CursoCorres-
pondência Comercial;
Venda — Curso Técnico de Vendas.
A população-alvo totalizava 100 alunos nas cidades (selecionadas)
de Montes Claros e Patos, tendo como sede Belo Horizonte.
O período da experiência foi de fevereiro a dezembro de 1973,
obedecendo as seguintes fases:
a) fevereiro a maio:
preparação do pessoal;
elaboração do material didático;
organização e instalação do centro.
b) junho a novembro:
• desenvolvimento dos cursos.
0 material didático foi elaborado sob a forma de instrução progra-
mada, com guias de estudo, textos e exercícios de reforço e recuperação.
O sistema experimentado seguiu o modelo adotado na Universidade
de Wisconsin — USA.
O processo de acompanhamento e controle foi feito por especialistas
da Instituição — supervisores e coordenadores — e pelos instrutores
ligados a cada um dos cursos oferecidos.
Partiu-se do pressuposto de que a participação efetiva do instrutor no
processo de aprendizagem é fundamental.
0 processo de avaliação teve os seguintes níveis:
auto-avaliação imediata e contínua pelo participante;
• avaliação durante o processo, pelo instrutor, através da correção
dos trabalhos solicitados ao participante;
exame final supervisionado.
As experiências referidas levaram o SENAC às seguintes conclusões:
• a modalidade correspondência aplica-se adequadamente ao de-
senvolvimento de programas de formação profissional;
o problema custo não estimula iniciativas isoladas;
o grau de absorção de conhecimentos relacionados à ocupação é
bastante satisfatório;
o nível de desempenho operacional está estritamente relacionado
às possibilidades de aplicação imediata, pelo candidato, das
técnicas recebidas;
o processo é altamente motivador, tanto para os participantes
como para as equipes técnicas.
O SENAC, em 1975, lançou-se à determinação do Plano Nacional de
Ação - PNAS - que levou em consideração os seguintes indicadores:
crescimento da entidade e conseqüente aumento de complexidade
organizacional;
ampliação das demandas do meio-ambiente em função, inclusive,
da velocidade das mudanças;
crescente ênfase dada à preparação de recursos humanos nos
planos de desenvolvimento econômico;
necessidade de dinamizar e otimizar os recursos empregados pela
entidade;
necessidade de consolidar a unidade institucional, preservando as
peculiaridades regionais.
A esses condicionantes da vida institucional, somam-se outros fa-
tores, tais como:
o crescimento e a diversificação das empresas brasileiras de Co-
mércio e Serviço;
a existência de tecnologia emergente forçando mudanças;
• a necessidade maior de profissionalização face às exigências do
mercado de trabalho;
• certas inferências, tomadas a partir do diagnóstico realizado pela
instituição, são perfeitamente ajustáveis aos planos do Governo (II
PND), onde se determina a meta de criação de mais ou menos
1.320.000 empregos anuais.
O programa de Teleducação surgiu como resposta às necessidades
comprovadas e que são expressas nas metas futuras do SENAC.
Público-Alvo
Objetiva, primordialmente, preparar Recursos Humanos com seleção
de conteúdos e técnicas apropriadas para atender os setores de Comércio
e Serviços, em âmbito nacional, alcançando comerciários e candidatos a
empregos nos setores já citados.
Cursos Ministrados
Na escolha desses cursos atentou-se para as necessidades detecta-
das no mercado, através de pesquisas levadas a efeito pela instituição,
sendo reveladores os fortes índices de crescimento de concentração da
força de trabalho na Área de Comércio de Mercadorias e das perspectivas
que se abrem na área de Turismo e Hotelaria.
CURSOS DURAÇÃO
Nº DE
LIÇÕES
Nº DE
ALUNOS
Arquivista 45 dias 17 3.863
Operador de Caixa 35 dias 14 1.277
Camareira 60 dias 11 41
Recepcionista
de Crédito 50 dias 12 935
Faturamento
e Cobrança 40 dias 103
Garção 150 dias
54 + 200 h
de Estágio
238
Vendedor 40 dias 16
1.166
Técnica de Venda 40 dias
216
TOTAL
11.411
Fonte: Folhetos enviados pela entidade:
Todos os cursos oferecidos são de qualificação, sendo o de Técnica
de Venda também apresentado a nível de aperfeiçoamento. Para tal, está
sendo usado o Manual de Fundamentação Psicossocial da Venda, que
aprofunda e amplia certos conceitos aos processos de venda.
Além da disciplina escolhida, o aluno receberá material didático sobre
Legislação Trabalhista e Relações Interpessoais do Trabalho.
O SENAC cobra uma taxa simbólica de Cr$ 15,00 (quinze cruzeiros)
referente à inscrição de cada curso, sendo o restante do material enviado
gratuitamente.
Equipe Técnica
A montagem dos cursos por correspondência, com todo o esquema
de multimeios, envolve a equipe multidisciplinar, na qual destaca-se:
• analista ocupacional;
conteudista ou especialista;
pedagogo (técnico em metodologia da formação profissional).
Os Centros de Teleducação do SENAC têm estrutura adaptável à
realidade das Administrações Regionais, em que estão sediados e, por-
tanto, não guardam entre si, identidade muito rígida, quer em termos de
cargos e funções, quer em termos de pessoal.
Orientação da Aprendizagem
O Ensino por Correspondência no SENAC guarda, em termos pe-
dagógicos, as mesmas características propostas no curso sobre Análise
Ocupacional, Instrução Programada e Instrução por Correspondência
realizado em Caracas, em 1967, sob o patrocínio da USAID — CINTER-
FOR e do qual participaram técnicos da Instituição.
A estruturação dos cursos dentro das perspectivas e objetivos deli-
neados e definidos pelo SENAC segue os seguintes passos:
ESTRUTURAÇÃO DOS CURSOS
A preocupação maior do SENAC é manter um sistema de apoio ao
participante através da figura do Instrutor, que corrige, analisa e propõe
tarefas individualmente a cada aluno, favorecendo permanente estímulo e
relacionamento mais humanizado professor-aluno.
A metodologia de elaboração de material didático, após a experiência
de Minas Gerais, abriu ao SENAC algumas outras alternativas, além da
Instrução Programada. Assim, a Modalidade também utiliza:
instrução linear simples;
• metodologia operacional;
bloco instrucional (designação dada pelo SENAC à metodologia de
elaboração de manuais didáticos, que consiste em conteúdos
compactados em blocos dos quais a informação é seguida de
questões de verificações, autoprovas e exercícios de reforço).
Sua preferência no Ensino por Correspondência é dada ao Bloco
Instrucional e Metodologia Operacional.
Avaliação da Aprendizagem
A avaliação dos participantes dos cursos, já agora no sistema di-
mensionado a nível nacional, está sendo feita em dois níveis:
avaliação feita no decurso do processo da aprendizagem pelo
próprio aluno;
avaliação do aluno pelo instrutor, a partir da análise das tarefas e
correção de exercícios propostos (avaliação indireta).
O exame final supervisionado — avaliação direta — é determinado no
caso de cursos que, a partir de certos critérios técnicos, exigem a
comprovação de desempenho operacional na ocupação; somente estão
incluídos, neste caso, os cursos de garção e camareira. A avaliação direta
é feita pela utilização de Unidades Móveis.
A evasão ainda não foi calculada, mas acredita-se que os índices
estejam entre 30 e 35%.
Sistema de Multimeios
A meta da desescolarização proporcionou oferta de oportunidades a
um maior número de indivíduos pela utilização de recursos de longa
distância.
Faz parte do SENAC o Programa de Teleducação destinado a
promover a formação profissional à distância, definindo seus níveis de
eficiência, eficácia e efetividade.
Para tal, lança mão de:
• rádio;
• TV;
ensino por correspondência (EPC);
• blocos instrucionais;
• unidades móveis;
instrução linear simples;
Centros de Teleducação — unidades dimensionalmente estrutu-
radas, em termos técnicos, para atender, em forma aberta, a um
maior número de alunos, em fluxo preferencialmente direto.
Centro: SP, MG e PE;
Núcleos — unidades com menor estrutura técnico-material, com
alcances numéricos mais limitados cujo fluxo geralmente é dirigido
a cidades pré-relacionadas, estabelecendo-se entre o núcleo e o
aluno, um elemento controlador.
Havendo necessidade de participação mais direta do Departamento
Regional, há a interferência, como intermediário do fluxo, do Centro de
Formação Profissional (CFPe) ou das Unidades Móveis.
Certificado de Conclusão
Ao final do curso o aluno receberá, se aprovado, um certificado.
Atualmente as empresas dão preferência aos candidatos devidamente
qualificados, valorizando o curso e, conseqüentemente, os certificados.
Perspectivas do Ensino por Correspondência — 76/78
Na determinação das metas de produção do SENAC para o exercício
76/78 foram apresentadas algumas variáveis que definem o grau de
participação da Entidade nos planos de desenvolvimento regional e
nacional. Foram feitos estudos, pesquisas sócio-econômicas regionais e
projeção estatística do ritmo de crescimento e agressividade dos Órgãos
Regionais.
Metas a atingir:
quantitativa - 1.800.000 matrículas a serem atingidas até 1978,
não apenas pela expansão do alcance de seus programas, mas
pela abertura de novas áreas e prestação de novos serviços;
integração mais profunda da Entidade ao desenvolvimento bra-
sileiro (II PND e valorização dos Recursos Humanos): Convênios
com a EMBRATUR, Secretaria de Mão-de-obra do Ministério do
Trabalho etc;
articulação cada vez mais estreita com as Empresas.
Como procedimento o SENAC usará:
otimização de seus Centros de Formação Profissional;
intensificação da capacitação na Empresa;
expansão e o aperfeiçoamento das Unidades Móveis;
sistematização das Empresas Pedagógicas.
Procurou-se, no decurso do exercício de 1975, reunir técnicos,
equacionar dificuldades, analisar o material didático, estabelcer os critérios
e dinâmica na modalidade.
Partindo dos objetivos institucionais, deu-se à modalidade de Ensino
por Correspondência a possibilidade de desenvolver programas ins-
trucionais e educacionais voltados para a área terciária.
O sistema deverá utilizar variadas ordens de mensagens, tais como:
sensibilização da clientela potencial;
sensibilização dos empresários;
informação e divulgação profissional;
• iniciação profissional;
• qualificação profissional;
formação especial do ensino regular;
conteúdos instrumentais ou relacionados às ocupações;
• aperfeiçoamento técnico;
• treinamento operacional;
assessoria técnica às empresas.
Fonte: Boletim Técnico SENAC, Ano 2, n9 3, jan/dez/76.
A modalidade Ensino por Correspondência não tem conseguido de
imediato corresponder às premissas levantadas porque, tecnicamente, se
originou:
de experiências localizadas espaço — temporalmente, para um
sistema aberto;
— de limites de atuação restritas à área estadual, para centro de
maior abrangência.
0 ensino por correspondência na Instituição, caracteriza-se como
sistema totalmente aberto. Não há qualquer localização prévia da clientela
em potencial. Deve fortalecer-ser pelo estudo apurado das chamadas
metodologias de "auto-estudo".
Fluxo de Trabalho no Ensino por Correspondência
A modalidade Ensino por Correspondência não tem conseguido de
imediato corresponder às premissas levantadas porque, tecnicamente, se
originou:
de experiências localizadas espaço — temporalmente, para um
sistema aberto;
de limites de atuação restritas à área estadual, para centro de
maior abrangência.
O ensino por correspondência na Instituição caracteriza-se como
sistema totalmente aberto. Não há qualquer localização prévia da clientela
em potencial. Deve fortalecer-se pelo estudo apurado das chamadas
metodologias de "auto-estudo".
Entidade: UNIVERSAL CENTER
Endereço: Rua Barão do Flamengo, 32, 29 andar — Flamengo
Cidade: Rio de Janeiro — Estado: Rio de Janeiro
Caixa Postal: 16.146
Histórico
A Editora de Cursos Educacionais, no endereço citado acima, é a
sede brasileira da Universal Center que, a partir de 1974, vem desen-
volvendo suas atividades entre nós.
Seu Curso de Mágica foi editado em vários países, baseado nos en-
sinamentos de "Fu-Manchu", mestre e criador de várias mágicas e truques
no mundo todo, com grande sucesso nos Estados Unidos da América,
México e América Latina.
Público-Alvo
O Curso destina-se:
as crianças: como passatempo interessante;
aos pais: para entretenimento dos filhos;
aos vendedores: para facilitar o relacionamento com os fregueses;
aos mestres: para prender a atenção de seus alunos;
àqueles que desejarem uma profissão, adquirindo este "dom"
especial.
Curso Ministrado
O Curso de Mágica segue um programa extenso onde, por exemplo,
são tratados os seguintes truques:
a mulher serrada;
a moeda obediente;
a caixa mágica;
as cartas dinâmicas;
a varinha magnética etc.
Custo-Aluno
O Curso de Mágica é dividido em três planos de pagamento, sem a
alteração em seu conteúdo, variando somente a duração e o preço.
PLANO COTAS MENSAIS CUSTO TOTAL
A
B
C
11
6 1
Cr$ 749,00
Cr$ 546,00
Cr$ 494,00
Fonte: Folheto de Propaganda da Entidade.
Orientação da Aprendizagem
Em todas as apostilas do Curso são desvendados segredos que um
mágico deve saber, desde a maneira de vestir-se, até a preparação do
"clima" no ambiente, através de método chamado "Internacional Pro-
gressivo".
Na seção de Prática Profissional, o aluno desenvolverá a arte de fa-
zer mágica.
Receberá, ainda, apostila sobre a História da Mágica, com a biografia
dos maiores mágicos do mundo e os seus truques famosos. Como
complemento, o Dicionário do Mágico, onde uma terminologia própria é
explicada, ajudando o aluno a desenvolver seus truques com palavras
características e pouco usuais.
No final do Curso, ao pagar a última cota, o aluno receberá uma
caixa com equipamento completo, para fazer mágicas.
Terá direito, também, a uma carteira que o apresenta como Mágico.
Avaliação da Aprendizagem
O aluno deve alcançar média 5,0 (cinco) nos testes feitos. Não ha-
vendo aproveitamento mínimo, outro teste será enviado com a observação
de que deve rever o assunto antes de se submeter ao novo instrumento
recebido, enviando sem demora à Entidade.
Equipe Técnica
É composta de:
2 diretores; um Administrativo e outro Pedagógico;
— 1 desenhista;
— 1 contador;
— 9 elementos administrativos;
1 tradutora particular;
— 2 revisores.
Certificado
No final do Curso, alcançada aprovação, o aluno receberá um cer-
tificado assinado por "Fu-Manchu", o mágico.
Planos Futuros
Desenvolver cada vez mais o gosto pela Mágica, aumentando a
clientela e aprimorando o Português, através de tradução cuidadosa e
revisada.
Entidade: A VOZ DA PROFECIA Endereço: Rua da
Matriz, 16 — Botafogo Cidade: Rio de Janeiro —
Estado: Rio de Janeiro Caixa Postal: 1.189
Histórico
Com o objetivo de levar a Fé e a Esperança aos mais distantes lares
espalhados por todo o território nacional, "A Voz da Profecia" iniciou suas
atividades radiofônicas no Brasil, em setembro de 1943. Simultaneamente
às irradiações do programa, foi lançada a Escola Rádio-Postal de "A Voz
da Profecia", com a finalidade de oferecer aos ouvintes os cursos bíblicos
por correspondência, oportunizando-lhes a revisão e o estudo mais
detalhado dos temas abordados na programação radiofônica.
Como parte que é de um plano mundial de pregação do evangelho a
Entidade, nos seus primeiros anos, preparou os programas no estúdio de
uma organização irmã, com sede em Los Angeles, Estados Unidos.
Desde 1962, os trabalhos de gravação e de impressão das lições são
preparados na sede própria, no Rio de Janeiro. Atualmente a referida
escola conta com duas filiais, uma em Belém, no Estado do Pará, e outra
na Capital de São Paulo.
A Entidade funciona sob os auspícios da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, mantendo o Curso por Correspondência totalmente gratuito para os
cursisitas, valendo-se de contribuições voluntárias de amigos e
participantes da Organização, para a manutenção do trabalho.
0 primeiro programa foi irradiado por 17 emissoras, quase todas elas
estações nas Capitais de Estados brasileiros. Atuou como orador, o então
diretor do Curso, Pastor Roberto Rabello.
Atualmente a Instituição é administrada pelo Pastor Walter Boger,
sendo o orador do programa o Pastor Roberto Conrad Filho.
O Curso por Correspondência de "A Voz da Profecia" representa um
trabalho pioneiro no Brasil, no que concerne ao emprego de corres-
pondência e Rádio, dentro de um sistema de multimeios, para a efetivi-
dade da aprendizagem, na sua área específica. Mais de 300 (trezentas)
emissoras transmitem os programas semanais da Entidade em todo o
território nacional e nas fronteiras de nossos vizinhos sul-americanos.
Público-Alvo
Os cursos são preparados procurando atingir os mais variados as-
pectos da vida familiar. Desta forma alguns cursos visam ao forteleci-
mento da Família e a educação da criança. Outros têm por alvo orientar os
jovens quanto ao perigo dos tóxicos e dos males do "amor livre". Alguns
cursos servem para divulgar conhecimentos referentes à nutrição e à
saúde física. Há ainda os que tratam de temas relativos às profecias
bíblicas.
Cursos Ministrados
CURSOS DURAÇÃO Nº DE LIÇÕES
Curso Juvenil aprox. 4 meses 24
Encontro com a Vida 4 meses 20
Família Feliz 1 mês 10
0 Mundo do Amanhã 1 mês 07
Futuro Revelado 6 meses 22
Diálogo com a Juventude 4 meses
16
(em reparo)
Pastores da Saúde Física 2 meses 12
(em reparo)
Total de alunos: 25.000 (aproximadamente)
Fonte: Informação prestada por pessoa da Administração da Entidade.
Já concluíram os Cursos "A Voz da Profecia" 397.297 pessoas. Nos
dois últimos anos foram diplomados 80.000 alunos.
Equipe Técnica
A Entidade conta com uma equipe de Teólogos, Mestres e Doutores
em Educação e Teologia para o preparo dos temas. 0 pessoal que faz o
trabalho de impressão, bem como o que cuida da remessa das lições e
mantém atualizados o fichário e arquivos, dedica-se, em horário integral, a
fim de fazer face ao volume de serviço abarcado pela Entidade.
Orientação da Aprendizagem
Na remessa da primeira lição de cada curso, a Entidade envia ao
cursista um folheto contendo a orientação para o estudo. O aluno que
encontrar dificuldade no preenchimento dos testes ou na compreensão de
qualquer ponto do estudo, bem como aquele que tiver problemas íntimos,
poderá contar com a ajuda do Orientador, que lhe envia carta individual
com as informações necessárias e/ou lhe prestará orientação para os
problemas apresentados.
No início de cada lição há um pequeno retrospecto do tema anterior,
interligando os assuntos, cujos conhecimentos se ampliam grada-
tivamente.
Avaliação da Aprendizagem
Ao final de cada lição há uma prova destacável que é resolvida pelos
alunos e remetida à Entidade. A estes testes são atribuídas menções:
Excelente, Muito Bom, Bom, Regular.
Certificado de Conclusão
Terá concluído o curso o aluno que tiver respondido a todos os testes
contidos nas lições. O Certificado de Conclusão, na maioria das vezes, é
entregue numa programação especial, contando com a presença dos
concluintes de cada cidade.
4. Pesquisa Indireta a.
Introdução
Constituída de dados previamente levantados com base em infor-
mações disponíveis em livros, anúncios, folhetos, publicações e dados
fornecidos pelas próprias Entidades envolvidas no processo, a Pesquisa
Indireta apresentou-se como a primeira motivação ao estudo efetuado.
Dentre o universo apresentado após a pesquisa feita, foram selecio-
nadas Entidades onde foram levados em consideração os dados significa-
tivos extraídos das visitas feitas, dos documentos apresentados, de en-
trevistas, contatos telefônicos locais e interestaduais e correspondência.
Foram realizadas as seguintes visitas:
Biblioteca do INEP;
• EMBRATEL;
• Projeto Minerva;
SEEC/RJ - Departamento de Reconhecimento de Cursos;
• CAPES-MEC;
Livraria da Fundação Getúlio Vargas;
Consulado Geral da República Federal da Alemanha;
IBAM - Instituto Brasileiro de Administração Municipal;
• CDRH -SEEC/RJ;
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos — EBCT;
Consulado Geral da Bolívia;
• Centro Técnico de Enfermagem;
• PREMEN;
Centro de Estudos de Pessoal - Exército Brasileiro (SETEN —
Sistema de Telensino);
Escola Superior de Guerra;
Associação "Mens Sana" — filial Rio;
• Cursos Especializados Ultramodernos;
Instituto Universal Brasileiro — filial Rio;
Instituto Cosmos de Beleza;
Sonoviso do Brasil;
A Voz da Profecia;
Cursos Guanabara de Ensino livre;
Consulado Geral de Israel;
Instituto de Letras da Faculdade de Filosofia — UERJ.
Os itens escolhidos foram aqueles que poderiam servir de subsídios
à Pesquisa Direta, procurando-se manter um padrão, dentro das disponi-
bilidades de dados coletados e da Entidade cadastrada.
Esta disponibilidade de dados ficou condicionada aos seguintes fa-
tores:
contatos com as Entidades de EPC de todo o país;
contatos com Entidades cujo endereço se limitava à "Caixa Postal",
dificultando o contato pessoal para entrevistas e/ou escla-
recimentos;
• dificuldades de enquadramento de certas Entidades nos quesitos
selecionados no roteiro padrão para cadastro, ocasionando au
sência de respostas a itens dos históricos.
b. Metodologia
A ordenação que permitiu, didaticamente, um encadeamento racional
levou-nos às seguintes considerações:
Levantamento Bibliográfico:
Foi constituído dos livros e publicações que forneceram os elementos
que permitiram situar o EPC no tempo e na realidade atual. Resultou de
buscas em bibliotecas especializadas oficiais e de entidades culturais de
órgãos nacionais e estrangeiros, tais como INEP, Fundação Getúlio
Vargas e Consulados diversos.
Identificação e análise das fontes secundárias de dados sobre:
Entidades que ministram Cursos por Correspondência
Partindo da natural diferenciação (em face dos objetivos, da clientela,
dos métodos e das condições de trabalho) dois grupos se caracterizaram:
Entidades Oficiais (entre elas as de cunho oficial tipo SENAC,
EMBRATEL, IBAM) e Entidades Particulares.
Procurou-se individualizar cada Entidade dentro dos padrões esta-
belecidos, não sendo possível, porém, abranger todas, face às dificulda-
des já relatadas.
Cursos por Correspondência existentes
Coletando elementos em órgãos de divulgação (revistas, jornais,
folhetos) e diretamente através de correspondência às Escolas, organizou-
se uma tabela de dupla entrada, na qual ficam indicados (ver tabela a
seguir):
— o número de entidades que ministram EPC (31);
a distribuição percentual, evidenciando maior incidência nos Es-
tados do Rio de Janeiro (51,61%) e de São Paulo (38,70%);
o número de cursos ministrados por correspondência (126);
a freqüência de um mesmo curso em diversas Entidades (exem-
plo: Curso de Inglês, 10 vezes);
a diversidade de ofertas, visando a evitar concorrência entre as
diferentes entidades;
a variedade de assuntos dos cursos, não havendo concentração
em determinadas áreas;
titulações diferentes envolvendo um mesmo conteúdo (exemplo:
Supletivo de 1º Grau e Madureza).
Objetivos dos Cursos por Correspondência Dois
grandes objetivos se destacaram de imediato:
nas Entidades oficiais ou de cunho oficial — o de aperfeiçoamento
e/ou de formação de pessoal especializado;
nas Entidades Particulares — o comercial, oferecendo, no entanto,
possibilidade de melhoria de conhecimentos teóricos e práticos,
culturais e profissionais.
As Entidades Particulares oferecem à sua clientela, a mais diversi-
ficada possível, a possibilidade de uma melhoria de "status" dentro das
organizações em que trabalham ou na busca de novas ocupações melhor
remuneradas.
Os objetivos apresentados, tanto nos cursos de entidades oficiais
como particulares, na sua quase totalidade, são estanques, limitando-se,
apenas, ao do curso oferecido, não abrindo perspectivas de uma seqüên-
cia posterior.
Material pedagógico utilizado
Foi aquele indicado pela propaganda dos próprios cursos e que
acompanhava os mesmos como elementos de esclarecimento e execução
prática. Todo esse material, juntamente com as características individuais
de cada curso, sofrem análise mais detalhada do GT (ver "Material
Pedagógico").
Sistemática de Avaliação
Na orientação da aprendizagem e avaliação apresentadas pelas En-
tidades caracterizou-se a grande freqüência no uso das avaliações tipo
"múltipla escolha".
A fixação de normas de avaliação dos resultados se apresentou
muito variável, pois em alguns casos se processava após algumas lições,
em outros após diversas lições e até mesmo ao término do curso.
Também a definição do percentual de acertos nas avaliações, acei-
tável ou não, variava de curso para curso.
c. Conclusões
Das Entidades pesquisadas, encontramos 77,42% de cunho parti-
cular e 22,58% de cunho oficial.
— As cinco Entidades com maior número de Cursos são, dentro do
universo pesquisado:
Dom Bosco — Escolas Reunidas — 26;
Instituto Universal Brasileiro - 25;
Instituto Rádio-Técnico Monitor S/A — 18;
Escolas Internacionais e Divulgação Brasileira de Cursos — 16.
Todos as entidades citadas têm sede no Estado de São Paulo, que,
todavia, em relação ao Estado do Rio de Janeiro, a Entidade com maior
número de Cursos é Curso Guanabara de Ensino Livre com 12, seguida da
Promotora Profissional Brasileira com 11 cursos.
Os cursos com maior freqüência na tabela são:
Inglês — 10 escolas; Português — 8 escolas; Corte e
Costura — 7 escolas; TV e Eletrônica e Matemática
Moderna — 6 escolas; Auxiliar de Escritório — 5 escolas;
Rádio e TV; Desenho Mecânico; Vendedor; Secretariado; Desenho
Artístico — 4 escolas.
Ao todo foram cadastrados e arquivados 334 (trezentos e trinta e
quatro) volumes referentes ao EPC, a grande maioria em Português,
havendo também em Inglês e Alemão.
Alguns cursos pelo assunto específico de que tratam, outros pelos
objetivos que almejam atingir são quase únicos: exemplo, o de Atualização
da Escola Superior de Guerra, os estágios de Telensino do Centro de
Pessoal do Exército; os do IBAM, Mágica, Hipnotismo, Parapsicolo-gia,
Egiptologia, Yoga etc.
VI. CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ASPECTO CUSTOS NO EPC
Tendo em vista a heterogeneidade das instituições que utilizam o
EPC, nacionais e regionais, públicas e privadas, e as várias nuances daí
decorrentes, como veremos a seguir, torna-se temerário discorrer com
plena isenção e conhecimento de causa sobre o fator custo deste método
de ensino no Brasil.
Uma instituição, cujo âmbito de ação é nacional, terá necessaria-
mente um custo unitário por curso menor que aquela de caráter regional,
mercê de uma tiragem maior, custos decrescentes em função do princípio
da economia de escala. Assim, não há como comparar os custos dos
cursos de uma e de outra, além do que a qualidade do curso interfere no
processo de comparação.
No tocante às diferenças existentes entre o EPC ministrado por
instituições privadas e públicas, estas se apresentam com maior realce.
Pode-se supor que uma instituição privada venha a aumentar o preço de
um curso que alcançou sucesso, com o objetivo de se ressarcir dos pre-
juízos oriundos de outro que não obteve aceitação. Falou-se de preço, mas
como as instituições privadas devem se preocupar com o resultado final de
suas operações e não com a contabilização dos custos de cada curso, é
lícito aceitar a suposição.
Nas instituições públicas, o EPC tem características muito próprias:
clientela definida, o que representa despreocupação com mercado;
objetivos definidos, em função de carências observadas, as quais
devem ser sanadas sem preocupação com custo;
— o custo é diluído nas despesas gerais da instituição, principal-
mente o custo fixo, porquanto é apenas uma atividade entre várias
desenvolvidas, sendo difícil desmembrar o EPC do todo.
Por conseguinte, não há como se identificar o custo real unitário.
Entretanto, considerando ser a contabilidade de custos uma prática
ainda deficiente, para não dizer inexistente em nosso País, qualquer
informação a respeito deve ser encarada com reservas.
Assim sendo, considera-se o fator custo aleatório, porquanto há que
se convir que custo não traduz qualidade, assim como o fundamental é
encontrar o conteúdo certo para a clientela a ser atendida, inde-
pendentemente de valores monetários.
Apesar disto, trata-se de um método de ensino que se constitui em
uma inovação metodológica e, por conseguinte, em uma atividade de
Tecnologia Educacional.
Como já foi acentuado no início do presente relatório (Item I. B), ao
se utilizar tecnologias educacionais há que se ter uma preocupação
bastante acentuada com os resultados. Resultados estes traduzidos em
benefícios educacionais.
Há quem afirme, e estudos têm demonstrado, que o fator custo ainda
é considerado como de extrema relevância para aqueles que tomam
decisões, na escolha de prioridades.
