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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
ÁREA DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS
1º SEMINÁRIO DE SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
- RELATÓRIO-
AGOSTO/ 1976
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ROTEIRO
NÚMERO 8-D
DIA 6/8
TEMA 4: 4.1- A SITUAÇÃO DA SUPERVISÃO PEDAGÓGICA NO ENSINO DE 1? e
2º GRAUS
4.1.1 - A SUPERVISÃO NO ENSINO DE 1º GRAU - IMPLANTAÇÃO SE-
GUNDO DIRETRIZES MEC/DEF/CRHJP
4.1.2 - ATUAÇÃO DO CENAFOR NA ESPECIALIZAÇÃO DE SUPERVISO-
RES PEDAGÓGICOS PARA A ESCOLA DE 2º GRAU
4.2- REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO
- QUESTÕES PROPOSTAS
- CONCLUSÕES
DIA 06/08
TEMA 4: 4.1 - A situação da Supervisão no Ensino de 1º e 2º Graus
4.1.1. - A Supervisão no Ensino de 1º grau implantação segundo
diretrizes do MEC / DEF / CRHJP
4.1.2. - Atuação do CENAFOR na especialização de Supervisores Peda-
gógicos para a Escola de 2.º Grau.
4.2 Regulamentação da profissão do Supervisor.
OBJETIVO: Fornecer subsídios para a regulamentação da profissão do supervisor pedagógico.
GRUPO GERADOR: Élio Vieira - CENAFOR
Elza Bastos - CRHJP / DEF
Maria Eleonora de Araújo Brandt - CRHJP / DEF
Naide Alves Prestes - MEC / BID
Velcy Kluge Pereira - MEC / DEF
GRUPO DE ESTIMULAÇÃO: Todos os participantes do Seminário sob a orientação de
Naide Alves Prestes
SUPERVISÃO DE ENSINO DE 1 GRAU
- segundo diretrizes DE F/MEC
Elaboradores: Elza de Bastos
Maria Eleonora de Araújo Brant
APRESENTAÇÃO
Este documento é resultado de um dos trabalhos previstos pelo Subprojeto de Assis-
tência Técnica, do Centro de Recursos Humanos João Pinheiro CRHJP'DEF/MEC.
Contém dados informativos sobre a política de Supervisão de Ensino de 1º Grau adotada
pelo Departamento de Ensino Fundamental MEC e apresenta resultados da implantação
de um Modelo de Supervisão, segundo diretrizes do referido Departamento, em algumas Unida-
des da Federação.
O documento objetiva informar sobre o trabalho realizado até 1975, visando a poste-
riores reposicionamentos, em etapas subseqüentes da Implantação do Modelo de Supervisão
9
CONDICIONANANTES DA IMPLANTAÇÃO DA SUPERVISÃO
DE ENSINO DE 1º GRAU
CONFIGURAÇÃO DA REALIDADE - 1973
A Lei nº 5.692/71 reflete, simultaneamente, preocupação com um novo ensino e com
condições asseguradoras desse novo ensino. Constituem-se evidências dessa preocupação:
a orientação para uma organização curricular mais coerente com as possibilidades e expecta-
tivas da realidade sócio-cultural brasileira e o direcionamento voltado a uma infra-estrutura
no campo educacional. Esse direcionamento é sentido na proposição, tanto de recursos huma-
nos capazes de concretizarem o currículo preconizado quanto na de profissionalização do Ma-
gistério. É sentido ainda nos próprios dispositivos da Lei (artigos 41, 53 e 57, em seu pará-
grafo único) que estabelecem direitos dos Sistemas de Ensino e deveres da União relativos à
assistência financeira e técnica na implantação do ensino preconizado pela Reforma.
O Departamento de Ensino Fundamental, do Ministério de Educação e Cultura
DEF/MEC, atendendo ao proposto no Plano Setorial de Educação e Cultura Projeto 27
Assistência Técnica aos Estados, Territórios e Distrito Federal, partiu para uma programação
de assistência às Unidades da Federação na implantação e implementação da Reforma de
Ensino de 1 . Grau.
Dentre as estratégias estabelecidas pelo DEF em atendimento ao disposto no mencionado
Projeto coloca-se a de fazer da Supervisão um mecanismo básico capaz de realizar o acompa-
nhamento, controle e avaliação das novas propostas curriculares a serem implantadas nos di-
ferentes sistemas de ensino de 1 . Grau.
Nesse sentido, como uma providência primeira e de grande importância, surgiu a ne-
cessidade de se configurar a Supervisão existente como trabalho indispensável ao estabeleci-
mento de novas diretrizes de ação supervisora para o ensino de 1º Grau.
Ao Subprojeto Melhoria dos Serviços de Supervisão dos Sistemas de Ensino, do Centro
de Recursos Humanos João Pinheiro —CRHJP Belo Horizonte, integrante do Projeto de
Acompanhamento da Implantação e Implementação da Lei n. 5.6972/71 Ensino de 1.
Grau, coube, então, essa tarefa: realizar um diagnóstico da supervisão de ensino no sistema
educacional do País.
O levantamento sobre a realidade da supervisão foi feito a nível de Secretaria da Educa-
ção, por assessores técnicos do mencionado Subprojeto, em 1973.
10
ASPECTOS SIGNIFICATIVOS DA REALIDADE DETECTADA
Nesta parte do documento serão apresentados alguns dos aspectos evidenciados como
mais significativos do levantamento feito sobre a realidade da Supervisão de Ensino de 1?
Grau, em 1973.
Regulamentação da Supervisão
Quadro 1: SITUAÇÃO DA SUPERVISÃO DO ENSINO DE 1ºGRAU, QUANTO À REGULA-
MENTAÇÃO POSTERIOR AO DECRETO-LEI 200/67 E LEI 5.692/71 - UNI-
DADES DA FEDERAÇÃO - GRANDES REGIÕES - BRASIL - 1973
FONTE: Supervisão de Ensino de 1
o
Grau Diagnóstico da Situação no Brasil MEC/DEF/
CRHJP- 1973
Pela análise do Quadro 1, verifica-se que apenas 5 das Unidadeso contavam
com a regulamentação da Supervisão de Ensino de 1º Grau, posterior ao Decreto—LEI
nº 200/67 e à Lei nº 5.692/71.
Vale considerar que outros dados obtidos através do levantamento e contidos em
quadroso apresentados aqui, indicaram que, dentre essas 5 U.F., apenas 2 (Ron-
dônia e Fernando de Noronha)o contavam com regulamentação anterior ao
Decreto-Lei. 200/67.
12
A Supervisão no Planejamento Educacional
Quadro 2: LOCALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS E/OU METAS DA SUPERVISÃO NO PLE-
NEJAMENTO EDUCACIONAL - UNIDADES DA FEDERAÇÃO POR GRAN-
DES REGIÕES - BRASIL - 1973
FONTE: Supervisão de Ensino de 1º Grau - Diagnóstico da Situação no Brasil - MEC/DEF/
CRHJP - 1973
Pela análise do Quadro 2 pode-se observar que das 27 U.F., 10 possuíam objetivos
e/ou metas da Supervisão de Ensino de 1º Grau registrados nos próprios planos da
Implantação da Reforma do Ensino, enquanto nas outras 17 esses objetivos e/ou
metas registraram-se apenas na programação da equipe de supervisão.
13
Localização dos Supervisores
Quadro 3: LOCALIZAÇÃO DOS SUPERVISORES DO ENSINO DE 1º GRAU NOS SISTE-
MAS DE ENSINO - GRANDES REGIÕES - BRASIL - 1973
FONTE: Supervisão de Ensino de 1º Grau - Diagnóstico da Situação no Brasil MEC/DEF/
CRHJP - 1973
Observa-se pela análise do Quadro 3:
- a localização dos Supervisores em Secretaria/Região/Escola fora a mais seguida pelas U.F.
constituindo-se em um percentual de 29,6%.
- a localização dos Supervisores na Secretaria/Município/Escola e apenas na Secretaria apre-
sentaram-se como as menos adotadas - 3,7%
- Observando-se a situação do supervisor por Região nota-se que:
na região Nordeste, a localização do Supervisor era variada
na região Sul, os supervisores localizavam-se, em dois Estados, na Secretaria/Re-
gião/Escola e, em um Estado, Secretaria/Região.
Evidenciou-se portanto, a variedade de esquemas de descentralização da Supervisão.
14
Fluxo de Informações
Quadro 4: MEIOS USADOS NO FLUXO DE INFORMAÇÕES DA SUPERVISÃO DO
ENSINO DE 1° GRAU NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO - BRASIL - 1973
FONTE: SUPERVISÃO DE ENSINO DE 1ºGRAU - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO NO
BRASIL - MEC/DEF/CRHJP - 1973
Conclui-se, pela análise do quadro 4, que 18 meios de informação eram usados na
supervisão dos sistemas de ensino de 1º Grau.
- Enquanto 85% das U.F., usavam reuniões, seminários e encontros pedagógicos e
74% usavam visitas às escolas, apenas 4% delas adotavam contatos telefônicos e
7% usavam aulas de demonstração, encontros informais e avisos por emissoras de
rádio.
- Salientou-se, ainda, o uso considerável de curso (48% das U.F.), de visitas às clas-
ses, palestras e conferências (41 % das U.F.)
- Dentre os meios usados por menor número de U.F., foram ainda mencionados:
fichas e questionários (15%), boletins informativos (11%), relatórios (19%) e
fichas de avaliação (22%).
É importante considerar queo se coletou evidências da efetivação desses meios
no estabelecimento do fluxo de informações entre as ações supervisoras nos diversos
âmbitos.
15
16
- NlVEL DE FORMAÇÃO DOS SUPERVISORES
(Quadro 5)
O quadro 5 apresenta a formação profissional de 3.784 supervisores das grandes regiões
do Brasil, exceto os Estados da Bahia,o Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Observa-se que 70% dos supervisores relacionados possuiam curso de aperfeiçoamento ou
treinamento em supervisão.
O número de supervisores graduados em Pedagogia, com habilitação em Magistério, li-
cenciatura plena e em outras habilitações representava percentuais bastante aproximados,
respectivamente, 6,9% e 7,1%. Entretanto, esses elementos constituíam pequena parcela em
relação ao total de supervisores relacionados.
A região sudeste contava com maior número de supervisores graduados em Pedagogia
com outras habilitações queo Magistério ou Supervisão.
A porcentagem de supervisores graduados em Pedagogia, com habilitação em supervi-
são, tanto com licenciatura plena quanto licenciatura de 1 . grau apresentava índices muito
baixos 0,6% e 1,0% respectivamente.
O levantamento registrou ainda informações das U.F., quanto a um número razoável
de supervisores com habilitação específica.o possuiam, entretanto, cadastramento desse
especialista em exercício de sua função.
