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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
COORDENAÇÃO DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS
I CIRCULO DE ESTUDOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
RELATÓRIO
- 1976-
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Ernesto Geisel
MINISTRO DA EDUCAÇÃO E CULTURA Ney
Aminthas de Barros Braga
SECRETÁRIO-GERAL Euro
Brandão
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO José
Torquato Caiado Jardim
COORDENADORA DA ASSESSORA TÉCNICA
Julcelina Friaça Teixeira
COORDENADORA DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS
Uma Passos Alencastro Veiga
EQUIPE TÉCNICA
Consultora: Sonia Maria Ferreira
Assessoras: Amabile Pierroti
Rita Xavier Barreto
APRESENTAÇÃO
A implantação do ensino, prevista na Lei 5.692/71, exige dos
educadores brasileiros repensar as definições e conceitos pedagógicos, as
atitudes e comportamentos face à realidade do processo educacional em
nosso País.
Busca-se um modelo de educação genuinamente brasileiro, con-
dizente com o nosso momento histórico, caracterizado por um ritmo
acelerado de desenvolvimento.
Os modelos educacionais existentes, consultados como ponto de
reflexão, já se revelaram pouco adequados à realidade nacional. Resta
enfrentar o desafio à criatividade, oferecida pela Lei, para, numa conju-
gação de esforços, delinear os rumos da educação que nos convém.
Consciente de seu papel de órgão da administração central, res-
ponsável pela coordenação e supervisão do ensino de 2o. grau, o Depar-
tamento de Ensino Médio reconhece que, por intermédio do debate amplo
com educadores, será possível a reelaboração de conceitos a fim de
permitir a formulação do modelo desejado. Assim, constitui parte de sua
programação realizar encontros, seminários, reuniões, círculos de estudo,
procurando unidade conceitual básica às inovações psicopedagógicas e
administrativas.
Como resultado do I Círculo de Estudos sobre Orientação Edu-
cacional, realizado em Brasília, no período de 8 a 10 de junho do corrente
ano, envolvendo um grupo de especialistas em Orientação Educacional, o
Departamento de Ensino Médio tem o prazer de apresentar este Relatório.
Nele, os educadores encontrarão algumas posições inovadoras que
traduzem o pensamento de Orientadores Educacionais responsáveis pelo
acompanhamento do educando no processo contínuo de autodescoberta.
Espera-se que críticas e novas colaborações sejam acrescentadas
ao documento de modo a se constituírem subsídios para o modelo
buscado, particularmente para o sistema de ensino de 2o. grau brasileiro,
no campo da Orientação Educacional.
• INTRODUÇÃO
• 1. PLANEJAMENTO
1.1 Pesquisa Bibliográfica
1.2 Coleta de Dados
1.3 Programação de Atividades
1.3.1 Seleção de Temas
1.3.2 Recursos Envolvidos
• 2. EXECUÇÃO
2.1.1 Tema I
2.1.2 Tema II
2.1.3 Tema III
2.1.4 Tema IV
2.1.5 Tema V
2.1.6 Tema VI
2.1.7 Tema VII
2.1.8 Tema VIII
2.1.9 Tema IX
2.1.10 Síntese
• 3. AVALIAÇÃO
3.1 Considerações Gerais
3.2 Avaliação Parcial
3.3 Avaliação Global
3.3.1 Conclusão
• 4. ACOMPANHAMENTO
4.1 Considerações Gerais
• 5. ANEXOS
I Programa
II Publicações distribuídas
III Lista de Participantes
INTRODUÇÃO
O I Círculo de Estudos de Orientação Educacional — I CEOE,
promovido pelo Departamento de Ensino Médio, teve como objetivo refletir
sobre a Orientação Educacional como processo de ação integrada.
Este é o primeiro de uma série de outros Círculos de Estudo,
previstos na programação de atividades do Departamento de Ensino
Médio, específicos para a Orientação Educacional, procurando a ade-
quação de seus princípios, conceitos e técnicas à filosofia do ensino de 2o.
grau, formulada pela Lei 5.692/71.
Ao estabelecer-se esta programação de atividades, tomou-se
como referência básica o documento "Ensino de 2o. grau — Bases de
Ação", do DEM, editado em 1973, que, naquela época, ao procurar
delinear as linhas de ação para a implantação do ensino médio, preo-
cupava-se em "estabelecer uma base conceitual assim como definir os
objetivos gerais do processo de Orientação Educacional", justificando que
"tal necessidade, inerente a toda tarefa de explicitação de linhas de ação,
agrava-se, no caso, pelas distorções tradicionais existentes, tanto na
concepção, quanto na ação da Orientação Educacional".
A busca de uma base conceitual envolveu a pesquisa de uma
bibliografia especializada que permitiu a formulação de um quadro de
referências teórico-práticas da situação brasileira nesta área da educação.
Tornou-se necessário, a partir daí, o debate amplo com especialistas,
instituições especializadas e órgãos de classe, capazes de contribuir, em
termos de realidade nacional, para a formulação da base conceitual
desejada.
Para o I Círculo de Estudos de Orientação Educacional foram
convidados os diversos Departamentos do Ministério da Educação e
Cultura (DEF, DAU e DSU), Associação de Orientação Educacional/ DF,
Federação Nacional de Orientadores Educacionais, Universidades de
Brasília e a Fundação Educacional do Distrito Federal. Dos contatos
iniciais foram estabelecidos, a partir de um tema gerador para
debates, os seguintes subtemas:
a) Conceito, Natureza e Filosofia da Orientação Educacional;
b) Fatores Bio-psico-sociais como Determinantes da Escolha
Profissional;
c) Elementos Integrantes do Processo de Orientação Educa-
cional;
d) Situação da Orientação Educacional como Processo no Ensino
de 2o. Grau;
e) Situação da Orientação Educacional como Processo e como
Formação no Ensino de 3o. Grau;
f) Situação de Orientação Educacional como Processo no Ensino
Supletivo;
g) Ação Integrada da Orientação Educacional X Supervisão Pe-
dagógica X Administração Escolar X Comunidade como
Processo.
h) Orientação Educacional como processo contínuo no ensino de
1o., 2o. e 3o. graus.
A programação prevista foi desenvolvida segundo uma metodo-
logia própria e as atividades realizadas numa abordagem teórico-prática
dos subtemas propostos.
Este Relatório procura apresentar em detalhes, as atividades téc-
nicas desenvolvidas durante a realização do Círculo de Estudos de
Orientação Educacional, promovido pelo Departamento de Ensino Médio
do Ministério da Educação.e Cultura.
1. PLANEJAMENTO
A fase de planejamento do I Círculo de Estudos de Orientação Edu-
cacional - I CEOE - como Processo de Ação Integrada, caracterizando-se,
por sua vez, como a 1a. etapa de estudos do próprio círculo, envolveu três
momentos:
— pesquisa bibliográfica
pesquisa de realidade
programação de atividades
Nesta fase, foram levantados os recursos humanos, materiais e finan-
ceiros necessários ao desenvolvimento do I CEOE
1.1 Pesquisa Bibliográfica
Objetivando uma reflexão teórico-prática sobre Orientação Edu-
cacional, realizou-se consulta nas seguintes fontes bibliográficas:
1.1.1 CS. HALL e G. Lindsey, Teorias da Personalidade, São Paulo,
Editora da Universidade de São Paulo, 1974.
1.1.2 BENJAMIM MATTIAZZI, A Natureza dos Interesses e a
Orientação Vocacional, Petrópolis, Editora Vozes, 1974.
1.1.3 ROBERT L. GIBSON, Orientação Para a Escolha Profissional,
São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1975.
1.1.4 HATCH Y COSTAR, Atividades de Orientación en Ia escuela
primaria, México, Editorial Limusa, 1974.
1.1.5 LUIZ ANTONIO RODRIGUES DA CUNHA, Política Edu-cional
no Brasil: A Profissionalização no Ensino Médio, Rio de
Janeiro, Editora Eldorado, 1972.
1.1.6 O.P. ESTEVES, Testes, Medidas e Avaliação Rio de Janeiro,
Arte e Indústria, Editora Ltda, 1974.
1.1.7 JAMES M. SAWREY e CHARLES W. TEL FORD, Psicologia
Educacional, Rio de Janeiro, ao Livro Técnico S.A., 1970.
1.1.8 C. WEINBERG Y OTROS, Orientación Educacional Sus
Fundamentos Sociales, Buenos Aires, Editorial Paidós, 1972.
1.1.9 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, DEPARTA-
MENTO DE ENSINO MÉDIO, Do Ensino de 2o. Grau -
Perspectivas-Diretrizes, Brasilia, D.D.D./DEM - 1975.
1.1.10 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, DEPARTA
MENTO DE ENSINO MÉDIO, Ensino de 2o. Grau: Bases de
Ação,Brasília, D.D.D./DEM - 1973.
1.2 Coleta de dados
Com o objetivo de refletir sobre Orientação Educacional como
processo de ação integrada, realizou-se uma pesquisa de realidade,
relativa ao processo de Orientação Educacional nos três níveis de ensino,
1o., 2o. e 3o. Graus, bem como relativos à modalidade de Ensino Suple-
tivo, por meio de contato com os seguintes órgãos:
- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
— Secretaria Geral
Departamento de Ensino Fundamental
Departamento de Ensino Médio
Departamento de Assuntos Universitários
Departamento de Assistência ao Educando
Departamento de Ensino Supletivo.
- FEDERAÇÃO NACIONAL DE ORIENTADORES EDUCA-
CIONAIS
- ASSOCIAÇÃO DE O. E. DO DISTRITO FEDERAL
- UNIVERSIDADES
— Universidade de Brasília
Centro de Ensino Unificado de Brasília
Universidade do Distrito Federal
Faculdade Católica de Ciências Humanas de Brasília
União Pioneira de Integração Social
- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
- MINISTÉRIO DO TRABALHO -
SENAI
— SENAC
- TELEBRÁS
1.3 Programação de atividades
1.3.1 Seleção de Temas
Para uma abordagem mais teórica, selecionaram-se os
seguintes temas:
Conceito, Natureza e Filosofia da Orientação Educa-
cional;
Fatores determinantes da escolha profissional;
Elementos integrantes do processo de Orientação Edu-
cacional.
Para uma abordagem mais prática, propuseram-se os temas
seguintes:
A Orientação Educacional no Ensino de 1o. Grau como
processo;
A Orientação Educacional no Ensino de 2o. Grau como
processo;
A Orientação Educacional no Ensino de 3o. Grau como
processo e como formação;
A Orientação Educacional no Ensino Supletivo como
processo;
Ação integrada da Orientação Educacional x Supervisão
Pedagógica x Administração Escolar x Comunidade
A Orientação Educacional como processo contínuo no
Ensino de 1o., 2o. e 3o. Graus.
Em síntese, as atividades foram programadas, de acordo com o
quadro seguinte:
1.3.2 Recursos envolvidos
— Recursos Humanos
Para explicitação dos vários temas, foram convidados os Orientadores
Educacionais:
Elizio Nilo Caliman - Fundação Educacional Godeardo Baquero Miguel —
Universidade de Brasília Clêlia Maduro de Abreu — Fundação
Educacional/DF Amabile Pierroti — Departamento de Ensino Médio/MEC
Antonio Edvard de Araújo Lima — Departamento de Ensino Supletivo/MEC
Haidê Werberich da Silva — Fundação Educacional/DF Ana Rita Dantas
Suassuna — Departamento de Assuntos Universitários/MEC
Genny Arré Péres — Associação de Orientadores Educacionais de Bra-
sília.
Foram enviados convites de participação a 25 outros Orientadores
Educacionais envolvidos nos órgãos já mencionados, com os quais foram
mantidos contatos para pesquisa de realidade.
I CIRCULO DE ESTUDOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL OBJETIVO GERAL -
REFLETIR SOBRE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL COMO UM PROCESSO OE AÇÃO INTEGRADA
A coordenação das atividades de planejamento foi desenvolvida pelo
consultor em Orientação Educacional do DEM/MEC, Sonia Maria Ferreira
e pelos Técnicos envolvidos em Orientação Educacional da COPED/DEM,
Rita Xavier Barreto e Eugênia de Albuquerque Gomes.
Pará o desempenho das atividades de execução foi prevista a atuação
da equipe envolvida em Orientação Educacional da COPED/DEM, bem
como do pessoal de apoio dessa coordenação.
A apuração e análise dos dados de avaliação, bem como as atividades
de acompanhamento do I CEOE foram entregues à consultora em OE,
Sonia Maria Ferreira e à assessora, Rita Xavier Barreto.
— Recursos materiais
Foi prevista a multiplicação de quinze (15) instrumentos de apoio
necessários aos estudos programados, bem como a confecção de trinta e
cinco (35) pastas e trinta e cinco (35) certificados destinados aos parti-
cipantes.
— Recursos financeiros
Previsão
No.
(35) Pastas Cr$ 1.625,00
Diversos Cr$ 1.760,00
(70) Lanches Cr$ 612,00
Total Cr$ 3.997,00
2. EXECUÇÃO
Conforme planejamento prévio, realizou-se o I Círculo de Estudos de
Orientação Educacional, sob a promoção do Departamento de Ensino
Médio do MEC na sala de reuniões do DEM, no período de 08 a 10 de
junho do corrente.
As reflexões iniciais foram feitas pelo Diretor-Geral do DEM, Prof. José
Torquato Caiado Jardim, que teceu considerações sobre a importância de
um estudo conjunto sobre Orientação Educacional, conseqüência da
integração de vários setores e instituições educacionais. Secretaria
Geral/MEC, diversos Departamentos do MEC:
— Departamento de Ensino Fundamental;
— Departamento de Ensino Médio;
— Departamento de Assuntos Universitários;
— Departamento de Ensino Supletivo;
— Departamento de Assistência ao Educando;
Universidades de Brasília, Federação Nacional de Orientadores Edu-
cacionais-FENOE — Associação de Orientadores Educacionais de Brasília,
Ministério do Trabalho (SENAI e SENAC).
A Direção dos trabalhos foi feita pelo DAS, Profa. Odette Pessoa Maciel,
e pela Orientadora Educacional, lima Passos Alencastro Veiga, Co-
ordenadora da COPED/DEM.
As atividades de execução foram Coordenadas pela Consultora em
Orientação Educacional, Sonia Maria Ferreira, sob a assessoria das
Orientadoras Educacionais, Rita Xavier Barreto e Amabile Pierroti,
assessoras técnicas da COPED/DEM.
As atividades de avaliação e acompanhamento foram assumidas pela
consultora Sonia Maria Ferreira e pela assessora técnica Rita Xavier
Barreto.
O I CEOE teve como pessoal de apoio:
Antônia Ferreira Campos
Benicio Silva
Daniel da Silva Lima
2.1 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
2.1.1 TEMAI:
Conceito, Natureza e Filosofia da Orientação Educacional
2.1.1.1 Instrumentos de apoio
A — Instrumento no. 1
B — Instrumento no. 2
C — Instrumento no. 3
D — Instrumento no. 4
E — Instrumento no. 5
F — Instrumento no. 6
2.1.1.2 Discuso
2.1.1.3 Conclusões
A Instrumento no. 1
V ENCONTRO NACIONAL DE ORIENTADORES EDUCACIONAIS -
Salvador - BA - Julho de 1975
O presente documento tem por objetivo caracterizar a atividade
Orientação Educacional e o profissional — Orientador Educacional,
segundo os vários textos legais que explicitam a dimensão de ambos.
Queremos que através dele se possa obter de todos a devida compreen-
são quanto à Orientação Educacional e ao Orientador Educacional, face às
leis, no seu texto e contexto, buscando conferir identidade e uniformidade
de interpretação a todos que tiverem acesso ao presente documento.
Artigo 10o. da Lei 5692/71
"Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo
aconselhamento Vocacional, em cooperação com os professores, a família
e a comunidade".
Em primeiro lugar necessário se faz um conceito para a atividade acima
indicada. Para tanto lançaremos mão daquele expresso em um texto de lei,
e de no. 5564/58, que reconhece a profissão e portanto reconhece a
atividade profissional.
"Artigo 1o. — A Orientação Educacional se destina a assistir ao
educando individualmente ou em grupo, no âmbito das escolas e sistemas
escolares de nível médio e primário, visando ao desenvolvimento integral e
harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos
que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício
das opções básicas".
Assim sendo, é preciso considerar que o Artigo 10o. representa uma
solicitação dos legisladores aos profissionais da Orientação Educacional,
quanto à sua participação ativa e efetiva na implantação e implementação
da Lei 5692/71 — Reforma do Ensino de 1o. e 2o. graus.
Posto isso, os profissionais da Orientação Educacional — portanto os
Orientadores Educacionais — reunidos no V Encontro Nacional de
Orientação Educacional, em Salvador-BA, no período compreendido entre
os dias 13 e 19 de julho de 1975, crêem que deva ser esta interpretação,
abaixo explicitada, aquela doravante adotada pela classe e conferida ao
artigo 10o. da Lei 5692/71.
1.1 No seu sentido geral, o citado artigo fixa atribuições para a Orientação
Educacional como atividade, inserindo-a numa políti-
ca educacional brasileira, a qual está expressa nos três objetivos
propostos no Art. 1o. desta lei 5692/71, os quais podem ser assim
sintetizados:
desenvolvimento das potencialidades
iniciação e qualificação para o trabalho
exercício consciente de cidadania
Tais atribuições porém, podem ser melhor discriminadas na medida
em que se analisem os termos contidos no Art. 10o.
1.1.1 Instituida obrigatoriamente
a) Institucionalização — implica no reconhecimento da neces-
sidade de uma atividade específica no ensino de 1o. e 2o. graus
— a Orientação Educacional.
b) Obrigatoriedade — que tal atividade — Orientação Educacional
— deve estender-se a todos os alunos, nos vários níveis de
ensino, dentro da estrutura e funcionamento — propostos pelo
texto e contexto da Lei 5692/71.
1.1.2 Incluindo aconselhamento Vocacional.
a) incluir — demonstra que dentre outras atribuições, Orientação
Educacional deve prever e/ou fixar o momento em determinada
etapa. Daí a ênfase dada ao
b) aconselhamento vocacional — o qual identifica o "momento
ótimo" para que o educando, face a uma seqüência de etapas
de um processo orientador, perceba que se autoconhece, se
auto-aceita, se autodetermina e, conseqüentemente, pode
caminhar rumo à sua auto-realização pessoal e profissional.
Toda a ênfase dada ao aconselhamento vocacional não o deixa
de colocá-lo como parte integrante do processo global, que é a
Orientação Educacional. A forma prioritária que lhe foi conferida
no texto da lei é decorrente de proposição de um currículo
pleno, especificado no Art. 5o. da própria Lei 5692/71.
1.1.3 Em cooperação
É uma expressão que demonstra a necessidade de integração de
esforços para configurar-se uma função educativa de várias
instituições e pessoas, garantindo a totalidade do processo
educacional e o suprimento das necessidades do educando.
Cooperar significa trabalhar com
1.1.4 Professores — porque serão coletados, através deles, os
dados necessários à formalização de uma sondagem de inte-
resses e aptidões, essenciais à iniciação para o trabalho e à habi-
litação profissional.
Na medida, porém, em que cada professor é suficiente para
efetivar tal sondagem apenas dentro de sua atividade, área de
estudos ou disciplina, necessário se faz que exista uma siste-
matização e um tratamento adequado para tais dados, para que
eles possam revelar o potencial significativo de cada educando.
Para esta tarefa deveremos contar com a OrientaçãoEducacional.
1.1.5 A família — porque o desenvolvimento pessoal e/ou vocacional do
indivíduo está sempre submetido a influências familiares, as quais
podem facilitar ou dificultar suas escolhas básicas. Considerando-
se que, em qualquer das duas circunstâncias, necessário se faz
uma conciliação fundamentada em dados esclarecedores,
compete à Orientação Educacional tal empreendimento,
considerando nele a posição de família em justas medidas.
1.1.6 e a comunidade
É preciso considerar a escola como instituição educativa. Não
podemos, porém, deixar que ela se transforme em uma "ilha" e
não pressinta que existem outros recursos que vão além de seus
muros, e que são também válidos ao processo educativo. Tais
recursos, encontrados no âmbito da comunidade, face à ação
intencional de uma Orientação Educacional, conferem a esta
comunidade o seu verdadeiro papel: o de escola função, que
presta serviços e fornece recursos para a educação. Esta é a
dimensão que, cremos, deve ser conferida ao Art. 10o. da Lei
5692/71.
LEI No. 5.564 de 21/12/68
Uma vez explicitado o que se deve entender por Orientação Educa-
cional como atividade profissional, procederemos da forma similar para
obtermos a identificação do profissional a quem competirá o exercício de
tal tarefa.
Este profissional é o Orientador Educacional, cuja profissão foi
reconhecida pela Lei 5.564/68, homologada pelo Presidente Artur da
Costa e Silva e pelo Ministro da Educação Tarso Dutra, a 21 de dezem-
bro de 1968, publicada no Diário Oficial da União a 24 de dezembro.
Como já foi dito no item 1 deste texto, a lei a que ora nos referimos,
em seu artigo 1o., conceitua a Orientação Educacional, procurando
através deste conceito caracterizar o profissional. Em síntese podemos
dizer que, face às atribuições conferidas à atividade, trata-se de um
profissional que atuará no âmbito das escolas de 1o. e 2o. graus de
ensino, assistindo o educando, individualmente ou em grupo, a fim de que
ele possa alcançar sua plenitude como pessoa. Para tanto o Orientador
Educacional trabalhará no estabelecimento de ensino, como verdadeiro
integrador dos elementos que atuam direta ou indiretamente no processo
educativo procurando, com eles, proporcionar condições para a auto-
realização do educando, fato que lhe facultará condições de efetuar, de
maneira correta, suas opções básicas.
Já os artigos 2o. e 3o. cuidam de instituir a Orientação Educacional
como atividade privativa e exclusiva do profissional denominado
Orientador Educacional, que deverá ser formado em instituições de nível
superior. Desta forma e procedendo segundo o disposto no artigo 4o. —
registro do diploma no Ministério da Educação e Cultura — ter-se-á o
profissional legalmente habilitado.
O artigo 5o. generaliza as atribuições do Orientador Educacional,
destacando duas delas, a título de exemplificação: o aconselhamento do
aluno e o magistério de disciplinas que constituem as áreas específicas
para a formação do Orientador Educacional em escolas superiores.
O próprio texto da lei vale-se do artigo 6o. para notificar a regula-
mentação futura e necessária à profissão, regulamentação esta que foi
promulgada pelo Decreto-Lei 72.846/73, que merecerá uma referência
maior no item 3 subseqüente. Esta regulamentação deverá definir o código
de ética para a profissão e o profissional.
Isto posto, resultam, pois, raciocínios como os que abaixo seguem:
2.1 Uma vez identificada e reconhecida uma determinada atividade
profissional, resulta, como conseqüência imediata, a identificação
e reconhecimento do profissional que deva exercê-la.
2.2 A Lei 5554/68 reconheceu o profissional e sua respectiva profissão,
indicando-os como pertinentes à educação nacional.
2.3 O texto da Lei que ora regulamenta o ensino de 1o. e 2o. graus no
Brasil não poderia deixar de situar a atividade Orientação
Educacional, explicitada em seu artigo 10o. e situada em grande
parte de seu contexto.
2.4 Ambos, profissional e profissão, atuam prioritariamente no processo
educativo; são portanto a ele pertinentes, mas devem estar inseridos
e nele encontrar, em todos os níveis, uma estrutura que os apoie e
garanta o exercício de suas funções.
2.5 A Lei 5.592/71, através do seu artigo 10o., procurou ratificar o já
expresso no artigo 1o. da Lei 5.564/68, demonstrando a perfeita
compatibilidade existente entre a atividade Orientação Educacional e
o profissional Orientador Educacional.
2.6 Que os legisladores das várias esferas ligadas ao ensino — Presi-
dência da República, Ministério da Educação, Congresso Nacional e
Conselho Federal de Educação — procederam de forma rigorosa) e
de conjunto, salvaguardando uma coerência ideal dentre ambas as
leis, tanto em relação à profissão quanto em relação ao profissional.
2.7 Que tanto a atividade como o profissional podem responder às
questões:
2.7.1 A quem se destina? —Ao educando
2.7.2 Quais as formas de atuação? — direta com o educando (indivi-
dualmente ou em grupo), bem como com outros elementos que
exerçam influência na formação deste educando.
2.7.3 Quais as áreas desta atuação? — professores, família e comuni-
dade, através de escola e dos sistemas de ensino.
Cremos, pois, que o sistema educacional, (macro e micro) não pode
prescindir do concurso deste profissional, reconhecido e solicitado por
textos legais e cuja profissão já se acha devidamente regulamentada,
segundo o que abordaremos no item subseqüente.
DECRETO No. 72. 846/73
"Regulamenta a Lei 5.564 de 21 de dezembro de
1968, que provê sobre o exercício da profissão de
Orientador Educacional".
A análise do texto deste Decreto evidencia três aspectos carac-
terísticos: 3.1 O que é a Orientação Educacional.
3.2. Quem é o Orientador Educacional.
3.3 Onde atua e quais são as atribuições e competências de Orientador
Educacional.
3.1 O que é a Orientação Educacional.
Cremos já ser suficiente a caracterização efetuada nos itens 1 e 2
do presente documento. Acrescenta-se, porém, que a Orientação
Educacional, no art. 1o. deste decreto, está definida quanto à sua
finalidade, objeto, áreas de atuação e metodologia de trabalho.
3.2 Quem é o Orientador Educacional.
Na atualidade é o profissional de nível superior, licenciado em pe-
dagogia — habilitação em Orientação Educacional, ou o habi-
litado em curso de pós-graduação em Orientação Educacional,
ou ainda aqueles que fizeram seus estudos na área em escolas
estrangeiras e aqui os revalidaram. E ressalvado ainda o exercício
àqueles que concluiram cursos regidos por textos legais ante-
riores à Lei 5.540/68 — Reforma Universitária e Pedagogia.
