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A INFORMAÇÃO E A RENOVAÇÃO METODOLÓGICA
EM NIVEL DE 2º GRAU
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
PLANO SETORIAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
1975/1979
PROJETO PRIORITÁRIO: Desenvolvimento de Novas
Metodologias Aplicáveis ao Processo de Ensino-Aprendiza-
gem para o Ensino de 2
o
grau.
META 03: Difundir informações relacionadas à renova-
ção de metodologias, em nível de 2
o
grau.
-
Brasília 1976
Coordenadora da Assessoria Técnica
JULCEUNA FRIAÇA TEIXEIRA
Coordenadora de Assuntos Pedagógicos
ILMA PASSOS ALENCASTRO VEIGA
Equipe Coordenadora do Projeto
Assessoras: AMBROSINA DA COSTA CORADI
MARLI MÒLLER
Consultora: YARA BOULOS
INSTITUIÇÃO EXECUTORA:
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS
DEPARTAMENTO DE PESQUISAS EDUCACIONAIS
Maria Amélia Azevedo Goldberg
Pesquisadora Associada
Maria Laura Puglisi Barbosa Franco
Assistente de Pesquisa
Leila Gebara Spinelli
Bibliotecária - Chefe
Maria Silva Lauandos
Assessora Técnica da Informação,
Microformas e Sistemas S/A
EQUIPE TÉCNICA
Supervisão:
Coordenação:
Assessoria:
"A renovação metodológica é hoje uma
necessidade e uma aspiração. Entretan-
to, sua viabilidade, enquanto projeto de
ação, depende, entre outros fatores, do
aumento do fluxo de informações entre
profissionais da educação".
(Projeto de Informação e Renovação Metodo-
lógica em nível de 2
o
Grau - Fundação Carlos
Chagas).
APRESENTAÇÃO
Ao propor novas diretrizes para o ensino de 2
o
grau, a Lei 5.692/71 introduz a profissionalização neste
nível de ensino, e, conseqüentemente, estimula o ensino
renovado, dinâmico, de acordo com a evolução tecnológica
e social da realidade que vivemos.
Em 1973, o Departamento de Ensino Médio
iniciou, por meio do Projeto ASTECA, a assistência técnica
e financeira às Unidades Federadas para a implantação da
reforma em nível de 2
o
grau. Levantamento de dados reali-
zados para a elaboração dos Planos Operativos deste
projeto e outros levantamentos relativos ao processo de
implantação da reforma demonstraram que, em termos de
metodologias aplicáveis ao 2
o
grau, muito pouco vinha sen-
do feito. O mesmo se podia afirmar quanto à produção e
utilização de materiais instrucionais adequados ao processo
ensino-aprendizagem reclamado pelo sistema. Concluiu-se
que, em renovação metodológica, dificilmente teria lugar
uma implantação efetiva da reforma do ensino de 2
o
grau,
prevista na Lei 5.692/71.
Com a intenção, portanto, de criar condições
que estimulem os educadores brasileiros a promover a
renovação educacional, o Departamento de Ensino Médio,
por meio do Projeto Prioritário "Desenvolvimento de
Novas Metodologias Aplicáveis ao Processo de Ensino-
Aprendizagem para o Ensino de 2
o
Grau", iniciou em
1975, de modo organizado e sistemático, uma ação na área
de metodologias e materiais instrucionais aplicáveis ao
ensino de 2
o
grau. Com este Projeto, está se desenvolven-
do um programa de pesquisas e de divulgação de informa-
ções científicas, visando à renovação de metodologias
curriculares e de ensino, adequadas à realidade brasileira
atual do ensino de 2
o
grau.
Valorizando a experiência de um grupo já
empenhado em realizar pesquisas e estudos voltados para a
renovação pedagógica, o DEM firmou convênio com a
Fundação Carlos Chagas, deo Paulo, para a execução da
Meta 03 do referido projeto, que visa a difundir informa-
ções relacionadas à renovação de metodologias, em nível
de 2
o
grau.
Este documento é o primeiro fruto do traba-
lho conjunto entre o MEC/DEM e o Departamento de Pes-
quisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas. Ele é
oportuno, porqueo só define o que se entende por
renovação educacional, como também apresenta o plano
de estudos e divulgação que este Departamento se propõe
desenvolver.
Esta publicação aborda os seguintes temas:
Conceituação de Renovação Metodológica
Justificativa da Necessidade de Renovação
Metodológica
Diagnóstico dos Obstáculos à Renovação
Metodológica
- Estratégia de Informações para a Renova-
ção Metodológica
(Necessidade da pesquisa).
Conscientes de que o processo de mudança
educacional só se efetiva por meio de profissionais possui-
dores de mentalidade científica, propomos aos professores,
técnicos em educação, alunos de pós-graduação e pesquisa-
dores educacionais, a reflexão sobre as propostas aqui
contidas.
J. Torquato C. Jardim
Diretor - Geral
1.0- INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é duplo. Em primei-
ro lugar, propomo-nos a refletir sobre a experiência de
trabalho realizada pela equipe de pesquisa da Fundação
Carlos Chagas, durante o 2
o
semestre de 1975, dentro da
Meta 03 do Projeto Prioritário o "Desenvolvimento de No-
vas Metodologias Aplicáveis ao Processo de Ensino - Apren-
dizagem para o Ensino de 2
o
grau". Os resultados dessa
experiênciao descritos no Documento 1 e a reflexão
sobre o processo que os engendrou pode ser bastante
instrutiva, no sentido de possibilitar revisão das deficiên-
cias sentidas.