17
Assistência Prestada pelos Supervisores
Quadro 6: TIPO DE ASSISTÊNCIA PRESTADA PELO SUPERVISOR DE ENSINO DE 1º
GRAU - QUATORZE UNIDADES DA FEDERAÇÃO - BRASIL - 1973
FONTE: Supervisão de Ensino de 1? Grau - Diagnóstico da Situação no Brasil MEC/DEF/
CRHJP- 1973
O quadro 6 informa sobre os tipos de assistência prestada pelos supervisores de
ensino de 1º grau, em 14 Unidades da Federação que forneceram dados para o le-
vantamento desse aspecto.
a assistência pedagógica é a mais freqüentemente prestada pelos supervisores
74% dos 4.092 relacionados, considerando ainda que os outros 26% prestavam
assistência pedagógico-administrativa;
os supervisores de 6 Estados Ceará, Espírito Santo, Guanabara, Maranhão,
Pará e Rio de Janeiro prestavam apenas assistência pedagógica.
18
ASSISTÊNCIA PRESTADA PELOS SUPERVISORES
(Quadro 6)
4 das Unidades da Federação Amapá, Distrito Federal, Minas Gerais e Piauí
contavam com um grupo de supervisores prestando assistência pedagógica e outro,
prestando assistência pedagógico-administrativa.
Vale considerar, entretanto, que o levantamento realizado evidenciou, a partir da análise
das atribuições do supervisor pedagógico, em algumas Unidades da Federação, a indefinição
dessas atribuições, visto que entre as pedagógicas se apresentaram também algumas administra-
tivas.
Além dos dados e informações vistos até aqui, alguns outros merecem destaque:
colheu-se evidência da participação efetiva da Supervisão na implantação do Cur-
rículo em algumas U.F.;
as equipes de Supervisão, em seu trabalho, se relacionam com diversos setores inter-
nos da Secretaria de Educação e com outros órgãos externos, embora assistemati-
camente, em sua maioria.
19 Unidades da Federação citaram como um dos obstáculos à efetividade da Super-
visão, a baixa remuneração dos supervisores. Foram levantadas hipóteses de que a má
remuneração condicionava a procura de outros encargos e tornava difícil a aquisi-
ção de elementos qualificados para o desempenho da Supervisão.
O levantamento realizado possibilitou o estabelecimento de algumas características da
Supervisão, configuradas a seguir:
19
PERFIL DA SUPERVISÃO DE ENSINO DE 1?GRAU
o há uma política definida de Supervisão, mesmo considerando a orientação dada
pelo extinto Programa de Aperfeiçoamento do Magistério (atendimento ao leigo)".
o há uma linha geral em relação às funções e atribuições do supervisor, o que foi
constatado pela grande variedade de funções e atribuições mencionadas nas entre-
vistas.
o há qualificação adequada do supervisor, em decorrência da indeterminação de
suas funções e atribuições.
o se pode precisar se o número de supervisores existente, no País é ouo sufici-
ente para o desempenho da Supervisão, uma vez queo foi definido o tipo de
trabalho a ser realizado nesse campo.
o se tem controle da relação Supervisão e produtividade do ensino, a ausência de
um sistema eficaz, coerente de avaliação impede o conhecimento da própria produtivi-
dade da Supervisão.
o se pode afirmar que os planejamentos apresentados do trabalho de Supervisão
sejam adequados à realidade, pela deficiência do fluxo de informações e ausência
de dados constatados nas Unidades da Federação.
O levantamento revela condenação dos supervisores nas Capitais e centros mais desen-
volvidos, deixando de lado, talvez, localidades de maior carência.
Há evidência de que a Supervisão é exercida em todas as Unidades Federadas, com
regulamentação anterior ou posterior à Lei 5.692/71, regulamentação essa que varia
desde leis até a simples aprovação de planejamentos anuais.
A carência de dados nas Secretarias de Educação das Unidades Federadas dificultou
uma caracterização mais realista da Supervisão de Ensino de 1º Grau, no País.
FONTE: Supervisão de Ensino de 1º Grau —Diagnóstico
da Situação no Brasil - MEC/DEF/CRHJP - 1973
20
NOVOS RUMOS PARA A SUPERVISÃO
Segundo Diretrizes DEF/MEC
Fundamentando-se na realidade detectada e em estudos da situação da Supervisão de
Ensino de 1 . Grau. o DEF/MEC partiu para a elaboração de um modelo descritivo de supervi-
o no final de 1973. Tal modelo, a ser ajustado à realidade de algumas U.F., constituir-se-ia
base para a implantação de um sistema de supervisão, em caráter experimental.
O Modelo de supervisão DEF/MEC foi lançado no VI Encontro de Secretários de Edu-
cação e Representantes dos Conselhos de Educação, no Rio Grande do Norte, em fevereiro de
1974.
à base de critérios estabelecidos pelo DEF foram selecionadas 12 Unidades da Federa-
ção para o experimento:
Alagoas. Amapá, Ceará. Espírito Santo, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia,
Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Mato Grosso.
Depois de organizadas, em nível de sistema, as equipes que ficariam responsáveis pela ela-
boração do Projeto de Implantação do Modelo, houve a realização do I SEMINÁRIO SOBRE
SUPERVISÃO DE ENSINO DE 1º GRAU. programado pelo Centro de Recursos Humanos
João Pinheiro, Belo Horizonte, no período de 29 a 31 de maio de 1974.
O referido seminário teve como objetivo principal a elaboração de diretrizes para a com-
patibilização do modelo sugerido à realidade de cada U.F., à base de estudo do documento:
Supervisão de Ensino Tentativa de Modelo e Análise de Custo.
Participaram do Encontro 59 representantes das 12 U.F., selecionadas. 11 representantes
de Minas Gerais ligados ao campo da Supervisão de Ensino, 22 representantes do DEF/CRHJP/
MG e 2 elementos do DE F/Brasília.
Como resultado dos estudos e trabalhos realizados durante o mencionado seminário
foram apresentados, em plenário, os seguintes pontos fundamentais do modelo de supervisão
sugerido (MS).
21
Prevê a supervisão inserida em sistema mais amplo, incluindo sistemas menores.
Define operacionalmente os objetivos da supervisão.
Busca a otimização do todo - equilíbrio e unidade, que constituem suportes impor-
tantes para a consecução do objetivo geral.
Constitui-se de estrutura (do ponto de vista estático) e processo (do ponto de vista
dinâmico).
Especifica funções, define limites da ação supervisora, garantindo a interdependência
de suas partes.
Prevê a avaliação tanto do processo como do produto, estabelecendo fluxo e refluxo
de informações para realimentação do sistema.
Prevê controle centralizado e execução descentralizada diversidade de âmbitos
para efeito de ação e tratamento de dados.
Prevê interfaces com outros sistemas.
Determina a avaliação em termos de eficácia e eficiência.
Abrange toda a rede escolar da Unidade Federada, direta ou indiretamente - estra-
tégias diversificadas.
Faz previsão orçamentária.
Busca o melhor aproveitamento possível de recursos humanos, físicos e materiais,
visando a otimização de resultados.
É investimento visa retorno: relação custo/benefício.
Prevê coerência entre exigências em relação ao supervisor (qualificação, jornada de
trabalho e produtividade) e condições (remuneração, recursos físicos e materiais).
Visa à rentabilidade custo/aluno.
Prevê engajamento de pessoas e coesão de grupo.
Preconiza liderança emergente.
Prevê a utilização edequada de métodos básicos, técnicas apropriadas a cada caso
e pessoa: método diretivo,o diretivo e eclético, favorecendo a criatividade.
22
Visa à valorização do pessoal envolvido: titulação específica, treinamento, especí-
fico, aperfeiçoamento e atualização constantes.
Estabelece direitos e deveres.
Prevê equilíbrio entre remuneração do trabalho e qualificação do pessoal envolvido.
Visa à implementação da Proposta Curricular.
Objetiva melhorar a atuação do professor sem criar dependência.
Prevê compatibilização com a realidade.
Possibilita progressividade de implantação.
Foram também apresentadas em plenário as seguintes diretrizes estabelecidas para com-
patibilização do MS à realidade de cada U.F.:
23
1 - DADOS ESTATÍSTICOS
1.1. Levantamento de dados significativos para caracterizar o sistema de en-
sino.
2 - SITUAÇÃO DA SUPERVISÃO
2.1 - Localização
Reestruturar a supervisão, estabelecendo seus âmbitos de ação coeren-
tes com a realidade educacional da Unidade Federada de modo a ga-
rantir:
centralização normativa e descentralização executiva
fluxo e refluxo de informações
2.2 Número de supervisores
Compatibilizar o número de supervisores sugerido no modelo com a
realidade diagnosticada, considerando:
número de regiões, facilidade ouo de acesso ás mesmas
funções da supervisão
atribuições e jornada de trabalho do supervisor
variedade de componentes curriculares
número de professores e sua qualificação
número de tipo de unidades escolares
número de salas de aula e salas-ambiente
progressividade de implantação da proposta curricular e do sistema
de supervisão
disponibilidade orçamentária Unidade Federada
2.3 Vencimentos
Estabelecer os vencimentos do supervisor atendendo:
aos dispositivos legais
às disponibilidades orçamentárias da Unidade Federada
24
2.4 Qualificação do supervisor
Levar em consideração:
a legislação vigente para habilitar o supervisor graduação plena
e de 1º grau, estabelecendo, quando necessário, prazo para essa
habilitação
função da supervisão e atribuições do supervisor nos diversos âm-
bitos
recursos humanos disponíveis envolvidos em supervisão
possibilidade de estabelecer uma política de formação e treinamen-
to de recursos humanos para a supervisão
2.5 Atividade profissional do supervisor
Considerar a supervisão uma atividade eminentemente pedagógica
como ponto básico para determinação do desempenho do supervisor
nos diversos âmbitos de atuação, visando a:
implantação da reforma de ensino
implementação de currículos
centralização normativa e descentralização executiva
interrelação com os demais órgãos da SEC - currículo, planeja-
mento, recursos humanos, pesquisa etc.
Fazer a lotação de supervisores generalistas e especialistas, segundo
o modelo:
generalistas na equipe central
um generalista e um especialista por componente curricular, na
intermediária
generalistas nas unidades escolares
2.6 Atribuições ou tarefas
Realizar o levantamento das atuais atribuições do supervisor para de-
fini-las ou redefini-las, nos diversos âmbitos de atuação, atendendo
a critérios de:
descentralização
racionalização
otimização da produtividade
qualificação do supervisor
jornada de trabalho
facilidade ou dificuldade de acesso
outros
25
Atender, mediante compatibilizaçao, aos parâmetros de desempenho
de tarefas sugeridos pelo modelo para os diversos âmbitos da super-
visão no enfoque sistêmico
2.7 Ação da supervisão sobre a produtividade do sistema
Estabelecer prioridades em termos de variáveis a serem controladas,
que possibilitem a verificação da ação supervisora sobre a produtivida-
de do ensino
Fixar uma metodologia que forneça parâmetros capazes de medir a
produtividade do ensino
Estabelecer mecanismos para acompanhar, controlar e avaliar o sistema
de supervisão, de forma gradativa, visando medir o índice de produti-
vidade desse sistema, em termos de custo/benefício
2.8 Avaliação da supervisão
Organizar um plano global de avaliação (enfoque sistêmico), consi-
considerando:
periodicidade da avaliação, nos diversos âmbitos
especificação de dados a serem colhidos
estabelecimento de fluxo e refluxo de informações
definição de instrumentos a serem usados para a coleta de informa-
ções
avaliação do processo e do produto, tendo em vista a correção
dos desvios e o aperfeiçoamento do sistema
2.9 Análise de custo da supervisão
aprofundar o diagnóstico a fim de obter dados para a análise do
custo atual e dos recursos alocados à supervisão
Determinar os instrumentos a serem utilizados para essa análise
Fazer a previsão orçamentária da supervisão sob a assessoria de
planejadores, economistas, técnicos em estatística, tendo em vista
o controle das variáveis:
número de supervisores X vencimentos
número de administradores-supervisores X gratificação
número e valor de diárias para cursos, seminários, treinamentos
número e valor unitário de material sugestivo
verba para material de consumo
despesas com viagens passagens e diárias
26
MODELOS COMPATIBILIZADOS DE SUPERVISÃO E PLANOS DE IMPLANTAÇÃO
Numa fase preliminar do trabalho foram estabelecidas negociações junto aos Secretários
de Educação das 12 U.F. selecionadas, no sentido de serem criadas equipes responsáveis pela
compatibilização do Modelo sugerido pelo DE F (MS) à realidade e pela elaboração do Plano
de Implantação do Modelo Compatibilizado (MC). Essa tarefa foi realizada pelos assessores
técnicos do Subprojeto Melhoria dos Serviços de Supervisão dos Sistemas de Ensino CRHJP.
