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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Brasil)
Estímulo a estudos e pesquisas educa-
cionais. Rio de Janeiro, 1976.
71 p. (Sér. Pesquisas e Monografia, 20)
1. Pesquisa educacional. I. Centro Brasi-
leiro de Pesquisas Educacionais. II. Título.
III. Série.
CDD 370.15
CDU 37.012.85
ads:
estímulo
a estudos e pesquisas
educacionais
Rio de Janeiro
Coordenadoria Técnica
1976
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Série Pesquisas e Monografias V. 20
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS
E PESQUISAS EDUCACIONAIS
diretor: Francisco Cruz Barbosa Lopes
COORDENADORIA TÉCNICA
responsável: Elza Nascimento Alves
CENTRO BRASILEIRO DE
PESQUISAS EDUCACIONAIS
diretora: Norma Cunha Osório
Unidade Publicações
chefe: Fidelina dos Santos
revisão: Ovídio Silveira Sousa
capa: Anna-Beli Honório de Mello
diagramação: Jader de Medeiros Britto
rua Voluntários da Pátria, 107 ZC-02
20 000 Rio de Janeiro RJ Brasil
SUMÁRIO
O estímulo à pesquisa no setor educacional 5
apresentação 5
objetivos, metas e fases do projeto 6
programação para 1975 e 1976 9
perspectivas 13
Instruções para obtenção de financiamento 14
ofício circular 14
termo de referência 15
execução de projeto de estudo ou de pesquisa educacional
(ficha de avaliação) 21
elaboração de projeto de estudo ou de pesquisa educacional
(ficha de avaliação) 23
modelo de termo de contrato 25
modelo de termo de convênio 28
modelo de fatura 32
modelo de comunicação do andamento do projeto 32
modelo para apresentação dos relatórios parciais relativos aos
projetos que compõem a programação externa do INEP 33
Comissão do MEC para a definição de prioridades da
pesquisa no Setor 37
Bibliografia sobre Metodologia da Pesquisa 39
Mesa-redonda coordenada pelo INEP na 27.
a
Reunião da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência 46
O estímulo à pesquisa
no Setor Educacional *
1. Apresentação
A realização do Projeto 21 do Plano
Setorial de Educação e Cultura
1975/79 "Estímulo a Estudos e Pes-
quisas Setoriais" constitui elemen-
to de apoio técnico indispensá-
vel ao desenvolvimento da progra-
mação dos órgãos voltados para as
atividades substantivas do MEC.
Representa, ainda, subsídio para a
definição de políticas e planejamen-
to relativos aos vários graus e tipos
de ensino e a campos afins com a
educação, em âmbito federal, esta-
dual, municipal.
Vem sendo desenvolvido por exe-
cução direta do INEP, através do
Centro Brasileiro de Pesquisas Edu-
cacionais, e por transferência de
encargos e/ou recursos, mediante
convênios ou contratos, por inter-
médio de entidades da órbita-
blica e privada.
O presente projeto encontra sua
justificativa básica na própria aná-
* Texto elaborado por Elza Nascimento
Alves e Nise Pires, Assessoras Técnicas
da Direção-Geral do INEP.
lise do atual contexto sócio-educa-
tivo.
Em nossa época, de racionalização
de esforços, de enfoque sistémico das
problemáticas, de quantificação em
busca de melhor qualidade dos pro-
dutos, verifica-se que evidências em-
píricaso indispensáveis para as-
segurar tomadas de decisão adequa-
das. A par disso, observa-se que a
pesquisa educacionalo vem
ocupando a posição que lhe cabe
de direito.
Na fase atual de nossa evolução,
em que se objetiva universalizar a
escola de 1.° grau, proporcionar
profissionalização na escola de 2.°
grau, acelerar a implantação da re-
forma universitária, desenvolver a
educação de adultos e a educação
permanente,o se pode separar a
reformulação do sistema escolar da
pesquisa de alternativas em relação
às práticas educacionais existentes,
tendo em vista fazer do planeja-
mento da educação um processo no
qual, através da reflexão, do estudo
e da experimentação, a qualidade
se transforme em quantidade e esta
novamente em qualidade, e assim
sucessivamente.
Considerando a magnitude dos en-
cargos educacionais de um país co-
mo o Brasil, que pretende demo-
cratizar a educação, aliando a ex-
pansão quantitativa ao maior ren-
dimento e à melhor qualidade do
sistema, verifica-se a necessidade de
determinar precisamente as funções
da pesquisa no projeto educativo
nacional e a estratégia a ser adota-
da para a consecução dos objetivos
em vista.
Nesse sentido, torna-se imperioso
dar ao Projeto "Estímulo a Estudos
e Pesquisas Setoriais" uma abran-
gência compatível com os obje-
tivos do Plano Setorial, em con-
cordância com as premissas básicas
que os inspiram.
O projeto em causa, adotando como
núcleo central de gravitação as re-
formas do ensino ora em processo
de implantação no País, dará ênfase
especial às inovações no campo edu-
cativo, envolvendo as estruturas pa-
ra e periescolares, especialmente
no que se refere à incorporação das
novas tecnologias educacionais, pelo
menos em suas formas intermediá-
rias.
Assim, as atividades serão desenvol-
vidas, dentro de um quadro abran-
gente e sistémico, sob três enfoques
básicos, a saber:
caracterização e análise crítica
da evolução do pensamento e da
prática pedagógica no Brasil, em
dimensão histórica, prospectiva e
interdisciplinar;
identificação de focos de impro-
dutividade no sistema educacional,
caracterização de causas e busca de
soluções;
inovações na ação educativa.
A estratégia estabelecida baseia-se
na determinação de prioridades, na
preparação e mobilização de novos
talentos, no maior fluxo de infor-
mações básicas que sejam de utili-
dade para os pesquisadores, no me-
lhor relacionamento entre a pesqui-
sa e a prática educacional, na me-
lhoria dos mecanismos de comuni-
cação e utilização dos resultados da
pesquisa e da experimentação, no
apoio técnico e financeiro à implan-
tação de uma infra-estrutura orga-
nizacional adequada para a pesqui-
sa.
2. Objetivos, Metas e Fases
do Projeto
O objetivo geral, com a realização
deste Projeto, é coordenar, promo-
ver e estimular estudos, pesquisas e
experimentação educacionais, visan-
do subsidiar soluções para a proble-
mática educacional brasileira e ofe-
recer elementos para a evolução do
conhecimento na área da educação.
O Programa Nacional de Pesquisas
Educacionais a ser elaborado de-
veráo só constituir fator signifi-
cativo para o desenvolvimento de
novas formas de ação educativa, co-
mo também fonte realimentadora
dos mecanismos de autocorreção do
Plano Setorial em face das muta-
ções e inovações que introduzem so-
luções de continuidade na evolução
e impõem direçõeso previstas ao
curso do processo social.
As metas fixadas se direcionam pa-
ra a consecução do objetivo básico
da atuação do INEP e, assim, den-
tro de uma dimensão prospectiva,
através do Projeto 21, no quinqué-
nio 1975/1979, buscar-se-á ampliar
c aperfeiçoar os mecanismos de co-
ordenação e assistência técnica e fi-
nanceira à pesquisa educacional,
bem como incentivar a realização
de estudos, pesquisas, experimenta-
ção e promover a formação e o
aperfeiçoamento de pessoal para a
pesquisa.
Nesse enfoque, quatro metas carac-
terizam a ação a ser empreendida
para a consecução dos objetivos em
vista:
Meta 1 Coordenar a pesquisa edu-
cacional no Pais
Visa à elaboração e ajustamento
anual do Programa Nacional de
Pesquisas Educacionais, conjugan-
do esforços e recursos das entidades
que atuam no campo da investiga-
ção científica na área da educação.
Meta 2 — Prestar assistência técnica
e/ou financeira para fins de pes-
quisa
Envolve a seleção, acompanhamen-
to, avaliação e controle dos proje-
tos referentes à programação exter-
na do INEP.
Meta 3 Realizar estudos, pesqui-
sas e experimentação educacionais
Inclui o planejamento, execução,
acompanhamento, avaliação e con-
trole dos projetos componentes da
programação interna do INEP.
Meta 4 Promover preparação de
recursos humanos para a pesquisa
Tem por finalidade a seleção e/ou
planejamento, execução, acompa-
nhamento, avaliação e controle dos
projetos de preparação de pessoal
para a pesquisa.
Cada uma das metas propostas se
desdobra em fases específicas de de-
senvolvimento, a saber:
METAS
FASES
1 Coordenar a pesquisa educa-
cional no País
a) Pré-operação:
planejamento da sistemática de
entrosagem INEP/Órgãos do MEC/
Entidades Externas de diretrizes e
critérios para elaboração e execução
do programa nacional de pesquisas.
b) Operação:
entrosagem com órgãos do MEC
e Entidades Externas e intercâmbio
de informações;
elaboração do programa nacional
de pesquisas;
difusão dos resultados obtidos e
intercâmbio de informações.
METAS FASES
c) Avaliação:
análise crítica da programação
desenvolvida pelo INEP e da utili-
zação dos resultados dos estudos,
pesquisas e experimentação realiza-
dos.
2 Prestar assistência técnica e/ou a) Pré-operação:
financeira para fins de pesquisa
elaboração de convênios ou con-
tratos com outras entidades;
elaboração da sistemática de
acompanhamento, avaliação e con-
trole dos projetos que serão desen-
volvidos por essas entidades.
b) Operação:
acompanhamento, avaliação e
controle da execução da programa-
ção;
apresentação de subsídios com
vistas às programações subsequen-
tes;
oferecimento de subsídios para
utilização dos resultados dos estu-
dos, pesquisas e experimentação
realizados.
c) Avaliação:
análise crítica das atividades de-
senvolvidas e dos relatórios parciais
e finais dos estudos, pesquisas e ex-
perimentação, que compõem a pro-
gramação.
3 Realizar estudos, pesquisas e a) Pré-operação:
experimentação educacionais
planejamento de pesquisas (ela-
boração de projetos de estudos, pes-
quisas e experimentação).
METAS
FASES
b) Operação:
execução das pesquisas e elabo-
ração dos relatórios parciais e fi-
nais .
c) Avaliação:
análise crítica dos resultados obti-
dos.
4 _ Promover preparação de recur- a) Pré-operação:
sos humanos para a pesquisa
elaboração de convênios e contra-
tos para a realização dos cursos, es-
tágios e seminários componentes da
programação do INEP.
b) Operação:
acompanhamento, avaliação e
controle das atividades relativas à
preparação de pessoal para a pes-
quisa;
atualização de ciados referentes a
necessidades regionais e locais no
que concerne à preparação de re-
cursos humanos para a pesquisa.
c) Avaliação:
análise crítica dos resultados dos
cursos, estágios e seminários realiza-
dos e da utilização e desempenho
posteriores do pessoal que foi pre-
parado.
3. Programação para 1975 e 1976
3.1. Instituições de todo o País
apresentaram ao INEP, em 1975 e
1976, respectivamente 105 e 143
projetos, compreendendo estudos,
pesquisas e experimentação. Desses,
integraram-se na programação de
pesquisas do INEP 117 projetos.
Os critérios básicos que presidiram
essa primeira seleção dos projetos
foram:
compatibilização dos temas com
as prioridades da educação nacio-
nal;
atendimento ao maior número
possível de entidades, a par de
maior abrangência em termos de
unidades federadas;
nível técnico dos projetos apre-
sentados e custos propostos;
disponibilidade de recursos do
INEP em face da conjugação dos
demais critérios estabelecidos para
a seleção dos projetos.