Em segundo lugar, promopo-nos a discutir
alguns aspectos metodológicos da problemática relativa à
informação e a renovação metodológica, em nível de 2
o
Grau. Essa discussão deverá permitir a definição de algu-
mas diretrizes básicas para o prosseguimento dos trabalhos
da equipe.
2.0 - RENOVAÇÃO METODOLÓGICA
EM NIVEL DE 2
o
GRAU: O QUE
E PORQUE
Embora ninguém discuta a necessidade de
renovação metodológica em nível de 2
o
Grau,o há uma
forma única de compreendê-la. Daí a necessidade de
analisarmos sua conceituação e necessidade.
2.1 - CONCEITUANDO RENOVAÇÃO
METODOLÓGICA, EM NIVEL DE
2
o
GRAU
A primeira dificuldade para se conceituar re-
novação metodológica é representada pelo termo RENO-
VAÇÃO EDUCACIONAL, para o qual é possível identifi-
car vários significados.
- RENOVAÇÃO COMO SINÔNIMO DE
MUDANÇA
"Muitos educadores, quando falam em reno-
vação, querem referir-se a qualquer mudança produzida em
um sistema escolar entre um momento inicial T
O
e um
momento posterior T
1
1
Naturalmente, há mudanças e mudanças e
nem toda mudança é benéfica, por definição.
A amplitude do termo mudança fez com que
se procurasse "qualificá-la".
- RENOVAÇÃO COMO SINÔNIMO DE
MUDANÇA INOVADORA
Aqui, a renovação é concebida como sendo a
introdução de algo novo e diferente, no sistema educacio-
nal. Sedutora como possa ser, essa concepção envolve uma
crença ingênua no valor da novidade que Furter denun-
ciou, anos atrás, como o mito do futurismo pedagógico.
"Outra forma, mais sutil, do futurismo peda-
gógico é o culto das novidades que resolveriam, de uma
1 Huberman, A.M. Como se realizan los câmbios em Ia educa-
ción: una contribuición al estudo de Ia
inovacion, OIE, - 1973, pg.7
vez, todos os problemas educacionais num país. Assim,
existe hoje uma verdadeira paixão pelos meios audiovisuais
ou pelo ensino programado, sem que se pergunte se a intro-
dução destas técnicas é compatível com o sistema atual-
mente vigente . . . Ora, nunca devemos esquecer que uma
técnica nova só dará resultados significativos quando for
ligada a uma renovação dos métodos didáticos, de um lado,
e da atitude pedagógica, de outro".
1
Daí que, mais
recentemente, renovação venha sendo entendidao mais
como uma mudança pura e simples, nem como um rompi-
mento radical com o passado, mas sim, como uma modifi-
cação que implica numa efetiva melhoria do sistema
educacional.
- RENOVAÇÃO COMO SINÔNIMO DE
MUDANÇA PROGRESSISTA
Recentemente, vem-se admitindo que renova-
ção é uma mudança que implica em aperfeiçoamento e
progresso do sistema educacional "Evidentemente, deve-
mos distinguir entre renovações per si e renovações que
o melhorias. Coloca-se assim, a questão do que constitui
um aperfeiçoamento no ensinar ou no aprender e de como
devemos comprovar se a renovação foi ou não, em realida-
de, a causa do aperfeiçoamento".
2
Isso significa que a validade de uma renovação
o é uma questão de origem, mas uma questão de frutos.
Logo, precisa ser comprovada e, por isso,o pode mais ser
concebida como um ato gratuito e/ou fortuito: deve ser
submetida ao controle racional do planejamento.
1 Furter, P. - Educação e Vida, Petrópolis, Editora Vozes
Ltda, 1966, pg.53
2 Huberman, A.M. op.cit.,pg.7
RENOVAÇÃO COMO MUDANÇA
PLANEJADA
A concepção de renovação como mudança
intencional e planificada é relativamente recente em edu-
cação. Watson observa que a maior parte das renovações
o introduzidas:
"de forma esporádica, em vez de contí-
nua;
por pressão exterior, eo de demanda
interna;
por razões práticas, eo resultantes de
uma sólida convicção ou de uma planifi-
cação deliberada;
de forma esparsa, eo por meio de um
plano cumulativo e integrado;
muito mais tarde do que seria desejável,
indo a reboque, em lugar de assumir um
papel de comando;
superficialmente, eo em nível básico e
fundamental;
para dar prestígio e promover certos indi-
víduos, em vez de objetivarem a melhoria
de rendimento da educação."
1
A essa concepção de renovação, vem-se con-
trapondo, com grau variável de sucesso, a concepção de
renovação como mudança intencional, controlada e,
portanto, testável, no sistema educacional. Sabe-se hoje,
queo basta demonstrar a efetividade de uma dada
mudança educacional, É preciso garantir também sua
adoção em nível de sistema para que se efetue uma verda-
deira renovação educacional. Isso significa queo se deve
entender renovação como um momento, mas como um
processo.
1 Watson, G. Toward a conceptual architecture of a self-re-
newing school system in Watson, G. (ed),
Change in school systems.