A partir de então, os referidos assessores passaram a dar cobertura à realização do traba-
lho já mencionado. A orientação para a compatibilização do MS à realidade teve como base as
diretrizes estabelecidas no I SEMINÁRIO SOBRE SUPERVISÃO DE ENSINO DE. GRAU.
já apresentadas neste documento.
Houve a realização de um estudo mais profundo da situação da supervisão, em cada uma
das U.F. selecionadas para o experimento pelas equipes encarregadas da elaboração dos Modelos
Compatibilizados e respectivos planos de implantação.
Devido a alguns fatores, tais como: falta de previsão de verba para o trabalho, dificulda-
de quanto á disponibilidade de pessoal para as atividades necessárias,o inclusão de ativida-
des específicas ligadas ao Modelo e respectivo Plano de Implantação no quadro geral do traba-
lho para 1974, a equipe responsável pelo trabalho de aprofundamento da situação da supervi-
o defrontou-se com sérios obstáculos. Dentre estes, a impossibilidade de realizar o diagnós-
tico da supervisão em todas as regiões de cada U.F.
No entanto, apesar dos obstáculos colocados, vale considerar o esforço das equipes das
U.F. em fazer o trabalho, o melhor possível, entrosado-se com outros setores da própria Secre-
taria da Educação e da comunidade.
Vale ressaltar ainda que, em algumas U.F. professores de Supervisão das Universidades
deram sua colaboração às equipes responsáveis pela compatibilização do Modelo de Supervisão.
A seguir serão apresentados alguns aspectos julgados mais significativos com referência
aos Modelos Compatibilizados de Supervisão:
27
Quadro 7 — Funções da supervisão de ensino de 1º Grau de 12 Unidades da Federa-
ção - Brasil - 1975
FONTE: Modelos compatibilizados de supervisão
O quadro 7 mostra uma síntese das funções da supervisão de ensino de 1º Grau,
mencionados nos modelos compatibilizados de supervisão das 12 U.F.
Quadro 8 Estratégias para o exercício da supervisão de ensino de 1º Grau em 12 Unida-
des da Federação - Brasil
FONTE: Modelos compatiblizados de supervisão
Pela análise do quadro 8, conclui-se que as 12 Unidades da Federação, em seus mode-
los de supervisão de ensino de 1º Grau, preconizaram estratégias indiretas e diretas.
Observa-se que apenas cinco das U.F. - Alagoas, Amapá, Espírito Santo e Pará preco-
nizaram supervisão direta por meio de diretor-supervisor.
28
Quadro 9 - Critérios para recrutamento de supervisores de ensino de 1º Grau de 12 Uni-
dades da Federação - Brasil - 1975
FONTE: Modelos compatibilizados de supervisão
A análise do quadro 9 indica que, dentre os nove critérios mencionados:
- treinamento específico em supervisão é o único critério preconizado por 100% das U.F.;
obtiveram escolha significativa os critérios:concurso de títulos (75% das U.F.), experiência
de magistério (75%das U.F.). concurso de provas (58% das U.F.).
Convém observar que esses critérios foram listados indiscriminadamente dos âmbitos
de supervisão a que foram preconizados.
Quadro 10 Critérios quanto á formação profissional e treinamento dos supervisores, segundo âmbito de exercício no
ensino de 1º grau, em 12 unidades da federação - Brasil 1975
FONTE: Modelos Compatibilizados de Supervisão
30
Pela análise do quadro 10, pode-se observar:
Para o exercício da supervisão, em cada âmbito, foram estabelecidos vários critérios
quanto à formação profissional do supervisor.
O critério Mestrado ous Graduação para o supervisor do âmbito central, fora
indicado por 75% da U.F.. O critério Licenciatura Plena em Supervisão Escolar
atingiu esse mesmo percentual. Nesse âmbito, todas as U.F. indicaram ou Pós-
Graduação, ou Licenciatura Plena em Supervisão ou Pedagogia (indiscriminada),
como critério.
Para o exercício da supervisão, em âmbito intermediário, o critério indicado por
maior número de U.F. fora Licenciatura Plena em Supervisão Escolar 83%. Perce-
be-se que todas as U.F. mencionaram Licenciatura Plena em Supervisão ou Pedagogia
(sem especificação), como critério para esse âmbito.
Para o exercício da supervisão em âmbito escolar, o critério Licenciatura Plena
em Supervisão Escolar, para esse âmbito, fora indicado por 67% das U.F.
Com excessão de duas U.F., o treinamento específico constituiu-se critério para o
preparo dos supervisores dos diversos âmbitos. A carga horária dos mesmos é que
variou numa amplitude de 100 a 200 horas.
31
Quadro 11 Jornada de trabalho das equipes de supervisão das 12 Unidades da
Federação - Brasil - 1975
FONTE: Modelos compatibilizados de supervisão.
Pela análise do quadro 11, percebe-se que:
- 100% das U.F. indicaram regime de trabalho em tempo integral para as equipes central
e intermediária, sendo que um estado apenas indicou, também, tempo parcial (32h) para
a equipe central.
- 10 (83%) das U.F. estabeleceram regime de trabalho em tempo integral para a equipe es-
colar, sendo que 3 delas indicaram regimes diversificados.
- 2 (17%) das U.F. indicaram apenas regime de trabalho em tempo parcial.
Percebe-se, à base dos dados, a ênfase dada ao regime de trabalho em tempo integral.
Com a dedicação exclusiva dos técnicos ao trabalho, espera-se que a ação supervisora seja mais
eficiente e eficaz.
32
O quadro 12 indica algumas das atividades básicas explícitas nos planos de implantação
dos modelos compatibilizados de 1º grau.
Pela análise deste quadro, percebe-se:
Quatro das atividades básicas reorganização das equipes, implementação da propos-
ta curricular, implementação do modelo de supervisão e operacionalização do fluxo
de informações entre as equipes foram comuns às 12 U.F.
Elaboração de instrumentos de coleta de dados, coleta de dados, acompanhamento,
controle e avaliação da implementação dos M.C. foram algumas das atividades que
evidenciam a preocupação das equipes com a avaliação do MC ou da ação supervisora.
Atividades ligadas à implementação de currículos, participação no acompanhamento,
controle e avaliação dos projetos pedagógicos indicaram a preocupação das equipes
com o enfoque pedagógico dado à supervisão.
A preparação para a implantação gradativa do MC constituiu atividade básica em 92%
dos planos de implantação.
Nesta parte do documento foram apresentados alguns dos critérios estabelecidos nos
modelos compatibilizados de supervisão do ensino de 1 . grau, assim como algumas das ativi-
dades básicas propostas para a implementação desses modelos.
Esta apresentação teve como objetivo indicar algumas das evidências relacionadas às
expectativas dos responsáveis pela implantação de um serviço reestruturado de supervisão nas
12 unidades selecionadas.
34
A IMPLANTAÇÃO DA SUPERVISÃO
DO ENSINO DE 1
o
GRAU - 1975
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A parte que se segue neste documento apresenta a síntese do levantamento da Supervi-
o de Ensino de 1º Grau, no primeiro ano de sua implantação.
A responsabilidade desse trabalho coube a assessores do Projeto de Reformulação de Cur-
rículos para o Ensino de 1º Grau Assistência Técnica, do Centro de Recursos Humanos João
Pinheiro. As U.F. que participam do experimento de implantação da Supervisão de Ensino de 1.
Graum recebendo assistência técnica direta e/ou indireta dos referidos assessores.
O levantamento abrange as seguintes Unidades da Federação: Alagoas, Amapá. Ceará,
Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rond lia, Sergipe, Roraima.
Das 12 U.F. selecionadas para a inplantação, conforme colocado anteriormente, exclu-
em-se Rio Grande do Norte e Santa Catarina, pelas razões seguintes:
- Rio Grande do Norte: necessidades de reelaboração da tábua de especificação e de
elaboração do plano de acompanhamento, controle e avaliação da implementação do Modelo de
Supervisão;
- Santa Catarina: injunções de política de ordem técnico-administrativa da SEC.o
obstante houve interesse com referência à implantação do Modelo de Supervisão, evidenciado
principalmente no esforço de reformulação do MC e respectivo plano de implantação, no perío-
do de setembro a outubro de 1975, visando a uma mais efetiva adaptação dos mesmos à reali-
dade educacional.
Serão feitas oportunamente considerações quanto às principais atividades desenvolvidas
em 1975 pelas referidas U.F., visando à implantação da supervisão em 1976.
As informações que possibilitaram o levantamento nas 10 U.F. mencionadas foram obti-
das principalmente, do trabalho direto dos assessores do CRHJP junto às equipes que atuam em
nível de Secretaria da Educação e da análise dos relatórios sobre as atividades desenvolvidas no
campo da supervisão.
Para se configurar a Supervisão de Ensino de 1 . Grau partiu-se para a metodologia se-
guinte: 1) fazer uma abordagem daqueles aspectos mais ligados à infra-estrutura para o trabalho;
2) abordagem ligada à parte de operacionalização da Supervisão; 3) comentários finais e/ou
conclusões.
Neste trabalho serão evidenciados alguns dos pontos comuns na implantação, assim
comoo comuns tidos como mais significativos no levantamento feito.
Na última parte serão apresentados alguns informes sobre o trabalho de acompanhamen-
to e controle da Implantação dos Modelos de Supervisão pelos assessores do subprojeto de
Assistência Técnica do CRHJP/DEF/MEC.
37
38
RESULTADOS ESPERADOS À BASE DOS OBJETIVOS PROPOSTOS
As atividades básicas constantes dos Planos de Implantação, apresentadas anteriormente,
constituíam um detalhamento dos objetivos propostos para a ação supervisora. Algumas delas
visavam mais ao estabelecimento de condições de infra-estrutura que possibilitassem a operacio-
nalização, isto é, o funcionamento da supervisão.