Entretanto, dadas as dificuldades de não existência ou de deficiência
da contabilidade de custos, é ainda bastante problemático chegar-se a
uma real análise do custo/efetividade de um processo ou método de
ensino.
Em relação ao EPC, algumas inferências são possíveis:
é uma tecnologia barata e educacionalmente efetiva;
é uma tecnologia um pouco mais sofisticada, mas educacional-
mente efetiva.
As duas hipóteses asseguram a efetividade do método de ensino e
são diferentes em função das formas de utilização. Ou se utiliza o EPC
como método de ensino à distância, valendo-se apenas de material im-
presso, ou se utiliza o EPC, também como método de ensino à distância,
porém valendo-se de todos os recursos disponíveis pela tecnologia, em
uma perspectiva de sistema de multimeios.
Evidentemente, ao se utilizar qualquer uma das formas, serão obtidos
resultados que se tornarão significativos, na medida em que refletirem o
atendimento a uma parcela das necessidades e carências do sistema
educacional.
Voltando-se, sobretudo, para cursos que se enquadram na função de
"Suprimento", defendida pelo Departamento de Ensino Supletivo, como
uma perspectiva de auto-instrução constante, na linha de uma Educação
Permanente, o EPC, como método de ensino, embora sem se permitir uma
análise científica de custo-efetividade, tem provado ser instrumento dos
mais relevantes para a educação — no sentido "lato" — de grandes
contingentes e, conseqüentemente, tem mostrado ser uma tecnologia de
elevada razão benefício/custo. Não há dúvida que, no atendimento à
crescente pressão da demanda, este método de ensino será considerado e
adotado, na medida em que o Sistema Educacional esteja aparelhado para
tanto.
Isto posto, considera-se importante que o Departamento de Ensino
Supletivo/MEC se predisponha a, já no exercício de 1978, alocar recursos
da ordem de Cr$ 20.000.000,00 (VINTE MILHÕES DE CRUZEIROS) para
o desenvolvimento do EPC, numa primeira etapa considerada de
implementação e testagem dos mecanismos necessários. Para tanto
devem ser acionados os 26 Centros de Estudo Supletivo distribuídos
pelas Unidades da Federação, que se constituirão nos pólos de recepção e
irradiação.
V. O MATERIAL PEDAGÓGICO
A. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS INSTRUMENTAIS DE
ANALISE
Para cumprimento da META 06 do Projeto, foram elaboradas duas
tabelas, objetivando a avaliação dos CPC das diferentes instituições que
atuam no EPC:
Tabela de Análise de Curso e Roteiro de Avaliação (ANEXOS 1
e 2)
- Ficha de Apreciação do Material do Aluno e Critério de Atribui
ção de Pontos (ANEXOS 3 e 4)
O primeiro instrumento é básico para análise dos currículos dos
cursos, respeitadas as variáveis e os indicadores constantes do Roteiro,
com vistas à necessidade ou não de reformulação do curso.
A Ficha de Apreciação do Material do Aluno discrimina três as-
pectos da produção: editorial, gráfica e didática, subdivididos em itens,
num total de 100 pontos. A atribuição de pontos por itens consta do
documento nº4.
Para análise do material do aluno, levou-se em consideração aspec-
tos específicos referentes às diferentes produções e, para cada item, foram
estabelecidos indicadores básicos, que serviram de guia para a avaliação.
O GT considerou, na análise, os seguintes itens:
1. Produção Editorial
a. Título
0 título de um CPC deve ser objetivo, direto e compatível com a obra.
b. Glossário
Por se tratar de ensino à distância, chegando a locais onde nem
sempre é possível encontrar material de consulta ou facilidade de escla-
recimento, julgamos que todo trabalho de EPC deverá conter um glossário
ou vocabulário que esteja adequado às normas bibliográficas, utilize
linguagem coerente com a clientela e emita conceitos corretos e
compatíveis com o nível da clientela.
c. Bibliografia
A sugestão de bibliografia sobre o assunto-base do curso favorece a
pesquisa, dando oportunidade ao aluno de ampliar conhecimentos e tirar
dúvidas, principalmente em se tratando de cursos técnicos, cujas
explicações nem sempre atendem ao nível de todos os alunos.
Sendo ensino individualizado, a bibliografia básica indicada deve ser
adequada ao nível dos alunos, compatível com os assuntos em estu-
do, atualizada e atendendo às normas bibliográficas. Estaria, assim,
proporcionando continuidade no estudo e obedecendo a um importante
aspecto da educação moderna: a Educação Permanente.
d. Edição
Para adequada identificação do material dos CPC, julgamos neces-
sária a apresentação do nome da Entidade e/ou Editora, o ano da edição e
o "Copyright" (a quem os direitos pertencem).
No caso específico dos CPC, sabemos que durante um determinado
prazo, não sofrem alteração (*). Após este prazo mínimo de "vida", são
revisados. A colocação do ano da Edição é, pois, um elemento que facilita
identificar o material, em termos de uma atualização.
e. Sumário
O sumário possibilita ao aluno a análise das aulas, suas partes, fa-
cilitando a divisão do tempo de que dispõe para estudo, com relação a
cada lição.
Assim deve constar do sumário a discriminação de capítulos e lições,
bem como o relacionamento de bibliografia e glossário.
2. Produção Gráfica
a. Formato
Consideramos que c material adequado deva ter um formato apro-
ximado de 14 x 21 cm (fechado), para maior, É necessário, ainda, que seja
adequado à clientela e compatível com o conteúdo e ilustrações que
apresente.
(*) - Ocorre, geralmente, nas entidades particulares.
b. Corpo da Letra
De acordo com os critérios de avaliação de material didático elabo-
rado pelo Departamento de Ensino Supletivo, com vistas ao PLIDESU —
Programa do Livro Didático de Ensino Supletivo — consideramos que o
corpo da letra deva ter, aproximadamente, 10 pontos de altura, sendo
usada tipologia adequada à clientela e à natureza do curso.
c. Diagramação
Ao observarmos o aspecto diagramação levamos em conta o equilí-
brio visual, a uniformidade e o aproveitamento do espaço.
d. Ilustração
Ao analisarmos este tópico, consideramos importante a qualidade
gráfica, a adequação ao conteúdo e à clientela, a distribuição equilibrada, a
localização no material, a comunicabilidade.
e. Acabamento
Entendemos que acabamento envolve resistência ao manuseio e boa
impressão gráfica. Esses dois fatores são primordiais, tendo em vista a
característica do curso — ser à distância. Assim, o material é freqüen-
temente utilizado pelo aluno em condição de auto-estudo. Portanto, ne-
cessário se faz que apresente resistência ao constante manuseio.
f. Papel
Foram considerados os seguintes critérios na análise deste tópico,
pelos mesmos motivos citados no item "acabamento":
resistência à realização de exercícios no próprio material;
possibilidade de boa percepção de texto e ilustração (não trans-
parência, por exemplo);
resistência ao manuseio.
3. Produção Didática
a. Objetivos
Os objetivos da instrução são relegados quase sempre a um plano
secundário pelos diversos estudiosos que, de uma maneira ou de outra,
estão mais voltados para resultados do que para objetivos precisos.
Sobretudo, se considerarmos que, com o advento da Tecnologia Educa-
cional, que, com sua nova forma de abordagem, está constantemente
colocando em xeque o presente para um planejamento racional do futuro,
fica patenteada a impossibilidade de avaliar, conscientemente, um curso
ou programa, ou se ter uma base sólida sobre a qual se possam selecionar
as ajudas didáticas adequadas, o conteúdo e os métodos apropriados, se
não existem metas claramente definidas.
A importância de se contar com objetivos claramente definidos está
centrada, principalmente, no fato de o aluno poder decidir a todo momento,
o que lhe é útil/e o que pode dispensar.
Em um tipo de educação mais tradicional, os objetivos podem ser
explicitados antes da instrução ser planejada e administrada, mas, de um
modo geral, isso não ocorre. Quando especificados os objetivos,
usualmente não se referem a nenhuma performance específica do edu-
cando, a qual passa a ser inferida pelo conteúdo dos materiais usados.
Já em um tipo de educação calcada em uma perspectiva de atuação
sistêmica, o desenvolvimento dos componentes da instrução se funda-
menta em objetivos previamente determinados. Esses objetivos são ba-
seados nas características e condições dos educandos, permitindo que o
processo de instrução parta dos aspectos que lhes são familiares para os
não familiares.
Daí a importância de, em se tratando de objetivos, etapa primeira de
qualquer planejamento de um curso, se estar atento para a sua com-
patibilização com o processo de ensino a ser utilizado. Objetivos definidos
com precisão devem conduzir a um eficiente processo de avaliação, não só
em termos de resultados alcançados, mas, sobretudo, de conhecimento
dos erros e deficiências ocorridos durante a aprendizagem.
Para tanto não devem estar limitados, apenas, à área do domínio
cognitivo, atendendo a requisitos de ordem lógica, psicológica e, princi-
palmente, adequação às características da clientela.
No tipo de ensino ministrado através da técnica de Instrução Pro-
gramada, é imprescindível que os objetivos se apresentem de forma
operacional.
b. Conteúdo Programático
Como instrumento para a consecução dos objetivos propostos de um
curso, deve ser entendido o CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. Assim, há de
manter coerência com esses objetivos e ser abrangente em relação a eles.
A seleção dos conteúdos procede do critério da sua significação para
o aluno. Temos, no entanto, que considerar condicionantes várias para
essa significação: as exigências da realidade social e renovações culturais
profundas que caracterizam a nossa época, e o nível de maturação do
aluno. E preciso, então, que o conteúdo apresente os elementos
estruturais básicos, guardadas as características da clientela, e se mante-
nha atualizado quanto às transformações de ordem diversa que marcam
os tempos de hoje. Atende dessa forma aos critérios sócio-culturais e
psicológicos que devem nortear a seleção.
O desenvolvimento do conteúdo, necessariamente, se dá de forma
contínua e seqüente, sendo dosado de maneira adequada para que se
evite a sua fragmentação em fatos isolados, e se possa levar o aluno à
valorização de idéias básicas de aplicação mais ampla, principalmente, à
vida prática.
A natureza do Curso e a adoção de técnicas e procedimentos que de
forma mais adequada possam conduzir aos objetivos propostos vão
condicionar, basicamente, a extensão do CONTEÚDO PROGRAMÁTICO,
já que num CPC, dadas as suas características de ensino individualizado à
distância, não se têm a duração do período letivo e a carga horária
destinada a cada matéria como elementos restritivos. 0 CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO necessita conter, no entanto, os elementos
básicos, tendo em vista o tempo estimado para cada etapa ou lição do
Curso, respeitadas as diferenças individuais.
É preciso ainda que os CONTEÚDOS selecionados para um Curso —
por correspondência ou não — sejam corretos e abram ao aluno novas
perspectivas, evitando estereótipos e preconceitos nocivos ao desenvol-
vimento de atitudes mais favoráveis à matéria e à aprendizagem em geral.
c. Textos
Os CPC basicamente utilizam-se da palavra escrita como veículo de
comunicação. Assume a palavra escrita, sob esse ângulo, importância
fundamental para o sucesso ou não de um Curso, entendido "sucesso"
como compreensão plena da mensagem educativa, conduzindo, assim, ao
alcance dos objetivos do ensino da matéria/ou matérias.
Como as experiências do aluno são o ponto de partida para o ensino,
o texto deve estar coerente com o nível deste ensino e, conseqüen-
temente, manter adequação vocabular ao público a que se destina. É
importante ressaltar que o educando deve "crescer" com o estudo, também
sob o aspecto de enriquecimento da expressão escrita, visto que a
linguagem não fornece apenas meios à expressão do pensamento e do
sentimento, mas ainda do funcionamento da imaginação criadora.
O texto, portanto, deve possibilitar o trabalho de elaboração inte-
lectual variado, despertando o interesse para a sua leitura, primeiro passo
no processo da assimilação dos conteúdos abordados.
A língua é, assim, o instrumento pelo qual se leva diferentes
conhecimentos ao aluno, É preciso que haja correção de linguagem, seja
do ponto-de-vista do emprego de padrões lingüísticos atuais, seja sob o
aspecto da precisão científica, com a inclusão de terminologia técnica
significativa e realmente indispensável, considerada a natureza do curso e
do público-alvo.
Os termos novos devem ser introduzidos, gradativamente, em con-
textos significativos, sendo dadas explicações adequadas e corretas, para
que não venham a se constituir em barreiras para a apreensão da mensa-
gem.
O texto deve, ainda, proporcionar a integração dos conhecimentos
das diferentes disciplinas do Curso com componentes ou situações de vida
do aluno, apresentando-se tecnicamente corretos, em termos da
metodologia adotada (instrução programada, módulos etc).
Em casos particulares de tradução, é preciso atentar, não só para a
adequação à realidade brasileira, como, também, à estrutura própria da
Língua Portuguesa, guardada a interdependência dos processos lin-
güísticos e mentais, já que a linguagem é uma atividade estruturante do
sujeito, destinada a elaborar e dar formas ao conteúdo de suas experiên-
cias.
d. Organização
A organização do conteúdo reveste-se da maior importância, se le-
varmos em consideração a natureza dos cursos por correspondência — o
aluno estuda sozinho, segundo suas oportunidades, conveniência e ritmo
de trabalho. Assim, da organização depende, muitas vezes, o seu sucesso
no curso.
Esse item foi talvez um dos mais difíceis de ser concretamente ana-
lisado, uma vez que a avaliação feita pelo GT teve que se limitar às evi-
dências demonstradas no material impresso enviado ao aluno.
No que tange ao aspecto de organização do conteúdo curricular,
um bom material deve:
apresentar as noções não justapostas, mas articuladas entre si, a
partir de problemas significativos para o aluno;
tratar os problemas apresentados, partindo de uma estrutura de
conjunto para os elementos parciais, dando sentido a todas as
etapas de trabalho;
• prever o desenvolvimento de capacidade e habilidades que pos-
sibilitem ao aluno a utilização de informações e técnicas apro-
priadas para examinar e solucionar problemas;
propiciar o desenvolvimento de interesse pelo material e estudo
em geral;
estimular os alunos a compreenderem, por si mesmos, ações prá-
ticas ligadas às suas vivências;
propiciar concatenação de pontos e subordinação de itens;
apresentar o conteúdo dosado por lições,
e. Atividades propostas
As atividades propostas devem ser significativas, isto é, úteis à rea-
lização dos objetivos pré-fixados no planejamento; capazes de propor-
cionar aplicação de conhecimentos já adquiridos, e ser, ainda, suficien-
temente variadas e exeqüíveis, acompanhadas de instruções claras. Não
devem ser, no entanto, monótonas, nem tão difíceis que desencorajem o
aluno.
Alguns critérios foram considerados pelo GT ao analisar o item
atividades, em Cursos por Correspondência.
As atividades devem ser:
adequadas às características dos alunos;
selecionadas de modo a atender aos objetivos da lição, quanto aos
aspectos essenciais do conteúdo;
selecionadas de modo a atender aos objetivos da lição, quanto ao
reforço dos assuntos apresentados na lição e/ou em outras
anteriores;
selecionadas de modo a criar condições para o prosseguimento do
curso;
tecnicamente bem organizadas.
As atividades propostas ao aluno devem ainda:
apelar para a sua criatividade;
apresentar instruções suficientemente claras, tendo em vista ser
um material de ensino individualizado;
possuir ilustrações indispensáveis para a compreensão do as-
sunto;
estimulá-lo a observar, refletir, analisar, concluir, inferir e criticar;
envolver a aplicação do conhecimento à vida real;
apresentar sugestões de uso de outros materiais (jornais, progra-
mas de rádio etc), para maior compreensão do texto ou solução de
problemas;
apresentar variedades de tipos de exercícios e atividades, de
modo a avaliar todos os objetivos propostos.
É, basicamente, através do envio das atividades devolvidas pelo alu-
no à instituição, para serem apreciadas, que se estabelece a comunicação,
o elo entre aluno/professor. As atividades, portanto, se constituem em
indicador para pontos do programa a serem revistos, aprofundados ou
reforçados.
f. Orientação da Aprendizagem
Considerando que o material dos CPC chega a alguém que não está
diante de um professor, o mesmo deve fornecer ao aluno todas as indi-
cações necessárias. O GT acha por bem constar do material as seguintes
informações básicas:
estrutura do cursos;
• objetivos;
duração provável do curso;
orientação para auto-estudo das lições;
utilização dos recursos auxiliares;
recursos para recuperação da aprendizagem.
Dessa forma, o educando se situa no curso, tem condição de pla-
nejar seus estudos, sabendo de antemão, com que recursos irá contar.
g. Avaliação da Aprendizagem
Do ponto-de-vista da avaliação da aprendizagem, considerado pelo
GT o aspecto mais importante a ser analisado, tanto é que a ele foram
atribuídos 15 (quinze) pontos — total por item mais elevado — adotaram-
se os seguintes indicadores básicos para a atribuição de pontos:
os testes ou provas estarem tecnicamente bem organizados;
• as questões se apresentarem com ordens ou instruções suficien-
temente claras;
as questões atenderem aos objetivos da lição ou conjunto de
lições, quanto aos aspectos essenciais do conteúdo, além de
apresentarem dosagem adequada;
os testes ou provas serem realizados com uma freqüência conve-
niente para a verificação;
o esclarecimento quanto ao padrão mínimo de desempenho a ser
obtido;
• a informação quanto à época da realização dos testes pelos alu-
nos, bem como sua devolução à Entidade.
A escolha dos indicadores foi uma variável dependente do tipo de
curso em tela: individualizado e à distância. Assim, sem a presença fí-
sica do professor, torna-se imprescindível a elaboração de instrumentos
muito bem organizados, com instruções precisas e claras, de modo a não
dar margem a dúvidas que não poderiam ser prontamente sanadas.
A ligação entre avaliação e objetivos é consenso entre os especialis-
tas de Educação, de vez que o papel da avaliação é demonstrar se os
objetivos foram atingidos e, em caso negativo, replanejar todo o processo.
A preocupação com a dosagem das questões e a freqüência das
verificações refere-se ao pressuposto metodológico que preside, de modo
geral, ao ensino individualizado ou seja: uma seqüência de aprendizagem
em pequenos passos, que garanta o domínio das competências desejadas.
Assim, também se justifica a necessidade de informar, claramente, ao
aluno a época de realização dos testes, bem como o padrão mínimo do
desempenho, para que o próprio aluno acompanhe os progressos que,
porventura, consiga atingir na realização do curso.
h. Recursos Auxiliares
A importância de que se revestem os recursos auxiliares da apren-
dizagem, e a conseqüente dependência que estes mantêm em relação aos
objetivos e ao conteúdo programático de um determinado curso, leva-nos a
considerá-los como indispensáveis, sobretudo na era atual, para que se
obtenha dos alunos, que se submetem às várias modalidades de ensino,
uma aprendizagem cada vez mais vinculada à sua realidade prática de
vida e, por conseguinte, mais efetiva.
Entretanto, faz-se mister que esses recursos, sobretudo os vincula-
dos aos cursos técnicos por natureza, a par de sua atualidade e indis-
pensabilidade à consecução dos objetivos do curso, mantenham um es-
treito relacionamento com os textos que desenvolvem o conteúdo pro-
gramático.
Nos CPC, já por si de natureza individual, preconizando acima de
tudo a auto-instrução, os variados tipos de recursos auxiliares (impressos,
mapas, cartazes, audiovisuais etc, e até mesmo os meios que caracterizam
as tecnologias educacionais: rádio, televisão e cinema) devem apresentar
boa qualidade técnica, resistência à manipulação, ao mesmo tempo em
que se apresentem como fundamentais para a melhor compreensão das
lições que compõem o(s) curso(s).
B. ANALISE DO MATERIAL PEDAGÓGICO E CONCLUSÕES
Coube ao GT analisar 35 cursos que foram encaminhados em cum-
primento ao prazo-limite estabelecido pela Gerência para recebimento de
material (31 de julho), sendo 16 de entidades oficiais (*) e 19 de entidades
particulares:
ENTIDADE CURSOS
CDRH Ciências por Correspondência
— Supervisão Escolar
EMBRATEL
- Eletricidade Básica
- Central de Comutação Automática
Comunicação Escrita na Empresa
— Eletrônica Básica
IBAM — Contabilidade Municipal
— Supervisão Escolar
IRDEB — Estenotaquigrafia
- Educação Geral - 29 Grau
SENAC
— Camareira
Operador de Caixa
— Correspondente Comercial
— Recepcionista de Crediário
Técnica de Vendas
— Arquivista
Abril Educação Técnicas de Alfabetização
0 Uso do Livro Didático
Curso de Auxiliares de Clínica e Cirurgia Auxiliar de Serviços Médicos
Auxiliar de Instrumentação Cirúrgica
(*) -O GT considerou também na categoria oficial: CDRH, EMBRATEL, IBAM, SENAC.
ENTIDADE CURSOS
Cursos Guanabara de Ensino Livre Auxiliar de Enfermagem
— Pecuária
Dom Bosco Escolas Reunidas Auxiliar de Escritório
— Desenho Mecânico
Escolas Associadas — Fotografia
— Relojoeiro
Hollywood School of Languages — Inglês Prático
Instituto Rádio Técnico Monitor — Eletrônica
— Desenho Mecânico
Instituto Universal Brasileiro
— Desenho Mecânico
Auxiliar de Escritório
Auxiliar de Administração
— Rádio
— Mecânica Geral
Occidental Schools — Eletrônica
- Rádio -TV
Para análise do material pedagógico adotou-se a seguinte meto-
dologia:
leitura de matéria especializada e consulta ao trabalho elaborado
pelo GT/IPEA sobre EPC;
elaboração de Ficha de Apreciação do Material do Aluno e da
Tabela de Análise de Cursos e Roteiro para a sua análise;
validação da Ficha e da tabela através de aplicação experimental;
reajustes nos pontos considerados críticos;
análise do material do aluno em função dos indicadores básicos
constantes da Ficha e dos Cursos (currículo ou plano) à luz do
Roteiro e seus indicadores;
preenchimento da Tabela de Análise de Cursos;
preenchimento da Ficha, por curso, com atribuição de pontos
obedecendo aos critérios estabelecidos; (*)
emissão de parecer técnico por especialista, quando necessário;
(•)
emissão de parecer final pelo relator do GT, considerando a
opinião dada pelo especialista. (*)
A Tabela de Análise de Cursos não foi preenchida com a mesma
incidência que a Ficha de Apreciação do Material do Aluno, por não terem
as entidades enviado ao GT, na sua maioria, material que permita tal
preenchimento. Assim, apenas o IRDEB, a EMBRATEL e o Monitor
tiveram alguns dos seus cursos passíveis de registro na referida Tabel Ia.
(*)
Visando a um trabalho integrado com uma instituição que possui
larga experiência em cursos profissionalizantes, foi mantido intercâmbio
com a UTRAMIG — Fundação de Educação para o Trabalho de Minas
Gerais — para análise, por amostragem, de oito cursos, adotando-se a
mesma metodologia estabelecida pelo GT.
( ) - Dado o seu caráter reservado, as Tabelas, as Fichas e Pareceres constituem documento à
parte.
Como alguns CPC utilizaram a técnica de Instrução Programada,
foram entrevistados especialistas que emitiram suas opiniões sobre a va-
lidade do emprego da referida técnica no EPC. (ANEXO 5)
Após a análise de cada curso, separadamente, foram mapeados os
itens por produção (gráfica, editorial e didática) para que se pudesse ter,
por amostragem bastante significativa, uma visão analítica e comparativa
da situação dos CPC, em todo o País (ANEXO 6). Foi estabelecido, então,
como padrão mínimo desejável, o índice de 70% dos pontos atribuídos aos
itens da tabela.
A seguir, a situação de cada item, numa análise global, onde foram
destacados os pontos mais relevantes do comportamento do item na es-
trutura dos cursos, e conclusões gerais:
1. Produção Editorial
a. Título
Análise
De um modo geral, o item foi bem cuidado, com 91% dos cursos
analisados atingindo o total do item. Não consideramos este item pro-
blemático.
Conclusão
As instituições, tanto oficiais quanto particulares, deram títulos
adequados a seus cursos.
b. Glossário
Análise
Juntamente com a bibliografia, a este aspecto foi atribuído o maior
número de pontos da Parte Editorial.
Dos cursos analisados, 65% atingiram o valor total dos pontos, sendo
que, quando o curso apresentava explicações no próprio texto e
dispensava o glossário, lhe foi atribuído o ponto máximo, como por
exemplo, no Curso de Estenotaquigrafia do IRDEB, no de Auxiliar de
Escritório do Dom Bosco e no de Operador de Caixa do SENAC, entre
outros.
14% dos cursos estudados perderam todos os pontos, sendo neces-
sária a inclusão do glossário para esclarecimento de termos e retirada de
dúvidas, quanto à significação de vocábulos.
Conclusão
O item foi considerado problemático na análise.
Dos cursos que não apresentam glossário, a parte referente à
análise de Textos ficou bastante prejudicada.
Nos cursos Técnicos, com vocabulário especializado, é im-
prescindível a presença do item.
c. Bibliografia
Análise
Dos cursos analisados, 54% não receberam nenhum ponto no item
e 37% atingiram o valor total.
Conclusão
Este aspecto foi, na Parte Editorial, o que apresentou maior
problema na análise dos cursos enviados ao GT.
Os cursos que adotam como técnica a Instrução Programada,
em geral não apresentaram bibliografia.
Nem sempre a bibliografia era a mais indicada em termos de
adequação à clientela e aos assuntos tratados.
d. Edição
Análise
74% dos cursos estudados alcançaram o total do item, não consti-
tuindo, por isso, um aspecto crítico na análise.
Conclusões
Em geral consta do material o nome da instituição a que per-
tence, sem referência à editora, já que a maioria possui gráfica
própria.
0 ano da edição é referência geralmente esquecida.
e. Sumário
Análise
Pela análise deste item constatamos que 48,5% dos Cursos obtive-
ram 2 pontos e 28,5% não alcançaram nenhum ponto.
Sentimos assim, que um índice muito elevado correspondeu a zero
pontos.
A discriminação dos capítulos das lições, relacionando bibliografia e
glossário foi um dos aspectos pouco atendido no item.
Conclusões
Nos cursos oferecidos por entidades consideradas "oficiais", os
capítulos estão discriminados, dando uma visão global do
programa que se propõem a seguir.
Nos cursos de instituições particulares, em geral, há apenas a
divisão em lições com o título discriminado.
2. Produção Gráfica
a. Formato
Análise
Os únicos cursos que não obtiveram o ponto foram os dois que
consideramos "não tabeláveis".
Os demais apresentaram formato adequado à clientela, compatível
com o conteúdo e ilustrações.
Conclusão
Foi o item que apresentou melhor desempenho por parte
dos cursos.
b. Corpo da Letra
Analise
63% dos cursos analisados atenderam ao item, recebendo 3 pontos;
29% receberam 2 pontos.
Conclusão
O material impresso se apresenta, em geral, quanto ao item,
adequado à clientela e à natureza do Curso, tanto os de enti
dades oficiais como os de particulares.
c. Diagramação
Análise
Alguns cursos foram prejudicados por apresentarem material mi-
meografado, o que não lhes deu as mesmas condições de comparação.
51,4% receberam 4 pontos, uma vez que foi o item considerado de
maior importância na Produção Gráfica; 37,1% ficaram com 3 pontos.
Conclusão
Não julgamos o item problemático nos aspectos equilíbrio
visual, uniformidade e aproveitamento do espaço.
d. Ilustração
Análise
Os Cursos de Camareira do Senac, Comutação da Embratel e Uso
do Livro Didático da Editora Abril são alguns excelentes exemplos para
este item.
0 Curso de Mecânica Geral do Instituto Universal Brasileiro, o de
Desenho Mecânico da Dom Bosco e o de Desenho Mecânico do Instituto
Universal Brasileiro apresentam as ilustrações distantes do texto a que se
referem, tendo o aluno que ler em um local a explicação e folhear o
material para observar a ilustração em outro. 60% dos cursos observados
receberam o total dos pontos (3), ficando 26% com 2 pontos.
Conclusões
As ilustrações indevidamente colocadas prejudicaram grande-
mente o material de alguns cursos.
Os cursos de entidades oficiais apresentam alta qualidade em
suas ilustrações.
e. Acabamento
Análise
65% dos cursos analisados receberam 2 pontos, ficando 28% com 1
ponto.
Foram considerados excelentes os cursos oferecidos pela Embratel,
organizados em fichários plásticos, em material resistente e com ótimo
aspecto.
Por outro lado, encontramos o Occidental Schools como excessão
das escolas particulares, com o Curso de Técnico de Eletrônica — Rá-
dio/Televisão, com apresentação de bom nível e capa para proteger de-
vidamente o material.
0 mesmo não podemos dizer dos cursos pertencentes às Escolas
Associadas, ao Instituto Universal Brasileiro e Dom Bosco, que apresen-
tam apostilas mimeografadas, grampeadas ou coladas.
No caso dos Cursos por Correspondência do IRDEB, compreende-
mos que a inferioridade do material empregado deveu-se ao barateamento
dos custos de produção.
Conclusão
Ficou notório, no material analisado pelo GT, que os cursos
das escolas oficiais são muito melhor apresentados, com cui
dado e beleza.
f. Papel
Análise
Dos cursos analisados, 77% atingiram o total dos pontos.