Como participantes da programa-
ção do INEP em 1975 e 1976, in-
cluem-se as entidades seguintes: Se-
cretarias de Educação da Bahia,
Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio
de Janeiro, Rio G. do Norte,o
10 Paulo e Território Federal de Ro-
raima; Universidades: Fundação
Universidade do Maranhão, Uni-
versidades Federais de Brasília,
Ceará, Minas Gerais, Pernambuco,
Rio de Janeiro, Rio G. do Sul, San-
ta Catarina,o Carlos/SP; Univer-
sidade deo Paulo, Universidade
Estadual de Campinas, PUC/RJ,
PUC/RS, PUC/SP, Universidade
de Passo Fundo/RS, Universidade
Gama Filho/RJ; Faculdades: de
Filosofia, Ciências e Letras de Ara-
raquara/SP, Rio Claro/ SP, Jahu/
SP, Faculdade Olindense de Forma-
ção de Professores de 1.° Grau /PE,
Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Paranavaí/PR, Faculdade
Católica de Ciências Humanas/BsB,
além de entidades diversas: Associa-
ção de Pesquisa Histórica e Arqui-
vística/RJ, Associação Catarinen-
se das Fundações Educacionais
(ACAFE), Centro Educacional de
Realengo/RJ, Centro de Educação
Técnica do Nordeste/RN, Centro
de Ensino Unificado/BsB, Centro
de Estatística Religiosa e Investiga-
ções Sociais (CERIS) /RJ; Centro
de Estudos, Pesquisas e Planeja-
mento Educacional do Paraná,
Centro de Integração Empresa/
Escola (CIEE) /RJ, Centro Nacio-
nal de Aperfeiçoamento de Pessoal
para a Formação Profissional
(CENAFOR) /SP, Centro Nacional
de Educação Especial (CENESP) /
MEC, Centro de Treinamento para
Professores de Ciências Exatas e
Naturais deo Paulo (CECISP) /
MEC/DEF, Fundação Carlos Cha-
gas/SP, Fundação de Educação pa-
ra o Trabalho, de Minas Gerais
(UTRAMIG), Fundação Estadual
de Educação Rural Helena Anti-
poff/MG, Fundação Educacional
Padre Landell de Moura/RS, Fun-
dação Getúlio Vargas (CETRHU,
IESAE, ISOP), Fundação Brasileira
para o Desenvolvimento do Ensino
de Ciências (FUNBEC) /SP, Grupo
de Estudos sobre o Ensino de Ma-
temática (GEEMPA) /RS, Instituto
de Educação de Minas Gerais, Ins-
tituto Euvaldo Lodi/RJ, Instituto
Izabela Hendrix/MG, Instituto Me-
todista de Ensino Superior/SP, Ins-
tituto Joaquim Nabuco de Pesqui-
sas Sociais/PE, Prefeitura Munici-
pal de Belo Horizonte, Serviço Na-
cional de Aprendizagem Comercial
(SENAC) /SP, Sociedade Brasileira
de Educação Através da Arte
(SOBREART) /RJ e Sociedade
Pestalozzi do Brasil/RJ.
Ainda nessa programação externa
do INEP, com referência à prepara-
ção de recursos humanos, 180 pro-
fissionais da área de educação, fo-
ram formados e/ou aperfeiçoados,
em 1975, no campo da pesquisa,
prevendo-se que, em 1976, sejam
atingidos 549 elementos.
A efetivação da programação plane-
jada propiciará a consecução, entre
outros, dos seguintes objetivos:
obtenção de subsídios indispensá-
veis para a avaliação dos currículos
de 1° grau;
elaboração e avaliação de um mo-
delo de recuperação dos alunos;
avaliação da implantação da Re-
forma do Ensino de l.º grau;
diagnóstico nacional do desenvol-
vimento educacional (1.° e 2.
9
graus);
análise da realidade atual da ava-
liação e mensuração educacional no
Brasil, no que se refere a conheci-
mento e aplicação pelo professor de
processos e instrumentos avaliati-
vos;
informações sobre a profissiona-
lização no ensino de 2.
9
grau, in-
clusive no que concerne à adequa-
ção dos cursos às características do
mercado de trabalho;
contribuições no sentido de ex-
plicar o como e o porquê das es-
colhas vocacionais dos jovens;
contribuições para a compreensão
dos fatores educacionais e sociais
que influenciam o desempenho no
vestibular;
diagnóstico da situação e perspec-
tivas de expansão do estágio de es-
tudantes universitários;
elaboração e testagem de instru-
mentos de medida das habilidades
requeridas pela atividade docente;
construção e testagem de um sis-
tema curricular básico para a for-
mação do professor pré-escolar em
nível superior;
informações relativas à avaliação
de cursos de nível universitário em
face das características do mercado
de trabalho;
análises relativas à identificação
de necessidades de formação de re-
cursos humanos para os vários seto-
res da economia;
análise, testagem da funcionalida-
de e experimentação de métodos e
processos de ensino no âmbito da
Matemática, Estatística, Física, Es-
tudos Sociais, Educação Sanitária;
análise de problemas relaciona-
dos com a reforma universitária e
busca de soluções;
análise de aspectos referentes aos
cursos de mestrado em educação;
sistematização e processamento
de dados levantados sobre a lingua-
gem da criança pré-escolar e a de 7
a 8 anos;
informações sobre o desenvolvi-
mento cognitivo da criança, utiliza-
ção de instrumentos psicológicos e
motivação para a aprendizagem;
elaboração de currículos para a
educação especial;
obtenção de subsídios para a aná-
lise da produtividade dos programas
de alfabetização de adultos;
informações sobre o desempenho
dos alunos nos exames supletivos, a
interação deste desempenho com as
origens sócio-econômicas dos candi-
datos e o seu papel como instru-
mento de mobilidade social;
testagem de um modelo de inte-
gração da comunidade escolar;
análise das repercussões do fenô-
meno migratório rural-urbano sobre
o acesso à educação e às atividades
educativas;
subsídios para a elaboração ou re-
formulação da política do livro in-
fantil e juvenil;
elaboração de um esquema de re-
ferência teórica e de diretrizes me-
todológicas tendo em vista a cria-
ção de uma estrutura de custo da
educação no Brasil.
5.2 Quanto à programação in-
terna, o INEP desenvolve, no cor-
rente ano, através da Coordenação
de Estudos e Pesquisas Educacio-
nais do CBPE 10 projetos de estu-
dos, pesquisas e experimentação,
abrangendo as áreas sócio-educacio-
nal e psicopedagógica.
Os produtos desses estudos, pesqui-
sas e experimentação assim se con-
figuram:
informações sobre os componen-
tes de educação geral mais necessá-
rios ao adequado desempenho das
ocupações que aparecem com maior
frequência na indústria e no comér-
cio;
estudo das principais dificuldades
percebidas na implantação da Re-
forma do Ensino de 2.
9
Grau, atra-
s da análise dos currículos desse
grau do ensino;
apresentação, às administrações
do ensino estaduais, de subsídios e
sugestões para adaptação dos pro-
gramas às peculiaridades locais;
informações sobre a utilização das
horas de lazer pelos jovens de 18 a
20 anos no contexto sociocultural de
Brasília;
informações derivadas de estudos,
pesquisas e experimentação relati-
vos à l.
a
série do ensino de 1." grau
a) resultados do diagnóstico da
situação quanto à aprendizagem de
Matemática, Leitura e Ortografia;
b) resultados de estudo sobre o con-
trole dos fatores psicológicos e de
saúde que influem no rendimento
dos alunos; c) testagem das vanta-
gens do ensino simultâneo do-
mero e da medida em comparação
com o ensino feito isoladamente
(na lª e também na 2.
a
série);
elaboração e testagem de instru-
mentos de avaliação da aprendiza-
gem relativos às la., 2a., 3.a e 4a.
séries do lº grau, para fins de ex-
perimentação de currículo;
informações e análise da aplica-
ção experimental de programas e da
experimentação de técnicas de con-
trole de rendimento na la., 2a. e
3a. séries do ensino de l.º grau;
elaboração de programas experi-
mentais da 5.
a
à 8.
a
série do ensaio
de 1.° grau;
resultados da aplicação experi-
mental de material de apoio (fil-
mes e folhetos) para implantação de
currículos e programas do ensino de
l.º grau;
informações referentes à experi-
mentação de educação integral de
lº grau no Município do Rio de
Janeiro, a partir das atividades de-
senvolvidas na Escola Guatemala;
testes objetivos validados destina-
dos a medir características de perso-
nalidade e interesses do professor,
como instrumento para seleção de
candidatos a cursos de formação do
magistério de l.º grau;
resultados de estudos sobre com-
binações de fatores relativos aos
professores e à administração, geral
e das escolas, que conduzem a maior
eficácia do trabalho escolar;
modalidades adequadas de assis-
tência técnica ao magistério de l.º
grau.
4. Perspectivas
No Brasil, a pesquisa educacional
poderá vir a desempenhar a função
que lhe é específica na medida em
que:
as agências realizadoras de pes-
quisas educacionais harmonizem
seus esforços, disponham, em núme-
ro crescente, de pessoal de alto ga-
barito técnico e ofereçam resulta-
dos de investigações significativas,
embasadas por diretrizes teóricas e
por técnicas operacionais que ga-
rantam sua validade científica;
as agências e os profissionais con-
sumidores de pesquisas da área da
educação adquiram gradativamente
a convicção de que os resultados
das investigações empreendidas re-
presentam subsídios indispensáveis
para que seu trabalho se desenvolva
com maior eficiência.
A pesquisa educacional oferecerá
assim elementos que poderão con-
duzir a novos rumos, no campo do
pensamento e da praxis; redirecio-
nará posições e/ou vias inadequa-
das; representará o constante e vi-
gilante feedback que deve ocorrer
com vistas ao aperfeiçoamento e à
atualização do processo educativo.
O INEP, através deste Projeto 21, e
depois, em continuidade ao cum-
primento de suas atribuições pró-
prias, visa representar fator de ca-
tálise e dinamização da pesquisa
educacional no País. Conforme se
vá configurando a evolução sócio-
educativa-cultural, grandes linhas
de investigação científica poderão
ser definidas, nelas se empenhando,
em esforço conjunto, todas as en-
tidades que se aplicam à pesquisa
no campo da educação. Haverá en-
o efetiva contribuição no sentido
de que se concretize o grande Pro-
jeto de Educação Nacional.
Instruções para obtenção de financiamento
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Of. Cir. n.°
Do Diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Ao
Ass.: Apoio financeiro do INEP
Como é de seu conhecimento, o INEP, no exercício das funções de estí-
mulo e de coordenação dos estudos e pesquisas educacionais no País, que
lhe foram atribuídas pelo Decreto n. 71.407, de 20.11.72 (DO de
22.11.72), proporciona apoio técnico-financeiro a entidades que se pro-
ponham elaborar ou executar projetos em tal campo de atividade, a cargo
de equipes técnicas sob suas respectivas responsabilidades.
Compreende-se como entidade, para esse fim, o órgão cujo dirigente te-
nha competência estatutária para firmar o imprescindível contrato ou
convênio com o INEP, a fim de que seja concedido o apoio técnico-finan-
ceiro, na hipótese de que o projeto seja selecionado.
Caso essa entidade esteja interessada em obter citado apoio no decorrer
do próximo ano, encareço-lhe o preenchimento, em três vias, do Termo
de Referência cujo modelo segue anexo ao presente ofício, utilizando
as expressões e preenchendo os itens pertinentes, conforme se trate de
elaboração ou de execução de projeto de estudo ou de pesquisa educa-
cional, e remetendo-o, até dia 31 de agosto próximo vindouro, para o
endereço:
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Edifício Gilberto Salomão
SCS Bloco M — 14.° andar
70 000 Brasília - DF
Se, como é provável, os recursos do INEP para o próximo ano ficarem
totalmente comprometidos com o apoio financeiro a projetos remetidos até
a data aqui fixada (31 de agosto),o haverá condições para que as
propostas que vierem a ser apresentadas posteriormente possam ser aten-
didas.
Atenciosamente,
a) Diretor-Geral
TERMO DE REFERÊNCIA
Ao Diretor-Geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Assunto: Solicitação de apoio técnico-financeiro para a execução (ou
elaboração) de projeto de estudo ou de pesquisa educacional.
A. Informações Gerais
1. ENTIDADE QUE FIRMARA O CONTRATO
1.1. nome
1.2. qualificação (personalidade jurídica, sede e foro, registros, inclu-
sive CGC)
1.3. nome e cargo do dirigente
2. FRAÇÃO DA ENTIDADE INCUMBIDA DO PROJETO
2.1. nome
2.2. endereço e telefone (para comunicações sobre o projeto)
3. PROJETO
3.1. título
3.2. nome do coordenador <
2
> e área de graduação
3.3. nome dos participantes em nível técnico <
2
> e respectivas áreas
de graduação
3.4. duração (em meses)
3.5. montante dos recursos solicitados ao INEP
Coordenador do Projeto Dirigente da Entidade
(D Anexar Estatuto ou Regimento.
(2) Currículos em anexo, incluindo infor-
mações sobre cargo ou função desem-
penhados atualmente na entidade res-
ponsável pelo projeto e atividades
profissionais a serem exercidas simul-
taneamente com o desenvolvimento da
pesquisa.