De uma ou de outra forma, as equipes se empenhavam em desenvolver uma supervisão
que se constituísse em um mecanismo de implementação do Currículo de 1º Grau.
Os relatórios de atividades das equipes revelaram seu empenho em direcionar a ação
supervisora de maneira a atingir determinados resultados aqui registrados:
MELHORIA DA PRODUTIVIDADE DO ENSINO - 10 U.F.
MELHORIA DO DESEMPENHO DO PROFESSOR - 7 U.F.
IMPLEMENTAÇÃO DO CURRÍCULO - 10 U.F.
Vale considerar que outras evidências foram colhidas nos relatórios indicando atividades,
desenvolvidas pelas equipes, direcionadas ã ação docente. Todas as U.F. registraram ações
relativas à melhoria da situação do ensino, porém apenas 7 delas mencionaram-nas de modo
explícito, conforme o indicado.
Observou-se nos levantamentos, que grande parte das atividades realizadas pelas equipes
convergiram para o estabelecimento das condições indispensáveis à realização da supervisão
infra-estrutura inclusive elaboração de planos de acompanhamento, controle e avaliação da
implantação do MC.
39
ASPECTOS LIGADOS À INFRA-ESTRUTURA
ABRANGÊNCIA DA SUPERVISÃO
Cada Unidade da Federação iniciou a implantação do MC em uma das regiões educacio-
nais, com exceção de Mato Grosso que a iniciou em sete polos e Roraima *1, em dois núcleos
populacionais.
- ATINGIMENTO DA SUPERVISÃO
Os dados constantes do Anexo I conduziram a uma configuração numérica do atingi-
mento da implantação dos Modelos Compatibilizados de Supervisão em 9 U.F.:
644 unidades escolares
11.404 professores
288.658 alunos
Vale considerar que os dadoso gerais, tanto no que concerne ás diversas séries do 1º
Grau, quanto no que diz respeito à supervisão direta ou indireta
(*1) O Território Federal de Roraimao conta com divisão em regiões educacionais.
40
RESPONSÁVEIS PELA SUPERVISÃO
Atuando nos âmbitos central, intermediário e escolar, os supervisores foram os respon-
sáveis pela implantação do M.C.
O anexo II indica o quantitativo dos supervisores em cada âmbito, perfazendo um total
de 519 *1, que se responsabilizaram pelo atingimento da Supervisão.
ATIVIDADES BÁSICAS AO FUNCIONAMENTO DA SUPERVISÃO
QUANTO À DIVULGAÇÃO DO MC
Divulgação do MC - 10 U.F.
Os recursos mais utilizados para a divulgação foram reuniões e encontros para estudo
do documento.
O MC foi também objeto de análise em seminários e cursos realizados.
Houve evidência de grande interesse dos supervisores em relação às novas proposi-
ções e expectativas em torno da Supervisão de 1º Grau.
QUANTO A PESSOAL
Reorganização das equipes 10 U.F.
Selação de pessoal - 8 U.F.
Treinamento de pessoal 10 U.F.
Foram estas algumas das atividades realizadas pelas equipes e constantes de seus re-
latórios no sentido de organizar e preparar os supervisores para o trabalho.
Convém explicar que as 1 0 U.F. selecionaram o pessoal. Entretanto, em oito U.F.,
a participação de supervisores já pertencentes à equipe central foi mais efetiva na rea-
lização dessa tarefa.
(*1 ) Foram excluídos os 24 supervisores de Rondônia pelo fato de esta U.F.o ter apresen-
tado os dados relativos à abrangência numérica.
41
Foi evidenciado pelas equipes a percepção do significado dos recursos humanos
para a efetividade da supervisão. Apresentaram-se, contudo, muitos problemas, entre
eles: precariedade de oferta de supervisores devido à carência de elementos possuidores
de pré-requisitos mínimos de qualificação ou devido ao desinteresse motivado pela
falta de estímulo salarial.
Apesar dos obstáculos surgidos pode-se perceber o empenho das equipes em de-
denvolver uma supervisão em novas perspectivas.
QUALIFICAÇÃO DOS SUPERVISORES
Foi diversificada a formação dos responsáveis pela implantação dos M.C., em 1975.
Realmente, na 1a. etapa do trabalho, de um modo geral, pode-se contar com os super-
visores já existentes nos sistemas de ensino de 1º Grau. Foram em número bem redu-
zido as novas contratações desses especialistas.
É importante notar, entretanto, esforço dos representantes dos sistemas em propor-
cionar meios de habilitação e, dos professores-supervisores, no sentido de buscar a ha-
bilitação específica.
JORNADA DE TRABALHO
A jornada de trabalho das equipes de supervisores se diversificou dos critérios esta-
belecidos nos modelos compatibilizados. Tal diversificação é constatada no anexo IX,
onde pode se observar que:
em uma U.F., apenas, a equipe centralo contou com tempo integral para o de-
sempenho de sua função;
entre as nove U.F., que informaram a respeito do regime de trabalho das equipes
intermediárias, em duas delas, esse regime se deu em tempo parcial e, nas outras,
em tempo integral;
as equipes escolares de cinco U.F., trabalharam, em 1975, em regime de tempo
integral, enquanto nas outras três unidades, as equipes trabalharam em tempo
parcial;
em uma das U.F., a equipe escolar contou com seis diferentes jornadas de traba-
lho.
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ASPECTOS LIGADOS À OPERACIONALIZAÇÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta parte ligada às considerações finais serão apresentadas:
- VISÃO DA SUPERVISÃO IMPLANTADA EM 1975 NOS ASPECTOS LIGADOS À REA-
LIDADE E TENDÊNCIAS
- MAIORES OBSTÁCULOS ENFRENTADOS PELAS EQUIPES DE SUPERVISÃO
- ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DE IMPLANTAÇÃO DO MODELO PELA EQUI-
PE DO SUBPROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA. DO CRHJP/DEF
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MAIORES OBSTÁCULOS ENFRENTADOS PELAS EQUIPES DE SUPERVISÃO
As informações apresentadas quanto à supervisão em termos de realizações concretas
e especialmente em termos de tendências refletem todo um condicionamento que vem
dificultando a implantação de um sistema de supervisão alicerçado nos parâmetros suge-
ridos no Modelo de Supervisão/DE F/MEC.
Os maiores obstáculos enfrentados pelas equipes decorrem de injunções político-admi-
nistrativas e de fatores pedagógicos, dentre eles a falta de condições técnicas para realizar
o trabalho dentro das expectativas previstas.
ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DE IMPLANTAÇÃO DO MODELO PELA
EQUIPE DO SUBPROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO CRHJP/DEF/MEC.
O acompanhamento da implantação do Modelo pelos assessores do CRHJP foi realiza-
do à base dos cronogramas de atividades das equipes responsáveis pelo trabalho.
Os assessores se empenharam, junto às equipes de Supervisão das Secretarias de Educa-
ção, no sentido de serem levantadas alternativas de solução para os problemas detecta-
dos ou de minimização dos obstáculos enfrentados. Tal empenho refletiu o esforço dos
assessores no sentido de conduzir as U.F. na complexa tarefa de concretizar uma Super-
visão de Ensino de 1º Grau em novas perspectivas.
62
ATUAÇÃO DO CENAFOR NA
ESPECIALIZAÇÃO DE SUPERVISORES
PEDAGÓGICOS PARA A ESCOLA
DE SEGUNDO GRAU
ÉLIO VIEIRA
ATUAÇÃO DO CENAFOR NA ESPECIALIZAÇÃO DE SUPERVISORES PEDAGÓGICOS
PARA A ESCOLA DE SEGUNDO GRAU.
I. INTRODUÇÃO
Na medida em que as escolas passaram a se organizar para assumirem as novas funções pre-
conizadas para o ensino de 1º e 2º graus na Lei 5.692/71, os seus diretores perceberam que
suas equipes deveriam ampliar-se para que os objetivos de iniciação ao trabalho e profis-
sionalização fossem atingidos. Surgiram então, além dos professores, equipes técnicas ou de
especialistas em educação, compostas no mínimo por um Administrador, um Orientador
Educacional e um Supervisor Pedagógico.
Ao mesmo tempo, as Secretarias de Educação implementavam suas reformas administrativas
incluindo setores específicos correspondentes às novas funções que definitivamente passa-
ram a fazer parte da infra-estrutura de Recursos Humanos para a Reforma de Ensino, quer
em nível de Sistema, quer em nível de Unidades.
Em decorrência da falta de especificação das funções desses técnicos, numa fase de transição
gerada pelas iniciativas de implantação da reforma, múltiplas dificuldades foram diagnosti-
cadas no desempenho dos papéis desses profissionais, que se propunham a trabalhar em
equipe.
Visando o desenvolvimento dos Recursos Humanos necessários à implantação da Reforma
do Ensino em nível de 2º Grau, a Fundação CENAFOR passou a atuar junto a esses profis-
sionais, preparando-os para uma ação integrada de suas funções.
Assim, constituiu um grupo de trabalho formado por professores que na época atuavam no
ensino universitário, em equipes técnicas da Secretaria de Educação do Estado deo Paulo,
em unidades escolares e no ensino supletivo.
Através do Projeto. 77/73, o CENAFOR iniciava o seu trabalho junto aos Supervisores
Pedagógicos, com o objetivo de torná-los aptos a:
1. Situar-se na unidade escolar como um dos elementos da equipe técnica responsável
pela unidade;
2. Participar do planejamento global da escola, do planejamento de currículo e coordenar
o planejamento de ensino;
3. Participar do programa de desenvolvimento de recursos humanos, principalmente do cor-
po docente;
4. Realizar e coordenar pesquisas visando dar um cunho científico à ação educativa promo-
vida pela instituição;
5. Organizar a documentação do setor de Supervisão Pedagógica;
65
r
6. Identificar e utilizar técnicas de Supervisão;
7. Participar da avaliação global da escola e coordenar a avaliação das atividades pedagó-
gicas;
8. Elaborar o plano do setor de supervisão pedagógica.
Este trabalho inicial ainda incompleto quanto ao seu conteúdo e à sua abrangência metodo-
lógica, pode ser entendido como uma fase de implementação cujos resultados constituiram-
se em subsídios para um trabalho mais consistente que ocorreu a paritr de 1975, com o Pro-
jeto Prioritário de Capacitação de Recursos Humanos para o 2º Grau, que passamos a des-
crever.
O II Plano Setorial de Educação e Cultura (Il PSEC) 1975/1979. norteando-se pela filoso-
fia e diretrizes contidas no II Plano Nacional de Desenvolvimento estabeleceu o programa
de ação do Ministério de Educação e Cultura, em todos os níveis, para o qüinqüênio citado.
Dentre os Projetos elencados como Prioritários para a consecução dos objetivos do II PSEC.
incluiu-se o de "Capacitação de Recursos Humanos para o 2º Grau", sob a coordenação do
Departamento do Ensino Médio do MEC.
Ao CENAFOR (Centro Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal para a Formação Profis-
sional), como órgão executor do Departamento de Ensino Médio, foi atribuída a respon-
sabilidade de execução das atividades previstas nesse Projeto Prioritário, que tem por obje-
tivo geral capacitar pessoal docente, técnico e administrativo indispensável à expansão e
melhoria do Ensino de 2º Grau.