3.3 Onde atua e quais são as atribuições e competência do Orientador
Educacional.
0 profissional de Orientação Educacional atua em instituições pú-
blicas ou privadas onde:
3.3.1 Planeja e coordena a implantação e funcionamento do Serviço de
Orientação Educacional, em nível de escolas, comunidades e
sistemas de ensino.
3.3.2 Coordena o processo de Orientação Vocacional e o acompanha-
mento pós-escolar.
3.3.3 Sistematiza os processos de:
a) coleta de dados relativos ao educando, através do assessora-
mento aos professores:
b) favorece o intercâmbio de informações relativas ao conheci-
mento do educando de forma sistematizada;
c) acompanhamento e, quando necessário, encaminhamento de
alunos a outros especialistas;
3.3.4 Ministra disciplinas de teoria e prática de Orientação Educacional,
supervisiona estágios e emite pareceres relativos à Orientação
Educacional.
3.3.5 Participa do processo de:
a) caracterização da clientela e comunidade escolar;
b) elaboração do currículo pleno da escola;
c) composição, caracterização e acompanhamento de turmas;
d) avaliação e recuperação de alunos;
e) encaminhamento e acompanhamento de estagiários;
f) integração entre escola-família-comunidade.
3.3.6 Realiza estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.
B — Instrumento no. 2 ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL - DEFINIÇÕES
1. Orientação é a assistência prestada aos indivíduos a fim de que eles
façam opções e ajustamentos inteligentes (Jones).
2. E o processo cientificamente estruturado que consiste na integração
entre Orientador e Orientando, a fim de que se desenvolva neste último
e capacidade de racionalização no plano de conduta, isto é, de fazer
opções conscientes e aceitar voluntariamente as responsabilidades
decorrentes.
3. Orientação Educacional, no seu sentido restrito, é um método pelo qual
o Orientador Educacional ajuda o aluno, na escola, a tomar consciência
de seus valores e dificuldades, bem como dos meios de explorá-los e
superá-los, concretizado principalmente através do estudo, sua auto-
realização em todas as suas estruturas e em todos os planos de vida —
escolar, familiar, social e espiritual (M. J. Schimidt).
4. Orientação Educacional se propõe a levar o adolescente a opções
conscientes, baseadas no conhecimento racional dos fatos e situações,
bem como na avaliação objetiva de seu próprio potencial, num processo
de conscientização versus manipulação social caminhando
gradativamente para a maturidade individual e social (Pimentel e Sigrist).
5. A Orientação Educacional se destina a assistir ao educando individu-
almente ou em grupo, no âmbito das escolas e sistemas escolares de
nível médio e primário, visando ao desenvolvimento integrado os
elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o
para o exercício das opções básicas (Lei no. 5.564/68 que provê sobre a
profissão do Orientador Educacional).
6. Constitui o objeto de Orientação Educacional a assistência ao edu-
cando, individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1o. e 2o.
graus, visando ao desenvolvimento integral e harmonioso da sua
personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem
influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções
básicas (Decreto no. 72.846/73 que regulamenta a Lei no. 5.564/68).
7. A Orientação Educacional é uma ação em bases científicas, que visa
a assistir o aluno no desenvolvimento integral de sua personalidade e
em seu ajustamento pessoal e social (Enzo Azzi).
8. A Orientação Educacional atua, mediante técnicas adequadas, no
indivíduo, com fim específico de ajudá-lo a resolver os seus problemas
de estudo e de ajustamento ao meio escolar e à vida social e de
conduzi-lo à escolha adequada de cursos ou de profissões (Conselho de
Orientação Educacional da Secretaria de Educação do Estado de São
Paulo).
9. É o processo educacional organizado, permanente, inserido na escola,
pelo qual todos os conhecimentos científicos sobre o educando e
métodos técnicos educacionais são colocados a serviço da máxima
evolução e formação integral do educando, considerando este, em todos
os seus aspectos, capaz de aperfeiçoamento e de realização (Victorino
B. Miguel).
10. Orientação Educacional é o trabalho conjugado de todos os
membros de uma escola, coordenados por um orientador, junto
ao educando, a fim de levá-lo a realizar-se da melhor forma possí
vel e sob todos os aspectos, com base na sua realidade bio-psico-
social, tendo em vista integrá-lo na sociedade com base em uma
atividade profissional, para torná-lo um cidadão consciente, efi
ciente e responsável (Imídio G. Nérici).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 Jones. J. A. Principies of guidance.
2 SCHIMIDT, M. J. e Pereira, M.L.S. - Orientação Educacional - Agir
3 PIMENTEL, M.G. e SIGRIST, A.C. - Orientação Educacional, Ed. Pioneira, SP. 1974.
4 Cadernos de Orientação Educacional, no. 19 — CADES. MEC
5 MIGUEL, Victorino B. — Introdução à Orientação Educacional, Edições Loyola.
6 NERICI, Imídeo G. Introdução à Orientação Educacional, Ed. Atlas S.A. São Paulo, 1974.
7 Parecer no. 76/75 CE 1o. e 2o. Graus - MEC e CFE
8 Ensino de 2o. grau: Bases e Ação. Curso-Seminário - Projeto "Asteca" — MEC — 1973.
9 Educação Permanente — Estado da Guanabara — Secretaria de Educação e Coordenação do Ensino
— Departamento de Ensino do 1o. grau — 1974.
10 Curso Integrado para Orientadores Educacionais e Supervisão Pedagógicos a nível de Sistema
Estadual de Educação - CENAFOR, Salvador - BA, 1976.
11 Lei no. 5.564 de 21/12/68 que provê sobre o exercício da profissão do Orientador Educacional.
12 Decreto no. 72.846 de 25/9/73 que regulamenta a Lei no. 5.564/68 que provê sobre o exercício da
profissão do Orientador Educacional.
C - INSTRUMENTO No. 3
A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL EM NIVEL DE 2o. GRAU 2.
CONCEITUAÇÃO
"Orientação Educacional é uma ação sistematicamente planejada e
avaliada no sentido de oportunizar situações que exijam do aluno opções
conscientes, baseadas no conhecimento regional dos fatos e da realidade,
bem como na avaliação objetiva de suas potencialidades e limitações".
O planejamento sistematizado e a avaliação do trabalho compete ao
Orientador Educacional que, dentro da ação educativa, deverá procurar
envolver todos os educadores conforme preconiza o artigo 10 da Lei 5.692
de 11 de agosto de 1971: "será instituída obrigatoriamente a Orientação
Educacional, incluindo aconselhamento vocacional, em cooperação com
os professores, família e comunidade promovendo condições para que o
aluno descubra a si mesmo durante a fase de formação geral de 1a. a 6a.
séries do 1o. grau e seja capaz de fazer opções conscientes para os
cursos que serão oferecidos no ensino de 2o. grau.
Em se tratando da Sondagem de Aptidão já explícita no Parecer 339/72
do Conselho Federal de Educação, sob a designação de generalidade que
segundo Hitckins leva o educando a se apossar de um acervo comum das
idéias fundamentais, não pretendemos nos aprofundar visto ser tema de
outro plenário.
Não poderíamos deixar todavia de dar ênfase e enaltecer a filosofia tão
marcante de formação de personalidade do educando previsto na Lei
5.692/71, quando do seu objetivo geral: auto-realização, formação para o
trabalho e exercício consciente da cidadania, três aspectos de
conscientização do professor para a missão de educador. Aqui, o
Orientador Educacional encontra seu campo de ação — a orientação vital
do aluno. Vale dizer que o planejamento de Orientação Educacional no 1o.
grau deverá ser em consonância com os trabalhos liderados pelo
Coordenador Pedagógico, aproveitando os assuntos e todas as atividades,
por ele abordadas, para levar o aluno a reflexões, à introspecção,
procurando assim o seu Eu verdadeiro — o eu interior. Só assim, o aluno
será um cidadão consciente, verdadeiro brasileiro, cônscio do seu dever
como perpetuador da sociedade, da cultura e de todos os valores da
nação, esta nação imensa, parcela de um universo que está sempre a
crescer, a evoluir e a solicitar. Sob este aspecto de 1o. grau de sondagem
de Aptidão, a Reforma do Ensino é arrojada e aberta. O orientador
educacional precisa estar alerta, para aproveitar as ocasiões e sobretudo,
o que é de muita responsabilidade — não cair no ócio ou se perder face à
multiplicidade de ocasiões.
Iniciamos agora a abordagem do nosso tema — A Orientação Educa-
cional no 2o. grau — em continuidade à análise do conceito apresentado.
Conforme já nos referimos, as opções conscientes, que o aluno se
habilitará a fazê-las, se bem sondadas no 1o. grau onde as condições
oferecidas pela escola foram propícias ao despertar de tais metas, flores-
cerão agora no 2o. grau. Passaremos portanto ao tema proposto — a
Orientação Educacional no 2o. grau, embora continuando ainda a análise
do conceito inicial no que se refere a Opções Conscientes. Sobre os
aspectos que deverão atuar em uníssono no planejamento educacional, o
autoconhecimento (potencialidades e limitações) já explorado no 1o. grau,
e o conhecimento regional dos fatos e da realidade, são básicos.
É importante o conhecimento da realidade, no que se refere ao Mercado
de Trabalho, à oferta e à vivência de profissionais que, através dos seus
depoimentos, quanto às atividades, ao campo de trabalho da sua profissão,
darão ao aluno uma visão ampla da realidade, reforçando deste modo o
interesse do educando por determinadas profissões.
3. OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO 2o. GRAU
O objetivo genérico da Orientação Educacional é a maturidade pessoal
e social do aluno, atingida através de um processo em que ele se torne
progressivamente mais consciente de si mesmo, das necessidades e
ofertas do meio.
Neste processo, a aprendizagem do eu "e da realidade que o cerca, se
efetua através de uma sistemática de auto-avaliação, inscrição e
participação social. Esta participação adquire dimensões das pequenas
equipes de classe às instituições escolares, atividades, estágio e à vida de
comunidade".
Em se tratando de um objetivo genérico, é óbvio o trabalho siste-
matizado do Orientador Educacional pró-formação do educando desde as
1as. séries de escolaridade, num sentido sempre progressivo e crescente,
até a sua decisão profissional, sustentáculo de toda a sua vida futura. Esta
decisão o fará ajustado ou não à vida profissional, familiar e social, no que
implica a grande responsabilidade do orientador.
4. CAMPO DE ATUAÇÃO
4.1 — Campo de atuação geral: — abrange toda a comunidade escolar;
direção, orientação pedagógica, professores e demais técnicos que de-
sencadeiam o processo educativo, estendendo-se até a família, às empre-
sas e à comunidade em geral.
Em relação ao pessoal técnico-administrativo, a Orientação Educa-
cional de 2o. grau atua no sentido de unificar a ação educadora, visando à
formação integral do aluno, para o que, necessário se faz criar um clima
de franca convivência, apoio, aceitação e colaboração sem o que a
orientação deixaria de ser funcional.
Em relação à família, a Orientação Educacional a nível de 2o. grau,
continuará envolvendo-a no processo educativo, principalmente no que
concerne ao significado de opção vocacional e do estudo das carac-
terísticas do desenvolvimento humano.
Em relação às empresas e à comunidade, a atuação da Orientação
educacional a nível de 2o. grau torna-se mais intensificada porque:
no momento presente, a empresa e a comunidade darão ao aluno os
limiares das profissões através de estágios — oportunidades de
análise do processo de adaptação "homem — trabalho — homem" —
e fornecerão dados sobre informação ocupacional.
No futuro, a empresa e a comunidade serão objeto deste aluno em
cujas mãos serão moldadas, melhoradas, reformuladas, num múltiplo
e constante dar a receber; dar a oportunidade hoje para servir-se dos
seus frutos amanhã. E, como campo de atuação imediata do
orientador, ela poderá fazer análise dos conflitos psicológicos e
estrutura de personalidades exigidas pela dinâmica das empresas.
Em relação à comunidade, a orientação educacional a nível de 2o. grau
procura congraçar esforços da comunidade no sentido de utilizá-los
na ação educativa, procurando refletir junto aos alunos seus padrões e
valores além de, em momento oportuno, inserir os alunos na mesma.
5. PLANO DE AÇÃO
5.1 AÇÃO INTEGRADA
A ação integrada é a Orientação Educacional versus Supervisão Peda-
gógica, atuando com a direção, os professores e demais técnicos, pla-
nejando executando e avaliando sistematicamente a ação educativa, num
constante reformular de objetivos.
Entre as atividades específicas de ação integrada citamos algumas:
delineamento de uma filosofia de trabalho;
características de clientela escolar;
contribuição específica de cada disciplina;
área, estudo ou atividade, na formação integral dos alunos;
dinâmica de turmas, respeitando a individualidade de cada um;
processo de observação das características gerais da personalidade
do aluno, e medidas psico-pedagógicas de acompanhamento de casos
individuais ou de grupo de alunos;
De acordo com o que foi dito, o Orientador Educacional terá que traçar
um plano de ação, tendo em vista a formulação de uma filosofia de
educação voltada para o cumprimento do objetivo geral de Lei 5.692/ 71 e
que focalizará os aspectos:
5.1.1 CURRICULO
Conforme o objetivo específico da educação de 2o. grau — a ter-
minalidade — os currículos deverão ser montados com abertura tal que
possibilitem a constante reformulação de suas metas, para atender às
oscilações do mercado de trabalho, às possibilidades dos estabele-
cimentos de ensino, à multiplicidade de cursos que surgem anualmente
face à necessidade de novas qualificações, tudo isto em consonância com
a política educacional de cada região. Outros aspectos devem ainda ser
observados na formação do currículo pleno das escolas de 2o. grau:
objetivos de cada escola face ao tipo de clientela e necessidades da co-
munidade, enfatizando os objetivos do núcleo comum.
5.1.2 OUTROS ASPECTOS
Estabelecer objetivos comportamentais relacionados a cada disci
plina, critérios na formação de turmas, critérios de observação nos di
versos ambientes, critérios de análise dos danos e dos gráficos do apro
veitamento, bem como planejamento de um novo processo de avaliação,
dentro da nova dimensão educacional.
Montar projetos que englobem a participação dos professores, tanto
no estudo das profissões e do mercado de trabalho como na divulgação
dos cursos profissionalizantes oferecidos pela escola e pela comunidade.
Estabelecer sistemas de avaliação global que possibilitem uma am-
pliação e a melhoria do trabalho — constantes feed-back — para cons-
tante reformulação dos objetivos.
5.2 AÇÃO DIRETA
O orientador educacional deve estabelecer um plano de ação direta em
relação ao aluno, com bases numa visão realista das condições
encontradas no estabelecimento e na comunidade.
Treino de capacidade de optar, evoluindo desde a escolha dos
companheiros da equipe, projetos, atividades, disciplinas, créditos,
opção vocacional, à capacidade global de se definir, de se autodetermi
nar, escolhendo as formas próprias de se realizar no desenvolvimento de
suas potencialidades e no exercício consciente da cidadania.
6. A REFORMA DO ENSINO E A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL A
NIVEL DE 2o. GRAU
A Orientação Educacional a nível de 2o. grau, dentro do espírito da Lei
5.692/71, tem uma grande responsabilidade no sentido de canalizar todos
os esforços para proporcionar ao aluno uma formação compatível com as
suas aptidões, valorizando-o como indivíduo e como ser social. Neste
processo de formação, o aluno terá oportunidade de desenvolver ao
máximo seus talentos e habilidades, bem como de aprimorar seus
atributos morais em seu benefício e do grupo social.
Toda a dinâmica da Orientação a nível de 2o. grau estará voltada para a
terminalidade, isto é, uma educação mais técnica, nota dominante da
Reforma do Ensino, sem contudo se divorciar da educação humanística;
dois aspectos, durante tanto tempo, mantidos separados.
É oportuno
recordar que não existe autêntica cultura fora daquela que, fiel embora aos
valores do passado, é a expressão da realidade atual da civilização. "A
integração cultural da técnica não se impõe apenas para o bem da cultura;
é condição essencial para a integração da técnica na nossa civilização, no
sentido do autêntico progresso do homem e da humanidade". A dispersão
rápida e progressiva das ciências clama, cada vez mais alto, pela
necessidade de elaborar a sua ntese e de conservar no homem
faculdades de contemplação e admiração, que conduzem à sabedoria".
Dentro do aspecto profissionalizante da Lei a nível de 2o.
grau, compete ao Orientador Educacional, formar no educando uma
consciência filosófica do seu valor como pessoa humana, substituível sob o
aspecto racional, e insubstituível como pessoa, pois todo o homem precisa
voltar-se para si mesmo, conhecer seus dons inatos que, quando
aperfeiçoados e dispostos a serviço do outro, o levam à verdadeira
libertação, compromisso" à imagemi e semelhança de Deus" e terá
condições de superar a materialização, tornando-se realmente um homem
global.
Os programas de educação de 2o. grau exigem, em medida crescente,
que a especialização repouse sobre base cultural para atender ao acele-
rado processo de desenvolvimento. Haja visto que, em países desen-
volvidos, já se constatou que pessoas providas de cultura geral se adap-
tam mais rapidamente a novas técnicas.
Considerando o problema sob um ângulo mais prático — dinâmica
interna do homem — tendo em vista o crescimento econômico do país, a
Orientação Educacional deverá atuar num plano integrado já mencionado
anteriormente.
D — Instrumento no. 4
INTEGRAÇÃO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E DO CURRICULO
O nosso sistema educacional, ainda que emanado de princípios
filosóficos coerentes, carece, na prática, de uma unidade de ação que seja
capaz de orientar a ação educativa de forma global e coerente. A ausência
dessa unidade se caracteriza pela desvinculação dos diversos setores do
Currículo. Praticamente não existe ainda uma integração e racionalização
das diversas áreas do Currículo. A figura do tradicional Professor, que no
passado ocupava o centro do sistema educacional, de sempenhando o
papel de verdadeiro catalizador da ação educativa, desapareceu. Quem
deverá desempenhar tal função?
Pela própria Filosofia da Orientação Educacional e pelas funções e
atribuições que caracterizam o Orientador Educacional, cabe a este
assumir o papel. Em geral, porém, o Orientador Educacional, certamente
por falta de formação humana e técnica mais profundas, ainda não tomou
plena consciência do fato. Por outro lado, devido a diversos fatores, o
sistema escolar ainda não consegue reconhecer e aceitar o Orientador
Educacional como o elemento capaz de assumir e desempenhar essa
responsabilidade.
Desta forma, a Orientação Educacional vem se arrastando, trilhando
caminhos num paralelismo com as demais áreas de atuação educacional,
sem lograr um verdadeiro encontro em seus objetivos comuns.
Muitos são os fatores que, desde o passado, vem contribuindo para a
falta de integração da Orientação Educacional com o Currículo,
Fundamentados em Janet Kelly podemos citar:
1. Por muitos anos os professores acharam que todos os estudantes
deveriam submeter-se a um Currículo estritamente clássico e aca-
dêmico.
2. A existência, nestes últimos anos, de um programa de Orientação
Educacional apenas facilitador, alheio aos problemas disciplina-dores
da escola.
3. Persistência, na escola, de uma estrutura de separatismo e espe-
cialização, favorecendo uma desvinculação entre departamentos e
campos de atuação.
4. Programa de Orientação Educacional alheio ao contexto da Filosofia
de Educação da Escola.
5. Ênfase que a Orientação coloca sobre o indivíduo com relação à
aprendizagem em oposição à ênfase grupai dada pelo Currículo.
6. Atuação da Orientação Educacional não voltada para o professor e
para a sala de aula.
7. Confusão com relação ao conceito de Currículo existente entre as
pessoas que planejam.
8. Exclusão do Professor e do Orientador na organização do Currículo.
9. Ausência de uma colocação mais realista e objetiva do "core cur-
riculum" em relação aos Professores e Orientadores, e como se
fosse algo reservado aos especialistas do Currículo.
10. Desconhecimento das contribuições que cada campo (Currí
culo e Orientação) pode oferecer um ao outro para desen
volver a aprendizagem.
B. A importância e a necessidade de integração da Ori-
entação e do Currículo torna-se evidente se considerarmos a semelhança
e mesmo a identidade das características dos dois campos:
1. Semelhança de filosofia e objetivos nos seus aspectos básicos.
2. Semelhança de funções: ação centralizada no aluno através da
identificação e orientação de seus problemas.
3. Currículo e Orientação atingindo as mesmas pessoas e instituições
— alunos, pais, professores, comunidade, empresas...
4. Semelhança de conteúdo e de recursos educacionais utilizados.
5. Semelhança na metodologia e nas técnicas de trabalho com os
alunos.
6. Semelhança em termos de abordagem terapêutica, preventiva e de-
senvolvimentista.
7. Semelhança entre os problemas da Orientação e do Currículo com
relação à preservação da unidade e da continuidade do processo
educativo, envolvendo planejamento, coordenação, articulação e
comunicação.
planejamento de atividades que promovem o desenvolvimento do
aluno;
coordenação das atividades curriculares centradas no aluno;
articulação de atividades curriculares e extra-curriculares;
comunicação entre alunos, professores, pais, escolas, empresas,
comunidade...
8. A utilização da mesma Psicologia da Aprendizagem;
9. Estudos dos mesmos problemas sociológicos e culturais.
E — Instrumento no. 5
"O ORIENTADOR EDUCACIONAL E A INTEGRAÇÃO ESCOLA
- COMUNIDADE"
Profa. Rosa Pavone Pimont
0 orientador Educacional estabelece os objetivos de seu trabalho com o
conhecimento da comunidade na qual terá que atuar.
Os orientadores enfrentam muitas dificuldades no seu trabalho, às
vezes quanto às expectativas dos pais e comunidade em relação ao tra-
balho da escola.
0 orientador pode agir como elemento coordenador do planejamento
geral da escola e interferir na determinação de uma linha de trabalho, se
ele conhece a realidade da escola e da comunidade.
O Orientador Educacional não se dirige somente aos elementos
presentes todos os dias na escola. Como os orientadores pertencem a
famílias e estas e a escola estão localizadas numa comunidade, o orien-
tador deverá trabalhar com todos, usando, em última análise, o
ajustamento do orientando numa ação profilática, mais do que terapêutica.
0 trabalho do Orientador, desde a primeira fase do planejamento do
SOE, terá que partir de um estudo da escola e da comunidade. É comum
haver um Orientador só, para uma escola com muitos alunos, professores,
etc.
Se o Orientador se fechar em seu gabinete,.pouco fará sozinho. Como
se ajustar a essa situação? Talvez da seguinte forma: será o Orientador o
elemento presente na comunidade para coordenação de trabalhos que
muitos possam fazer.
Se o Orientador vai ser um dos elementos coordenadores do plane-
jamento geral da escola e se este tem que partir,, antes de tudo, de um
conhecimento da realidade daquela escola e daquela comunidade e disso
dependem os objetivos de escola, o Orientador pode oferecer dados,
estudando a comunidade a fim de que a escola não seja desvinculada dos
objetivos educacionais de todos os elementos que atuam em educação na
comunidade.
Aí o Orientador poderá fazer com que a escola atenda a comunidade,
ao mesmo tempo que esta poderá auxiliá-lo.
Em "A Escola e a Comunidade"encontramos a seguinte conceituação:
a) "Relações Escola — Comunidade:
A estrutura interna da escola, sua posição na estrutura da sociedade e os
processos de integração humana e social que se desenvolvem entre
ambas, resumem atualmente, os aspectos de maior preocupação analítica
da sociologia e da psicologia da educação.
Tais aspectos baseiam-se principalmente, na concepção da escola ou
do sistema escolar, não apenas como "Veículo de transmissão de ensino
sistemático e programado ou de uma herança cultural, mas como um
grupo social diferenciado e com uma dinâmica própria, inserido em um
dado contexto social".
Desta compreensão da natureza da escola decorre que ela deve ser
considerada na sua vida social, não como uma instituição globalizado-ra
do processo educacional, mas como seu eixo central.
Essa distinção é fundamental para que a educação possa, ampla e
flexivelmente, incluir não só um processo formal de instrução que se
realiza através da escola, mas também uma multiplicidade de processos
de comunicação informal, que desempenham Complementarmente,
importantes tarefas educativas...".
— Art. de M.L da Silva — Suplemento especial Folha de São Paulo -
18/02/68.
b) Escola comunitária
"Na afirmação de que a educação é um processo social, está contida
mais do que a simples idéia de que a função da escola é preparar os alu-
nos para participarem de uma determinada sociedade. Implica ela em mais
do que a mera noção de que a escola é uma comunidade com vida
corporativa própria.
Tendo em vista que a escola é criada pelo Estado ou por alguma
instituição privada e que o processo educacional não se limita às horas
que o aluno passa na escola, é indispensável que os responsáveis pela
atuação da escola compreendam como diz Dadler "que as coisas exte-
riores à escola são ainda mais importantes do que as interiores, que elas
governam e interpretam".
A "partir do reconhecimento" do valor das "coisas exteriores à escola"
pode-se verificar que a tendência atual parece definir-se pelo tipo que vem
dominando "escola comunitária".
Aparecendo essa escola comunitária, podem-se identificar dois outros
tipos principalmente de escolas que expressam diferentes orientações
filosóficas e que surgiram em dados contextos sociais e períodos histó-
ricos.
A evolução deu-se da escola acadêmica ou tradicional, com insistência
no aprendizado através dos livros, para a escola progressiva com sua
ênfase na expressão dos interesses do aluno, até a escola comunitária que
gravita em torno das necessidades coletivas da vida e do meio social.
Para a escola comunitária, o conceito de comunidade abrange quatro
áreas e três níveis básicos. As quatro áreas são:
1. A comunidade ou zona de serviço da escola: os povoados, o distrito, o
bairro, a cidade, o município;
2. A comunidade regional: a unidade geopolítica maior que se seguir à
anterior, como um conjunto de municípios, uma metrópole, um
Estado ou um agrupamento;
3. A comunidade racional: país considerado com um todo;
4. A comunidade internacional: a reunião dos países ligados por es-
treitos vínculos econômicos, sociais, políticos e culturais.