Conclusões
Das entidades oficiais, que utilizam papel de excelente quali-
dade, apenas o IRDEB, visando o barateamento (em função da
clientela), emprega papel jornal em seus cursos.
0 item não foi considerado problemático.
3. Produção Didática
a. Objetivos
Análise
Dos cursos por correspondência analisados pelo GT, 48% deles ob-
tiveram pontos abaixo do padrão mínimo estabelecido, ou seja, 70% do
total de pontos.
Assim 25% dos cursos apresentaram objetivos definidos com clareza
e precisão, obtendo a totalidade dos pontos; e outros 25% conseguiram
pontos acima de 70%.
Os demais variaram entre 6 e zero pontos, sendo que obtiveram
zero, 8% dos cursos analisados.
De uma forma geral, os principais problemas encontrados prendem-
se à definição incorreta dos objetivos e, conseqüentemente, à im-
possibilidade de uma avaliação técnico-científica de processos e produtos
de aprendizagem.
Grande parte dos cursos apresenta os objetivos estabelecidos de
forma geral ou apenas perceptível.
Nos cursos que utilizam a técnica de Instrução Programada, sobre-
tudo os apresentados pelo SENAC, os objetivos são estabelecidos em
termos operacionais, embora o curso Recepcionista de Crediário, uti-
lizando a mesma técnica, deixe de fazê-lo.
A maior evidência de não definição de objetivos é encontrada nos
cursos pertencentes às empresas particulares de EPC.
Em relação às entidades oficiais, destacam-se os cursos enviados
pela EMBRATEL, que apresentam, inicialmente, um plano de execução
com objetivos estabelecidos, em termos comportamentais.
Conclusões
A análise do material do aluno evidencia que, tanto a nível de
empresas particulares, quanto a nível de entidades oficiais, ao
aluno só é dado conhecer, em linhas gerais, o plano de
execução do curso. Exceção deve ser feita à EMBRATEL, que
o apresenta de forma completa e detalhada.
De maneira geral, as empresas particulares de EPC não reve-
lam preocupação com a definição precisa dos objetivos da
instrução, o que, de certa maneira, fica evidenciado nos do-
cumentos relativos às entidades oficiais.
Os cursos analisados, que obtiveram pontos abaixo do padrão
mínimo estabelecido (70%), em sua maioria deixaram de
apresentar objetivos definidos. Alguns o fizeram apenas de
forma perceptível.
Ficou patenteado que a técnica utilizada para a transmissão
dos conhecimentos, como por exemplo, Instrução Programada,
tem influência significativa na definição explícita e operacional
de objetivos.
As preocupações com os resultados da aprendizagem eviden-
ciadas pelas entidades oficiais são, em parte, causa da defini-
ção clara e precisa de objetivos, que essas entidades apre-
sentam.
b. Conteúdo Programático
Análise
Dos cursos analisados pelo GT aproximadamente 69% obtiveram
70% dos pontos atribuídos ao item, tendo 31% atingido os pontos má-
ximos.
Cabe ainda registrar que ao conteúdo programático de dois dos
cursos analisados foi dada a nota zero, por não atender aos indicadores
básicos para atribuição de pontos.
Os principais problemas encontrados, de uma forma geral, prendem-
se à dosagem em relação à seqüência programática para o desen-
volvimento das matérias e aos indicadores que guardam estreita depen-
dência com o item "objetivos" ("coerente e abrangente em relação aos
objetivos"), visto que este foi um dos pontos críticos dos materiais ana-
lisados.
Na maioria dos cursos oferecidos por instituições oficiais o item foi
considerado de excelente nível, exceção feita aos cursos do IRDEB, com
deficiências acentuadas, quanto à dosagem e correção, e ao de Eletrônica
Básica da EMBRATEL, que teve como pontos negativos a dosagem e a
abordagem do conteúdo.
Nos cursos oferecidos por entidades particulares, alguns como por
exemplo o de Desenho Mecânico do Instituto Universal Brasileiro e o de
Pecuária dos Cursos Guanabara de Ensino Livre, apresentam conteúdo
correto e atualizado. Há ainda a ressaltar os elaborados pela Editora Abril
— Técnicas de Alfabetização e 0 Uso do Livro Didático — que obtiveram a
nota máxima no item.
Constatamos que alguns cursos pertencentes às entidades privadas
necessitam de complementação e/ou reformulação, quanto ao conteúdo
de apenas algumas disciplinas, como é o caso do Curso de Mecânica
Geral do Instituto Universal Brasileiro, Supletivo Profissionalizante de
Eletrônica do Monitor e Auxiliar de Escritório da Dom Bosco, levando-se
em conta a natureza do curso, clientela e objetivos.
Outro ponto a considerar é o dos conteúdos de Língua Portuguesa,
nos cursos voltados para o trabalho, que apresentam essa disciplina como
componente curricular. De uma forma geral, a abordagem do conteúdo se
dá sem aplicabilidade à vida prática, repetindo apenas regras e regras,
alguns com imprecisões de conceitos numa volta à gramática normativa,
se é que já adotaram uma linha mais moderna e funcional para o estudo
da língua.
Conclusões
— 0 item não se apresentou como crítico na análise efetuada, já
que aproximadamente 69% dos cursos alcançaram mais de
70% dos pontos a eles atribuído.
Nos cursos de instituições oficiais há um cuidado bastante
acentuado com relação ao conteúdo a ser transmitido, prin-
cipalmente no que se refere à correção, atualização, dosagem
e seleção.
Alguns cursos necessitam apenas de complementação e/ou
reformulação dos conteúdos de determinadas disciplinas e não,
do curso no todo.
Os conteúdos de Língua Portuguesa necessitam de tratamento
mais prático e objetivo, e menos gramatical.
c. Textos
Análise
Podemos considerar como excelente o índice alcançado pelo item na
análise dos 35 cursos: 80% atingiram de 7 a 10 pontos. Assim tivemos:
31% com a nota máxima, 17% com 9 pontos, 11% totalizando 8 e 19%
com 7 pontos.
Apenas 19% dos cursos obtiveram graus abaixo dos 70%, sendo que
a 5% dos cursos não foram computados os pontos do item, por total
inobservância aos indicadores básicos para a sua atribuição.
Em geral, os cursos elaborados por instituições oficiais tiveram, ba-
sicamente, atendidos os indicadores levantados para análise do item. As
exceções ficaram por conta dos Cursos de Eletrônica Básica da EMBRA-
TEL, onde não foi mantido um mesmo nível na linguagem utilizada;
Arquivista do SENAC, em que o texto não possibilita ao aluno um trabalho
de elaboração intelectual, nem integração dos conhecimentos com outros
componentes ou situações de vida; Supletivo de 29 Grau do IRDEB, que
apresenta imprecisão quanto à terminologia científica, bem como
linguagem nem sempre apropriada a um curso que, antes de tudo, deve
ser formativo.
Quanto aos cursos oferecidos por instituições particulares, os pontos
críticos recaem na correção de linguagem, equilíbrio na introdução
de termos novos e explicação adequada de vocábulos empregados, sejam
especificamente técnicos ou científicos, ou apenas referentes ao seu valor
semântico. Alguns cursos, ainda, apresentam incorreções de conceitos,
como é o caso de Auxiliar de Escritório do Instituto Universal Brasileiro.
Outros utilizam linguagem acima do nível de ensino a que se destinam
(caso do Técnico de Eletrônica da Occidental Schools).
Um ponto a destacar é o da ilustração como parte integrante do
texto. Vários cursos perderam pontos no item por não apresentarem
ilustrações que contribuíssem para maior apreensão da mensagem, seja
por inadequação, ausência de referência ou mesmo localização (caso de
estarem agrupadas, ao final da lição, todas as ilustrações correspondentes
aos assuntos tratados). Nesse caso estão, por exemplo, os Cursos
Mecânica Geral do Instituto Universal Brasileiro e Desenho Mecânico da
Dom Bosco.
Vale ainda ressaltar que os cursos que não possuem glossário ou
vocabulário — e quando estes não foram considerados dispensáveis pelo
GT — perderam pontos consideráveis no item TEXTOS, conseqüência
lógica já esperada.
Com relação a cursos que foram traduzidos — caso específico do
Inglês Prático das Escolas Associadas — alguns vocábulos apresentam
grafia usualmente empregada em Portugal, ficando, portanto, afastada da
utilizada em nosso país. Já o Curso de Pecuária dos Cursos Guanabara
de Ensino Livre contém traduções inadequadas de termos técnicos,
embora no todo a transposição para o português tenha bom nível, mantida
de um modo geral a adequação à realidade brasileira.
Conclusões
Quase todos os Cursos apresentam textos expositivos (instru-
ção linear simples), exceção feita à maioria dos CPC do SE-
NAC, que utilizam a técnica de Instrução Programada.
Como o veículo de comunicação é, basicamente, a palavra
escrita, há uma preocupação por parte das entidades, de um
modo geral, com a apresentação das aulas em linguagem clara,
coloquial por vezes, embora nem sempre suficientemente
atraente.
Alguns cursos apresentam textos com incorreções de lingua-
gem, notadamente em ortografia, num total alheamento à
Reforma Ortográfica (Lei nº 5.765 de 18 de dezembro de 1971),
em vigência.
Nem sempre há o cuidado de manter o equilíbrio na introdução
de termos novos, bem como em dar a eles explicação
adequada.
As ilustrações nem sempre fazem parte integrante do texto,
constituindo-se, por vezes, em figuras destituídas de carga
realmente informativa, que possibilitem "ampliar" a visão do
aluno sobre um objeto ou fato.
Em cursos traduzidos (total ou parcialmente), nem sempre há a
preocupação com o emprego correto de estruturas frasais
características da Língua Portuguesa, e com a grafia em vigor
em nosso território, bem como com a tradução adequada de
termos técnicos e científicos.
d. Organização
o Análise
Dos cursos por correspondência analisados pelo GT, 78% obtiveram
o padrão mínimo estabelecido.
Assim, 39% dos cursos obtiveram a totalidade dos pontos; 11%
alcançaram 9 pontos; 5%, 8 pontos; 19% dos cursos foram contemplados
com 7 pontos.
22% dos cursos receberam de 6 a zero pontos, sendo que 8,5%
receberam zero pontos.
Da análise feita, podemos constatar que o item organização me-
receu um bom tratamento, quer por parte das entidades oficiais, quer por
parte de entidades particulares. Um bom exemplo é o Curso Supervisão
Escolar do IBAM.
No entanto, no Curso de Pecuária do Instituto Cursos Guanabara de
Ensino Livre, a parte que mais deixa a desejar é a de organização, em
que o conceito é negativo para vários dos indicadores da tabela, pois o
aluno tem que ser muito hábil para apanhar os assuntos que estão
mesclados e separá-los num seqüência lógico-didática.
Conclusões
O item organização mereceu um bom tratamento pela maioria
das agências oficiais e particulares.
Dois dos cursos que obtiveram zero o fizeram nos demais itens
da tabela.
Nenhuma instituição oficial apresentou problema maior com
relação a esse item.
e. Atividades Propostas
Análise
Dos cursos submetidos ao GT, obtiveram 70% dos pontos no item,
66% dos cursos.
Dos dois cursos que receberam zero pontos o fizeram, também, nos
demais itens da tabela.
Os resultados dos cursos foram os seguintes: 28% obtiveram nú-
mero máximo de pontos — 10; 11%, 9 pontos; 17%, 8 pontos; 14%, 7
pontos; ficando os demais 34% abaixo do padrão mínimo estabelecido.
Entre os pontos considerados falhos em diferentes pareceres exa-
minados, destacamos:
— "As atividades propostas limitam-se à parte do estudo teórico das
lições e respostas às perguntas contidas no material escrito.
Somente no final do Curso, o aluno realiza uma atividade prática,
ou seja, a montagem de um fichário" (Curso: Arquivista —
Entidade: SENAC);
"Os exercícios intermediários são de um único tipo: certo ou
errado, o que empobrece o material e não propicia ao aluno
oportunidade de elaboração mental mais ampla" (Curso: Conta-
bilidade Municipal - Entidade: IBAM);
"As atividades propostas pecam em dosagem e na técnica de
construção dos exercícios" (Curso: Desenho Mecânico — En-
tidade: Dom Bosco Escolas Reunidas);
"As atividades propostas se apresentam pobres em termos de
tipos e apelo à criatividade do aluno". (Curso: Técnico de Ele-
trônica — Entidade: Occidental Schools);
"As atividades propostas, limitadas aos exercícios de fixação, não
apelam à criatividade dos alunos, ficando num nível muito
superficial, em relação à riqueza do material oferecido para re-
flexão e estudos". (Curso: Supervisão Escolar — Entidade: IBAM).
Como pontos positivos, destacamos:
"As tarefas sugeridas ao professor-cursista são bastante práticas e
variadas". (Curso: Técnico de Alfabetização — Entidade: Abril S/A
Cultural e Indústria / Divisão de Educação);
"As atividades propostas são em mero bastante significativo e
apresentam variedades de tipos e com sentido prático adequado à
matéria em tela". (Curso: Estenotaquigrafia — Entidade: IRDEB);
"As atividades propostas são variadas e apresentam caráter teó-
rico e prático". (Curso: Desenho Mecânico — Entidade: Instituto
Universal Brasileiro).
Conclusões
— As entidades, quer oficiais quer particulares, procuram propor
atividades variadas, atendendo aos objetivos propostos.
As falhas apontadas são, na maioria das vezes, na técnica de
construção e na pobreza de tipo de questão.
As atividades elaboradas não estimulam o aluno a observar,
analisar, concluir, inferir e criticar, sendo quase sempre, de
resposta imediata e cobrando conhecimento fatual.
As atividades não atendem às características da clientela,
talvez pela não definição, por algumas agências, de seu públi-
co-alvo.
f. Orientação da Aprendizagem
Análise
Dos cursos analisados, 63% contém as informações básicas sobre a
orientação de aprendizagem; 37% o fazem de forma incompleta ou não o
fazem.
O comportamento dos cursos no item referido poderá ser observado
pela tabela a seguir:
Pontos % (aprox.)
0 8,5%
1 31%
1,5 2,8%
2 5%
3 17%
4 25%
5 37%
Alguns cursos dão ao aluno informações relativas à finalidade do
programa, destinatários objetivos, numa linguagem clara como o Curso
Correspondente Comercial do SENAC e Desenho Mecânico do Instituto
Universal Brasileiro, que apresenta também uma segura orientação ao
aluno, quanto ao auto-estudo das lições e utilização dos recursos
auxiliares.
Outros, no entanto, falham por não fornecerem ao educando in-
formações sobre objetivos, duração provável do Curso e recursos para
recuperação da aprendizagem, como, por exemplo, o Curso Rádio do
Instituto Universal Brasileiro e o de Relojoeiro das Escolas Associadas.
Conclusões
— O item orientação da aprendizagem recebeu um bom trata-
mento por parte da maioria dos Cursos (68% dos Cursos obti-
veram o padrão mínimo).
As falhas apontadas são tanto nos cursos oficiais, quanto nos
cursos particulares.
Dois dos cursos que obtiveram zero pontos o fizeram nos de-
mais itens da tabela.
g. Avaliação da Aprendizagem
Análise
De modo geral, podemos afirmar que dos cursos analisados, apenas
39% obtiveram de 10 a 15 pontos; 39% conseguiram de 5 a 10 pontos;
sendo que 19% não atingiram nem 5 pontos, no item "Avaliação da
Aprendizagem".
O cuidado com que o GT cercou a análise dos aspectos avaliativos
decorreu, em grande parte, da consciência de que, se os CPC vierem a
ser validados, mediante a oficialização de seus certificados ou diplomas,
uma nova atitude se impõe.
Sabemos, contudo, que nas empresa: e instituições em que o EPC é
uma variável determinante de acesso em carreira, como é o caso da
EMBRATEL e do Exército, a preocupação com a avaliação, não só se
prende ao produto final, através de verificações somativas de todo o con-
teúdo programático, como também se volta para o acompanhamento do
processo ensino-aprendizagem. Dessa forma em Cursos, por exemplo,
como os do IRDEB e os do CDRH, entre outros, o aluno avalia
o Curso, seus objetivos, método e material distribuído; o monitor (no caso
do IRDEB) também o faz e, assim, se replanejam os cursos, com vistas a
um contínuo aperfeiçoamento.
Nos cursos oferecidos por instituições oficiais, o item é, na maior
parte das vezes, cuidado, bem orientado, tecnicamente bem organizado,
permitindo uma visão da aprendizagem realizada pelo aluno. É bem
verdade que algumas instituições ainda confundem nota com conceito,
considerando, como tal, apenas a codificação por letra, geralmente
acompanhada de um adjetivo, sem as implicações no processo global de
ensino-aprendizagem pressupostos na formulação do conceito do aluno
pelo professor (ex. sistema de avaliação da EMBRATEL). Outras, como o
IBAM, em seu Curso de Contabilidade Oficial, se atem a um só tipo de
questão, como o de múltipla escolha, na verificação de cada uma das
lições do Curso. Mas, não deixa de ser louvável, por exemplo, a
preocupação com a recuperação da aprendizagem, inserida pela EM-
BRATEL em seus cursos, incorporando um dos princípios mais saudáveis
da Lei nº 5.692/71, com vistas à individualização do ensino. Também o
SENAC se preocupa com este problema e oferece vários de seus cursos
através da técnica de Instrução Programada. Assim, em seu curso
Recepcionista de Crediário, e a título de contribuição, ressaltaríamos que,
tendo em vista a técnica supracitada, conviria, além da operacionalização
dos objetivos, da determinação dos comportamentos de entrada da
clientela-alvo, fixar o padrão mínimo de desempenho por parte do aluno e
manter a avaliação durante o processo de aprendizagem.
Nos cursos oferecidos por entidades particulares há também testes
tecnicamente bem elaborados, enfocando os aspectos essenciais do
conteúdo, apresentando, inclusive, a preocupação com a auto-avaliação,
como no Curso Técnico de Alfabetização — SEI da Abril S/A, Cultural e
Industrial. Na maior parte das vezes, contudo, as verificações se limitam a
um único tipo de questão nem sempre bem formulada — certo ou errado,
por exemplo, ou só múltipla escolha com 3 alternativas — e abrangendo,
apenas, o domínio cognitivo em seu nível menos complexo: o de
conhecimento. Sendo assim, às vezes, os testes cobrem o assunto com
bastante superficialidade, ou então, se detêm em questões de menor
relevância, em face de outras essenciais ao conteúdo estudado.
Mais grave ainda no presente tópico de estudo, é a ausência de orien-
tação sobre a avaliação da aprendizagem, o que a torna praticamente
impossível, como no caso do Curso Teórico de Enfermagem dos Cursos
Guanabara de Ensino Livre. Sentimos de um modo geral a falta de
determinação de um padrão mínimo de desempenho a ser obtido pelo
aluno.
Em certos cursos, como é o caso do Curso Supletivo Profissiona-
lizante de Eletrônica — 1
a
Fase do Instituto Rádio Técnico Monitor S/A, é
louvável a preocupação com a recuperação, já comentada por nós
anteriormente.
Conclusões
A avaliação é o item que mais deixa a desejar da análise feita
pelo GT.
Nas instituições oficiais, a avaliação é bem cuidada e organi-
zada.
Encontramos testes com um só tipo de questão, tanto em
cursos oferecidos por instituições oficiais, como por particu-
lares.
Na maior parte dos cursos, não há fixação do padrão mínimo de
desempenho.
A preocupação, quando há, é de avaliar o PRODUTO, só rara-
mente se encontrando a avaliação do PROCESSO.
As avaliações portanto, se limitam à verificação da aprendiza-
gem do domínio cognitivo ao nível do simples conhecimento,
muitas vezes de forma superficial.
Tanto em cursos oficiais, como em particulares, encontramos
preocupações com a recuperação da aprendizagem.
h. Recursos Auxiliares
Análise
De uma forma geral, o item Recursos Auxiliares apresenta nos
cursos analisados uma relação de coerência com os objetivos e o con-
teúdo de cada um deles.
Assim é que 21 cursos alcançaram a atribuição máxima de pontos
(5), o que representa, em termos percentuais, 60% da totalidade. 8,5%
dos cursos alcançaram a atribuição subseqüente, ou seja, 4 pontos, e os
demais, abaixo portanto do número de pontos considerado suficiente para
um real aproveitamento (70%).
Os maiores problemas evidenciados ficaram por conta da ausência
de recursos auxiliares necessários a uma melhoria do processo ensino-
aprendizagem. Um único curso apresentou material não compatível com
as atividades previstas no decorrer das lições e, conseqüentemente, em
relação aos objetivos e conteúdos previstos para o curso.
Conclusões
Os cursos, de maneira geral, apresentam significativa preocu-
pação com os recursos auxiliares necessários a um produtivo
processo de ensino-aprendizagem.
Em alguns cursos, tanto de entidades oficiais como de empre-
sas particulares, há escassez de materiais que permitam um ti-
po de aprendizagem mais voltada para a aplicação prática dos
conhecimentos técnicos adquiridos.
Como nem sempre os objetivos dos cursos, sobretudo os das
empresas particulares, apresentam-se explicitamente definidos,
os recursos auxiliares são introduzidos a título de aprendizagem
prática, entretanto sem o devido cuidado com os resultados
e/ou produtos desta aprendizagem.
Em entidades como SENAC, que se vale. quase que exclusi-
vamente de uma técnica de estudo, a Instrução Programada,
muitas vezes os recursos auxiliares apresentam-se como dis-
pensáveis. Quando entretanto há necessidade deles, são for-
necidos com grande propriedade, quer em termos de quanti-
dade como de qualidade.
A maioria dos cursos ministrados pelas empresas privadas e
entidades oficiais apresenta gama variada de recursos auxilia-
res de excelente qualidade.
C. RECOMENDAÇÕES SOBRE O MATERIAL PEDAGÓGICO
A Estratégia Nacional para o Ensino Supletivo recomenda que:
"Seja desestimulada a implantação de cursos tradicionais que
utilizem no supletivo a concepção e metodologia do ensino re-
gular;
"Sejam previstos na metodologia para suplência cursos indiretos
ou semi-indiretos, buscando o desenvolvimento da auto-aprendi-
zagem para o alcance da suplência da educação geral e formação
especial".
Assim, necessário se faz que seja cercada de maiores cuidados, não
só por parte das entidades promotoras, como também dos órgãos oficiais
competentes, a produção do material didático destinado aos alunos dos
CPC.
Tomando por base a análise dos 35 cursos da amostragem, o GT,
além dos critérios constantes da tabela, faz as seguintes recomenda-
ções com relação ao material a ser enviado ao aluno e que constitui o
curso propriamente dito:
1. Quanto à Produção Editorial
Por se tratar de ensino à distância, dando atendimento a uma
clientela que, na maioria das vezes, não dispõe de recursos para
esclarecimento de dúvidas ou consultas, a inclusão do glossário,
além de enriquecer o material, será uma forma de oferecer ao
educando condições para compreender melhor o texto e os novos
termos apresentados.
• O item bibliografia deverá ser incluído nos CPC como um dos
aspectos que atende mais diretamente às necessidades dos alu
nos, à pesquisa, à consulta, ao esclarecimento e à continuidade,
o que na maioria das vezes não é encontrado no material recebi
do por eles.
No caso de locais que não ofereçam ao aluno condições para con-
sulta (salas de leitura, bibliotecas etc), o material poderá contar com uma
bagagem de livros e respectivas editoras, para que o educando pos sa
fazer os pedidos pelo correio.
Seria imprescindível que, para as próximas impressões do mate-
rial do aluno, constasse a edição.
Julgamos ser de valia para o aluno a inclusão do sumário no ma-
terial dos CPC, para que possa analisar e escolher o curso que
melhor atenda aos seus interesses e programar-se para a sua rea-
lização.
2. Quanto à Produção Gráfica
• Um tipo de letra muito pequeno não seria aconselhável, conside-
rando uma clientela formada, basicamente, por alunos adultos.
Os cursos de entidades privadas, de um modo geral, necessitam
de orientação no sentido da localização das ilustrações no con-
texto das lições.
3. Quanto à Produção Didática
O GT deve fornecer aos CPC orientação, não só sobre a impor
tância da definição de objetivos, como etapa primeira do pla
nejamento desses cursos mas, sobretudo, sobre a necessidade
deles (objetivos) para o estabelecimento de um conteúdo pro-
gramático adequado às necessidades da clientela e para um pro-
cesso de avaliação que, realmente, propicie informações relativas
a processos e produtos da aprendizagem.
Seja dada atenção especial ao levantamento dos conteúdos de
Língua Portuguesa, quando for componente curricular de cursos
de caráter instrumental ou profissionalizante, para que, efe-
tivamente, estejam coerentes com os objetivos de tais cursos,
recebendo tratamento que propicie ao aluno, não apenas contato
com regras gramaticais, mas sim, que lhe seja dada condição de
ter a Língua como instrumento para melhor se expressar e
comunicar.
Que as entidades que atuam com CPC se preocupem com a
linguagem utilizada nos textos, seja do ponto-de-vista da comu-
nicação, englobados os aspectos de adequação, dosagem e inte-
resse, seja do ponto-de-vista lingüístico, enfocadas a correção,
precisão e adequação vocabular empregadas, bem como a estru-
tura da Língua.
Importante que, na organização dos conteúdos programáticos, se
busque uma inter-relação entre lições que tratem de conteúdos
afins, embora de componentes curriculares distintos.
No momento de se organizar os conteúdos programáticos para
CPC destinados a adultos, principalmente, deve-se buscar uma
harmonia entre a exigência de seqüência em determinados con-
teúdos e a exigência de integração ao fato ou situação.
• As atividades propostas devem ser apresentadas, inicialmente,
como pequenas tarefas de fácil alcance de sucesso, com prepa-
ração do aluno para executá-las.
É importante que constem do material estímulos à automotiva-ção
— avisos, lembretes — que levem o aluno a realizar satis-
fatoriamente a tarefa.
As lições devem apresentar condições para que o aluno faça a
correção de algumas tarefas, estimulando a auto-avaliação.
É necessária uma revisão das técnicas de elaboração de testes
objetivos com diversificação dos modelos de questões para atingir
os diversos tipos de inteligência e individualizar o ensino, elevando
a níveis superiores ao do simples conhecimento, como a
compreensão, aplicação, análise, síntese e crítica, as avaliações
no domínio cognitivo, alcançando, sempre que desejável, o
domínio afetivo, também.
Deve constar das verificações da aprendizagem o padrão mínimo
de desempenho a ser obtido e, quando não for atingido,
orientação e/ou atividades para recuperação.
Os cursos devem se preocupar, não só com a avaliação do produ-
to, através de verificações somativas, mas a do processo, através
de avaliações diagnosticas e, também, com as formativas, que
permitam contínuo aperfeiçoamento do curso oferecido.
É importante recomendar que, a partir de um planejamento
sistêmico, haja uma integração entre objetivos, conteúdo e
recursos auxiliares para uma aprendizagem mais efetiva.
• Que os cursos essencialmente técnicos, com características pro-
fissionalizantes, efetuem uma análise do material que vem sendo
utilizado a título de recurso auxiliar da aprendizagem e que este
seja definido em função dos objetivos.
Que entidades oficiais e empresas particulares, conscientizadas
da importância de um aprendizado mais calcado em coisas reais,
passem a dedicar maior atenção aos recursos auxiliares disponí-
veis e imprescindíveis aos variados tipos de tarefas que vêm de-
senvolvendo.
ANEXOS
MATERIAL PEDAGÓGICO
1— Tabela de Análise de Cursos
2 — Roteiro para Análise de Cursos
3 — Ficha de Apreciação do Material do Aluno
4 — Critério de Atribuição de Pontos
5— Importância do Ensino Programado como Técnica Útil na mação
de Profissionais através do EPC
6 — Quadro Comparativo do Desempenho dos Cursos Analisados
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CONVÊNIO DSU / MEC - UERJ PROJETO ENSINO POR
CORRESPOND
Ê
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ROTEIRO PARA ANALISE DE CURSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CONVÊNIO DSU / MEC - UERJ PROJETO ENSINO
POR CORRESPOND
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ÃO DIDÁTICA
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CONVÊNIO DSU / MEC - UERJ
PROJETO DE ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
FICHA DE APRECIAÇÃO DO MATERIAL DO ALUNO
CRITÉRIO PE ATRIBUIÇÃO PE PONTOS_________________ ANEXO 4
ASPECTOS ANALISADOS PONTOS
A. Produção Editorial
1. Título
2. Glossário
3. Bibliografia
4. Edição
5. Sumário
1 3
3 1
2
TOTAL 10
B. Produção Gráfica
1. Formato
2. Corpo da letra
3. Diagramação
4. Ilustrações
5. Acabamento
6. Papel
1 3
4 3
2 2
TOTAL 15
C. Produção Didática
1. Objetivos
2. Conteúdo Programático
3. Textos
4. Organização
5. Atividades Propostas
6. Orientação da Aprendizagem
7. Avaliação da Aprendizagem
8. Recursos Auxiliares
10
10
10
10
10
5 15
5
TOTAL 75
ANEXO 5
IMPORTÂNCIA DO ENSINO PROGRAMADO COMO TÉCNICA ÚTIL
NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS ATRAVÉS DO EPC.
