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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
CONTRIBUIÇÕES, A UM DIRETOR DE ESCOLA DE 29 GRAU,
PARA O PLANEJAMENTO CURRICULAR EM NlVEL DE
UNIDADE ESCOLAR
Brasília-1978
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Ernesto Geisel
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Ney Aminthas de Barros Braga
SECRETÁRIO-GERAL
Euro Brandão
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO
José Torquato Caiado Jardim
COORDENADORA DA ASSESSORIA TÉCNICA
Julcelina Friaça Teixeira DAS 102.2
CHEFE DA ÁREA DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS
Ilma Passos Alencastro Veiga DAS 102.1
ELABORAÇÃO
Clarilza Prado de Sousa Mestre em Educação
Dirce Gomes Diretora de 29 grau
SUPERVISÃO
Maria Amélia Azevêdo Goldberg
Pesquisador Senior da Fundação Carlos Chagas
APRESENTAÇÃO
A escola, concebida como organização social com atribuições
institucionalmente definidas, para atingir seus objetivos específicos,
passa a depender do trabalho cooperativo de professores, diretores, su-
pervisores, orientadores educacionais, inspetores e da comunidade.
Este primeiro documento, dirigido a diretores de escolas, desta-
ca seu papel integrador no processo de planejamento curricular.
As contribuições apresentadaso enriquecidas com exempli-
ficações, com fatos reais da vida da escola, obedecendo os seguintes
passos:
1) diagnóstico do sistema escolar, compreendendo as fases
de levantamento legal e o delineamento de informações
úteis para o diagnóstico;
2) reflexão sobre o planejamento curricular, enfatizando o pro-
blema da garantia de que os dados obtidos e as análises
realizadas venham, de fato, interferir no processo;
3) tomada de decisões, ressaltando a importância dos dois con-
ceitos básicos que norteiam esse processo, ou seja, quais as
formas mais eficientes de alcançar mudanças e quais seriam
as mudanças mais eficazes a serem pretendidas;
4) elaboração e divulgação do plano curricular, conceituado
como um documento básico, um roteiro de ação, contendo
informações referentes a todas as atividades da escola: peda-
gógicas, administrativas e técnicas.
O documento tem a preocupação de demonstrar que o planeja-
mento curricular de uma escola é responsabilidade de todos e que a par-
ticipação de cada um só se torna eficaz na medida em que conheça e
execute a sua função, destacando-se especialmente a do diretor.
É desejo do DEM que esta contribuição possa alcançar os objeti
vos a que se propõe e, portanto, propiciar a melhoria qualitativa do en-
sino de 2° grau.
J. Torquato C. Jardim
ÍNDICE
CAPITULO I
Introdução 13
CAPITULO II
Diagnóstico da situação escolar 17
CAPITULO III
Preparação do Planejamento Curricular
(Pré-planejamento) 37
CAPITULO IV
Tomada de decisões 47
CAPITULO V
Elaboração e divulgação do Plano Curricular 59
GLOSSÁRIO 73
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 79
ANEXOS 83
I - INTRODUÇÃO
I - INTRODUÇÃO
Somente quando se compreende o planejamento curricular
1
como
uma tarefa contínua que comporta progressos cumulativos é que, real-
mente, ele se torna viável e fator de integração. Desta forma,o esta-
mos apresentando aqui, um Modelo de Planejamento Curricular acaba-
do, mas um roteiro para o desenvolvimento do Planejamento Curricular
em nível de escola de 29 grau. Um roteiro de atividades, independente
do nível de progressos ou estágios atingidos por uma Unidade Escolar
o contribuições sobretudo práticas, quem como objetivo, organizar
e suavizar as tarefas atribuídas a uma equipe de direção
2
de escola ofi-
cial, durante o ano letivo.
Esta preocupação com a prática orientou de tal forma nosso traba-
lho, que embora reconhecendo que todo planejamento curricular deva
começar por uma tarefa de reflexão sobre elementos filósóficos, biopsi-
cológicos, sociológicos e econômicos, propomos uma reflexão baseada
em elementos informativos fatuais, que permitam a elaboração do dia-
gnóstico escolar.
0 que propomos é uma contribuição para refletir,o teorica-
mente, mas com base em resultados práticos e à medida que eles possam
se tornar signicativos para a equipe escolar .
Entendemos também que a equipe de direção de uma escola (dire-
ção, assistente de direção, orientador educacional, supervisor) ou so-
mente o diretor tem um papel fundamental no desenvolvimento do
Planejamento Curricular. Contudo,o é uma tarefa para ser desenvolvi-
da de forma solitária, ela exige a participação de todos os elementos da
escola. Para isso, é preciso que se definam os papéis dos diferentes gru-
pos nas fases do trabalho. A participação indiscriminada de todos, em
qualquer fase, poderá comprometer a qualidade do trabalho e a integra-
ção do grupo.
As contribuições apresentadas estão sintetizadas no roteiro que se-
gue, a fim de que antes de iniciar a tarefa, se tenha uma visão global do
que é proposto.
Todas as atividades apresentadaso exemplificadas com fatos ou
dados de nossa experiência escolar e, no final de cada atividade, apre-
sentamos folhas-tarefas para que se possa elaborar o Planejamento Cur-
ricular.
Portanto, o que se espera no final da leitura deste documento é
que se tenha compreendido praticamente o que é Planejamento Curri-
cular e se possa realizá-lo sem dificuldades.
Il - DIAGNÓSTICO
4
DA SITUAÇÃO ESCOLAR
ROTEIRO PARA O PLANEJAMENTO CURRICULAR EM NÍVEL DE ESCOLA DE 29 GRAU
Il - DIAGNOSTICO
4
DA SITUAÇÃO ESCOLAR
Como vimos no capítulo anterior, o planejamento curricular é
uma tarefa contínua em uma Unidade Escolar. Documentos como
Plano Curricular
5
(Plano da Escola PE ou Plano Global de
Ensino PGE), Programas
6
, Projetos
7
, Planos de Ensino
8
, podem
ser escritos em determinados momentos, em datas determinadas, mas
sua execução, revisão, avaliação, deve ser uma preocupação constante
da equipe escolar. O processo contínuo do planejamento curricular deve
iniciar-se pela etapa de Diagnóstico da Situação Escolar.
A realização do Diagnóstico compreende basicamente duas fases:
A) Preparação do embasamento legal
b) Delineamento das informações
9
úteis para o Diagnóstico.