Os três níveis básicos da comunidade são:
1. O nível material, que inclui desde os recursos naturais, aos recursos
de produção, à infra-estrutura físico-urbana, etc;
2. O nível institucional ou as formas de vida organizada, os sistemas
sociais, os hábitos da massa, as pautas culturais, etc;
3. O nível valorativo: idéias, valores, preconceitos, temores, aspirações,
etc. que induzem costumes, criações, comportamentos e populações.
Entre outros princípios nos quais se fundamenta, deverá a escola
comunitária:
1. Extrair seus objetivos dos interesses e necessidades do povo;
2. Utilizar em sua programação, uma grande diversidade de recursos da
comunidade;
3. Praticar e fomentar a democracia em todas as suas atividades tanto
da escola como da comunidade;
4. Treinar lideranças para a consecução de planos de melhorias
cooperativas da população que vive na comunidade local e nas
comunidades maiores;
5. Construir o núcleo do curriculum em torno dos principais processos e
problemas da vida humana e da comunidade;
6. Atuar como centro educativo para os adultos, pois a educação é um
processo permanente que se prolonga por toda a vida;
7. Orientar os esforços educativos da comunidade, coordenando todas
as fontes educativas da mesma, para um programa organizado
em colaboração, tendo em vista obter a educação mais efetiva dos
jovens e adultos, na escola e fora dela.
c) ... é com muita expectativa que se toma conhecimento da recém
criada Secretaria da Promoção Social do Estado de São Paulo, que entre
seus programas de desenvolvimento de comunidade, pretende transformar
as unidades escolares em Centros Comunitários de participação popular e
de educação de adultos.
As escolas terão a máxima utilização de seus prédios, equipamentos,
em períodos de ociosidade, pelos interessados, através de atividades de
meio, de cultura de base, recreação e esportes tais como: audições
musicais, teatro de fantoches, projeção de slides, realização de concursos
e festivais, exibições teatrais, torneios esportivos, etc. Além disso as
associações profissionais e sociais serão também incentivadas a um tra-
balho conjunto com as escolas, neste setor de extensão e difusão cultural.
F — Instrumento no. 6
ORIENTADOR AGENTE DE MUDANÇA
Resistências a mudança
Extrato de: "Algumas considerações sobre treinamento
do pessoal do Ensino" — Bernardette Angelina Gatti e
outros.
Goodwin Watson (1969) sintetiza, em alguns princípios, suas obser-
vações quanto às fontes de resistência nas pessoas ou nas instituições.
Ressalta que estes princípios não são leis, mas apenas generalizações
que se mostraram pertinentes. Centraliza suas considerações em três
questões: quem traz a mudança? Que tipo de mudança? Por quais
procedimentos?
"A. Quem traz a mudança?
1. A resistência será menor se todos sentirem que o projeto é deles isto
é, não é desejado e realizado por estranhos.
2. A resistência será menor se o projeto for claramente apoiado pela
hierarquia superior do sistema.
B. Que tipo de mudança?
3. A resistência será menor se os participantes virem a mudança
como reduzindo, e não aumentando seus atuais encargos.
4. A resistência será menor se o projeto estiver de acordo com valores
e ideais familiares aos participantes.
5. A resistência será menor se o programa oferecer um tipo novo de
experiência que interesse aos participantes.
6. A resistêcia será menor se os participantes sentirem que sua
autonomia e sua segurança não estão ameaçadas.
C. Procedimentos de instituição de mudança
7. A resistência será menor se os participantes tiverem oportunidade de
fazer esforços de diagnóstico para definição do problema básico,
cônscios assim de sua importância.
8. A resistência será menor se o projeto for adotado por decisão
consensual do grupo.
9. A resistência será menor se os proponentes conseguirem empatia
com os oponentes, reconhecendo as objeções válidas e procurando
eliminar temores desnecessários.
10. A resistência será diminuída se se reconhecer que as inovações
podem ser mal entendidas e interpretadas, e se for previsto um
acompanhamento do processo para posteriores esclarecimentos,
se necessários.
11. A resistência será menor se os participantes experimentarem, em
suas relações mútuas, aceitação, suporte, confiança.
12. A resistência será reduzida se o projeto for mantido aberto para
revisão e reconsideração, se a experiência mostrar que estas
mudanças são desejáveis".
Devemos lembrar, no entanto, que as resistências à mudança, têm
também, papel importante no sentido de evitar por exemplo, rupturas
chocantes, que poderiam provocar desintegração, além de contribuir para
a manutenção de certa integridade dos indivíduos ou grupos envolvidos,
em termos de sua auto-estima, competência e autonomia. Uma análise
interessante deste aspecto nos é dada por Donald Klein (1969).
De maneira geral, podemos concluir que os autores concordam que
qualquer processo de introdução planejada de inovação — treinamento ou
reciclagem, por exemplo — requer além de atenções quanto às técnicas
específicas de transmissão de informação, cuidados relativos à parte de
valores, normas, padrões dos indivíduos, grupos, organizações ou
instituições envolvidas. Se, por um lado, o formador tem que preocupar-se
com a forma de introduzir novas tecnologias, por outro, deverá também
estar atento aos aspectos dos comportamentos que se relacionam com a
introdução destas inovações, sob o risco de perder eficiência no alcance
de seus objetivos.
2.1.2.2-DISCUSSÃO
a) encaminhamento
Grupo 1 Com o auxílio do Instrumento no. 1 elaborar princípios de filosofia
da Orientação Educacional.
Grupo 2 Criticar as definições apresentadas no Instrumento no. 2
escolhendo a que melhor define a Orientação Educacional.
Caso sinta necessidade, o grupo poderá elaborar uma definição
própria.
Grupo 3 — Utilizando o Instrumento no. 3 definir as atribuições e com-
petências do orientador Educacional.
Grupo 4 Com o auxílio do Instrumento no. 3 item 5 e do Instrumento no. 4
definir atitudes que caracterizem o Orientador Educacional
como elemento integrado no processo educativo e agente
integrador das diversas áreas do Currículo.
Grupo 5 Utilizando os Instrumentos no. 5 e no. 6 defina formas de atuação
do Orientador Educacional que o caracterizem como agente de
mudança na escola, família e comunidade.
2.1.2.3-CONCLUSÕES
FILOSOFIA:
A filosofia da Orientação Educacional está embasada nos mesmos
princípios filosóficos da Educação. Considerando o homem um ser livre e
dinâmico, inserido em coordenadas espaço-temporais, constitui
natureza da Orientação Educacional atuar em função do educando: —
oferecendo-lhe condições para tornar-se pessoa, preparando-o para o
exercício de opções básicas, integrando os elementos que exercem
influência na sua formação, tendo em vista a sua participação na
sociedade.
CONCEITO:
A Orientação Educacional é um processo científico e contínuo,
atuando junto ao educando, em todos os graus e modalidades de ensi-
no, de forma integrada com os elementos responsáveis pela sua forma-
ção, visando a atender os objetivos da educação.
NATUREZA:
Quanto à natureza da Orientação Educacional, o grupo concluiu pela
validade das atribuições contidas nos artigos 8o. e 9o. do Dec. no.
72.846/73 com algumas ressalvas.
A REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE ORI-
ENTADOR EDUCACIONAL - Decreto no. 72.846. de 26 de setembro de
1973
Artigo 8o. — São atribuições privativas do Orientador Educacional:
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Ser
viço de Orientação Educacional em nível de:
1. Escola
2. Comunidade.
b) Planejar e coordenar a implantação e o funcionamento do Serviço
de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal,
Estadual, Municipal e Autárquico; das sociedades de Economia
Mista, Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.
c) Coordenar a Orientação Vocacional do educando, incorporan-do-o
ao processo educativo global.
d) Coordenar o processo de sondagem de interesse, aptidões e
habilidades do educando.
e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional
com vistas à orientação vocacional.
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações neces-
sárias ao conhecimento global do educando.
g) Sistematizar o processo do acompanhamento dos alunos, enca-
minhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência
especial.
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar, f) Ministrar disciplinas
de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as
exigências da legislação específica do ensino, j) Supervisionar
estágios na área da Orientação Educacional.
Artigo 9o. — Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes
atribuições:
a) Participar do processo de identificação das características
básicas da comunidade.
b) Participar no processo de caracterização da clientela
escolar,
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da
escola.
d) Participar na composição, caracterização e acompanha-
mento de turmas e grupos.
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos
alunos.
f) Participar do processo de encaminhamento e acom-
panhamento dos alunos estagiários.
g) Participar no processo de integração escola-família
comunidade.
h) Realizar estudos e pesquisas na área de Orientação Edu-
cacional.
B — As ressalvas, relativas às atribuições do Orientador Educacional, feitas
pelo I CEOE, são as seguintes:
1. No artigo 8o. itens "a" e "b", substituir o termo "funcionamento"
por implementação, de conceituação mais abrangente e eliminar o
termo "serviço" que não corresponde à natureza da Orientação
Educacional.
Os dois itens passariam a ter a seguinte redação: a. Planejar e
coordenar a implantação e implementação da Orientação Educacional
em nível de:
1. Escola;
2. Comunidade.
b Planejar e coordenar a implantação e implementação da Orientação
Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Estadual
Municipal e Autárquico; das sociedades de Economia Mista,
Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.
2. A necessidade de implantação do processo de Orientação Educa
cional, em nível Pré-Escolar, Supletivo e 3o. Grau, com as mesmas
atribuições gerais do 1o. e 2o. Graus, ressalvadas as atribuições
específicas a serem estabelecidas de acordo com as realidades no
Pré-Escolar, Supletivo e 3o. Grau.
Por ser matéria que exige maior aprofundamento, o grupo sugere que o
assunto seja tratado por futuros grupos de estudos.
A — Instrumento no. 1
DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Heloísa Lück
INTRODUÇÃO
O homem vê-se na contingência de escolher quando se lhe deparam
duas ou mais alternativas. No que se refere à sua vida profissional o ho-
mem moderno encontra-se diante de uma gama imensa de alternativas. As
profissões se multiplicam dia a dia, pois, embora muitas desapareçam
como resultado da tecnologia, esse desaparecimento se processa em
proporção bem menor à do surgimento de novas especializações. Em vista
disso, escolher o futuro trabalho) tornou-se uma tarefa difícil, dificuldade
essa que se acentua cada vez mais.
Da visão da questão profissional sob esse aspecto é que surgiu a Ori-
entação Vocacional. Esse serviço, desde o seu surgimento com Frank
Persons (1908), até recentemente (1950), foi concebido como sendo
aquele, cuja tarefa principal constítuia-se em enquadrar as aptidões indi-
viduais às profissões disponíveis, no sentido de ajudar o indivíduo a melhor
escolher seu futuro trabalho. Diga-se de passagem que o desempenho de
tal tarefa tornou-se possível graças ao surgimento e desenvolvimento da
Psicologia Diferencial que, com seus testes de medidas mentais,
possibilitou ao orientador vocacional realizar o trabalho a que se propunha,
isto é, formular um prognóstico do sucesso profissional do indivíduo, para
melhor orientá-lo na escolha profissional.
A Orientação Vocacional, assim vista, nos dá uma visão estática. Ela é
realizada tendo por fim um dado momento culminante — o da escolha do
futuro trabalho. Não prevê para o orientando a mobilidade profissional, e se
ela ocorre, interpreta-a como sendo conseqüência de um desajustamento
profissional ou falha de escolha. O acompanhamento de casos, quando
previsto, teria por fim analisar e remediar esse "desajustamento" ou
'/falha".
Na década de 1950, apareceu uma nova concepção de Orientação
Vocacional — a do desenvolvimento — influenciada e auxiliada pela
Psicologia do Desenvolvimento. Passou-se a ver a escolha profissional
(objetivo da Orientação Vocacional) não como uma decisão a ser tomada
em um dado e único momento da vida, mas como um processo dinâmico,
contínuo, que exige do indivíduo, em toda sua vida, constantes decisões,
tomadas de posição, considerações e reconsiderações, enfim, contínuas
opções que interferem em sua vida profissional.
RETROSPECTO HISTÓRICO
A Depressão Econômica de 1930, causadora de um índice alarmante de
desemprego, tendo em vista o enorme problema social que provocou,
motivou que se constituíssem várias comissões de estudo para levantes
conseqüências e medidas saneadoras da situação.
Liderada por Eli Ginzberg, foi constituída uma equipe de trabalho
composta por um economista, um psiquiatra, um sociólogo e um psicólogo,
com o fim de estudar os efeitos do desemprego sobre as pessoas.
Dada a complexidade do assunto, os pesquisadores foram se esten-
dendo e aprofundando cada vez mais em seus estudos, passando seu tra-
balho a etapas outras, incluindo o estudo da escolha profissional, que veio
a resultar numa nova teoria: a da escolha profissional como um processo
evolutivo e não um acontecimento na vida do indivíduo. Essa teoria foi
publicada em 1951 no trabalho "Occupational Choice: An Approach to a
General Theoiy"
No mesmo ano, Donald E. Super publicou um trabalho em que
apresenta a teoria nas mesmas bases, empregando a expressão "desen
volvimento profissional" O novo conceito passou a ser continua
mente estudado e pesquisado pelo autor, sendo que os resultados obti
dos apareceram em contínuas publicações.
A partir do seu surgimento a teoria ganhou corpo e vários psicólogos se
dedicam a fortalecê-la através da pesquisa, resultando dos trabalhos
diferentes proposições, porém de igual essência. Permanecem mais im-
portantes e mais estudadas até o momento, as teorias de Ginzberg e de
Super, que servem de ponto de partida para os estudos realizados.
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Por Desenvolvimento Profissional deve-se entender o progresso ou
evolução por que passa o indivíduo em relação a sua vida profissional, e
que vem a constituir-se em sua carreira. Essa evolução é caracterizada por
uma série de opções através das quais procura o indivíduo ajustar-se e
realizar-se profissionalmente. Caracterizam-se ditas opções pela elimi-
nação ou troca de determinadas soluções demonstradas ineficientes, ou
pela manutenção de outras tidas como satisfatórias.
No que se refere ao termo carreira, é necessário lembrar que Donald E.
Super, a fim de adequar a terminologia da Psicologia Vocacional à teoria
do desenvolvimento profissional, usou-o em substituição ao termo
ocupação. Segundo ele, "ocupação" definia uma "entidade estática" isto é,
grupo de trabalhos ou tarefas. Por outro lado, "carreira" viria a nomear uma
"entidade dinâmica", isto é, uma seqüência de ocu-
pações desempenhadas durante a vida de trabalho do indivíduo, e que
inclui toda e qualquer posição pré ou pós-profissional.
Adequada à teoria, a carreira deve ser concebida como sujeita a um
contínuo desenvolvimento. É um processo de formação e moldagem da
identidade profissional, que ocorre através da harmonização e diferen-
ciação da personalidade, provocadas no trato com os problemas do tra-
balho.
Assim considerada, a carreira não é sinônimo da ocupação ou profis-
são, uma vez que é sinônimo do próprio desenvolvimento profissional, pois
vê o homem desenvolvendo-se profissionalmente, enquanto que a
ocupação vê o tipo de trabalho que o homem realiza.
David Tiedman e Robert 0'Hara, em seu trabalho "Career Development:
Choice and Adjustment" consideram que nem todas as pessoas têm uma
carreira. Tal consideração é válida desde que se cogite a respeito de que
uma pessoa possa abraçar uma determinada profissão ou ocupação e
desempenhá-la exatamente da mesma maneira, sempre, sem nunca se
preocupar com novos processos ou métodos de trabalho. Portanto, sem
realizar nenhum desenvolvimento profissional.
0 desenvolvimento profissional, o inverso da estratificação no trabalho, é
o resultado dos esforços dispendidos pelo homem na sua procura de
adequar-se ao mundo do trabalho. È, portanto, um índice da liberdade do
homem e uma expectativa do mundo democrático.
Assim considerado, deve o desenvolvimento profissional ser visto como
um aspecto do desenvolvimento geral do indivíduo, uma vez, que "os
problemas de escolha e ajustamento profissional são, no fundo, problemas
de ajustamento pessoal" e uma vez que o trabalho é, nada rnais, nada
menos, que a atividade através da qual se expressa e personalidade.
Por outro lado, a identidade pessoal e a identidade profissional estão
intimamente interligadas. A auto-imagem é constituída pelo acúmulo de
informações a respeito da própria pessoa, colhidas no encontro com o
mundo. É a autovisão emergida dessa experiência que determina o que se
é, o que se pode. Ora, o que se é, e o que se pode como pessoa
determinam o que se é e o que se pode como trabalhador, e vice-versa.
Portanto, podemos dizer que carreira e auto-imagem são dois fatores da
vida humana interdependentes, uma vez que a auto-imagem determina a
carreira e esta modifica aquela, que por sua vez modifica esta,
ocasionando um processo espiralóide interminável, em que um determina
a modificação do outro num crescendo infinito.
Como o desenvolvimento profissional deve ser considerado um aspecto
do desenvolvimento geral do indivíduo, lembra, como qualquer
tipo de desenvolvimento, amadurecimento, isto é, um processo de cres-
cimento, de evolução e mudança. E assim como a maturação é um nível
que nunca chega a um grau de excelência, não tem o amadurecimento
profissional um ponto de chegada. Quando analisado, deve ser conside-
rado como um ponto dado na linha contínua do desenvolvimento pro-
fissional, e que revela a posição alcançada pelo indivíduo em relação ao
mesmo.
Podemos notar existirem na vida profissional várias dessas posições
com características marcantes. Essas são especialmente estudadas e vêm
a constituir as fases da vida profissional.
JUSTIFICATIVA DA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Sem renovação há o desmoronamento das instituições e a estagnação
individual. A mobilidade constitui-se num importante fator de manutenção
vital, tanto para as instituições como para o indivíduo. Portanto, ambos
devem manter determinado grau de flexibilidade, adaptabilidade.
No seu processo de maturação, devem ambos manter-se abertos à
renovação, aproveitando todas as oportunidades de enriquecimento e
fortalecimento.
E as mutações aí estão.
Por um lado, vemos o mundo do trabalho passando por constantes
mudanças. Sabemos, por exemplo, que os progressos da tecnologia
exigem com freqüência a modificação de determinadas operações de
trabalho, ou ocasionam a eliminação de outras e o aparecimento de novas;
provocam o desaparecimento de muitas profissões e o surgimento de
outras tantas. Todo esse quadro exige do homem um con-tínuo adaptar-se.
Por outro lado, vemos o homem, um ser em evolução, em desenvolvi-
mento. Segundo Allport, "A personalidade é menos um produto acabado
que um processo transitivo. Ainda que tenha alguns aspectos estáveis,
está ao mesmo tempo continuamente sofrendo mudanças.
Duas forças dinâmicas se encontram: homem e mundo do trabalho.
Poderíamos esperar desse encontro um produto acabado e definitivo, se a
própria natureza do trabalho exige do homem mobilidade e adaptação a
novas situações, e se o próprio homem passa por mutações?
A visão que se deve ter do homem no mundo do trabalho deve ser
dinâmica: do trabalhador em contínua maturação profissional e adaptando-
se dia a dia às mudanças que ocorrem no mundo do trabalho, bem como
provocando mudanças no mesmo. Daí porque a teoria do desenvolvimento
vocacional.
TEORIA DE GINZBERG
Eli Ginzberg fundamentou sua teoria na pressuposição de que todo
indivíduo decide a respeito de sua profissão não em um dado e único
momento, mas através de um processo continuado, constituído de várias
decisões, funcionando cumulativamente. Refutou a teoria psicanalítica, que
formula ser a escolha profissional determinada por motivações
inconscientes, bem como desaprova a teoria determinista, que defende ser
a escolha profissional determinada unicamente pelo meio.
A teoria é baseada em três proposições:
1. a escolha profissional é um processo;
2. o processo é até certo ponto irreversível;
3. cada passo da escolha envolve um ajustamento de mediação.
A escolha profissional é um processo
Segundo Ginzberg, o processo de escolha profissional tem início no
nascimento, uma vez que as atitudes dos pais em relação aos filhos
(atenção, aceitação, amor, rejeição, superproteção) funcionam como
importantes fatores determinantes dessa escolha.
O final do processo só é registrado com a morte, tendo-se em vista que
mesmo aposentado, o indivíduo pode envolver-se, eventualmente ou não,
em situações do mundo do trabalho e defrontar-se com a perspectiva de
realizar opções em relação a elas.
Ginzberg analisou o processo de escolha profissional focalizando
principalmente a faixa etária, oferecendo, assim, uma classificação
utilizável pela Orientação Vocacional realizada nas escolas de 1o. e 2o.
graus.
Dividiu o processo de escolha em três períodos: 1o.
Período da fantasia
Tem início aos 6 anos e vai até aos 11. Durante o mesmo a criança
seleciona, baseada em suas necessidades afetivas e impressões impulsi-
vas do ambiente, papéis adultos para representar no mundo do "faz de
conta" que cria. Brinca de artista, médico, bombeiro, professor, telefonista,
realizando assim, de certa forma, suas primeiras escolhas profissionais.
2o. Período da experimentação
Vai dos 11 aos 17 anos de idade. É caracterizado por uma consci-
entização por parte do adolescente da necessidade de escolher sua futura
profissão. Inicialmente, a escolha é motivada por interesses meramente
pessoais. Após essa fase, o adolescente passa a se preocupar com suas
capacidades e analisa-as, reconhecendo que diferentes tipos de trabalho
requerem diferentes habilidades. Finalmente, analisa sua escolha mediante
seus valores e objetivos de vida.
3o. Período da realidade
Abrange a época entre os 17 anos e a idade adulta. Neste período
ocorre a escolha mais importante, a que determina o tipo de trabalho a
realizar. Antes de cristalizá-la, o adolescente procura reconhecer várias
alternativas profissionais e familiarizar-se com elas, realizando a mediação
final entre seus interesses, capacidades, valores e a realidade sócio-
econômica, que determina as oportunidades ocupacionais.
O processo é até certo ponto irreversível
Em determinados estágios do desenvolvimento vocacional, não se pode
voltar atrás, sem se correr o risco de abalar a auto-imagem e fracassar.
Por exemplo, um estudante que ao término do curso de Medicina sente
que sua verdadeira vocação é a Engenharia, teria uma grande dificuldade
em decidir-se pelo abandono daquele curso e ingresso neste, dado o seu
envolvimento em relação à profissão médica.
No caso de decidir-se pela troca e reinicio dos estudos na outra área de
conhecimentos, sempre guardará a influência daqueles estudos e sofrerá
as conseqüências da troca.
A escolha busca um ajustamento de mediação
A escolha profissional reflete o enquadramento entre as aptidões,
interesses, valores e objetivos individuais, e as oportunidades e limitações
ocupacionais do ambiente.
Realiza-se um ajustamento em que ambas as partes fazem concessões,
procurando-se assegurar que esse ajustamento produza o máximo grau de
satisfação.
SUPOSIÇÕES BÁSICAS DO DESENVOLVIMENTO VOCACIONAL
1.As pessoas diferem entre si em aptidões, interesses, valores e
objetivos. Portanto, o trabalho que é desempenhado com eficiência e
satisfação por uma pessoa, pode causar desagrado a outra ou
mesmo não poder ser desempenhado pela mesma.
2. Ninguém é monovalente. Cada pessoa tem o potencial para alcançar
sucesso e satisfação em uma série de ocupações (multipo-
tencialidade individual).
3. As profissões diferem entre si por exigirem distintos padrões de
habilidades e interesses. As pessoas que têm padrões de habilidades
e interesses apropriados à profissão escolhida iniciam-se na
profissão, permanecem nela e são bem sucedidos.
4. As identificações com os pais ou outras pessoas adultas desem-
penham papel importante na formação de interesses profissionais e
de auto-imagem, fatores determinantes da escolha profissional.
5. A vida pode ser dividida em fases (crescimento, exploração, es-
tabelecimento, manutenção e declínio, segundo C. Bühler) a que se
ajustam as fases do desenvolvimento profissional.
6. 0 desenvolvimento profissional é o resultado da interação entre o
indivíduo e o seu ambiente. Dada a complexidade de situações deste,
torna-se difícil a avaliação dos seus efeitos.
7. 0 desenvolvimento profissional pode ser facilitado e orientado através
de oportunidades para o exercicio de aptidões e desenvolvimento de
interesses e traços de personalidade.
8. O processo do desenvolvimento profissional, em sua essência é o
processo do desenvolvimento do conceito de si mesmo.
BIBLIOGRAFIA
1. ALLPORT, GORDON W. "DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE". Editora Her-
der São Paulo, 1970, 3o. ed.
2. BOROW, HENRY ed. "MAN IN A WORLD AT WORK". Houghton Mifflin Company,
Boston. 1964.
3. DAVITZ, J0EL R. & BILL, SAMUEL. "PSYCHOLOGY OF THE EDUCATIONAL PRO-
CESS" McGraw-Hill Book Company, New York, 1970
4. GARDNER, JOHN W.Self Renewal - "THE INDIVIDUAL AND THE INNOVATIVE
SOCIETY". Harper & Row, Publishers, New York, 1965.
5. JERSILD, ARTHUR T. "THE PSYCHOLOGY OF ADOLESCENCE".The Macmillan Company, New
York, 1963, 2o. ed.
6. PETERS, HERMAN J. & HANSEN, JAMES C. ed. "VOCATIONAL GUINDANCE AND
CAREER DEVELOPMENT - SELECTED READINGS". The Macmillan Company, New York,
1966.
7. SUPER, DONALD E. "THE PSYCHOLOGY OF CAREERS". Harper & Row, Publishers,
New York, 1957.
8. TIEDMAN, DAVID V. &0'HARA, ROBERT P. "Career Development: Choice and Adjust-
ment". College Entrance Examination Board, Princeton New Jersey, 1963.
RESUMO
DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
1. Origem: A teoria do "desenvolvimento profissional" é relativamente
recente. Sua semente foi lançada em 1951 por Ginzberg e Super, em
trabalhos independentes.