• Dados colhidos através de entrevista direta (*) com as Profas:
Neuza Robalinho
Chefe da Assessoria de Estudos
e Pesquisa da Secretaria Municipal de Educação.
Vera Ferrão Candau
Membro do Conselho Estadual de Educação
1. Dados Colhidos com a Profa Neuza Robalinho
O Ensino Programado é uma técnica útil dentro dos objetivos da
reforma de ensino, pois permite que um maior número de pessoas seja
alcançado, num limite mínimo de tempo; portanto, se o nosso país precisa
atacar o problema da falta de mão-de-obra especializada, deve fazer uso
desta técnica, capaz de dinamizar o ensino.
O Ensino Programado exige, para que se alcancem bons resultados,
que se tenha objetivos muito bem definidos, sendo que estes objetivos vão
variar de acordo com a habilidade que se pretende formar no indivíduo,
existindo mesmo algumas habilidades que seriam muito difíceis de serem
desenvolvidas e aprendidas por este tipo de ensino.
A professora Neuza Robalinho procurou enfatizar que os limites da
Instrução Programada são dados pelos objetivos a seguir; desta maneira,
levando-se em conta a Taxionomia de Bloom, poderíamos levar o
educando a bom nível de compreensão dentro de uma habilidade ou levar
este mesmo indivíduo a exercer esta habilidade com bastante criatividade.
Muitos teóricos têm considerado que o Ensino Programado forma no
educando uma atitude passiva perante o conteúdo a ser apren-
(*) - Entrevistador: Lucindo Ferreira da Silva Filho (aluno de Pedagogia da UERJ).
dido. Isto, no entanto, não corresponde à total realidade, pois, dependendo
dos objetivos e da técnica de elaboração do texto programado, o educando
poderá ter um papel bastante ativo dentro do processo.
Por último, a profa. colocou, com base em experiências no SENAC,
que considera válido montar um CPC através de Ensino Programado,
desde que se disponha de programadores qualificados, tempo para
programação (a programação exige uma análise profunda dos conteúdos,
que podem ser ocupacional, operacional ou comportamental), verba e que
adotaria o tipo de programa que melhor satisfizesse os objetivos.
2. Dados Colhidos com a Profa. Vera Candau
0 Ensino Programado é técnica inovadora no campo das técnicas de
ensino e, como tal, tem evoluído nos EUA e em todo mundo, podendo ser
associado a diferentes meios educacionais. Podemos mesmo dizer que
constitui uma abordagem do processo ensino-aprendizagem, com grande
aceitação.
Para a Profa. Vera Candau o Ensino Programado poderá ter melhor
aplicação, quando se pretende formar habilidades que envolvam níveis
menos complexos do domínio cognitivo.
Da mesma forma que a Profa. Neuza Robalinho, a Profa. Vera
Candau afirmou que o Ensino Programado poderá levar o educando a uma
atitude criativa ou simplesmente a um conhecimento superficial em relação
a um conteúdo, dependendo do que se possa atingir em função dos
objetivos traçados.
0 Ensino Programado tem por princípio a resposta ativa; desta
maneira, a pessoa que aprende, mantém certo nível de atividade que
poderá crescer, dependendo da metodologia utilizada no programa.
A montagem de um CPC, através de Ensino Programado, exige pla-
nejamento cuidadoso, exame analítico dos conteúdos, que se tenha ob-
jetivos claros e bem definidos, pessoal de formação adequada, verba
suficiente e nenhuma improvisação, pois é coisa inadimissível na progra-
mação.
Finalizando, a Profa. Vera Candau considera a montagem de um
CPC através de Ensino Programado bastante oportuna, desde que se
disponha de todos os recursos anteriormente citados e que qualquer
programa poderá ser bastante útil, dependendo da população, do con-
teúdo, dos objetivos e da situação.
QUADRO COMPARATIVO DO DESEMPENHO DOS CURSOS ANALISADOS
VI. CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA DE EPC
Pesquisa Direta
a. Apresentação
A pesquisa direta teve como objetivo identificar a clientela de EPC,
quanto às suas características pessoais (idade, sexo), sócio-econômicas
(renda, nível de instrução, estado civil, tipo de trabalho, situação de
emprego) e o grau efetivo de participação das Escolas por Correspon-
dência no desenvolvimento de seus alunos. Tais identificações poderão
servir de base à análise da compatibilidade dos objetivos das entidades
que ministram CPC, com as necessidades sócio-econômicas e educacio-
nais da clientela atendida.
Justifica-se uma coleta de dados pelo método direto, inserida no
presente Projeto, pois análise preliminar demonstrou a existência de
apenas uma pesquisa anterior, realizada pelo IPEA, em 1972. Tal pesquisa
propunha-se a caracterizar sócio-economicamente a clientela matriculada
nos CPC, além de estudar, também, os alunos desistentes e diplomados,
verificando o impacto dos benefícios presumivelmente trazidos pelos
cursos à sua clientela.
Segundo o Catálogo de Pesquisas do INPE, esta pesquisa se encon-
tra em fase de processamento de dados. Através de uma das responsáveis
por esse estudo, professora Maria Lutgarda Matta Maroto, foi possível o
acesso aos questionários elaborados e verificar que, das cinco escolas que
participaram da pesquisa realizada pelo IPEA, uma já não existe mais — a
Escola Mundial de Cultura Técnica S/A — e outra não foi selecionada, na
atual pesquisa, sendo substituídas por duas entidades que melhor
atendiam aos critérios fixados pelo GT/UERJ.
Após a instalação do GT/UERJ, veio à luz estudo da professora Lúcia
Radler dos Guaranys (Documento Básico do VIII Seminário Brasileiro de
Teleducação), cujo resumo segue em anexo a presente pesquisa, e que
abrange a caracterização geral da clientela dos CPC, com base nos
primeiros dados processados da referida pesquisa do IPEA de 1972.
Embora não abrangendo exatamente a mesma amostra, procurou-se
comparar, ao final, as conclusões das duas pesquisas — a do IPEA e a do
GT/UERJ — separadas no tempo por cinco anos, o que nos permitirá
inferir da estabilidade ou não da clientela em causa.
A pesquisa direta comprendeu o planejamento, a realização e a
confecção de instrumentos para a coleta e posterior análise dos dados.
As seguintes variáveis foram objeto de estudo:
características pessoais e sócio-econômicas da clientela atual dos
alunos matriculados nos CPC — idade, sexo, renda, nível de ins-
trução, estado civil, tipo de trabalho, situação de emprego;
efetivo acompanhamento e avaliação pelas entidades que minis-
tram CPC do aproveitamento de seus alunos.
O Projeto prescreveu os procedimentos a serem adotados na pes-
quisa de campo, a saber:
a. montagem da pesquisa (o que e como);
b. dimensionamento da amostra;
c. elaboração de instrumentos de coleta de dados;
d. testagem dos instrumentos;
e. aplicação dos instrumentos;
f. organização dos instrumentos;
g. elaboração de modelo para análise;
h. análise dos dados;
i. elaboração do relatório.
b. Metodologia
A pesquisa teve como objetivo:
estabelecer o perfil da clientela das entidades que ministram CPC;
verificar o grau de atuação das referidas entidades, na parte de
acompanhamento e avaliação da aprendizagem.
A essas questões centrais adicionaram-se indagações relativas às ou-
tras influências da vida dos alunos de CPC, na tentativa de detectar os
fatores que os levam a procurar este tipo de ensino.
O ponto de partida da pesquisa foi verificar, através de questionário
simples e objetivo, as características dos alunos dos CPC, procurando
determinar os pontos positivos e negativos que podem ser encontrados
neste tipo de ensino individualizado.
Em forma de perguntas, o foco central da pesquisa poderia ser:
Quem faz CPC?
Como o aluno de CPC encara o trabalho realizado pelas entida-
des?
Buscou-se, de um lado, o depoimento dos Diretores das referidas
entidades, que hipoteticamente determinaram como seriam os alunos que
realizam os cursos oferecidos por suas escolas.
A participação das Escolas, representadas por seus diretores, nas
discussões prévias de elaboração dos instrumentos de pesquisa auxiliou o
GT a situar-se com relação à clientela, supostamente já conhecida pelas
entidades.
Os questionários vieram confirmar muitas das hipóteses previstas e
modificar outras. Por exemplo: o aluno de CPC é jovem, solteiro: isto foi
confirmado. Mas as escolas pensavam que os alunos não desejavam
manter nenhum outro contato com elas senão a própria correspondência, e
a amostra estudada apresentou a expectativa maciça de um rela-
cionamento pessoal com a equipe de professores; ou caso isto não fosse
possível, o rádio figurou como a 2
a
opção, estimulando a utilização deste
veículo, em combinação com os CPC (material impresso).
Foi utilizado o documento elaborado pelo IPEA (1972) como em-
basamento para a definição da clientela dos CPC e levantamento de hi-
pótese, excluindo-se os estudos feitos com relação à elevação do status
social, do nível de instrução de pai para filho e os aspectos referentes a
alunos diplomados e desistentes.
Ao final, foi estabelecida a analisada a correção entre os trabalhos do
IPEA e do GT/UERJ, nos seus aspectos comuns e anexados gráficos
relativos às tabelas simples e de dupla entrada utilizadas.
Após inúmeros contatos, tanto com entidades públicas, como par-
ticulares, delimitou-se o universo àquelas que, dada à sua receptividade,
atenderam ao apelo que lhes foi feito e concordaram em colocar sua
clientela à disposição para responder ao questionário elaborado. Assim,
foram fixadas 10 (dez) instituições, sendo 5 (cinco) públicas e 5 (cinco)
particulares relacionadas a seguir:
Instituto Brasileiro de Administração Municipal — IBAM
Instituto Rádio Difusão do Estado da Bahia — IRDEB — Secretaria
de Estado de Educação e Cultura / Bahia
Empresa Brasileira de Telecomunicações — EMBRATEL
• Fundação Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da
Educação e Cultura — CDRH — Secretaria de Estado de Educa-
ção e Cultura / Rio de Janeiro
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC
Instituto Universal Brasileiro
Instituto Rádio-Técnico Monitor
• Escolas Associadas
Dom Bosco Escolas Reunidas
• Occidental Schools
Foram excluídas da presente pesquisa as entidades oficiais, em vir-
tude de não permitirem seus orçamentos arcar com despesas relativas
à pesquisa, de um lado, e de outro, o fato de a clientela ser de funcio-
nários, em treinamento em serviço — caso do CDRH e da EMBRATEL
ou, ainda, pelo fato de já haver pesquisa própria — caso do SENAC
o que desaconselhava duplicação de meios para fins idênticos, ou então
o fato de, como por exemplo o IBAM, a clientela sofrer uma seleção prévia,
só realizando os cursos aqueles julgados com condições intelectuais para
fazê-los, segundo critérios da instituição.
Quatro instituições datilografaram, distribuíram entre seus alunos e
encaminharam ao GT/UERJ os questionários preenchidos, que vieram a
constituir a amostra do presente estudo:
Instituto Universal Brasileiro
Instituto Rádio-Técnico Monitor
• Escolas Associadas
Dom Bosco Escolas Reunidas.
A amostra constitiu-se no número de alunos dos CPC que respondeu
ao questionário, o que significa 8,3% do total de 182.069 alunos (total de
alunos de 11 escolas que enviaram o número de alunos, das 31 com as
quais o GT/UERJ contatou).
Foram respondidos 15.278 questionários, sendo que 165 foram
rejeitados por incoerência de respostas. Assim, a amostra trabalhada foi
composta por 15.113 questionários.
Organizado pelo GT/UERJ, o questionário foi submetido às ins-
tituições, que sugeriram as seguintes modificações:
1. Caracterização do Indivíduo
No item 5 "Natural de" ... acrescentou-se: "Estado". No item 10,
"Estado Civil", abandonaram-se as categorias "desquitado" e "amasia-do".
2. Caracterização da Atividade Profissional
No item 2, mudança de redação: "Está trabalhando?" em vez de "Em
atividade?"
0 item 8 foi suprimido por não se ter apresentado significativo para o
objetivo visado.
3. Caracterização da Renda e Nível de Conforto Familiar
No item 3, mudança de redação: "Você pretende ter" em lugar de
"Você teve", etc, etc.
0 item 6 sofreu reordenação das alternativas de resposta e supressão
daquelas que discriminavam quantitativamente um mesmo bem.
4. Caracterização da Escolaridade
Foi suprimida a alternativa: "Curso de pós-graduação".
5. Caracterização do CPC
Foi suprimido o item para identificação do curso, já que as insti-
tuições se propuseram a dar esta informação à parte e de forma global ao
GT.
No item "Como tomou conhecimento do Curso", foi suprimida
alternativa: "Propaganda pelo Correio", considerada não significativa.
No item "Quais os motivos que o levaram a realizar o CPC", houve
mudança de redação numa das alternativas: "aproveitamento" em vez de
"preenchimento" de horas vagas.
No item "sente dificuldades no CPC que está realizando?", mudança
de redação "lições" em vez de "textos".
No item "0 que você faz para vencer as dificuldades"?, mudança de
redação: "estuda novamente a lição" em vez de "relê o texto".
Neste item e no seguinte, substituição de "Curso" por "Escola"; no
item 8, supressão de alternativas não significativas, por não serem de fato
usadas pelas escolas por correspondência.
Finalmente, foram acrescentados dois outros quesitos, visando a
detectar outros tipos de contato com a escola, que fossem de desejo dos
alunos cursistas, estabelecendo-se, ao mesmo tempo, a forma para isso
mais adequada.
0 questionário se compôs de 36 questões objetivas, do tipo
preenchimento de lacunas ou múltipla escolha, divididas em 5 partes, a
saber:
caracterização do indivíduo — 11 questões;
caracterização da atividade profissional — 7 questões;
caracterização da renda e nível de conforto familiar — 6 questões;
caracterização da escolaridade — 1 questão;
caracterização do Curso por Correspondência — 11 questões.
As questões relativas à caracterização do indivíduo, além de incluí-
rem os dados pessoais indispensáveis, procuravam identificar o número de
filhos como item importante para a caracterização sócio-econômica da
clientela.
Na caracterização da atividade profissional, a preocupação inicial foi
a de verificar dos que responderam "não estar em atividade", se a causa
era de caráter permanente ou temporário.
Além disso, procurou-se relacionar o ramo a que pertence a empresa,
entre os que se dizem em atividade, com os setores econômicos
secundário e terciário. A função ou cargo serviu para detectar a posição na
escala hierárquica da empresa, como um dos principais dados do nível
sócio-econômico, como ensina B. Hutchinson (*). O número de dias de
trabalho por semana e o número de horas de trabalho por dia seriam
( ) — Vide Bibliografia Consultada ao final do relatório.
indicadores que justificariam, em princípio, a escolha de um CPC.
Questões relativas ao grau de motivação no trabalho foram incluídas pelo
pressuposto de que, através de um CPC, poderia o elemento mudar de
ocupação, ou de trabalho, com melhoria de posição funcional.
A caracterização da renda e do nível de conforto familiar foi afe-rida
através de uma triagem inicial entre os que eram ou não responsáveis pela
própria manutenção. Dos primeiros, procurou-se determinar o
salário em faixas inferiores a Cr$ 1.000,00, até as superiores a Cr$ ............
5.000,00; a renda familiar, com os mesmos tetos; a propriedade, ou não da
moradia e a posse de bens indicadores do conforto familiar, segundo
modelo estudado da MARPLAN e do IBOPE (*•).
A caracterização da escolaridade foi medida desde a simples alfa-
betização até a realização de Cursos Superiores de Graduação, tendo-se
em vista que, na população em alvo, existem aqueles que fazem CPC em
horas de lazer ou para preenchimento de tempo, após a aposentadoria.
Na caracterização do CPC, a preocupação vinculou-se ao meio de
comunicação para a divulgação de tais cursos; à motivação inicial para a
realização do curso; às condições de estudo (tempo, parte do dia); às
dificuldades sentidas e à maneira pela qual o curso responde a elas; e,
finalmente, procurou-se saber se o aluno já fez outros CPC, assim como
se pretende terminar o que está realizando.
A precisão do instrumento de medida decorreu da eliminação de
questões sem poder discriminativo, identificados pelo pré-teste e pela
análise de itens, possibilitando, assim, tratamento estatístico mais
acurado.
Duas são as principais limitações do questionário: primeiro, a im-
possibilidade de sua aplicação direta pelos pesquisadores, o que levou à
incompreensão de alguns termos por parte dos pesquisados, apesar dos
cuidados do grupo na busca de uma linguagem simples e acessível. A
--------------------------------------------------
(**) — Agências de Pesquisa de Mercado.
segunda limitação é inerente ao uso do questionário, no que se refere à
distinção entre matéria de fato e matéria de opinião, para não se falar na
tendência humana de não responder sempre com sinceridade prin-
cipalmente a perguntas de opinião. 0 assunto foi discutido por especialistas
renomados e serviu de base para que se eliminasse o mais possível toda
matéria de opinião, limitada apenas aos quesitos: 11—7: causas da
insatisfação profissional; III — 3: pretensão quanto a benefício salarial em
decorrência do curso; V — 2: motivos para a realização do curso; V — 5:
dificuldades na realização do curso; V — 8: razões para possível abandono
do curso.
Para a codificação das informações recebidas foram utilizados dois
cartões de computação.
Adotou-se, como primeira providência, a numeração dos questio-
nários, correspondendo dois cartões com idêntica numeração a cada
questionário.
O primeiro cartão foi perfurado até a questão referente a "nível de
escolaridade — alfabetização". 0 segundo ficou com as informações
restantes.
Houve codificação numérica prévia das Unidades Federadas, de 1 a
26, em cada questionário. Igual procedimento foi adotado com as
profissões, num total de 84, sendo utilizada uma adaptação da listagem
usada no Imposto de Renda.
A idade foi lançada em anos completos (não foram considerados dia
e mês). As demais respostas foram computadas, utilizando-se o dígito 1
para questão preenchida e o zero para resposta em branco.
A tabulação foi precedida de um trabalho de consistência pelo
computador, sendo rejeitadas as respostas com erros lógicos. Daí nem
todas as tabelas apresentarem o total dos 15.113 questionários.
Foram organizadas 28 tabelas simples e 17 tabelas de dupla en-
trada.
c. Resultados
A distribuição das respostas leva às seguintes observações:
• Os Estados da Federação que concentram maior número de alu
nos de CPC está assim distribuída:
1º - São Paulo-31,5%; 29 - Minas
Gerais- 13,2%; 39- Rio Grande do
Sul-8,2%; 49 - Rio de Janeiro-8,0%;
59 - Paraná-7,9%.
A faixa predominante de idade dos alunos de CPC está assim
apresentada:
19 - 18 a 23 anos-31,9%; 29 - 24 a
30 anos - 25,5%; 39 - menos de 18
anos - 20,8%.
A percentagem correspondente aos maiores de 30 anos é de 22,7%,
sendo que há apenas 236 alunos com mais de 50 anos.
é flagrante a superioridade numérica de alunos masculinos
78,6% para, apenas, 20,7% de mulheres.
Quanto ao estado civil, tem-se 62,1% solteiros e 36,9% casados.
Sendo o número de solteiros muito superior ao de casados, os que
não têm filhos apresentam maior incidência em relação aos que os
possuem: 56,6% não têm filhos e 32,1% têm (*).
A distribuição percentual, por profissão, tem a seguinte apresen-
tação (**):
( *) - Vale destacar que a diferença para o total de 100% que aparece deve-se a questionários sem
resposta no item.
(**) - No aspecto profissão utilizamos o quadro do Imposto de Renda, por já ser amplamente
conhecido.
1º - Trabalhador de indústria - 10,1%;
29 Mordomo, governanta, empregada doméstica — 8,2%;
Trabalhador agrícola — 7,5%;
49 — Empregado de casa comercial — 7,4%;
59 Empregado de escritório — 5,6%;
69 Pintor, trabalhador em Construção Civil — 4,9%;
79 - Eletricista -4,4%;
89 - Mecânico - 3,6%;
99 - Trabalhador de Transporte Rodoviário — 2,8%.
O percentual restante ficou dividido entre as demais 75 profissões
apresentadas.
2.270 alunos de CPC são estudantes, o que corresponde a 13,7% do
total.
A escala do nível ocupacional de B. Hutchinson estabelece seis
níveis, a saber:
a. Classe A
profissionais liberais e altos cargos administrativos;
b. Classe B
cargos de gerência e direção;
c. Classe C
ocupações de inspeção, supervisão e outras ocupações não-
manuais de padrão superior;
d. Classe D
ocupações de inspeção, supervisão e outras ocupações não-ma-
nuais de padrão inferior;
e. Classe E
ocupações que exigem habilidades manuais;
f. Classe F
ocupações que não exigem habilidades manuais ou que só exigem
semi-habilidades manuais.
Analisando as classes estabelecidas pela escala de Hutchinson,
podemos inferir que, na amostra estudada, as ocupações estão concen-
tradas na Classe D - ocupações de inspeção, supervisão e outras ocupa-
ções não-manuais de padrão inferior, e na Classe E - ocupações que
exigem habilidades manuais.
A profissão do aluno de CPC, pela amostra apresentada, pode ser
generalizada como operário.
Predominam os que trabalham, 77,5%, sobre os que não estão em
atividade, 21,1%, dos quais 13,7% são estudantes e 7,3% não
trabalham.
Quanto ao ramo das empresas em que trabalham os alunos de
CPC, o quadro assim se apresenta:
19 - Indústria-25,1%;
2º - Comércio- 19,1%;
39 Outro ramo não especificado — 11,5%;
49 - Serviço Público - 8,8%;
59 - Construção Civil - 5,5%.
Dos alunos que trabalham, 66,2% cumprem jornada de mais de 5
dias na semana, 29,7% trabalham 5 dias e o restante, menos de 5
dias.
• 62,2% trabalham em tempo integral ou mais de 8 horas por dia,
sendo que 27,1% não têm horário determinado e 4,6% trabalham
menos de 8 horas por dia.
• 59,2%o dos alunos de CPC que trabalham estão satisfeitos com
sua ocupação atual.
37,5% não estão satisfeitos, sendo as principais causas a baixa
remuneração e o desagrado com o tipo de trabalho que realizam.
São responsáveis pela sua manutenção 68% dos alunos que res-
ponderam ao questionário.
• Os salários estão assim distribuídos:
a. até Cr$ 1.000,00 - 33,1%;
b. de Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00 - 38,6%;
c. de Cr$ 3.000,00 a Cr$ 5.000,00 - 10,2%;
d. superior a Cr$ 5.000,00 - 5,3%.
1.490 alunos nao responderam à questão.
82%, portanto a maioria, esperam ter benefício salarial em
decorrência da realização do CPC.
A renda familiar apresenta a seguinte freqüência:
a. atéCr$ 1.000,00- 12,4%;
b. de Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00 - 30,8%;
c. de Cr$ 3.000,00 a Cr$ 5.000,00 - 19,7%;
d. superior a Cr$ 5.000,00 - 18,6%.
2.783 alunos deixaram a resposta em branco. Nota-se uma relação entre o
salário e a renda familiar, prevalecendo a faixa de Cr$ 1.000,00 a Cr$
3.000,00.
54,3% moram em casa própria, 26% pagam aluguel e 19,6% não
responderam à pergunta.
Os aspectos de conforto familiar apresentam a seguinte distri-
buição:
19 luz elétrica;
29 aspirador de pó (*);
39 - televisão;
49 — rádio;
59 - geladeira;
69 - água encanada;
( ) — Acredita-se que tenha havido erro de compreensão.
79 — enceradeira;
89 — esgoto;
99 — máquina de lavar;
109 — empregada.
Quanto ao grau de escolaridade é a seguinte a distribuição:
a. alfabetização — 1,5%;
b. Iº grau — antigo Primário — completo — 17,2%;
incompleto — 12,5%;
antigo Ginásio —completo— 9,1%;
incompleto — 26,5%;
Deduzindo-se que quem possui o antigo ginasial incompleto possui o
antigo primário completo, tem-se que o aluno dos CPC está situado,
quanto à escolaridade, na faixa do Iº grau.
c. 2º grau - completo - 6,3%;
incompleto - 14,4%;
d. 1,5% dos alunos possue o curso superior completo e 3,3%
com o mesmo curso incompleto.
O item "Como tomou conhecimento do curso" coloca as revistas
em 19 lugar, com 53,5%, comprovando a importância deste tipo de
mídia impressa; o rádio vem em seguida com 21,1%. A TV possui
índice muito baixo: apenas 8,3%.
Dentre os principais motivos que levaram o aluno à escolha do
CPC, destacam-se:
19 — Vontade de ter outra profissão;
29 — Gosto pelo estudo;
39 — Possibilidade de ganhar mais.
O aspecto "Importância do Certificado" aparece em 69 lugar na
escala de valores dos alunos.
• 39% dos alunos estudam mais de 5 horas por semana, 29,7% es-
tudam nos fins de semana.
Sendo responsáveis pela sua manutenção, trabalhando em horário
integral, os alunos de CPC estudam à noite: 65,1%.
60,7% não encontram dificuldades no curso que estão realizando;
33,7% sentem dificuldades na compreensão do conteúdo, dos
gráficos e tabelas e alegam falta de base para acompanhar o
curso.
Para vencer as dificuldades, 71,9% estudam novamente a lição.
Segundo os alunos dos CPC - 64,7% - a escola, para ajudá-los a
superar as dificuldades, corrige os exercícios.
Apenas 13,4% já realizaram outro CPC e 93,1% vão continuar o
curso até o fim.
5,7% dos alunos responderam que "não vão continuar o curso", e
alegam, com maior evidência, dificuldades financeiras ou falta de
tempo.
0 contato pessoal com a EPC é desejado por 41,7% dos alunos,
figurando o rádio como 2
a
opção com 17,4%.
Com relação às tabelas de dupla entrada, verificamos:
Tabela I
Distribuição da idade pelo sexo
Em todas as faixas de idade, a amostra apresenta-se com predomi-
nância maciça do sexo masculino.
Gráfico I
Tabela II
Distribuição da atividade profissional pelo sexo
Dos 15,113 questionários estudados, dos que responderam que tra-
balham, 13,3% são mulheres e 63,7% são homens.
Dos alunos de CPC que não trabalham, são estudantes 3,9% de
mulheres e 9,8% de homens, estão desempregados 2,2% de homens e
1,3% de mulheres.
Nos aspectos inválidos, aposentados e licenciados há, como nos de-
mais, predominância masculina.
Tabela III
Distribuição da ocupação pelo sexo
Esta tabela apresenta a seguinte distribuição:
HOMENS MULHERES
1º) Indústria
19) Outra profissão (*) (justifica-se
atividades domésticas)
pelas
29) Comércio 29) Comércio
39) Serviço Público 39) Serviço Público
Tabela IV
Distribuição da força de trabalho pela idade
Como era de se esperar, a força de trabalho figura com idade abaixo
dos 30 anos, os aposentados ocupam a faixa dos com idade acima de 50
anos, os estudantes estão entre os menos de 18 a 23 anos.
Os desempregados aparecem com maior freqüência na faixa de 18 a
30 anos, com uma percentagem de 2,3% do total de 15.113.
Tabela V
Distribuição do nível de satisfação profissional pelo salário atual
A maior freqüência dos que alegam insatisfação profissional está
situada na faixa salarial até Cr$ 1.000,00.
Tabela VI
Distribuição da condição de moradia pela renda familiar
• Na faixa salarial superior a Cr$ 5.000,00, 70% possuem casa
própria.
(*) — "Outra profissão" — sem especificação no questionário.
Na faixa salarial de maior concentração: de Cr$ 1.000,00 a Cr$
3.000,00, 36,8% moram em casa alugada e 63,2% em casa
própria.
19,6% não responderam ao item condições de moradia.
Tabela VII
Distribuição do conforto familiar pela renda familiar
Os aspectos de conforto familiar característicos da classe média alta,
tais como: empregada, telefone, automóvel, máquina de lavar e batedeira
elétrica são mais freqüentes na faixa salarial acima de Cr$ 5.000,00, o que
era de se esperar.
O que constituiu surpresa foi o item aspirador de pó possuir per-
centagem mais alta na faixa salarial entre Cr$ 1.000,00 e Cr$ 3.000,00;
acredita-se que tenha ocorrido erro de compreensão:
Aspirador de pó — total 9.558
Faixa salarial Percentagem
Até Cr$ 1.000,00 De Cr$ 1.000,00 a
Cr$ 3.000,00 De Cr$ 3.000,00 a Cr$
5.000,00 Superior a Cr$ 5.000,00
14,4%
38,5%
24,6%
23,3%
O item de menor freqüência é batedeira elétrica e o de maior é luz
elétrica.
Tabela VIII
Distribuição da ocupação pelo salário
Estão assim distribuídos os itens:
Comércio - salário até Cr$ 1.000,00 - 43,8%; Indústria - de
Cr$ 1000,00 a Cr$ 3.000,00 - 49,2%;
Construção Civil - Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00 - 55,2%; Banco -
Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00 - 54%; Autônomo - Até Cr$
1.000,00 - 42%; Serviço Público - Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00 -
49,7%; Outra ocupação - Até Cr$ 1.000,00 - 50,7%.