A) Preparação do embasamento legal
Na fase de Preparação do embasamento legal, as atividades princi-
pais a serem desenvolvidaso a compilação e análise da legislação de 2º
grau, Federal e Estadual e a compatibilizaçao do Regimento Interno da
escola com a legislação analisada.
Como a compilação da legislação deverá abranger Leis, Decretos,
Pareceres e Resoluções Federais e ainda Portarias e Comunicados, que
digam respeito ao aluno em geral, ao ensino de 2º grau em especial e ao
pessoal técnico, docente e administrativo da escola, é bastante difícil
que o diretor ou a equipe de direção de uma escola consiga organizar
estes dados sozinha.
No entanto se diretores procurarem desenvolver esta tarefa coope-
rativamente entre suas escolas, o trabalho ficará bem simplificado. Cada
equipe de direção de uma escola poderá ficar responsável por compilar
uma parte da legislação.
Quantas escolas existem próximas da sua? Quais os diretores que
você conhece, que dominam bem alguns aspectos da legislação, melhor
do que você?
Esta tarefa deveria iniciar-se ou ser retomada por volta de outubro,
para se ter a conclusão e divulgação por volta de janeiro, período de pla-
nejamento para o ano seguinte.
Tem sido bastante útil, para o funcionamento geral da escola, a
divulgação de uma síntese que temos feito daquilo que interessa ao
aluno, professor, pessoal técnico e administrativo.
Geralmente fazemos a divulgação sob a forma de comunicados,
contendo quadros-síntese como os que se seguem.
B) Delineamento das informações úteis para o Diagnóstico
Após o domínio da fundamentação legal, é que a equipe de dire-
ção tem condições de definir O QUE QUER CONHECER para melhor
descrever a problemática geral da escola e poder escolher alternativas
viáveis para a solução dessa mesma problemática. Feita esta definição,
está também estabelecida a abrangência do diagnóstico para o próximo
ano.
Quanto ao diagnóstico, todoss concordamos que ele deve infor-
mar O QUE e COMO acontecem as coisas na escola (DESCREVER),
QUAL A SUA IMPORTÂNCIA na ordem dos acontecimentos (AVA-
LIAR), POR QUE acontecem (EXPLICAR) e O QUE DEVERA OCOR-
RER NO FUTURO seo interferirmos para dirigir os acontecimentos
(PREVER), mas . . . por onde começar?
Como o planejamento curricular é um processo contínuo, costu-
mamos partir da síntese dos resultados obtidos no ano anterior, (reu-
nião das opiniões daqueles que trabalham na escola, após o confronto
dos resultados esperados, com os obtidos).
Na Escola de 2º grau, onde trabalhamos (pequena, situada num
município também pequeno, próximo a uma grande capital) tivemos
um sério problema com o rendimento escolar dos alunos. Tínhamos,
como um objetivo importante da escola, que atingir 75% de promoção e
atingimos apenas 55,7%. Este dado
1
° foi considerado, pela "equipe",
como alarmante e passamos a concentrar esforços no seu estudo.
Evidentemente, um tal resultado foi produzido pela interação de
inúmeros fatores externos e internos à escola. Procuramos agrupar
O QUE JÁ SABEMOS sobre tais fatores, com base na avaliação final e
diagnóstico do ano anterior: opinião dos professores, equipe técnica e
de direção e chegamos ao seguinte quadro:
QUADRO-RESUMO DAS INFORMAÇÕES EXISTENTES SOBRE A SITUAÇÃO ESCOLAR EM 1977
As 44 informações que temos apresentam diferentes graus de preci-
são. Já havíamos notado anteriormente, a necessidade de obter informa-
ções mais precisas, que pudessem ser utilizadas para a análise da proble-
mática. O que estamos também chamando de "dado alarmante", uma
baixa porcentagem de promoção, 55,7%, caracteriza uma situação pro-
blemática bastante complexa. Ficou bastante claro, para a nossa equipe,
a necessidade de melhorar as informações no próximo diagnóstico, pa-
ra definir mais exatamente os problemas que compõem a situação de
"baixa porcentagem de promoção."
Você já lavantou o número de informações com que conta sua es-
cola? Já verificou se a qualidade das informações permite a realização
de uma boa análise da situação? Seus problemaso definidos agtome-
radamente, ou você já conseguiu defini-los "analiticamente" (subdividi-
dos em unidades mais simples)? Se vocêo realizou esta etapa, sugeri-
mos que faça as folhas-tarefass 1 e 2.
F0LHA-TAREFA2
Registre aqui as informações que sua equipe já possui sabre a situação escolar do ano anterior. Tome por
base a avaliação final e do diagnóstico anterior. Procure agrupar as informações quanto à origem (exter-
nas e internas a escola) e os aspectos (político, econômico, social, pedagógico, administrativo e financei-
ro).
1. Análise das informações obtidas
Nossa equipe, estudando os fatores externos, considerou que deve-
ríamos melhorar as informações sobre mercado de trabalho, com o objeti-
vo de rever as habilitações oferecidas pela escola. Como a escola pouco
ou nada pode interferir nos fatores externos, passamos a dar mais aten-
ção aos fatores internos e mais particularmente aos pedagógicos. Perce-
bemos que algumas das informaçõeso verdadeiros problemas a ser
solucionados e que necessitamos de outros dados para estudá-los. Fize-
mos uma primeira triagem e excluímos os itens n° 17, 18, 21, 22, 24,
28, 29, 31 por julgarmos que, de imediato, nada poderíamos fazer a res-
peito. As informações de nº 38 a 44 serão analisadas pelo pessoal
administrativo, num momento posterior.
Prosseguimos reescrevendo os itens selecionados para estudo e
verificando se eram simples informações a serem utilizadas no esclare-
cimento de algum problema ou se eram problemas em si. Consideramos
como problema a diferença (desvio) entre o que deveria ser (objetivo) e
o que realmente é (produto obtido).