No detalhamento do Projeto para o ano de 1975, ficou estabelecida como uma de suas
metas, a de número 04, "Atualizar pessoal técnico e especialistas em educação". Nas ativi-
dades dessa meta se concentrou a atuação do CENAFOR nas áreas de Planejamento e Ava-
liação em nível de Sistemas Estaduais de Educação e de Orientadores Educacionais e Super-
visores Pedagógicos em dois níveis: em nível de Sistema Estadual e em nível de Unidades
Escolares de 2
o
Grau.
2. Sistemática Operacional do Projeto Prioritário "Capacitação de Recursos Humanos para o
2°. Grau".
O problema de capacitação de recursos humanos para o ensino de 2º grau, tornou-se mais
complexo e de maior amplitude a partir das resoluções da Lei nº 5.692/71.
As dificuldades desta capacitação se agravaram tendo em vista que, muitas SEC'So pos-
suíam, até então, órgãos ou unidades de Desenvolvimento de Recursos Humanos, com fun-
ção específica de promover atividades permanentes neste campo.
O Projeto Prioritário de "Capacitação de Recursos Humanos para o Ensino de 2º Grau"
DEM/CENAFOR, levando em consideração estes fatos, pretendeu mais do que oferecer cur-
sos para atender algumas necessidades identificadas pelas SEC'S, implementar e acionar os
núcleos de Desenvolvimentos de Recursos Humanos Estaduais, de maneira que pudessem
assumir a responsabilidade de capacitar seus próprios recursos humanos.
66
Para tanto, tornou-se imprescindível que as SEC'S participassem ativamente de todas as
fases do desenvolvimento do Projeto, e que posteriormente oferecessem condições para
a continuidade do Projeto através da multiplicação dos cursos.
No sentido de garantir o dinamismo necessário a este empreendimento, e dados os limites
dos recursos financeiros disponíveis, adotou-se a seguinte sistemática:
Num primeiro momento, equipes de docentes-especialistas elaboraram, no CENAFOR.
Cursos—Modelo para cada tipo de clientela a ser atingida pelo Projeto,cuja originalidade
consistia na proposição de cursos integrados para as equipes técnicas das Secretarias
de Educação, atingindo a clientela de Diretores, Secretários, Orientadores Educacionais,
Supervisores Pedagógicos e Docentes de 2º Grau.
No caso específico da Orientação Educacional e Supervisão Pedagógica, o planejamento
dos cursos iniciou-se de forma integrada conservando essa característica na sua execução
e avaliação, o queo ocorreu com os cursos para as demais clientelas cuja integração se
deu apenas na fase de elaboração dos planos de cursos.
Estes modelos passaram por um processo de adaptação às características de cada Estado
onde seriam ministrados: num período imediatamente anterior ao da execução do curso,
docentes do CENAFOR. juntamente com docentes locais, selecionados pelas respectivas
Secretarias de Educação, analisaram o Modelo do ponto de vista das peculiaridades esta-
duais da clientela envolvida, fazendo as alterações necessárias para torná-lo mais adequado
e portanto mais eficiente.
Os docentes locais assumiram, sob a supervisão dos docentes do CENAFOR, a execução
dos cursos, capacitando-se através desse treinamento em serviço, a assumirem a docência
de cursos futuros em seu Estado, envolvendo-se a partir de então numa ação encadeada
de preparação de novos docentes, se necessário.
Chamou-se potenciadores a estes elementos responsáveis pelo processo de Capacitação
de Recursos Humanos em nível estadual.
A proposta realizou-se através de Cursos Regionais, envolvendo os Orientadores Educacionais
e Supervisores Pedagógicos que atuaram em nível de Sistema nas Secretarias de Educação.
Embora a proposta inicial tenha sido atingir os elementos integrantes das Equipes Estaduais
de Currículo, dada a diversidade de composição dessas equipes, istoo ocorreu na totalidade
das Secretarias envolvidas: os Orientadores Educacionais e Supervisores Pedagógicos, muitas
vezeso pertenciam à equipe de currículo e, algumas vezes nem mesmo pertenciam à uma
mesma equipe.
Tendo em vista esta realidade, tornou-se preocupação dos responsáveis pelos cursos, a ênfase
na necessidade de se estabelecerem fluxos de trabalho garantindo a integração do desenvol-
vimento da ação educacional.
A partir dos Cursos Regionais, montaram-se os Modelos de Curso em Nível de Unidades Esco-
lares, envolvendo os Orientadores Educacionais e Supervisores Pedagógicos que atuam nas Es-
colas de 2º Grau.
67
Procurou-se garantir que a integração visada em nível de Sistema se efetivasse também em
nível de Unidade,o só no sentido horizontal, entre os elementos que compõem as equipes
das Escolas ou SEC's, como no sentido vertical, estabelecendo-se fluxos da Secretaria para a
Escola e vice-serva.
Através dessa estratégia atingimos as 25 Secretarias de Educação através de Cursos Regionais
realizados no Paraná, Bahia, Amazonas e Rio Grande do Norte. Em nível de Unidades foram
programados onze cursos integrados de Orientação Educacional e Supervisão Pedagógica,
nos seguintes Estados: Ceará, Pernambuco, Amazonas, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Sergipe, Bahia, Alagoas, sete dos quais já se realizaram e quatro estão em exe-
cução durante os de julho.
68
3. DESENVOLVIMENTO 00 CURSO:
3.1. JUSTIFICATIVA
O Curso Integrado para Supervisores Pedagógicos e Orientadores Educacionais em nível
de sistema e unidade para o ensino de 2º grau, foi elaborado tendo em vista as seguintes
considerações:
as inovações na estrutura do ensino de 2º grau, advindas da Lei 5692/71, impôs
aos sistemas estaduais de Educação novas responsabilidades quanto à Orientação
Educacional e Supervisão Pedagógica, tarefas para as quais as Secretarias concen-
tram recursos e esforços;
os elementos que constituem ou constituirão as Equipes Ténicas com atuação
nas áreas de Supervisão Pedagógica e Orientação Educacional, para o Ensino de
2º grau, em nível central, regional e local,o geralmente oriundos do ensino de 1º
grau e portanto, sem experiência para atuarem naquele grau de ensino;
necessidade de definir objetivos e estabelecer projetos comuns, a partir das interfa-
ces identificadas entre as diversas equipes técnicas que compõem os serviços das
Secretarias de Educação;
necessidade de normatizar e elaborar modelos de implantação e/ou implementação
dos Serviços de Supervisão e Orientação, em nível central, regional e local;
necessidade de atualizar os profissionais de Orientação Educacional e Supervisão
Pedagógica numa abordagem integrativa para que, a partir de uma visão coerente do
Sistema Educacional, exerçam suas funções específicas, tendo em vista, objetivos
comuns de trabalho.
3.2. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO CURSO
Procurou-se, num 1? momento, desenvolver uma parte de fundamentação teórica
comum, tendo os seguintes objetivos gerais:
Definir os fundamentos de uma ação integrada e integradora da ação educativa;
Definir uma linha comum de trabalho através da:
análise das finalidades, funções e diretrizes do ensino de 2
o
. grau sob os aspec-
tos pedagógico e administrativo;
análise da organização e dinâmica das equipes técnicas da Secretaria da Edu-
cação definindo o desempenho dos diferentes especialistas nesta equipe;
identificar os vários níveis de decisão desses especialistas no sistema educacional
estadual, identificando também a articulação entre eles.
Utilizar instrumentos comuns de planejamento, implantação e implementação
e avaliação da ação educacional.
Num 2º momento, procurou-se fundamentar e instrumentar cada especialista (Super-
visão Pedagógica e Orientação Educacional), nas suas funções específicas, tendo em vis-
ta a abordagem integrativa e alcance dos objetivos gerais da parte integrada.
69
Objetivos da Parte Especifica para Supervisores Pedagógicos dos Cursos Regionais em
Nível de Sistemas Estaduais de Educação:
Oferecer subsídios para o aperfeiçoamento da ação Supervisora dos Sistemas de
Educação em relação ao ensino de 2 . grau através da:
Instrumentação dos Supervisores Pedagógicos para aplicar a abordagem sistê-
mica à sua atuação na interpretação, implementação e avaliação da proposta
curricular do Sistema Escolar;
Definir a atuação das equipes de Supervisão Pedagógica junto às equipes de
Currículo dos Sistemas Estaduais de Educação;
Definição e aplicação de princípios e estratégias de avaliação:
do processo educacional desenvolvido no sistema;
dos produtos da ação educacional;
do plano da Supervisão;
dos produtos da ação supervisora.
Objetivos da Parte Específica para Orientadores Educacionais dos Cursos Regionais
em Nível de Sistemas Estaduais de Educação:
Capacitar Orientadores Educacionais para a organização de uma sistemática de
planejamento, implantação, implementação e avaliação do processo de Orientação
Educacional em nível estadual através da:
Fundamentação da proposta de ação da Orientação Educacional integrada ao
desenvolvimento do currículo;
Orientação e instrumentação do Orientador Educacional das SEC's para uma
implantação e/ou implementação e avaliação do processo de Orientação Edu-
cacional no Ensino de 2º grau;
Definição de estratégias adequadas ao desenvolvimento de planos a curto,
médio e longo prazo.
Finalmente, num 3 . momento, a atividade do curso consistiu na elaboração de um pla-
no conjunto Supervisão Pedagógica e Orientação Educacional em nível central,
regional e local através da abordagem sistêmica da ação educativa.
A partir do modelo básico dos Cursos Regionais, foi montado o modelo básico do
Curso de Atualização de Supervisores Pedagógicos e Orientadores Educacionais de
Escolas de 2
o
Grau.
Objetivos da Parte Especifica para Supervisores Pedagógicos dos Cursos de Atualização
de Orientadores Educacionais e Supervisores Pedagógicos em nível de Unidades Esco-
lares:
OBJETIVO GERAL:
Instrumentar Supervisores Pedagógicos quanto ao planejamento, implementação e
avaliação da proposta educacional da Unidade Escolar segundo o enfoque sistêmico.
70
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar e aplicar princípios de Supervisão na Unidade Escolar quanto a:
Planejamento Curricular
Projetos de Ação Pedagógica
Avaliação
Coordenar programas de desenvolvimento de recursos humanos referentes ao
pessoal docente e da comunidade.
Avaliar o processo educacional desenvolvido na Unidade Escolar
Objetivos da Parte Específica para Orientadores Educacionais dos Cursos de Atualiza-
ção de Supervisores Pedagógicos e Orientadores Educacionais em nível de Unidades
Escolares.
OBJETIVO GERAL:
Capacitar os Orientadores Educacionais para implantação e/ou implementação da
reforma de ensino de 2ºgrau em Nível de Unidade escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Caracterizar as funções e atribuições do Orientador Educacional face às
exigências do Ensino de 2º grau;
Analisar a realidade da Orientação Educacional nas Escolas de 2º Grau;
Elaborar um plano de ação da Orientação Educacional numa Escola de 2º
Grau.