Tabela IX
Distribuição do nível salarial pelo nível de escolaridade
Em todos os níveis de escolaridade, a faixa salarial de Cr$ 1.000,00 a
Cr$ 3.000,00 apresenta maior incidência. Pode-se inferir que é a busca de
ascenção social através da educação, a maior responsável pela elevação do
status.
O curso superior completo, valor máximo da escala de escolaridade,
possui maior valor na faixa salarial acima de Cr$ 5.000,00.
Tabela X
Distribuição do período do dia pelo número de horas de estudo
Nesta tabela verificamos que:
Qualquer que seja o número de horas de estudo, os alunos de
CPC que compõem a amostra estudam à noite.
• Os dois aspectos com maior freqüência são: estudam mais de 5
horas por semana — 38,4% - e estudam somente nos fins de
semana — 28% — com predominância, em ambos, do horário
noturno.
Gráfico IM
Mais de 5 horas de estudo Somente nos fins de semana
por semana
Tabela XI
Distribuição dos motivos que levaram a realizar o CPC pela idade
IDADE MOTIVOS
Menos de 18 anos
1º Gosto pelos estudos
29 Vontade de ter outra profissão
39 Possibilidade de ganhar mais
18 a 23 anos
1º Vontade de ter outra profissão
2º Gosto pelos estudos
3º Possibilidade de ganhar mais
24 a 30 anos
19 Vontade de ter outra profissão 29
Possibilidade de ganhar mais 39
Gosto pelos estudos
31 a 36 anos
1º Vontade de ter outra profissão 2º
Possibilidade de ganhar mais 3º
Gosto pelos estudos
37 a 43 anos
1º Vontade de ter outra profissão 2º
Possibilidade de ganhar mais 3º
Gosto pelos estudos
44 a 50 anos
19 Possibilidade de ganhar mais
29 Gosto pelos estudos
39 Vontade de ter outra profissão
Mais de 50 anos
1º Gosto pelos estudos
2º Aproveitamento de horas vagas
3º Vontade de ter outra profissão
As conclusões são óbvias em cada quadro:
• O gosto pelos estudos aparece como 19 motivo nas faixas de
menos de 18 e mais de 50 anos.
A vontade ter outra profissão predomina nas faixas de 18 até
43 anos.
A possibilidade de ganhar mais surge em 1º lugar na faixa dos
44 aos 50 anos.
O aproveitamento de horas vagas é o 2º motivo da faixa de mais
de 50 anos.
Tabela XII
Distribuição da ocupação pelo número de horas de estudo
A tabela apresenta:
Estudam somente nos fins de semana os trabalhadores do co-
mércio e bancos.
Estudam mais de 5 horas semanais os trabalhadores da indústria,
construção civil, autônomos, servidores públicos e outras pro-
fissões.
As duas faixas: mais de 5 horas semanais e somente nos fins de se-
mana, apresentam diferenças de distribuição de freqüência muito
pequenas:
Número de horas de estudo OCUPAÇÃO
Mais de 5 horas
por semana
Somente nos fins
de semana
Comércio
Indústria
Construção Civil
Banco
Autônomo
Serviço Público
Outra
7,6%
11,6%
3,3%
1,0%
2,8%
5,3%
5,3%
8,3%
10,0%
2,7%
1,3%
2,5%
4,9%
4,2%
Consideramos como total os 9.492 questionários que responderam
aos dois itens.
Tabela XIII
Distribuição das dificuldades no CPC pelo sexo
Não encontram dificuldades no curso 60% das mulheres e 69% dos
homens.
Das dificuldades encontradas temos:
Mulheres: Homens:
Exercícios — 9,3%
Falta de base para realizar
os estudos — 9,1%
Compreensão do conteúdo
das lições - 8,4%
Compreensão do conteúdo das lições -
6,7%
Gráficos e tabelas — 6,7%
Falta de base — 5,5%
Gráfico IV
Tabela XIV
Distribuição do conhecimento do curso pela escolaridade
O rádio aparece em primeiro lugar na faixa de menor escolaridade: 1
a
à 4
a
série do 19 Grau.
As revistas predominam nas demais faixas.
Tabela XV
Distribuição das dificuldades no CPC pela idade
66,5% não encontram dificuldades nos cursos que estão realizando.
No quadro a seguir, dois aspectos devem ser considerados:
• A percentagem correspondente a "não encontram dificuldades" vai
diminuindo a medida em que aumenta a idade.
• Logicamente, a percentagem correspondente a dificuldades no CPC
aumenta com a idade.
IDADE FREQÜÊNCIA DIFICULDADE
Menos 69,7% Não encontram dificuldades
18 anos 7% Compreensão do conteúdo das lições
18 a 23 67,2% Não encontram dificuldades
anos 7% Compreensão do conteúdo das lições
24 a 30 66,1% Não encontram dificuldades
anos 7% Falta de base para realizar os estudos
31 a 36 62% Não encontram dificuldades
anos 8,3% Falta de base para realizar os estudos
37 a 43 63,8% Não encontram dificuldades
anos 7,8% Compreensão do conteúdo das lições
IDADE FREQÜÊNCIA DIFICULDADE
44. a 50 62,7% Não encontram dificuldades
anos 9,5% Falta de base para realizar os estudos
Mais de 65,7% Não encontram dificuldades
50 anos 8,5% Falta de base para realizar os estudos
Tabela XVI
Distribuição das dificuldades no CPC pelo número de horas de estudo
Dos que estudam menos de 5 horas semanais, 60,1% não encon-
tram dificuldades no CPC e 9,4% encontram dificuldades na
compreensão do conteúdo das lições.
Dos que estudam 5 horas semanais, 64,4% não encontram difi-
culdades e 8,2% sentem dificuldades na compreensão do conteú-
do das lições.
• Dos que estudam mais de 5 horas semanais, 70,7% não encon-
tram dificuldades e 6,1% encontram dificuldades na compreensão
do conteúdo das lições.
Dos que estudam somente nos fins de semana, 65% não encon-
tram dificuldades e 7,2% alegam falta de base para realizar os
estudos.
Tabela XVII
Distribuição das dificuldades no CPC pelo nível de escolaridade
Obviamente, quanto maior o nível de escolaridade, menor o
percentual de dificuldades encontradas:
Escolaridade
Não encontram
dificuldades
Dificuldade Perc
1
a
à 4
a
série Completo 62,3%
Falta de base para
realizar os estudos
8,3%
Incompleto 52,1% idem 10,5%
5
a
à 8
a
série Completo 71,4%
Compreensão do
conteúdo das lições
6,8%
Incompleto 66,2% idem 7,7%
2º grau Completo 79%
Compreensão de
gráficos e tabelas
4,6%
Incompleto 74,8% idem 5,4%
Curso Superior
Completo
82%
Compreensão do
conteúdo das lições
4,2%
Incompleto 79% Outras dificuldades 4,8%
D. CONCLUSÕES
Como conclusão, apresentamos um quadro comparativo com o tra-
balho realizado pelo IPEA, no que se refere, apenas, a alunos cursando os
CPC e aos tópicos comuns ao trabalho realizado pelo GT/UERJ.
IPEA GT/UERJ
(1972) (1977)
Amostra: Amostra:
2.034 alunos cursando - - corrigida 15.113 alunos cursando, sem cor-
para 2.740. reções.
IPEA GT/UERJ
Idade:
70% entre 15 a 29 anos. Jovem.
Idade:
77,3% até 30 anos. Jovem.
Sexo:
Masculino — 75%
Sexo:
Masculino - 78,6%
Estado Civil:
Solteiro - 63%
Estado Civil:
Solteiro-62,1%
Divisão Geográfica: Divisão Geográfica:
1º-São Paulo-25%
2º-Minas Gerais- 14%
3º- Rio Grande do Sul- 11%
4º-Paraná- 11%
5º- Rio de Janeiro - 10%
1º-São Paulo-31,5% 2º-Minas
Gerais- 13,2% 3º - Rio Grande do
Sul - 8,2% 4º - Rio de Janeiro - 8%
5º-Paraná-7,9%
Nível de Instrução: Nível de Instrução:
Alfabetização - 0,2%
Primário Incompleto — 16%
Primário Completo — 27,5%
Ginásio - 30,4%
Colegial - 23,9%
• Superior 2,0%
Alfabetização — 1,5%
Primário Incompleto - 12,5%
Primário Completo — 17,2%
5ª à 8ª Incompleto - 26,5%
• 5ªà8ªCompleto-9,1%
2º grau — Incompleto — 14,4%
2º grau - Completo - 6,2%
Superior — Incompleto - 3,3%
Completo - 1,5%
Clientela economicamente ativa: Clientela economicamente ativa:
75% trabalham 77,5% trabalham
46% trabalham e estudam 13,7% estudantes
IPEA GT/UERJ
Carga horária de trabalho: Carga horária de trabalho:
• 82% trabalham em tempo inte- • 62,2% trabalham 8 horas por
gral (40 ou mais horas sema- dia ou mais.
nais).
• 9% trabalham menos de meio • 27,1% trabalham sem horário
expediente. determinado.
• 6% trabalham entre 6 e 8 horas • 4,7% trabalham menos de 8 ho-
dia. ras diárias.
• 3% trabalham entre 4 e 6 horas
por dia.
Ocupações dos alunos: Ocupações dos alunos:
• 50% Operários Especializados. • Trabalhos industriais
(não definidos) - 13,1%
• 23% Ocupações Manuais. • Mordomo, Governanta, Empre-
gada Doméstica — 10,5%
• 13% Ocupações não manuais • Trabalhador Agrícola — 9,6%
de rotina. • Empregado de casa comercial —
9,6%
• Empregado de escritório —7,2%
• Construção Civil — 6,4%
• Eletricista - 5,7%
• Mecânico — 4,6%
• Empregado de Transporte Ro-
doviário — 3,6%
• Militar ativo/inativo — 2,9%
Renda Mensal: Renda Mensal:
• 1 salário (Cr$ 270,00) - 26,6% • até Cr$ 1.000,00-33,1%
• 1 a 2 salários - 42,8% • Cr$ 1.000,00 a Cr$ 3.000,00
- 38,6%
IPEA GT/UERJ
• 2 a 3 salários - 173%
• Cr$ 3.000,00 a Cr$ 5.000,00 10,2%
• 3 a 4 salários — 5,7% • Superior a Cr$ 5.000,00 -
• 5 a 10 salários -4,1%
5,3%. Não responderam: 2.490
alunos.
Motivo da escolha do EPC: Motivo da escolha do EPC:
1º - Não tem tempo para ir à es- 19— Vontade de ter outra pro-
cola; fissão;
29 — Gosta de estudar; 29— Gosto pelo estudo;
3º — 0 curso só é oferecido em 39— Possibilidade de ganhar mais;
EPC; 49— Aproveitamento de horas va-
49 — Não existe escola no local; gas;
59 — Mora distante da escola; 59— Aperfeiçoamento profissional;
6º— É mais barato que escola co- 69— Importância do Certificado;
mum; 7º— Impossibilidade de freqüen-
7º— Já passou da idade de fre- tar escolas;
qüentar uma escola.
89— Inexistência do curso no lugar
onde mora. 99— Insatisfação na
profissão atual; 109— Curso mais
barato.
Já realizou outro CPC: Já realizou outro CPC:
12% já realizaram outro CPC. 13,4% já realizaram outro CPC.
Como tomou conhecimento do Como tomou conhecimento do
curso: curso:
• Revista em quadrinhos — 48,8% Revista - 53,5%
• Outro tipo de revista - 21,2% • Rádio-21,1%
• Rádio - 14,8% • Amigos e parentes — 9.8%
Motivo da escolha do EPC: Motivo da escolha do EPC:
Amigos e parentes — 13,9%
Jornal - 0,3%
TV - 0,0%
• Outros- 1,0%
Jornal - 0,9%
TV - 0,3%
Colegas de trabalho - 5,6%
Outro meio - 0,9%
Tempo de estudo:
Todos os dias — 60%
Nos fins de semana — 21%
De vez em quando — 18%
Outros - 1 %
Tempo de estudo:
Mais de 5 horas por semana —
39%
Nos fins de semana — 29,7%
5 horas semanais — 14,7%
Menos de 5 horas semanais —
13,9%
Não responderam — 3,5%
Grau de dificuldades das lições:
Adequadas ao seu nível — 72%
Fáceis demais para entender —
14%
Difíceis de entender — 12%
• Outros-2%
Graus de dificuldades das lições:
Não sentem dificuldades —
60,7%
• Maiores dificuldades:
Compreensão do conteúdo, de
gráficos e tabelas;
Falta de base;
• Nos exercícios;
• Cansaço.
IPEA GT/UERJ
Orientação Especial:
Da Escola - 52%
De Amigos - 11%
Parentes — 6%
• Outros-1%
O que faz para vencer as dificul-
dades:
Estuda novamente a lição
71,9%
Repete o exercício — 10,3%
Pede auxílio a alguém — 3%
EEl
21%
IPEA
Conclusões
Em Geral o aluno do EPC é:
Jovem, idade entre 15 e 29 anos;
sexo masculino, solteiro, mora na
região sul ou sudeste; seu nível
de instrução é ginasial e é operá
rio. Trabalha em um só emprego,
em tempo integral.
Escolheu o CPC por gostar de
estudar ou não ter tempo de ir
à escola.
Selecionou a escola por ser a me
lhor do gênero e escolheu o tipo
de curso para melhorar o seu salá
rio.
GT/UERJ
Conclusões
Em geral o aluno do EPC é:
Jovem, idade até 30 anos, sexo
masculino, solteiro, mora na região
sul ou sudeste; seu nível de
instrução é de 19 grau; é operário,
trabalha em tempo integral. Sua
renda mensal é de Cr$ 1.000,00 a
Cr$ 3.000,00, coincidindo o mesmo
valor para a renda familiar.
Escolheu o CPC por ter vontade
de ter outra profissão e por gostar
de estudar; não realizou outro curso
por correspondência, mas vai seguir
o que cursa até o fim. Estuda mais
de 5 horas por semana, geralmente
à noite.
• aluno, além de trabalhar em
tempo integral, estuda em média
duas horas por dia. Pretende fazer
outro curso depois de terminado
este, provavelmente, também, por
correspondência.
§ Considera as lições adequadas
ao seu nível.
Recebe orientação especial da es-
cola nas suas dificuldades, sendo,
além disso, suficiente para a rea-
lização das tarefas práticas exigi-
das.
0 Não costuma encontrar difi-
culdades nas lições, mas quando
isto ocorre, as estuda novamente.
As dificuldades, quando acontecem,
referem-se à compreensão do
conteúdo ou de gráficos ou tabelas.
Alega, também, falta de base.
• Tomou conhecimento do curso • Tomou conhecimento do curso
através de revistas em quadrinhos através de revistas variadas, e outros
tipos.
0 Gostaria de poder ter contato
pessoal com a Escola por corres-
pondência ou, como 2
a
opção,
através do rádio.
ANEXOS
Pesquisa Direta
1. Questionário original elaborado pelo GT/UERJ
2. Questionários
a. Instituto Universal Brasileiro
b. Instituto Rádio Técnico Monitor
c. Dom Bosco — Escolas Reunidas
d. Escolas Associadas
3. Análise dos bilhetes anexados aos questionários
4. Tabelas
5. A Clientela do EPC
ANEXO 1
CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA DOS CURSOS
POR CORRESPONDÊNCIA
Questionário
PREZADO ALUNO:
A finalidade deste questionário é medir os benefícios que os Cursos
por Correspondência vêm proporcionando àqueles que os realizam e
conhecer melhor os alunos que fazem estes cursos.
Respondendo corretamente você estará auxiliando o seu Curso por
Correspondência e o Ministério da Educação e Cultura, que nos incumbiu
de realizar esta pesquisa.
Contamos com você.
I — Caracterização do Indivíduo
6. Número de horas de trabalho por dia:
INSTITUTO R.TI. MONITOR
Rua Timbiras, 263 - Cx. Postal 36.277 - S. P.
Fundado em 1939
CURSO PRATICO DE ELETRÔNICA
PREZADO ALUNO:
A finalidade deste questionário é medir os benefícios que os Cursos
por Correspondência vêm proporcionando àqueles que os realizam e
conhecer melhor os alunos que fazem esses cursos.
Respondendo corretamente, você estará auxiliando, paralelamente,
esta Escola e o Ministério da Educação e Cultura, que nos incumbiu de
realizar esta pesquisa.
Portanto, caro aluno, pedimos a gentileza de responder às perguntas
deste, assinalando com um "X" uma ou mais respostas das questões
formuladas, ficando esclarecido que TODAS as perguntas deverão ter
resposta.
Desde já agradecemos sua colaboração, para o completo êxito e
bom andamento desta pesquisa.
CONTAMOS COM VOCÊ\
Rua Formosa, 69 - Fones: 37-1920 e 36-0278
Caixa Postal 7754 — São Paulo — Brasil
PREZADO ALUNO:
A finalidade deste questionário é medir os benefícios que os Cursos
por Correspondência vêm proporcionando àqueles que os realizam e
conhecer melhor os alunos que fazem esses cursos.
Respondendo corretamente, você estará auxiliando, paralelamente,
esta Escola e o Ministério da Educação e Cultura, que nos incumbiu de
realizar esta pesquisa.
Portanto, caro aluno, pedimos a gentileza de responder as perguntas
deste, assinalando com um "X" uma ou mais respostas das questões
formuladas, ficando esclarecido que TODAS as perguntas deverão ter
resposta.
Desde já agradecemos sua colaboração, para o completo êxito e
bom andamento desta pesquisa.
CONTAMOS COM V0CÊ\
PREZADO ALUNO:
A finalidade deste questionário é medir os benefícios que os Cursos
por correspondência vêm proporcionando àqueles que o realizam e
conhecer melhor os alunos que fazem estes cursos.
Respondendo corretamente você estará auxiliando o seu Curso por
correspondência e o Ministério da Educação e Cultura, que nos incumbiu
de realizar esta pesquisa.
Portanto, o aluno responderá a todas as perguntas fornecidas neste
questionário, sem deixar de marcar com um (X).
Marque com um (X), todas as respostas que estiverem de acordo
com a sua pessoa, podendo nas mesma pergunta marcar duas ou mais
respostas.
Não deixe de responder a nenhuma delas.
OBRIGADO
ESCOLAS ASSOCIADAS - Diretor
ANEXO 3
ANÁLISE DOS BILHETES ANEXADOS AOS QUESTIONÁRIOS
Quando os questionários para caracterização da clientela foram
enviados pelos alunos dos CPC às Escolas, muitos deles anexaram cartas
e bilhetes, pois sentiram que a resposta fria não representava o que pen-
savam.
O GT julgou por bem fazer uma rápida análise destes recados. Ob-
servou-se que, na maioria dos bilhetes enviados, havia uma grande preo-
cupação em pedir desculpas, revelando humildade e muita vontade de
melhorar. Apesar de saberem que estavam escrevendo errado, fizeram
questão de enviar suas impressões e agradecimentos.
Um outro aspecto a ser considerado é a fidelidade à Escola: escre-
vem elogios e louvores sobre o curso que estão realizando.
Em todos os recados foram notados erros de grafia, alguns graves,
prejudicando o total sentido da mensagem.
Observou-se, também, que os alunos gostam de contar detalhes de
sua vida particular, seus problemas, anseios e preocupações.
Os bilhetes foram agrupados em seis categorias, citando apenas
alguns exemplos para caracterizar cada item, conservada a grafia original:
1. Agradecimento
... "Estou escrevendo para agradecer todos os benefícios que tenho
recebido da esco ia..."
... "Vai os meus agradecimentos a todos os professores e continua
sempre assim que vocês terá o meu apoio..."
... "Muito obrigado e muitas felicidades a todos vocês meus amigos,
muito obrigado por tudo que estão fazendo por mim..."
... "Estou escrevendo para agradecer todos os benefícios que tenho
recebido da escola estou muito contente por estar estudando pois
aqui no sítio não tem nenhuma escola assim pra estudar."
... "e manda uma foto de todos da Escola com os professores e
funcionário para mim que é motivo de muita satisfação. Agradeço
com um belíssimo respeito e cinsera comcideração."
2. Desculpas
"Srs. Professores peço-vos desculpar-me os riscos existentes no
formulário, pois quando preenchia o mesmo, fui chamado urgen-
temente e o deixe sobre uma mesa, um bebê encontrou-o e riscou-o,
peço-vos que se for necessário mandem-me outro formulário igual e
preencherei o mesmo com o máximo cuidado."
... "Prezado profeso peso pelo especial favor para desculpar i per-
duar as faltas destas cartas ai pra mim."
3. Necessidade de afirmação e contato mais íntimo
"Sr. Diretor quero deixar claro que sou o faxineiro desta cadeia, que
trabalho na limpeza de dia e de noite sou recolhido. Pois o meu
xadrez é individual, só ele tendo televisão. Não ganho nada, mas ao
mesmo tempo é ótimo devido a não ficar trancado de dia."
"Hoje estou escrevendo para esclarecer esse mal-entendido, porque
os senhores estão pensando que eu estou estudando só para passar
tempo. Mas estão enganados porque eu estou estudando para ver se
melhoro de vida." (é a irmã que paga o curso).
... "Sou casada e separada e não recebo pensão dele. Os meus filhos
é que olham por mim... O curso é maravilhoso e com um pouco de
paciência se aprende bem. Eu estou feliz apesar de estar com as
minhas lições atrasadas. Ê mais para fazer roupas para os meus
netos, que são uns amores."
... "envio este retrato por não poder ir pessoalmente."
4. Aspirações variadas
... "Estou escrevendo esta folha a fim de deixar claro que sou la-
vrador e estou trabalhando na roça e pretendi estudar o curso de
mecânico porque na roça o salário é muito pouco. Eu pretendo ter
uma profissão para ganhar mais."
... "Com este curso de desenho artístico o que interesso mesmo é
aprender a pintar quadros principalmente os bíblicos, sou católica;
não estou pensando em lucros financeiros pois com a idade que te-
nho, e a pressão alta, acho que não irei viver muito. O que quero
mesmo é deixar uns quadros por lembrança para minhas filhas."
... "Estou muito satisfeita com os estudos e espero passar já estou
costurando para mim e minhas filhas."
... "Eu estou estudando não porque eu penso em pegar o diploma.
De que me adianta pegar o diploma e não saber bem a aplicação do
trabalho de mecânico."
5. Insegurança
... "Estou escrevendo esta carta e agradecendo a pesquisa que vocês
me fez e tudo que respondi está certo."
... "Fiz o curso de torneio mecânico completo recebi o certificado só
que eu ainda não achei função para este cargo de torneio. E agora
estou fazendo o curso de rádio e televisão e eu acho que vou termina
o curso completo e quando termina este curso poderei fazer outros
cursos que é o de mecânica de automóveis e outros.
6. Elogio
... "0 curso é maravilhoso."
... "E um bom curso que eu realizei aprendi a fazer de tudo."
Todos os bilhetes analisados se enquadram em um ou mais dos
aspectos assinalados.
Sente-se, portanto, o enorme bem que as entidades que ministram
CPC vêm fazendo a este grupo de pessoas. A Escola, para elas, não é um
estabelecimento impessoal. Julgam que seus problemas são indivi-
dualmente solucionados e que recebem especial atenção. 0 que faz com
que se sintam seguras e valorizadas, apesar de suas limitações.
ANEXO 4
Tabelas Simples
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS
I - CARACTERIZAÇÃO DO INDIVÍDUO
1 - ESTADO
ACRE 11
ALAGOAS 151
AMAPÁ 2
AMAZONAS 65
BAHIA 677
CEARA 344
DISTRITO FEDERAL 311
ESPÍRITO SANTO 363
FERNANDO DE NORONHA 2
GOIÁS 422
MARANHÃO 217
MATO GROSSO 359
MINAS GERAIS 2003
PARÁ 206
PARAI'BA 132
PARANA 1200
PERNAMBUCO 535
PIAUÍ' 115
RIO DE JANEIRO 1213
RIO GRANDE DO NORTE 91
RIO GRANDE DO SUL 1237
RONDÔNIA 12
RORAIMA 2
SANTA CATARINA 565
SÃO PAULO 4762
SERGIPE 96
5 - IDADE
MENOS DE 18 ANOS 3149
DE 18 A 23 ANOS 4824
DE 24 A 30 ANOS 3857
DE 31 A 36 ANOS 1647
DE 37 A 43 ANOS 912
DE 44 A 50 ANOS 488
MAIS DE 50 ANOS 236
9 - SEXO
FEMININO 3139
MASCULINO 11887
10 - ESTADO CIVIL
SOLTEIRO 9395
CASADO 5580
VIÚVO 75
11 - TEM FILHOS
NÃO 8562
SIM 4855
II -
CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE PROFIS-
SIONAL.