Se você, ao executar a Folha-tarefa nº 2, obteve algumas dezenas
de informações para examinar, sugerimos que faça uma segunda tria-
gem, antes de prosseguir o trabalho. Os critérios para esta segunda tria-
gem devem ser estabelecidos pela sua equipe de direção. Em nossa es-
cola, por exemplo, o grupo optou por examinar as informações em 3
momentos. No 1P momento foram selecionadas as informações mais
diretamente relacionadas com aspectos pedagógicos, e que, num consen-
so geral, sentimos que poderíamos interferir para melhorá-las, ou enca-
minhar a solução dos problemas. 0 grupo que trabalhou neste momento
era formado também pelo corpo docente. No 2º momento foram selecio-
nadas as informações de ordem administrativa, com a participação do
pessoal administrativo. No 3P momento foram selecionadas as informa-
ções referentes a aspectos financeiros, com a participação de represen-
tantes do pessoal docente, administrativo e APM.
Os critérios escolhidos pela sua escola, provavelmente serão outros,
mas quaisquer que sejam eles, a montagem de um quadro-síntese como
o da Folha-tarefa nº 3 facilitará a continuação dos trabalhos. Sugeri-
mos que você a execute.
FOLHA-TAREFA3
Releia, com os membros de sua equipe de direção, as informações
registradas na Folha-Tarefa2 e selecione aquelas que o grupo, por
meio de um consenso, sente mais condições de:
melhorar sua qualidade num próximo diagnóstico;
interferir nos acontecimentos e encaminhar uma solução dos pro-
blemas já definidos.
Registre o número das informações selecionadas na coluna (1) do
quadro apresentado a seguir. Na coluna (2) descreva a informação sele-
cionada, ela define o que está acontecendo, como vocês a estão perce-
bendo: O que é. Na coluna (3) defina O que deveria ser, quais os objeti-
vos esperados, como vocês acham que deveria ser. Na coluna (4) você
terá o desvio do que é com o que deveria ser: os seus problemas. Na
coluna (5), as observações a serem registradas devem ser decisões a se-
rem tomadas para tornar mais precisas as informações obtidas.
Deste quadro, partiremos para a elaboração do próximo diagnós-
tico da escola, com vistas ao planejamento curricular no próximo ano
letivo de 1978 (ou períodos maiores se assim o desejarmos).
2. Esquema da avaliação diagnóstica
A comparação do O QUE É, que se obteve como resultado e O
QUE DEVERIA SER obtido, nos definiu uma série de desvios que cha-
mamos de problema.
O objetivo da avaliação diagnóstica é investigar os problemas e por-
tanto, definir causas e propor sugestões para diminuir as discrepâncias
do O QUE É com O QUE DEVERIA SER. Diminuir os desvios.
Contudo, considerando nosso prazo de tempo (outubro a dezem-
oro), nosso tempo disponível na Unidade Escolar e, sobretudo acredi-
tando que o diagnóstico escolar é uma tarefa contínua, a ser desenvolvi-
da cooperativamente pela escola, resolvemos:
a) Investigar somente os problemas mais relevantes, que tivéssemos
condições, no momento, de buscar indicadores mais precisos.
b) Definir que, no próximo ano, o Planejamento Curricular teria tam-
bém, como um dos objetivos, a investigação dos problemas levan-
tados, maso analisados.
c)o tomar decisões no Planejamento Curricular, queo fossem
baseadas no diagnóstico realizado. Conseqüentemente, algumas
decisões teriam que ser adiadas para o próximo ano. Acreditamos
que o efeito negativo de uma decisão adiada é menor do que uma
decisão errada, tomada apressadamente, sem fundamentação ou
evidências empíricas.
Assim, passamos a programar o diagnóstico, procurando definir os
dados que deveríamos obter, com o objetivo de conhecer as informa-
ções úteis para a identificação e solução dos problemas selecionados.
Foram selecionados, por nossa equipe, 5 problemas, sendo que os
demais foram indicados para estudo no próximo ano.
Procuramos montar um esquema de nossa avaliação diagnóstica:
a) primeiro discriminamos o problema que iríamos investigar e defi-
nimos a que aspecto correspondia;
b) definimos os indicadores
14
, isto é, o que aceitaríamos como evi-
dência da informação;
c) descrevemos onde iríamos obter os dados-fonte
15
;
d) que instrumentos
16
iríamos usar;
2. Esquema da avaliação diagnóstica
A comparação do O QUE É, que se obteve como resultado e O
QUE DEVERIA SER obtido, nos definiu uma série de desvios que cha-
mamos de problema.
0 objetivo da avaliação diagnóstica é investigar os problemas e por-
tanto, definir causas e propor sugestões para diminuir as discrepâncias
do O QUE É com O QUE DEVERIA SER. Diminuir os desvios.
Contudo, considerando nosso prazo de tempo (outubro a dezem-
oro), nosso tempo disponível na Unidade Escolar e, sobretudo acredi-
tando que o diagnóstico escolar é uma tarefa contínua, a ser desenvolvi-
da cooperativamente pela escola, resolvemos:
a) Investigar somente os problemas mais relevantes, que tivéssemos
condições, no momento, de buscar indicadores mais precisos.
b) Definir que, no próximo ano, o Planejamento Curricular teria tam-
bém, como um dos objetivos, a investigação dos problemas levan-
tados, maso analisados.
c)o tomar decisões no Planejamento Curricular, queo fossem
baseadas no diagnóstico realizado. Conseqüentemente, algumas
decisões teriam que ser adiadas para o próximo ano. Acreditamos
que o efeito negativo de uma decisão adiada é menor do que uma
decisão errada, tomada apressadamente, sem fundamentação ou
evidências empíricas.
Assim, passamos a programar o diagnóstico, procurando definir os
dados que deveríamos obter, com o objetivo de conhecer as informa-
ções úteis para a identificação e solução dos problemas selecionados.
Foram selecionados, por nossa equipe, 5 problemas, sendo que os
demais foram indicados para estudo no próximo ano.
Procuramos montar um esquema de nossa avaliação diagnóstica:
a) primeiro discriminamos o problema que iríamos investigar e defi-
nimos a que aspecto correspondia;
b) definimos os indicadores
14
, isto é, o que aceitaríamos como evi-
dência da informação;
c) descrevemos onde iríamos obter os dados-fonte
15
;
d) que instrumentos
16
iríamos usar;
e) quais seriam os procedimentos
17
de coleta, organização e análise
de dados;
f) como os dados analisados deveriam ser apresentados.
No quadro a seguir, apresentamos duas das informações que inves-
tigamos, a título de exemplificação.