4. DADOS QUANTITATIVOS -TABELAS
5. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
Modelo
Potenciadores
6- CONCLUSÕES GERAIS.
71
72
73
TABELA 3. Distribuição da clientela por formação (cursando ou concluindo)
2? Grau (completo); História, Geografia, Letras; Educação Física; Matemática; Direito;
Física/Química; Engenharia; Ciências Econômicas; Veterinária.
OBS: - O nº total de participanteso corresponde ao n º total de concluintes, em virtude
dos dados terem sido coletados do questionário de caracterização que é aplicado
no início do curso.
As categoriasoo mutuamente exclusivas.
NOTE-SE:
Predominância dos licenciados em Pedagogia.
74
TABELA 4. - Porcentagem de participantes dos 6 Cursos Integrados para Orienta-
dores Educacionais e Supervisores Pedagógicos com Pós-Graduação.
Complementação Pedagógica, Atualização, Aperfeiçoamento e/ou
Especialização.
OBS: - A somatória dos valores das linhas é diferente de 100%. pois as categoriaso
o mutuamente exclusivas.
NOTE -SE:
- Mais de 75% da clientela participou de algum curso de Atualização, Aperfeiçoa-
mento e/ou Especialização;
- Nos Cursos de Recife, Salvador e Curitiba, a quase totalidade dos alunos partici-
pou de Atualização, Aperfeiçoamento e/ou Especialização;
- Há maior concentração de pós-graduados em Curitiba;
- As porcentagens referentes ao curso de Manauso inferiores às dos outros
cursos.
75
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77
TABELA 7. Porcentagem dos alunos dos 6 Cursos Integrados para Orientadores
Educacionais e Supervisores Pedagógicos com participação em ativi-
dades educativas desenvolvidas pelo CENAFOR
LEGENDA: A - encontro(s), semináriols), simpósio(s), curso(s)
de atualização, especialização ou aperfeiçoamento.
B - estágios e/ou bolsas de estudo.
C outros tipos de atividades.
D - AeC.
NOTE-SE: Menos de um terço dos alunos, na maioria dos cursos, participou de
atividades educativas desenvolvidas pelo CENAFOR;
Apenas a clientela do curso de CURITIBA possui 68% dos seus
alunos, como tendo participado de atividades desenvolvidas pelo
CENAFOR;
Dos participantes nestas atividades, a grande maioria participou de
encontros, seminários, simpósio, cursos de atualização, especializa-
ção ou aperfeiçoamento.
78
5. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO
O MODELO
O modelo básico dos cursos foi avaliado em sua aplicação nos diversos estados
brasileiros, tanto pelos seus aplicadores (docentes) como pelos seus recebedores
(alunos). Alguns pontos dessa avaliação merecem ser aqui destacados:
Quanto à aplicabilidade do modelo (proposta de uma Ação In-
tegrada de Supervisão Pedagógica e Orientação Educacional),
os alunos consideraram que a ação propostao é de todo aplicá-
vel. Os docentes concordaram parcialmente com a opinião dos
alunos.
Quanto ao atingimento dos objetivos, os testes revelaram um ín-
dice satisfatório: 50% dos objetivos apresentaram um índice de
atingimento superior a 75%.
As unidades melhores assimiladaso apresentadas abaixo em ordem de-
crescente de aprendizagem:
Enfoque sistêmico em Educação
Diretrizes para montagem de Currículo
Desenvolvimento de Recursos Humanos
Processo de Planejamento Curricular
Fundamentos de Avaliação Educacional
Avaliação do Ensino-Aprendizagem
(Aprendizagem excelente)
(Aprendizagem regular)
(Aprendizagem deficiente)
Esta foi a única unidade de ensino que apresentou baixo índice de apren-
dizagem. (menos de 50% dos objetivos apresentaram indices superiores a
75% de acertos).
Quanto ao conteúdo, os alunos de modo geral afirmaram que já
tinham conhecimento do mesmo, e que, por essa razão, era repeti-
tivo para eles.
Em contraposição, os docentes afirmaram, de modo geral, que os
alunos tinham dificuldades em acompanhar o curso por falta de
conhecimentos básicos.
Quanto às estratégias de ensino/aprendizagem utilizadas nos cur-
sos essas foram consideradas por alunos e docentes satisfatória
para a consecução dos objetivos propostos.
Quanto aos recursos auxiliares de ensino, alunos e docentes par-
tilharam a opinião de que o volume de textos para serem lidos du-
rante o curso era excessivo.
79
Análise dos Resultados
Aplicabilidade do modelo
A análise dos resultados da avaliação, apresentados conduzem-nos
às seguintes hipóteses:
a)o é de todo inviável que ao modelo faltasse uma abordagem
operacional que desse aos alunos a certeza de sua aplicabilida-
de.
b) As Secretarias de Educaçãoo apresentam condições favorá-
veis para um trabalho integrado das funções de Orientação
Educacional e Supervisão Pedagógica, quer nas Escolas quer
em nível de Sistema.
c) Os profissionaiso amadureceram ainda para assumirem um
trabalho de equipe. Cada um prefere atuar isoladamente den-
tro do seu universo de conhecimentos, o que lhes dá mais
segurança.
Atingimento de Objetivos:
Os objetivoso atingidos no tema sobre a Avaliação de Ensino
e Aprendizagem aceitam as seguintes hipóteses:
a) O nível de dificuldade das questões do teste foi muito elevado,
sendo portanto um problema do instrumento de avaliação.
b) Esta é uma área sobre a qual a clientelao possue o embasa-
mento necessário ao aprofundamento proposto pelo modelo.
c) A Avaliação foi a única unidade do curso na qual os itens se
basearam em conhecimentos específicos, só adquiridos atra-
s da leitura de determinados textos (itens de informação).
No replanejamento do curso, alguns desses textos foram ex-
cluídos das leituras obrigatórias,o tendo sofrido os testes
de rendimento, as alterações correspondentes.
Conteúdo
Quanto aos dados apresentados nos itens anteriores considerar
o seguinte:
a) Os temas eram realmente familiares aos alunos, pois o conteú-
do tratado nos cursoso se propôs fugir de temas universais,
próprios à formação do Supervisor Pedagógico.
b) A nova forma de abordagem proposta a esta temática conheci-
da, exigiu dos alunos um espírito crítico e flexibilidade, nem
sempre apresentados pelos mesmos.
80
Recursos Auxiliares de Ensino.
Em relação ao item anterior a curso oferecia uma quantidade
volumosa de textos, a fim de que na reformulação do mesmo, o
docente tivesse a flexibilidade de suprimir, alterar ou substituir
alguns textos, desde que as alteraçõeso comprometessem
a estrutura geral do curso. Na maioria dos cursos, as adaptações
regionaiso fizeram diminuir o volume dos textos, que foram
assumidos em sua totalidade como leitura obrigatória, tornando-se
realmente excessiva para um curso de 80 horas.
A despeito disso, levanta-se ainda a hipótese de que os participan-
teso apresentaram hábitos de leitura suficientemente desenvol-
vidos.
POTENCIADORES
Em relação aos elementos treinados para desencadearem a ação multiplicadora dos
cursos em cada Estado, a avaliação das atividades desenvolvidas até agora mostrou
que:
Apresentam-se em melhores condições de assumirem o desenvolvimento
do processo em seus Estados, aqueles elementos que -atuando em nível
de Sistema nas Secretarias participaram dos Cursos Regionais, sub-
metendo-se depois ao treinamento para assumirem a docência dos Cur-
sos Estaduais.
Outro fator decisivo, para a qualidade do desempenho do potenciador, foi
o grau de observância dos pré-requisitos para a seleção desses elementos
estabelecidos pelo CENAFOR, para as Secretarias.
Em alguns Estados foram indicados elementos que, a despeito de esforço
pessoal no treinamento,o estão em condições de assumirem o processo,
poro terem aquelas condições de formação e/ou experiências exigidas
nos pré-requisitos.
CONCLUSÕES GERAIS:
É válida a utilização de um Modelo-Padrão de curso, como ponto de partida
para Cursos de Atualização para Supervisores Pedagógicos e Orientadores
Educacionais. O Modelo garante que numa atuação em nível nacional, mante-
nha-se a fidelidade, filosofia e diretrizes que se queiram imprimir numa atua-
ção desse tipo, propiciando-se ao processo, uma unidade e coerência dificil-
mente possível através de cursos organizados por diferentes equipes em dife-
rentes Estados.
Garantida a manutenção da estrutura básica do curso, deve porém o Modelo
sero flexível quanto possível. Verificou-se, que, adaptações regionais se fa-
zem indispensáveis para que as necessidades de cada Estado sejam realmente
atendidas. Os resultados mostram mesmo que, da Semana de Planejamento que
antecede a execução de cada curso, e, adaptações subseqüentes, depende a
eficiência do curso. Isto é válido principalmente para a parte prática do curso,
que deve traduzir fielmente situações reais de trabalho do aluno.
81
Ficou confirmada a absoluta necessidade de se preparar inicialmente, profis-
sionais que atuam em nível de sistema, nas Secretarias de Educação, antes de
se envolver o pessoal de Unidades Escolares. Isto garante uma coerência na li-
nha de trabalho desenvolvida ao longo do sistema, no sentido vertical.
0 grau de envolvimento das Secretarias de Educação nas atividades conjuntas
DEM/CENAFOR/SECs para a preparação dos Recursos Humanos do 2º grau,
surgiu como o fator de maior relevância na avaliação dessas atividades. Todos
os aspectos dos cursos dependeram diretamente desse envolvimento, permitin-
do ou um excelente trabalho ou, comprometendo perigosamente todo o pro-
cesso. Recrutamento e seleção da clientela, divulgação e informações sobre o
curso, seleção dos potenciadores, atividades de apoio, dependeram do grau
de maturidade e envolvimento da Secretaria, ao assumir estas atividades.
0 pessoal das Secretarias é extremamente flutuante. Seus departamentos fre-
qüentemente trabalham desvinculadamente entre si (2º grau, Recursos Huma-
nos, Planejamento) e, nem sempre a capacitação de Recursos Humanos
recebe das Secretarias a atenção e a prioridade que deveria merecer no atual
estágio de implantação da Reforma de Ensino de 2º grau.
82
ÉLIO VIEIRA: - O Centro Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal para a Formação
Profissional, CENAFOR é um órgão sediado emo Paulo e que tem como objetivo, o desen-
volvimento de recursos humanos para o ensino profissionalizante de segundo grau.
Entre os objetivos específicos do CENAFOR, estão: formar, aperfeiçoar e especializar
docentes, nas disciplinas de formação especial, para as áreas primária, secundária e terciária;
como também técnicos de Educação que atuem, tanto em nível de Secretaria como de Unidades
Escolares. Entre esses técnicos de Educação, vamos encontrar a figura do Supervisor Pedagógi-
co.
Elaboramos, então, para este Seminário, este documento: "Atuação do CENADOR
na Especialização de Supervisores Pedagógicos para a Escola de Segundo Grau". Na introdução
fazemos uma abordagem de como o CENAFOR, na medida em que as escolas passaram a se
organizar, para assumirem as novas funções preconizadas na Lei 5.692/71, para o Ensino de
Segundo Grau, começou a trabalhar com Supervisores Pedagógicos, isto é, começou a atuar na
área de especialização de Supervisores Pedagógicos. Isso ocorreu no ano de 1973 com a contra-
tação de equipes de especialistas na área.