- RENOVAÇÃO COMO PROCESSO DE
MUDANÇA
Dentro desta perspectiva, renovação é enten-
dida como uma seqüência de etapas de investigação, desen-
volvimento, difusão e adoção de novas práticas educacio-
nais.
A figura 1
2
, a seguir, ilustra as atividades
mais típicas de cada etapa do modelo de renovação en-
quanto processo de mudança.
2. Huberman, A.M. op.cit., pg.74
Fig. 1 Etapas do modelo de renovação, enquanto
processo de mudança.
Promoção
Informação
Demonstra-
ção
Formação
Assistência
Fomento
Invenção
Delineamento
Produção
Teste
Avaliação
DESENVOLVI-
MENTO
DIFUSÃO ADOÇÃO
Conhecimen-
to
Interesse
Avaliação
Instalação
Institucio-
nalização
Pesquisas cien-
tíficas básicas
Levantamento
de problemas
Reunião de
dados
INVESTIGAÇÃO
ETAPA DE
INVESTIGA-
ÇÃO
ETAPA DE
DESENVOLVI-
MENTO
ETAPAS DE DIFUSÃO E
ADOÇÃO
Dentro desse modelo, renovação é um conti-
nuum de atividades que se iniciam como pesquisa básica e
terminam na institucionalização de uma dada medida
educacional, a fim de garantir-lhe um mínimo de perma-
nência.
É importante ressaltar, porém, que se renova-
ção deve ser um processo e como tal, contínuo e dura-
douro issoo significa que se possa esquecer as demais
características que esse processo deve ter: inovador,
progressista, planejado, etc.
Isso mostra que para conceituar renovação
educacional deveremos abranger e compatibilizar todos os
vários significados que o termo foi assumindo, ao longo de
sua evolução semântica. Nesse sentido, renovação pode ser
entendida como o "PROCESSO PLANEJADO E CIENTÍ-
FICO DE DESENVOLVER E IMPLANTAR NO SISTEMA
EDUCACIONAL uma mudança, cujas possibilidades de
ocorrer com freqüênciao poucas, mas cujos efeitos
representam um real aperfeiçoamento para o sistema".
Essa conceituação implica em que RENOVA-
ÇÃO EDUCACIONAL:
1
o
) só será EFICAZ se contribuir significati-
vamente para o progresso educacional;
2
o
) só será EFETIVA, se abranger um núme-
ro significativo de elementos do sistema
educacional;
3
o
) terá que ser desenvolvida sob controle de
PLANEJAMENTO E PESQUISA EDU-
CACIONAIS para garantir VALIDADE
ao processo, tanto em termos de EFICÁ-
CIA, quanto de EFETIVIDADE.
É fácil compreender que Renovação Educa-
cional é um termo bem amplo, dentro do qual a renovação
metodológica se insere como uma das possibilidades.
Por sua vez, Renovação Metodológica, em
nível de 2
o
Grau, pode ser entendida, seja como renovação
de métodos curriculares, seja como renovação de métodos
de ensino. A diferença entre elas ficará mais evidente se
lembrarmos que currículo é "a escala completa de oportu-
nidades de experiência educativa oferecida sob os auspícios
de uma instituição educacional"
1
, e que o ensino é "qual-
quer influência interpessoal, objetivando modificar o
comportamento de outras pessoas". Certamente, existem
pontos de contato entre currículo e ensino, mas existem,
também, distinções bem definidas. "Desenvolvimento de
currículo é um processo de tomar decisões sobre a nature-
za das oportunidades de experiências a oferecer a quem,
quando, como e em que circunstâncias. Incluem-se tam-
m decisões sobre como avaliar os resultados. Um profes-
sor toma muitas das mais importantes dessas decisões, mas
com issoo está ensinando . . . Ensino é sempre a exe-
cução, diretamente com alunos, de alguma espécie de
decisão do currículo. . . A função medidora, o ensino, é
exercida basicamente através de comunicação por meios
verbais oferecendo, explicando, mostrando, reforçando,
e levantando questões".
3
Isso significa que metodologia curricular,
enquanto metodologia de planejamento de currículo, é
mais ampla do que metodologia de ensino, enquanto meto-
dologia de planejamento do processo ensino-aprendizagem.
A primeira, tendo a ESCOLA como suporte, e a segunda
tendo a SALA DE AULA como cerne. Todavia, como
ensino é instrumento do currículo tal como se ilustra
na figura 2, a seguir, é de se supor que a renovação
da metodologia curricular deverá ter efeitos sobre a reno-
vação da metodologia de ensinom embora o inverso nem
sempre ocorra.
1 Miel, Alice - Criatividade no ensino. SP, Ibrasa, 1972, pg.22
2 Gage, N.L. Paradigms for Research on Teaching, in Gage,
- Handbook of Research on Teaching, Chicago,
Rand Mc Nally, 1963, cap.3, pg.96
3 Miei, Alice - op. cit. pg. 22 - 23
Daí a indispensabilidade de se trabalhar sem-
pre em currículo e ensino, quando se tratar de renovar
metodologia educacional para um dado nível de escolari-
zação. Renovação metodológica em nível de 2º grau
deverá, pois, significar sempre renovação de metodologia
de planejamento de currículo e renovação de planejamen-
to de ensino, enquanto faces de uma mesma moeda.