FOLHA-TAREFA NP 4
QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
III - PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO CURRICULAR
III- PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO CURRICULAR
(Pré-planejamento) 18
Kealizado o diagnóstico escolar, o primeiro problema que se de-
fronta é como garantir que os resultados obtidos, as análises realizadas,
venham, de fato, interferir no processo de planejamento curricular.
É preciso que o diagnóstico seja realmente compreendido pelas
equipes da Escola, para que as sugestões ou alternativas de solução, a
serem levantadas, sejam condizentes com os problemas investigados e
possíveis de serem realizadas.
Significa dizer que somente quando o diagnóstico é analisado e
estudado por todos, é que se assegurará que o planejamento curricular
seja de fato um processo de intervenção educacional na Unidade Escolar.
Em nossa Escola, conforme decisão da equipe, foi feito um relató-
rio oral do diagnóstico da situação escolar para todos os elementos que
nela trabalham. Comoo houve alteração do corpo docente até aque-
le momento, suprimimos as informações de identificação da escola e
passamos para a descrição da situação problemática.
Julgamos oportuno esta reunião com todos os elementos da esco-
la, por entendermos que todos contribuem para o desenvolvimento do
currículo, embora somente alguns participem das decisões.
Juntamente com a exposiçção do diagnóstico, apresentamos, a
nossa equipe, uma descrição das informações levantadas (problemas de-
finidos) que decidimoso investigar no momento, mas, deixar para
serem retomadas, no próximo ano letivo, dada a sua grande importância
para o ajustamento do currículo da escola e a impossibilidade de estudá-
los bem, até dezembro. Assim sendo, apresentamos à equipe, quais as
informações que persistem como problemas a serem estudados no pla-
nejamento curricular do próximo ano.
Ao final da reunião geral, listamos as alternativas de solução para
os problemas investigados durante o diagnóstico e as alternativas de co-
mo investigar os problemaso analisados no diagnóstico, no próximo
ano.
Portanto, com a reunião, pudemos definir alternativas para a deci-
o de planejamento, baseadas no diagnóstico e estabelecer alternativas
para a decisão de estratégias de avaliação diagnóstica, baseadas em crité-
rios de viabilidade.
A título de ilustração, apresentamos o que fizemos em relação a
dois problemas.
0 primeiro problema, de nosso exemplo,o foi investigado por
meio da avaliação diagnóstica.
Portanto, em relação a este problema, tínhamos as mesmas infor-
mações que já dispúnhamos em outrubro, antes de realizar o diagnósti-
co. Isto é, nosso problema é que a escola oferece duas habilitações-
sicas (Administração e Química), que diferem entre si nas disciplinas da
parte de formação especial (como podemos ver nas grades curriculares
do anexo 3) e que, acreditamos,o satisfazem às necessidades da co-
munidade. Mais precisamente, este problema pode ser descrito como
"inexistência de informações precisas sobre a necessidade da comunida-
de quanto à mão-de-obra formada em nível de 29 grau".
0 segundo problema, de nosso exemplo, foi investigado pela avali-
ação diagnóstica e se referes faltas dos professores e sua relação com
a descontinuidade dos trabalhos e rendimento escolar".
Em relação a este segundo problema, pudemos oferecer, à equipe,
uma análise interpretativa dos dados levantados pelo diagnóstico escolar.
O diagnóstico mostrou, que apesar de haver reposição de aulaso
dadas, ou substituição de professores durante licenças, a falta em si, do
professor responsável pela disciplina provoca disinteresse por parte do
aluno (especialmente quando nenhuma tarefa substitutiva lhe é ofereci-
da). Indicou entre as muitas alternativas de solução, que se estude uma
forma sistemática de garantir a continuidade dos trabalhos durante as
faltas ocasionais, ou períodos de licença dos professores e que, por par-
te da administração, seja estudada algume forma de diminuir o número
de faltas (relacionada com alterações no ambiente de trabalho).
A interpretação dos histogramas 1 e 2 a seguir, deixou claro, à
equipe, que existe uma descontinuidade dos trabalhos, provocada
por faltas dos professores e elevada porcentagem de reprovação, evidente
no 2º e 3° anos. A título de ilustração, anexamos os resultados obtidos
nas segundas séries e representados no histograma n° 2. Observou-se
que, de Matemática a Contabilidade Geral, há alta porcentagem de falta
de professores, aplicação de tarefas durante as faltas e baixa porcenta-
gem de reprovação e que, de Física Aplicada a Biologia, há alta porcen-
tagem de falta de professores (semelhante ao grupo anterior), falta de
tarefas durante as faltas e alta porcentagem de reprovação. No 1º ano
entretanto, a análise do histograma n° 1o permite concluir o mesmo
pois temos disciplinas como Português com porcentagem de reprovação
(40%) próxima a Química (50%) entretanto, o professor de Português
quaseo falta (10%) e o de Química falta muito (30%). Os alunos dos
1º anos procedem de diferentes escolas e devem se adaptar à nova escola
e ao novo curso.o muitas as variáveis que interferem nos resultados
do 1ºano e o gráfico obtidoo conseguiu separá-las.
O quadro seguinte reúne as conclusões a que chegamos, após a re-
união, com relação aos dois problemas apresentados aqui como exem-
plo.
QUADRO-SINTESE DA REUNIÃO COM A EQUIPE DA ESCOLA
Sugerimos que você execute a Folha-Tarefa nº 5, antes de passar para a fase de novas tomadas de decisão.
Do relatório apresentado sobre o diagnóstico, registre:
na coluna (Do que você sabe sobre a situação problemática de sua escola
- na coluna (2) o prognóstico relativo a cada uma das informações registradas
- na coluna (3) o que foi definido, por sua equipe de direção, como problema (lembramos que é uma discrepância ou desvio entre o que é e o que deveria ser
que, por um consenso, o grupo julgar relevante e que deve ser corrigido)
- na coluna (4) as alternativas oferecidas pelos presentes, durante a apresentação do relatório, para a solução de cada um dos problemas apresentados.
FOLHA TAREFA N? 5
Acreditamos que as atividades previstas, para esta fase de prepara-
ção do planejamento curricular, dependem das condições reveladas pelo
diagnóstico, das aberturas oferecidas pela legislação e do bom senso da
equipe de direção.