1 - PROFISSÃO
ARQUITETO, ENGENHEIRO, AGRIMENSOR, DESE-
NHISTA 147
QUÍMICO, FÍSICO, GEÓLOGO 14
BIÓLOGO, VETERINÁRIO, AGRÔNOMO 19
MÉDICO, CIRURGIÃO, DENTISTA 16
TÉCNICO, PARAMÉDICO 122
FARMACÊUTICO 2
PROFESSOR 266
MEMBRO DE ORDEM RELIGIOSA 35
JURISTA, ADVOGADO 4
ARTISTA, ARTESÃO 33
ESCRITOR, JOARNALISTA, TRADUTOR, REVISOR 4
BIBLIOTECÁRIO, ARQUIVISTA, ALMOXARIFE 94
ECONOMISTA, TÉCNICO EM CONTABILIDADE 125
ESTATÍSTICO, TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 21
TÉCNICO DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO 31
PSICÓLOGO, SOCIÓLOGO, ASSISTENTE SOCIAL 1
PUBLICITÁRIO, RELAÇÕES PÚBLICAS 24
OUTROS PROFISSIONAIS LIBERAIS 3
FUNCIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 200
CARGOS DO LEGISLATIVO 0
EMBAIXADOR, DIPLOMATA 0
FUNCIONÁRIO DIPLOMÁTICO ESTRANGEIRO 1
DIRETOR/PROPRIETÁRIO DE ESTABELECIMENTO
AGRICOLA-PECUÃRIO 3
DIRETOR/PROPRIETÁRIO DE IND. DE CONSTRUÇÃO 0
DIRETOR/PROPRIET. DE ESTABELEC. COMERCIAL 52
DIRETOR/PROPRIET. DE ESTABELEC. FINANCEIRO 1
DIRETOR/PROPRIETÁRIO DE EMPRESA DE TRANS-
PORTES E COMUNICAÇÃO 3
DIRETOR/PROPRIET. HOSPITAL DE HOTELARIA 1
PROPRIETÁRIO/MOTORISTA DE VEICULODETRANS-
PORTE DE CARGA 5
PROPRIETÁRIO/MOTORISTA DE VEICULODETRANS-
PORTE DE PASSAGEIROS 12
OUTROS-DIRETOR/PROPRIETÁRIO 1
MILITAR-ATIVO/INATIVO 343
CAIXA, TESOUREIRO 44
EMPREGADO DE ESCRITÓRIO 845
COBRADOR, FISCAL 66
AGENTE DE SEGUROS, AGENTE IMOBILIÁRIO 21
VENDEDOR VIAJANTE, VENDEDOR AMBULANTE 29
EMPREGADO DE CASA COMERCIAL 1124
TRABALHADOR AGRÍCOLA, JARDINEIRO 1131
PESCADOR, LENHADOR 8
TRABALHADOR DE MINAS OU PEDREIRAS 10
TRABALHADOR DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA 15
TRABALHADOR DE NAVEGAÇÃO AÉREA 4
TRABALHADOR DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO 74
TRABALHADOR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO 423
TRABALHADOR DE TELECOMUNICAÇÕES 109
CARTEIRO, MENSAGEIRO 40
OUTRO TRABALHADOR DE TRANSPORTE OU CO-
MUNICAÇÃO 131
TECELADO 62
ALFAIATE, COSTUREIRO 185
TRABALHADOR COM COURO 81
TRABALHADOR NA PRODUÇÃO OU TRATAMENTO
DE METAIS 229
MECÂNICO DE PRECISÃO 187
MECÂNICO 545
ELETRICISTA 666
CARPINTEIRO, MARCENEIRO 255
PINTOR, TRABALHADOR EM CONSTRUÇÃO CIVIL 748
TIPÓGRAFO, TRABALHADOR EM MÁQUINA DE IM-
PRESSÃO 72
OLEIRO, OPERADOR DE FORNO 23
TRABALHADOR EM LATICÍNIO, PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS OU BEBIDAS 89
TRABALHADOR NA INDÚSTRIA QUÍMICA 17
TRABALHADOR NA INDÚSTRIA DE FUMO 0
TRABALHADOR NA FABRICAÇÃO DE PNEUMÁTI-
COS
11
TRABALHADOR NA FABRICAÇÃO DE INSTRUMEN-
TOS MUSICAIS
0
EMPACOTADOR 10
OPERADOR DE MAQUINA ESTACIONARIA
93
CARREGADOR
10
SERVENTE, CONTINUO
287
OFICIAL DE JUSTIÇA
1
POLICIAL
244
COZINHEIRO, GARÇON
94
ZELADOR, PORTEIRO, ASCENSORISTA
78
MORDOMO, GOVERNANTA, EMP. DOMÉSTICO
1236
EMPREGADO DE LIMPEZA
16
ESPECIALISTA DE INSTITUTO DE BELEZA
38
ESPORTISTA
5
MODELO
2
FOTOGRAFO, CINEGRAFISTA
48
TRABALHADOR DE EMPRESA FUNERÁRIA
0
TRABALHADOR DE ESPORTES E DIVERSÕES
32
APOSENTADO, PENSIONISTA
48
BOLSISTA, ESTUDANTE
2270
SEM OCUPAÇÃO
219
OUTROS TRABALHADORES INDUSTRIAIS
1535
2 - ESTA TRABALHANDO
SIM
11711
NÃO
3189
ESTÁ APOSENTADO
152
E ESTUDANTE 2075
ESTÁ INVÁLIDO
71
ESTÁ DESEMPREGADO
525
ESTÁ LICENCIADO
106
3 - RAMO A QUE PERTENCE SUA EMPRESA
COMÉRCIO
2239
INDÚSTRIA
2938
CONSTRUÇÃO CIVIL
827
BANCO 282
AUTÔNOMO
768
SERVIÇO PÚBLICO
1339
OUTRO
1352
5 - QUANTOS DIAS TRABALHA POR SEMANA
5 DIAS 3484
MENOS DE 5 DIAS 275
MAIS DE 5 DIAS 7751
6 - NÚMERO DE HORAS DE TRABALHO P/DIA
SEM HORÁRIO DETERMINADO 3172
MENOS DE 8 HORAS 546
8 HORAS 3580
MAIS DE 8 HORAS 3709
OUTRO HORÁRIO 286
7
- ESTA SATISFEITO COM SEU TRABALHO
ATUAL
SIM 6930
NÃO
A PRINCIPAL CAUSA DA SUA INSATIS-
4393
FAÇÃO PROFISSIONAL É:
BAIXA REMUNERAÇÃO DESAGRADO
COM 0 TIPO DE TRA-
2697
BALHO QUE REALIZA DIFICULDADE
DE RELACIONA-
618
MENTO NO TRABALHO VONTADE DE
TER OUTRA OCU-
52
PAÇÃO 804
OUTRA CAUSA 113
III -
CARACTERIZAÇÃO DA RENDA E NÍVEL
DE CONFORTO FAMILIAR
1
- VOCÊ E RESPONSÁVEL PELA SUA MANUTEN-
ÇÃO
SIM 10274
NÃO 4246
2 - QUAL 0 SEU SALÁRIO ATUAL
ATÉ 1.000,00 3876
DE 1.000,00 A 3.000,00 4524
DE 3.000,00 A 5.000,00
SUPERIOR A 5.000,00
1202
619
3 - VOCÊ PRETENDE TER ALGUM BENEFICIO
SALARIAL EM DECORRÊNCIA DO CURSO
SIM
12381
NÃO 1964
4 - QUAL A SUA RENDA FAMILIAR
ATÉ 1.000,00
DE 1.000,00 A 3.000,00
DE 3.000,00 A 5.000,00
1681
4558
2978
SUPERIOR A 5.000,00
5 - VOCÊ MORA EM CASA PRÓPRIA
2813
SIM
NÃO
8211
3935
6 - ASSINALE ABAIXO O QUE EXISTE EM SUA
CASA
ÃGUAENCANADA TELEVISÃO
LUZ ELÉTRICA
7919
10707
11709
ENCERADEIRA
ESGOTO
7640
5972
EMPREGADA 4520
TELEFONE
AUTOMÓVEL
2270
3032
RÁDIO 9938
MÁQUINA DE LAVAR ROUPA 5645
GELADEIRA
ASPIRADOR DE PÓ
9523
11555
BATEDEIRA ELÉTRICA 2254
IV - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLARIDADE
1
- MARQUE O QUE CORRESPONDE AOS ESTUDOS
JÁ REALIZADOS POR VOCÊ
CURSO DE ALFABETIZAÇÃO
223
1
a
. À 4
a
SÉRIE DO PRIMEIRO GRAU
COMPLETO 2609
INCOMPLETO 1895
5
a
À 6
a
SÉRIE DO PRIMEIRO GRAU
COMPLETO 1376
INCOMPLETO 4011
ENSINO DE SEGUNDO GRAU
COMPLETO 947
INCOMPLETO 2180
CURSO SUPERIOR
COMPLETO 228
INCOMPLETO 498
OUTROS CURSOS 1609
V- CARACTERIZAÇÃO DO CURSO POR COR-
RESPONDÊNCIA
1 - COMO TOMOU CONHECIMENTO DO CURSO
JORNAL 142
REVISTA 8084
RADIO 3196
TELEVISÃO 44
AMIGOS E PARENTES 1476
COLEGAS DE TRABALHO 850
OUTRO MEIO 134
2 - QUAIS OS MOTIVOS QUE 0 LEVARAM A REA-
LIZAR 0 CURSO POR CORRESPONDÊNCIA
INEXISTÊNCIA DO CURSO NO LOCAL ONDE
MORA 3089
INSATISFAÇÃO NA SUA PROFISSÃO ATUAL 2553
VONTADE DE TER OUTRA PROFISSÃO 8122
APROVEITAMENTO DE HORAS VAGAS 5753
IMPOSSIBILIDADE DE FREQÜENTAR ESCO-
LAS 3383
GOSTO PELO ESTUDO 8106
POSSIBILIDADE DE GANHAR MAIS 7622
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL 5038
----
IMPORTÂNCIA DO CERTIFICADO
PREPARO ADEQUADO PARA PRESTAR EXA-
3453
MES SUPLETIVOS 1195
PREPARO PARA CONCURSOS
PAGAMENTO DO CURSO PELA EMPRESA ON-
1384
DE VOCÊ TRABALHA 147
CURSO MAIS BARATO 1854
3
- QUAL 0 TEMPO QUE VOCÊ DISPÕE PARA ES-
TUDAR
MENOS DE 5 HORAS POR SEMANA 2111
5 HORAS SEMANAIS 2233
MAIS DE 5 HORAS POR SEMANA 5897
SOMENTE NOS FINS DE SEMANA 4343
4 - EM QUE PARTE DO DIA VOCÊ ESTUDA
PELA MANHÃ 2199
A TARDE 2570
À NOITE 9840
5
- SENTE DIFICULDADES NO CURSO POR
CORRESPONDÊNCIA QUE ESTA REALIZANDO
NÃO 9172
SIM
QUAL A SUA MAIOR DIFICULDADE
5096
LINGUAGEM DAS LIÇÕES
COMPREENSÃO DO CONTEÚDO
464
DAS LIÇÕES 924
EXERCÍCIOS 723
COMPREENSÃO DE GRÁFICOS E
TABELAS
COMPREENSÃO DOS DESENHOS
811
E ILUSTRAÇÕES
FALTA DE BASE PARA ACOMPA-
263
NHAR 0 CURSO
CANSAÇO PARA REALIZAR OS
806
ESTUDOS 549
OUTRAS DIFICULDADES 231
6 - QUE VOCÊ FAZ PARA VENCER AS DIFICUL-
DADES
ESTUDA NOVAMENTE A LIÇÃO 10872
REPETE 0 EXERCÍCIO QUE APRESENTA MAIS
DIFICULDADE 1555
PEDE AUXILIO A ALGUÉM DA FAMÍLIA OU
DE SUAS RELAÇÕES 463
PROCURA UM COLEGA QUE FAZ 0 MESMO
CURSO 177
ESCREVE PARA A ESCOLA 322
LE 0 MESMO ASSUNTO EM LIVROS OU REVIS-
TAS ESPECIALIZADOS 214
BUSCA OUTRA SOLUÇÃO 131
7 - COMO PROCEDE A ESCOLA POR CORRESPON-
DÊNCIA COM AS SUAS DIFICULDADES
CORRIGE OS EXERCÍCIOS 9786
ENVIA NOVAS EXPLICAÇÕES SOBRE 0 AS-
SUNTO 1468
INDICA LIVROS PARA VOCÊ CONSULTAR 344
ENVIA UM QUESTIONÁRIO PARA QUE VOCÊ
DÊ SUGESTÕES, A FIM DE APERFEIÇOAR 0
CURSO 652
OUTRO PROCEDIMENTO 276
8 - VOCÊ JÁ REALIZOU OUTROS CURSOS POR
CORRESPONDÊNCIA
NÃO 12640
SIM 2031
9 - VOCÊ PENSA CONTINUAR ATÉ 0 FIM 0 CUR-
SO QUE ESTA REALIZANDO
SIM 14071
NÃO 861
POR QUE VOCÊ NÃO VAI CONTINUAR
FALTA DE TEMPO 139
CANSAÇO 30
DIFICULDADES PARA COMPRE-
ENDER 0 CURSO 73
DIFICULDADES FINANCEIRAS 151
0 CURSO NÃOCORRESPONDE AO
QUE VOCÊ ESPERAVA 72
PROBLEMAS DE SAÚDE 21
OUTROS MOTIVOS 15
10 - ALÉM DA CORRESPONDÊNCIA, QUE OUTRO
TIPO DE CONTATO VOCÊ GOSTARIA DE MAN-
TER COM A ESCOLA
RÁDIO 2624
TV 1702
TELEFONE 1714
PESSOAL 6314
NENHUM OUTRO 1784
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA I
DISTRIBUIÇÃO DA IDADE PELO SEXO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA II
DISTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL PELO SEXO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA TABELA III
DISTRIBUIÇÃO DA OCUPAÇÃO PELO SEXO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA IV
DISTRIBUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO PELA IDADE
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA V
DISTRIBUIÇÃO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO PROFISSIONAL PELO SALÃRIO ATUAL
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA VI
DISTRIBUIÇÃO DA CONDIÇÃO DE MORADIA PELA RENDA FAMILIAR
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA VII DISTRIBUIÇÃO DO
CONFORTO FAMILIAR PELA RENDA FAMILIAR
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA VIII
DISTRIBUIÇÃO DA OCUPAÇÃO PELO SALÁRIO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA IX
DISTRIBUIÇÃO DO NÍVEL SALARIAL PELO NÍVEL DE ESCOLARIDADE
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA X
DISTRIBUIÇÃO DO PERÍODO DO DIA PELO NÚMERO DE HORAS DE ESTUDO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA XI DISTRIBUIÇÃO DOS MOTIVOS QUE
LEVARAM A REALIZAR O EPC PELA IDADE
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA XII
DISTRIBUIÇÃO DA OCUPAÇÃO PELO NÚMERO DE HORAS DE ESTUDO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA XIII
DISTRIBUIÇÃO DAS DIFICULDADES NO EPC PELO SEXO
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA TABELA XIV
DISTRIBUIÇÃO DO CONHECIMENTO DO CURSO PELA ESCOLARIDADE
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA XV
DISTRIBUIÇÃO DAS DIFICULDADES NO EPC PELA IDADE
MEC/UERJ - PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA
TABELA XVI
MEC/UERJ-PROJETO ENSINO POR CORRESPONDÊNCIA TABELA XVII
DISTRIBUIÇÃO DAS DIFICULDADES NO EPC PELO NÍVEL DE ESCOLARIDADE
ANEXO 5 A CLIENTELA DO ENSINO
POR CORRESPONDÊNCIA
Vista pela Profª Lúcia Radler dos Guaranys (*)
Baseada em pesquisa realizada pelo IPEA, em 1972, desenvolve a
Prof? Lúcia R. dos Guaranys estudo que abrange características pessoais,
"background" familiar, experiência educacional, experiência ocupacional,
mobilidade social da clientela, além de informações sobre o CPC.
Foi selecionada uma amostra de 25% dos alunos das Escolas por
Correspondência Dom Bosco — EDB; dos Cursos Guanabara de Ensino
Livre - CGB; do Instituto Rádio Técnico Monitor S/A - IMD; e da Escola
Mundial de Cultura Técnica S/C Ltda. - EMU; e de 10% corrigida com um
peso de 2,5, dos alunos do Instituto Universal Brasileiro — IUB. Assim,
foram estudados 2.759 alunos.
O GT apresenta, a seguir, algumas conclusões, em face do referido
estudo, tendo em vista os interesses de trabalho que vem desenvolvendo.
Na amostra da Profª Lúcia, podemos ressaltar:
O aluno dos CPC é bastante jovem — idade média de 25 anos —
sendo que 70% têm de 15 a 29 anos.
• Mais de três quartos dos alunos são do sexo masculino, sendo que
uma proporção maior de mulheres desiste do curso. Cerca de 70%
de cada faixa etária é do sexo masculino.
A maior parte dos alunos é de solteiros (63%).
- Documento básico do VIII Seminário Brasileiro de Teleducação Sobre "Ensino por
Correspondência", promovido pela Associação Brasileira de Teleducação/ABT, em Fortaleza
(CE) de 05 a 09 de Dezembro de 1976.
• A distribuição dos alunos por UF é consistente com a sede da maior
parte dos CPC analisados. São Paulo possui 25% dos alunos;
Minas Gerais 14%; Rio Grande do Sul e Paraná 11%, cada; Rio de
Janeiro (antigo Estado RJ e GB), 10% Bahia 6%. Os demais têm
porcentagens abaixo de 5%.
Mais de três quartos dos alunos moram na sede do seu Município
(77%).
A classe social do aluno, considerada pelo nível de ocupação do
pai, é a de nível 6, composta, predominantemente, de operários
qualificados (48%), seguida da de nível 5 - supervisão de
ocupações manuais - (21%) e da de nível 4 - ocupações não
manuais de rotina (31%).
Com relação ao nível de instrução dos alunos, 44% têm o primário
completo; 31%, o ginasial e 24%, o colegial.
Três quartos dos alunos do EPC trabalham, sendo que 70%, em
um só emprego, predominantemente fixo (88%); dos 25% dos
alunos que não trabalham, 74% são dependentes, sendo 46%
também estudantes; somente 7%, sem trabalho temporário, e 6%
sem nunca terem conseguido emprego.
Daí conclui a professora que o CPC não é procurado como meio de
obtenção de emprego, pois somente 3,3% dos alunos estão em busca de
emprego ou estão desempregados. Os outros 21,7%, que não trabalham,
são dependentes. Lembra, ainda, a conotação de lazer que teriam alguns
tipos de CPC.
De alguns cruzamentos feitos, infere-se:
a. Na faixa de idade mais jovem, a maioria não trabalha; entre
25 a 29 anos, a percentagem dos que trabalham está quase
sempre entre 80 e 90%.
b. Do sexo masculino, 85% trabalham e do feminino somente
46% trabalham.
• Quanto mais baixa a classe social do pai, maior a necessidade do
filho trabalhar.
• A grande maioria dos alunos — 82% — trabalha em tempo inte-
gral; 9% em meio-expediente; 3% entre 4 e 6 horas por dia e 6%
entre 6 e 8 horas diárias.
• Quanto ao nível ocupacional do próprio aluno, a moda está
situada no nível 6 — operários especializados (50%); 23% ocupam
empregos de supervisão de ocupações manuais e 13% integram
ocupações não manuais de rotina. Cruzando com a faixa etária,
verifica a professora que há uma tendência para os alunos de nível
social muito baixo serem os mais velhos; sendo que, da mesma
forma, os alunos com ocupação de nível mais elevado são,
também, os mais velhos.
De alguns cruzamentos em relação ao nível ocupacional, verifica-se:
a. Os que não trabalham são proporcionalmente mais numero
sos nas classes sociais mais altas.
b. As maiores proporções de mulheres se situam nos níveis 4 e
7, exatamente nas bases das hierarquias de trabalho não ma
nual (27% e 30% respectivamente).
• Quanto à renda mensal dos alunos, a média é de quase dois salá-
rios mínimos, onde se situa 70% da amostra.
Quanto aos CPC, apurou a Professora Lúcia que:
a. 42% dos alunos procuram esse tipo de curso pelos mesmos
motivos que justificam, teoricamente, os cursos: falta de tempo
para ir à escola, morar em local sem escola ou distante dela.
15% apontaram que o curso de seu interesse só é oferecido
por Escolas de EPC.
Segundo a professora, a resposta "é mais barato que escola comum",
não teve muita importância; mas ao pesquisar a clientela dos
alunos desistentes, ela verificou que 45% abandonaram os cursos por não
terem condições de continuar pagando. Concluiu, então, "que os alunos
não consideram que os CPC sejam mais baratos que os outros cursos ou,
pelo menos, o suficiente para permitir a escolha por este motivo. "Alerta,
no entanto, para um problema econômico subjacente.
b. Dos alunos que estão cursando atualmente, 12% já fizeram
outro CPC e 25% fazem, paralelamente, algum outro curso
que não é por correspondência. 41% dos alunos pretendem
fazer outro CPC e 14% um outro curso qualquer.
c. 40% dos estudantes dos CPC têm intenção de continuar a
estudar através do EPC.
d. Quanto ao motivo pelo qual os alunos escolheram suas es
colas, 40% indicam por ser a melhor escola de EPC, 25%
por ser a mais barata, 15% por ser a única que tem o curso.
e. Quanto aos tipos de EPC, 37% dos alunos fazem cursos na
área de rádio; 13% na de desenho e de costura; os demais
tipos de curso têm freqüência inferior a 10%.
f. Dos motivos para a escolha de curso ou especialidade, res
saltam:
. melhorar a posição no trabalho (26%); .
melhorar o salário (24%); . por gostar
(18%);
g. Das formas pelas quais o aluno ficou sabendo do CPC que
está fazendo, 71% através de revistas, o que indica meios de
comunicação de massa no recrutamento da clientela. Con
cluiu a professora: "é paradoxal que os CPC, atendendo a
uma clientela que é, principalmente das classes mais bai
xas, é o ensino talvez que mais gasta em publicidade... mais
de 50% dos custos por aluno de uma das escolas estudadas."
h. Quase a totalidade dos alunos do EPC (92%) estuda sozinho.
i. Em geral, o próprio aluno custeia o seu curso (70%).
j. Com relação às ocasiões em que o aluno geralmente se ocupa
do curso, vê-se que 60% o fazem diariamente e 21%, nos fins
de semana, levando, em média, duas horas por dia; 50%
gastam uma hora, 35% gastam 2 horas, 11% gastam 3 horas,
e 5% quatro ou mais. Cruzando "quando o aluno se ocupa do
curso" e "quanto tempo gasta estudando", tem-se que a maior
parte estuda, todos os dias, duas ou três horas diárias (61% e
21%, respectivamente).
Dos alunos do EPC que não trabalham, 56% estudam todos os dias,
13% nos fins de semana; dos que trabalham, 61% estudam todos os dias e
21% nos fins de semana. Segundo a Profª Lúcia, os que trabalham levam
mais a sério o curso do que os que não trabalham.
I. Quanto à profissionalização através dos EPC, 79% conside
ram que o curso já está lhes trazendo algum benefício pro-
fissional; assim, 71% dos alunos pretendem arranjar um em
prego ou trabalho relacionado com o curso e 18% já traba
lham no mesmo ramo.
m. A maioria dos cursos envia as lições com pontualidade, e tais
lições são consideradas adequadas por 72% dos alunos de
leitura fácil (93%), com parte prática de utilidade (89%) As
orientações recebidas são suficientes para vencer as difi eu
Idades (94% das respostas); os testes ou provas são ade
quados (73%) e, o que é importante, "a maior parte dos alu
nos recebe orientação especial nas suas dificuldades da es-
cola, 52%; 11% de amigos e 6% de parentes."
Finalmente, 97% dos alunos disseram que recomendariam o CPC a
um amigo, o que confirma uma avaliação favorável dos cursos por parte
dos estudantes.
A seguir transcrevemos, na íntegra, a Conclusão, da Profª Lúcia
Guaranys, quanto ao estudo que realizou:
"O que mais nos chama a atenção neste primeiro contato com os
dados sobre a clientela do EPC é o elevado acesso das "classes" mais
baixas a este ipo de ensino (82%). Vimos que no EPC há maior igualdade
de oportunidades educacionais para as diversas "classes" sociais do que
em outros tipos de ensino, como o formal e o supletivo.
Fica bem claro, em segundo lugar, o caráter profissionalizante dos
CPC, para a grande maioria dos alunos. A pretensão de conseguir um
emprego ou trabalho relacionado com o curso (71%) e o benefício pro-
fissional que já notam, mesmo durante a realização do curso (79%), são
indicadores deste significado do curso para os alunos.
Generalizando, podemos descrever o aluno do EPC como sendo jo-
vem — idade entre 15 e 29 anos (70%) — do sexo masculino (75%), sol-
teiro (63%), mora na sede de um município (77%), situado na região
sudeste ou sul (80%) do país. Seu pai é operário (48%) e ambos, pai
(46%) e mãe (42%) tem primário incompleto. O aluno é também operário
(50%), como seu pai, porém seu nível de instrução é ginasial (30%). Ele
trabalha em um só emprego (70%), fixo (88%) em tempo integral (82%).
Houve aumento de nível de instrução de pai para filho, mas este se
manteve na mesma "classe" social do pai.
Quanto a sua relação com o CPC, escolheu este tipo de ensino por
gostar de estudar (28%) ou não ter tempo de ir à escola (29%). Selecionou
a escola por ser a melhor no gênero (40%) e escolheu o tipo de cu-so para
melhorar a sua posição no trabalho (26%) ou melhorar o seu salário (24%).
O aluno, além de trabalhar em tempo integral, estuda em média, duas
horas por dia (33%) para o seu curso, sendo uma hora dedicada à leitura
da apostila (50%) e uma hora à realização dos trabalhos práticos (61%).
Como vemos, ele se dedica muito ao seu CPC. Pretende fazer outro curso
depois de terminado este (70%), provavelmente também por
correspondência (41%).
O aluno recebe as lições com pontualidade (87%), o que indica que o
correio não constitui problema para este tipo de ensino. De maneira geral
tem uma percepção favorável dos materiais didáticos e do atendi-
mento oferecido. Acha as lições (72%) e testes (73%) adequados ao seu
nível e as lições de leitura fáceis (93%). O curso tem parte prática, que
considera útil (89%). Recebe orientação especial da escola (52%) nas
suas dificuldades, sendo, além disso, suficiente (94%) para a realização
das tarefas práticas exigidas."
VII - RECOMENDAÇÕES
As conclusões e a série de considerações a que foi possível chegar,
dada a natureza do projeto, permitem que o Grupo de Trabalho recomende
ao DSU/MEC que:
1. Elabore uma Estratégia Nacional para o EPC, baseada nos
princípios da Educação Permanente e em perfeita consonância
com a realidade brasileira;
2. Realize experimentos visando a utilização pelas SEC do ma-
terial pedagógico produzido pelas Escolas particulares de EPC,
na preparação de alunos para os exames de suplência
profissionalizantes;
3. Atribua aos Centros de Estudo Supletivo, já para o exercício de
1978, recursos financeiros específicos para a adoção de
metodologia de ensino à distância;
4. Promova a generalização da utilização de módulos de ensino,
sobretudo para a educação à distância;
5. Crie, na sua estrutura organizacional, um setor específico para
promover assistência técnica e entidades interessadas em
desenvolver Cursos por Correspondência, tendo em vista es-
pecialmente aperfeiçoamento dos objetivos e das sistemáticas
de avaliação da aprendizagem no momento existentes, além do
cadastro de todas as instituições de EPC;
6. Proponha à SG/MC a inclusão - como tema de um dos En-
contros de Secretários de Educação e Presidentes de Conse-
lhos Estaduais — a análise da problemática do EPC, levando-se
em conta as suas potencialidades;
7. Estimule, quando e onde couber, a utilização do EPC no sis-
tema regular de ensino, resguardando, em todos os momentos,
a liberdade das escolas e a sua flexibilidade na criação e
desenvolvimento de Cursos por Correspondência;
8. Ofereça ao Ministério das Relações Exteriores, através do Mi-
nistério da Educação e Cultura, o "know-how" brasileiro de EPC,
desejado por algumas jovens nações africanas, como Mo-
çambique, que já demonstrou o mais alto interesse na criação
de um Centro de Ensino por Correspondência utilizando a
radiodifusão;
9. Promova a integração do EPC num sistema de multimeios;
10. Utilize os Centros de Estudo Supletivo como núcleos de en-
contros periódicos para os alunos dos Cursos por Correspon-
dência, propiciando-lhes o trabalho em grupo e o contato face a
face com o orientador;
11. Sugira a revisão nos componentes curriculares dos cursos de
formação de professores, através da educação à distância, ten-
do em vista a utilização correta de meios numa perspectiva de
Tecnologia Educacional;
12. Estimule a utilização do EPC nas entidades oficiais, para o
treinamento em serviço, ensejando, sempre que o aproveita-
mento for suficiente, o incentivo à promoção interna;
13. Identifique formas de promover a divulgação dos levantamentos
periódicos do Ministério do Trabalho, tendo em vista a criação
de cursos identificados com as necessidades do mercado;
14. Recomende às escolas de EPC que procurem adequar os seus
cursos à demanda dos exames de suplência profissionalizante,
principalmente às habilitações previstas nos Pareceres 45/72 e
76/75;
15. Retome os estudos sobre a Universidade Aberta, com os cui-
dados iniciais de evitar a geração de uma instituição que du-
plique o que já se faz nas Universidades existentes no País;
16. Sugira ao Ministro da Educação e Cultura a criação da Univer-
sidade Aberta como núcleo de produção de materiais de ins-
trução para a solução de problemas educacionais, como o da
qualificação de professores leigos;
17. Institua a Universidade Aberta, valendo-se da estrutura de
Universidades já existentes;
18. Promova estudos no sentido de ser estabelecida a Lei de
Formação Profissional, consolidando e aperfeiçoando os ins-
trumentos hoje existentes, como a Lei 5.692/71 e a Lei
6.297/75;
19. Realize amplo trabalho de intercâmbio com organismos in-
ternacionais como a OIT, a UNESCO etc;
20. Efetue convênios com instituições credenciadas no Conselho
Federal de Mão-de-Obra para o incentivo ao aperfeiçoamento
de funcionários e operários, com o pleno emprego do EPC;
21. Incentive estudos para a utilização do EPC na recuperação de
alunos, nos diferentes níveis do ensino regular.
VIII - REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO PERMANENTE E A
SOCIEDADE MODERNA
Prof. Newton Sucupira
A pressão exercida pelas realidades econômicas, sociais e demográ-
ficas de nosso tempo, a emergência de contradições de tipo ideológico, a
dinâmica sócio-cultural interna às nações desenvolvidas e em desenvol-
vimento e a complexidade crescente da formação humana em todos os
níveis põem em evidência dois fatos extremamente significativos: de um
lado, a importância cada vez maior da função educativa nas sociedades
contemporâneas e, de outra parte, a insuficiência e a inadequação das
estruturas escolares tradicionais para atender às novas tarefas e exigên-
cias do processo educativo. Neste contexto de problemas, se impõem dois
princípios ou idéias que passam a inspirar as concepções e políticas
educativas de quase todos os países: o princípio da Educação Permanente
e a idéia da educação extra-escolar. Não será exagero dizer-se que estes
dois princípios constituem elementos básicos do quadro conceitual do
planejamento educativo das sociedades modernas. Com efeito, o Relatório
da Comissão Internacional sobre o Desenvolvimento da Educação, o já
famoso Relatório Faure de 1972, na sua primeira recomendação, propunha
a Educação Permanente como idéia mestra das po-líticas educativas para
os anos futuros, tanto para os países desenvolvidos como para os países
em desenvolvimento. Numa outra recomendação significativa, preconizava
a desformalização da Educação. A idéia é que a Educação deve ser
dispensada e adquirida por uma multidão de meios, o importante não
sendo saber que caminho a pessoa seguiu, mas o que aprendeu e
adquiriu.
Desde então, estes princípios têm inspirado a programação da bienal
da Unesco. Recentemente, no projeto de programa para 1977-78,
aprovado na Assembléia-Geral da Organização, em Nairobi, 1976, o
Diretor-Geral salientava que o "programa proposto agrupa as atividades
visando a ajudar os Estados membros a renovar as estruturas, os conteú-
dos, os métodos e as técnicas de educação escolar e extra-escolar, na
perspectiva da Educação Permanente".
Se procedermos a uma leitura analítica dos inúmeros trabalhos, re-
latórios, conclusões de seminários e documentos oficiais, especialmente
aqueles promovidos pela Unesco, podemos destacar, entre outros, os
seguintes pontos:
• o conceito de Educação Permanente se inscreve numa realidade
econômica, social e política da qual constitui, ao mesmo tempo, a
resultante e um dos modos de superação;
as "démarches" intelectuais em vista da modificação dos sistemas
educativos de nosso tempo formam um feixe convergente de
idéias e dão corpo a um verdadeiro quadro conceitual;
os elementos da idéia de Educação Permanente já se exprimem,
ainda que de forma incipiente, nas experiências educativas ino-
vadoras de diversos países;
embora repelindo o mito de desescolarização pura e simples e,
admitindo com Edgar Faure que a escola é, e permanecerá fator
decisivo para a formação de um homem apto a contribuir para o
desenvolvimento da sociedade, temos de reconhecer que o campo
do educativo ultrapassa o âmbito das estruturas escolares e
compreende todos os fatores e todos os elementos que possam
concorrer para a ação formativa do indivíduo.