B. Informações Sobre o Projeto
1. JUSTIFICATIVA
2. OBJETIVOS
3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
4. BIBLIOGRAFIA
(Em anexo e incluindo estudos e pesquisas afins.)
5. HIPÓTESE
6 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS
7. ÁREA PARA EXECUÇÃO DO PROJETO
(Região, Estado, Município, Cidade, Bairro e etc.)
8. INDICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS QUE SERÃO UTILIZA-
DOS
(Relacionar: questionários, testes a serem aplicados, fichas de co-
leta de dados em cadastros etc. e anexar um exemplar a cada via
do presente modelo. O material será restituído caso o projetoo
obtenha financiamento.)
9. PLANO PARA COLETA DE DADOS
(Inclusive identificação do universo e da amostra adequada.
Em caso de amostra, justificar o dimensionamento e o esquema de
amostragem adotado.)
10. ESPECIFICAÇÃO DOS QUADROS DE SAIDA
(Relacionar os quadros de saída simples, os cruzamentos duplos,
triplos etc. queo fornecer informações para os objetivos da pes-
quisa.)
11. ANALISE ESTATÍSTICA DOS QUADROS DE SAÍDA
(Em caso de amostra, para os quadros de saída que conduzam a
uma hipótese a ser testada, justificar a escolha de teste a ser em-
pregado. Dar, em anexo, uma nota técnica com a descrição sucinta
sobre o modo de aplicação de cada teste.)
12. FASES DO PROJETO E CRONOGRAMA
(Dar as datas inicial e final de cada fase do projeto, ou a respectiva
duração em meses. Discriminar as tarefas a serem executadas em
cada fase.)
ATENÇÃO: Tratando-se de solicitação de apoio para elaboração
de projeto, os itens a serem preenchidos são:
Justificativa Identificação das Variáveis
Objetivos Fases da elaboração do Projeto e
Definição do Problema Cronograma
Hipóteses Recursos (itens 13 a 16)
13 RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E DE SERVIÇOS NECES-
SÁRIOS À EXECUÇÃO (OU À ELABORAÇÃO) DO PROJETO
ADEQUADOS A SEU DESENVOLVIMENTO
13.1 Pessoal
Relação dos
participantes
do projeto
Equipe técnica
Equipe administrativa
Principais atribuições
no projeto
UNIDADE PRESTAÇÃO SERVIÇO
(hora-mès)*
Na entidade
responsável
pelo projeto
Em outras No projeto
17
* Solicita-se colocar as horas-mês de trabalho a sarem dadas na entidade responsável pelo projeto e em
outras, além das horas dedicadas ao projeto, usando outro indicador de participação, se for impossível utilizar
e unidade de prestação de serviço.
13.2 Passagens (origem e destino) e diárias (localidades e tempo de
estada)
13.3 Serviços
13.4 Material de consumo
14. RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS
14.1 Remuneração de pessoal
Relação dos
participantes
do projeto
Equipe técnica
Equipe administrativa
N.° de unidades
no projeto
Valor (Cr$)
Unitário
Total
14.2 Passagens e diárias
ESPECIFICAÇÃO*
Passagens
Diárias
* Passagens (origem e destino)
Diárias (localidades e estada)
QUANTIDADE
VALOR (CrS)
UNITÁRIO
SOMA
TOTAL
4.3 Serviços
ESPECIFICAÇÃO
Impressão de instrumentos
Correios e Telégrafos
Telefonemas
Mecanografia
Processamento de dados
Outros*
* Discriminar
QUANTIDADE
VALOR (Cr$)
UNITÁRIO
SOMA
TOTAL
14.4 Material de consumo
ESPECIFICAÇÃO
Material de expediente
Testes, fichas e cartões
Gasolina
Outros*
QUANTIDADE
* Discriminar
VALOR [Cri]
UNITÁRIO
SOMA
TOTAL
15. ORÇAMENTO DO PROJETO
ESPECIFICAÇÃO
Remuneração de pessoal
Passagens e diárias
Serviços
Material de consumo
SOMA
VALOR DO
SUBITEM
(Cr$)
PARTICIPAÇÃO DA
ENTIDADE
PARTICIPAÇÃO DE
OUTROS
(Cr$)
PARTICIPAÇÃO
DO INEP
(Cr$)
16. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO DA PARTICIPAÇÃO DO
INEP
Em 4 parcelas, referidas ao término de fases significativas do desenvolvi-
mento do projeto. No caso de trabalhos de duração até 6 meses, o cro-
nograma poderá ser dividido em apenas 3 parcelas.
Observações:
l.
a
O Termo de Referência deverá ser preenchido, a máquina, em
três vias e enviado ao INEP até 31 de agosto.
2.
a
Informar local (is), horário (s) e telefone (s) (inclusive ramal)
para comunicação com o Coordenador.
3.
a
Todos os itens do modelo devem ser completados; quandoo se
aplicarem ao caso, justificar seuo preenchimento.
4.
a
Os projetos que, excepcionalmente, tiverem a duração superior a 10
meses deverão ser divididos de acordo com os exercícios financeiros,
cronogramas e orçamentos que serão propostos em função de cada
etapa.
5.
a
Os Termos de Referência incompletos, ou preenchidos de forma
inadequada, serão devolvidos.
6.
a
O projeto será analisado segundo diretrizes e critérios da Ficha de
Avaliação de projeto.
EXECUÇÃO DE PROJETO DE
ESTUDO OU DE PESQUISA
EDUCACIONAL
Ficha de Avaliação
TÍTULO DO PROJETO
1. Justificativa
\, 1 indica a problemática que gerou o projeto de pesquisa
1.2 enuncia a contribuição a ser prestada pela pesquisa com vistas
a soluções para a problemática em causa
Objetivos
2.1 claramente determinados e delimitados
2.2 coerentes com o tema da pesquisa
3. Definição do problema
1 significante em relação à situação geral apresentada na justificativa
.2 claramente formulado, incluindo definição de conceitos básicos
.3 compatível com as prioridades
da área federal
da área estadual
de outras áreas
1.4 acrescido de informações precisas sobre
o relacionamento do projeto com pesquisas anteriores
limitações da pesquisa
4. Bibliografia
4.1 adequada em relação ao tema
4.2 atualizada
t. 3 obedecendo às normas da ABNT
5. Hipóteses
5.1 claramente formuladas
5.2 compatíveis com a definição do problema
5.3 evidenciem originalidade na abordagem do problema
5.4 com fundamentação objetiva
5.5 passíveis de serem testadas
6. Definição operacional das variáveis
6.1 a indicação das variáveis exprime sua operacionalidade
6.2 o conjunto de variáveis é abrangente em relação às hipóteses for-
muladas
7. Área para execução do projeto
7.1 delimitada com precisão
7.2 compatível com os objetivos da pesquisa
8. Indicação dos instrumentos que serão utilizados
os tipos de instrumentoso adequados à natureza dos
dados a serem coletados
9. Plano para coleta de dados
9.1 População suficientemente caracterizada segundo:
9.1.1 tamanho e localização; fontes de informação sobre a população
estudada
9.1.2 tipos de unidades que a compõem
9.1.3 grau de homogeneidade em relação às variáveis mais expressivas
9.2 Plano de amostragem incluindo:
9.2.1 eleição da variável principal
9.2.2 conjunto básico de probabilidade de seleção das unidades
9.2.3 critério de extração das unidades
9.2.4 determinação da amostra apoiada em critério explicitado quanto
à precisão da estimativa
9.2.5 determinação da amostra apoiada em critério financeiro explicitado
9.3 Previsão de realização de coleta indicando:
9.3.1 etapas a executar
9.3.2 roteiro para execução
9.3.3 provisão de meios
10. Especificação dos quadros de saída
10.1 atendendo à definição operacional das variáveis
10.2 funcionais em relação aos objetivos do Projeto
11. Análise estatística dos quadros de saída
11.1 testes de validade dos resultados tecnicamente apresentados
11.2 procedimentos operacionais adequados para testar as hipóteses
12. Fases do projeto e cronograma
12.1 fases apresentadas em sequência lógica
12.2 processo de execução totalmente abrangido pelas fases indicadas
12.3 duração das fases caracterizadas no cronograma
12.4 utilização racional do tempo previsto para execução
13. Recursos materiais, humanos e de serviços para a elaboração ou
execução do projeto, adequados a seu desenvolvimento.
14 a 16 Previsão de despesas — cronograma de desembolso da participação
do INEP
Viabilidade técnica e financeira em relação ao projeto apresen-
tado e às disponibilidades do INEP.
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE
ESTUDO OU DE PESQUISA
EDUCACIONAL
Ficha de Avaliação
TÍTULO DO PROJETO
1. Justificativa
1.1 indica a problemática que gerou o projeto de pesquisa
1.2 enuncia a contribuição a ser prestada pela pesquisa com vistas a
soluções para a problemática em causa
2. Objetivos
2.1 claramente determinados e delimitados
2.2 coerentes com o tema da pesquisa
3. Definição do Problema
3.1 significante em relação à situação geral apresentada na justificativa
3.2 claramente formulado, incluindo definição operacional de conceitos
3.3 compatível com as prioridades
da área federal
da área estadual
de outras áreas
3.4 acrescido de informações precisas sobre
o relacionamento do projeto com pesquisas anteriores
limitações da pesquisa
4. Hipóteses
4.1 claramente formuladas
4.2 compatíveis com a definição do problema
4.3 que evidenciem originalidade na abordagem do problema
4.4 com fundamentação objetiva
4.5 passíveis de serem testadas
5. Identificação das variáveis
Objetivamente indicadas
6. Principais fases do projeto e cronograma
6.1 fases apresentadas cm sequência lógica
6.2 processos de execução totalmente abrangidos pelas fases indicadas
6.3 duração das fases caracterizadas no cronograma
6.4 utilização racional do tempo previsto para execução
7. 8, 9 e 10. Recursos requeridos para a elaboração do projeto
Viabilidade técnica e financeira em relação ao projeto
apresentado e às disponibilidades do INEP.
MODELO DE TERMO DE CONTRATO
TERMO DE CONTRATO QUE ENTRE SI CELE-
BRAM O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E
PESQUISAS EDUCACIONAIS DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA E
OBJETIVANDO A DE UM
PROJETO VERSANDO O TEMA "
a ser desenvolvido segundo o Termo de Referência que, submetido ao
INEP, tomou o número de protocolo e fica fazendo
parte integrante deste instrumento, independentemente de sua transcrição.
CLÁUSULA SEGUNDA - obriga-se a:
I executar o projeto de que trata a Cláusula Primeira deste
contrato, a cargo de uma equipe técnica, sob a responsabili-
dade
II impedir que o projeto de que trata a Cláusula Primeira seja
apresentado como trabalho individual, com vistas à defesa de
tese;
III submeter à prévia consideração do INEP a adoção de medida
que implique alterar o estabelecido no Termo de Referência,
citado na cláusula precedente;
IV entregar ao INEP, em duas vias, no primeiro dia útil de
cada trimestre do ano civil, comunicação sucinta (segundo
O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDU-
CACIONAIS do Ministério da Educação e Cultura, doravante, neste ins-
trumento, designado INEP e representado por seu Diretor-Geral
nos termos do inciso XVII do artigo 18 do Regimento Interno do Órgão,
aprovado pela Portaria Ministerial n.° 250, de 23 de abril de 1975, e
entidade de direito
privado com sede e foro na cidade
Estado , registrada
no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda sob o
número , doravante, neste instrumento, designada
e representada por
, resolvem celebrar o presente contrato, sob as cláusulas e
condições seguintes:
CLÁUSULA PRIMEIRA - O presente contrato objetiva a
pel de um projeto versando
o tema "
modelo anexo) sobre o andamento das tarefas previstas, es-
pecificando as realizadas e justificando as que estejam em
atraso;
V entregar ao INEP, em 2 (duas) vias, ao término de cada fase
significativa do desenvolvimento do projeto, que implique
pagamento de uma parcela intermediária, como estabelecido
na Cláusula Terceira, seguinte, relatório circunstanciado, re-
portanto os trabalhos realizados na fase considerada, bera
como um demonstrativo das despesas correspondentes;
VI entregar ao INEP, em 5 (cinco) vias, ao término deste contrato,
o relatório final da pesquisa;
VII providenciar para que o presente termo de contrato seja publi-
cado no Diário Oficial da União, ou da Unidade Federada,
dentro do prazo de 20 (vinte) dias, contados da respectiva
assinatura.