2.2- JUSTIFICANDO A NECESSIDADE
DE RENOVAÇÃO METODOLÓGI-
CA, EM NIVEL DE 2
o
GRAU.
Há quem tenha dito que é mais fácil mudar
um cemitério de lugar do que modificar um currículo.
Aparentemente folclórica, essa afirmação encerra um
fundo de verdade, na medida em que faz pressentir as
enormes resistências que se antepõem a qualquer renova-
ção educacional.
Em termos do ensino de 2
o
grau brasileiro,
criado pela Lei 5692/71, a partir das estruturas e bases do
ensino secundário estabelecido pela Lei 4024/61, é preciso
lembrar que a necessidade de sua reformulação, tanto do
ponto de vista estrutural como do ponto de vista operacio-
nal, tem sido amplamente salientada.
Se examinarmos alguns textos legais podemos
constatar indicações que sugerem a criação de novas e/ou
diversificadas metodologias, ou a realização de experimen-
tações educacionais.
Assim é, que a Lei 4024/61 em seu artigo 20
(não revogado pelo Decreto Lei 464 de 11/2/69 e Lei
5692 de 11/8/71) prevê que:
"Na organização de ensino primário e médio,
a lei federal ou estadual atenderá:
a) à variedade de métodos de ensino e for-
mas de atividade escolar, tendo-se em vista as peculiarida-
des da região, e grupos sociais.
b) ao estímulo de experiências pedagógicas
com o fim de aperfeiçoar os processos educativos."
Por sua vez, o artigo 64 das Disposições Gerais
da Lei 5692/71 postula que: "Os Conselhos de Educação
poderão autorizar experiências pedagógicas, com regimes
diversos dos prescritos na presente Lei, assegurando a
validade dos estudos assim realizados."
No artigo 43 - também da Lei 5692/71 -
indica-se que os recursos financeiros destinados à educação
serão aplicados preferencialmente na manutenção e desen-
volvimento do ensino oficial, de modo que assegurem . . .
b) "melhoria progressiva do ensino . . ."
Apesar dessas aberturas legais, a renovação
metodológica em nível de 2
o
grau ainda permane. uma
necessidade sentida, maso resolvida.
Para superar esse estado de coisas será preciso
diagnosticarmos os fatores que podem estar obstaculizando
a renovação metodológica em nível de 2
o
grau.
2.3- DIAGNOSTICANDO OS OBSTÁCU-
LOS A RENOVAÇÃO METODOLÓ-
GICA, EM NIVEL DE 2
o
GRAU.
0 elenco de fatores limitativos é bastante
amplo para abranger tanto a atitude dos "educadores que
o sabem reagir senão fechando-se num gueto utópico. . .
como o profundo caracter burocrático das instituições
educacionais, (em) seu necessário apego a uma estabilidade
mínima para poderem funcionar". * Comentá-los seria
longo demais e fugiria aos objetivos do presente trabalho.
Daí a opção de selecionar um fator para o qual se possa
propor uma política de neutralização, tanto a médio, quan-
to a longo prazo.
0 fator selecionado foi o da carência de infor-
mações úteis para o desencadeamento de um processo
racional de renovações metodológicas, em nível de 2
o
Grau. Ora, a racionalidade de um processo de renovação
metodológica depende de duas condições básicas:
1 Furter, P. op. cit., pg. 57
depende, em primeiro lugar, dos objetivos
educacionais em função dos quais seja concebida. Uma
renovação deve representar uma melhoria na forma de se
atingir alvos educacionais socialmente valiosos:
depende, em segundo lugar, da base cientí-
fica em que se apoie. Daí que o planejamento de uma
renovação metodológica qualquer deve se iniciar por uma
sólida etapa de investigação seja para compreender a atua-
ção dos fatores que a renovação deverá controlar, seja para
avaliar os resultados a que, por ventura, tenham chegado
experiências renovadoras semelhantes. Pesquisa básica e
pesquisa aplicada são, pois, dois pré-requisitos indispensá-
veis a uma renovação metodológica que pretenda ser uma
intervenção eficaz e eficiente e como tal valiosa no sistema
educacional.
Para que a etapa preliminar de investigação
possa realizar-se de forma profícua, a primeira condição é
a de implantar-se, entre nós, uma estratégia nacional de
informações, porque "é impressionante ver como o isola-
mento dos pesquisadores e das instituições de pesquisa, o
próprio isolamento de cada membro do corpo docente, é
ligado à inexistência de um circuito educacional de infor-
mações integrado, por sua vez, num circuito nacional de
informações".'
Uma estratégia nacional de informaçõeso é
tema que se possa tratar, obviamente, nos limites de um
documento como este. Todavia, alguns aspectos da pro-
blemática de uma estratégia de informações para a renova-
ção metodológica, em nível de 2° grau, deverão ser discuti-
dos, em nível seja de quadro de referência para o trabalho
que vimos desenvolvendo, seja de diretrizes para políticas
de ação futura a médio e longo prazo.
1 Furter, P. op. cit. pg. 57
3.0- ESTRATÉGIA DE INFORMAÇÕES
PARA A RENOVAÇÃO METODO-
LÓGICA, EM NIVEL DE 2
o
GRAU.