Lembre-se que, no nosso caso as atividades referente à fase de ela-
boração da grade curricular e composição do corpo docente-técnico,
o foram realizadas; melhor dizendo, mantiveram-se inalteradas para o
ano posterior, em decorrência, primeiro, de nossa decisão deo modi-
ficar a grade curricular, enquantoo tivéssemos informações mais pre-
cisas a respeito das necessidades da comunidade e segundo, devido à
composição do corpo docente e técnico permanecer a mesma do ano
anterior.
Contudo, se o diagnóstico de sua escola indicou necessidade de
modificações nas habilitações e disciplinas, você terá ainda, durante a
preparação do Planejamento Curricular, que elaborar, com sua equipe, a
grande curricular e o calendário escolar, para depois compor o corpo
docente e técnico.
Evidentemente, a composição do corpo docente e técnico,o é
só função das indicações do diagnóstico mas, também, das flutuações de
pessoal existente em sua escola.
IV - TOMADA DE DECISÕES
IV- TOMADA DE DECISÕES
O processo de tomada de decisões envolve sempre a escolha entre
alternativas. Os critérios que definem esta seleção devem estar baseados
em um referencial teórico, bem como em uma análise dos dados da
realidade.
0 diagnóstico escolar tem a função de esclarecer os dados da reali-
dade mas, a reflexão crítica, os pressupostos educacionais, devem
orientar a análise destes dados e a seleção de alternativas.
Portanto, a tomada de decisão sobre fins e meios de uma Unidade
Escolar, deve ser norteada por dois conceitos básicos:
19) considerando quais seriam as formas mais eficientes
19
de alcançar
a mudança pretendida;
29) considerando quais seriam as mudanças mais eficazes
20
a serem
pretendidas.
Em nossa escola, após refletirmos sobre estes dois aspectos, sentí-
mo-nos encorajados a tomar decisões sobre objetivos, conteúdo, meto-
dologia e avaliação de currículo.
Quanto ao primeiro conceito, estamos preocupados em tomar de-
cisões que sejam eficientes, isto é, que produzam os efeitos esperados.
Quanto ao segundo conceito, estamos preocupados em tomar
decisões condizentes com os princípios educacionais.
Ao iniciar esta fase de tomada de decisão, estes dois conceitos de-
vem ser compreendidos, para se ter segurança sobre a competência
educacional das medidas a serem adotadas.
Nesta fase, procuramos continuar na seqüência de passos do méto-
do de resolução de problemas e passamos a estabelecer os objetivos em
nível de escola, habilitações básicas e disciplinas. Já havíamos seguido os
passos:
19 ) Definimos e delimitamos os problemas em nível de escola, orienta-
dos pelo quadro-síntese da reunião com a equipe da escola (dia-
gnóstico - pág. III - 33)
) Listamos e definimos as alternativas para cada um dos problemas
definidos. Aqui, mais uma vez, nos orientamos pelo Quadro da
pág. III 33, coluna das alternativas.
Portanto, faltavam ainda os passos seguintes a serem desenvol-
vidos:
) Formularmos os objetivos e em seguida estabelecermos uma ordem
de prioridade para a sua obtenção.
) Estabelecermos critérios para a seleção das alternativas (baseados
no consenso do grupo).
5º ) Selecionarmos as alternativas mais viáveis, de acordo com os crité-
rios estabelecidos.
) Elaborarmos o esquema de execução das alternativas (plano de
ação).
7º ) Planejarmos o sistema de avaliação.
Embora estes passos correspondam a um esquema mental, que já
incorporamos, achamos muito difícil lidar com muitos problemas, sem
registrar todos os passos.
Para estabelecer os objetivos da escola, tomamos por base os pro-
blemas definidos e analisados, a partir do diagnóstico. Entendemos que,
os que forem comuns a todos as disciplinas, devam ter uma solução em
nível de escola. Solucioná-los, então, serão os objetivos da escola. Pro-
pusemos ao pessoal docente e administrativo, a inclusão de outros ob-
jetivos que julgassem relevantes, mesmo queo tivessem sido detecta-
dos pelo diagnóstico, maso surgiram novas propostas de objetivos.
Para exemplificaçao da avaliação diagnóstica, selecionamos 5 pro-
blemas para investigar e chegamos aos resultados registrados no quadro
da pág. III 23. Dos problemas aí registrados, selecionamos aqueles
comuns a todas as disciplinas; colocamos em ordem decrescente de im-
portância, de acordo com o consenso da equipe e, em seguida, listamos
os objetivos. Decidimos trabalhar em todos no próximo ano.
FOLHA-TAREFA6
A presente folha-tarefa tem como objetivo auxiliá-lo a formular
os objetivos da escola, com base nos problemas identificados.
Observe o quadro que você elaborou na Folha-Tarefa n° 5. A partir
do diagnóstico, você especificou seu problema e definiu alternativas de
solução.
Agora você vai precisar tomar dois tipos de decisões:
19) referente ao problema - Que modificações serão propostas para
solucionar o problema? Que reduções serão impostas aos desvios
(problemas)? Quais são, em última análise, os objetivos a serem
propostos?
29 ) referente às alternativas de solução - Como as modificações deve-
o ser planejadas, para solucionar o problema? Como devem ser
previstas as alternativas de redução? Que metodologias usar?
Finalmente, quais as atividades, procedimentos, estratégias a serem
previstos para atender os objetivos?
O quadro a seguir se refere ás decisões quanto à seleção dos objeti-
vos.
Na coluna (1) registre os critérios adotados pela equipe, para esta-
belecer uma ordem de importância nestes problemas (conseqüências para
alunos, professores, pessoal técnico, pessoal administrativo, comuni-
dade; urgência ouo da solução: possibilidade ouo de adotar medi-
das provisórias; quantas e quais pessoas atinge; há quanto tempo vem
ocorrendo, etc.)
Selecione os problemas comuns a todos que trabalham na escola
ou a todas as disciplinas e registre na coluna (2) do quadro a seguir, em
ordem decrescente de importância.
N coluna (3) registre os objetivos formulados e relacionados com
os problemas identificados.
Em seguida, decida se irá adotar todos, ou apenas alguns, para
trabalhar no próximo ano.
Quando você realizou a Folha-Tarefa nº 5 levantou elementos
também para tomar decisões referentes a alternativas de solução 2º
tipo de decisões.
