As demais unidades encontram-se abaixo da média nacional (45,78%).
e) entre 40 e 45% encontram-se: Goiás 43,36% (12,94%), Pará, com 43,25% (10,55%),
Minas Gerais, com 41,26% (1 7,67%), bem como Rio Grande do Norte, com 40,31% (11,31
%);
f) entre 35 e 40% tem-se: Paraná, com 39,83% (19,70%), Mato Grosso do Sul, com
38,73% (13,18%), Acre, com 37,14% (7,49%). Mato Grosso, com 37,13% (9,72%), Sergipe,
com 36,32% (8,60%) e Pernambuco, com 35,66% (12,88%);
g) entre 30 e 35%, situam-se unidades da Região Nordeste: Paraíba, com 32,64%
(9,68%), Maranhão, com 31,99% (8,68%), Bahia, com 31,57% (9,04%), Piauí, com 31,24%
(7,86%), e Ceará, com 30,26% (7,96%);
h) abaixo de 30%, apenas Alagoas, com 29,96% (8.93%) e Rondônia 29,88% (7,06%).
Assim, as oportunidades reais de chegar-se à 8.ª série não se limitaram a 1 8%, em 1
980-no Brasil, chegaram a 46%, elevando-se para 86% no Distrito Federal, e, mesmo nas
piores situações, como Alagoas e Rondônia, beiraram os 30%.
Levanta-se, pois. uma questão essencial: como é possível uma diferença tão acentuada
de interpretação da realidade, analisando-se as coortes publicadas ou os dados do censo de
1980?
As Tabelas 3 e 4 permitem elucidar a matéria.
Pelo censo de 1 980, havia 4 697 033 alunos na 1 ª série do ensino de 1º grau, para 2
999 544 habitantes de 7 anos de idade, ou seja, a matrícula representava 156,6% da
população na faixa etária prevista. Em todas as unidades da Federação a 1ª série possui mais
estudantes do que a população de 7 anos.
Assim, um fluxo regular a partir da 1 ? série, sem perdas, seria como uma bola
escorrendo pelo pescoço de um avestruz, dada a hipertrofia da mesma relação, quer com a
pirâmide, quer com o fluxo escolar.
Dada essa base artificial, representada pelo ingresso tardio e pela repetência, bem como
pelo provável inchamento de dados das escolas rurais na 1.ª série, o estudo de coortes leva a
interpretações errôneas sobre as conclusões de curso.
A Tabela 3, que se refere ao Brasil, às Regiões e a algumas unidades da Federação,
mostram, pelos próprios dados do censo que, no Brasil, nas 1ª, 2ª e 3ª séries, a matrícula é
superior ao universo da idade prevista para as mesmas. Isto é ainda válido quando se
desagrega por regiões, com exceção apenas da 3.ª série na Região Nordeste. Por outro lado,
em algumas unidades, como o Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, mesmo na 4ª
série, a matrícula é superior ao conjunto escolarizável, dentro do modelo teórico-legal de
correspondência idade-série.
Tal fato decorre da elevada participação de estudantes com atraso escolar, o que
provoca o congestionamento não apenas da 1ª série e das duas subseqüentes, mas de todo o
ensino de 1º grau.
A Tabela 4 refere-se às séries terminais do ensino de 1º grau, ainda com a comparação
entre os grupos etários e a matrícula correspondente, por série.
Constata-se, pois, uma cobertura efetiva muito superior à que os estudos de coorte
sugerem.
Por exemplo, na 6." série, o total de crianças de 1 2 anos é de 2,9 milhões de habitantes,
e a matrícula verificada é de 1,7 milhão de estudantes. A escolarização virtual é de 58,3%.
Isto, em nenhum momento, implica em dizer que 58,3% das crianças de 12 anos estejam na 6ª
série. Na realidade, de 1 677 755 alunos desta série, apenas 290 967 possuem 12 anos; se a
estes se acrescem 76 680 com 11