26 CLAUSULA TERCEIRA - O INEP obriga-se a pagar
pela execução do projeto de que trata a Cláusula Primeira deste contrato,
a importância total de Cr$ (
), dividida em ( ) parcelas, com
os seguintes prazos e valores:
I após a publicação deste contrato no Diário Oficial da União
-Cr$ (
)
II ao término da fase
Cr$ (
III ao término da fase
Cr$
)
IV contra a apresentação do relatório final Cr$
(
)
CLÁUSULA QUARTA O pagamento da primeira parcela será
feito contra a entrega ao INEP da fatura correspondente, que mencionará
a data do Diário Oficial da União ou da Unidade Federada que publicar
o contrato. O pagamento de cada parcela intermediária será feito contra
a entrega da fatura correspondente e após aprovado o relatório técnico
circunstanciado de que trata o inciso V da Cláusula Segunda, precedente.
O pagamento da última parcela será feito contra a entrega da fatura
correspondente, acompanhada do relatório de que trata o inciso VI da
mesma Cláusula Segunda.
CLÁUSULA QUINTA - O INEP fará o acompanhamento e a ava-
liação do desenvolvimento dos trabalhos por intermédio: dos documentos
de que tratam os incisos IV, V e VI da Cláusula Segunda, precedente; da
solicitação de outras informações; de visitas de seus técnicos
CLAUSULA SEXTA - A despesa global do INEP referida na Cláu-
sula Terceira deste contrato, no valor de Cr$
( ; ),
correrá à conta de recursos provenientes do Orçamento da União (ou
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), obedecida a se-
guinte classificação:
Projeto:
Elemento de despesa:
Empenho n.° de de de 19..
CLAUSULA SÉTIMA - isenta o INEP de
qualquer responsabilidade quanto às obrigações decorrentes de legislação 27
trabalhista e previdenciária relativamente ao pessoal que, a qualquer
título, vier a utilizar para prestação de serviços necessários à execução do
projeto de que trata o presente contrato.
CLÁUSULA OITAVA - O INEP, a seu juízo, poderá promover a
impressão e divulgação do trabalho produzido. Caso contrário, fica ....
livre para fazê-lo. De qualquer modo, deve ser dado desta-
que, na capa externa, ao fato de ter sido produzido com o apoio do
INEP.
CLÁUSULA NONA Este contrato poderá, mediante assentimento
dos contratantes, ser modificado por intermédio de termo aditivo, ou res-
cindido, automaticamente, por inadimplemento de qualquer de suas
cláusulas e condições, ou pela superveniência de norma legal que o torne
material ou formalmente impraticável.
CLÁUSULA DÉCIMA - No caso de rescisão, fica
obrigada comprovar, no prazo de trinta dias da data da rescisão
a aplicação de todos os recursos que, até aquela ocasião, houver recebido do
INEP, por força deste contrato, recolhendo, na mesma oportunidade, o
saldo existente.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - O presente contrato entra em
vigor na data de sua publicação e vigorará até 31 de dezembro do cor-
rente exercício, podendo ser prorrogado mediante solicitação por escrito,
apresentada quarenta e cinco dias antes do término deste contrato e a
juízo do INEP.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - Fica eleito o Foro da Justiça
Federal Seção Judiciária do Distrito Federal para dirimir quaisquer
questões oriundas deste contrato ou de sua interpretação.
E por estarem assim justos e acordados, firmam o presente contrato em
5 (cinco) vias de igual teor e valor, lido e achado conforme em presença
das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas.
Brasília, de de 19...
Pelo INEP Pel
Diretor-Geral
TESTEMUNHAS:
COORDENADOR DO PROJETO
CHEFE DO SETOR ADMINISTRATIVO
MODELO DE TERMO DE CONVÊNIO
Convênio n.° /76
TERMO DE CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELE-
BRAM O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E
PESQUISAS EDUCACIONAIS, DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA, E
OBJETIVANDO A DE UM
PROJETO VERSANDO SOBRE O TEMA "
O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDU-
CACIONAIS, do Ministério da Educação e Cultura, doravante, neste ins-
trumento, designado INEP e representado por seu Diretor-Geral
nos termos do inciso XVII, do artigo 18, do Regimento
Interno do Órgão, aprovado pela Portaria Ministerial. 250, de 23 de
abril de 1975, c entidade
de direito público com sede e foro na Cidade , Estado
, doravante, neste instrumento, designada
e representada por
, resolvem celebrar o presente convênio, sob as cláusulas e
condições seguintes:
CLÁUSULA PRIMEIRA — O presente convênio objetiva a
pel de um projeto versando
sobre o tema "
", a ser desenvolvido
segundo o Termo de Referência que, submetido ao INEP, tomou o-
mero de protocolo e fica fazendo parte integrante deste
instrumento, independentemente de sua transcrição.
CLÁUSULA SEGUNDA - obriga-se a:
executar o projeto, de que trata a Cláusula Primeira deste
convênio, a cargo de uma equipe técnica, sob a responsadi-
lidade
II impedir que o projeto, de que trata a Cláusula Primeira, seja
apresentado como trabalho individual, com vistas à defesa
de tese;
III submeter à prévia consideração do INEP a adoção de me-
dida que implique alterar o estabelecido no Termo de Refe-
rência, citado na Cláusula precedente;
IV entregar ao INEP, em 2 (duas) vias, no primeiro dia útil
de cada trimestre do ano civil, comunicação sobre o anda-
mento das tarefas previstas, especificando as realizadas e jus-
tificando as que estejam em atraso;
V entregar ao INEP, em 2 (duas) vias, ao término de cada
fase significativa do desenvolvimento do projeto, que impli-
que pagamento de uma parcela intermediária, como estabe-
lecido na Cláusula Terceira, seguinte, relatório técnico cir-
cunstanciado, reportando os trabalhos realizados na fase con-
siderada, bem como o correspondente balancete financeiro;
VI entregar ao INEP, em 5 (cinco) vias, ao término deste con-
vênio, o relatório final da pesquisa;
VII providenciar para que o presente termo de convênio seja pu-
blicado no Diário Oficial da União, ou da Unidade Fede-
rada, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, contados da res-
pectiva assinatura.
CLÁUSULA TERCEIRA - O INEP obriga-se a pagar
pela execução do projeto de que trata a Cláusula Primeira deste convê-
nio, a importância total de Cr$ (
), dividida em ... (••••) parcelas, com os seguintes prazos
e valores:
I após a publicação deste convênio no Diário Oficial
Cr$ ( );
II ao término da fase
Cr$ ( );
III ao término da fase
Cr$ ( );
IV para a elaboração do relatório final
Cr$ ( ).
29
CLAUSULA QUARTA O pagamento da primeira parcela será feito
depois de comprovada a publicação do convênio no Diário Oficial da
União ou da Unidade Federada. O pagamento de cada parcela inter-
mediária será feito após aprovados o relatório técnico circunstanciado
e o balancete financeiro de que trata o inciso V da Cláusula Segunda,
precedente. O pagamento da última parcela será feito para a elaboração
do relatório final e após aprovado o balancete financeiro correspondente
à fase anterior.
CLAUSULA QUINTA - Dentro de 10 (dez) dias após a aplicação
da última parcela de recursos do convênio, deverá ser apresentado o
balanço financeiro e remetido ao INEP o saldo porventura existente,
observado o que dispõe a Cláusula Oitava.
CLÁUSULA SEXTA Os recursos mencionados na Cláusula Ter-
ceira serão depositado no Banco do Brasil S/A, em conta vinculada a
este convênio.
CLÁUSULA SÉTIMA Os saldos relativos a uma parcela de re-
cursos do convênio poderão ser aplicados juntamente com a parcela
seguinte.
CLÁUSULA OITAVA Somente serão válidas as despesas realiza-
das após o recebimento dos recursos e dentro do prazo do convênio,
observada a programação de despesa prevista no Termo de Referência
mencionado na Cláusula Primeira.
CLÁUSULA NONA Os documentos comprobatórios das despesas
realizadas na execução deste convênio, organizados de acordo com a le-
gislação vigente, deverão ser identificados com o número do convênio
e ficarão arquivados no setor de contabilidade d
à disposição do INEP e das autoridades responsáveis pela fiscalização
financeira.
CLÁUSULA DÉCIMA Deverão ser observadas as normas de con-
tabilidade e de auditoria estabelecidas na Resolução n.° 23 da INGECOR,
de 24 de junho de 1975 (D.O. de 7/7/75).
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - O INEP fará o acompanha-
mento e a avaliação do desenvolvimento dos trabalhos por intermédio:
dos documentos de que tratam os incisos IV, V e VI da Cláusula Se-
gunda, precedente; da solicitação de outras informações; de visitas de
seus técnicos.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - A despesa global do INEP
referida na Cláusula Terceira deste convênio, no valor de Cr$
( ) correrá à conta de recursos provenientes
do Orçamento da União (ou do Fundo Nacional para o Desenvolvimento
da Educação), obedecida a seguinte classificação:
Projeto:
Elemento de despesa:
Empenno n.° , de ... de de 19...
CLAUSULA DÉCIMA TERCEIRA - isenta o
INEP de qualquer responsabilidade quanto às obrigações decorrentes de
legislação trabalhista e previdenciária relativamente ao pessoal que, a
qualquer título, vier a utilizar para prestação de serviços necessários
à execução do projeto de que trata o presente convênio.
CLAUSULA DÉCIMA QUARTA - O INEP, a seu juízo, poderá
promoverá a impressão e divulgação do trabalho produzido. Caso con-
trário, fica livre para fazê-lo. De qualquer modo,
deve ser dado destaque, na capa externa, ao fato de ter sido o trabalho
produzido com o apoio do INEP.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - Este convênio poderá, mediante
assentimento dos convenentes, ser modificado através de termo aditivo
ou rescindido, automaticamente, por inadimplemento de qualquer de suas
cláusulas e condições, ou pela superveniência de norma legal que o torne
material ou formalmente impraticável.
CLAUSULA DÉCIMA SEXTA - No caso de rescisão fica
obrigada comprovar, no prazo de 30 (trinta) dias da
data da rescisão, a aplicação de todos os recursos que, até aquela ocasião,
houver recebido do INEP, por força deste convênio, recolhendo, na mes-
ma oportunidade, o saldo existente.
CLAUSULA DÉCIMA SÉTIMA - O presente convênio entra em
vigor na data de sua publicação e vigorará até 31 de dezembro do cor-
rente exercício, podendo ser prorrogado mediante solicitação por escrito,
apresentada 45 (quarenta e cinco) dias antes do término deste convênio
e a juízo do INEP.
CLAUSULA DÉCIMA OITAVA - Fica eleito o Foro da Justiça
Federal Seção Judiciária do Distrito Federal para dirimir quaisquer
questões oriundas deste convênio ou de sua interpretação.
E por estarem assim justos e acordados, firmam o presente convênio
em 5 (cinco) vias de igual teor e valor, lido e achado conforme em
presença das testemunhas abaixo nomeadas e assinadas.
Brasília, ... de de 19...
Pelo INEP Pel
Diretor-Geral
TESTEMUNHAS:
COORDENADOR DO PROJETO
CHEFE DO SETOR ADMINISTRATIVO
MODELO OE FATURA (Cláusula Quarta do Contrato)
FATURA Cr$
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP do
Ministério da Educação e Cultura deve a (o)
a importância de Crf ( cruzeiros),
correspondente à l.
a
parcela de que trata o item I da Cláusula Terceira
do Contrato firmado a
e publicado no Diário Oficial da União de
objetivando a execução (ou elaboração, se for o caso) do Projeto "
32 "
Data e assinatura
Observações:
1) Fatura apresentada ao INEP, em 4 vias e em papel timbrado.
2) Para as parcelas subsequentes à primeira, especificar a fase do projeto
a que cada uma se refere, conforme figurar no contrato ou con-
vênio pertinente.
3) Na ocasião da apresentação da fatura, deverá ser informado o número
da conta bancária (conta 80) e a agência do Banco do Brasil S.A.,
onde deverão ser depositados os recursos.
MODELO DE COMUNICAÇÃO DO ANDAMENTO DO PROJETO
Ano
Trimestre
Título do projeto
Entidade
Unidade federada
1. Tarefas previstas
2. Tarefas realizadas
3. Justificativa doo realizado
33
Coordenador
(nome por extenso)
MODELO PARA APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS TÉCNICOS
PARCIAIS, RELATIVOS AOS PROJETOS QUE COMPÕEM A
PROGRAMAÇÃO EXTERNA DO INEP
I Observações Iniciais
l.
a
) O presente Modelo representa forma experimental, sujeita a
reformulações.