Esse trabalho inicial do CENAFOR, ainda que incompleto quanto ao seu conteúdo e a
sua abrangência metodológica, pode ser entendido como uma fase de implementação, cujos
resultados constituiram-se em subsídios para um trabalho mais consistente, que ocorreu a partir
de 1975, com um projeto prioritário de Capacitação de Recursos Humanos para o ensino de
Segundo Grau. Este é o projeto mais consistente do CENAFOR e está subordinado à Coor-
denação do Departamento de Ensino Médio do MEC. O CENAFOR é, portanto, um órgão
executor do DEM.
No detalhamento do Projeto para o ano de 1975 ficou estabelecido como uma de suas
metas, a de Atualizar Pessoal Técnico e Especialistas em Educação. Nas atividades dessa meta,
a atuação do CENAFOR concentrou-se em Cursos para Planejadores e Avaliadores em nível
regional e em Cursos para Supervisores Pedagógicos e Orientadores Educacionais, tanto em
nível de Sistema Estadual, como em nível de Unidades Escolares de Segundo Grau.
É importante destacar a sistemática operacional desse Projeto, porque ela traz realmente
uma conotação, uma característica nova.
O problema de Capacitação de Recursos Humanos para o Ensino de Segundo Grau
tornou-se mais complexo e de maior amplitude a partir das Resoluções da Lei 5.692/71. E
destacamos que, particularmente, por causa da profissionalização em nível de Segundo Grau
é que isto se tornou complexo. As dificuldades dessa capacitação agravaram-se, tendo em vis-
ta que muitas Secretariaso possuíam, até então, órgãos ou unidades de Desenvolvimento
de Recursos Humanos com função específica de promover atividades permanentes neste campo
de aperfeiçoamento de pessoal.
O projeto prioritário, levando em consideração esses fatos pretendeu implementar e
acionar os Núcleos de Desenvolvimento de Recursos Humanos Estaduais, de maneira que
pudessem eles próprios assumir a responsabilidade de Capacitar os seus Recursos Humanos.
Para isso, tornou-se imprescindível que as Secretarias de Educação participassem ativa-
mente de todas as fases de desenvolvimento desse projeto e que posteriormente oferecessem
condições para a continuidade do mesmo, através da multiplicação desses cursos.
83
No sentido de garantir o dinamismo necessário a esse empreendimento, e dados os limi-
tes dos recursos financeiros disponíveis, adotou-se, então, a sistemática seguinte: em um
primeiro momento, as equipes de docentes especialistas elaboraram, dentro do CENAFOR,
cursos modelos para cada tipo de clientela a ser atingida pelo projeto, cuja originalidade consis-
tia na proposição de cursos integrados para as Equipes Técnicas das Secretarias de Educação,
atingindo a clientela de Diretores, Secretários, Orientadores Educacionais, Supervisores Peda-
gógicos e Docentes de Segundo Grau.
No caso específico da Orientação Educacional e da Supervisão Pedagógica, o plane-
jamento foi feito de forma integrada e esses cursos mantiveram-se integrados também na sua
execução. Em um primeiro momento dessa sistemática, ocorreu a elaboração de um modelo.
Esse modelo recebeu contribuições das diversas realidades que foram detectadas pelo DEM,
através de contatos pessoais da sua equipe e através de pesquisas realizadas tanto pelo DEM,
como pela Fundação CENAFOR.
Em um segundo momento, ou seja, depois de elaborados esses modelos, vamos identifi-
car a difusão dos mesmos. O modelo planejado no CENAFOR, por equipes de especialistas, foi
às regiões e sofreu um replanejamento, atendendo às peculiariedades locais. Em seguida,
esses cursos foram executados prevendo, na área de Supervisão, a integração com a Orientação
Educacional.
Um dado peculiar e muito interessante a destacar é que os docentes do CENAFOR, nas
duas etapas, trabalharam com docentes locais ques chamamos de potenciadores. Esses po-
tenciadores sofreram um processo de treinamento, prevendo-se uma terceira etapa, que é a
da ação multiplicadora do modelo, realizada pelos potenciadores.
Deixamos em cada Região onde o CENAFOR trabalhou, docentes preparados para
multiplicarem os cursos.
Algumas dificuldades? Sim a proposta era a de realizar cursos regionais, atualizando os
Orientadores Educacionais e Supervisores Pedagógicos que atuam em nível de Sistema nas
Secretarias de Educação. Essa proposta inicial pretendia atingir os elementos integrantes das
Equipes Estaduais de Currículo. Dada a diversidade de composição dessas equipes, issoo
ocorreu na totalidade das Secretarias envolvidas. Orientadores Educacionais e Supervisores
Pedagógicos, muitas vezeso pertencem à Equipe de Currículo e, algumas vezes, nem mesmo
pertencem a uma mesma equipe. Tendo em vista essa realidade, tornou-se preocupação dos
responsáveis pelos cursos, a ênfase na necessidade de se estabelecerem fluxos de trabalho,
garantindo a integração do desenvolvimento da Ação Educacional. A partir dos cursos regionais,
montaram-se os modelos dos cursos em nível de Unidades Escolares, envolvendo os Orienta-
dores Educacionais e os Supervisores Pedagógicos que atuam na escola de Segundo Grau.
Procurou-se garantir que a integração visada em nível de Sistema se efetivasse em nível
de Unidade,o só no sentido horizontal, entre os elementos que compõem as equipes das
Escolas, como no sentido vertical, estabelecendo-se fluxos da Secretaria para a Escola e vice-versa.
Atingimos, então as vinte e cinco Unidades Federadas, portanto, o Brasil. Temos já
treinado, na pior das hipóteses, nas Unidades menores, um supervisor e um orientador. Em al-
84
gumas Secretarias temos seis pessoas treinadas; é o caso deo Paulo, Porto Alegre, Curitiba,
e outras mais.
Atingimos, também, onze U.F. por meio dos cursos destinados ao Supervisor Pedagó-
gico e ao Orientador Educacional que trabalham nas Unidades Escolares.
Os cursoso montados com três momentos distintos: Em um primeiro momentoo
dados os fundamentos teóricos comuns aos profissionais, tanto de O.E. quanto de S.P., traba-
lhando juntos.
Num segundo momento eles trabalham isoladamente, recebendo instrumentação para
as suas ações como orientadores ou supervisores. E, finalmente, num terceiro momento, traba-
lham novamente juntos na elaboração de um Plano de Ação Integrada.
A característica principal do desenvolvimento desse trabalho é a abordagem de Ação
Integrada.
s estamos testando o modelo e é a primeira vez que saímos no mercado com um mo-
delo de abordagem de ação integrada e com essa sistemática de Ação Multiplicadora nas pró-
prias Regiões. E uma vez que estamos testando, nos interessa avaliar de perto. Também os po-
tenciadores devem ser avaliados porque eles serão elementos-chave nos seus postos de traba-
lho, nas suas Secretarias, para o processo de multiplicação. Se eleso tiverem condições, o
processo morre. Precisamos então da avaliação, para poder modificar a situação em tempo.
Foram levantadas algumas críticas a esse modelo de curso com uma abordagem de ação integra-
da
a) Faltava ao modelo uma abordagem operacional que desse aos
alunos a certeza de sua aplicabilidade;
b) As Secretarias de Educaçãoo apresentam condições favorá-
veis para um trabalho integrado nas funções de orientação e
supervisão, quer nas escolas, quer em nível de sistema;
c) Os profissionaiso amadureceram ainda para assumirem um
trabalho de equipe; cada um prefere atuar isoladamente dentro
do seu universo de conhecimentos; o que lhes dá maior segu-
rança.
Se a nova forma de abordagem proposta a essa temática conhecida exigiu dos alunos
um espírito crítico e flexibilidade nem sempre apresentadas, também na avaliação dos
docentes sobre os alunos. Isso significa que todo mundo conhece tudo, mas ninguém conhe-
ce nada, ou melhor, conhece muito pouco no sentido profundo. A característica do curso era
de uma abordagem de ação integrada e por aí é que se pretendia lançar a novidade, eo por
intermédio do seu conteúdo, pela sistemática e pela proposta filosófica que o curso trazia.
Deixando a avaliação de lado, vamos ás conclusões gerais porque estas interessam a
vocês e muito particularmente ao OEM que, na continuidade dos seus trabalhos, deverá pen-
sar também, no aperfeiçoamento e na especialização dos profissionais.
É válida a utilização de um modelo padrão de curso? O CENAFOR concorda que é-
lida porque o modelo garante que em uma atuação em nível nacional mantém-se a fidelidade,
a filosofia e as diretrizes que se quer imprimir em uma atuação desse tipo, propiciando-se ao
85
processo, uma unidade de coerência dificilmente possível, por meio de cursos organizados por
diferentes equipes, em diferentes U.F. Queremos chamar muito a atenção de todos vocês para
esse ponto, porque é um dado realmente fruto de um sistema de avaliação bastante rico em ter-
mos de instrumental.
Garantida a manutenção da estrutura básica do curso, deve o modelo sero flexível
quanto possível. Verificou-se que adaptações regionais se fazem indispensáveis para que as ne-
cessidades de cada Estado sejam realmente atendidas.
Isso quer dizer ques confirmamos a hipótese inicial de que é melhor preparar antes,
por meio de um curso em nível de sistema, os futuros potenciadores; aqueles que farão a mul-
tiplicação porque eles já terão uma experiência anterior e sedimentarão essa experiência no re-
planejamento, no seu trabalho, no seu treinamento como docente, junto com o docente do
CENAFOR.
86
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR
I Introdução
Il Caracterização do papel do Supervisor Escolar
III Áreas de Ação do Supervisor Escolar
IV Recomendações Gerais
Documento elaborado por técnicos do DEM, DEF, DAU, DSU e
SG/MEC.
Colaboração: Subsídios apresentados durante o I. Seminário de
Supervisão Pedagógica, realizado no DEM no perío-
do de 02 a 06/08/76, por seus participantes e por
representantes das Instituições:
Associação de Supervisores de Educação do
Estado do Rio Grande do Sul—ASSE RS.
Centro de Ensino Pessoal do Exército CEP.
Centro Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal
para a Formação Profissional CENAFOR
Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário
-COAGRI.
87
I - INTRODUÇÃO
A institucionalização da Supervisão Escolar (*) no Sistema Educacional Brasileiro é
um fenômeno recente, que vem atender às exigências de pessoal especializado que dinamize a
função pedagógica dos Sistemas Estaduais de Ensino.
Durante muito tempo a Supervisão foi considerada como uma atividade de caráter
predominantemente fiscalizador, confundindo-se com a Inspeção Escolar.
A Lei 5.692/71, em seu Art. 33, mantém a distinção, entre a Supervisão e a Inspeção,
quando dispõe que: "a formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores,
supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduçao, com
duração plena ou curta, ou de pós-graduação".
o obstante,o há ainda uma Lei específica regulamentando a profissão do Super -
visor Escolar.