Uma estratégia de informações para a renova-
ção metodológica deve ter como preocupação principal
captar, estocar e divulgar informações estratégicas para
romper com o que Bloom pitorescamente chamou de es-
tado de inocência em educação.
Apesar de a educação ser a mais velha das
tarefas com que o homem vem se envolvendo há cerca de
cinco mil anos, muito pouco é o que se sabe, hoje, sobre a
natureza do processo educacional e sobre a maneira pela
qual o ser humano aprende. Esse desconhecimento é o que
serve para justificar as deficiências que a educação apresen-
ta hoje em dia e a rapidez com que se adotam e se recha-
çam novas formas educacionais.
Os especialistas em educação chegam a ter
uma atitude cínica a respeito, quando se gabam do estado
de inocência em que se acham com relação ao que se sabe
da educação. Essa atitude contrasta grandemente com
aqueles que mudam com muita facilidade, em favor do que
está em voga e crêem possuir o verdadeiro remédio para
todos e para cada um dos males ou crises, como se diz hoje
em dia, que afetam a educação. Nas bibliotecas, em nossas
escolas, nos escritórios dos Ministérios armazenam-se
relíquias esquecidas de modas e remédios passageiros que
foram adotados e que prometeram resolver nossos proble-
mas educacionais. Em educação continuamos a ser seduzi-
dos por remédios mágicos ou contos de fadas. O mito e a
realidade geralmente se confundem e como norma
acabamos por aceitar o mito com maior facilidade . . . .
Cabe aos educadores investigar e estudar a educação em
profundidade e perguntar quaiso as razões que os
impedem de distinguir entre um mito e a realidade ou en-
tre remédios adequados e panacéias sem nenhum valor. Os
educadoresm cometido o pecado da inocência deo
serem capazes der em ordem a própria casa. É necessá-
rio que se saiba distinguir entre o que sabemos e o queo
sabemos, de modo ao confundir ambas as coisas, É
necessário, nos próximos dez anos, ordenar nossos conheci-
mentos básicos de forma a podermos continuar com as
coisas que sabemos terem algum valor e possamos desterrar
tudo o que representa um mito, uma superstição ou uma
fraude, É necessário, além disso, que saibamos identificar
as novas idéias que valem a pena considerar e como prová-
las.
Só a informação oriunda de pesquisa, tanto
pesquisa básica sobre o processo de ensino-aprendizagem,
como pesquisa aplicada de avaliação de inovações educa-
cionais, será capaz de desafiar a tradicional inocência de
nossos educadores acerca "dos vínculos existentes entre
objetivos educacionais e o processo de ensino-aprendiza-
gem".!
Neste sentido a idéia de um Serviço de Estu-
dos e Documentação, como o que principiamos a organizar
no corrente ano, pode vir a ser uma iniciativa válida para
acelerar a "perda de inocência" de nossos educadores e
auxiliá-los a planejar, de forma mais crítica e menos ingê-
nua, a renovação metodológica em nível de 2
o
grau.
Bloom, B Innocence in Education - School Review, 80 (3)
May, 1972,
pg.
333, 334, 342
3.1 - SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
E ESTUDO: - UMA ESTRATÉGIA
DE INFORMAÇÃO, A MÉDIO
PRAZO
" Para atingir os objetivos anteriormente es-
pecificados, o Departamento de Pesquisas
Educacionais da Fundação Carlos Chagas,
responsável pelo desenvolvimento da Meta 03
do Projeto Prioritário do DEM Desenvolvi-
mento de Novas Metodologias Aplicáveis ao
Processo Ensino-Aprendizagem para o Ensino
de 2
o
Grau", iniciou em 1975, a montagem
de um Serviço de Documentação e Estudos
para a Renovação Educacional (SEDERE).
Sua meta principal é criar condições que aju-
dem a aumentar, no país, o fluxo de informa-
ções que favoreçam a renovação metodológica
em nível de currículo e ensino.
Partindo do pressuposto de que a Renovação
Educacional:
1
o
) deve referir-se a objetivos relevantes;
2
o
)o é tarefa para profissionais ingênuos
desprovidos de mentalidade científica;
decidimos iniciar um Serviço em que se cap-
tassem, estocassem estudassem e veiculassem informações:
a) oriundas tanto de pesquisa sobre o proces-
so de ensino-aprendizagem (núcleo do processo educacio-
nal propriamente dito) quanto de experiências de
renovação educacional (didática e/ou curricular);
b) relativas, inicialmente, ao objetivo educa-
cional de desenvolvimento da habilidade de solução de pro-
blemas. A escolha desse objetivo justifica-se por duas
razões principais. Em primeiro lugar, porque se trata de
um objetivo educacional de relevância social indiscutível
na educação de hoje, preocupada em preparar as novas
gerações para enfrentar o "choque do futuro". Como lem-
bra Colei nosso mundo está mudandoo rapidamente
que é arriscado afirmar quais os conhecimentos que os in-
divíduos necessitarão nos próximos anos. Todavia, pode-se
afirmar que o desenvolvimento da habilidade de solução de
problemas tem uma utilidade individual e social garantida,
na medida em que possibilitará ao indivíduo:
a) organizar as informações disponíveis;
b) propor soluções alternativas e problemas
de ordem pessoal, social e ambiental;
c) tomar racionalmente decisões a partir da
análise de alternativas de ação;
d) avaliar as decisões tomadas.