2. Porque "desenvolvimento profissional": o desenvolvimento ou evolução
é característica da sociedade, do mundo do trabalho, do homem. O
mundo do trabalho se modifica continuamente e exige a adaptação do
homem a ele. O homem, por sua vez, se modifica e procura novas
situações no mundo do trabalho que se adaptem às suas novascondi-
ções.
3. Conceito: Desenvolvimento profissional é o processo de evolução por
que passa o indivíduo em relação à sua vida profissional.
4. O Desenvolvimento e a escolha profissional: A escolha profissional deve
ser considerada não como algo que ocorre uma vez em dado momento
na vida do indivíduo, mas como um processo contínuo de efeito
cumulativo, determinante do desenvolvimento profissional.
5. Fases do processo de escolha profissional: Eli Ginzberg dividiu o pro-
cesso de escolha profissional em três fases ou períodos:
a) da fantasia (de 6 a 11 anos de idade) em que predominam os
impulsos e as necessidades efetivas. b)da experimentação
(de 11 a 17 anos de idade) em que tem lugar
a conscientização da necessidade de se escolher uma
profissão para se tomar um lugar na sociedade.
Ocorre análise de interesses, hábilidades,valores e
objetivos, c) da realidade — (dos 17 anos ao início da
idade adulta) é a fase em
que ocorre a escolha mais significativa. Há o confron-
to entre interesses, habilidades e objetivos e as opor-
tunidades ocupacionais.
6. Implicações da teoria com relação à orientação vocacional: A teoria do
desenvolvimento profissional obriga a reformulação do tipo de
orientação vocacional que se fornece. Agora, exige-se o acompanha-
mento dos vários períodos do processo de escolha vocacional. Por
exemplo, ao se dar a informação ocupacional, deve-se levar em conta,
antes de mais nada, o grau de maturação profissional do orientado, pois
deste depende o tipo de informação a ser dada
2.1.2.2 DISCUSSÃO
Tema e questões para reflexão
Tendo como ponto de partida a idéia:
"A escolha profissional é um processo evolutivo e não um aconteci-
mento na vida do indivíduo" — analisar os fatores biológicos que fazem
parte desse processo e sua interação com os outros fatores.
2. Considerando-se carreira como "entidade dinâmica" isto é, "seqüência
de ocupações desempenhadas durante toda a vida do indivíduo" —
refletir sobre os fatores psicológicos que poderiam determinar a escolha
profissional.
3. Aceitando como válida a afirmação "os problemas de escolha e ajus-
tamento profissional, são, no fundo, problemas de ajustamento pessoal"
— levantar e analisar os fatores psico-sociais da escolha profissional.
4. Adotando a teoria de Ginzberg como ponto de referência, listar e refletir
sobre os fatores sociais que interferem na escolha profissional.
5. Aceitando como verdadeira a afirmação de que: "o processo de de-
senvolvimento profissional é o processo do desenvolvimento do
conceito de si mesmo" — refletir sobre os fatores sociais que interferem
na dinâmica do processo.
2.1.2.3- CONCLUSÕES Com base nos textos apresentados,
Conferências proferidas no
V Congresso Internacional da Associação Internacional de Orientação
Escolar e Profissional — AIOSP — e Dinâmica do Desenvolvimento
Profissional de Heloísa Lück, o grupo chegou às seguintes conclusões:
1) A escolha profissional não é algo feito num dado momento e de
forma fatal. É um processo influenciado pela interação de vários
fatores:
a. fatores biológicos —fazem parte do processo atuando como
condicionantes e não como determinantes;
b. fatores psicológicos — maturidade vocacional, nível de inteli
gência, aptidões especiais, interesses, valores, traços de persona
lidade e autoconceito;
c. fatores sociais:
ambiente familiar: a influência dos pais na escolha profissional
dos filhos tende a diminuir, à medida que aumentam as
oportunidades de freqüentar a escola e as oportunidades se
multiplicam pela diversificação das profissões;
escola: a oportunidade de ingresso no 2o. e 3o. graus tende a
adiar a escolha profissional;
sociedade: condicionamentos culturais, institucionais, econô-
micos e financeiros.
2)0 ser humano se realiza à medida que consegue satisfazer suas
necessidades básicas, detectadas pela interação dos fatores acima
mencionados.
Considerando:
que os fatores bio-psico-socias são de importância relevante na escolha da
profissão e que merecem, por isso, estudos mais aprofundados,
Propõe-se que:
o tema seja objeto de maior reflexão por grupos de estudo, tendo em vista
subsidiar decisões superiores.
2.1.3 Tema III:
Elementos integrantes ao processo de Orientação Educacional
2.1.3.1 Instrumento de apoio A — Instrumento no. 1
B — Instrumento no. 2 C
— Instrumento no. 3
2.1.3.2 Discuso
2.1.3.3 Conclusões
A- INSTRUMENTO No. 1
Grupamento A
OE — Orientação Educacional
SP — Supervisão Pedagógica OP
- Orientação Profissional
B - INSTRUMENTO No. 2
GRUPAMENTO B
C - INSTRUMENTO No. 3
GRUPAMENTO C
SA — Sondagem de Aptidões
IPInformação Profissional
OPOrientação Profissional
OVOrientação Vital
IE-F — Integração Escola—Família
IE-C — Integração Escola—Comunidade
2.1.3.2-DISCUSSÃO
1 — Conceituação dos termos contidos no tema proposto:
elementos integrantes — cada parte que completa um todo
processo — 1) "ato de proceder, de ir por diante, segmento, curso,
marcha";
2) "maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determina-
das normas, método, técnicas";
e) 3) "seqüência de estados de um sistema que se transforma: evolução"
— Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
orientação educacional — "assistência técnica proporcionada pelo
orientador ao orientando, com o objetivo de desenvolver neste
último, a habilidade de tomar e executar decisões, de forma
racional e responsável' ' —Maria Amélia Azevedo Goldberg.
2 — São elementos integrantes do processo da Orientação Educacional:
G.A — os setores envolvidos no processo educativo dinamizados pela
O.E. G.B — A
metodologia G.C - As
áreas
Os grupamentos ABC, conforme aqui se apresentam, são de autoria da
Profa. Clêlia Maduro de Abreu
3 — Questões para discussão:
Dos grupamentos apresentados como elementos integrantes do
processo da O.E;
1o. os três grupamentos são realmente considerados elementos inte-
grantes? Justifique.
2o. Há um grupamento mais importante ou essencial? Justifique.
3o. Sistematize a sua apresentação dos elementos integrantes do
processo da O.E.
2.1.3.3-CONCLUSÕES
São elementos integrantes do processo de Orientação Educacional:
Grupamento A — Quanto ao Processo Educativo:
— Educando
Equipe de Orientação Educacional
Equipe de Supervisão Pedagógica
— Direção
Pessoal Técnico e Administrativo
— Corpo Docente
— Família
— Comunidade
Grupamento B - Quanto à Metodologia:
— Pesquisa
— Planejamento
Acompanhamento, Avaliação e Controle
Grupamento C — Quanto às Áreas de Orientação Educacional:
— Orientação Vocacional
Sondagem de Aptidões
• Informação Profissional
• Orientação Profissional
— Orientação Vital
— Orientação Escolar
— Integração Escola-Família
— Integração Escola-comunidade
CONCLUSÃO:
Visando a Orientação Educacional ao desenvolvimento global e
harmonioso do educando, integrando os elementos que exercem influência
em sua formação, o grupo é de parecer que os grupamentos A, B e C,
supramencionados, formam uma seqüência cíclica e ordenada, no que
tange a esses objetivos.
2.1.4 Tema IV:
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 1o.
Grau como processo.
2.1.5 Tema V:
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 2o.
Grau como processo.
2.1.5.1 Instrumentos de trabalho
A — Instrumento no. 1
2.1.5.2 Discuso
2.1.5.3 Conclusões
A - Instrumento no. 1
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
LINHAS DE AÇÃO
(extraído do documento: Ensino de 2o. Grau-Bases de Ação - DEM/ MEC-
1973)
I - INTRODUÇÃO
No início deste estudo que pretende situar as grandes linhas de ação do
Departamento de Ensino Médio em relação à Orientação Educacional, faz-
se necessário estabelecer uma base conceitual assim como definir os
objetivos gerais do processo de Orientação Educacional.
Tal necessidade inerente a toda tarefa de explicitação de linhas de ação,
agrava-se, no caso, pelas distorções tradicionais existentes tanto na
concepção quanto na ação da Orientação Educacional. A veracidade desta
afirmação é comprovada, facilmente, através de um diagnóstico sumário da
realidade educacional brasileira. Assim, no que se refere aos Sistemas de
Educação, raramente existe uma programação na área da Orientação
Educacional. No Plano mais restrito de cada escola, a Orientação
Educacional presente desde a Lei 4.024/61, é realizada geralmente de
forma incipiente. Mais ainda, para qualquer pessoa que atua em Educação,
torna-se imediatamente óbvio o desgaste e o descrédito em que se
encontra a Orientação Educacional. Negar tal fato é, inclusive, fugir a uma
evidência. Basta estar presente a reuniões, cursos, encontros nos quais
participam diferentes tipos de especialistas para se perceber este
descrédito. 0 orientador é visto como alguém que no mundo da ciência, da
tecnologia do planejamento continua a falar uma linguagem imprecisa,
sentimental. Ao nível da maioria das escolas verifica-se a mesma
constatação: os Serviços de Orientação são desacreditados Os orientadores
são identificados como conselheiros sentimentais, advogados dos alunos,
auxiliares do serviço de disciplina, programadores das festinhas,
organizadores de cursinhos, palestras, etc.
Qual ou quais as causas desta situação? Ausência de uma conceitua-
ção precisa do que seja Orientação? Inexistência de um sistema de Ori-
entação Educacional ao nível dos Estados? Inadequação da estrutura ad-
ministrativa e pedagógica das escolas não aptas a dar à orientação o di-
mensionamento devido? Inexpressividade pessoal de muitos orientadores?
Ausência de critérios de seleção para os candidatos às HABILITAÇÕES
DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL? HABILITAÇÕES mal estruturadas
onde os estudantes absorvem uma série de conhecimentos
sem que os mesmos os instrumentalizem para a função específica de
orientação ao nível de cada um dos graus de ensino? Ausência de uma
Política do Ministério da Educação e Cultura em relação à Orientação
Educacional?
O fato é que devido a estas e outras causas, o orientador, em quase todas
as Escolas, começou a fazer o que uma interpretação sumária, superficial
da palavra "orientação" lhe sugeria. Ele começou a "orientar". Dar
conselhos. Realizar entrevistas e mais entrevistas. Conversar com os
alunos e algumas famílias. Ouvir seus problemas, etc. etc. O mais grave
neste desenrolar da orientação é o seguinte: As escolas achando que a
orientação era isto, passaram a exigir ISTO de todos os orientadores.
2 - CONCEITUAÇÃO E OBJETIVOS GERAIS DA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL.
No seu conceito amplo, a Orientação Educacional é uma ação siste-
maticamente planejada e avaliada no sentido de oportunizar situações que
exijam do aluno opções conscientes, baseadas no conhecimento racional
dos fatos e da realidade, bem como na avaliação objetiva de suas
potencialidades e limitações.
O objetivo genérico da Orientação Educacional é a maturidade pessoal
e social do aluno que é atingido através de um processo em que ele se
torna progressivamente mais consciente de si mesmo, das necessidades e
ofertas do Meio. Neste processo, a aprendizagem do eu" e da realidade
que o cerca, se efetiva através de uma sistemática de auto-avaliação,
inserção e participação social. Esta participação adquire dimensões cada
vez maiores à medida do desenvolvimento do aluno, alargando-se da
participação nas pequenas equipes de classes às instituições escolares,
atividades estágio e à vida da comunidade.
3 - PLANOS DE ATUAÇÃO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
O orientador educacional atua em dois grandes planos: o da Ação
Integrada e o da Ação Direta.
No plano da Ação Integrada a Orientação Educacional e a Orientação
Pedagógica atuam junto com a direção, os professores e demais técnicos,
planejando, executando e avaliando sistematicamente, a ação educativa.
No plano da Ação Direta, o orientador atinge o aluno, sobretudo através
do processo de trabalho em grupo.
3.1 —Ação Integrada
Na Ação Integrada a Orientação Educacional e a Orientação Peda-
gógica levantam com os demais educadores, fundamentalmente o
seguinte:
Objetivos da Educação:
Contribuição Específica de cada disciplina, área de estudo ou
atividade, na consecução desses objetivos. Explicitação dos objetivos e
conceitos básicos a serem desenvolvidos por disciplina, área de estudo
e atividade.
Objetivos Específicos enquanto formação de atitudes, a se propor com a
aplicação de cada técnica pedagógica; Características da clientela
escolar; Dinâmica das turmas e individualização dos alunos dentro das
mesmas;
Abertura vocacional de cada matéria;
Processo de observação, pelos professores, das aptidões, interesses,
características gerais de personalidade do aluno;
Tipologia das profissões, condições pessoais exigidas para o seu
exercício, atitudes desejáveis no trabalho, causas de conflitos pessoais
dos estagiários e ex-alunos na dinâmica das empresas;
Medidas psicopedagógicas a serem adotadas no acompanhamento
de casos individuais ou de grupos de alunos.
Na Ação Integrada, a Orientação Educacional discute ainda com os
professores e demais técnicos informes sobre a personalidade, condições
sócio-econômicas, familiares, ajustamento escolar, rendimento escolar,
assim como os dados coletados em levantamentos de aptidões, e
capacidades. 0 professor, por sua vez, oferece ao orientador informações
valiosas para que este trace os perfis psicológicos dos alunos e das
turmas.
3.2 — Ação Direta
Ação Direta que se efetiva sobretudo através do Trabalho em Grupo,
objetiva fundamentalmente:
Preparação do aluno para uma participação ativa na Sociedade,
refletindo e analisando padrões culturais, valores, necessidades sociais,
tipologia das profissões, exigências, ofertas do mercado, desafios
colocados pelo momento histórico atual;
"aprendizagem do eu",através da auto-avaliação, avaliação dos
companheiros, observação dos professores e orientadores;
Treino da capacidade de optar, evoluindo desde a escolha dos
companheiros de equipe, projetos, atividades,disciplinas, créditos,
opção vocacional à capacidade global de se definir, se autodeterminar
escolhendo as formas próprias de se realizar no desenvolvimento de
suas potencialidades e no exercício pleno da cidadania. 4 - CAMPOS
DE ATUAÇÃO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
4.1 Conforme foi visto, o Orientador Educacional atua integrada
mente com a Direção Orientação Pedagógica, professores e demais
técnicos que desencadeiam o processo educativo assim como atua
diretamente com os alunos.
Além desses campos de atuação, a Orientação Educacional estende
sua ação às famílias, empresas, comunidade em geral.
4.2 Objetivos básicos da ação com as famílias:
Integração da família no processo educativo;
Discussão específica do processo de Orientação Educacional e do
significado da opção vocacional;
Estudo das características das diversas fases do desenvolvimento
humano;
Coleta de informes sobre os alunos visando, em última análise, a
orientação vocacional;
Estudo das medidas e orientação mais adequadas a serem
tomadas pelos pais e escola em relação aos alunos.
4.3 Objetivos da Ação junto às empresas
Coleta de dados para informação ocupacional;
Coleta de dados para o trabalho de preparação dos alunos que
irão estagiar;
Análise do processo de adaptação HOMEM-TRABALHO-HOMEM
do aluno estagiário;
Análise dos conflitos psicológicos e estrutura de personalidade
exigida pela dinâmica das empresas;
Coleta de dados, em ação integrada com a orientação pedagógica
e professores, para a reformulação dos objetivos, conteúdos e
técnicas dos programas.
4.4 Objetivos básicos da ação com a comunidade em geral:
Caracterização da comunidade em ação conjunta com a orien-
tação pedagógica e os professores, objetivando colher subsídios para
a montagem do currículo;
Estudo dos valores, padrões e traços culturais da comunidade,
para refleti-los junto aos alunos e educadores;
Utilização dos recursos da comunidade na ação escolar;
Inserção dos alunos na mesma.
5-CONSIDERAÇÕES ESPECIFICAS A RESPEITO DA LEI
No. 5.692 E A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL AO
NIVEL DO SEGUNDO GRAU
A Lei no. 5.692 prevê aplicações diretas e integradas da Orientação
Educacional.
Indispensável, por exemplo, é a ação integrada da Orientação Educa-
cional com a Orientação Pedagógica e os demais educadores, para expli-
citação do Artigo 1o. da Lei, isto é, para a formulação de uma filosofia
básica da educação.
Igualmente necessária, a ação integrada da orientação educacional en-
tre outros nos seguintes aspectos e atividades:
Caracterização da comunidade, necessidades locais e regionais,
como base para a montagem do currículo;
Levantamento das necessidades do mercado de trabalho para uma
orientação profissional mais adequada, melhor ajustamento curricular e
manutenção de casos condizentes à realidade;
Caracterização da clientela escolar também para efeito de planeja-
mento do currículo;
Determinação dos objetivos educacionais da escola em consonância
com os objetivos gerais da educação, necessidades do meio e da
clientela escolar, em reuniões pedagógicas que congreguem profes-
sores de cultura geral, formação especial;
Explicitação dos objetivos do núcleo-comum;
Escolha das matérias diversificadas;
Definição precisa das funções, atribuições, campo de atuação dos
técnicos e auxiliares técnicos a serem formados pela Escola, permitindo
maior objetividade na formulação dos programas nas montadas
habilitações.
Definição dos objetivos específicos de cada disciplina, área de estudo e
de uma sólida formação profissional;
Estudo dos objetivos comportamentais a serem perseguidos com a
aplicação de cada técnica pedagógica;
Determinação de critérios para organização das turmas, objetivando
melhores condições para a maturação global do aluno e eficiência no
processo da aprendizagem;
Montagem de um sistema de recuperação;
Planejamento de um processo de observação dos alunos em salas
de aula, salas ambientais, oficinas, laboratórios, atividades de campo, a
ser desenvolvido por professores e orientadores;
Estudo dos perfis dos alunos e das turmas à base das observações
feitas;
Estudo dos gráficos de aproveitamento e análise das causas das
situações nas turmas;
Planejamento de novos processos de avaliação do aluno e de seu
aproveitamento escolar;
Participação do professorado nas atividades do Orientador Edu-
cacional no que se refere ao estudo das profissões e mercado de tra-
balho com os alunos;
Participação do professorado nos projetos de divulgação dos cursos
profissionalizantes na Comunidade;
Montagem de projetos de integração Escola-Empresa;
Montagem de um sistema de reestruturação dos programas à base
dos levantamentos das necessidades das Empresas e dificuldades
encontradas pelos estagiários e ex-alunos;
Montagem de uma sistemática de planejamento e avaliação global da
ação educacional desenvolvida pela Escola.
Em relação à Ação Direta poderíamos citar:
Esclarecimento de um processo de auto e hetero avaliação do aluno
a ser desencadeado nas Sessões de Orientação de Grupo e, nas di-
versas disciplinas, áreas de estudo e atividades;
Sondagem, pelo orientador, de interesses, aptidões, características
gerais dos alunos, aliando, entre outros, informes sócio-econômicos,
familiares, médicos, psicológicos, psicométricos, escolares;
Definição do perfil das turmas nas diversas categorias de comporta-
mento;
Estudo da tipologia das profissões e mercado de trabalho;
Montagem, com os alunos, de um mecanismo de informação ocu-
pacional na Escola;
Orientação aos alunos nas opções quanto às habilitações, disciplinas,
créditos;
Avaliação com os alunos, dos critérios de verificação do aprovei-
tamento escolar;
Montagem de um sistema de autocontrole da aprendizagem, pelos
alunos;
Discussão, nas turmas, dos gráficos de aproveitamento, localizando
as causas do baixo rendimento;
Formação de equipes de recuperação;
Montagem e desenvolvimento de projetos de divulgação do técnico e
do auxiliar técnico de nível médio, na comunidade;
Entrosamento do aluno com entidades técnicas, científicas e em-
presariais, à base de equipes organizadas, visando a sua inserção no
mercado do trabalho;
Desenvolvimento de Projetos de preparação e acompanhamento
do Estágio, em ação integrada com SIE-E e Professores;
Acompanhamento pós-escolar tendo em vista avaliar a adequação da
educação desenvolvida na escola às exigências da vida em geral e da
vida profissional especificamente;
Programação de encontros entre estagiários, ex-alunos em exercício
profissional, professores e alunos a fim de tirar elementos para a
reestruturação da programação educacional.
6 - PAPEL DO DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
NA REDEFINIÇÃO E/OU IMPLANTAÇÃO DA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL A NIVEL DE
SEGUNDO GRAU
A Orientação Educacional diante da Lei no. 5.692/71 tem, comovi-mos
uma ampla tarefa a realizar neste processo de formação de um homem
que responda às necessidades brasileiras. Por sua vez, o Plano Setorial de
Educação e Cultura 72/74 afirma dever a educação cuidar para que cada
um encontre e siga a própria vocação, e que "o ideal será que cada um
chegue ao grau mais elevado compatível com as suas aptidões",
valorizando "cada novo homem como indivíduo e como ser social,
desenvolvendo ao máximo seus talentos e habilidades, aprimorando-lhes
os atributos morais, orientando-lhe a conduta em benefício de cada um e
do grupo social" (o grifo é nosso) (p. 17 e 14).
Ora, em todas estas recomendações óbvia é a função da Orientação
Educacional, aspectos do processo educacional que objetiva oportunizar
situações que levem o jovem ao amadurecimento da capacidade de optar,
assumir responsabilidades à base de um conhecimento e exploração do
próprio potencial, possibilidades e necessidades do meio.
Diante disto, resulta para o Departamento de Ensino Médio a respon-
sabilidade básica de explicitar uma Política Nacional de Orientação
Educacional a Nível de 2o. Grau, que norteie a ação a desencadear nas
Unidades da Federação, ação sistemática e planejada, objetivando
fornecer subsídios para a reformulação da Orientação Educacional a nível
de 2o. grau. Esta Política estenderá sua ação aos Centros de Formação de
Profissionais de Orientação Educacional, ou seja, às Faculdades de
Educação, com suas habilitações, estimulando, inclusive a criação de
Habilitações em Orientação Educacional
7 -JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS DA
AÇÃO A REALIZAR:
7.1 É sabido que nada se faz eficiente sem a definição apriori, de uma
política que identifique claramente os objetivos e a estratégia da ação. Isto
é mais válido ainda quando se trata de uma ação a ser desenvolvida em
termos nacionais.
Faz-se necessário, portanto, conforme já foi dito, que o Departamento
de Ensino Médio, através da Coordenação de Assuntos Pedagógicos
desenvolva, com profundidade, um trabalho que objetiva, em primeiro
lugar, a definição de uma Política Nacional de Orientação Educacional a
Nível de 2o. Grau.
Esta Política deve pretender, em seus diversos níveis de deta-
lhamento, o seguinte:
uma definição da Orientação Educacional em relação à pro-
blemática de uma reforma educacional a nível de 2o. grau, que
responda às exigências nacionais de Desenvolvimento;
uma estratégia onde se delineiam os instrumentos de ação,
critérios, etapas e áreas de implantação progressiva da política
Nacional, a nível de 2o. grau;
Os mecanismos de operação em que se definam as respon-
sabilidades do Departamento de Ensino Médio, das Secretarias
e Divisões de Educação na implantação dessa Politica, os
órgãos envolvidos, os recursos e as atividades previstas para a
consecução dos objetivos.
7.1.2 Pontos Básicos a serem explicitados na Política do Departamento
de Ensino Médio em relação à Orientação Educacional.
7.1.2.1 Conceito de Orientação Educacional;
7.1.2.2 Objetivos da Orientação Educacional face às exigências da
nova Escola de 2o. Grau;
7.1.2.3 Diretrizes básicas;
7.1.2.4 Formas de atuação;
7.1.2.5 Atividades prioritárias;
7.1.2.6 Atribuições da Orientação Educacional dentro dos Sistemas de
Educação e nos Estabelecimentos de Ensino;
7.1.2.7 Etapas e áreas de implantação:
7.1.2.8 Formas de acompanhamento do avanço relativo e dos problemas
peculiares à implantação da Orientação Educacional:
7.1.2.9 Recursos Humanos, Materiais e Financeiros;
7.2 Divulgação de subsídios para a implantação desta Política.
7.2.1 Elaboração de estudos básicos sobre Orientação Educacional a
serem publicados pelo Departamento de Ensino Médio;
7.2.2 Publicação e divulgação de experiências em Orientação
Educacional desenvolvidas nas Unidades da Federação
8 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
8.1 Formas de Consecução.
8.1.1 Coordenação:
8.1.1.1 Em Plano Nacional: Departamento de Ensino Médio;
8.1.1.2 Em Plano das Unidades Federadas: Secretarias de Educação e
Cultura ou Divisões de Educação (territórios)
8.2 Estabelecimentos de Etapas de Implantação da Política Nacio
nal de Orientação Educacional a Nível de 2o. Grau.
8.2.1 Definição dos critérios;
8.2.2 Seleção de áreas;
8.2.3 Elaboração de cronogramas;
8.3 A Importância e Papel da Secretaria e Divisão de Educação das
Unidades Federadas.
8.3.1 Definição da Secretaria ou Divisão de Educação como organismos
de coordenação e irradiação da Política de Orientação Educacional
nas Unidades da Federação;
8.3.2 Necessidade de selecionar e estruturar uma Equipe Técnica
Central de Coordenação e Supervisão da Orientação Educacional.
