é uma região, o que é um espaço na concepção real da região - Re-
gião Nordeste, Região Sudeste -, mas trabalhar com o aluno com
mapas, porque são recursos práticos que se tem, inserindo-o dentro
de um contexto maior - esse espaço foi dividido em áreas que levou a
essa divisão maior que se tem o Brasil. Partir não mais daqueles
interesses, dos aspectos físicos que delimitavam as regiões, mas de
interesses econômicos que vão produzindo, que vão regionalizando
estas áreas. Atualmente, por exemplo, sabemos que, no conceito ge-
ral, temos cinco regiões e, se olharmos nos aspectos físicos, mais do
ponto de vista econômico, temos três grandes conjuntos que são
Centro-Sul, Nordeste e Amazônia e que se tem procurado trabalhar
com o aluno da 6ª série. Esta divisão está, hoje, muito mais do ponto
de vista político-econômico do que, simplesmente, do aspecto físico.
Com o uso de material, por exemplo, o atlas, o mapa, não se vai criar
o conceito de que a região é delimitada como aspecto físico, mas, sim,
que ela está delimitada, naquele momento, por interesses econômico-
políticos que se têm daquela divisão por regiões. Não é trabalho fácil
adotar esse posicionamento. Precisa-se de muito estudo, de muita
pesquisa. O que, realmente, fica muito mais interessante do que o
aluno ficar preocupado com o nome daquele rio, daquela serra que
serviria como divisa e que foi, por longo tempo, passado na divisão das
regiões.
Respondendo à questão relacionada aos conteúdos, por
exemplo, se se trabalhasse a Região Sudeste, hoje, o que seria signi-
ficativo para o aluno? Trabalhar a produção do espaço urbano indus-
trial do Sudeste e a produção do espaço agrário, porque o espaço
agrário está presente na produção do espaço urbano industrial. Na
produção desse espaço urbano industrial, está embutido todo o pro-
cesso da industrialização do Sudeste, a questão da dinâmica regional
do trabalho e a divisão intra-regional do trabalho. Na produção do es-
paço agrário do trabalho, trabalhar, no caso de se considerar a Região
Sudeste a mais desenvolvida do País, o problema seríssimo que o
Sudeste enfrenta, hoje, mais do que os aspectos físicos, humanos e
econômicos, a questão da distribuição da terra e o problema da con-