2.
a
) Os itens do Modelo queo se aplicarem ao caso poderão ser
alterados.
3.
a
) Os relatórios técnicos parciais deverão ser apresentados em 5
(cinco) vias, aceitando-se qualquer forma de reprodução de
original datilografado que mantenha a legibilidade das cópias.
4.
a
) Os itens dos relatórios, correspondentes a tarefas já completa-
das, serão analisados segundo diretrizes e critérios da Ficha de
Avaliação em anexo.
II Modelo de Relatório Parcial (V. fls. seguintes)
Ao Diretor-Geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais
Assunto: Envio de relatório parcial de projeto
A - IDENTIFICAÇÃO
Nome da Entidade
Unidade Federada, Município e Cidade em que se localiza a Entidade
Nome da Unidade (Departamento, Faculdade, Instituto, Centro etc.)
Responsável Direta pela Execução do Projeto
Título do Projeto
Relatório Parcial Correspondente à Etapa da Prestação de
Serviços Contratada
(Segundo n.° de ordem das etapas definidas em contrato ou
convênio)
B - INFORMAÇÕES
Data do Preenchimento
1 Tarefa Correspondente a esta Etapa
1.1 Prevista
1.2 Realizada
(Enviar, em Anexo I, descrição e documentação pertinente, rela-
tivas ao trabalho realizado)
2 Custo Correspondente a esta Etapa
2.1 Previsto
2.2 Realizado
Parcela da
Entidade
Parcela do total
INEP TOTAL
3 Tempo Referente a esta Etapa
3.1
3.2
Previsto
Gasto
Data do início
Data do término
(Em caso de atraso no cumprimento da tarefa, justificar;
Anexo II)
4 Há razões que justifiquem alteração no Projeto?
5 Em caso afirmativo, assinalar com um X o (s) componente (s)
do (s) Projeto (s) a ser (em) alterado (s):
Equipe
Justificativa
Objetivos
Problema
Hipóteses
Definição Operacional das Variáveis
Instrumentos
Plano para Coleta de Dados
Quadros de Saída
Análise Estatística
Fases do Projeto e Cronograma
Referências Bibliográficas
*o incluir adiantamentos ou atrasos, apenas alterações es-
truturais.
(Enviar Anexo III proposta de reformulação e justificá-la;
aguardar parecer)
C - PROTOCOLO
1 A ser preenchido na Entidade:
1.1 Data de Envio do Relatório ao INEP
1.2 Canal (Correios, Entrega e/m ...)
1.3 Nome de quem elaborou o Relatório
1.4 Assinatura do Coordenador do Projeto
1.5 Assinatura do Dirigente da Unidade
2 — A ser preenchido no INEP:
2.1 Data de Chegada do Relatório ao INEP
2.2 Assinatura de quem recebeu o relatório
2.3 Código do Projeto
2.4 Data de Chegada à Coordenadoria Técnica
2.5 Data de Envio de Parecer ao Diretor-Geral do INEP
Comissão do MEC para a definição
e prioridades da pesquisa no Setor
Visando obter maior organicidade no desenvolvimento da programação
anual de pesquisas no âmbito do Ministério da Educação e Cultura, atra-
ves da fixação de prioridades nacionais no Setor, bem como de meca-
nismos de entrosamento e levantamento de informações, foram expedidas
tas portarias:
PORTARIA N.o 274, DE 26 DE ABRIL DE 1976
O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, no
o de suas atribuições e de conformidade com o disposto no art. 3.°
o Decreto n.° 71.407, de 20 de novembro de 1972, com a redação dada
Pelo Decreto n.° 75.625, de 17 de abril de 1975,
RESOLVE:
Art. 1.° Designar uma Comissão Especial integrada pelos Professores
NAGILA MAHMUD LÁUAR, da Secretaria-Geral, ELZA NASCIMEN-
TO ALVES, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais,
CONSUELO MENEZES GARCIA LIMA, do Departamento de Ensino
Fundamental, YOLANDA PERSIVO VIEIRA DA SOUZA, do Departa-
Mento de Ensino Médio, ANTONIO GOMES PEREIRA, do Depar-
tamento de Assuntos Universitários, CLÓVIS LUIZ MACHADO, do
Departamento de Ensino Supletivo, ZÉLIA PAIVA NUNES, do Centro
Nacional de Educação Especial, e MARIA AMÉLIA SABBAG, do Pro-
grama Nacional de Teleducação, para, sob a coordenação do primeiro,
estabelecer temas prioritários de pesquisa educacional que respondam aos
interesses da educação brasileira e fixar critérios e indicadores destinados
seleção dos projetos respectivos.
Art. 2.° O assessoramento técnico às atividades previstas nesta
Portaria fica atribuído ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-
cacionais, devendo a referida Comissão apresentar o relatório final de
seus trabalhos à Secretaria-Geral, no prazo de 30 (trinta) dias, a partir
de sua instalação.
Art. 3.° Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação
revogadas as disposições em contrário.
NEY BRAGA
PORTARIA N.° 246, DE 7 DE ABRIL DE 1976
O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, no]
uso de suas atribuições e de conformidade com o disposto no art. 3.º
do Decreto n.° 71.407, de 20 de novembro de 1972, com a redação dada
pelo Decreto n.° 76.625, de 17 de abril de 1975,
RESOLVE:
38 Art. l.° Determinar a todos os órgãos deste Ministério, de qualquer
nível ou hierarquia, inclusive órgãos autónomos, autarquias e fundações
que remetam ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais,
no prazo de trinta dias, a partir da data da publicação desta Portaria,
a relação das pesquisas educacionais em curso, exceto as realizadas com
a participação do INEP, identificando-as com as seguintes informações:
nome da pesquisa, objetivos, data de início e previsão do término, área
de abrangência e nome do respectivo coordenador, com a sua área de
graduação.
Parágrafo único. A relação dos temas de pesquisas educacionais
cogitadas para os próximos exercícios deverá também complementar os
dados a que se refere este artigo.
Art. 2.° Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
NEY BRAGA
Bibliografia sobre
Metodologia da Pesquisa *
Em Língua Portuguesa
ACKOFF, Russel L. Planejamento
de pesquisa social. Trad. Leoni-
das Hegemberg e Octanny Silvei-
ra da Mota.o Paulo, Herder/
Ed. Univ.o Paulo, 1967. 556 p.
1.
BAQUERO MIGUEL, Geodardo.
Estatística e psicometria na pes-
quisa educacional. Educação, Bra-
sília, 2 (7): 106-12, jan./mar.
1973.
2.
BARBOSA, Carlos Marcos. A apli-
cação da técnica da amostragem
nos levantamentos contínuos e a
pesquisa nacional por amostra de
domicílios. Revista Brasileira de
Estatística, Rio de Janeiro, 29
(115): 361-72, jul./set. 1968.
3.
BARROSO, Cármen Lúcia de Me-
lo. Validade de conteúdo e pre-
Levantamento feito pela Unidade Bi-
bliografia/CBPE, compilada por Maria
Luíza Leite e Hadjine Guimar5es Lis-
boa.
ditiva das provas. Ciência e Cul-
tura,o Paulo, 22 (3): 260-7,
set. 1973.
4.
BASTIDE, Roger. Introdução a
dois estudos sobre a técnica das
histórias de vida. Relações Huma-
nas,o Paulo, 8 (22/23): 80-3,
jul./ago. 1965.
5.
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Mesa-redonda coordenada pelo INEP na XXVII Reunião da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência *
Diretor-Geral do INEP
Dando início a nossos trabalhos,
cabe-me declarar que o INEP re-
cebeu com muita honra e agrado o
convite da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência, de partici-
par do programa desta XXVII
Reunião.
Organizamos, então, esta Mesa-Re-
donda sob o tema "Estímulos à Pes-
quisa Educacional",o só pela im-
portância intrínseca do próprio te-
ma, mas, também, porque a pesqui-
sa constitui a atividade precípua do
INEP.
Estabeleceu-se que participariam da
presente sessão quatro entidades e
tivemos a ventura de ver aceito nos-
so convite pela Fundação Ford e
pela FINEP (Financiacíora de Es-
tudos e Projetos Secretaria de
Planejamento Presidência da Re-
pública), como órgãos de financia-
* A Reunião instalou-se em Belo Hori-
zonte, efetuando-se a mesa-redonda a
10/7/75. A transcrição ficou a cargo de
Alayde Eyer Pimenta da Cunha e Flora
Cordeiro Pamplona, sendo a montagem
mento, e pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro e pela Fundação
Carlos Chagas, como órgãos recipien-
dários de apoio financeiro. Tenho
a satisfação de apresentar-lhes os
professores João Batista e Oliveira,
da FINEP; Richard Krasno, da
Fundação Ford; Lyra Paixão, da
Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro; Adolpho Ribeiro Netto, da
Fundação Carlos Chagas. Eu sou o
professor Ayrton de Carvalho Mat-
tos, Diretor-Geral do INEP, e tenho
como assessora a professora Nise Pi-
res; a professora Maria Luíza Lar-
qué, do ISOP, da Fundação Getúlio
Vargas, funciona como observadora
nesta reunião.
O INEP, anteriormente, era um ór-
o exclusivamente executor de pes-
quisas; em época mais recente pas-
sou, também, a prestar apoio finan-
ceiro a outras entidades que se pro-
põem a elaborar ou a desenvolver
projetos de pesquisa.
do texto realizada por Nise Pires. De-
vido a precaridade do sistema de gra-
vação, a reprodução dos debates, sobre-
tudo com os participantes da assistência,
ficou em parte prejudicada.
Desejo focalizar alguns aspectos re-
ferentes à atuação do INEP e a se-
guir ciarei a palavra aos demais par-
ticipantes. A sistemática adotada
revê que cada elemento disporá
e 15 minutos para exposição. Pri-
meiro falarão os representantes dos
órgãos que concedem apoio finan-
ceiro; em seguida, haverá meia hora
de debates sobre o que foi apresen-
ado. Depois, haverá 15 minutos de
intervalo. Reiniciados os trabalhos,
falarão os representantes dos órgãos
que recebem apoio e haverá meia
hora para debates. No final, fare-
mos uma síntese do que tiver sido
discutido.
No que diz respeito ao INEP, co-
mo já foi mencionado, só recente-
mente este órgão passou a atuar
no campo do financiamento de pes-
quisas externas. Precisamente há
três anos vimos oferecendo apoio
financeiro, porém a reação inicial
o foi a esperada: recebíamos dez,
doze, projetos por ano. Em 1975, no
entanto, a situação modificou-se ra-
dicalmente: foram apresentados 108
projetos para financiamento, o que
ultrapassou de três vezes as nossas
disponibilidades, daí decorrendo a
impossibilidade de serem todos
atendidos. Esperamos, em 1976,
dispor de recursos para prestar
apoio a todos os projetos apresen-
tados ao INEP, desde que satisfa-
çam as normas e critérios para tal
fim estabelecidos.
Chega-se, agora, a outro aspecto do
problema: que projetos financiar?
Para identificar os temas prioritá-
rios de pesquisa, o INEP realizou
em 1972 um Encontro, do qual par-
ticiparam elementos da administra-
ção de diversos Departamentos de
Ensino e órgãos do MEC, pesquisa-
dores do INEP, de algumas Uni-
versidades e de outras entidades que
se dedicam à pesquisa. Os adminis-
tradores expuseram suas dificulda-
des e necessidades, que foram tra-
duzidas, pelos pesquisadores, em te-
mas de estudos e pesquisas. Essa
listagem de temas foi posteriormen-
te apresentada às Secretarias de
Educação, Universidades e outras
instituições educacionais a fim de
que se pronunciassem sobre os te-
mas que julgassem de maior rele-
vância . Chegou-se, então, a uma lis-
ta de temas prioritários de pesqui-
sas, que foi distribuída aos órgãos
interessados para que montassem
seus projetos e os apresentassem ao
INEP, obedecendo às prioridades
fixadas.
Julgamos que o INEP, oferecendo
recursos e identificando temas prio-
ritários de investigação educacio-
nal, viesse a receber grande núme-
ro de projetos para fins de finan-
ciamento, o queo ocorreu, como
já foi referido.