8.4 Atividades, Tarefas Principais ao Nível das Unidades Federadas
8.4.1 Estudo, junto às Secretarias e Divisões de Educação da Política do
Departamento de Ensino Médio em relação à Orientação
Educacional;
8.4.2 Estudo das formas básicas de aplicação desta Política naquela
Unidade da Federação;
8.4.3 Estudo com as Escolas Técnicas Federais, SENAI, SENAC (onde
exista possibilidade de implantação ou estão implantados Serviços
de Orientação), das formas de integração dos mesmos nesta
Política;
8.4.4 Definição da prioridade ou não, assim como da viabilidade e
formas de integração de ou das Escolas Particulares nesta Política;
8.4.5 Entrosamento com os dirigentes de locais mais significativos para
estudo de um sistema de integração Escola-Empresa, situando a
ação da Orientação Educacional nesta área;
8.4.6 Capacitação dos Orientadores que desenvolverão o trabalho;
8.4.7 Estruturação de uma equipe técnica central de coordenação da
Orientação Educacional no Sistema Educacional;
8.4.8 Entrosamento com as Faculdades de Educação para estudo do
tipo de oprofissional de Orientação Educacional necessário ao 2o.
grau de ensino, objetivando a oferta de subsídios para a
reestruturação das Habilitações de Orientação Educacional;
8.4.9 Seminário nas Unidades da Federação, com os Professores das
Habilitações de Orientação Educacional, buscando definir o papel
de cada disciplina na formação do Orientador Educacional,
estabelecendo uma sistemática da planejamento e avaliação da
Habilitação, por todos os professores, coordenados pelos
responsáveis pelas disciplinas "Orientação Educacional" e
"Orientação Vocacional";
8.4.10 Encontros regionais, ou inter-regionais com os coordenadores das
Habilitações de Orientação Educacional;
8.4.11 Incentivo e subsídios à implantação de Hzbilitações em Orientação
Educacional, nas Unidades da Federação onde as Secretarias ou
Divisões de Educação tenham condições para dar à Orientação
Educacional o dimensionamento devido.
8.5 Definição dos Recursos Necessários:
8.5.1 Recursos Humanos
8.5.2 Recursos Materiais Ao nível do DEM e dos Estados.
8.5.3 Recursos Financeiros
9 ROTEIRO DA AÇÃO DO DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
Em busca da definição e implantação de uma Política Nacional de
Orientação Educacional a Nível de 2o. Grau, o Departamento de Ensino
Médio desenvolverá os seguintes passos:
Contato de assessoria da COPED com as assessorias técnicas dos
Departamentos do Ministério da Educação e Cultura para verificação
das posições, realizações e perspectivas em relação à Orientação Edu-
cacional;
Contato com orientadores e instituições significativas para a Orientação
Educacional;
Diagnóstico da Orientação Educacional nas Unidades da Federação;
Definição de objetivos, diretrizes, prioridades, formas de atuação, etapas
de implantação, atividades básicas;
Preparação e realização de um encontro em Brasília, congregando
especialistas em Orientação Educacional, objetivando analisar as pro-
posições básicas do Departamento de Ensino Médio em relação à
Política Nacional de Orientação a Nível de 2o. grau; Assessoramento às
Secretarias de Educação, em todas as fases de implantação desta
Política.
10 PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES INICIAIS
10.1 Contato do COPED/DEM com as seguintes instituições:
10.1.1 CENAFOR -SP;
10.1.2 SENAI -SP;
10.1.3 CIE-E-SP;
10.1.4 SEC — Equipe de Supervisão à Orientação Educacional — SP;
10.1.5 Escola Técnica Lauro Gomes — Serviço de Orientação Educa-
cional — São Bernardo do Campo — SP;
10.1.6 UTRAMIG-Belo Horizonte-MG;
10.1.7 Fundação Getúlio Vargas — CETRHU — Centro de Estudos e
Treinamento em Recursos Humanos — Rio de Janeiro — GB;
10.1.8 Instituto de Seleção e Orientação Profissional — Rio de Janeiro;
10.1.9 Serviço de Orientação Educacional do Instituto de Educação Rio de
Janeiro — GB;
10.1.10 SENAC — Serviço de Orientação Educacional e Profissional —
Rio de Janeiro — GB;
10.1.11 CEPA - Centro de Estudos e Psicologia Aplicada - Rio de
Janeiro — GB;
10.1.12 INEP — Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - Rio de
Janeiro — GB;
10.1.13 PREMEN - Rio de Janeiro- GB;
10.1.14 Escolas Técnicas Federais e Colégio Comercial Professor
Clóvis Salgado — Rio de Janeiro — GB; •
10.1.15 Ministério do Planejamento (Assessoria de Recursos Humanos)
— Rio de Janeiro — GB — Brasília — DF.
10.2 Aquisição de uma bibliografia básica;
10.3 Levantamento da situação, necessidades das Unidades da Federa-
ção, na área de Orientação Educacional, à base dos respectivos
Planos Operacionais;
10.4 Formulação da Política do Departamento de Ensino Médio em relação
à Orientação Educacional. Responsabilidade — COPED
10.5 Realização pelo Departamento de Ensino Médio, de um Encontro em
Brasília, com a duração de uma semana, congregando especialistas
em Orientação Educacional, para análise em crítica das proposições
básicas em relação à Orientação Educacional, formuladas
anteriormente pela COPED.
2.1.5.2 DISCUSSÃO
a) Enfoque do assunto para discussão
1973
Reestruturação do DEM
Criação da COPED
— Polos: Currículo
Orientação Educacional
Orientação Pedagógica
Didática e Metodologia
1o. Documento de Reflexão: Ensino de 2o. grau - Bases cie
Ação anexo 1o. — Orientação Educacional — Linhas de Ação
• Conceituação
• Objetivos gerais
Planos de atuação
• Considerações específicas...
Papel do DEM
- Projeto ASTECA
• Objetivo geral
• Objetivos específicos
1975
- Plano Setorial de Educação e Cultura 1975/1979
- Projetos Prioritários:
Desenvolvimento de Novas Metodologias Aplicáveis ao
processo ensino-aprendizagem para o ensino de 2o.
grau.
Reformulação de Currículos para o ensino de 2o. grau
• Integração Escola-Empresa-Governo
Capacitação de Recursos Humanos
— Planos Operativos
1976
- Cursos do CENAFOR
SP x OE
- IV REDITEC
SP e OE — fatores para a melhoria da qualidade do
ensino de 2o. grau.
I Círculo de Estudos de Orientação Educacional.
B - ORIENTAÇÃO PARA O TRABALHO DO GRUPO
DOCUMENTO: DO ENSINO DE 2o. GRAU - BASES DE AÇÃO
I - INTRODUÇÃO-Pág. 59
Aí estão levantadas algumas questões como possíveis causas que
concorrem para a inexpressividade da O.E.
1) inexistência de um sistema de O.E. em nível de Secretaria de
Educação?
2) inadequação de estrutura administrativa e pedagógica das escolas
não aptas a dar à O.E. o dimensionamento devido?
3) inexpressividade pessoal de muitos orientadores?
4) ausência de critérios de seleção para os candidatos à habilitação em
O.E.?
5) currículos mal estruturados para a habilitação em OE, onde os es-
tudantes absorvem uma série de conhecimentos, sem que os mes-
mos instrumentalizem para a função específica da O.E.?
Cada grupo deverá explorar a questão correspondente ao seu nú-
mero:
o concordando o discordando
o apresentando sugestões.
Ainda na pág. 59 — 60 do citado documento, há outras 2 questões
não elencadas acima.
O grupo poderá escolher uma delas e explorá-la.
2.1.5.3 CONCLUSÕES
Fundamentando-se no documento "Ensino de 2o. Grau, Bases de
Ação" o grupo concluiu que:
a) A orientação Educacional a nível de 2o. Grau caracteriza-se
como ação integrada entre os diversos elementos componentes
do processo educativo e se constitui em uma das etapas de um
processo contínuo que envolve família, comunidade e escola
nos seus diversos graus e modalidades.
b) Existe uma inexpressividade da Orientação Educacional a nível
de 2o. Grau ocasionada por situações tais como:
sistema de Orientação Educacional ineficiente a nível de
Secretárias de Educação;
carência de uma participação ativa da Orientação Educa-
cional na estrutura administrativa e pedagógica da Escola;
currículo insuficiente e mal estruturado para a formação do
Orientador Educacional;
formação profissional não adequada às necessidades da
Orientação Educacional;
— ausência de uma política do MEC em relação à Orientação
Educacional.
SUGESTÕES:
a) Dar prioridade ao cumprimento do Artigo 10o. da Lei 5.692/71, por parte
dos órgãos e instituições compontes;
b) definir a atuação da Orientação Educacional a nível| de Escola.
c) estabelecer critérios para o ingresso os cursos de formação de Orien-
tadores Educacionais;
d) dar prioridade para a formação de Alentador Educacional;
e) reestruturar os currículos do curso de formação do Orientador
Educacional;
f) criar o Conselho Federal e Conselho Estaduais de Orientação Educa-
cional,
2.1.6 TEMA VI
A situação da orientação educacional no Ensino de 3o. Grau
como processo
2.1.6.1 Instrumentos de Apoio
A — Instrumento . 1
i
2.1.6.2 Discussão
2.1.6.3 Conclusões I
A-INSTRUMENTO No. 1
SEMINÁRIO SOBRE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NAS
INSTITUIÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR
Com a presença de 101 participante, que representavam 39 universi
dades brasileiras e mais o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, a Secre
taria de Educação do Estado da Guanibara, o Instituto Nacional de Es
tudos e Pesquisas Educacionais — INEP, a Universidade de Columbia, a
Faculdade de Filosofia de Bauru e a Associação de Ensino de Ribeirão
Preto, foi instalado, na manhã de 29 de outubro último, o Seminário
sobre Orientação Educacional nas Instituições de Nível superior — pro
movido pelo Conselho de Reitores — que se encerrou em 31 do mesmo
mês.
Os Professores Lais Esteves Loffredi (PUCRJ) e Jefferson Plácido da
Silveira (PUCRJ) incumbiram-se do tema 1, "Tarefas do Corpo Docente no
Aconselhamento", as Professoras Maria Aparecida Mamede Neves
(PUCRJ) e Maria Lúcia de Freitas Kohn (UGF) expuseram o segundo tema,
"Preparação dos Professores para o Aconselhamento"; o último tema,
"Função do Setor Especializado em Orientação Psicopedagógica
no Sistema de Aconselhamento" ficou a cargo dos Professores Yone Moniz
Reis (UFG) e Benjamin Mattiazzi (UFG). 0 Professor Donald Super —
Diretor da Divisão de Psicologia e Educação da Universidade de Columbia
e que veio especialmente dos Estados Unidos para dar sua contribuição ao
Seminário — focalizou vários aspectos da matéria, através das palestras
que pronunciou.
Em forma de comunicações, foram transmitidas ao plenário algumas
experiências de Orientação Educacional em estabelecimentos de ensino
superior. 0 Reitor Luiz Castanheiras (ITA), os Professores Cleber Bone-
cker (UFPb), Helena Venzel Mosca de Carvalho (UFPr) e Maria Barbi-ero
Venite (UFSM) deram a conhecer o trabalho que suas instituições vêm
realizando na área.
0 resultado das atividades dos cinco grupos de trabalho consubstan-
ciaram-se num documento final, redigido pelas Professoras Lais Esteves
Loffredi (PUCRJ) e Heloísa Lück (UCPr), que foi lido na última sessão
plenária.
Produzido pelos Professores Lais Esteves Loffredi (PUCRJ) e Jefferson
Plácido da Silveira (FUCHJ), o trabalho "Tarefas do Corpo Docente no
Aconselhamento" — tema do Seminário sobre Orientação Educacional nas
Instituições de Nível Superior — pode ser assim resumido:
INTRODUÇÃO — A adoção do regime de créditos no sistema univer-
sitário brasileiro tornou urgente a solução de um problema que já vinha
sendo apontado: a necessidade de acompanhar o aluno na sua vida es-
colar. Os bons professores e os bons alunos informalmente, sempre
encontraram meios para estabelecer um relacionamento onde, a par das
aulas, o aluno encontrava apoio no professor para a orientação de seus
estudos e até de suas dificuldades pessoais. No entanto, o processo de
aceleramento, impondo à Universidade uma grande diversificação de
cursos e flexibilidade de currículos, exige um processo de atendimento ao
aluno, estruturalmente organizado, como uma das atribuições específicas
do professor. É o que se pode chamar de tutoria.
CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE TUTORIA
Conceito - A tutoria é um processo que envolve determinado professor
com determinados alunos numa relação profissional aceita
por ambos, com sentido integralizador.
Objetivos — Oferecer, através de uma relação interpessoal, oportuni-
dades valiosas de reflexão para desenvolver no aluno a capacidade de
compreender-se, de compreender a atividade que desenvolve na Uni-
versidade e de formar-se como pessoa e como profissional.
TUTORIA COMO PROCESSO
Fundamentação Teórica — O sistema da tutoria baseia-se na relação
professor-aluno. Essa relação pretende mais que os objetivos imediatos de
escolha de matérias para organização de currículos, compatibilidade de
horários e dificuldades de ordem material. O objetivo fundamental é
favorecer o processo de amadurecimento, através de uma série de
aprendizagens que levam o indivíduo de uma etapa a outra de seu de-
senvolvimento.
A ação do professor na tutoria pretende, por intermédio de uma relação
de ajuda, estimular o desenvolvimento de relações facilitadoras do
processo de amadurecimento. Pode ser realizada em duas dimensões: em
área profissional, onde os especialistas, com preparo acadêmico, utilizam
métodos e técnicas específicas; em área não profissional, onde a relação
se desenvolve graças a determinadas características que em maior ou
menor grau fazem parte da personalidade.
Quem oferece ajuda, torna-se responsável pelo desenvolvimento da
relação facilitadora e isso vai depender de suas características pessoais e
de sua experiência,
É O conhecimento de seus próprios motivos,
necessidades e conflitos, que vai transformar a sua experiência em algo
significativo ou deteriorante.
Áreas de Atuação — Os comportamentos não existem de forma isolada.
São parte da personalidade que os expressa e como tal devem ser
abordados. Assim, o sistema de tutoria implica em oferecer ajuda ao
estudante na sua problemática global, desde que esta não ultrapasse os
limites em que uma relação de ajuda não especializada possa ser útil.
Neste caso, deverá o professor contar com um Serviço especializado a que
possa recorrer para encaminhamento.
A divisão em área é uma forma didática para analisar o atendimento
oferecido na tutoria, que se caracteriza não por um limite de extensão, mas
de profundidade. São as seguintes as áreas de atendimento: orientação na
área de estudos; orientação na área vocacional; orientação na área
relacional.
Orientação na Área de Estudos — Segundo o Professor Jefferson Plá-
cido Silveira, a orientação de estudos é uma "forma de assistência, pela
qual o aluno é orientado na organização e execução de seus estudos,
dentro do regime e das normas em vigor". E far-se-á de duas maneiras:
com relação à matrícula; com relação ao estudo e rendimento escolar.
Orientação na Área Vocacional — A escolha vocacional não é um
acontecimento, mas um processo: abrange uma série de aprendizagens
que irão se ampliando, à medida que se vão sucedendo as etapas de
maturação. A ajuda oferecida ao estudante será no sentido de que possa
assumir, de forma cada vez mais realística, seus processos de decisão.
Para tanto, o clima educativo facilitador será aquele onde as relações
interpessoais favoreçam a auto-avaliação e o autoconhecimento, indis-
pensáveis às escolhas conscientes.
Orientação na Área Relacional — 0 processo de maturidade envolve
não só a compreensão mas também a resolução, dentro das limitações
pessoais e ambientais, das discrepâncias entre o eu-ideal e o eu-real; en-
tre o "insight" e a ação; entre a ilusão e a realidade. Esse nível de inte-
gração é obtido através de confronto consigo mesmo e do confronto com o
outro.
Algumas relações favorecem esse confronto,outras dificultam. E a so-
ciedade não oferece e nem deve selecionar essas relações. Elas ocorrem
ao acaso, a não ser em casos especiais, como na terapia, por exemplo:
Assim, é o próprio indivíduo que deverá aprender a confrontar-se, na busca
do que Rogers chama de "congruência", ou seja, a coincidên-cida e a
comunicação.
O professor encarregado da tutoria poderá ajudar o aluno nesse pro-
cesso.
CONCLUSÕES
O sistema de tutoria é:
uma necessidade decorrente da adoção do regime de créditos. O que
a escolha de disciplinas deve levar o aluno à organização de um
currículo coerente;
uma forma de humanização da Universidade, no sentido de que cada
aluno encontrará apoio para sua individualidade, facilitando sua
integração social;
uma possibilidade para o professor assumir a dimensão de educador.
0 sistema de tutoria pretende assistir o aluno no seu processo de ma-
turidade, oferecendo-lhe apoio nas áreas de orientação de estudos, vo-
cacional e relacional. Terá alcançado seu objetivo quando o aluno assumir
a responsabilidade de suas opções, aprendendo a decidir-se não só na
área acadêmica, mas na pessoal. O professor que lhe dá apoio será visto
como alguém que poderá "ajudá-lo a ajudar-se", num processo
cooperativo, em busca de melhor integração intra e interpessoal.
No sistema de tutoria, a relação que é oferecida ao estudante será
terapêutica, na medida que "uma boa comunicação, uma comunicação
livre, dentre ou entre as pessoas é sempre terapêutica". O que não
significa dizer que o professor deverá ultrapassar os limites de uma relação
de ajuda não especializada. Terá como dever ético recorrer aos Serviços
da Universidade, ou fora dela, sempre que julgar necessária a assistência
de um especialista.
PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES PARA O ACONSELHAMENTO
As Professoras Maria Aparecida Mamede Neves (PUCRJ) e Maria Lúcia
de Freitas Kohn (UGF) foram as autoras do trabalho "Preparação dos
Professores para o Aconselhamento", um dos temas do Seminário sobre
Orientação Educacional nas instituições de Nível Superior, que
sintetizamos a seguir.
JUSTIFICATIVA
O homem é uma expressão de capacidade de fazer e de realizar. Mas o
fazer e o realizar têm implicações com o seu mundo exterior, face ao qual,
muitas vezes, o "homem é o animal menos dotado para adaptar-se
naturalmente a seu meio físico. Antes de lançar-se sozinho à vida, deve
adquirir hábitos, desenvolver capacidades e aprender acerca dos fatos".
Esta afirmativa pressupõe, assim, a necessidade de ajuda de um homem
ao outro homem, numa relação da qual a escola não pode mais se
esquivar.
A educação seria, pois a ação conjunta de homens que facilitaria a
adaptação de outros homens, imersos todos num processo global de
desenvolvimento, que se caracterizaria pelo crescimento da segurança do
homem frente a seus problemas e que seria explicitada pelo seu fazer e
realizar, cada vez mais pleno e autônomo.
O processo de autonomia e realização humanas tem também implica-
ções com o mundo interior — o eu desse mesmo homem. Fará parte de
seu desenvolvimento o conhecer-se, auto-explorar-se e adaptar-se a seus
próprios limites e a sua realidade interior. Isso representa a integralidade
do homem, que se expressa por um comportamento global, a partir do qual
se pode pensar numa relação de ajuda.
A PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA
Considerando que uma relação de ajuda visa levar uma pessoa a cres-
cer em sua independência, conduzindo-a a uma razoável harmonia com
I
seu ambiente externo, entendemos que todos os professores se obrigam a
uma participação nessa relação, independente de sua especialidade
acadêmica, tanto no plano de estudos, quanto no vocacional e relacional.
Há uma expectativa cada vez maior no que tange à atuação do professor,
não mais um informador, mas um participante no processo total do
desenvolvimento do estudante Tal participação, porém, exige uma
preparação.
A PREPARAÇÃO DO PROFESSOR ACONSELHADOR
INTRODUÇÃO - Com a adoção do sistema de créditos, cabe aos
alunos grande responsabilidade na composição de seu próprio currículo.
Urge que a Universidade lhes ofereça a disponibilidade de um grupo de
professores, aptos a proporcionar orientação acadêmica:
Quem é o Professor de Orientação na Área Acadêmica? — Todo e
qualquer professor que se ocupa da integração dos alunos, no que se
refere à sua escolaridade, pode dar orientação neste sentido. Terão, po-
rém, maior êxito aqueles que apresentarem melhores condições como
pessoa, ou pelos valores humanos que tiverem ou por mostrarem pers-
pectivas de desenvolvê-los.
Preparo Técnico para Área de Estudos — Há necessidade de um pre-
paro técnico, mínimo que seja, para o desempenho desta tarefa. A Uni-
versidade deve não só propiciar este treinamento, bem como considerar a
orientação de estudos, complemento da tarefa docente, tendo
remuneração implícita para tal. Deste modo, os professores contarão suas
horas de trabalho desenvolvidas em classes ou em atendimento.
Os alunos chegarão até eles, ou por indicação ou porque espontanea-
mente os escolheram. Nos primeiros períodos acadêmicos, quando os
estudantes ainda não conhecem bem o corpo docente, será preferível a
indicação feita pelo Centro que integre esta atividade.
Preparo para a Área Vocacional — Como o professor não é um espe-
cialista, sua ajuda na área vocacional será um acompanhamento do
crescimento do aluno como estudante, uma observação constante das
experiências e aprendizagens que forem mais significativas para ele, uma
avaliação permanente de suas atitudes frente aos problemas que lhe são
propostos na vida universitária e uma hierarquização dos valores num
plano de realidade do aluno. Para ser um facilitador, é preciso que o
professor também conheça sua realidade interior e apresente algumas
qualidades pessoais: compreensão, facilidade de relacionamento, empatia;
rapidez de raciocínio e que acredite no tipo de tarefa a que se propõe.
Preparo para a Área Relacional — No desenvolvimento do programa de
orientação e ajuda acadêmcia, verifica-se muitas vezes que problemas
pessoais interferem no processo de aprendizagem intelectual.
Na área acadêmica, verifica-se um clima de desconfiança do estudante.
0 professor assume a responsabilidade pela aprendizagem do aluno, que
avalia através de provas e exames. 0 clima de tensão que daí advém,
somado a toda problemática vital do estudante, sobe a níveis imprevisíveis
e até insuportáveis. Como a pessoa é um todo global e indissolúvel, a área
relacional precisa ser colocada no plano de ação pedagógica como básica
para uma verdadeira e significativa aprendizagem intelectual.
Formas de Preparação do Professor-Aconselhador — Tendo em vista
que a tutoria é atendimento especial para casos singulares e que cabe ao
tutor ocupar-se da integração dos alunos no que se refere à sua
escolaridade, vocação e personalidade, precisa a Universidade incluir no
seu planejamento o momento e a forma pela qual fará a preparação de seu
corpo docente para tal tarefa. Isto pode ser feito de dois modos:
treinamento intensivo e treinamento em serviço, ambos realizados pelo
Centro que integra e coordena esse trabalho na Universidade.
O treinamento intensivo talvez possa ser desenvolvido 15 a 30 dias
antes do início das atividades escolares do ano. Visa a um mínimo básico
do conhecimentos relativos à Psicologia da Aprendizagem, Relações
Humanas, Técnicas de Entrevista, bem como informações administrativas
sobre a estrutura da Universidade. O treinamento em serviço se faz por
todo o ano e visa à constante reciclagem dos professores.
CONCLUSÃO
As idéias aqui propostas são apenas subsídios iniciais para uma futura
implantação em nossa Universidade de um serviço que atenda e
acompanhe os alunos.
FUNÇÃO DO SETOR ESPECIALIZADO EM
ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Os Professores Yonne Moniz Reis (UGF) e Benjamin Mattiazzi (UFG)
foram os autores do trabalho "Função do Setor Especializado em
Orientação Psicopedagógica no Sistema de Aconselhamento", apresen-
tado no Seminário sobre Orientação Educacional nas Instituições de Nível
Superior, que abaixo condensamos.
ASPECTOS TÉORICOS DA
ORIENTAÇÃO EM NIVEL SUPERIOR
Fundamentação Teórica — Toda a ação educativa baseia-se num con-
ceito de homem. Como o Centro de Orientação Psicopedagógica e de
Aconselhamento pretende oferecer ajuda aos indivíduos, terá que se
propor uma filosofia própria, emergente da reflexão, do estudo e da
pesquisa.
Na corrente filosófico-educacional antiga, a educação era centralizada
na pessoa do professor. A partir de Rousseau, a educação toma novos
rumos, colocando-se o indivíduo no centro do processo educativo Como
Dewey, reforça-se este conceito: "a escola é processo de vida e não
preparação para ela".
A pessoa é ato global e sua compreensão não pode advir, para o ob-
servador, senão de um ato global de mesmo nível. A pessoa é também um
ato orientado, É preciso compreendê-la em sua duração: a) ela é um
passado: não se pode compreendê-la senão através de sua história; b) ela
é um presente: sua iniciativa, sua afirmação, seu engajamento, estão
presos a uma opção de momento; c) ela é um futuro: é preciso
compreender, em sua perspectiva, os valores que ela aceita.
Como o Centro propõe-se ajudar o estudante universitário, faz-se
necessário refletir no seu passado. Recém-egresso do ensino de 2o. grau
— e aqui se pensa especialmente nos estudantes dos ciclos básicos — o
estudante passou por um processo de orientação educacional e vocacio-
nal, conforme exigência da nova Lei de Ensino, no artigo 10o.
Levando-se em conta o tempo presente do indivíduo, o estudante
universitário não eliminou todos os problemas da adolescência pelo fato de
ingressar na universidade. Ele é um indivíduo em processo de maturação,
sob vários aspectos.
Assistir o estudante nos seus problemas educacionais e vocacionais
constitui responsabilidade do Centro. As universidades brasileiras de-
senvolvem-se e, de ano para ano, ampliam as ofertas de vagas admitindo
novos estudantes, bem como criam novas chances de estudo através dos
cursos de pós-graduação. A população universitária tende a crescer e,
naturalmente, este crescimento trará, além dos problemas pedagógicos e
administrativos, o perigo da massificação dos estudantes ou outro, mais
grave, o da despersonalização. Convém ter presente que todos são indi-
víduos a caminho da maturidade e, como tal, têm problemas caracteris-
ticamente pessoais. Oferecer um serviço de ajuda torna-se condição para o
bem funcionamento das atividades acadêmicas.