Em segundo lugar, a escolha desse objetivo,
como núcleo de interesse para iniciar a montagem de um
Serviço de Documentação e Estudos para a Renovação
Educacional, deveu-se também ao fato de ser ele um objeti-
vo bastante valorizado, mas em relação ao qual ainda é
muito grande nosso "estado de inocência".
Até agora, apesar de se haver ampliado enor-
memente o leque do que se deve aprender na escola, o fato
é que o processo de ensino-aprendizagem para muitos des-
ses novos objetivos aindao é totalmente compreendido.
É necessário fazer novas investigações e inovações para
equipar nossa compreensão do processo, como a nova
concepção que temos dos objetivos educacionais.
Mais importante ainda é o fato de que o ensi-
no que se oferece nas salas de aula das escolaso se atuali-
zou em relação ao que já sabemos do processo ensino-
-aprendizagem requerido além do simples "conhecimento"
(memorização) . . . Existe uma grande diferença entre o
1 Cole, H.P. - Process Education - N. Jersey Englewwod Cliffs,
1972
que queremos e o que fazemos em educação. Embora
queiramos obter, em educação, objetivosoo simples
como a momorização da informação isolada somos,o
obstante, um pouco inocentes quanto à forma de conseguí-
-lo. Embora os especialistas e professores experientes sai-
bam como fazer, dificilmenteo capazes de transmitir
essa competência ao resto dos professores do sistema. E,
em grande parte, isto se deve ao fato de os professores
manterem sua inocência acerca dos vínculos existentes
entre objetivos educacionais e o processo de ensino-apren-
dizagem. . . Daí ser necessário "decidir primeiro acerca do
que é desejável e de como efetivá-lo antes de se chegar a
tecer considerações mais técnicas sobre como conseguir os
novos Objetivos e como formar professores capazes de por
em prática os processos de ensino-aprendizagem adequa-
dos".
1
Solução de problemas é, pois, uma área à qual
se aplica perfeitamente o velho hino: "São necessárias
novas pesquisas e experiências". Mas, parao se incorrer
na crítica severa de Furter, segundo a qual "no campo
da educação, há uma perigosa falta de acumulação das
experiências e das inovações, uma descontinuidade no
esforço criador queo só provoca um grande desperdício
mas sobretudo, tira a coragem de qualquer um"
2
acredi-
tamos que o primeiro passo seria o de criar um Serviço
que, agindo como catalizador, reunisse e mapeasse todas as
informações disponíveis no Brasil e Exterior sobre solução
de problemas; informações essas oriundas tanto de pesqui-
sa básica ou aplicada, como de experiências pedagógicas
em geral. O resultado seria tanto um mapa do "estado teó-
rico das investigações" na área, como um mapa do "estado
de renovação pedagógica" da área.
1 Bloom, B. art. cit. pg. 341. 42.
2 Furter, P. op. cit. pág. 55.
Com essas intenções em mente, é que inicia-
mos o S.E.D.E.R.E., destinado a desempenhar as funções
básicas de DOCUMENTAÇÃO E ESTUDO, na área de Re-
novação Educacional em Solução de Problemas.
3.1.1 - A FUNÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
"Documentação é a coleção, armazenamento,
classificação, seleção, disseminação e utilização de . . .
informação".
1
Portanto a unidade documentária é a infor-
mação propriamente dita, veiculada através de documentos
(2). No SEDERE a informação considerada de interesse
foi a oriunda de:
1
o
) pesquisas brasileiras e estrangeiras relati-
vas ao processo de ensino-aprendizagem
na solução de problemas.
2
o
) experiências brasileiras e estrangeiras de
renovação didática ou curricular na área
de solução de problemas.
Os documentos considerados úteis para capta-
ção dessas informações foram principalmente os seguintes:
a) artigos de periódicos nacionais e estrangei-
ros na área de Educação e Psicologia;
b) dissertações para fins de mestrado e/ou
doutorado no Brasil e no estrangeiro, den-
tro da mesma área;
c) estudos publicados no Brasil e exterior
sob a forma de monografias, separatas,
etc, dentro da referida área;
d) comunicações apresentadas em congres-
sos, simpósios e/outras reuniões de caráter
científico e/ou pedagógico, no Brasil e ex-
1 Fundação Escola de Sociologia e Política Escola de Biblioteco-
nomia. Curso de Biblioteconomia.o Paulo, 1972, pg.5.
(2) Entende-se por documento "tudo o que tenha caráter represen-
tativo e, eventualmente, em movimento, submetido porém a uma
inteligência ordenada" (Curso de Biblioteconomia, ob.cit.pg.4).
terior cobrindo também a área de Educa-
ção e Psicologia.
Naturalmente, a listagemo pode ser consi-
derada exaustiva, mesmo porque estamos ainda explorando
as possíveis fontes documentárias acerca de solução de pro-
blemas como objetivo de Renovação Educacional.
O quadro 1, a seguir, ilustra quais as possíveis
tarefas que um Serviço de Documentação deverá desenvol-
ver, seo quiser tornar-se um "cemitério de dados". Para
cada uma delas, indicamos quais as atividades que o
S.E.D.E.R.E. está desenvolvendo ou poderá vira desenvol-
ver e como.