Mas se atualmente há consenso generalizado em se considerar a
Educação Permanente a idéia-força de todo projeto educativo e em se
reconhecer a necessidade inelutável da educação extra-escolar, falta-lhes,
ainda, uma determinação conceitual, unívoca e precisa, capaz de lhes
conferir maior força operacional. Por outro lado, ao analisar o conjunto da
documentação recente sobre a Educação Permanente, encontramo-nos
em face de reflexões que chegam freqüentemente, mais ao enunciado de
princípios e recomendações, do que a experimentações ou a
demonstrações de tipo científico.
No que concerne à educação extra-escolar, mais difícil é a delimi-
tação de seu campo, mais complexa é a sua conceituação. Desde logo
importa acentuar que estes dois conceitos se relacionam intimamente — a
Educação Permanente não poderia realizar-se mediante uma escolari-
zação contínua — ambos se distinguem quanto ao campo de aplicação e
às formas de execução. Não temos a pretensão de chegar a uma educação
conceitual rigorosa, mas destacar pontos fundamentais destas duas idéias
tao importantes para a educação moderna.
A idéia de uma educação permanente, livre e contínua, não é em si
mesma nova. Era já preconizada por Platão. Ao nível filosófico, a própria
idéia de educação enquanto forma de atividade, qualidade inerente ao ser
do homem, nos conduz à noção de sua permanência. Justamente porque
o homem não constitui jamais um ser completo, mas conjunto estrutural de
possibilidades em atualização contínua, é educável ao longo de sua vida,
necessita educar-se, renovar-se incessantemente. Quando
Dewey vê na Educação a reconstrução ou reorganização contínua da ex-
periência, esta idéia implica Educação Permanente. Mas, de fato, no curso
da História, a Educação Permanente sempre foi o apanágio de certo
número de privilegiados. O que é novo é a idéia de torná-la acessível a
todos. Daí porque a noção de democratização da Educação é um dos
componentes essenciais da ideologia da Educação Permanente. Mas esta
noção mesma modificou-se no tempo. Antes da Segunda Guerra Mundial
significava, fundamentalmente, que era necessário oferecer aos jovens,
maiores possibilidades de ascender na escala social. Hoje — e é assim
que ela deve exprimir-se pelos projetos de Educação Permanente — trata-
se de desenvolver em cada indivíduo a capacidade de um julgamento
pessoal e social, os meios de domínio de sua própria vida e de ação sobre
uma vida coletiva que seja verdadeiramente elaborada por todos os grupos
em presença.
Já se tornou lugar comum a afirmação de que, no mundo atual, se
impõe a todo indivíduo a exigência de renovar, continuamente, sua ba-
gagem de conhecimentos, em razão do rápido aumento de volume do
saber. Conhece-se o caráter indispensável da renovação das qualificações
profissionais, em virtude da evolução perpétua das técnicas. Admite-se,
para cada pessoa, a necessidade de reconstruir sem cessar os fundamen-
tos da cultura pessoal, num mundo em mudança, em meio à transfor-
mação ininterrupta dos valores e das relações sociais. Se a Educação tem
por função principal a preparação do homem à sua vida social, cultural e
profissional, há de seguir o homem ao longo de sua vida, deve ser per-
manente, contínua (lifelong education).
Mas a noção de Educação Permanente não deve ser considerada
somente no quadro de nossos trabalhos, como a conseqüência necessária
da evolução da sociedade, como adaptação inevitável do Sistema de
Educação às pressões exteriores do ambiente social e cultural. É, pri-
meiramente, o meio e o exercício mesmo do desabrochamento e reali-
zação da pessoa individual. Constitui, também, a expressão de um prin-
cípio, de uma concepção voluntária que ilumina com nova luz o conjunto
da Educação. Bertrand Schwartz salientou a natureza voluntarista dessa
noção ao propor os elementos seguintes de sua definição:
"Trata-se menos de novos objetivos atribuídos à educação do que
uma concepção de conjunto (e neste sentido bastante recente) das
estratégias a colocar em execução para atingir tais objetivos. Nós a
definiremos como a integração dos atos educativos em verdadeiro
contínuo no tempo e no espaço, pelo jogo de um conjunto de meios
(institucionais, materiais, humanos) que tornam esta integração
possível".
1. FORMAÇÃO CONTINUA
Assim entendida, a Educação Permanente implica conceber o ser
humano em estado de formação contínua, o que significa reconhecer e
afirmar sua capacidade de se ultrapassar em toda idade e em todas as
situações, E considerar o homem como ser capaz de se transformar e de
se construir de maneira ininterrupta através de todas as etapas de sua
vida. Isto significa, principalmente, que a socialização dos jovens não é
mais um processo fechado e acabado, mas que a Educação que assume
sua responsabilidade plena preenche, de fato, funções mais complexas,
mais numerosas e mais globais. A finalidade da educação de certo não
pode se restringir simplesmente à aprendizagem de técnicas, à aquisição
de qualificações precisas, ao domínio de uma cultura particular, pois a
permanência mesmo do processo põe em causa cada realização parcial.
Existe, pois, uma correlação entre o nascimento da educação e a aceitação
da relatividade fundamental das formas de cultura. A Educação
Permanente não é uma formação indefinidamente repetida; é, ao contrário,
uma educação constantemente renovada. Nesta perspectiva, a Educação
Permanente não faz do homem um "eterno menor" como dizia Illich, mas
visa precisamente a dar ao homem condições de autonomia intelectual e
espiritual, para que possa conduzir por si mesmo seu processo formativo,
que se identifica com a própria vida conscientemente assumida. A
Educação Permanente postula que a educação deve dirigir-se ao ser
humano em sua integridade e englobar todas as dimensões de sua relação
ao mundo. Deve ser o meio de integração do homem consigo mesmo e do
homem com seu ambiente.
Sob esse aspecto, a noção de Educação Permanente é de concep-
ção recente, na medida em que, no futuro, a idéia de permanência da
educação se tornará tão evidente que se falará, simplesmente, de Educa-
ção, a noção de permanência ou continuidade sendo incluída na própria
idéia de educação. Certamente, a Educação Permanente, em toda sua
plenitude é talvez ainda uma utopia, mas está inscrita na necessidade que
nos impõem os fatos. Retê-la como princípio é agir para acelerar sua
realização. Seria, entretanto, falso e ilusório pensar que esta realização
possa fazer objeto de uma reforma estrutural isolada ou de uma ação
limitada no tempo. 0 princípio da permanência da educação implica uma
transformação gradual do conjunto do Sistema da Educação, para que a
formação se torne "uma dimensão normal da vida individual", para
usarmos da expressão de Henri Janne.
Ora, os sistemas educativos atuais, sob muitos aspectos, se encon-
tram impotentes para realizar todos os objetivos da Educarão Permanente
com as formas escolares tradicionais. Existe, paradoxalmente, pelo fato
mesmo do seu desenvolvimento quantitativo. Em face do crescimento dos
conhecimentos indispensáveis, da multiplicidade de tarefas para as quais
os indivíduos devem ser preparados, da dimensão planetária da
informação, da necessidade de uma democratização da educação, os
sistemas responderam, até agora, pela acumulação. Os programas foram,
progressivamente, sobrecarregados até a saturação, a escolaridade não
cessou de se prolongar, os diplomas se tornaram a condição sine qua non
de ingresso na vida profissional. A educação escolar se desenvolveu,
assim, de maneira quase monstruosa em seu aspecto quantitativo e
institucional. Multiplicaram-se os anos de ensino, o número de professores,
de administradores de ensino, e, desta maneira, reforçou-se a rigidez do
sistema cada vez mais burocratizado e constrangedor, cujos defeitos são
constantemente, denunciados e, às vezes, exagerados.
2. DUPLO EFEITO
No que tange, particularmente, aos países em desenvolvimento, a
demanda crescente de educação tem duplo efeito:
a) reduz a produtividade dos esforços de desenvolvimento quanti-
tativo da educação, empreendidos na maior parte destes países à
base dos modelos escolares tradicionais. Face ao aumento rápido
da população escolarizável, os sistemas educativos dos países
carentes se caracterizam, muitas vezes, pelo custo crescente e
uma rentabilidade decrescente;
b) põe o problema de uma pesquisa de novos métodos de educação
que permitam alargar o raio de ação do sistema educativo, até
então restrito às estruturas escolares. Isto é, um sistema aberto de
ensino que estimule a inovação e assegure sua difusão mais
rápida e mais ampla a todos os níveis da população e que favo-
reça a aptidão à mudança.
E verdade que, em muitos países, um conjunto convergente de
medidas foi empreendido por grupos sociais dinâmicos, em vista de re-
mediar, de maneira mais ou menos empírica, as insuficiências das insti-
tuições educativas. Um certo número destas ações se dirigiu para as clas-
ses de idade tradicionalmente beneficiadas pela escola. São as ações peri
e para-escolares. Tinham por objetivo, seja dar resposta à vacuidade edu-
cativa dos tempos extra-escolares, seja promover domínios educativos
insuficientemente abordados pela escola (atividade de tipo artístico,
esportivo etc), seja estimular o desenvolvimento de uma educação para a
vida coletiva e para a responsabilidade (movimento de jovens. Foi a di-
nâmica desses movimentos educativos peri e para-escolares que permitiu
que se elaborasse, concretamente, a idéia de uma escola aberta para to-
dos os domínios da vida e para todos os componentes do homem.
Mas todas essas iniciativas, por mais fecundas que sejam, se reve-
lam insuficientes para atender à multiplicidade e à complexidade da
educação nas sociedades modernas. Se os objetivos da educação hoje
são chamados a se diferenciarem e se alargarem, assim como sugere a
idéia de Educação Permanente, se "a aprendizagem do autodesenvol-
vimento" (Dümazedier) torna-se o processo educativo central, daí de-
correm, evidentemente, modificações profundas na natureza e nos modos
de realização da função educativa.
A modificação objetiva fundamental da situação educativa, em nossos
dias, é que a escola não detém mais o monopólio dos objetos de
conhecimento. Estes tornam-se, progressivamente, disponíveis ao maior
número por intermédio dos jornais, das revistas especializadas ou de di-
vulgação científica, pelo rádio, pela televisão, pela correspondência etc. A
função da educação é, assim, modificada em sua natureza: não se trata
mais, essencialmente, de transmitir conhecimentos — que pelo fato de seu
crescimento e de sua obsolescência rápidos, os educadores não se
encontram mais em condições de possuir totalmente — mas permitir ao
educando a descoberta, a escolha e a integração das informações dis-
poníveis. Dai' se segue que, se a educação não é mais exclusiva da escola,
se a aprendizagem é chamada a realizar-se em contato com a realidade, a
noção de lugar e meios educativos deve, necessariamente, ampliar-se.
Neste caso, todos os meios de comunicação, as diferentes formas de ati-
vidades técnicas e as variadas modalidades de expressão cultural devem
ser mobilizadas para a educação da criança, do adolescente, do jovem e
do adulto, em geral. Por isso mesmo, os sistemas educativos modernos
devem possuir uma estrutura aberta e extremamente flexível para absorver
e aplicar, em sua ação formativa, os múltiplos meios de influência e as
linguagens diversificadas do processo cultural total.
Torna-se evidente, pois, que, nas sociedades modernas, não seria
mais possível universalizar a educação em todos os seus ramos e níveis,
prolongando-se, indefinidamente, o período de escolaridade ou de ins-
trução universitária. O próprio conceito de Educação Permanente implica
que o adulto, em diferentes momentos de sua vida, no quadro de suas
diversas experiências, utilize todas as possibilidades de educação que lhe
são oferecidas. Como também a aquisição dos conhecimentos se efetua,
freqüentemente, fora do quadro escolar — mesmo que a escola continue a
desempenhar papel privilegiado — às estruturas tradicionais se
acrescentam fórmulas educativas novas que podem mobilizar recursos
complementares. Surge daí o problema de coerência entre estes diferen-
tes elementos do sistema educativo, que postula a exigência de articular
os diversos graus, ciclos e tipos de ensino criados por via de adições su-
cessivas, destinados a públicos diferentes em função de preocupações
heterogêneas.
A articulação vertical e horizontal dos sistemas de educação, con-
cebidos como um todo, torna-se uma necessidade. A pesquisa de coe-
rência conceitual se duplica, aliás, de um cuidado paralelo de rentabi-
lidade. Para aumentar o rendimento da educação, que constitui, às vezes,
o item orçamentário mais elevado das despesas públicas, parece
indispensável repartir as tarefas entre os diversos agentes educativos, se-
gundo o critério de maior eficácia. À escola cabe dispensar os saberes e
as técnicas, comunicar os valores e formar as atitudes e as aptidões que
decorrem de sua vocação própria, deixando à educação extra-escolar
as tarefas de formação mais flexível, mais empírica ou mais específica.
Assim sendo, o Sistema Educativo total implica a integração de dois
subsistemas: o primeiro, tradicional, mais estruturado e ao qual se dis-
pensou até agora todas as atenções, o subsistema escolar; e o novo sub-
sistema, que apenas começa a se impor — o o subsistema das formas não
escolares da educação. A própria noção de sistema exige que se asse-
gure articulação e ampla circulação entre as diversas funções, níveis e
modalidades dos dois subsistemas.
3. A EDUCAÇÃO EXTRA-ESCOLAR
O problema que se põe é a conceituação da educação extra-escolar
como subsistema do sistema educativo. Não existe ainda consenso quanto
à conceituação, ao quadro teórico e metodológico, à avaliação das
experiências, aos conteúdos, à clientela, à institucionalização, às formas e
aos objetivos da educação extra-escolar. Pelo contrário, muitos são os
problemas e os pontos controvertidos, quando se aborda a conceituação e
a prática da educação extra-escolar. Mas, apesar das dificuldades teóricas
e práticas, vem sendo, progressivamente, aplicada em grande número de
países.
A educação extra-escolar, como seu nome indica, tende a ser defi-
nida com relação ao mundo escolar e isto encerra o risco de se concebê-la
em função do escolar, seja como paliativo, seja como remédio das in-
suficiências do sistema escolar. Como acentua Pierre Furter, "é na medida
em que o modelo da educação escolarizada (elaborado no contexto da
industrialização) responde mal às novas exigências das sociedades pós-
industriais que á educação extra-escolar surge como "solução", às vezes
como "alternativa" ou, pior ainda, como "remédio".
Este raciocínio mutatis mutandis, poderia ser aplicado também aos
países em desenvolvimento. Mas neste caso, a educação extra-escolar te-
r/a caráter meramente supletivo e seu destino seria desaparecer à medida
que marchássemos para uma escolarização completa. Conforme foi visto,
a Educação Permanente não se perfaz com uma escolaridade contínua,
nem todas as formas da educação de adultos se reduzem aos processos
escolares. A educação extra-escolar parece impor-se hoje como forma
específica de ação educativa, como resultante da complexidade
das sociedades industriais e da complexidade da civilização tecnológica.
Sendo assim, a educação extra-escolar cessa de aparecer como simples
paliativo para as insuficiências da educação escolar e guarda com esta
uma relação de complementaridade.
O conceito de educação extra-escolar é abrangente pela própria
natureza de seu objeto e se torna extremamente difícil de limitar com todo
rigor seu campo de atuação. O próprio conceito é, logicamente, indefinido,
porque se refere às formas de ação educativa que se processam fora da
escola. Neste sentido o extra-escolar é o não escolar. A sua conceituação
com referência ao escolar dá a entender que é posterior à escola. Ora, o
educativo, ao longo da história, precede a escola. Mas acontece que a
escola assumiu tal importância em nossa civilização, parecendo
monopolizar toda a educação, que todas as formas de ação educativa não
escolarizada passam a chamar-se extra-escolares. O que caracteriza a
fase atual em matéria de educação é, precisamente, a ul-trapassagem da
escola sem implicar sua negação. O que há de novo em matéria de extra-
escolar é que a ação educativa anteriormente difusa, assistemática e, às
vezes, episódica, agora é exercida, intencionalmente, e de modo
organizado. O fato de que a educação extra-escolar se diz não formal por
oposição à educação escolar formal não exclui o caráter sistemático e a
organização e fala-se, até certo ponto paradoxalmente, da
institucionalização das formas extra-escolares de educação.
Em princípio, a educação extra-escolar se dirige a todos, tem uma
clientela vasta e heterogênea. Compreende a educação dos jovens de ní-
vel escolar ou universitário sob outras formas que os cursos dados em
classe, alfabetização, o ensino corretivo para pessoas que abandonaram
os estudos, a formação técnica e profissional, a educação sanitária, a
educação para o desenvolvimento comunitário e cultural e, de maneira
geral, a Educação Permanente em todos os níveis e para todas as catego-
rias de pessoas.
4. A CLIENTELA
Em geral, admite-se dividir a clientela da educação extra-escolar nos
seguintes grupos:
a) os não escolarizados, isto é, os que jamais freqüentaram a escola.
Para esta categoria dá-se prioridade à alfabetização funcional;
b) aqueles que abandonaram muito cedo a escola, ou seja, os que
não chegaram ao término de seus estudos na escola fundamental.
Para esses devemos intensificar os programas de educação e
formação pré-profissional e mesmo profissional;
c) os escolarizados que, embora beneficiando-se de uma educação
escolar, ganhariam em receber uma educação e uma formação
extra-escolar;
d) aqueles que terminam, isto é, os que atingiram certo nível escolar,
mas não chegam a encontrar emprego satisfatório por falta de
qualificação especializada;
e) finalmente todos os adultos que têm necessidade de "recycla-ge"
profissional, de uma instrução cívica, comunitária ou geral.
Como se vê, a educação extra-escolar cobre um campo extrema-
mente amplo que se entrelaça com o próprio campo da educação escolar.
O problema do campo de atuação da educação extra-escolar, bem
como de suas funções e objetivos, está certamente relacionado com o grau
de desenvolvimento alcançado pelas regiões. Pierre Furter assinala que,
enquanto nos países em desenvolvimento a educação extra-escolar,
preponderantemente, deverá atender aos marginalizados e aperfeiçoar
certos tipos de profissionais já formados e úteis, em regiões industria-
lizadas a educação extra-escolar assume forma de desenvolvimento cul-
tural. Esta afirmação é parcialmente exata, pois nos países em desenvol-
vimento a educação extra-escolar é utilizada para formação cultural, do
mesmo modo que em países desenvolvidos também se aplicam formas
extra-escolares de ensino, de que é exemplo a Universidade Aberta na
Inglaterra, combinando a corrrespondência com o ensino pelo rádio e pela
televisão.
As atividades da educação extra-escolar, principalmente na pers-
pectiva da Educação Permanente, não têm fronteiras teóricas e respon-
dem às situações particulares criadas pelas necessidades específicas do
crescimento sócio-econômico, da participação na vida coletiva e do de-
senvolvimento individual. Têm por objetivo todos os aspectos da vida e
todos os campos do conhecimento e se dirigem a todos os indivíduos, seja
qual for o nível de seu desenvolvimento. Certamente, ao se definir o
conteúdo das atividades de educação extra-escolar, deveria ser conferida
prioridade às necessidades específicas dos grupos mais desfavorecidos
em matéria de educação.
Por seu caráter difuso e, às vezes, temporário, e pela dificuldade de
se fazer uma avaliação de seus resultados, não raro levantam-se suspeitas
quanto à eficácia e à produtividade das formas de educação extra-escolar.
Contra as objeções relativas às dificuldades de avaliação, faz-se valer que
se trata menos de avaliar os produtos e que devem ser consideradas a
multiplicidade e ambigüidade dos objetivos da educação escolar. Se a
educação extra-escolar praticada por entidades privadas, principalmente
pelo sistema de correspondência, o oferecesse resultados positivos à
sua clientela, dificilmente, poderia explicar-se o êxito empresarial de tais
iniciativas.
Há um elemento altamente positivo da educação extra-escolar,
principalmente na forma do ensino à distância, em confronto com o
processo de formação escolar. O aluno na sala de aula, pelo menos nos
métodos tradicionais, encontra-se fortemente dependente do professor
que, quanto mais eficiente, maior é o risco de inibir a liberdade de
aprender, a ousadia da iniciativa intelectual inconformada. A presença
indireta e difusa do professor através dos "mass-média" e da corres-
pondência, deixa margem mais ampla à autodidaxia, à procura de solu-
ções por si mesmo, numa palavra, ao esforço individual na aprendizagem,
menor passividade do que tem o aluno na escola tradicional.
Outro aspecto importante é a iniciativa da clientela na procura da
educação. Na medida em que o indivíduo se dispõe a escolher, e a
educação extra-escolar só se exerce quando procurada pelo aluno-clien-
te, maior é a participação do cliente, que não recebe, independente de sua
vontade, mas elege o tipo e o conteúdo do ensino que quer receber.
Na escolarização formal, o aluno não é só procurado, mas obrigado, numa
faixa etária que tende a ampliar-se, a aceitar determinado tipo de
educação, ao passo que na educação extra-escolar tudo depende da
opção da clientela. Esta visa a um objetivo consciente, uma formação que
lhe interessa. Na educação escolar tradicional, obrigatória, o aluno nem
sempre conhece, concretamente, a razão de ser de seus estudos, há falta
de uma motivação adequada que não é fácil de se despertar.
A educação extra-escolar constitui hoje ingrediente necessário e
específico de todo moderno sistema de educação e um elemento da
política de desenvolvimento social, cultural e econômico de cada país. Por
isso mesmo, toda política educativa deve prever a criação de estruturas, a
elaboração e a execução de programas e a aplicação de métodos
educativos não escolares, que correspondam às necessidades do sistema
e às aspirações de todos.
A Lei n9 5.692/71, embora usando uma terminologia a nosso ver
pouco feliz de suplência e suprimento — o que diminui o alcance da
educação não formal — consagra formas de educação extra-escolar ao
prever que "os cursos supletivos podem ser ministrados mediante a uti-
lização de rádio, televisão, correspondência e outros meios de comuni-
cação que permitam alcançar o maior número de alunos".
Em pretender uma pura e simples formalização institucional, importa
pesquisar as regras a que devem obedecer estas ações difusas, para que
tais prcessos não escolares prolonguem e valorizem a ação educativa
sistemática. Se a educação extra-escolar é uma exigência das sociedades
modernas, os poderes públicos devem valorizar esta modalidade de
educação e discipliná-la, sem para tanto bloquear as iniciativas privadas. A
conseqüência deste fato será o alargamento do campo de ação do sistema
formal de educação.
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25. NISKIER, Arnaldo. O Impacto da Tecnologia, Rio de Janeiro,
Bloch, 1972, 266 p.
26. NISKIER, Arnaldo. A Nova Escola. Rio de Janeiro, Bloch, 1975,
320 p.
27. OLIVEIRA, Homero. New Technologies and Education in Brazil.
Rio de Janeiro, Human Resources Office USAID, 1971, 74 p.
28. OLIVEIRA, João Batista Araújo. Tecnologia Educacional —
Teorias de Instrução, Petrópolis, Editora Vozes, 1972, 158 p.
29. OLIVEIRA, João Batista e Mariza Rocha. A Função da Avaliação
na tomada de decisões educacionais. MEC/SG, Brasília, 1973.
30. SABBAG, Maria Amélia. A Televisão Educativa no Brasil. Rio de
Janeiro. Pontifícia Universidade Católica. Tese de Mestrado
1974.
31. SILVA, Luiz Vietor d'Arinos. Teleducação na Grã-Bretanha.
Revista Brasileira de Teleducação. Ano I, nº2, 1973.
32. SYSTEMES Multi-Media dans l'Education des Adultes-Douze
Description de projets dans neuf Pays Internationales
Zentralinstitut fürdas Jugend-und Bildungsfernsehen,Munich,
1971.
33. SCHRAMM, M. COOMBS, P.H. et alu. Técnicas Modernas y
planejamento de Ia education. Paris, UNESCO, II PE, 210 p.
34. SCHWARTZ, Bertrand. A Educação Amanhã: Um projeto de
Educação Permanente. Tradução Paulo Rosas. Petrópolis,
Editora Vozes, 1976, 407 p.
35. UNESCO. Troisème Conference Internationalesur 1'éducation
f
des adultes. Paris, 1972.
36. UNESCO. 21 pontos para uma nova estratégia de educação. O
Correio, Janeiro, 1973.
37. UNESCO. L'enseignement par correspondance (Programmes et
Méthodes d'enseignement) Louvain, 1970.
38. UNESCO. Continuing Education. Document du Comitê
International pour Tavancement de 1'éducation des adultes.
Paris, 1965
39. UNESCO. Relatório Faure. Aprender a Ser.
40. O Ensino por Correspondência no Treinamento de Pessoal.
Revista Tecnologia Educacional. Ano V, nº 14.
41. Pareceres 45/72 e 76/75 do Conselho Federal de Educação.
ANEXOS - DOCUMENTOS DE ESTUDO
1 - Relatório de Pesquisa - UFMG - Acompanhamento e Avaliação
do Programa para Institucionalização da Universidade Aberta no
Brasil.
2 — Excertos do Texto "Universidade Aberta".
3 — Observações sobre a Universidade Aberta.
4 - Parecer - Projeto de Lei do Sr. Pedro Faria para instituição da
Universidade Aberta.
5 - Como funciona o chamado CPC na República Federal da Alema-
nha.
6 - Sugestão de linhas de ação para a consecução das propostas apre-
sentadas no VIII Seminário Brasileiro de Teleducação (Fortaleza, CE,
5 a 9/12/76).
ANEXO 1
RELATÓRIO DE PESQUISA -UFMG
• Acompanhamento e Avaliação do Programa
para Institucionalização da
Universidade Aberta no Brasil
A. METAS
1. Dimensionar a clientela potencial da "Universidade Aberta", em
relação ao número e localização dos professores leigos de 19 e 29
Graus e ao déficit de recursos humanos para o Magistério no
Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia e Paraíba.
2. Conhecer a atitude das entidades estaduais frente ao programa
"UnA" e aos programas e projetos paralelos ou complementares à
proposta já em execução nos Estados.
B. META 1
1. Objetivos
a. Dimensionar o número de professores leigos que lecionam no
1º e 2º Graus.
Obs.: Sugere especificar a localização geográfica dos leigos o que
não é possível apontar para todos os Estados, dado o nível
de agregação dos dados disponíveis.
b. Situar o déficit atual e projetado de professores para o 19 e
29 Graus.
Obs.: Dadas as lacunas em relação aos dados estatísticos, o esta-
belecimento da carência ou não de professores é elaborada,
hipoteticamente, ou se presta a discussões em alguns casos.
2. Conclusões Gerais
a. Em todos os Estados ocorre o problema do Magistério leigo em
exercício e, portanto, sem condições de se formar na escola de
ensino regular, quer no 1ºquer no 29 Grau.
b. A concentração maior de leigos se encontra na zona rural, on
de não há possibilidade alguma de formação didático-pedagó
gica.
c. Na zona urbana, há condições (potenciais) de suprir a demanda
de professores, em função da população escolarizável (ainda não
matriculada) até 1980, apenas para as quatro primeiras séries
do 19 Grau. Também na zona urbana existem condições (po
tenciais) de suprir a demanda de professores para as quatro úl
timas séries do 1º Grau e para o 2º Grau até 1980.
d. O projeto Logos II parece, portanto, que deve atender, sobretu
do, à clientela de professores leigos em exercício no magistério
de 19 Grau, principalmente na zona rural.
e. O projeto UNA deve se preocupar com o atendimento do magis
tério leigo de 19 Grau (quatro últimas séries) e 29 Grau, além
de habilitar, didaticamente, os professores de disciplinas profis
sionalizantes de 29 Grau.
Obs.: Todas as análises feitas sobre carência de professores ba-
seiam-se na suposição de que a rede escolar vai se expandir
até 1980, para atender, efetivamente, a toda a população
potencialmente escolarizável dos Estados, além de supor que
todos os professores formados serão mobilizados para o
Magistério.
C. META 2
1. Objetivos
a. Conhecer o pensamento das autoridades estaduais sobre as polí-
ticas educacionais a nível estadual e nacional.
b. Saber como avaliam os programas de ensino básico e supletivo,
já executados e em execução.
c. Conhecer as opiniões e expectativas em relação ao ensino suple
tivo universitário (UnA).
2. Conclusões Gerais
a. Supervalorização da Educação, que pode ser caracterizada por
dois pontos centrais:
atribui à Educação o papel de promover a integração e garantir
a participação daqueles que freqüentam a escola, nos bene-
fícios de progresso, bem como e conjugadamente, supõe que a
escola humanizaria o desenvolvimento, à medida que integra
um tipo de sociedade, É discutível a validade destas suposições,
pois: a Educação precisa ser tratada, não abstrata e
difusamente, mas ser analisada conforme ela é organiza-da em
cada contexto social; a integração que a escola promove pode
ser, em determinados casos, uma integração passiva, pré-
pensada e dirigida, ao invés de ser uma integração criadora e
aberta;
propõe a função social da escola, em forma econômica; a
Educação é um investimento. Esta proposta, pelo sentido que
carrega, implicaria em dizer que a Educação é um investimento
rentável e que qualquer recurso financeiro gasto, em qualquer
tipo de Educação, tem um alto retorno econômico e social.
Como identificar e quantificar o que seja retorno da Educação?