Duas explicações se apresentaram
para o fato: a primeira e isto eu
próprio ouvi num Seminário de
Ciências Sociais de que participei
se relacionava com o ternário pro-
posto, o qual, segundo os pesqui-
sadores, lhes cerceava a criativida-
de. Acontece que o INEP é um ór-
o da estrutura do MEC e, por is-
to, deve enfatizar a pesquisa apli-
cada para oferecer os subsídios in-
dispensáveis à reformulação do en-
sino ora em processamento.
A outra explicação dizia respeito a
já estarem os pesquisadores seguin-
do linhas definidas de investiga-
ção, nas quais se especializaram,o
lhes interessando realizar pesquisas
sobre os temas apresentados pelo
INEP.
Em relação ao assunto, vários pon-
tos devem ser fixados:
é necessário haver ajustamento
entre o que o pesquisador deseja es-
tudar e o que a educação, em ter-
mos de INEP e da administração
do MEC, precisa que seja investi-
gado;
é aconselhável,o só em rela-
ção ao caso em debate, mas, de mo-
do geral, que a pesquisa seja de-
senvolvida por uma equipe; assim,
haverá mais oportunidades de se
executarem trabalhos sobre os te-
mas prioritários, pois reunir-se-ão
aos especialistas, no conteúdo edu-
cacional a ser estudado, elementos
48 que dominam metodologia da pes-
quisa, estatísticos e outros especia-
listas, segundo o estudo que se es-
teja processando.
A partir desse raciocínio, o INEP
resolveu financiar projetos apresen-
tados por equipes filiadas a entida-
des eo projetos individuais. Daí
o serem aceitas nem teses de mes-
trado nem de doutorado.
Os projetos devem ser apresenta-
dos por Secretarias de Educação,
Fundações, Faculdades, Universida-
des e outras entidades, públicas e
particulares.
Quanto às Universidades, cm teoria
o elas as entidades essencialmente
aptas a realizar pesquisas, porque
dispõem de recursos que lhes per-
mitem organizar equipes multidis-
ciplinares .
Na prática, em decorrência do con-
tato que vimos mantendo com as
universidades, observamos que tal
o ocorre. De modo geral,o há
mobilidade horizontal que possibi-
lite a entrosagem de atuação en-
tre as várias unidades componentes
da Universidade, o que dificulta a
formação de equipes multidiscipli.
nares. Outro óbice a enfrentar é o
da alocação das verbas destinadas à
pesquisa: esses recursoso incluí-
dos na contabilidade geral da Uni-
versidade, daí se originando atrasos
em sua utilização pelos pesquisa-
dores, dado o total divórcio que
existe entre os setores técnico e
administrativo.
Parece-nos que as Universidades te-
o que evoluir para constituir, em
sua estrutura, um setor que se
ocupe, exclusivamente, de convê-
nios e contratos e que apoie, admi-
nistrativamente, o desenvolvimento
dos trabalhos.
Cabe aqui citar o que acontece em
entidades outras que militam no
campo da pesquisa. Estão conosco,
neste momento, por exemplo, re-
presentantes da Fundação Carlos
Chagas e da Fundação Getúlio Var-
gas. Essas e outras entidades do
mesmo tipoo apresentam as di-
ficuldades sentidas nas Universida-
des: possuindo uma estrutura inte-
grada, podem constituir equipes
multidisciplinares; estando a parte
administrativa entrosada com a par-
te técnica,m condições de utili-
zar racionalmente os recursos finan-
ceiros de que dispõem.
Continuando a expor a problemá-
tica enfrentada pelo INEP para
propiciar estímulos à pesquisa edu-
cacional, é preciso fazer referência a
um outro aspecto, relacionado dire-
tamente com a duração e custos dos
projetos.
Devido à evolução rapidíssima de
nossa época, as pesquisaso po-
dem alongar-se demais, pois, em ca-
so contrário, tornam-se ultrapassa-
das e sem utilidade. Ora, em geral,
os pesquisadores são, também, pro-
fessores e como a demanda de ensi-
no cresceu violentamente, a ativida-
de docente prepondera, passando a
pesquisa a ser uma atividade resi-
dual . Isso alonga a duração dos pro-
jetos pelo pouco tempo dedicado a
eles. Por outro lado, como as en-
tidades, a que os pesquisadores es-
o vinculados,om condições
de remunerá-los condignamente, a
complementação salarial, que ve-
nham a receber do INEP, simboli-
za o ressarcimento, embora parcial,
daquele prejuízo. Algumas vezes
mesmo, a complementação salarial,
que figura no orçamento do pro-
jeto, supera o próprio salário do
elemento em causa. É de interesse,
então, do pessoal envolvido no tra-
balho, que tal situação se estenda
mais um pouco. Daí, outro fator
para alongar a duração dos proje-
tos e onerar seus custos. Se o INEP
dispusesse de maiores recursos, es-
tabeleceria a verdade salarial e isso
representaria grande estímulo por-
que ensejaria a oportunidade do
pessoal dedicar mais tempo à pes-
quisa. Como as coisaso aconte-
cem assim, o INEP vê-se forçado a
fornecer recursos aquém do solici-
tado a fim de poder apoiar maior
número de entidades.
Exercemos nossa atividade de esti-
mular a pesquisa educacional ain-
da sob outra modalidade: a da pro-
moção, organização e realização de
encontros, seminários, cursos de
treinamento, painéis, simpósios, me-
sas-redondas. Tais reuniões, além
dos objetivos específicos que as di-
recionam,m o grande mérito de
proporcionar o intercâmbio de in-
formações e experiências entre os
pesquisadores.
A esse respeito, devo dar notícia
que é nosso propósito editar uma
publicação periódica exclusivamen-
te com informações sobre pesquisas.
Esta é, em linhas gerais, a forma
pela qual o INEP vem atuando no
que se refere ao estimulo à pesqui-
sa educacional.
Com a palavra o professor Richarcl
Krasno, da Fundação Ford, que nos
vai relatar a experiência dessa Fun-
dação .
Prof. Richard Krasno
Senhores:
Minha participação nesta mesa-re-
donda tem por objetivo fazer uma
breve apresentação sobre as ativida-
des da Fundação Ford no campo da
pesquisa educacional. Embora a
Fundação já participasse ativamen-
te em programas de educação no
Brasil desde o início da década de
60, só nos últimos cinco anos vem
sendo dada maior ênfase ao apoio
à pesquisa. As primeiras doações fo-
ram concedidas para treinamento
de professores, para desenvolvimen-
to de ensino técnico e vocacional,
para desenvolvimento de currículos
etc. Entretanto, a partir de 1970, a
Fundação modificou sua política de
assistência à educação na América
Latina e decidiu concentrar seus
esforços na assistência ao desenvol-
vimento de indivíduos e institui-
ções, cujos interesses estivessem
mais voltados à realização de pes-
quisas sobre problemas relaciona-
dos com educação.
Várias razões orientaram essa deci-
são: uma delas foi que a Fundação
notou que outras agências estavam
concedendo ajuda a algumas das
áreas que já vínhamos ajudando;
outra foi que a realidade do nosso
orçamento e a contribuição relati-
vamente pequena que poderíamos
dar pareciam indicar que o melhor
seria investirmos na pesquisa edu-
cacional, já que as demais agencias
demonstraram pouco interesse por
essa área de estudos.
Devo dizer, entretanto, que quan-
do essa decisão foi tomada, tivemos
o cuidado de deixar bem claro que
a pesquisa educacional fosse ampla-
mente definida.o era intenção
da Fundação ajudar apenas estu-
dos empíricos de laboratório sobre
processos de aprendizagem. Antes, o
principal interesse da Fundação
Ford em educação é a busca de co-
nhecimento sobre o processo edu-
cacional e seu papel social, com
aplicação de tal conhecimento a
problemas importantes. Compre-
endemos que existem vários méto-
dos para gerar tal conhecimento e
que existem vários acessos e dis-
ciplinas que podem ser aplicadas.
Penso que um exame dos projetos
que financiamos até hoje indicará
que vimos tentando fazer da quali-
dade o principal critério para se-
leção, deixando para outros planos
a metodologia específica e a área
de interesse dentro da educação.
Com relação ao treinamento em
pesquisa, nosso objetivo principal é
a expansão da formação de recursos
humanos, ou seja, brasileiros ca-
pacitados a levar adiante programas
de pesquisa educacional. Para tan-
to, demos ênfase a duas atividades
principais:
1.*) ajuda para estudos avançados,
destinada a indivíduos, e reforço de
grupos de pesquisa;
2.ª) ajuda à aplicação da capacida-
de de pesquisa em importantes pro-
blemas educacionais.
Antes de examinarmos os progra-
mas específicos que vimos apoian-
do, gostaria de mencionar que os
assessores da Fundação Fordo de
opinião que a responsabilidade pelo
estabelecimento de prioridades de
pesquisa deve caber a brasileiros.
Este é um ponto muito importante
e por ele vimos tentando nos guiar
quando estabelecemos as normas
para concessão de doações.
Gostaria agora de abordar aspectos
mais específicos do nosso programa
de ajuda a estudos educacionais. A
Fundação Ford concede, em essên-
cia, dois tipos de doações: 1) doa-
ções institucionais, e 2) doações in-
dividuais. Embora a finalidade das
doações seja a mesma, os proces-
sos administrativoso muito dife-
rentes. As doações institucionais
são, via de regra, iniciadas por re-
presentantes de universidades ou
de outras instituições. O mais co-
mum é o representante da institui-
ção dirigir-se à Fundação, encami-
nhando uma proposta resumida, ex-
plicando as finalidades, métodos e
ajuda financeira necessária para a
realização do programa proposto.
Se a proposta estiver em harmonia
com os objetivos do programa da
Fundação Ford, e se existirem re-
cursos financeiros dentro do progra-
ma, poderá ser aprovada a doação
institucional. Cabe mencionar, en-
tretanto, que esse processo geral-
mente demora alguns meses e, em
algumas ocasiões, um ano ou mais
transcorre entre a apresentação ini-
cial da proposta à Fundação e a
aprovação final da doação. Essa de-
mora deve-se à necessidade de se-
rem negociados os múltiplos e com-
plicados aspectos das vultosas doa-
ções institucionais.
Tipicamente, as finalidades das doa-
ções institucionaism sido: ajuda
a programas de aperfeiçoamento do
corpo docente, verba para a con-
cessão de bolsas a estudantes e para
a vinda de professores visitantes,
recursos para biblioteca e para pes-
quisa. Atualmente, as seguintes
doações institucionais figuram no
programa de educação: Universida-
de Federal de Minas Gerais, para
desenvolvimento de um programa
de Mestrado em Ciências Sociais
aplicadas à Educação; Universidade
Federal do Ceará, para desenvolvi-
mento de um projeto de pesquisa
educacional em Itapipoca, realizado
pelo Centro de Estudos Sociais
Aplicados da Faculdade de Educa-
ção; Fundação Carlos Chagas, em
o Paulo, para ajuda à pesquisa
educacional em várias áreas; Fun-
dação Brasileira para o Desenvol-
vimento do Ensino de Ciências
(FUNBEC), emo Paulo, para
avaliação de inovações nos currí-
culos. Esta é apenas uma lista par-
cial das doações atualmente ativas.
Um segundo tipo de doação é a in-
dividual. Elaso destinadas a bra-
sileiros interessados em desenvolver
projetos de pesquisa ou em cursar
programas de doutoramento em es-
tudos educacionais ou em discipli-
nas relacionadas com educação, vi-
sando à obtenção de grau (ph.D.,
Doctorat 3e. Cycle, ou D.Phil., con-
forme o país). As doaçõeso con-
cedidas através de competições de
âmbito nacional que se realizam
duas vezes por ano. No setor de pes-
quisas, as doaçõeso feitas em três
subcategorias: Mestrado, Doutora-
do e Regular (ou Profissional). As
bolsas de estudoo concedidas qua-
se que exclusivamente para estudos
no exterior em nível de Doutorado.
As seleçõeso feitas por um Co-
mité composto de educadores bra-
sileiros representando as áreas de
Sociologia, Psicologia e Economia.
A escolha de bolsistas para estudos
no exterior em nível de Doutora-
do baseia-se em documentação com-
provando o desempenho acadêmico
do candidato até a data, em cartas
de recomendação, no plano de es-
tudos apresentado pelo candidato
e na contribuição potencial que ele
poderá dar ao retornar ao Brasil.