EXPERIÊNCIAS NO CAMPO
A implantação dos Centros de Aconselhamento nas Universidades
Norte-Americanas data de 1939. Foulds e Guinan, citando vários estudos
críticos sobre Centros de Aconselhamento nas Universidades, propõem um
novo modelo, um "Centro de Desenvolvimento e Cres-
cimento Humano", que ofereceria uma variedade de serviços de acon-
selhamento destinados a assistir os estudantes para mobilizar suas ener-
gias criativas e obter um desenvolvimento pessoal, social, educacional e
vocacional mais efetivo. Kirk, em seu estudo sobre Centros de 36 das
principais universidades americanas, conclui que o Centro deve integrar
todos os serviços de atendimento aos estudantes e estendê-los a toda
Universidade.
Nota-se nestes estudos uma tendência comum: os Centros devem ca-
racterizar-se como Centros de desenvolvimento e crescimento do indi-
víduo.
A experiência brasileira é inexpressiva. A mais significativa é a que
Saldanha fez no Departamento de Psicologia Clínica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Segundo o professor, anualmente uma
centena de estudantes procuram a clínica com os objetivos de: a) obter
orientação que lhes permita escolher cientificamente sua profissão; b)
escolher um campo de especialização no ciclo profissional do curso
acadêmico ou um campo de trabalho na profissão já escolhida.
0 tipo de atendimento descrito pelo autor é muito limitado e não atende
às necessidades dos universitários. Como experiência, não há dúvida, é
válida. Certamente os Centros deverão iniciar um modesto serviço, porém
firmado em bases científicas e rigorosamente controladas, como condição
de crescimento e expansão dos serviços a toda população universitária.
OBJETIVOS DO CENTRO
..
Ao se iniciar um Centro de Orientação Psicopedagógica e de Acon-
selhamento, é necessário que se fixem os objetivos gerais de atuação.
Young propõe os seguintes: a) ajudar o estudante a tomar decisões sobre
opções de carreira e opções de programas educacionais e também sobre
outros assuntos importantes; b) habilitar o estudante a ser mais eficiente
em suas relações com outras pessoas; auxiliá-lo a adquirir
autocompreensão e auto-aceitação; ajudá-lo a melhorar suas habilidades
em assuntos acadêmicos e sociais; c) dar apoio ao estudante durante
crises emocionais.
Foulds e Guinan propõem: a) expandir a consciência e a experiência
humana, bem como desenvolver ao máximo as potencialidades de cada
um, dentro do ambiente escolar; b) facilitar o desenvolvimento de pessoas
para que funcionem de forma mais plenamente íntegra; c) oferecer ampla
variedade de atividades grupais, visando ajudar as pessoas chamadas
normais a serem mais conscientes de si e do ambiente, a se tornarem mais
sensíveis, a alimentarem relacionamentos pessoais, comportamentos
transcendentes vivenciais e potencialidades criativas pessoais.
ORGANIZAÇÃO DE UM CENTRO DE ORIENTAÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA
Tendo em vista as razões anteriormente expostas, torna-se imprescin-
dível, junto ao sistema de aconselhamento a ser implantado nas univer-
sidades, a criação de Centros Especializados em Orientação Psicopeda-
gógica, como continuidade e aprofundamento da assistência individual,
educacional e social que se pretende oferecer ao estudante universitário.
NATUREZA E CARACTERÍSTICA
DO CENTRO
o Centro de Orientação Psicopedagógica deverá constituir-se como
órgão técnico-científico, com atividades de natureza psicológica e peda-
gógica. Deverá funcionar como unidade autônoma, administrativamente
independente de qualquer unidade médica, disciplinar ou de instrução, no
sentido de preservar o livre atendimento aos docentes e discentes.
ESTRUTURA E DINÂMICA DO CENTRO
Pessoal — Os recursos pessoais do Centro estariam distribuídos a
partir da figura de um diretor, com duas assessorias, uma administrativa e
outra técnica (psicólogo, orientador educativo e o supervisor do ensino). O
Centro contaria também com a participação de assistentes sociais e
médicos.
Diversificação de Atividades — As equipes de trabalho estariam dis-
tribuídas a partir das três áreas básicas de atuação do Centro: Serviço,
que seria desenvolvida através de um setor de atendimento, com carac-
terísticas de intervenção psicológica e psicopedagógica; Educação, que
distribuiria suas atividades sob a forma de prevenção e acompanhamento
escolar; Pesquisa, que comprenderia não só a pesquisa psicopedagógica
realizada em âmbito universitário, como a pesquisa sobre o funcionamento
do próprio Centro.
Participação na Comunidade Universitária — Os Centros funcionariam
como órgão integrante da Universidade, sempre em entrosamento com as
demais unidades e como continuidade do sistema de aconselhamento. Tal
sistema compreenderia três tipos de aconselhamento: Aconselhamento
Curricular; Aconselhamento Ocupacional, Profissional e Aconselhamento
Clínico.
CONCLUSÕES
Do exposto foi possívei concluir que o sistema de aconselhamento
pode-se contar em duas áreas: educacional (curricular e profissional) e
psicológica (ajustamento pessoal). 0 sistema de tutoria encontraria
definição mais no campo pedagógico, na resolução de problemas ligados
à vida escolar e ao rendimento da aprendizagem.
No Brasil, praticamente, as experiências são mínimas e ainda muito
pouco divulgadas. Na implementação de um sistema de aconselhamento
junto à Universidade, vários obstáculos podem interpor-se. O primeiro
relaciona-se com o exercício da profissão de orientador educacional, com
suas atribuições somente definidas em termos de dar aconselhamento aos
alunos (e outras que lhe são peculiares), no âmbito das escolas e sistemas
escolares de Nível Médio e Primário. A Lei no. 5.584, de 21/12/68, seria
impeditiva no sentido do graduado em Orientação Educacional exercer
suas atividades no sistema de ensino superior. Somente aos pós-
graduados da área de Pedagogia poder-se-ia possibilitar
O exercício das funções de aconselhamento no ensino universitário.
Quanto às funções do Centro de Orientação Psicopedagógica, suas
atividades desenvolver-se-iam como exercício profissional do psicólogo,
pois a orientação psicopedagógica, pela Lei nº. 4.119, de 28/8/62, constitui
uma de suas funções privativas.
A criação de setores especializados em orientação psicopedagógica da
área universitária, embora urgente, deve-se efetivar dentro das possi-
bilidades brasileiras. 0 desempenho dos papéis de conselheiros(ou de
tutores), a atuação de profissionais nos problemas de ajustamento, quer
como prevenção, quer como intervenção, implicariam em pessoal
especializado. A Universidade não pode crescer somente com professo-
res, ela necessita de outros profissionais que a auxiliem a atingir seu
objetivo de condição formadora necessária ao desenvolvimento do homem
em sua essência.
2.1.6.2 DISCUSSÃO
Questões para reflexão
1 -CURRÍCULO
— mínimo (atende?)
— pleno
— conteúdo programático
— carga horária
— qualificação docente
— flexibilidade
II - ESTÁGIO
requisitos dos campos
— carga horária
elaboração do programa de estágio
supervisão direta e indireta
avaliação e realimentação do ensino
— obrigatoriedade
III - MATRlCULA NA HABILITAÇÃO DE OE
características pessoais do candidato
produto final oferecido pelas instituições de ensino superior
IV - IMPLANTAÇÃO DA O.E. NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
SUPERIOR.
— é oportuno?
— é prioritária?
há crença nos resultados?
V - ÁREAS DE ATUAÇÃO DO O.E. NAS INSTITUIÇÕES DE EN-
SINO SUPERIOR
— estudos
— vocacional
— relacional
— institucional.
2.1.6.3 CONCLUSÕES
O currículo mínimo não está atendendo às necessidades da formação
do Orientador Educacional. Para atender a essas necessidades, sugere-
se:
definir o perfil do concluinte para então, sugerir as disciplinas que
integrariam o currículo mínimo;
incluir a Orientação Educacional na meta prioritária dos cursos de pós-
graduação.
Quanto ao estágio: — estabelecer requisitos para sua efetividade, tais
como: OE em funcionamento; atuação de uma equipe multiprofis-
sional; instalação física e recursos adequados; supervisor de estágio
habilitado e treinado;
rever a carga horária, para que as atividades de estágio estejam in-
tegradas no planejamento global da escola e tenham continuidade;
atentar para que os supervisores de estágio, da universidade e da
escola atuem integradamente no planejamento, acompanhamento,
controle e avaliação do estágio, com vistas à realimentação do conteúdo
programático do curso de formação de Orientadores Educacionais e do
próprio campo de estágio;
retomar os estudos apresentados no "Seminário sobre Orientação
Educacional no 3o. Grau", realizado em 1973 pelo Conselho de Reitores
das Universidades Brasileiras, com relação à implantação do processo de
Orientação Educacional a nível de 3o. Grau.
2.1.7 TEMA VII:
A situação da Orientação Educacional no Ensino Supletivo
como processo.
2.1.7.1 Instrumento de apoio A —
Instrumento no. 1
2.1.7.2 Discuso
2.1.7.3 Conclusões
A - INSTRUMENTO No. 1
A SITUAÇÃO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO ENSINO
SUPLETIVO COMO PROCESSO.
1)SUPLETIVO
NOÇÃO — Proporciona uma nova modalidade de Ensino à distância,
com metodologia própria.
2) FUNÇÃO— Para uma abrangência maior, procura atender a todos
quantos necessitam de Ensino, indo até ao aluno para
cumprir a sua função de:
— Suprimento
— Suplência
Aprendizagem
— Qualificação
3) OBJETIVO — Proporcionar Estudos de atualização ou aperfeiçoamento,
convertidos em oportunidades organizadas, que se
oferecem aos seres humanos para que ampliem e
interpretem sua própria Experiência de vida. Três planos
estão envolvidos:
— Produção
— Laser
— Valor
1o.) Produção — Conhecimentos: --
Econômico
— Social
- Político
2o.) Laser — Higiene mental e física 3o.) Valor -
Coloca o homem diante da cultura atual.
4)SISTEMA EDUCACIONAL
a) NOÇÃO - Conjunto de partes em interação, para alcance de ob-
jetivos fixados
b) OBJETIVOS -Formar:
— O homem
— O produtor
— O cidadão
Dá-se pelos Subsistemas:
— Regular
— Supletivo
c) CARACTERISTICAS:
Regular — Escola Instituição
Supletivo — Escola Função Sócio-Econômica —
Porque proporciona ensino, independente de
idade e situação financeira procurando formar o autodidata numa auto
educação de estudo.
VARIÁVEIS DOS TIPOS DE ESCOLAS
DESCOLA INSTITUIÇÃO
(O aluno vem à Escola e se submete)
Objetivos — idênticos à escola função Estrutura
— rígida, inflexível, escola tradicional
instrumentos pedagógicos tradicionais
Regime — seriado, seqüência obrigatória de graus.
Duração — Ciclo Determinado e tempo determinado.
2) ESCOLA FUNÇÃO
(a escola vai até o aluno para cumprir sua função)
Objetivos - idênticas à escola instituição
Regime - livre, flexível, personalizado, circunstancial, inde-
terminado. Estrutura
-- Centros de Estudos
— Tecnologia instrucional
— Multimeios
auto-aprendizagem. Duração
— ritmo próprio, indeterminada.
Supletivo ; — Corrige as disjunções — através do aperfeiçoamento
e especialização.
Aqui será necessária uma Orientação Educacional própria, porque o
supletivo como a Educação permanente, pelo volume da demanda po-
tencial latente, deverá utilizar um mecanismo aberto, capaz de atender
esta demanda, nos diversos graus, pois sofrerá uma pressão social de
proporção ainda não quantificada, mas que alcançará tão grande número
de clientes, que será inviável qualquer alocução de recursos em
investimentos tradicionais rígidos, como a Escola Instituição.
O Supletivo objetiva mudança:
Pedagógica-Flexibilidade de ação
— Sócio Econômica
1o.) rompe com os vícios:
— Estatismo autoritário
— Privatismo discriminador
2o.) Modifica para:
Educação Comunitária fundamentada no diálogo
e participação responsável
ORIENTAÇÃO
Supletivo
Clientela
Educação Geral
Especial
CES
2.1.7.2 DISCUSSÃO
1) O que é e o que não é Supletivo
2) Atuação da O.E. no Supletivo
3) Posição da O.E. frente à Escola Função
4) O.E. nos CES
5) Ensino personalizado e a O.E.
GRUPOS 1 e 2
Tema: O ensino Supletivo — o que é e o que não é.
• Função
• Objetivo
Posição do Ensino Supletivo no Sistema Educacional.
1 — Seria a clientela a única diferença existente entre o Ensino Regular
e o Ensino Supletivo?
2 — A estrutura e proposta curricular do Ensino Regular são adequadas
ao Ensino Supletivo?
GRUPOS 3 e 4
Tema: A atuação da OE no Ensino Supletivo
• áreas de atuação
formas de atuação
o ensino personalizado
tipos de escola: Escola Função e Escola Instituição.
1 — Quais as áreas de atuação da OE:
— escolar, vocacional, relacional - devem ser objeto de atuação no
Ensino Supletivo?
2 - Como a OE deve atuar face à utilização do ensino personalizado no
Supletivo?
3 - As características da Escola Função favorecem ou dificultam o
trabalho da OE?
GRUP05e6
Tema: A OE nos Centros de Estudos Supletivos
Estrutura dos CES.
Posição da OE no CES
1 — A OE deve funcionar como um Setor próprio nos CES?
2 — A OE nos CES atenderia apenas os alunos matriculados?
3 — Quais os riscos e perigos que pode correr a implantação da OE nos
CES?
2.1.7.3 CONCLUSÕES
a) Todas as áreas de Orientação Educacional podem ser desenvolvidas no
Ensino Supletivo, dentro de uma metodologia adequada;
b) Pela própria natureza do ensino personalizado, a Orientação Educa-
cional atuará junto ao professor para, numa ação integrada, atingir o
aluno, utilizando inclusive as próprias tecnologias do ensino
c) a Orientação Educacional atuará em todas as fases e funções do Ensino
Supletivo;
d) nos Centros de Estudo Supletivo, a Orientação Educacional:
funcionará integradamente com a Orientação da Aprendizagem;
atenderá especificamente o aluno, atuando de forma integrada com
a família e a comunidade.
2.1.8 TEMA VIII
Ação Integrada da Orientação Educacional X Supervisão
Pedagógica X Administração Excolar X Comunidade no
processo educacional
2.1.8.1 Instrumentos de apoio A
— Instrumento no. 1
2.1.8.2 Discuso
-
2.1.8.3 Conclusões
A- INTRUMENTO No. 1
SINTESE DO TEMA I
1. FILOSOFIA:
A Filosofia da Orientação Educacional está embasada nos seus
princípios que coincidem com os princípios filosóficos da Edu-
cação.
Considerando o homem um ser dinâmico, temporal e livre, constitui
natureza da Orientação Educacional atuar em função do educando: —
oferecendo-lhe condições para tornar-se pessoa, preparando-o
para o exercício de opções básicas, integrando os elementos
que exercem influência na sua formação.
2. CONCEITO:
A Orientação Educacional é um processo científico e contínuo
junto ao educando, em todos os graus e modalidades de ensino,
atuando de forma integrada com os elementos responsáveis pela
sua formação visando a atender os objetivos da educação.
3. NATUREZA:
Atribuições:
I) Gerais:
1. Planejar e coordenar a implantação e implementação da
Orientação Educacional;
2. Sistematizar o processo de intercâmbio das informações ao
conhecimento global do educando;
3) Sistematizar o processo de acompanhamento do aluno,
encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem
assistência especial;
4. Coordenar o acompanhamento pós-escolar;
5. Participar do processo de identificação das características bá-
sicas da comunidade e clientela escolar;
6. Participar do processo de elaboração do Currículo Pleno da
Escola;
7. Participar no processo de integração Escola, Família e Comu-
nidade.
II) Específicos:
1o. Grau:
Coordenar a orientação vocacional do educando, incorpo-
rando-a ao processo educativo global;
Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões
e habilidades do educando;
1o. e 2o. Graus — Supletivo:
Coordenar o processo de informação educacional e profis-
sional com vistas à Orientação Vocacional;
Participar na composição, caracterização e acompanha-
mento de turmas e grupos;
Participar do processo de avaliação e recuperação dos alu-
nos.
2o. Grau, Superior e Supletivo:
Participar do processo de encaminhamento e acompanha
mento dos alunos estagiários.
2.1.8.2 DISCUSSÃO
a) TÉCNICA DELPHI
(adaptada)
DECRIÇÃO
1. Cada grupo recebe uma tarefa específica
2. Elabora conceitos ou proposições, relativos à tarefa, dando-lhes no.
de ordem de acordo com a elaboração — 20'
3. Classifica cada conceito de acordo com sua importância: A
— importantíssimo — valor: 5 pontos
B — muito importante — valor: 4 pontos
C — importante — valor: 3 pontos
D — menos importante — valor: 2 pontos
E — sem importância — valor: 1 ponto — 10'
4. Passa, sucessivamente, os cartazes dos grupos anteriores e recebe os
dos grupos anteriores de forma a fazer o rodízio completo dos 5
cartazes — 10'
5. Analisa e complementa os conceitos dos outros grupos atribuindo-lhes
novos conceitos de acordo com critério do próprio grupo. (No final do
rodízio, cada conceito estará classificado por 5 letras de cores
diferentes) — 10'
6. Soma os pontos de cada conceito e classifica-os em ordem de impor-
tância de acordo com o total de pontos — 10
TEMA: Ação integrada da Orientação Educacional X Supervisão
Pedagógica X Administração Escolar X Comunidade X Família X
Empresa no processo educacional.
b) TAREFAS:
1. De acordo com a definição ideal de Orientação Educacional, estabelecer
formas de operacionalização de seus conceitos que caracterizem a
integração com o Currículo.
2. Dados os princípios básicos da Filosofia da Orientação Educacional,
como operacionalizados de forma integrada com as várias áreas do
Currículo?
3. Estabelecer formas de operacionalização das atribuições e competên-
cias do Orientador Educacional, dentro de uma ação integrada com os
vários elementos de influência sobre o aluno: Escola-comunidade
(família, empresa e demais instituições).
4. Identificar os principais fatores que estão impedindo uma integração
consciente e eficaz da Orientação Educacional com o Currículo.
5. Em nível central (MEC) quais as providências de caráter mais urgente, a
serem tomadas para a reformulação da imagem do Orientador
Educacional, sua valorização e integração nas várias áreas do Currí-
culo?
2.1.8.3 CONCLUSÕES
Estudando o presente tema, relacionando-o com o Tema I, o grupo
chegou à conclusão de que os principais fatores que estão impedindo uma
integração consciente e eficaz da Orientação Educacional com o Currículo
são:
a) Fator estrutural — a estrutura da Escola e do próprio sistema gerando
desvinculação entre os diversos setores da escola.
b) Fator conceitual — interpretação dos conceitos de Orientação
Educacional e de Currículo restrita, tradicionalista, excludente e
alheia à Filosofia da Educação, levando a uma aplicação inadequada
dos mesmos.
SUGESTÕES:
1. A nível de Escola:
O grupo propõe à Orientação Educacional as seguintes formas de
operacionalização da ação integrada:
a) Participar na elaboração do Currículo Pleno da Escola;
b) acionar e implementar a ação integrada na Escola;
c) atuar de forma integrada com a Supervisão Pedagógica, Direção,
Pessoal Técnico-Administrativo, Apoio Administrativo, Corpo
Docente, Família e Comunidade, objetivando efetivar os princípios
básicos da Filosofia da Educação no planejamento, execução e
avaliação do currículo;
d) colaborar com a equipe multiprofissional da Escola na caracterização
da Comunidade, objetivando a utilização de seus recursos;
e) integrar a Orientação Educacional com os diversos setores da Escola,
Família e Comunidade.
2. A nível central (MEC), o grupo propõe, para a reformulação da ima
gem da Orientação, sua valorização e integração nas várias áreas do
Currículo, as seguintes providências de caráter mais urgente:
a) estabelecer metas prioritárias para a implantação e implementação da
Orientação Educacional nos Sistemas Educacionais;
b) constituir, a nível de MEC, uma equipe interdepartamental composta
de Orientadores Educacionais para equacionar problemas e oferecer
sugestões referentes a assuntos de Orientação Educacional;
c) revisar os Cursos de Formação do Orientador Educacional com vistas
a um melhor produto;
d) intensificar estudos para definição dos objetivos da Orientação
Educacional no Ensino de 3o. Grau, Supletivo e Pré-Escolar.
2.1.9 TEMA IX
A Orientação Educacional como processo contínuo no
Ensino de 1o., 2o. e 3o. graus.
2.1.9.1 Instrumentos de apoio
A — Instrumento de apoio no. 1 B —
Instrumento de apoio no. 2
2.1.9.2 Discuso
2.1.9.3 Conclusões
A- INSTRUMENTO No. 1
IN: REVISTA PESQUISA - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS,
S.P., VOL. 10
A PROFISSÃO DE ORIENTADOR EDUCACIONAL
Maria Amélia Azevedo Goldeberg
RESUMO
Partindo da conceituação e dos pressupostos de Orientação Educacio-
nal, o artigo define a sistemática brasileira de Orientação e caracteriza o
orientador em termos das condições legais de formação e excercício
profissional.
SUMMARY
The Counscior Ocupation — From the definition and assumptions of
Guidance, this paper defines the brazilian institution of Guidance and
characterizes the counseler in terms of the legal requirements for profis-
sional development and practice.
1.0 A Orientação: conceito e pressupostos
Literalmente, orientação é o ato ou processo de orientar. A se-
mântica do termo orientar nos diz que ele significa "guiar, dirigir, indicar o
rumo", mas que pode também ser empregado no sentido de "reconhecer a
situação do lugar em que se acha para se guiar no caminho" ou mesmo no
de "examinar cuidadosamente os diferentes aspectos de (uma questão)"
(Silveira Bueno, 1955, p. 809). Enquanto no primeiro caso o ato de orientar
parece permanecer exterior ao sujeito, traduzindo uma certa conotação de
heteronomia, nos demais significados, a ênfase parece repousar muito
mais na atividade de um sujeito que, em vez de sofrer o processo e se
declarar orientado, assume seu papel de agente e, por isso, se diz
orientando. Essa discrepância, no nível simbólico, talvez se explique pela
própria evolução histórica da atividade mesma de orientar.
A orientação é uma prática humana tão velha quanto a própria huma-
nidade. Em verdade, ela "tornou-se uma empresa florescente, logo após o
nascimento do primeiro rebento de Adão. Pais, chefes de tribos e seus
agentes educativos têm assumido a responsabilidade pela direção dos
jovens, dos fracos e dos aflitos, em áreas tais como desenvolvimento
moral, escolha vocacional e treinamento, desde o começo do mundo"
(Weitz, 1964, p. 198).
Todos eles se têm responsabilizado em grau maior ou menor por uma
orientação de tipo conselheiresca: seus agentes, em nome do prestígio e
da autoridade de que são investidos socialmente buscam, através de
"conselhos", encaminhar os leigos, os inexperientes, os ingênuos, para
determinados fins considerados valiosos pelos "orientadores".
Só na primeira década deste século é que, sob a pressão de necessida-
des sociais, se destaca, do fundo indiviso da orientação, uma nova prática
de Orientação, como atividade profissional específica.
Esta se define, agora, como assistência técnica proporcionada pelo
orientador ao orientando, com o objetivo de desenvolver, neste último, a
habilidade de tomar e executar decisões, de forma racional e responsável.
Tanto uma como outra sempre buscaram controlar e modificar o
comportamento humano, a diferença entre ambas residindo sobretudo nas
estratégias e nos objetivos de ação. Enquanto a orientação "conselheira"
busca dirigir o orientando para certas decisões que o orientador definiu "a
priori" como valiosas, a Orientação busca assistir o orientando no processo
decisório, não para que ele: chegue necessariamente às mesmas decisões
que o orientador considera valiosas mas para que ele desenvolva uma
metodologia da escolha racional e responsável. À Orientação interessa
produzir indivíduos que sejam capazes de decidir:
1o.) tendo em vista o máximo conhecimento possível dos fatores e
alternativas em jogo (racionalidade):
2o.) assumindo todas as conseqüências de sua decisão
(responsabilidade);
Por outras palavras: o modelo de homem que a Orientação privilegia
é o daquele que sabe tomar decisões de forma crítica e não o daquele que
as toma ingenuamente. Para usar da clássica distinção de Cole (cf. Cole,
1972) a Orientação integra a "educação de processo" enquanto a
orientação integra a "educação de produto". Daí que a Orientação tenha
como pressuposto básico o da liberdade de escolha: "onde não há escolha
a fazer, não há lugar para Orientação" (Myers, 1911, apud Lippmann, 1938,
p. 33).
2.0 A sistemática brasileira de Orientação
A institucionalização da Orientação, no Brasil, data de 1924 e
reproduziu as mesmas tendências seguidas pela área, na França e nos
EUA. Tanto lá, quanto aqui, surgiu como Orientação Profissional e,
portanto, preocupada com a racionalidade de uma dentre as várias
escolhas existenciais básicas: a escolha de uma profissão. A explicação é
simples: respondia a uma demanda do sistema social inclusive, na medida
em que uma escolha profissional adequada deve gerar maior ajustamento
individual no trabalho, maior produtividade social, convindo, portanto, às
metas de uma sociedade em processo de desenvolvimento econômico.
0 Quadro I, reproduzindo alguns dispositivos legais sobre a Orientação
no Brasil, permite-nos chegar às seguintes conclusões:
1o.) A realidade brasileira é a da Orientação "educativa" ou seja, da
Orientação centrada na escola "A Orientação Educacional se destina ao
âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário" - Lei
5.564 de 21/12/68 - art. 1o.).
