No sentido de garantir o dinamismo necessário a esse empreendimento, e dados os limi-
tes dos recursos financeiros disponíveis, adotou-se, então, a sistemática seguinte: em um
primeiro momento, as equipes de docentes especialistas elaboraram, dentro do CENAFOR,
cursos modelos para cada tipo de clientela a ser atingida pelo projeto, cuja originalidade consis-
tia na proposição de cursos integrados para as Equipes Técnicas das Secretarias de Educação,
atingindo a clientela de Diretores, Secretários, Orientadores Educacionais, Supervisores Peda-
gógicos e Docentes de Segundo Grau.
No caso específico da Orientação Educacional e da Supervisão Pedagógica, o plane-
jamento foi feito de forma integrada e esses cursos mantiveram-se integrados também na sua
execução. Em um primeiro momento dessa sistemática, ocorreu a elaboração de um modelo.
Esse modelo recebeu contribuições das diversas realidades que foram detectadas pelo DEM,
através de contatos pessoais da sua equipe e através de pesquisas realizadas tanto pelo DEM,
como pela Fundação CENAFOR.
Em um segundo momento, ou seja, depois de elaborados esses modelos, vamos identifi-
car a difusão dos mesmos. O modelo planejado no CENAFOR, por equipes de especialistas, foi
às regiões e sofreu um replanejamento, atendendo às peculiariedades locais. Em seguida,
esses cursos foram executados prevendo, na área de Supervisão, a integração com a Orientação
Educacional.
Um dado peculiar e muito interessante a destacar é que os docentes do CENAFOR, nas
duas etapas, trabalharam com docentes locais que nós chamamos de potenciadores. Esses po-
tenciadores sofreram um processo de treinamento, prevendo-se uma terceira etapa, que é a
da ação multiplicadora do modelo, realizada pelos potenciadores.
Deixamos em cada Região onde o CENAFOR trabalhou, docentes preparados para
multiplicarem os cursos.
Algumas dificuldades? Sim a proposta era a de realizar cursos regionais, atualizando os
Orientadores Educacionais e Supervisores Pedagógicos que atuam em nível de Sistema nas
Secretarias de Educação. Essa proposta inicial pretendia atingir os elementos integrantes das
Equipes Estaduais de Currículo. Dada a diversidade de composição dessas equipes, isso não
ocorreu na totalidade das Secretarias envolvidas. Orientadores Educacionais e Supervisores
Pedagógicos, muitas vezes não pertencem à Equipe de Currículo e, algumas vezes, nem mesmo
pertencem a uma mesma equipe. Tendo em vista essa realidade, tornou-se preocupação dos
responsáveis pelos cursos, a ênfase na necessidade de se estabelecerem fluxos de trabalho,
garantindo a integração do desenvolvimento da Ação Educacional. A partir dos cursos regionais,
montaram-se os modelos dos cursos em nível de Unidades Escolares, envolvendo os Orienta-
dores Educacionais e os Supervisores Pedagógicos que atuam na escola de Segundo Grau.
Procurou-se garantir que a integração visada em nível de Sistema se efetivasse em nível
de Unidade, não só no sentido horizontal, entre os elementos que compõem as equipes das
Escolas, como no sentido vertical, estabelecendo-se fluxos da Secretaria para a Escola e vice-versa.
Atingimos, então as vinte e cinco Unidades Federadas, portanto, o Brasil. Temos já
treinado, na pior das hipóteses, nas Unidades menores, um supervisor e um orientador. Em al-
84