Muitas das alternativas levantadas, provavelmente poderão ser
resolvidas pela administração ou por uma área em particular. Por exem-
plo, a inexistência de informações precisas sobre as necessidades da
comunidade quanto à mão-de-obra poderá ser resolvida pela equipe de
direção, com a cooperação da área de Estudos Sociais. No planejamento
específico de tais setores, serão formulados os objetivos relacionados
com a resolução do citado problema.
Este é um dos aspectos que você deve verificar agora, ao julgar a
viabilidade de execução das alternativas.
Para analisar estas alternativas em nossa escola utilizamos os se-
guintes critérios:
Grau de dificuldade (qual a alternativa mais simples)
Restrições determinadas pelo recursos humanos, materiais e finan-
ceiros (qual a alternativa com melhores condições de execução)
Realismo (qual a alternativa mais compatível com a realidade)
Exeqüibilidade (qual a alternativa com maior possibilidade de su-
cesso)
Validade educativa (qual a alternativa de maior valor pedagógico
ou social).
Atribuímos pontos as diversas alternativas, referentes a cada crité-
rios usado e escolhemos a que obteve maior soma de pontos.
Houve bastante discussão entre os elementos da equipe, para a
atribuição dos pontos, mas conseguimos selecionar uma alterativa para
cada problema.
A título de ilustração, indicaremos o processo de seleção da alter-
nativa de solução de um dos problemas. O problema é o 5º paras em
importância, mas já possui alguns dados registrados no quadro-síntese
da página III.
54
Sugerimos que você execute a Folha-Tarefa nº 7. para selecionar a
alternativa de solução dos seus problemas e consecução dos objetivos da
escola.
Apresentamos agora a você a Folha-Tarefa nº 8, que procura sintetizar as tarefas já desenvolvidas até agora e facilitar a elaboração do documento final, que é o Plano Curricular.
FOLHATAREFA Nº 8
Consulte as Folhas-Tarefas
s
5,6 e 7 para a execução desta.
Registre na coluna (1) o número do objetivo.
Registre na coluna (2) as alternativas selecionadas para a solução de cada um dos problemas e consecução dos objetivos.
Para cada alternativa, registre na coluna (3) as etapas de execução e avaliação.
Na coluna (4) registre as atividades e procedimentos referentes as etapas de execução e avaliação.
Na coluna (5), os prazos prováveis para a conclusão das atividades.
Na coluna (6). os responsáveis pela execução das atividades.
Até aqui temos descrito o que fizemos na tomada de decisões,
quanto aos objetivos da escola e a forma de atingi-los.
Procuramos detalhar as decisões sobre os objetivos, por entender-
mos que eles constituem o ponto central do currículo. Nossos objetivos
foram extraídos da situação problemática da escola e embora possam
paracer muito particularizados, eleso decorrentes:
das expectativas da filosofia educacional adotada;
das necessidades educacionais do meio social;
do desempenho pessoal ou profissional esperado.
As decisões referentes aos objetivos e alternativas condicionaram
uma série de outras decisões com relação a cada setor ou disciplina, à
metodologia básica a ser utilizada na escola, no processo ensino-apren-
dizagem, à metodologia de avaliação, promoção e recuperação dos
alunos.
Em nossa escola, propusemo-nos a rever O QUE É, COMO SE
DEVE ENSINAR, começando por providências como a de melhorar o
diagnóstico durante o ano próximo e decidir, se for possível, no ano
seguinte.
Assim, continuamos com a nossa organização curricular centrada
na matéria ainda e,o na experiência do aluno, enfatizando o conteúdo
em si, de cada disciplina. Cada disciplina atua separadamente, numa se-
qüência informativa correspondente à sua estrutura. Cada disciplina
possui sua própria lógica determinada pelo especialista de conteúdo.
Nossa equipe encara a revisão curricular, como tarefa muito difícil,
porque envolve mudança e exige recursos técnicos que aindao pos-
suímos em nossa Unidade Esclar. Contudo, com o objetivo de se prepa-
rar para a mudança, decidiu-se, para o próximo ano, criar o envolvimen-
to dos professores. Para tal, nossa equipe irá, em relação aos professores:
identificar e analisar suas preocupações e problemas;
criar identificação com a tarefa, para que adotem o problema co-
mo próprio eo como o de "alguém", para solucionar;
estabelecer bases para uma abordagem científica e sistemática do
trabalho;
oferecer problemas para estudo, dentro da sua competência e pos-
sibilidade de ação, para que possam pensar criativamente.
V- ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PLANO CURRICULAR
V- ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PLANO CURRICULAR
Tomadas as decisões quanto a objetivos, conteúdo, metodologia e
avaliação em nível de escola, habilitação, disciplina, unidade de ensino e
aula, chegamos à fase de escrever o Plano Curricular (ou Plano Global
de Ensino ou simplesmente Plano da Escola).
Refletimos bastante sobre o que esperamos de um documento
dessa natureza e concordamos em que deva ser um documento básico
para a escola, preciso, sucinto e operacional, que sirva de ponte para
outros documentos como roteiro de ação, divulgação para alunos, pro-
fessores, administração e comunidade.
As informações contidas no Plano Curricular referem-se a todas as
atividades da escola, agrupadas conforme o esquema abaixo.
Embora tenhamos explorado e exemplificado, no presente docu
mento, atividades de cunho predominantemente pedagógico, em nossa
escola estudamos todas as outras e montamos o Plano Curricular, de
acordo com a seguinte estrutura:
a) Diagnóstico da situação escolar
b) Objetivos
c) Programação de todas as atividades
d) Cronograma de execução das atividades
e) Sistema de avaliação
a) Diagnóstico da situação escolar
No diagnóstico incluímos dados referentes à realidade da escola e
da comunidade a que serve, agrupados sob os títulos de:
identificação da unidade escolar;
situação problemática da escola.
Na identificação da unidade escolar reunimos dados que pouco ou
nada variam com o passar dos anos, sendo atualizados sempre que ne-
cessários. Uma listagem do tipo de dado que aí figura encontra-se na
pág. 11-26, Quadro de Identificação da Unidade Escolar.
Na situação problemática da escola, incluímos dados que variam
bastante, de ano para ano e caracterizam os problemas a serem estuda-
dos e solucionados pela escola, na medida do possível Os passos para o
estudo da situação problemática encontram-se nas Folhas-Tarefass 1
a 4 e a síntese na Folha-Tarefa n°5.
b) Objetivos
Os objetivos, formulados com base na situação problemática da es-
cola, foram obtidos com a realização da Folha-Tarefa n° 5, que é apli-
cável a todos os níveis.