Mas, para poder cumprir eficientemente seu
papel de centro dinamizador de informações para a reno-
vação educacional é preciso que o S.E.D.E.R.E. venha a
desempenhar também, a função de ESTUDO.
3.1.2. - A FUNÇÃO DE ESTUDO
No quadro da programação de um Serviço de
Informação para a Renovação Educacional, a função de
ESTUDO adquire uma relevância toda especial, já que é
através dela que se poderá chegar a mapear tanto o estado
teórico das investigações numa dada área, quanto o estado
de desenvolvimento da renovação pedagógica correspon-
dente.
O quadro 2, a seguir, ilustra quais as tarefas
que um Serviço de Estudos deverá desenvolver seo qui-
ser tornar-se um mero "canal de informações". Para cada
uma delas, indicamos quais as atividades que o SEDERE
está desenvolvendo, ou poderá vir a desenvolver e como.
É preciso notar que as tarefas definidoras da função
ESTUDO deverão exercer-se sobre a informação captada
e tratada através das atividades definidoras da função
DOCUMENTAÇÃO. Nesse sentido, a informação seleti-
vamente captada por intermédio da DOCUMENTAÇÃO
será a matéria prima sobre a qual deverá exercer-se a fun-
ção de ESTUDO.
Por outro lado, considerando que a programa-
ção de atividades do SEDERE é ainda uma projeção de
intenções, que poderão ser realizadas a médio prazo,o
há no momento nenhum compromisso definitivo quanto à
data efetiva de sua implantação. Programação nesse con-
texto tem, simplesmente, um sentido de agenda.
Finalmente, cumpreo esquecer que um Ser-
viço de Documentação e Estudos para a Renovação Educa-
cional tem a obrigação precípua de renovar-se a atualizar-se
constantemente. Como, porém, o volume de informações
a documentar e estudar numa dada área específica, tende a
crescer sempre, há conveniência em prever-se, a longo pra-
zo, o processamento eletrônico da informação. Nesse
sentido, a informática aparece como um desenvolvimento
ulterior possível para o S.E.D.E.R.E.
3.2 - SERVIÇO DE INFORMÁTICA DO-
CUMENTAÇÃO E ESTUDOS: UMA
ESTRATÉGICA A LONGO PRAZO.
Para Dryfus, Informática é o "tratamento au-
tomático e racional da informação considerada como base
do conhecimento e da comunicação. Por meio da Infor-
mática, que faz uso do computador, é possível acelerar
a difusão seletiva de informações. Será possível, por exem-
plo, estocar artigos selecionados de periódicos científicos e
outras publicações congêneres, na memória do computa-
dor. Uma vez programado, este classificará a informação
estocada por assunto, engendrando index e referências
internas. Acoplado a outros dispositivos, será possível
obter, na saída, a listagem bibliográfica que se desejar.
Obviamente, pelos custos envolvidos, a transformação de
um Serviço de Documentação e Estudos, e um Serviço de
Informática, é uma iniciativa de vulto.
Talvez, por isso, seja melhor concebê-la como
um desenvolvimento futuro,o no âmbito de um Serviço
isolado de Informações para a Renovação Educacional,
mas sim, no de uma rede nacional de serviços complemen-
tares.
Essa rede, que poderia assumir a forma de
uma Federação de Serviços de Informação para a Renova-
ção Educacional, deveria promover a coordenação e com-
patibilização de todos os serviços, bem como garantir o
progresso tecnológico dos organismos federados.
Essa visão "futurológica", conquanto possa
parecer ainda um tanto utópica, tem a vantagem de mos-
trar que temos consciência de estarmos dando os primeiros
passos dentro de um processo que pode e deve crescer e
diversificar-se.
1 Fundação Escola de Sociologia e Política. Escola de Biblioteco-
nomia, Curso de Biblioteconomia,o Paulo, 1972 pg. 6.
QUADRO 1- O SEDERE E AS TAREFAS DE UM
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
D. E. R. E. S. E.
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
ATIVIDADES PROGRAMADAS
ATIVIDADES EXECUTADAS
TAREFAS NECESSÁRIAS
1. Atualização
do levantamento bibliográfico.
2. Indexação dos artigo» provenientes do levanta-
mento atualizado.
1. Levantamento bibliográfico de 569 artigos referen-
tes a 75 títulos de periódicos na área de solução
de problemas.
2. Indexação da totalidade dos artigos.
1. Efetuar pesquisa bibliográfica selecionando
documentos pertinentes a um dado tópico.
1. Continuação das atividades executadas.
1. Intercâmbio com as bibliotecas da área de educa-
ção e psicologia no Estado deo Paulo.
2. Solicitação de empréstimo de 314 artigos para
a microfilmagem e/ou xerografia.
3. Retirada por lotes do material solicitado.
2. Reunir documentos selecionados através de
pesquisa bibliográfica, mantendo um sistema
de empréstimo com bibliotecas gerais e especia-
lizadas e também arquivos e outras formas de
documentação, tanto no âmbito regional como
nacional (usando catálogos coletivos para
localização do material bibliográfico).
1. Novos contatos com escolas, equipes de cur-
rículo, organismos de classe em âmbito nacional
para coleta de informações referentes a experiên-
cias ou estudos de casos realizados eo publica-
dos.
2. Ampliação dos contados com organismos inter-
nacionais.