Certo tipo de educação pode ser ruim ou inadequado e certo
tipo de educação, mesmo de boa qualidade, pode ser menos
importante que outra aplicação social em determinado contexto
e forma;
b. característica essencial de um Sistema Supletivo de Educação é
a não exigência de freqüência e das diferenças de duração em re
lação ao ensino regular. Esta linha de interpretação leva a en
fatizar o mudança do papel do aluno, do professor e da fonte
do que é considerrado estudo ou aprendizagem. O Supletivo,
como uma característica de uma nova Educação, não se exime,
entretanto, da necessidade de ser avaliado do ponto de vista pe-
dagógico, econômico, formal, social e político. Relevam-se os
seguintes itens, quanto às potencialidades do Ensino Supletivo:
• a incorporação de informações não escolares, reflexões, estu-
dos, como parte do processo educativo;
a fundamental importância do indivíduo como o principal
organizador do seu trabalho educacional, dentro de um contexto
de troca e cooperação;
a possibilidade da avaliação com realimentação, que parte da
produção educacional ao invés de um julgamento externo, es-
tático e uniforme, quanto ao tempo e à forma;
c. os problemas da existência de baixa qualidade no magistério são
originários de salários e de profissionalização do magistério, ao
lado dos critérios de seleção para as vagas no sistema escolar;
d. a abertura de uma UnA implicou uma grande quantidade de ob
servações dirigidas à capacidade do sistema de produzir material
adequado e suficiente, à capacidade de organização e funciona
mento de um sistema que dependa do correio, de acompanha
mento em diversos pontos e, possivelmente, de rádio, televisão
e computador. Pontos fundamentais apontados como sugestão:
patrocínio do MEC — mesmo que a produção e a organização
se descentralize, a responsabilidade pelo programa precisa ser
do MEC;
colaboração da Universidade ou realização através da Univer-
sidade Federal. Prefere-se um programa aberto dentro da Uni-
versidade Regular, exigindo o mesmo conteúdo e fornecendo o
mesmo diploma, sem nenhuma diferença;
garantia de alta qualidade e de aperfeiçoamento constante.
ANEXO 2
EXCERTOS DO TEXTO "UNIVERSIDADE ABERTA" (*)
A "Open University" é, basicamente, uma Universidade por
Correspondência, definida como um sistema de multimeios para
se ensinar à distância.
A Open University é, essencialmente, dinâmica e seus objetivos se
traduzem em proporcionar oportunidades, em nível de graduação e
pós-graduação, de educação superior, a todos aqueles que, por
qualquer razão, foram, ou estão sendo, impedidos de atingir as
suas metas por meio de uma instituição de ensino superior já
existente.
Por se utilizar da capacidade intrínseca oferecida pelo sistema
educacional, que lhe dá os tutores, os conselheiros, os locais para
os seminários de verão, as bibliotecas e os laboratórios, a Open
University chegou a um eficiente método de ensino.
Possuía, em 1973, cerca de 35.000 alunos, 1.600 funcionários em
tempo integral e centenas de professores-orientadores em tempo
parcial.
O princípio central que inspira tanto o pensamento da Universidade
como a sua maneira de agir é que o conteúdo e as formas pelas
quais ela será transmitida, precisam ser pensados e considerados
como uma só operação, e sempre pelo mesmo grupo de pessoas.
Assim, todo o esforço do ensino está concentrado no trabalho dos
grupos, isto é, nos "Course Teams".
O "Course Team" tem poderes coletivos sobre todo o sistema de
aprendizagem e isso está sendo apontado como a maior con-
tribuição da Open University ao futuro dos novos meios na Edu-
cação. Neste sentido, a colaboração existente entre a BBC e a
(*) — Texto do Dr. Luiz Antônio Souza Lima de Macedo, Coordenador do Programa Nacional de
Teleducação - PRONTEL
OU permite que o produtor de rádio e TV se envolva, tanto na parte
relativa ao conteúdo e objetivos, como nas questões relacionadas
aos meios e aos métodos. Trabalhando como um verdadeiro
sistema de multimeios, a "Open University" promove uma
integração total entre os mesmos, e não uma simples justaposição.
Sua preocupação com o nível e a qualidade do ensino dado tem
sido uma constante.
• 0 material de ensino (textos, conjuntos educativos "Kits") é de alta
qualidade, tanto no conteúdo como em sua forma.
Os responsáveis pela sua execução material justificam o cuidado e o
capricho, alegando que, se a Universidade se preocupa tanto com a
qualidade dos textos, a apresentação gráfica não pode empobrecê-los.
Destacam os fatores psicológicos de um produto limpo, atraente e de bom
gosto.
Como se sabe, várias Universidades inglesas estão se utilizando do
material de ensino produzido pela "Open University".
O mesmo vem acontecendo com estabelecimentos de ensino su-
perior de outros países, principalmente os de língua inglesa, motivo pelo
qual a OU organizou e mantém os seus serviços de publicações, não
dependendo de editora convencional.
Concluindo, cumpre ressaltar que é significativa a experiência inglesa
com o EPC, com Universidades e escolas técnicas de nível superior,
adotando-se há muito tempo.
ANEXO 3 OBSERVAÇÕES SOBRE
A UNIVERSIDADE ABERTA (*)
Excertos do documento "Teleducação na Grã-Bretanha"
Considerações Gerais
(*) _ Texto do Dr. Luiz Victor d´Arinos Silva - Revista Brasileira de Teleducação, 1973.
A "Open University" foi implementada na Grã-Bretanha no ano de
1971. Com características revolucionárias em termos de Con-
cepção e Organização, atingiu um estágio que tem despertado
solicitações de todas as partes do mundo no sentido de conhecer o
seu funcionamento, as bases da sua filosofia e os resultados e
implicações para o indivíduo e para a sociedade.
Cumpre destacar que o interesse sobre essa Universidade, em
geral, e sobre sua estrutura organizacional, em particular, chega a
Londres proveniente de países em todos os níveis de desen-
volvimento.
Trata-se de uma Universidade real, que prepara, avalia e diploma
seus alunos, recebendo o mesmo grau de reconhecimento que a
sociedade confere aos demais.
Características Peculiares
criada com o objetivo de oferecer uma segunda oportunidade para
que realizem seus estudos, em nível superior, aqueles que, por
quaisquer razões, perderam a primeira chance. Daí só admitir para
matrícula maiores de 21 anos, sem estabelecer limite máximo de
idade;
seu "Campus" existe: fica em Milton Keynes, Betchby. Lá se
encontram os pedagogos, os professores, os pesquisadores, os
avaliadores e a cúpula de sua Direção. Há também uma Agência
de Correios, diferente porém das que existem em outras Uni-
versidades e muito mais movimentada do que aquelas, pois é o
centro nervoso da ligação Universidade-aluno. Isso se deve ao fato
de que a Open University prove os seus alunos com conheci-
mentos em mais de 90% transmitidos por correspondência. Os
restantes 10% lhes chegam pela televisão e pelo rádio. Não há
todavia, no "Campus", a presença física de alunos;
o quadro do tratamento educacional da Open University inclui:
contatos por correspondência, dos alunos com os "Tutores
Correspondentes"; contatos diretos, nos "Centros de Estudo",
com: Conselheiros didáticos, Tutores especialistas nas matérias,
terminais de computadores, gravadores audiovisuais e receptores
de TV e rádio;
no verão, quando as demais Universidades têm suas instalações
desocupadas em virtude das férias escolares, ali se alojam os
alunos da "Open University" e recebem uma adicional assistência
"face to face" de um corpo especial de professores;
a avaliação, na "Open University", é um processo permanente,
constando de provas semanais, provas anuais e observações es-
critas de tutores e professores.
Os recursos de aprendizagem:
Material Básico de Ensino por Correspondência
Todo mês cada aluno recebe, pelo Correio, uma coleção de notas de
ensino e testes, relativos a quatro "unidades de ensino" do curso que está
fazendo, o que corresponde ao trabalho para quatro serranas. Um curso
compreende 36 unidades de ensino por ano.
Os testes semanais, resolvidos pelos alunos, são restituídos, pelo
Correio, à Universidade, onde é processada avaliação computorizada. O
mesmo se dá com as provas anuais.
Em alguns cursos os alunos recebem, ainda, pequenos laboratórios
para experiências e trabalhos práticos, bem como material para projeção.
Tutores Correspondentes
Trata-se de um instrumento de reforço, de apoio ao aluno que evi-
dencia dificuldades de acompanhamento do trabalho programado. Centros
de Estudos
São locais distribuídos por vários pontos do país, que contam com
facilidades postas à disposição dos alunos, seja em equipamento, seja em
recursos humanos. Aí estão:
• os Conselheiros Didáticos — incumbem-se da orientação educa-
cional, auxiliando os alunos a encontrar solução para suas defi-
ciências: metodologia de estudo. Não ensinam o conteúdo das
matérias, ensinam a estudar com maior rentabilidade e eficiência;
os tutores especialistas — são na realidade, professores especia-
listas nas matérias dos Cursos. Orientam a aprendizagem sob o
aspecto cognitivo;
receptores de Televisão e de Rádio;
videocassetes e audiocassetes dão acesso, individual e/ou em
grupo, à repetição de programas integrantes das unidades de
ensino;
terminais de Computadores — utilizados pelos alunos de estudos
matemáticos, para exercícios.
Centros de Estudos no verão
Situam-se nas próprias Universidades britânicas, no período das
férias escolares de verão, onde então se alojam os alunos da "Open
University" para receberem assistência direta "face to face" dos pro-
fessores, tanto para estudos teóricos como práticos.
Programas de Televisão
São transmitidos em circuito aberto; cada unidade de ensino conta,
em geral, com 1 programa de TV com a duração de 25 minutos, integrado
no contexto daquela unidade.
Programas de Rádio
Idem quanto aos de TV.
PARECER
Projeto de Lei do Sr. Pedro Faria
para instituir a Universidade Aberta
Apresentação
0 documento em análise contém um Projeto de Lei sobre a "Ins-
tituição da Universidade Aberta no Brasil", acompanhado de uma "Jus-
tificação", de Cópia do discurso do Sr. Pedro Faria na Câmara dos
Deputados e de Artigos da Lei N? 5.540/68.
Apreciação
A análise da documentação evidenciou:
no Parágrafo Único do Artigo 1º, uma concepção unilateral da
Universidade Aberta, restringindo a sua atuação ao ensino minis-
trado através de comunicação à distância;
no artigo 29 enfatiza que o instrumento básico desta comunicação
será a palavra escrita;
cita Centros Regionais que constituem as Universidades Abertas,
sem uma especificação do que são e quais são esses Centros;
apresenta funções muito limitativas para os Centros Regionais;
as Universidades Abertas serão regidas pela Legislação do Ensino
Superior, exceto no que tange à freqüência às aulas de professor
e alunos.
A "Justificação" apresentada pelo Sr. Pedro Faria baseia-se toda ela
em documento da UNESCO — "21 pontos para uma nova estratégia da
Educação" — que enfatiza a idéia de Educação Permanente (idéia, aliás,
destacada por ele). Entretanto, parece-nos que o caráter genérico, e até
certo ponto limitativo, retratado nos artigos do Projeto de Lei, demonstra a
inexistência de uma relação de coerência entre justificado e proposto.
Conclusão
Dessa maneira, o GT julga, s.m.j., que o projeto, embora relevante,
não mereça aprovação tal como foi proposto, necessitando de estudo mais
profundo por parte de educadores.
ANEXO 4
COMO FUNCIONA O CHAMADO CURSO POR
CORRESPONDÊNCIA NA REPUBLICA FEDERAL DA ALEMANHA
Síntese
A. LEGISLAÇÃO
Por lei, todos os CPC têm permissão para funcionamento. 0 mesmo é
válido para as modificações que se façam necessárias. Os cursos não
receberão autorização se, pelo seu conteúdo e metas, servirem para
criação de horas de folga ou para entretenimento. A permissão para
funcionamento de um CPC, fora os casos previstos no parágrafo 13, item
1, será negada:
se o curso não corresponder às metas de ensino que tiver prome-
tido;
se o conteúdo ou metas fixadas pelo curso forem contra à segu-
rança pública ou ordem;
ê se o curso não oferecer a comprovação de que proporcionará uma
educação completa, eficaz e dentro das normas legais ac aluno,
antes da sua inscrição;
se as condições de contrato entre curso e aluno não correspon
derem às normas legais.
O GR destaca como parágrafos mais importantes:
Paragrafo 13:
Permissão para Cursos de Formação Profissional
A concessão para os cursos de formação profissional poderá ser
negada, com exceção dos casos previstos no parágrafo 12, capítulo 2, item
1, se o CPC não estiver de acordo, com seu conteúdo, duração e meta, e
ainda no tipo de sua execução, com as metas da formação profissional,
conforme a Legislação de Formação Profissional de 14 de agosto de 1969,
modificada pela Lei de Proteção ao Trabalho do Jovem de 12 de abril de
1976, ou de acordo com outras determinações legais da formação
profissional.
2. Parágrafo 4:
Direito de Cancelamento por Parte do Aluno
a. O aluno participante não é comprometido com sua declaração
de acordo no contrato de aulas e poderá romper seu vínculo se,
num prazo de duas semanas após ter recebido a primeira remes
sa de material escrito ou audiovisual, comunicar por escrito sua
renúncia ao curso. Em defesa do prazo basta a remessa, em tem
po hábil, da renúncia. Em caso de dúvida, quanto a data da re
cepção do material pelo aluno, prevalecerá a data de remessa
do curso.
b. O período de duração do curso somente será contado a partir
do momento em que a entidade remeter o material descrito no
parágrafo 3 e receber de volta o formulário preenchido. Em caso
de dúvida, quanto à data da recepção do material pelo aluno,
prevalecerá a data da remessa do curso.
c. O direito de cancelamento caducará no momento em que am
bas as partes contratantes tiverem preenchido todas as cláusu
las do contrato de EPC, o mais tardar, todavia, no decorrer do
primeiro semestre após a recepção da primeira remessa.
d. Em caso de desistência, o curso será obrigado a devolver a im
portância recebida e o aluno, o material recebido. Se o aluno
tiver dificuldade em devolver o material por quebra, danifica-
1. Parágrafo 13:
ção ou outro motivo, este deverá indenizar total ou parcialmente
seu valor.
3. Parágrafo 3:
Forma e Conteúdo do Contrato entre o Curso e o Aluno
a. A declaração de concordância do aluno no contrato só poderá
ser por escrito.
b. O contrato deverá conter:
nome e endereço do curso e do aluno;
deverá ser explícito o objeto, meta, início e previsão de duração
do curso, bem como o tipo e validade do diploma; deverá,
também, constar se o diploma será concedido pela entidade ou
se está prevista a preparação do aluno para um exame público
legal ou outro similar;
deverá constar o valor total do pagamento a ser feito pelo aluno;
se o contrato de ensino à distância incluir o fornecimento de
instrumental ou objeto que não faça parte do material escrito ou
audiovisual, deverá constar a parcela da importância de
reembolso que incide sobre esse material;
deverá explicitar o valor total, número de pagamentos (pres-
tações) e datas de vencimentos, em caso de pagamento par-
celado, bem como todas as outras obrigações do participante;
deverá ser anexado um impresso de boa qualidade gráfica com
o Direito de Desistência do Aluno Participante, bem como nome
e endereço de quem receberá a comunicação de desistência;
B. O QUE É UM EPC
0 chamado ensino à distância hoje considerado de grande significado
por muitos aspectos. Por exemplo:
Na República Federal da Alemanha, cerca de 200 mil pessoas
participam de CPC para: completar seus estudos e conseguir
novas chances profissionais, adaptar-se às novas condições no
seu trabalho ou para ascender profissionalmente, aprender línguas
ou simplesmente para melhor aproveitar suas horas livres.
Fábricas, em colaboração ou convênio com CPC, oferecem cursos
para aperfeiçoamento dos seus empregados.
O Exército oferece CPC para seus soldados, para aperfeiçoamen-
to ou preparação para o retorno à vida civil.
Algumas escolas profissionais oferecem CPC aos alunos que têm
dificuldades de acesso à escola.
É também uma forma que está sendo estudada pelas Faculdades e
Universidades para eliminação de obstáculos e, com ajuda do
ensino à distância, poderia oferecer mais possibilidades de es-
tudos aos jovens.
Em muitos países, o CPC desempenha hoje um papel significativo,
mais do que na própria Alemanha. Na Holanda, um país com apenas 12,5
milhões de habitantes, 200 mil estudam à distância. Na Suécia, com cerca
de 8 mlhões de habitantes, cerca de 400 mil pessoas utilizam-se do
método. Na União Soviética e na RDA, cerca de um terço dos diplomados
em Faculdades e Escolas Profissionais alcançaram sua meta graças ao
EPC.
A expressão Ensino à Distância significa uma aula dada por uma
instituição de ensino a um aluno distante, por intermédio da troca de
cartas. Essa troca de cartas decorre planejada e sistematicamente em
conseqüência de um curso preparado prévia e metodicamente.
Ultimamente são utilizados, paralelamente com as cartas, também
discos, fitas travadas, transparências, filmes kits de montagem, material
para experiências e até o rádio, televisão e telefone.
C. PARA QUEM SERVE O EPC
Em princípio, para qualquer um. Apesar disso, alguns exames feitos
mostraram que a maioria dos participantes se decide pelo CPC porque de
alguma forma ou motivo, não podem ou não querem ter as aulas no local
de ensino. Isso é válido principalmente para: trabalhadores, empregadores
e funcionários que, devido a constantes mudanças de horários (turnos),
não podem freqüentar, regularmente, uma escola. Para donas-de-casa
que, possivelmente, tenham algumas horas livres durante o dia, mas que à
noite querem estar com sua família. Para gente que quer aprender,
enquanto mora no país. Para emigrantes e mão-de-obra estrangeira, que
gostariam de se aperfeiçoar, tecnicamente, e no idioma, sem interromper
seus empregos. E para doentes ou internos de asi-los ou presídios.
Existem CPC para todos os fins. Só na Alemanha Federal, mais de
400 matérias podem ser aprendidas nos 126 cursos oficializados e re-
lacionados a partir de 31 de julho de 1973.
Não existe quase nenhuma carreira profissional que não se possa
aprender através de CPC. Magníficas conotações profissionais e lindos
diplomas concedidos por instituições particulares de EPC, na regra, não
têm grande valor. Os cursos das instituições particulares jamais levam
diretamente para um exame oficial ou público legal.
O interessado nesses exames deveria prestar atenção se o curso que
escolheu prepara para uma prova oficial, sob fiscalização do Ministério da
Cultura do país (por exemplo, para técnicos examinados pelo Estado,
administradores etc.) ou uma prova pública legal, numa Câmara de
Comércio ou Indústria, numa Câmara de Ofícios ou qualquer outra
repartição legal. Se o aluno pretendente quiser se preparar para um exame
oficial ou público, deveria, cuidadosamente, se informar onde e sob que
condições poderá prestar esses exames. Um reconhecimento público, em
geral, só poderá ser conseguido com diplomas fornecidos pelas repartições
competentes. Apesar disso, existe um número de CPC sem certificados de
conclusão oficiais, cujos concluintes, todavia, têm a chance de se qualificar
profissionalmente. São os cursos oferecidos pelas associações técnicas e
profissionais, cujos certificados
de conclusão possuem um certo reconhecimento, na área da associação,
em organizações do ramo e, também, em fábricas.
Mais de 70% de todos os cursos profissionalizantes por correspon-
dência não preparam o aluno para nenhum desses tipos de exames. Mas,
dentre eles, existem muitos que são muito bons e são apropriados para
formação e aperfeiçoamento. Para reconhecer se são bons, deverá cons-
tar o logotipo do Instituto Federal de Estudo Profissionalizante da Ale-
manha.
D. QUEM EXERCE O CONTROLE SOBRE OS CURSOS
Além do Ministério da Educação e Ciência e o Instituto Federal de
Estudo Profissionalizante, existem os Centros Estatais para Ensino à
Distância. O Centro Estatal para o Ensino à Distanciada República Federal
da Alemanha é formado por um Plenário de 11 membros (são 11 estados),
sendo que em cada estado funciona um representante do Ministro da
Cultura (senadores).
CENTRO ESTATAL PARA ENSINO A DISTANCIA cios Estados da
Re
p
ública Federal da Alemanh
a
ANEXO 6
SUGESTÃO DE LINHAS DE AÇÃO PARA A CONSECUÇÃO
DAS PROPOSTAS APRESENTADAS NO VIII SEMINÁRIO
BRASILEIRO DE TELEDUCAÇÃO (FORTALEZA, 5 a 9/12/76).
Documento de consulta:
"Síntese organizada pela Comissão de Redação
para a discussão em Plenário".
Fortaleza, 5 a 1/12/76.
Tendo como base as sugestões apresentadas para discussão no VIII
Seminário Brasileiro de Teleducação (Fortaleza, 5 a 12/12/76), propõe-se
linhas de ação que levem à consecução dos quesitos levantados:
1. "Seja feita uma avaliação criteriosa das experiências de EPC con-
duzidas pelas entidades privadas e públicas, no país".
Identificação das entidades públicas e privadas que atuam com
EPC;
identificação dos cursos desenvolvidos por EPC pelas entidades
listadas;
análise dos planos dos cursos identificados, tendo em vista os
objetivos propostos;
análise do material pedagógico utilizado nos cursos;
análise dos instrumentos de acompanhamento e controle utilizados
nos cursos;
análise dos resultados alcançados pelos alunos dos cursos.
2. "Sejam feitos — a nível nacional e regional — levantamentos das
carências no campo da educação, no sentido de se definirem as
prioridades a serem atendidas pelo EPC".
pesquisas junto com as SÉC para estabelecer, através de dados
quantitativos, a relação entre ofertas e demanda nos diferentes
graus e modalidades de ensino.
estudo da viabilidade de aplicação do EPC, tendo em vista a
adequação aos diferentes graus e modalidades de ensino e às
condições materiais, financeiras e humanas necessárias à sua exe-
cução;
estabelecimento das prioridades educacionais a serem atendidas,
regionalmente e/ou nacionalmente, pelo EPC.
3. "Sejam definidos os níveis e processos de articulação e integração
do sistema de EPC com os sistemas regu lares (convencional} de
ensino".
Estabelecimento das prioridades educacionais a serem atendidas,
regionalmente e/ou nacionalmente, pelo EPC, tendo em vista as
carências levantadas junto às SÉC, adequação do EPC aos di-
ferentes graus e modalidades de ensino e condições materiais,
financeiras e humanas necessárias à sua execução;
elaboração do projeto para a montagem e implantação de um
centro Regional de EPC, de caráter experimental, para atender
carências educacionais consideradas prioritárias.
definição dos níveis de articulação e integração do atendimento
a ser dado pelo CREPC com os sistemas regulares;
caracterização do processo de articulação e integração do
CREPC com os sistemas;
montagem de um sistema de acompanhamento, controle e
avaliação da experiência desenvolvida, tendo em vista a sua
expansão gradativa.
4. "Sejam capacitados recursos humanos específicos para as tarefas
pertinentes ao EPC compreendido como a utilização de mu/ti-
meios para atingir objetivos educacionais à distância a fim de que
se consolide uma infra-estrutura capaz de otimizar o sistema".
Levantamento dos cursos a serem desenvolvidos através do EPC,
em atendimento às prioridades educacionais dos sistemas;
levantamento de recursos humanos especializados necessários ao
desenvolvimento dos cursos do sistema de EPC;
identificação das carências, em nível nacional e/ou regional, re-
lativas a recursos humanos qualificados para atuar no EPC, em
nível de planejamento, execução (ou elaboração) e avaliação;
montagem de cursos à distância, com utilização de multimeios,
que atendam, a médio prazo, às carências quanto a recursos hu-
manos qualificados para atuar no EPC, otimizando o sistema.
5. "Sejam estabelecidas normas de elaboração de currículos míni
mos a serem adotados, de acordo com os objetivos de cada curso
que integra o sistema de EPC".
Levantamento dos cursos que integrarão o sistema de EPC;
identificação dos objetivos gerais de cada curso;
agrupamento dos cursos por objetivos afins;
estudo da legislação federal em vigor que norteie as diferentes
modalidades de ensino (Educação Geral, Formação Especial etc);
estabelecimento de normas, para elaboração de currículos mí-
nimos, em consonância com as diferentes modalidades de ensino.
6. "Sejam criados mecanismos de controle e avaliação do processo
ensino EPC, nos aspectos:
a) quantitativos.
b) qualitativos,
c) de custos."
Seja elaborado, em anexo ao projeto de cada curso do sistema
de EPC, plano de avaliação considerados os seguintes tipos de
informações a serem obtidos;
características e quantificação da clientela;
resultados da produção do material didático;
eficiência do processo de produção do material didático;
aproveitamento do curso pelos alunos;
custos do projeto do curso;
— resultados gerais.
Obs.: Caso a equipe envolvida na elaboração do material tenha sido
treinada para a produção, a eficiência do treinamento deverá ser
avaliada.
7. "Sejam rigorosamente avaliados os textos e outros materiais ins-
trucionais a serem utilizados no EPC, face aos objetivos propostos
em cada curso".
Avaliação didático-pedagógica dos textos e materiais instrucio
nais do curso:
Análise prévia por especialistas, considerando-se:
atendimento às exigências do plano pedagógico estabelecido de
acordo com as diretrizes gerais da legislação em vigor;
cumprimento de princípios e técnicas de pedagogia e de pro-
dução pré-estabelecidos;
fidelidade e diretrizes relativas à concepção (formato) e meto-
dologia de realização;
Testagem prévia do material produzido, considerando-se:
padrão de linguagem e sua coerência com as possibilidades da
clientela;
condições, pela diversificação de atividades que o material
oferece, para dispor o aluno a realizar a aprendizagem proposta;
quantidade de informações oferecida em condições de assi-
milação pelo aluno e de manutenção do interesse;
seqüência de instrução considerando a complexidade do con-
junto de objetivos por material;
Avaliação do material no processo, considerando-se:
resultados obtidos pelos alunos em cada material que com
punha as diferentes unidades didáticas.
8. "Que os cursos de formação pedagógica incluam em seus progra
mas de tecnologia aspectos específicos referentes ao EPC."
Análise dos programas de tecnologias dos cursos de formação
pedagógica;
sugestão de inclusão, nos programas de tecnologias, de conteúdo
programático referente ao EPC, compatibilizados os objetivos e as
estratégias propostas.
9. "Que a divulgação dos cursos oferecidos através do EPC seja feita
em ampla escala com utilização dos veículos de comunicação dis
poníveis. "
• Levantamento das informações básicas relativas a cada curso do
sistema de EPC a serem divulgadas;
escolha dos meios de divulgação adequados;
elaboração de plano geral de divulgação dos cursos do sistema de
EPC existentes:
em âmbito nacional
em âmbito regional
em âmbito estadual
produção do material de divulgação dos cursos, tendo em vista o
veículo a ser utilizado;
utilização dos horários gratuitos de rádio e TV para divulgação dos
cursos;
utilização de outros veículos de comunicação disponíveis.
10. "Que seja considerada a possibilidade de co-patrocínio de entidades
particulares e/ou públicas na promoção de cursos, na produção de
materiais instrucionais e na disponibilidade de bolsas de estudo, com
vistas à redução de custos, aumento de oportunidades e diminuição
do coeficiente de evasão"
Na promoção de Cursos:
levantamento dos recursos humanos, financeiros e materiais
disponíveis para promoção de cursos em entidades diversas;
elaboração de plano geral de promoção conjunta;
seleção de plano geral de promoção conjunta;
seleção dos meios de divulgação disponíveis por entidade;
produção do material de divulgação, tendo em vista os meios
disponíveis.
Na produção de materiais instrucionais:
- levantamento dos recursos humanos, financeiros e materiais
disponíveis para a produção de materiais instrucionais;
- elaboração do projeto de produção;
determinação de objetivos e conteúdo programático por material
a ser produzido;
elaboração do material;
impressão do material;
Na disponibilidade de bolsas de estudo a serem oferecidas a:
alunos de sistemas que não o de EPC, como complementação
de estudos;
alunos de entidades do próprio sistema de EPC, como com-
plementação e/ou suplementação de estudos afins.
Para tanto será necessário:
intercâmbio de entidades através de troca de informações
sistemáticas;
levantamento dos cursos existentes por áreas de interesse;
levantamento das disponibilidades de atendimento, por curso;
11. "Que seja considerada a possibilidade de realização de estágios dos
alunos dos cursos de EPC nos centros de treinamento já existentes
no país."
Levantamento do número de alunos do sistema de EPC atendidos
nas diferentes modalidades de ensino;
levantamento dos centros de atendimento em funcionamento nas
diferentes U.F., por modalidade de ensino;
estudo da viabilidade de atendimento pelos centros dos alunos dos
cursos de EPC.
12. "Que nos locais não atingidos regularmente pelo Correio sejam
aproveitados outros recursos para manutenção de contato perma-
nente com a clientela envolvida no sistema de EPC".
Levantamento dos locais não atingidos regularmente pelo Correio,
nas áreas em que se quer atuar através de cursos por corres-
pondência;
levantamento das possibilidades locais de atendimento ao aluno:
delegacias regionais de ensino;
instituições da própria comunidade (igrejas, quartéis, escolas,
clubes de serviço etc);
montagem de um plano geral de atendimento, utilizando as
estruturas locais já existentes.
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