Reunimos todos os objetivos em 2 quadros, onde foram discrimi-
nados dentro dos aspectos pedagógicos, administrativas, técnicos e das
instituições escolares.
Sugerimos que você elabore um quadro semelhante, ao executar a
Folha-Tarefa nº9.
F0LHA-TAREFA9
Preencha os 2 quadros seguintes, com os objetivos formulados nos diferentes níveis de sua escola, tomando o cuidado de identificá-los por meio de um código. No
quadro (A) registre os objetivos relacionados com as atividades pedagógicas, distribuídos pelas diferentes matérias e séries. No quadro (B) registre os objetivos
relacionados com as atividades administrativas, técnicas e das instituições escolares.
QUADRO (A) PARA REGISTRO DOS OBJETIVOS (relacionados com as atividades pedagógicas).
c) Programação de todas as atividades
Sob este título, reunimos o conjunto das atividades dos setores pe-
dagógicos, administrativos, técnicos e institucionais a serem desenvol-
vidas dentro e fora da escola, sob a responsabilidade da mesma, pelo
aluno, professor, técnicos, administração, comunidade e família, visan-
do ao alcance dos objetivos propostos. As atividades foram devidamente
codificadas, para a sua representação no cronograma. Confessamos que
foi a tarefa mais trabalhosa , concluída quase ao final de março.
Para a execução desta tarefa orientamo-nos pelo roteiros apresen-
tados nas Folhas-Tarefass 10 e 11. Sugerimos que você as execute.
FOLHA-TAREFA Nº 10
Procure reunir aqui os conteúdos programáticos, atividades (ou procedimentos) e recursos para a consecução dos objetivos registrados na Folha-Tarefa nº 9 e devidamente codificados.
Na coluna (1) registre as matérias e identifique-as por meio de um código.
Na coluna (2) identifique o objetivo, de acordo com os registros da Folha-Tarefa nº 9.
Nas colunas seguintes, das séries, discrimine os conteúdos programáticos, atividades e recursos.
QUADRO PARA REGISTRO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS, PROCEDIMENTOS E RECURSOS
FOLHA-TAREFA Nº 11
d) Cronograma de execução das atividades
Neste cronograma, reunir todas as atividades devidamente identifi-
cadas por um código e agrupadas nos respectivos setores. Aproveitamos
ainda o cronograma, para realizar um controle da execução e para mon-
tar, a partir dele, o calendário da escola.
Sugerimos que você monte o cronograma previsto na Folha-Tarefa
nº12.
e) Sistema de Avaliação
Reunimos sob este título, as informações referentes à avaliação de
todas as atividades, agrupadas por setores, e que possam subsidiar novas
decisões, ao final do ano letivo.
Elaboramos quadros como os representados na Folha-Tarefa nº
13 que, sugerimos, seja realizado por você.
Uma vez concluído nosso Plano Curricular, passamos a extrair de-
le, outros documentos destinados a comunicar as decisões, nele conti-
das, a alunos, pessoal da escola, comunidade e família.
FOLHA-TAREFA N9 13
Registre no quadro (A) seguinte, as informações referentes ao pro-
cesso de avaliação pedagógica, com base nos documentos elaborados
pelos diferentes professores, contendo suas decisões a respeito do assun-
to.
Esta é uma tarefa bastante difícil, pois muitos professoreso ex-
celentes redatores de documentos e maus executores, enquanto outros
o bons profissionais, apesar de redigirem seus documentos de forma
inaproveitável. É provável que ao realizar esta Folha-Tarefa você (ou o
coordenador pedagógico) necessite entrevistar alguns professores (ou
usar alguma outra estratégia), para esclarecer diferenças entre documen-
to e ação.
GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA - é aquela que antecede a elaboração
do plano curricular, É a forma que a equipe de direção tem, para
controlar a eficácia de suas decisões relativas a objetivos educacio-
nais. Pela avaliação diagnóstica, a equipe de direção se informa do
que é a realidade em que vai atuar (sistema de dados), das linhas
de tendência, de sua evolução (sistema de previsão) e do que ser
(sistema de valores), para então formular critérios capazes de ori-
entar sua ação, no sentido de corrigir os desvios (problemas) ou de
estimular as "excelências"diagnosticadas.
DADO registro de uma observação feita. Os dados do diagnóstico re-
ferem-se a observações feitas após decisões tomadas sobre o que,
quando, onde, como e porque observar.
EFICÁCIA diz respeito ao valor e viabilidade dos objetivos educacio-
nais, de um plano educacional. 0 valor de um objetivo educacio-
nal será em função de sua utilidade social. A viabilidade será esti-
mada, considerando-se os recursos disponíveis e os obstáculos pre-
visíveis.
EFICIÊNCIA - dis respeito à produtividade e rendimento de um plano
educacional, frente aos objetivos educacionais propostos.
EQUIPE DE DIREÇÃO formada pelos elementos da direção (Diretor
e Vice-Diretor) e do Conselho Técnico Administrativo (Diretor,
Vice-Diretor, Secretário, Orientador Educacional e Supervisor Es-
colar ou Coordenador Pedagógico). Na hipótese da inexistência de
outros elementos, além do diretor, a "equipe de direção" poderá
ser composta por elementos do corpo docente, designados pelo
diretor.
EQUIPE ESCOLAR - formada por todos os responsáveis pelas situações
de aprendizagem, promovidas pela escola (elementos componentes
da Direção, Conselho Técnico Administrativo, Secretaria Serviço
de Orientação Educacional, Serviço de Supervisão Escolar e Coor-
denação Pedagógica, Biblioteca, Serviço de Apoio Administrativo,
Conselho Comunitário, Centro Cívico, Associação de Pais e Mes-
tres e Corpo Docente).
INDICADORES - evidências aceitáveis (qualitativas ou quantitativas),
quanto à ocorrência de determinada variável.
INFORMAÇÃO - dados descritivos ou interpretativos, a respeito de
entidades e suas relações.
INSTRUMENTO qualquer objeto, conceito, idéia ou imagem que
possa ser adotado, de maneira eficiente, na perseguição de um ob-
jetivo.
INVESTIGAR executar os passos previstos na investigação científica,
entendida como processo de solução de problemas, asssociada a
uma processo comunicativo.