Essas decisõeso extremamente di-
fíceis e constantemente recebemos
mais pedidos do que podemos aten-
der. Desde 1972 já concedemos cer-
ca de 30 bolsas de estudos em nivel
de Doutorado. As bolsaso desde
o que chamamos de bolsa integral,
que inclui passagem aérea de ida e
volta, manutenção mensal, pagamen-
to de anuidades e taxas escolares
e outros custos, até bolsas de com-
plementação a bolsas básicas de ou-
tras agências como a USAID,
CAPES e Comissão Fulbright. Dos
bolsistas atuais, cerca de 75% estu-
dam nos E.U.A, e 25% na Euro-
pa. Creio ser possível afirmar
honestamente que o único proble-
ma desse programa éo termos re-
cursos suficientes para financiar to-
dos os candidatos qualificados que
nos procuram. Cabe aqui uma in-
formação: uma bolsa integral para
estudos em nível de Ph.D. nos
E.U.A, custa atualmente mais de
US§ 30,000.00.
A seleção de projetos individuais
de pesquisa é feita pelo mesmo Co-
mité de Assessoria que seleciona os
bolsistas. Os critérios gerais apli-
cados na seleção de projetoso os
seguintes:
1) nível (qualificação) do pesqui-
sador;
2) adequação da metodologia; e
3) importância do problema.
Essas decisõeso igualmente difí-
ceis de ser tomadas. As dotações
estão limitadas a um teto de
Cr$ 100.000,00 cada, e até junho
de 1975 foram concedidas 36 dota-
ções num total de mais de dois mi-
lhões de cruzeiros. Para que os se-
nhores tenham ideia da repercussão
do programa, estes números repre-
sentam apenas cerca de 15% das
propostas que recebemos.
Ilustrando a diversidade de projetos
que financiamos até esta data, cita-
rei alguns dos títulos: (lista em se-
parado) .
Em resumo, acredito poder adiantar
que a Fundação Ford considera que
52 seu investimento no campo da pes-
quisa educacional tem sido bastan-
te eficaz, beneficiando a sociedade
brasileira. As decisões tomadas pelo
nosso Comité de Assessoriao di-
fíceis, como já salientei, e muitos
projetos merecedores de ajuda dei-
xam de recebê-la, embora contra a
nossa vontade. Trabalhamos cons-
tantemente em colaboração com ou-
tras agências, com o objetivo de
unir esforços e recursos financeiros,
com isso ampliando as oportunida-
des para realização de mais pesqui-
sa educacional e formação de mais
pesquisadores educacionais no Bra-
sil.
Pesquisas Financiadas pela
Fundação Ford
em seu
Programa de Dotações para
Pesquisa Educacional
1972-1975
Nivel PROFISSIONAL
1. "Fatores Sociológicos da De-
manda por Ensino de 1.° e 2.° graus
em Minas Gerais"
2. "Determinantes de Níveis de
Obtenção Educacional no Rio
Grande do Sul"
David Oliver Hansen
* 3. "Educação e Sociedades Tri-
bais no Sul do Brasil"
Silvio Coelho dos Santos
* 4. "Atitudes Frente ao Direito
e ao Ensino Jurídico, dos Profes-
sores e Estudantes do Rio de Ja-
neiro e deo Paulo"
Maria Teresa Miralles Nobell e
Joaquim de A. Falcão Neto
* 5. "Determinantes de Diferen-
ciais de Salário de Mão-de-Obra Es-
pecializada na Indústria Paulista"
José Pastore
6. "Processo de Inter-relação Uni-
versidade-Sociedade"
Silke Weber e Lia Parente
Costa
7. "Evolução do Ensino das Artes
Plásticas nas Escolas Primárias e Se-
cundárias Brasileiras durante o-
culo XX"
Anna Mae Tavares Bastos Bar-
bosa
Nivel de DOUTORADO
1. "Socialização Política do Ado-
lescente"
Mário Brockmann Machado
* 2. "Le Role de l'École Parallele
dans la Formation des Adolescenis
au Brésil"
José Armando de Souza
Estela dos Santos Abreu
3. "Determinantes Sócio-Econômi-
cos da Alocação dos Recursos-
blicos à Escola Elementar no Bra-
sil, 1950-70"
Isaura Belloni Schmidt
* 4. "Análise e Avaliação de um
Curso Programado de Biologia"
Nivaldo Nale
5. "A Study of the Effects of
Behavioral Objectives on the Achi-
evement of Eighth Grade IPS Scien-
ce Students"
Hermes Teixeira de Melo
* 6. "A Study of the Effects of
Human Capital on the Distribution
of Earnings in Brasil"
Jacques Rocha Vclloso
7. "A Educação da Mulher Bra-
sileira e sua Participação na Força
de Trabalho"
Glaura Vasquez de Miranda
8. "An Organizational Approach
to Processes of Objectives Setting in
Educational Planning"
José Camello Braz de Carvalho
9. "Effects of Feedback and Goal
Establishment on Teachers Trained
in System of Observation for Ana-
lysis of Instruction"
Maria das Graças Furtado
10. "Organização do Trabalho
Acadêmico: um Estudo das Univer-
sidades Brasileiras e Práticas Aca-
dêmicas"
Edmundo Campos Coelho
Nivel de MESTRADO
* 1. "Avaliação da Implementa-
ção de Medidas da Reforma Uni-
versitária no Brasil"
Maria do Carmo de Lacerda
* 2. "Levantamento da Situação
de Estudos Sociais nas quintas-
ries das Escolas emo Paulo"
Marília Alves Pedrosa Esaú
* 3. "Alunos Excepcionais Se-
leção e Discriminação"
Dorith Wolf Schneider
4. "Avaliação da Reforma do En-
sino em Minas Gerais"
Carlos Alberto Emediato e Mi-
guel Gonzales Arroyo
* 5. "Medidas de Eficiência de
um Sistema Educacional"
Carlos Henrique Motta Coelho
G. "A Influência da Vida Univer-
sitária sobre o Estudante"
Santo Conterato
* 7. "Avaliação de um Programa
de Informação Escolar e Profissio-
nal"
Celso João Ferretti
8. "Condições Institucionais do
Trabalho Acadêmico na Universi-
dade de Brasília"
Ana Maria Fernandes Skeff
9. "A Influência de Fatores Sócio-
Econômicos no Acesso Diferencial
às Oportunidades Educacionais na
Região Metropolitana de Belo
Horizonte"
Laura da Veiga Carvalho
10. "Efeitos do Grau de Integra-
ção de Conteúdos de Matemática
e Ciências sobre a Habilidade de
Aplicação dos Alunos"
Regina Helena Zerbini Deni-
gres
11. "Diagnóstico da Aprendiza-
gem: uma Forma Produtiva e Eficaz
de Realizá-lo"
Sheilah Rubino de Oliveira
Kellner
12. "Os Efeitos do Treino Atra-
s do Reforço e da Reversibilidade
na Indução da Aquisição da Noção
de Conservação de Substância"
Gilda Moreira Weiss
* 13. "O Conselho Federal de
Educação e a Evolução da Educa-
ção Brasileira"
José Silvério Baía Horta
14. "Avaliação do Domínio Cog-
nitivo na Formação de Professores"
Maria Beatriz Zanchet
15. "A Educação e o Treinamento
na Mudança de Tecnologia da
Pesca"
Marta Roberta dos Santos
Araújo
16. "Efeitos da Concepção Nor-
mativa do Papel de Professor en-
quanto Líder Social e da Origem
Sócio-Econômica dos Alunos sobre o
Desempenho do Professor"
Anete Maria Busin Fernandes
17. "Um Estudo da Atitude do
Professor em Relação ao Planeja-
mento Educacional"
Yara Boulos
* Estudos concluídos.
18. "Os Conceitos de Ciência Vei-
culados pelos Livros Didáticos"
Luiz Alberto de Lima Nassif
19. "Migração de Universitários
no Sul de Minas: Brain Drain ou
Indústria de Educação"
Ana Maria de Rezende Pinto
Diretor-Geral da INEP
Com a palavra o professor João Ba-
tista e Oliveira, da FINEP.
Prof. João Batista e Oliveira
A FINEP é uma empresa pública,
da Secretaria de Planejamento da
Presidência da República, cabendo-
lhe gerir os recursos do Fundo Na-
cional de Desenvolvimento Científi-
co e Tecnológico (FNDCT), anali-
sando e sistematizando a aplicação
de recursos em projetos específicos
no campo da Ciência e da Tecno-
logia. Tais projetos visam parti-
cularmente à efetivação do Plano
Nacional de Desenvolvimento.
Como a empresa atua em diversos
setores da Ciência e da Tecnologia,
é preciso esclarecer que elao pre-
tende exercer centralização ou con-
trole neste setor, dada sua ampli-
dão, mas, sim, garantir certa in-
fluência e participação, tanto em
aspectos técnicos e financeiros co-
mo em aspectos políticos. Essa atua-
ção abrange projetos de importân-
cia nacional, estadual, municipal,
local.
Desejo destacar dois tópicos relati-
vos à ação da FINEP que talvez ofe-
reçam maior interesse dentro do te-
rnário desta mesa-redonda.
Um deles é o apoio prestado à pós-
graduação, que representa passo es-
sencial à formação de pesquisadores
e ao desenvolvimento de pesquisas.
O outro também é pertinente: dada
a legitimidade da atuação da
FINEP em projetos de desenvolvi-
mento social, isto envolve conse-
quentemente a educação.
Desde que os projetos apresentados
à FINEP incidam nas áreas de pós-
graduação ou de desenvolvimento
social, poderão vir a ser financiados
paralelamente a todos os demais
projetos do amplo campo da Ciên-
cia e da Tecnologia, que é especí-
fico da entidade.
Desejo agora explicar, em linhas ge-
rais, o modo de atuação da FINEP.
Diferentemente do INEP,o exis-
te na entidade a fixação de um te-
rnário ou de prioridades para fins
de atendimento. A FINEP se re-
serva o direito de atuar de forma
indiferenciada, apoiando às vezes
até projetos que trabalhem em li-
nhaso concordantes, pois isso po-
de conduzir ao desenvolvimento
científico e tecnológico. Enfim, a
FINEP procura atuar em áreas de
vanguarda, que lhe pareçam ser de
maior interesse para os fins em
vista.
Ainda de modo diverso do INEP,
a FINEP financiao só projetos
institucionais, como projetos indi-
viduais. O que se considera é que
esses projetos tratem de temas rele-
vantes e ofereçam segurança no que
se refere à forma pela qual estejam
montados e ao gabarito de quem os
apresenta.
O trabalho da FINEPo se desen-
volve apenas a nível de repasse, por-
que ela se resguarda o direito de
garantir sua influência técnica, fi-
nanceira e política.
Para solicitação de financiamento é
preciso enviar à FINEP uma carta
de consulta prévia, expondo a rele-
vância do projeto, sobretudo em re-
lação às metas governamentais; dela
devem constar a duração e o custo
do projeto. No caso de haver outra
fonte de recursos, é preciso infor-
mar qual o custo global do projeto.
É necessário, ainda, esclarecer em
que condições deverá ser o projeto
financiado, pois esse financiamento
pode ser fornecido a curto prazo ou
também ser oferecido posteriormen-
te, como reembolso. Ainda acompa-
nhando a carta-proposta devem ser
apresentadas informações cadastrais
do proponente, que estão especifica-
das em folheto fornecido pela
FINEP. O aspecto essencial a ser
mencionado é que o projeto enca-
minhado à FINEP dentro dessa li-
nha de atuação se caracterize real-
mente como sendo um projeto de
pesquisa. Os projetos que recebem
aprovação inicialo encaminhados
para decisão superior no que se re-
fere à concessão do financiamento.
A FINEPo estabelece prazos
para recebimento ou avaliação de
projetos: recebe-os em qualquer
época do ano e a decisão é geral-
mente muito rápida.
Diretor-Geral do INEP
Neste momento encerrou-se a apre-
sentação dos representantes das en-
tidades financiadoras de pesquisas,
de maneira que vamos iniciar agora
o debate amplo, sobre aspectos téc-
nicos e administrativos enfim, sobre
qualquer ponto do que foi exposto
que necessite esclarecimento. O de-
bate está aberto à assistência e aos
membros da mesa-redonda.
Prof.
3
Lyra Paixão
Desejaria obter maiores explicações
sobre o apoio que a FINEP oferece
à pós-graduação.
