Por sua vez, Renovação Metodológica, em
nível de 2
o
Grau, pode ser entendida, seja como renovação
de métodos curriculares, seja como renovação de métodos
de ensino. A diferença entre elas ficará mais evidente se
lembrarmos que currículo é "a escala completa de oportu-
nidades de experiência educativa oferecida sob os auspícios
de uma instituição educacional"
1
, e que o ensino é "qual-
quer influência interpessoal, objetivando modificar o
comportamento de outras pessoas". Certamente, existem
pontos de contato entre currículo e ensino, mas existem,
também, distinções bem definidas. "Desenvolvimento de
currículo é um processo de tomar decisões sobre a nature-
za das oportunidades de experiências a oferecer — a quem,
quando, como e em que circunstâncias. Incluem-se tam-
bém decisões sobre como avaliar os resultados. Um profes-
sor toma muitas das mais importantes dessas decisões, mas
com isso não está ensinando . . . Ensino é sempre a exe-
cução, diretamente com alunos, de alguma espécie de
decisão do currículo. . . A função medidora, o ensino, é
exercida basicamente através de comunicação por meios
verbais — oferecendo, explicando, mostrando, reforçando,
e levantando questões".
3
Isso significa que metodologia curricular,
enquanto metodologia de planejamento de currículo, é
mais ampla do que metodologia de ensino, enquanto meto-
dologia de planejamento do processo ensino-aprendizagem.
A primeira, tendo a ESCOLA como suporte, e a segunda
tendo a SALA DE AULA como cerne. Todavia, como
ensino é instrumento do currículo tal como se ilustra
na figura 2, a seguir, é de se supor que a renovação
da metodologia curricular deverá ter efeitos sobre a reno-
vação da metodologia de ensinom embora o inverso nem
sempre ocorra.
1 Miel, Alice - Criatividade no ensino. SP, Ibrasa, 1972, pg.22
2 Gage, N.L. — Paradigms for Research on Teaching, in Gage,
- Handbook of Research on Teaching, Chicago,
Rand Mc Nally, 1963, cap.3, pg.96
3 Miei, Alice - op. cit. pg. 22 - 23