2o.) Todavia não se reconhece, no plano legal, a importância e a
necessidade da Orientação Educacional no ensino de 3o. grau. Quando da
discussão da Lei 5.564 que regula o exercício da profissão de Orientador
Educacional no Brasil, o Deputado Floriano Paixão, da Câmara Federal,
propôs que, no seu artigo 1o. se acrescentassem também as instituições de
nível superior como campo de ação desse profissional. Todavia, a proposta
não foi aceita e o silêncio da lei quanto ao ensino superior se explica pelo
parecer do Relator da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos
Deputados, que ao analisar o referido projeto afirmou ser totalmente
desnecessária a Orientação Educacional no ensino superior porque "ao
ingressar na Escola Superior, o candidato praticamente já fez a opção vital
e principalmente já se decidiu por uma profissão, devendo os desajustes
que venham a ocorrer, ser corrigidos pelo próprio aluno, que já deverá ter
adquirido maturidade suficiente" (Brasil, Câmara dos Deputados: Leis,
decretos, etc. 1968). A idéia de que existe uma maturidade a conquistar,
quase que por decreto, ainda
vigora entre nós!
3o.) Até a lei 4.024 de 20/12/61, a maioria dos textos legais arrolados
refere-se à Orientação Educacional e Profissional (ou Vocacional). A
expressão Orientação Educacional (ou Educativa) é sinônima da
"Orientation Scolaire" dos franceses e da "School Guidance" dos ame-
ricanos, ambas resultantes de um desdobramento histórico da Orientação
Profissional. A marca de suas origens está no fato de que tanto a "School
Guidance" quanto a "Orientation Scolaire" foram definidas como atividades
propedêuticas a uma Orientação Profissional, centrada na problemática da
escolha de uma profissão.
"A School Guidance visa sobretudo ao apoio, supervisão e seguimento
dos alunos nas atividades escolares, mudanças de cursos, pesquisa de
dificuldades mais freqüentes., trabalhos com os pais, professores e
dirigentes da escola" (Novaes, 1967, p. 25).
,,Concebo a Orientação Escolar como distinta da Orientação Pro-
fissional, porque se trata de duas funções diferentes... é necessário fazer
uma análise das profissões (ainda imperfeitamente conhecidas) e uma
análise das matérias escolares (do que não conhecemos quase nada). São
dois domínios distintos" (Zazzo e Gratiot Alphandery, 1953, p. 395). A
Orientação Escolar objetiva um ajustamento escolar satisfatório para o
aluno. Todavia, graças às suas origens, objetiva também fazer das
experiências curriculares um treino de sondagem "vocacional" ou de
sondagem de aptidões e interesses do aluno: "o fim da Orientação Escolar
não é dirigir a criança para uma ocupação determinada — como faz a
Orientação Profissional — mas, ao contrário, fazê-la descobrir, nas
atividades escolares e também nas atividades consideradas como para-
escolares, aquelas que lhe permitirão satisfazer e utilizar melhor suas
capacidades intelectuais e estéticas" (Zazzo e Gratiot-Alphandery, 1953, p.
374).
Até a Lei 5.692 de 11/8/71, a expressão Orientação Educacional
significava, especialmente, ajustamento escolar. Com o advento da
nova Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1o. e 2o. graus, passa-se
a falar em Orientação Educacional, "tout court" que deverá englobar tanto a
Orientação Escolar quanto a Profissional. Todavia, como a Lei fala em
"sondagem de aptidões" como objetivo principal da parte de formação
especial do currículo em 1o. grau (art. 5o., § 2o.) é de se prever que a
tônica da Orientação Escolar seja agora mais de pesquisa e
desenvolvimento vocacional, através do currículo, do que propriamente de
ajustamento escolar.
Indiscutível é que todos os textos legais até a 5.692 reconhecem a le-
gitimidade da "escolha profissional" como objeto da atuação do orientador
educacional.
4o.) Praticamente todos os textos legais reconhecem a necessidade de
o orientador "cooperar" ou "articular-se" com professores (Leis Orgânicas
do Ensino Secundário, Comercial e Agrícola), direção (Lei Orgânica do
Ensio Industrial) e família (Lei 4.024 de 20/12/61). A nova Lei de Diretrizes
e Bases para o ensino de 1o. e 2o. graus procurou ser mais abrangente,
estatuindo, para o orientador, uma atuação cooperativa com "professores,
família e comunidade" (Lei 5.692 de 11/8/71, art. 10). Isso se deve ao fato
de ter essa Lei definido a Orientação Educacional como um "mecanismo
auxiliar da tarefa educativa cometida à escola, como um todo", ao qual
compete a "integração das influências mais próximas que convergem para
a educação do aluno" (Ferraz, 1973). Esse, alias, o espírito já presente na
Lei 5.564, que regula o exercício da profissão do orientador educacional, e
mantido no Decreto 72.846, que a regulamentou. Em ambos os textos
legais, o papel do orientador é sobretudo o de um agente coordenador das
fontes oe influência educativa sobre o aluno, competindo-lhe integrá-las e
harmonizá-las, para atingir os objetivos a que visa.
"Embora caiba ao Orientador Educacional coordenar essas influências,
a rigor a Orientação é exercida, por quantos educadores operam junto ao
aluno, particularmente o professor" (Ferraz, 1973).
Essa concepção do orientador educacional como agente catalisador de
influências educativas, cuja forma de atuação é mais indireta do que direta,
reflete uma mudança na própria metodologia da Orientação Educacional
que passa, de uma abordagem mais diagnóstica, casuística e individual,
para outra mais preventiva, coletiva e centrada no currículo.
5o.) Finalmente, desde 1942, nossos principais diplomas legais relativos
ao ensino consagram e reiteram a necessidade da Orientação Educacional
como instituição escolar obrigatória.
Embora não se disponha de dados seguros, pode-se afirmar que a lei
está longe de ser integralmente cumprida. Para citar apenas um exemplo,
entre 1950 e 1969 foram expedidos pelo MEC, apenas 1.231 registros de
Orientador Educacional, o que é um número irrisoriamente restrito para
nove anos, e sobretudo considerando o número de estabelecimentos
escolares existentes no Brasil.
3.0 O profissional da Orientação Educacional:
condições de formação e exercício profissional
Embora a Orientação Educacional tenha quase cinqüenta anos de
existência no Brasil, nem sempre se contou com profissionais especifi-
camente qualificados para essa função.
Os primeiros textos legais regulamentando as condições de formação
e exercício desse profissional datam do fim da década de 50. Todavia, em
pouco mais de dez anos, foram imitas as alterações sofridas pela
profissão. O Quadro 2 procura resumir as principais alterações ocorridas.
A respeito dos elementos constantes desse quadro, podemos fazer os
seguintes comentários:
I — Quanto à formação profissional
A-até 1968
1o.) A formação era diferente, conforme se tratasse de profissional
destinado ao ensino médio ou primário;
2o.) A formação regular prevista para o orientador de ensino médio era
a de curso superior, em nível de pós-graduação, e aberto:
a) normalmente a licenciados de Pedagogia, Filosofia, Psicologia,
Ciências Sociais, Educação Física e inspetores federais;
b) por exceção, a professores com registro definitivo no MEC e que
podiam ser, ou não, licenciados em nível superior;
3o.) A formação regular prevista para o orientador de ensino primário,
era a de nível de "especialização", posterior a curso normal ou de formação
de professor primário;
4o.) Tanto num caso, como em outro, prevê-se que os candidatos aos
cursos de Orientação Educacional devem ter um mínimo de 3 anos de
experiência docente no ensino a que se destinam (médio ou primário,
respectivamente).
B) Depois de 1968
Atualmente, o orientador educacional será formado: 1o.) Num mesmo
curso, quer se destine ao ensino de 1o. ou 2o. graus;
2o.) Esse curso poderá ser:
a) de Pedagogia, com habilitação em Orientação Educacional. O
Orientador será então licenciado em Pedagogia, com habilitação em
Orientação Educacional;
b) De Pós-Graduação em Orientação Educacional, a que poderão
candidatar-se, portanto, licenciados de vários cursos superiores;
c) especial e realizado no Exterior.
A principal mudança, em relação à situação anterior, reside no fato de
que a formação de orientador educacional pode ser conseguida agora em
curso de graduação e, mais ainda, dentro de um curso específico: de
Pedagogia. Se compararmos o currículo mínimo anterior-
mente previsto para o curso de Orientação Educacional em nível pós-
graduado (cf. Parecer 374/62 do Conselho Federal de Educação), com o
currículo mínimo previsto para a habilitação de Orientação Educacional no
curso de Pedagogia (cf. Parecer 252/69 do Conselho Federal de
Educação), poder-se-á comprovar também que não houve apenas
mudança de nível de qualificação profissional; houve também mudança de
tônica: "no Parecer 374/62 a ênfase é psicológica, enquanto no Parecer
252/69 ela já é nitidamente pedagógica" (Goldberg, 1971, p. 117).
3o.) Para obter a habilitação, o candidato deve ter também experiência
docente, tal como já previa a antiga LDB.
A diferença entre orientador de ensino de 1o. ou 2o. graus será feita
apenas em termos dessa experiência anterior.
O Parecer 761/69 do Conselho Federal esclareceu que a experiência do
magistério poderá ser obtida antes ou durante o curso de Pedagogia, o que
foi confirmado pelo Parecer 857/72 do referido Conselho, o qual
estabeleceu, inclusive, que essa experiência não poderá ter duração
inferior a um ano letivo.
A idéia de introduzir uma modalidade de habilitação em Orientação
Educacional dirigida especificamente ao ensino de 1o. grau foi rejeitada
pelo legislador. Quando, em nível de graduação, o curso será um só, com
duração mínima de 2.200 horas e variando de 3 a 7 anos (longa duração).
II.Quanto ao exercício profissional
Tanto antes, quanto depois de 1968, o registro profissional em órgão
competente do MEC, sempre foi condição básica e continua sendo. Para
os formados até 1968, a regulamentação básica era a de Portaria 105 do
MEC que exigia a comprovação de dois anos de efetivo exercício no
magistério secundário. Para os formados a partir de 1969,
O registro profissional passou a guiar-se pelo Parecer 252/69 e posterior
mente pelo Parecer 867/72 e segundo o qual se exige comprovação de:
1 — licenciatura em Pedagogia (habilitação de Orientação Educacional).
III — 1 ano de experiência docente, III — estágio supervisionado.
Por outro lado, embora se exija a formação universitária para o
orientador educacional, a própria legislação se encarregou de criar uma
válvula de escape, ao estipular que "enquanto não houver, em número
bastante, os professores e especialistas a que se refere o artigo 30 da Lei
5.510/68, a habilitação para as respectivas funções será feita mediante
exame de suficiência realizado em instituições oficiais de ensino superior,
indicadas pelo CFE" (Decreto Lei 461/69, art. 16).
Por outro lado, a recente regulamentação da profissão consagra para o
orientador educacional uma formação em nível de graduação e/ou de pós-
graduação, cabendo, portanto, indagar: haverá prerrogativas profissionais
diferentes para seus egressos?
Essa e muitas outras dúvidas podem ser levantadas acerca das exi-
gências e restrições legais relativas à formação e exercício profissional do
orientador educacional. Muito mais controvertida, no entanto, é a questão
de suas atribuições profissionais. Isso se deve, em parte, ao fato de que
"um sem número de atividades afins como as exercidas pelo Orientador
Pedagógico, pelo Psicólogo, pelo Supervisor, pelo Administrador e pelo
próprio Professor, disputam uma parcela da área ocupada pela Orientação
Educacional, tornando-se quase impossível, em determinados casos,
esclarecer qual o verdadeiro titular do quinhão disputado. Haja visto o que
acontece com a profissão de Psicólogo, regulamentada pela Lei no. 4.119
de 27/8/62, a qual, em seu art. 13, capítulo 1o., alínea b e c inclui, entre as
funções do Psicólogo, a "orientação e seleção profissional e a 'orientação
psicopedagógica', atividades essas mais condizentes com a profissão de
orientador educacional" (Ferraz, 1973). É de se considerar ainda que a
Orientação Educacional mesmo nos países de origem (França e Estados
Unidos), tem sofrido inúmeras transformações, padecendo de uma certa
indefinição.
Todos esses fatores fazem do orientador educacional uma figura con-
trovertida: para uns ele é um luxo, uma macaqueação... num país em que
mais da metade dos professores de todos os graus não têm a mais
elementar credencial para lecionar" (Oliveira Lima, 1965, p. 151); para
outros é quase um mal necessário, pois "na verdade, todo professor deve
ser um orientador educacional e sê-lo-á sempre a não ser que se limite,
para usar de uma distinção clássica, a instruir sem educar. Se, além dos
professores, há orientadores educacionais, é simplesmente em virtude do
acúmulo dos trabalhos escolares que, muitas vezes, exigem uma especia-
lização de tarefa, uma dedicação integral a um aspecto da educação que,
entretanto, não pode ser separado dos demais" (a orientação educacional,
1969); para outros, finalmente, é um profissional absolutamente necessário
numa escola, onde deve ser "um anjo de paz e não um juiz de paz" (Lima,
1969, p. 7).
Todos esses julgamentos traduzem concepções diversas acerca do de-
sempenho do papel de orientador educacional. Na medida em que todos
eles foram emitidos por educadores, é fácil imaginar que, mesmo entre
parceiros de papel, não haja consenso acerca do desempenho dessa pro-
fissão. Constatações dessa ordem falam a favor da necessidade urgente
de pesquisas que permitam clarificar e precisar melhor o papel do orien-
tador educacional entre nós.
BIBLIOGRAFIA
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WEITZ, II. 1964 — Behaviorchange through guidance. New York, John Wiley.
ZAZZO, R. e gratiot-ALFHANDERY, Hèlene. 1953 - La Psychologie scolaire. Paris, Presses Universitaires
de France.
QUADRO 1 — Dispositivos legais sobre a Orientação Educacional no
Brasil.
Decreto Lei 4.073 de
30/1/42- Lei Orgância do
Ensino Industrial
Art. 50 — Instituir-se-á em cada escola industrial ou escola
técnica a Orientação Educacional, mediante a aplicação de
processos adequados pelos quais se obtenham a
conveniente adaptação profissional e social e se habilitem
os alunos para a solução dos próprios problemas.
Art. 51 — Incumbe também à Orientação Educacional, nas
escolas industriais e escolas técnicas, promover com o
auxílio da direção escolar, a organização e o
desenvolvimento, entre os alunos, de instituições escolares
tais como as cooperativas, as revistas e jornais, os clubes ou
grêmios, criando na vida dessas instituições num regime de
autonomia, as condições favoráveis à educação social dos
escolares. Art. 52 — Cabe ainda à Orientação Educacional
velar no sentido de que o estudo e o descanso dos alunos
decorram em termos da maior conveniência pedagógica.
Decreto Lei 4.244 de
9/4/42 - Lei Orgânica do Ensino
Secundário.
Art. 80 — Far-se-á nos estabelecimentos de ensino se-
cundário a Orientação Educacional. Art. 81 — É função da
Orientação Educacional mediante as necessárias
observações cooperar no sentido de que cada aluno se
encaminhe convenientemente nos estudos e na escolha de
sua profissão, ministrando-lhe esclarecimentos e
conselhos sempre em entendimento com a família. Art. 82
— Cabe ainda à Orientação Educacional cooperar com os
professores no sentido da boa execução por parte dos alunos
dos trabalhos escolares, buscar imprimir segurança e
atividade aos trabalhos complementares e velar por que o
estudo, a recreação, o descanso dos alunos decorram em
condições da maior conveniência pedagógica.
Decreto Lei 6.141 de
28/12/43 - Lei Orgânica do
Ensino Comercial.
Art. 39 — Far-se-á nos estabelecimentos de ensino
comercial a Orientação Educacional e Profissional. Art. 40
— É função da Orientação Educacional e Profissional,
mediante as necessárias observações, velar no sentido de
que cada aluno excute satisfatoriamente os trabalhos
escolares e em tudo o mais, tanto no que interessa à sua
saúde, quanto no que respeita aos seus assuntos e
problemas intelectuais e morais na vida escolar e fora dela,
se conduza de maneira segu-
(Continuação)
ra e conveniente e bem assim se encaminhe com acerto na
escolha ou nas preferências de sua profissão. Art. 41 — A
Orientação Educacional e Profissional estará continuamente
articulada com os professores e, sempre que possível,
com a família dos alunos.
Decreto Lei 9.613 de
20/8/46 - Lei Orgânica do
Ensino Agrícola
Art. 45 — Far-se-á nos estabelecimentos de ensino agrícola
a Orientação Educacional e Profissional. Art. 46 -
É
função
da Orientação Educacional e Profissional, mediante as
necessárias observações, velar no sentido de que cada
aluno execute satisfatoriamente os trabalhos escolares e em
tudo o mais, tanto no que interessa a sua saúde, quanto no
que respeita aos seus assuntos e problemas intelectuais e
morais na vida escolar e fora dela, se conduza de maneira
segura e conveniente e bem assim se encaminhe com acerto
na escolha ou mais preferências de sua profissão. Art. 47 - A
Orientação Educacional e Profissional estará continuamente
articulada com os professores e, sempre que possível, com
a família dos alunos.
Art. 38 — Na organização do ensino de grau médio, serão
observadas as seguintes normas:
Lei 4.024 de 20/12/61 —
Fixa as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
V — Instituição da Orientação Educativa e Vocacional,
em cooperação com a família.
Lei 5.692 de 11/08/71 -Fixa
Diretrizes e Bases para o
ensino de 1o. e 2o. graus.
Art. 10 - Será instituída obrigatoriamente a Orientação
Educacional, incluindo aconselhamento vocacional em
cooperação com os professores, a família e a comunidade.
Lei 5.564 de 21/12/68 -Provê
sobre o exercício da profissão
de orientador e-ducacional
Art. 1o. — A Orientação Educacional se destina a assistir ao
educando, individualmente ou em grupo, no âmbito das
escolas e sistemas escolares de nível médio e primário,
visando ao desenvolvimento integral e harmonioso de sua
personalidade, ordenando e integrando os elementos que
exercem influência em sua formação e preparando-o para o
exercício das opções básicas.
Decreto 72.846 de
26/7/73 - Regulamenta a Lei
5.564 que prov sobre o
exercício da profissão de
orientador educacional.
Art. 1o. - Constitui objeto da Orientação Educacional a
assistência ao educando individualmente ou em grupo, no
âmbito do ensino de 1o. e 2o. graus, visando o
desenvolvimento integral e harmonioso de sua
personalidade, ordenando e integrando os elementos que
exercem influência em sua formação e preparando-o para o
exercício das opções básicas.
B — Instrumento de apoio no. 2
"A orientação educacional, de acordo com a Lei 5.692/71, é um serviço
permanente, que envolve todo o processo evolutivo do aluno. Leva-o, na
resultante da interação da série de fatores interpessoais e ambientais, à
opção profissional que mais lhe convém.
É uma necessidade na escola de 1o. e 2o. graus, como o é, também,
nas universidades, preparando o aluno, através de um encadeamento de
opções autodirecionais e uma etapa final de especialização.
Dentro deste processo evolutivo e sistematizado, a opção emerge
naturalmente do aluno que amadurece social e emocionalmente na
aprendizagem.
Feita em função do aluno que vai se desenvolvendo em todas as suas
potencialidades, dentro de uma "educação integral", reverter-se-á num
processo da auto-realização e em proveito da própria comunidade.
Por isso, a orientação funciona como um "órgão integrante" de toda a
atividade educativa, atuando junto à direção, pessoal técnico-adminis-
trativo, corpo docente, família, aluno e comunidade.
O caráter autodirecional se acentua, à medida que o aluno vai fazendo
opções que mais atendem suas diferenças individuais dentro de
"sondagem de aptidões", interesse e "iniciação para o trabalho no 1o. grau
e "habilitação profissional" no 2o. grau. (1)".
(extraído do trabalho: O SOE - na Lei 5.692/71" - de Célia de Souza e
Clêlia Maduro de ABreu).
2.1.9.2 DISCUSSÃO
Questões para reflexão
a) Fundamente a continuidade da Orientação Educacional como pro-
cesso no ensino de 1o., 2o. e 3o. graus
b) Destaque entraves políticos, administrativos e legais à Orientação
Educacional como processo contínuo no ensino de 1o., 2o. e 3o.
2.1.9.3 CONCLUSÕES
a) A Orientação Educacional deve ser contínua em todo o processo
educacional, incluindo o Pré-Escolar e o Supletivo
b) Aos órgãos e entidades educacionais cabe:
(1) Ofr. - Art. 5o., § 2o„ letra "a.. - Lei no. 51692/71.
criar legislação específica de Orientação Educacional a nível de Pré-
Escolar, Supletivo e 3o. Grau;
estimular a criação da Orientação Educacional nas Faculdades de
Educação que ofereçam habilitação em Orientação Educacional;
adotar medidas que assegurem a participação efetiva da Orientação
Educacional na elaboração do currículo pleno da escola, permitindo a
integração vertical e horizontal;
sistematizar um instrumental de informação bio-psico-pedagógica
visando a acompanhar o aluno em toda a sua vida escolar, da mesma
forma que o acompanha o histórico escolar, respeitadas as normas da
ética profissional;
assegurar a integração da Orientação Educacional e o entrosamento
dos elementos que atuam nos diferentes graus e modalidades de
ensino;
incluir a área de Orientação Educacional na Cooperação Técnica do
MEC às Unidades Federadas;
adotar política nacional de Orientação Educacional através de dire-
trizes interdepartamentais.
3. AVALIAÇÃO
3.1 Considerações Gerais
Valeu-se, inicialmente, da observação direta para a avaliação do 1o. dia de
trabalho, obedecendo ao seguinte roteiro: 1 Metodologia e conteúdo
— aspecto positivos
— aspectos negativos
— sugestões propostas
No final do encontro, tendo como informantes 22 participantes
presentes, aplicou-se um instrumento de avaliação relativo à organização
do Círculo e à abordagem do tema, como se observa a seguir
B — Instrumento de apoio no. 2
"A orientação educacional, de acordo com a Lei 5.692/71, é um serviço
permanente, que envolve todo o processo evolutivo do aluno. Leva-o, na
resultante da interação da série de fatores interpessoais e ambientais, à
opção profissional que mais lhe convém.
É uma necessidade na escola de 1o. e 2o. graus, como o é, também,
nas universidades, preparando o aluno, através de um encadeamento de
opções autodirecionais e uma etapa final de especialização.
Dentro deste processo evolutivo e sistematizado, a opção emerge
naturalmente do aluno que amadurece social e emocionalmente na
aprendizagem.
Feita em função do aluno que vai se desenvolvendo em todas as suas
potencialidades, dentro de uma "educação integral", reverter-se-á num
processo da auto-realização e em proveito da própria comunidade.
Por isso, a orientação funciona como um "órgão integrante" de toda a
atividade educativa, atuando junto à direção, pessoal técnico-adminis-
trativo, corpo docente, família, aluno e comunidade.
O caráter autodirecional se acentua, à medida que o aluno vai fazendo
opções que mais atendem suas diferenças individuais dentro de
"sondagem de aptidões", interesse e "iniciação para o trabalho no 1o. grau
e "habilitação profissional" no 2o. grau. (1)".
(extraído do trabalho: O SOE - na Lei 5.692/71" - de Célia de Souza e
Clêlia Maduro de ABreu).
2.1.9.2 DISCUSSÃO
Questões para reflexão
a) Fundamente a continuidade da Orientação Educacional como pro-
cesso no ensino de 1o., 2o. e 3o. graus
b) Destaque entraves políticos, administrativos e legais à Orientação
Educacional como processo contínuo no ensino de 1o., 2o. e 3o.
2.1.9.3 CONCLUSÕES
a) A Orientação Educacional deve ser contínua em todo o processo
educacional, incluindo o Pré-Escolar e o Supletivo
b) Aos órgãos e entidades educacionais cabe:
(1) Ofr. - Art. 5o., § 2o., letra "a.. - Lei no. 51692/71.
criar legislação específica de Orientação Educacional a nível de Pré-
Escolar, Supletivo e 3o. Grau;
estimular a criação da Orientação Educacional nas Faculdades de
Educação que ofereçam habilitação em Orientação Educacional;
adotar medidas que assegurem a participação efetiva da Orientação
Educacional na elaboração do currículo pleno da escola, permitindo a
integração vertical e horizontal;
sistematizar um instrumental de informação bio-psico-pedagógica
visando a acompanhar o aluno em toda a sua vida escolar, da mesma
forma que o acompanha o histórico escolar, respeitadas as normas da
ética profissional;
assegurar a integração da Orientação Educacional e o entrosamento
dos elementos que atuam nos diferentes graus e modalidades de
ensino;
incluir a área de Orientação Educacional na CooperaçãoTécnica do
MEC às Unidades Federadas;
adotar política nacional de Orientação Educacional através de dire-
trizes interdepartamentais.
3. AVALIAÇÃO
3.1 Considerações Gerais
Valeu-se, inicialmente, da observação direta para a avaliação do 1o. dia de
trabalho, obedecendo ao seguinte roteiro: 1 Metodologia e conteúdo
— aspecto positivos
— aspectos negativos
— sugestões propostas
No final do encontro, tendo como informantes 22 participantes
presentes, aplicou-se um instrumento de avaliação relativo à organização
do Círculo e à abordagem do tema, como se observa a seguir
Em síntese, as atividades se desenvolveram, como se observa no quadro II
QUADRO II
2. Síntese
(Continuação)
Em síntese, as atividades se desenvolveram, como se observa no quadro II
QUADRO II
2. Síntese
(Continuação)
(
Continua
ç
ão
)
(Continuação)
a) FICHA DE AVALIAÇÃO
b) Descrição do instrumento
0 instrumento, sob característica de ficha de avaliação, compôs-se de
questões fechadas e abertas,Nas questões fechadas, procurou-se obter *
opiniões sobre a organização e a abordagem dos temas do I Círculo de Estudos,
dentro dos seguintes critérios:
5 pontos — ótimo
4 pontos — bom
3 pontos —regular
2 pontos — fraco
1 ponto — insuficiente.
As questões abertas relacionaram-se aos seguintes aspectos:
aspectos mais úteis do Círculo
sugestões para planejamento de futuros Círculos
sugestões de temas para reflexão no II Círculo.