Trata-se de obter um conhecimento rigoroso, objetivo e comuni-
cável, da situação de que se trata, dos elementos que as compõem,
da evolução sofrida, do estado em que se encontra, dos fatores que
conduziram a ela e dos que estão obstruindo seu desenvolvimento
ou bom funcionamento. Este conhecimento conduzirá a uma pre-
visão de sua evolução futura, dentro do condicionamento existen-
te.
PLANEJAMENTO CURRICULAR - processo de tomada de decisões,
com o objetivo de organizar, de forma integrada, a ação a ser
desenvolvida pela escola, com vistas à elaboração, efetivação e ava-
Nação do currículo. (Currículo entendido aqui como conjunto de
experiências vivenciadas pelo aluno, sob a responsabilidade da es-
cola).
PLANO CURRICULAR - documento que especifica, de maneira pre-
cisa, sucinta e operacional (favorecendo os processos de comuni-
cação, acompanhamento, avaliação e ativação), para um determi-
nado período:
o diagnóstico da realidade da escola e da comunidade a que
serve;
os objetivos:
a programação do conjunto de todas as atividades (as direta-
mente relacionadas com o processo ensino-aprendizagem e as
auxiliares), desenvolvidas, dentro e fora da escola, sob a res-
ponsabilidade da mesma, pelo aluno, professor, pessoal técni-
co, da administração, comunidade e família, visando ao alcan-
ce dos objetivos propostos;
o cronograma de execução das atividades;
o sistema de avaliação, especificando critérios, mercanismos e
instrumentos.
PLANOS DE ENSINO - ou projeto da disciplina, é um documento que
traduz, em termos mais próximos e concretos, a ação que ficou
configurada . em nível de escola. Indica a atividade direcional, me-
tódica e sistematizada do professor, junto a seus alunos, em bus-
ca de objetivos definidos. Deve conter a previsão de resultados de-
sejáveis, os meios necessários para alcançá-los e os padrões aceitá-
veis de desempenho.
PRÉ-PLANEJAMENTO fase de sensibilização e envolvimento de to-
do o pessoal da escola, com o objetivo de obter, deles, atitudes fa-
voráveis à mudança. Esta fase envolve técnicas de relações huma-
nas e pode resumir-se em:
fornecer informações aos atingidos e interessados (professores,
pessoal técnico-administrativo, pais de alunos e alunos);
criar condições para a adoção de atitudes favoráveis à mudança;
motivar, para que todos colaborem nas tarefas de planejamento;
motivar, para que se aceitem os resultados da investigação e da
programação e se disponham todos a executar os projetos for-
mulados.
PROBLEMA uma situação em que, ou os objetivoso estão claros,
ou embora claros,o se sabe como atingi-los.
PROGRAMA um componente do plano, ou seja, uma subdivisão
equivaliente à maior unidade de ação. Permite agrupar as decisões,
por áreas de ação semelhantes, sob o mesmo título.
PROJETO é a unidade menor de ação e contém decisões relativas ao
que se conseguir (objetivos gerais e específicos, requisitos e especi-
ficações ); como conseguir (fases e grupos de trabalho, diagrama de
fluxo de trabalho ou simplesmente os meios para conseguir os ob-
jetivos da disciplina) e quando conseguir(quando os resultadoso
necessários, duração das tarefas, desenvolvimento dos cronogramas).
TAREFA conceito teórico, no estudo de liderança, onde há grande
interesse na realização de tarefa ou produção.
RELACIONAMENTO conceito teórico, no estudo de liderança, onde
há grande interesse no desenvolvimento das relações pessoais.
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Acompanhamento, Avaliação e Controle - Il Encontro Para Apresen-
tação da Sistemática Operacional, DF, DSU/MEC, 1976
BRIGGS, Leslie J. Manual de Planejamento de Ensino, SP. Cultrix/
MEC, 1976
CARVALHO, Horácio M. Introdução à teoria do Planejamento, SP,
Edit. Brasiliense, 1976
CARVALHO, Irene M. O Processo Didático, RJ, Edit. da Fundação
Getúlio Vargas, 1976
GOLDBERG, Maria Amélia Azevedo. Avaliação e planejamento educa-
cional: problemas conceituais e metodológicos. Cadernos de Pes-
quisa, 7, 61-72, jun. 1973. SP, Fundação Carlos Chagas
Laboratório do Ensino Superior, Faculdade de Educação, R.S. Plane-
jamento e Organização do Ensino, RS, Edit. Globo, 1975
MARTINEZ, Maria Josefina e LAHORE, Carlos E Oliveira Planeja-
mento Escolar, SP, Saraiva/MEC, 1977
Organização e Administração de Escolas de 2° Grau, DF. MEC/DEM,
1977 (mimeog.)
Planejamento de Currículo, Caderno I, SP, Publicação GEGE "Doutor
Edmundo de Carvalho", 1971
Planejamento de Ensino, Caderno II, SP, Publicação GEGE "Doutor
Edmundo de Carvalho", 1971
Preparação de equipes de base: Planejador, Administrador e Supervisor.
Projeto 9.4, Meta 02, DF, MEC/DSU-CETEB. 1976
ANEXOS
ANEXO 1
Escola
Município
Estado
Controle de freqüência de alunos
19) Faça um círculo em volta do n9 do aluno ausente em sua aula.
29) Assine no final da coluna referente à sua aula (ou se você foi aplicador de atividade para outro
professor)
39) Indique a disciplina ministrada no espaço a isso destinado.
49) Coloque um (A) se houve atividade de avaliação na sua aula de hoje ou um (T) se foi executada
tarefa, na ausência do professor da disciplina e sob sua orientação. Neste caso, anexe roteiro
deixado pelo professor faltante.
59) Registre o total de alunos ausentes.
ANEXO 2
EESG Município Estado
Controle de freqüência de professores e da aplicação de tarefas substi-
tutivas
Instrução: Preencha as colunas do quadro (B) abaixo, consultando as
fontes ou efetuando as operações indicadas entre parênteses. Se você
ministrar mais de uma disciplina, preencha tantas fichas quantas forem
as disciplinas lecionadas, mas repita os dados do quadro (A).
QUADRO (A)
HABILITAÇÃO BÁSICA EM ADMINISTRAÇÃO
GRADE CURRICULAR
HABILITAÇÃO BÁSICA EM QUÍMICA
GRADE CURRICULAR
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