Dada a importância do papel do Supervisor Escolar e a necessidade deste profissional
para o aperfeiçoameto do Sistema Educacional Brasileiro em todos os níveis e modalidades,
é indispensável que:
seja regulamentada a profissão de Supervisor Escolar;
seja criado o cargo de Supervisor Escolar, no Sistema Educacional, para atuar nas
Escolas de diferentes níveis e modalidades de Ensino e nos Órgãos de Coordenação do
Sistema Educacional;
sejam definidas as Áreas de Ação e as Competências do Supervisor Escolar por meio
de Instrumentos legais.
Até o advento da Lei 5.540 de 28 de novembro de 1968, que fixou normas para a orga-
nização e o funcionamento do Ensino Superior, nossa legislação escolar era imprecisa quanto à
definição do tipo de especialistas necessários à educação: Isto pode ser constatado no Art. 3.
do Decreto—Lei 53, de 18/11/1966 ao tratar dos cursos oferecidos pelas Universidades Fede-
rais: serão incluídos "obrigatoriamente os de formação de professores para o ensino de 2º
grau e de especialistas em educação".
A Lei 5.540/68, em seu Art. 30, ao dispor que "A formação de professores para o ensino
de 2° grau de disciplinas gerais ou técnicas, bem como o preparo de especialistas para o trabalho
de planejamento, supervisão, administração, inspeção e orientação no âmbito de escolas e siste-
mas escolares far-se-à em nível superior", explicita, pela primeira vez, que Supervisão e Inspeção
o especializações distintas.
O Parecer 252/69, do Conselho Federal de Educação, ao propor os Currículos Mínimos
para o Curso de Graduação em Pedagogia, reforça e enriquece a proposição da Lei 5.540/68;
ao definir as cinco habilitações pedagógicas: supervisão, administração, orientação, inspeção e
magistério e ao indicar as "matérias" que devem compor a parte diversificada da habilitação em
Supervisão, praticamente caracterizou o campo de atuação do especialista em Supervisão,
como de natureza predominantemente pedagógica.
* A denominação de Supervisão Escolar está sendo utilizada por ter sido adotada no Pa-
recer nº 252/69, que trata das Habilitações do Especialista em Educação. Tal denomina-
ção circunscreve a ação do mesmo às agências de Educação Formal. Talvez haja conveni-
ência de encontrar um termo mais abrangente, que englobe a ação do supervisor tanto
nas Escolas como em agências de educaçãoo formal.
88
Il - CARACTERIZAÇÃO SINTÉTICA DO PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR
O Supervisor Escolar vem assumindo no Brasil um papel profissional que o caracteriza,
basicamente, como um elemento ativador de Sistemas Educacionais, tanto em nível de micro
como de macro-sistema.
Sua atuação, quer nas Escolas, quer nos Órgãos de Coordenação do Sistema Educacional,
pode ser evidenciada nas operações de:
analisar continuamente o sistema educacional em funcionamento;
fornecer aos -planejadores educacionais, elementos para realimentação do sistema
educacional;
fornecer subsídios para reformulação de Diretrizes Curriculares;
introduzir inovações educacionais no sistema;
dinamizar o processo de desenvolvimento do Currículo;
promover o aperfeiçoamento profissional dos educadores em serviço, em caráter
permanente;
promover o aperfeiçoamento constante das condições de ensino e aprendizagem dos
Sistemas de Ensino Federal, Estadual e Municipal.
A liderança construtiva deste profissional caracteriza-se pelas ações de:
proporcionar aos educadores uma percepção global da Educação;
provocar uma abordagem integradora dos fenômenos educacionais;
estimular o espírito de investigação e a criatividade dos docentes;
unificar a ação dos diferentes agentes educacionais e das agências intra e extra-esco-
lares em torno dos fins superiores da Educação.
Sendo este profissional um agente de inovações no meio educacional, a ele compete
adaptar as diferentes condições sócio-econõmico-culturais de cada realidade escolar, as decisões
de ordem pedagógica emanadas dos Órgãos Superiores do Ministério da Educação e das Secre-
tarias Estaduais. Cabe-lhe, ainda, estar permanentemente atualizado quanto a novas descobertas
no campo educacional e a novas conquistas da Ciência, da Tecnologia e da Arte a fim de incor-
porá-las, criticamente, à praxis educacional.
O Currículo Núcleo da ação supervisora
É o principal instrumento de inovação educacional utilizado pelo Supervisor: para o
Currículo convergem todas as descobertas no campo da Filosofia e das Ciências da Educação.
Para o desenvolvimento e a dinamização do Currículo, o Supervisor deverá contar com todas as
contribuições das Ciências Humanas e Exatas e com as conquistas no campo das Comunicações,
devido à natureza da própria Supervisão que é um campo-síntese, onde teoria e prática se in-
tegram naturalmente.
89
III - ÁREAS DE AÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR
O Supervisor Escolar terá como áreas de ação: o Currículo, o subsistema Ensino-Apren-
dizigem e o Processo Educacional.
A Na área de Currículo, a atuação do Supervisor será em Órgãos de Coordenação do Sis-
tema Educacional (em nível Federal, Estadual ou Municipal) e em Unidades Escolares
(nos diferentes graus e modalidades de Ensino).
1. Nos Órgõs de Coordenação do Sistema Educacional, serão de sua competência:
planejamento da implementação do Currículo;
coordenação da execução das Diretrizes Curriculares;
acompanhamento e avaliação das Propostas de Currículo des Unidades Escolares.
2. Nas Unidades Escolares, serão de sua competência:
coordenação de Planejamento Curricular;
acompanhamento das atividades curriculares;
avaliação do Currículo.
B - Na área do subsistema Ensino-Aprendizagem, a atuação do Supervisor será em Uni-
dades Escolares de todos os graus e modalidades de ensino.
Serão de sua competência:
planejamento, coordenação, acompanhamento e avaliação do sistema;
treinamento em serviço, do Pessoal Docente.
C - Na área do Processo Educacional, a atuação do Supervisor será em Órgãos de Coordena-
ção do Sistema Educacional (em nível Federal, Estadual ou Municipal).
Serão de sua competência:
participação no planejamento e na avaliação do sistema educacional;
coordenação e acompanhamento do processo educacional;
coordenação do Sistema de Supervisão;
avaliação do Sistema de Supervisão;
participação no treinamento de Supervisores e Professores.
Compete ainda ao Supervisor:
desenvolver atividades integradas com os demais Especialistas que atuam no campo
educacional;
assessorar os órgãos Superiores nas decisões educacionais;
participar de atividades, junto a Empresas e Instituições sociais que visem integrar
a Escola no meio-ambiente;
prestar cooperação técnica em Supervisão a órgãos nacionais, estaduais ou municipais;
desenvolver atividades profissionais em outras instituições públicas ou particulares.
90
IV - RECOMENDAÇÕES GERAIS
Para a regulamentação da profissão do Supervisor Escolar recomenda-se:
A Que sejam exigidos destes profissionais, como requisitos mínimos:
Licenciatura Plena em Pedagogia (obtida em curso regido por legislação anterior
ao Parecer 252/69 - C.F.E.) e experiência comprovada de 2 anos de docência.
B Que, para ocupação do cargo de Supervisor Escolar, sejam estabelecidas exigências
crescentes de qualificação, de acordo com o grau de responsabilidade e com o nível de
complexidade das instituições a serem supervisionadas e das funções a serem desempe-
nhadas :
Habilitação em Supervisão Escolar desenvolvida em nível de Graduação nas Faculda-
des de Educação devidamente reconhecidas e experiência comprovada de, no-
nimo, 2 anos de docência;
Pós-Graduação em Educação, em Centros (nacionais e/ou estrangeiros) de Formação
de Excelências, acrescidas de estágios em instituições escolares de vanguarda e/ou
de exercício profissional de Supervisão no Sistema Escolar. De acordo com o caso.
dever-se-á exigir Pós-Graduação em nível de Mestrado ou de Doutorado.
C Que a experiência profissional em Supervisão Escolar seja considerada como um dos fa-
tores decisivos para o preenchimento da função de Chefia dos Setores de Supervisão.
D Que os Cursos de Formação. Aperfeiçoamento e Especialização de Supervisores Es-
colares, bem como os de Pós-Graduação acima referidos, sejam redimencionados, segun-
do as diretrizes nacionais e/ou estaduais.
E Que sejam considerados como colaboradores no processo de Supervisão, licenciados ou
graduados em outros cursos superiores, de acordo com as necessidades do Sistema de
Ensino, exigindo-se dos mesmos a Habilitação Específica em Supervisão e experiência
docente.
F Que sejam estabelecidas disposições transitória, que deverão nortear o aproveitamento,
em caráter suplementar e a título precário, dos atuais Supervisores em exercício, ainda
o habilitados ou habilitados de forma diferente da proposta no presente documento,
segundo as peculiaridades e necessidades de cada Sistema Estadual, assegurando-se
os direitos dos atuais profissionais quem a função de Supervisor.
91
Temos nesse documento, basicamente duas partes: uma primeira, que é justificativa e
uma segunda, que é uma proposição de funções.
Vamos tentar fazer uma divisão, organizando dois grupos de trabalho, que irão analisar
o documento e propor sugestões.
Temos aqui algumas questões levantadas, que servirão de roteiro para os grupos:
LEVANTAMENTO DE QUESTÕES PARA O TRABALHO DA REGULAMENTAÇÃO DA
PROFISSÃO DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO:
1. Considerar as especificações de cada área ou setor.
2. Constituição de equipes miltiprofissionais, considerando os níveis:
- Central
- Regional (Intermediário)
- Local
Cuidando de dar-se o tratamento legal aos profissionais de outras áreas, que compõem
essas equipes.
3. Definição de atribuições específicas.
Recomendações quanto à regulamentação da profissão de supervisor:
1 Profa. Maria Annete Figueiredo Santos:
Considerando que:
o temos número suficiente de supervisores qualificados para a função apontada;
os que estão saindo das Faculdades de Educaçãoo estão saindo em condições
de assumir a função,
Temos que definir quanto a:
a) o que se espera do supervisor
b) quais os parâmetros que dimensionam a função do supervisor
c) as habilidades do supervisor
d) o nível de atendimento do supervisor
f) a fundamentação legal necessária para a regulamentação.
2 - Problemas levantados nos grupos:
a) O estágio em supervisão deve ser regulamentado; existe amparo legal para tanto?
b) O nome "Supervisão Escolar", poderia ser mudado para "Supervisão Educacional"?
c) O supervisor deve ter um cargo, ou uma função?
d) Há variantes nas Unidades da Federação que deverão ser consideradas?
e) Nível de formação: Pós-Graduação?
f) Como selecionar os candidatos à habilitação em supervisão?
g) O que é um Supervisor "de fato"?
h) Seria interessante levantar as características dos sistemas de supervisão já implantados
nas Unidades da Federação?
i) Caberia ao MEC estruturar um programa, para a formação de supervisores?
j) A supervisão deve ser uma profissão que alguém titulado deve exercer e só ele tem
direito a exercer, ou é uma função que qualquer pessoa, qualquer profissional pode
exercer, desde que tenha condições adquiridas pela prática da Educação?
92
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