3.2 — Avaliação parcial
Em síntese, as observações dos participantes, relativas à avaliação das
atividades iniciais,são as seguintes:
a) Pontos positivos
a objetividade com que foi tratado o tema III: "Elementos integrantes
do processo da Orientação Educacional", pela Profa. Clêlia Madura de
Abreu, da Fundação Educacional do Distrito Federal;
os temas apresentados foram oportunos e com uma seqüência lógica;
todos os participantes do Círculo (explicitadores e membros do grupo)
mostraram grande interesse e disposição diante dos temas propostos;
a integração dos diversos órgãos e instituições é altamente positiva
para o desenvolvimento da Orientação Educacional no Distrito
Federal;
a eficiência da coordenação do I Círculo de Estudos de Orientação
Educacional.
b) Pontos Negativos:
tempo reduzido para um estudo mais aprofundado dos temas;
o fato de 4 temas para um só dia, não oferece condições para que
seja desenvolvido um trabalho eficiente;
a técnica, prejudicada pelo tempo, não permitiu a cada grupo uma
visão global dos temas;
não houve discussão no grande grupo.
Conteúdo
o Tema II "Fatores Bio-psico-sociais como determinantes da esco-
lha profissional" apresentava um conteúdo divorciado da nossa re
alidade.
c) Sugestões Propostas:
melhor adequação do tempo para estudo dos temas a serem trata-
dos;
elaboração de uma recomendação, portaria ou criação de mecanis-
mos que determinem o funcionamento da Orientação Educacional
nas escolas oficiais e particulares (ou nos diversos sistemas de en-
sino), de acordo com a Lei no. 5.692/71, tendo em vista que todos os
orientadores estão fora de função e frustrados, porque não há, por
parte das Escolas, apoio e interesse em virtude de não haver algo
que regule;
para os próximos encontros, seria positivo que se partisse para
abordagens mais práticas e fossem traçados planos de atuação da
Orientação Educacional.
3.3 — Avaliação global
Para facilitar a análise dos dados, sintetizaram-se os conceitos atri-
buídos ao I Círculo de Estudo de OE em três faixas:
superior — (ótimo — (5) — bom — (4) —)
médio — (regular — (3) — )
inferior— (fraco — (2) —insuficiente — (1) — )
Quanto à Organização dos trabalhos
Manifestando-se a respeito do planejamento do I Círculo de Estudos de
Orientação Educacional - como processo de ação integrada, a quase
totalidade dos participantes — 91% (41% ótimo — 50% —bom)
considerou o I Círculo de qualidade superior quanto à definição de
objetivos. Quanto à programação proposta, é expressiva a manifestação
dos participantes em torno da qualidade superior
l
82% (23% ótimo — 59%
bom) — Tabela no. 1. (ver adiante)
Quanto à avaliação do desenvolvimento do I CEOE, observa-se o
seguinte:
1. distribuição do tempo — manifestações atribuídas aos vários
conceitos bom (14%) — regular (27%) - fraco, (27%) - insuficiente
(32%), sendo mais incidentes conceitos da faixa inferior;
2. coordenação dos trabalhos — qualidade superior 82% (37% ótimo - 45%
bom);
3. Dinâmica de grupo — qualidade superior 59% (9% ótimo — 50% bom);
4. conclusões propostas — 68% (9% ótimo — 59% bom) — Tabela 2.
— Abordagem do Tema I
Conceito, natureza e filosofia da Orientação Educacional.
As respostas referentes ao objetivo do tema em sua totalidade situam-
se na faixa superior 100% (50% ótimo — 50% bom); quanto aos demais
aspectos, são elevados os índices relativos à faixa superior dos conceitos
atribuídos ao encontro: conteúdo — superior — 95% (27% ótimo — 68%
bom); dinâmica da apresentação — superior — 86% (9% ótimo — 77%
bom); conclusões — superior — 63% (4% ótimo —59% bom) — Tabela
no. 3.
Abordagem do Tema II
Fatores bio-psico-sociais com determinantes da escolha profissional. A
abordagem do tema, em quase todos os aspectos, foi considerada de nível
superior pela incidência dos conceitos nesta faixa:
- objetivo - 77% (32% ótimo - 45% bom)
- conteúdo - 69% (14% ótimo - 45% bom)
dinâmica da apresentação— 58% (4% ótimo — 54% bom).
Quanto às conclusões alcançadas pelo tema, as respostas referiram-se
aos conceitos bom (39%), regular (22%), fraco (32%). Tabela 4.
- Abordagem do Tema III
A maioria dos orientadores educacionais considerou de nível superior todos
os aspectos de abordagem do tema III:
- objetivo 91% (37% ótimo - 54% bom)
- conteúdo 73% (32% ótimo -41% bom)
- dinâmica de apresentação 73% (23% ótimo - 50% - 50% bom)
- conclusões 735 (23% ótimo - 50% bom). Tabela 5.
Distribuição percentual da avalião do planejamento do I CEOE, de acordo com o ponto de vista dos
participantes
— Organização dos trabalhos
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema I, de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
— Abordagem de Tema (I)
TABELA No 3
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema II, de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
— Abordagem do Tema (II)
TABELA No 4
Distribuição percentual da abordagem do Tema III, de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
— Abordagem de Tema (III)
TABELA No 5
- Abordagem do Tema IV (OBS.: NÃO FOI APRESENTADO)
- Abordagem do Tema V
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 2o. Grau como
processo.
As opiniões dos orientadores sobre a abordagem do tema V incidiram
na faixa superior dos conceitos:
- objetivo - 95% (45% ótimo - 50% bom)
- conteúdo - 64% (32% ótimo - 32% bom)
- dinâmica da apresentação 73% (23% ótimo — 50% bom)
- conclusões 68% (14% ótimo - 54% bom). Tabela 6.
- Abordagem do Tema VI
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 3o. Grau como
processo e como formação.
A quase totalidade dos informantes considerou de nível superior a
abordagem do tema acima mencionado:
- objetivo - 95% (54% ótimo - 41% bom)
- conteúdo - 95% (45% ótimo - 50% bom)
- dinâmica da apresentação - 81% (27% ótimo— 54% bom)
- conclusões - 60% (23% ótimo - 37% bom). Tabela 7.
- Abordagem do Tema VII
A situação da Orientação Educacional no Ensino Supletivo como
processo.
Observa-se que as respostas incidem na faixa superior de conceitos:
- objetivo - 86% (32% ótimo - 54% bom)
- conteúdo - 64% (27% ótimo - 37% bom)
- dinâmica da apresentação - 55% (18% ótimo - 37% bom)
- conclusões - 46% (9% ótimo - 37% bom). Tabela 8.
— Abordagem do Tema VIII
Ação integrada da OE X SP X Adm. Esc. X Comunidade como processo
educacional.
São altamente significativos os percentuais relativos aos conceitos da
faixa superior, referentes a todos os aspectos da abordagem do tema
supramencionado:
- objetivo - 90% (41% ótimo - 50% bom)
- conteúdo - 81% (27% ótimo - 54% bom)
- dinâmica da apresentação - 73% (41% ótimo — 32% bom)
- conclusões - 59% (18% ótimo - 41% bom). Tabela 9
-125-
Distribuição percentual da abordagem do Tema V de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
Abordagem do Tema IV*
Abordagem do Tema V
TABELA No 6
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema VI, de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
— Abordagem do Tema VI
TABELA No 7
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema VII, de acordo com o ponto de vista dos
participantes.
— Abordagem do Tema VII
TABELA No 8
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema VIII, de acordo com o ponto de vista
dos participantes.
— Abordagem do Tema VIII
TABELA No 9
Distribuição percentual da avaliação da abordagem do Tema IX, de acordo com o ponto de vista vista dos
participantes.
— Abordagem do Tema IX
TABELA No 10
— Abordagem do Tema IX
A Orientação Educacional como processo contínuo no ensino de 1o.,
2o. e 3o. Graus.
As respostas relativas ao tema acima citado concentraram-se na faixa
superior:
- objetivo - 82% (45% ótimo - 37% bom)
- conteúdo - 64% (14% ótimo - 50% bom)
- dinâmica da apresentação — 59% (22% ótimo - 37% bom)
- conclusões - 59% ( 18% ótimo - 41% bom). Tabela 10. (vide tabela
anterior)
- Aspectos do Círculo de Estudos considerados mais úteis
Os informantes manifestaram-se a respeito de 18 aspectos considera-
dos mais úteis no I CEOE. Dentre eles, são mais incidentes:
1) participação, integração de elementos de diversos setores e/ou
órgãos (entidades) (41%);
2) visão da realidade atual da Orientação Educacional (23%);
3) temas objetivos bem escolhidos (18%);
4) reflexão sobre temas importantes ainda carentes de definição
5) oportunidade de manifestação da Orientação Educacional para de-
cisões maiores (14%);
6) perspectivas de integração dos três níveis de ensino (9%).
TABELA No. 11
Distribuição dos aspectos mais úteis do I Círculo de Estudos de de
Orientação Educacional, conforme ponto de vista dos participantes.
OS ASPECTOS MAIS ÚTEIS DO CIRCULO DE ESTUDOS
Possíbilidade de objetivar problemas pertinentes à Orientação Educacional
principalmente no que se refere à formação do Orientador Educacional.
Participação, integração de elementos de diversos setores e/ou órgãos (en-
tidades).
Enriquecimento de alguns conteúdos.
Temas objetivos bem escolhidos.
Orientação Educacional no. 2o. e 3o. Graus.
Ação integrada OE x SP x AE
Conclusões do grupo sobre Orientação Educacional no Ensino Supletivo.
Visão da realidade atual da Orientação Educacional.
Reflexão sobre temas importantes e ainda carentes de definição.
Oportunidades de manifestação da Orientação Educacional para decisões
maiores.
Perspectivas de integração dos três níveis de ensino, com vistas a um único
4
41
4
18
4
4
4
23
14
14
processo de Orientação Educacional.
Sensibilização das pessoas ligadas à área educacional.
Reflexão iniciada neste I Círculo de Orientação Educacional.
Receptividade da Equipe do DEM.
Conteúdo apresentado
Interesse dos participantes
Possibilidade de enriquecimento pessoal.
9
4
9
4
4
4
4
Foi apresentada uma listagem de 15 sugestões para um melhor
planejamento de próximos Círculos; 65% dos informantes propuseram
estabelecer um temário mais adequado ao tempo de atividades para aná-
lise e conclusões mais profundas; 14% foram a favor de conclusões menos
teóricas e mais práticas; 9% propuseram maior aprofundamento dos
assuntos; 9% sugeriram maior tempo de trabalho em grupo e discussões;
9% sugeriram maior tempo de trabalho em grupo e discussões; 9% foram
a favor de Círculos que tenham uma semana de duração
TABELA No. 12
Distribuição de sugestões para um melhor planejamento de futuros
Círculos de Estudos de Orientação Educacional, conforme opinião
dos participantes.
SUGESTÕES PARA O PLANEJAMENTO DE FUTUROS CÍRCULOS DE
ESTUDOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL.
Um temário mais adequado ao tempo de atividades para análise e conclu-
sões mais profundas.
Maior aprofundamento dos assuntos.
Temática baseada em pesquisas anteriores.
Estudo de documentos básicos em menor quantidade, permitindo uma
maior exploração de cada tema.
enriquecimento de alguns conteúdos.
— Conclusões mais objetivas.
Duração de 1 semana (pelos menos)
Material de apoio mais variado
Definição do perfil profissional do Orientador Educacional.
Dedicação de apenas 1 tema para cada círculo de Estudos.
Integração: OE e SP
Maior tempo de trabalho em grupo e discussões.
Estabelecimento do temário de maneira integrada com os explicitadores.
A presença também do 1o. grau apresentando a situação.
Menos conclusões teóricas e mais práticas.
Uma melhor programação dos responsáveis pela apresentação dos temas.
65
9
4
4
4
4
9
4
4
4
9
4
4
14
4
As sugestões mais incidentes de reflexão para um próximo Círculo de
Estudos assim se sintetizam:
1) fatores bio-psico-sociais como determinantes de profissional
(32%);
2) formação do Orientador Educacional
— definição de pré-requisitos;
sondagem de aptidões (18%);
3) critérios para levantamento do perfil do Orientador Educacional
para montagem de Currículo (18%);
TABELA No. 13
Distribuição de temas de reflexão para um próximo Círculo de
Estudos de Orientação Educacional, de acordo com sugestões dos
participantes.
TEMAS DE REFLEXÃO PARA UM PRÓXIMO CIRCULO DE ESTUDOS
- Formas práticas de atuação da Orientação Educacional.
- Formação do Orientador Educacional:
definição de pré-requisitos
sondagem de aptidões.
- Fatores bio-psico-sociais como determinantes da escolha profissional.
- A Orientação Educacional como processo contínuo no Ensino de 1o., 2o. e 3o.
Graus.
- Ação integrada da OE x SP x AE x Comunidade como processo educacional.
- A Orientação Educacional no 3o. Grau.
- A Orientação Educacional no Ensino Supletivo.
- Aprofundamento da situação do Ensino de 2o. Grau como processo
- A supervisão de estágio de Orientação Educacional (na Universidade e na escola).
- O estágio de Orientação Educacional
- Critérios para levantamento do perfil do Orientador Educacional para montagem de
currículo.
- A Orientação Vocacional no ensino de 1o. Grau.
- Unidade de definição dos termos básicos em OE, pelos Departamentos de 1o., 2o.
e 3o. Graus e pela modalidade do Ensino Supletivo.
- A posição das autoridades interdepartamentais do MEC, em relação às conclusões
do I Círculo de Estudos de OE.
5
18
32
4
5 5
4 4
4 4
18
4
4 4
3.3.1 CONCLUSÃO
Verifica-se que a organização dos trabalhos e a abordagem de todos os
temas, em quase todos os aspectos, foram consideradas de nível superior.
Apenas um aspecto, o tempo destinado ao CEOE, foi considerado
negativo.
A listagem de aspectos do I CEOE considerados úteis revela o alto
significado do encontro.
4. ACOMPANHAMENTO
4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Para assegurar continuidade de estudos relativos à Orientação Educacional, elaborou-se um instrumento de
acompanhamento das atividades propostas pelo I Círculo de Estudos de Orientação Educacional como processo
de ação integrada, promovido pelo Departamento de Ensino Médio.
4.1.1. FICHA DE ACOMPANHAMENTO
4.1.2 DADOS APURADOS
As atividades decorrentes das conclusões do I CEOE, após 1 mês de
acompanhamento, são as seguintes:
Associação de Orientadores Educacionais
Promoção de Círculo de Estudos
Federação de Orientadores Educacionais — FENOE
Promoção de Encontro
Intercâmbio com o DEM
Seminário (CEOE no temário do IV Congresso)
Departamento de Ensino Médio
Participação ao Círculo de Estudos da AOE/DF
Participação em Encontro com a FENOE
Participação em Seminário (IV Congresso da FENOE)
Intercâmbio com outros órgãos ISOP CEPA — Departamento
Educacional do Jornal do Brasil - FENOE - AOE/DF.).
Centro de Ensino Unificado de Brasília — CEUB
— Encontros
— Estudos
Perfazem o total de 16, as atividades decorrentes do I Círculo de
Estudos de Orientação Educacional como processo de ação integrada,
promovido pelo DEM/MEC.
ANEXO I
PROMOÇÃO
Ministério da Educação e Cultura
Departamento de Ensino Médio
Direção — Geral
Prof. J. Torquato C. Jardim
Coordenação Técnica
Profa. Julcelina F. Teixeira
ORGANIZAÇÃO
Coordenação de Assuntos Pedagógicos
-COPED-
Coordenadora
Profa, lima Passos A. Veiga
EQUIPE TÉCNICA
Profa. Amabile Pierroti
Profa. Eugênia A. Gomes
Profa. Rita Xavier Barreto
Profa. Sonia Maria Ferreira
LOCAL DA REUNIÃO
Departamento de Ensino Médio Sala de
Reuniões do DEM Esplanada dos
Ministérios Bloco "L" 5o. Andar - Brasília -
DF
PARTICIPANTES
- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
Secretaria Geral
Departamento de Ensino Fundamental
Departamento de Ensino Médio Departamento
de Assuntos Universitários Departamento de
Assistência ao Educando Departamento de
Ensino Supletivo
- ASSOCIAÇÃO DOS ORIENTADORES EDUCACIONAIS/DF
UNIVERSIDADES:
Universidade de Brasília Centro de Ensino
Unificado de Brasília Universidade do
Distrito Federal Faculdade Católica de
Ciências Humanas União Pioneira de
Integração Social
- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO DF
-SENAI
-SENAC -
SENAR
- ORIENTADORES ESPECIALMENTE CONVIDADOS
- I CÍRCULO DE ESTUDO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL.
OBJETIVO GERAL:
Refletir sobre orientação educacional como um processo de ação
integrada.
PROGRAMA:
08 de junho — Terça-Feira
— Abertura 9h30m
Conceito, Natureza e Filosofia da Orientação Educacional.
Os fatores bio-psico-sociais como determinantes da escolha profissi-
onal.
Elementos integrantes do processo de Orientação Educacional.
A situação da Orientação Educacional no Ensino de "o. Grau como
processo.
09 de junho — Quarta-Feira
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 2o. Grau como
processo.
A situação da Orientação Educacional no Ensino de 3o. Grau como
processo e como formação.
A situação da Orientação Educacional no Ensino Supletivo como
processo.
ão integrada de OEXSPXAdm.EscolarXComunidade no pro
cesso educacional.
10 de junho — Quinta-Feira
A OE como processo contínuo no Ensino de 1o., 2o. e 3o. Graus.
— Conclusões Gerais
Avaliação do Encontro
— Encerramento.
ANEXO II
PUBLICAÇÕES DISTRIBUÍDAS
1. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL -
SENAC
1.1 REQUIÃO, Elizabeth Pires de Sá e equipe de Informação Profissio
nal - Ocupação da Área de Comércio e Serviços - IMPRINTA - Fo-
tocomposição e Off-set Ltda — Rio de Janeiro - GB.
1.1.1 Roteiro da Publicação
Área de Venda;
Área de Propaganda;
— Área de Compra;
Área de Aferição e Classificação de Mercadoria;
Área de Armazenagem, Embalagem e Expedição de Merca-
dorias;
— Área de Corretagem;
Área de Escritório;
Área de Turismo;
— Área de Hospitalidade;
Área de Higiene e Beleza;
— Área de Hospitalização;
Área de Serventia.
1.2 Folhetos Informativos
1.2.1 -SENAC
o que e
o que faz
— o ensino
— a atuação.
1.2.2 — O que você quer ser?
— administração
comunicação, documentação e secretariado
higiene e beleza
— hospitalização
hotelaria e turismo
aferição e classificação, armazenagem, compras e correta-
gem
— propaganda
vendas.
2. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL -SENAI
2.1 Recomendação no. 150 da Organização Internacional do Tra-
balho OIT.
2.2 Documento de Trabalho para Implantação da Orientação Edu-
cacional no SENAI.
3. DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
3.1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA/DEPARTA-
MENTO DE ENSINO MÉDIO - Curso - Seminário - Projeto
ASTECA - Brasília - 1973. Ensino de 2o. Grau - Bases de Ação.
MEC/DEM 3.1.1 Roteiro da Publicação
- Formação e Atualização de Recursos Humanos
— Renovação Pedagógica
Mudança da Rede Física
ANEXOS:
I — Orientação Educacional: Linhas de Ação
II — Operacionalidade do Art. 3o. da Lei no.,5.692/71.
4. DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPLETIVO
4.1 MEC/DSU — Legislação do Ensino Supletivo — Departamento de
Documentação e Divulgação — Brasília — 1974
4.1.1 Roteiro da Publicação
- Lei no. 5.692/71
Parecer no. 699
- Pareceres do CFE
4.2 MEC/DSU — Centro de Estudos Supletivos — Departamento de
Documentação e Divulgação — Brasília — 1974.
4.2.2 Roteiro da Publicação
— Finalidade
— Objetivos
— Metodologia
— Instalação
— Localização
Funcionamento
Fichas-modelo
Recursos humanos
Cursos
Temas centrais
Centros de estudos supletivos
ANEXO III
I CIRCULO DE ESTUDOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
PARTICIPANTES
ALACIEL FRANKLIN ALMEIDA
HIGS 704 BI. I C 59 - Brasília - DF - Fone: 25-1344
AMABILE PIERROTI
SCLN 403 BI. D ap. 5 - Brasília - DF
ANA RITA DANTAS SUASSUNA
SQS 112 - BI. G - ap. 402 - Brasília - DF - Fone: 43-6222
ANTONIO EDVAR DE ARAÚJO LIMA
SQN 410 - BI. F - ap. 203 - Brasília - DF - Fone: 23-8734
CLÊLIA MADURO DE ABREU
SQS 208 - Bloco G - Ap. 507 - Brasília - DF - Fone: 43-5975
CONSUELO PEREIRA CASTEJÓN
Av. W-5 Norte - Q.915 - CP. 011.1266 - Brasília - DF - Fone:
72-0653
DALVA GUIMARÃES DOS REIS
Q. 10 - Conj. E - C 22 - Sobradinho - DF -
DALVA MARIA DE MELLO COSTA
SQN 105 - Bloco B - Ap. 204 - Brasília - DF - Fone: 72-4472
DÓRIA A. SANTCHUK PIMENTA
SQS 406 - Bloco K ap. 304 - Brasília - DF - Fone: 43-9202
EDNA MARIA FERNANDES TEIXEIRA
SQS 415 - BI. J - ap. 209 - Brasília - DF - Fone: 42-6061
ELIZIONILOCALIMAN
SQS 415 - Bloco G - ap. 206 - Brasília - DF - Fone: 43-7148
GENNY ARRÉ PÉRES
SQS 406 - Bloco A - Ap. 206 - Brasília - DF - Fone: 42-9351
GODEARDO BAQUERO MIGUEL
QL 5/2 - Lote no. 13 - Lago Sul - Brasília - DF - Fone: 48-0814
GRAÇA MARIA ABRANTES DE ALMEIDA
Rua Comendador Lustosa de Andrade, 189 - Curitiba - PR - Fone:
52-3004
HAIDÊ WERBERICH DA SILVA
SQS 107 - Bloco J - ap. 501 - Brasília - DF - Fone: 42-0825
ILMA PASSOS ALENCASTRO VEIGA
SQS 403 - Bloco E - ap. 107 - Brasília - DF - Fone: 24-9795
INAURI GOMES PEIXOTO PEREIRA
SQS 107 - Bloco G - ap. 203 - Brasília - DF - Fone: 43-2850
IVONE MARIA DE LIMA
HIG/Sul Q. 712 - Bloco P - C 35 - Brasília - DF -
JOSÉ TORQUATO CAIADO JARDIM
SQS 316 - Bloco J - Ap. 604 - Brasília - DF - Fone: 42-9073
JULCELINA FRIAÇA TEIXEIRA
SQS 109 - Bloco D - Ap. 511 - Brasília - DF - Fone: 42-8977
LEILAH BORMANN ZERO
SQS 104 - Bloco G - Ap. 306 - Brasília - DF - Fone: 24-4677
LEISA MARIA MOTTA LOPES
SQS 412 - Bloco P - Ap. 103 - Brasília - DF - Fone: 44-2991
LUIZA MARIA DA ROCHA NOGUEIRA SCLN
403 - BI. D - Ap. 5 - Brasília - DF
MAGDA LEAL POTTER
SQS 308 - Bloco I - Ap. 609 - Brasília - DF - Fone: 42-6197
MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
SQS 204 - Bloco E - Ap. 601 - Brasília - DF - Fone: 24-6242
MARIA HELENA PENA MATA MACHADO
SQS 112 - Bloco l - Ap. 304 - Brasília - DF - Fone: 44-0476
MARLENE NASSIF
SQS 111 - Bloco G - Ap. 603 - Brasília - DF - Fone: 43-2874
MARILIA MENDONÇA LOBO FILHO
SQS 110 - Bloco A - Ap. 608 - Brasília - DF - Fone: 43-9728
NADIGENA SILVESTRE CARDOSO
SQS 415 - Bloco S - Ap. 206 - Brasília - DF - Fone: 42-0251
ODETTE PESSOA MACIEL
SQS 306 - Bloco C - Ap. 106 - Brasília - DF - Fone: 42-0550
PALMIRA PEREIRA FARIA
W-3 - Q.710 - BI. H - C. 47 - Brasília - DF - Fone: 42-1690
ROSA PAVONE PIMONT
Centro Cultural Martins Corrêa - L-2 Norte - Fone: 25-6123 - Brasília - DF
RITA XAVIER BARRETO
W-3 Norte - Q.707 - Bloco F - Casa 7 - Brasília - DF - Fone:
72-3636
SONIA MARIA FERREIRA
SQS-307 - BI. C - ap. 601 - Brasília - DF - Fone: 43-9409
TÂNIA MARIA BANHO DE ANDRADE REIS
SQS-115 - Bloco C - Ap. 405 - Brasília - DF - Fone: 42-9783
VELCY THEREZINHA KLUGE PEREIRA
SQS-213 - Bloco J - Ap. 201 - Brasília - DF - Fone: 43-3813
ZILMA LUNA DE CARVALHO
SQS-215 - Bloco D - Ap. 107 - Brasília - DF - Fone: 42-7037
Impresso em Brasília
SAN - Artes Gráficas Ltda.
CLS-414 - Bloco C - Lojas 13/15
Fones: 43-0206 - 43-3996
ERRATA
PÁGINA: 22 - Item 1. 1. 2. letra b
Onde se lê: "... não o deixa de colocá-lo ..."
Leia - se : "... não deixa de colocá-lo ..."
PÁGINA: 25 - item 2. 6
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conjunto ..."
Leia - se: "... procedam de forma rigorosa e em
conjunto ..."
item 2. 7
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Leia - se : "... possam responder ..."
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Leia - se : "... Habilitações ..."
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"... o discordando ..."
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Leia- se : "... ou concordando ..."
"... ou discordando ..."
"... ou apresentando ..."
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Leia - se : "... secretarias ..."
PÁGINA: 88 - item 1
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Leia - se : "... quais as áreas de atuação da OE? ..."
1 CIRCULO DE ESTUDOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL RELATÓRIO
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