3. Cadastramento
das informações Já recebidas e de
informações cujo recebimento está previsto.
4. Cadastramento de informações a serem coletadas.
5. Cadastramento dos especialistas e pesquisadores
na área de currículo, avaliação e metodologia.
1. Contado» com 106 instituições de pesquisa e/ou
centros de treinamento nacionais para obter dados
referentes a pesquisas que dizem respeito ao ensino
de 2º grau, seja em currículo, metodologia ou
avaliação.
2. Contados com 24 cursos de Pós-graduação com o
mesmo objetivo.
3. Idem,
com 5 organismos internacionais.
3. Entrosar-se com a rede documentária mundial
a fim de obter e cadastrar informações.
D. E. R. E. S. E.
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
ATIVIDADES PROGRAMADAS
ATIVIDADES EXECUTADAS
TAREFAS NECESSÁRIAS
1. Microfilmagem
tanto dos artigos restantes como
dos provenientes de levantamentos atualizados.
2. Redação de resumos (Abstracts) dos artigos
restantes e das pesquisas e experiências inovado-
ras a serem coletadas.
1. Microfilmagem de 234 artigos selecionados
dentre os 569.
2 Xerografia de 80 artigos.
3. Redação de 120 resumos (Abstracts) de artigos
mais atuais e/ou mais específicos ás áreas de en-
sino-aprendizagem.
4. Tornar acessíveis aos estudiosos de todo o
mundo as informações obtidas e indexadas
e cadastradas através de processos reprográ-
ficos.
1. Confecção de matrizes e cópias diazo do mate-
rial restante e de dados atualizados.
2. Classificação e arquivamento do mesmo mate-
rial.
3. Acondicionamento das microfichas em envelo-
pes protetores.
4. Armazenamento das matrizes e cópias diazo em
arquivos adequados.
1. Confecção
de:
1.1. 234 matrizes em jaquetas.
1.2 234 cópias diazo de cada matriz.
2. Arquivamento de 5 fichas de referência de cada
artigo por: autor, título e três de assuntos.
3. Arquivamento alfabético de 80 artigos xerogra-
fados.
5. Classificar, catalogar e arquivar o material
elaborado no Serviço ou obtido fora dele.
por processos de classificação com a CD.D.
ou C.D.U. por codificações alfanumérica a
de outros tipos quando se tratar de micro-
filmes, diapositivos, etc.
1. Aquisição de leitora reprodura de microformas.
6. Equipar-se para utilização e divulgação do
material coletado:
a) com
os instrumentos necessários, desde
arquivos para microfichas. até aparelhos
de leitura de microfichas;
b) com
os serviços de produção através de
secretaria e reprodução através de xero-
graf ia. mimeografia. impressão, etc.
E. R. E. ADAS
S. E. D
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
ATIVIDADES PROGRAMADAS
ATIVIDADES EXECUTADAS
TAREFAS NECESSÁRIAS
1. Publicação
de bibliografia analítica.
2. Publicação periódica de boletins informati-
vos.
3. Fornecimento de cópias xerografadas e re-
sumos ou originais aos interessados.
7. Organizar uma sistemática de divulgação do
material coletado e indexado (através de:
resenhas publicadas ou separatas, boletins,
etc, que evidenciem também as técnicas bi-
blioteconómicas e documentárias empregadas;
cópias xerografadas ou mimeografadas de
resumos ou originais, etc).
1. Planejamento
do espaço e equipamento! a
serem utilizados.
2. Contratação de pessoal especializado para
atendimento ao consulente (bibliotecário).
3. Contratação de pessoal para datilografia
(datilógrafas).
8. Organizar uma sistemática para consulta do
material reunido, prevendo espaço e equipa-
mentos, se for o caso (por exemplo leitora de
microfichas bem como pessoal para atendi-
mento ao consulente).
1. Seleção
e aquisição dos documentos de
interesse, através de intercâmbio entre bi-
bliotecas, organismos internacionais, livra-
rias especializadas e pesquisadores.
2. Contratação
de pessoal especializado (Tra-
dutor).
9. Organizar uma sistemática de tradução do
material reunido.
1. Periodicamente,
elaborar questionário, soli-
citando informações sobre pesquisas e/ou
experiências em curso ou recentemente
concluídas.
2. Atualização
dos cadastros de especialistas
e pesquisadores.
10. Organizar uma sistemática de atualização
permanente e cumulativa do material reunido.
QUADRO 2-0 SEDERE E AS TAREFAS DE UM
SERVIÇO DE ESTUDO
E. R. E.
S. E. 0
SERVIÇO DE ESTUDOS
ATIVIDADES PROGRAMADAS
ATIVIDADES EXECUTADAS
TAREFAS NECESSÁRIAS
1. Estudo da caso com o objetivo de detectar
fatores, mecanismos e resistências atuantes em
experiências específicas.
2. Estudo comparado baseado nos estudos de
casos, selecionados com o objetivo de inferir
semelhanças e diferenças.
3. Estudo bibliográfico baseado na análise com-
parativa de documentos científicos em geral
(relatórios de pesquisa, dissertações de mes-
trado e/ou doutorado , etc).
4. Estudo geral de síntese, definindo como um
prolongamento dos anteriores e visando for-
necer um panorama do estado teórico das
investigações e das realizações práticas em
cada área.
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