Prof. João Batista e Oliveira
O apoio à pós-graduação se faz em
nível institucional. Por exemplo, se
uma universidade solicita recursos
para um programa de mestrado em
área prioritária, interessa à FINEP
financiá-lo. O professor Krasno
mencionou aqui um fator impor-
tante: a qualificação de quem apre-
senta o projeto. Assim, o conjunto
de valores técnicos que a universi-
dade possui representa garantia de
que se esteja fazendo bom investi-
mento de recursos quando se pres-
ta apoio à realização de cursos de
pós-graduação nesse nível institucio-
nal. A FINEP vem prestando tal
tipo de assistência financeira em
inúmeras áreas Engenharia, Pes-
quisa Espacial e outras.
Prof.
3
Nise Pires
Desejava obter informações da
FINÈP e da Fundação Ford sobre
dois aspectos: quanto ao desembol-
so de recursos se há parcelas ou
se é feito de uma só vez — e em re-
lação ao acompanhamento, avalia-
ção e controle dos projetos a
FINEP e a Fundação Ford apenas
aprovam e fornecem recursos para
os projetos ou possuem mecanismos
para acompanhar seu desenvolvi-
mento?
Prof. João Batista e Oliveira
A FINEP em geral desembolsa
mensalmente os recursos dos proje-
tos e as prestações de contaso
também mensais.
Quanto ao segundo item da pergun-
ta, considero-o bastante oportuno
porque me permite dizer que nosso
acompanhamento tem muito pou-
co de fiscalização e muito de apren-
dizagem para o beneficiário e para
a própria FINEP. Ele tem cinco
objetivos principais: a identificação
e geração de ideias, porque quem
atua em Ciência e Tecnologia pre-
cisa de aprendizagem constante; a
garantia de que os resultados em
vista sejam alcançados; assegurar
feedback para mudanças e novas de-
cisões no processo de implementa-
ção; coleta de subsídios para avalia-
ção de novos projetos e reavaliação
de projetos anteriores; desenvolvi-
mento do pessoal da própria
FINEP, que através desse acompa-
nhamento se atualiza constante-
mente.
Prof. Richard Krasno
Quando é apresentada uma propos-
ta à Fundação Ford e o projeto é
aprovado, coloca-se a verba que lhe
corresponde à disposição dos respon-
sáveis pelo trabalho.
No que se refere à avaliação, devem
ser apresentados anualmente qua-
tro relatórios técnicos e quatro fi-
nanceiros.
Diretor-Geral do INEP
Sobre o assunto em pauta, cabe es-
clarecer que o INEP estabelece cro-
nogramas de desembolso em parce-
las e empreende o acompanhamen-
to, avaliação e controle dos projetos
por meio de relatórios técnicos par-
ciais, segundo modelo pors ela-
borado, e através de visitas de nos-
sos técnicos às entidades que rece-
bem apoie Tais encontros ainda
se fazem episodicamente, mas é nos-
sa intenção organizar uma equipe
que funcionará como auditoria téc-
nica: periodicamente irá às entida-
des, processando-se intercâmbio de
experiências e enriquecimento-
tuo de conhecimentos.
Prof. João Batista e Oliveira
Desejo, ainda, prestar maiores es-
clarecimentos à professora Lyra Pai-
o sobre o auxílio prestado pela
FINEP à pós-graduação.
A FINEP, através da CAPES, finan-
cia bolsas de estudos, no País e no
exterior para pós-graduação; por
meio do DAU incorpora coordena-
dores de projetos ao corpo docente
da Universidade. Poderá financiar a
aquisição de livros para bibliotecas
que servem a cursos de pós-gradua-
ção. Os recursos dados pela FINEP
poderão ser utilizados, ainda, para
a contratação de professores para
ministrarem disciplinas específicas
necessárias a programas de pós-
graduação.
Os prazos para financiamentoo fi-
xados nos contratos, sendo, em ge-
ral, de dois ou três anos.
Todos os repasseso feitos através
de convênios, quem como ponto
de referência projetos bastantes de-
talhados e envolvendo minuciosa
prestação de contas quando em im-
plementação.
Um elemento da assistência
O INEP financiará projeto em nível
de doutorado, projeto este já elabo-
rado e precisando ser executado?
Trabalho na Universidade Estadual
do Paraná.
Diretor-Geral do INEP
Como o INEP só trabalha em nível
institucional, o projeto terá que ser
apresentado pela Universidade ou
por uma de suas unidades.
Mesmo elemento da assistência
O projeto pode ser apresentado em
língua estrangeira?
Diretor-Geral do INEP
Seu projeto poderá ser apresentado
em português, mediante preenchi-
mento do termo de referência ela-
borado pelo INEP, e a este do-
cumento poderá ser anexado o pro-
jeto na língua original em que foi
escrito, para permitir conhecimento
mais aprofundado da abordagem do
tema.
Prof. Adolpho Ribeiro Netto
Tenho uma pergunta dirigida ao
colega de mesa João Batista e Oli-
veira, da FINEP. Todos sabem que
no Brasil há vários organismos que
de certa forma financiam progra-
mas e projetos relacionados ou di-
retamente ligados à educação. Te-
mos a FINEP, o INEP, o CNPq, a
CAPES, de certa forma temos o
INPE. Tenho interesse em saber co-
mo se relacionam estes organismos
em termos de uma aplicação de re-
cursos de forma coordenada para
queo ocorra colisão ou disper-
o das atividades desenvolvidas por
essas entidades. Há algum mecanis-
mo de articulação para bem canali-
zar os recursos destinados ao apoio
da pesquisa e de outros projetos
em geral?
Prof. João Batista e Oliveira
Existe essa articulação e ela se pro-
cessa em vários níveis. Parece-me
que de um ano e pouco para cá tem
sido incentivada cie maneira bastan-
te efetiva.
Há relacionamento entre a FINEP,
o CNPq e a CAPES. Também com
o BNDE a FINEP vem mantendo
articulação significativa. Tal fato
o quer dizer que tenhamos alcan-
çado uma situação ideal, mas julgo
cjue estamos conseguindo gradativa-
mente compatibilizar a atuação dos
diversos organismos e isso é irrever-
sível .
Diretor-Geral do INEP
Desejaria completar a resposta, com
a permissão do professor João Ba-
tista e Oliveira. Uma das preocupa-
ções do INEP é a compatibilização
dos projetos de pesquisa. O INEP,
conforme o Decreto n.° 71.407, de
20 de novembro de 1972 e o Regi-
mento aprovado pela Portaria Mi-
nisterial, tem por finalidade exercer
todas as atividades necessárias ao es-
tímulo, coordenação, realização e
difusão da pesquisa educacional no
País. Para exercer tal função, preci-
samos conhecer os recursos disponí-
veis nas diversas entidades financia-
doras e a programação de pesquisas
dos órgãos que realizam essa ativida-
de para, então, montar o Programa
Nacional de Estudos e Pesquisas,
com perfeita entrosagem dos esfor-
ços e recursos despendidos na área.
O INEP está-se reestruturando para
alcançar esse objetivo. Para promo-
ver a articulação em vista estamos
organizando, por exemplo, os cadas-
tros de órgãos que realizam pesqui-
sas, das pesquisas realizadas e em
curso, bem como de pesquisadores.
Nossa política, quanto à coordena-
ção da pesquisa educacional no País,
o é direcionada para o exercício
de uma liderança: ela se orienta ba-
sicamente para conseguir a reunião
racional de todas as atividades re-
lativas à pesquisa educacional, tan-
to em nível de apoio técnico e/ou
financeiro como de execução dos
programas e projetos.
A realização desta mesa-redonda é
um exemplo do que se pretende rea-
lizar para intercâmbio de experiên-
cias e coordenação de atividades co-
muns.
Verificamos, aqui, que o INEP se
interessa em atender a trabalhos de
equipe, institucionais, ao passo que
a Fundação Ford e a FINEP
apoiam, além destes, projetos indi-
viduais. Havendo atuação coorde-
nada das diversas entidades, conse-
guiremos maior produtividade de
ação. Esperamos que num prazo de
dois anos estejamos em condições de
estabelecer O Programa Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacio-
nais, mediante harmonização das
atividades de todos os órgãos que
atuam na área.
Um elemento da assistência
Observei que existem diferenças re-
levantes nas formas de prestação de
apoio para pesquisas por parte do
INEP, da FINEP e da Fundação
Ford. Verifico diferenças quanto a
prazos, tipos de custeio, critérios de
aprovação de projetos e outras. De-
sejo saber se determinados projetos
que atendam a exigências parciais
cias várias agências financiadoras po-
dem ser financiados por mais de
uma agência. Pertenço à USP e
existe tal tipo de projetos na Uni-
versidade .
Diretor-Geral do INEP
A resposta é afirmativa. Posso citar
o exemplo de um projeto da
FEPLAM Fundação Padre Lan-
dell de Moura em que, além do
INEP, outras entidadeso parti-
cipar com apoio financeiro. Houve
um contato prévio entre as agências
financiadoras e fixou-se a responsa-
bilidade de cada uma.
Prof. Adolpho Ribeiro Netto
A pergunta formulada pelo colega
da Universidade deo Paulo, no
meu entender, se prendeo a pro-
jetos isolados, mas a programas
constituídos de vários projetos.
Existem casos assim na Fundação
Carlos Chagas: programas envolven-
do cursos de formação de pesquisa-
dores, congressos, seminários.
Quando chegar a minha vez de fa-
lar, voltarei a abordar esse tema,
pois julgo mais produtivo o finan-
ciamento a programas. Tivemos,
por exemplo, uma experiência des-
se tipo com a Fundação Ford, que
prestou auxílio financeiro a um pro-
grama que contemplava vários pro-
jetos na realidade.
Claro é que quando se busca finan-
ciamento é preciso considerar a po-
lítica de ação do órgão financia-
dor. Sugeriria, no entanto, que os
órgãos financiadores estudassem a
possibilidade de financiar progra-
mas institucionais diversificados,
compostos de vários programas e
projetos que convergissem para um
mesmo objetivo geral.
Julgo esse tipo de apoio muito mais
produtivo que o financiamento a
indivíduos e a projetos isolados,
pois se formaria em cada instituição
atendida um pólo convergente, em
termos do objetivo global de sua
programação, e um pólo de irradia-
ção, fator de multiplicação, decor-
rente dos resultados dos projetos e
do número de pesquisadores que se
tivessem formado ou atualizado.
Prof. João Batista e Oliveira
Em breve talvez se possa atingir esse
estágio no financiamento de progra-
mas. O único comentário adicional
a ser feito é que em tal tipo de
programação o objetivo em vista de-
ve estar clara e precisamente defi-
nido .
Neste momento, em caráter parti-
cular eo como representante da
FINEP, movido pelo meu interesse
como educador, desejo fazer cinco
perguntas ao professor Ayrton de
Carvalho Mattos, Diretor do INEP,
pois julgo queo fundamentais
para a compreensão do processo de
apoio à pesquisa educacional.
A primeira é a seguinte: embora
considere o termo de referência ela-
borado pelo INEP, para fins de
apoio a pesquisas, muito bem feito,
simples e exequível,o apresenta
ele uma tendenciosidade no sentido
de estar mais voltado para a pesqui-
sa experimental do que para a pes-
quisa de desenvolvimento? Até que
ponto o INEP estaria disposto a
ampliar sua atuação nessa área?
Diretor-Geral do INEP
O INEP está disposto a apoiar pro-
jetos de qualquer natureza. Quan-
doo fornece financiamento, ge-
ralmente é poro dispor de recur-
sos. Raramente deixa de oferecer
apoio devido ao aspecto técnico do
projeto, ao ser que tal aspecto
o esteja apresentado adequada-
mente.
Prof. João Batista e Oliveira
Passo agora à segunda questão, mas
antes de formulá-la desejo ressaltar
a dimensão cada vez maior e a re-
levância que a atuação do INEP
vem tendo na área da pesquisa. Vol-
tando ao assunto que desejo tratar,
julgo que "pesquisa implementa-
ção difusão"o elementos indis-
sociáveis. Sobre a pesquisa e sua
implementação tivemos esclareci-
mentos, tendo-se verificado que
suas limitações mais sérias estão no
campo financeiro. Desejo, então, sa-
ber como o INEP pretende atuar na
difusão das informações educacio-
nais. Falo de modo amplo quanto
à informação: no sentido dos ca-
dastros, de sistemas de informações
relativos, por exemplo, à teleduca-
ção, à educação especial. Como o
INEP vai trabalhar nesse campo?
Diretor-Geral do INEP
Esse aspecto de difusão dos resulta-
dos da pesquisa é extremamente im-
portante porque se tais resultados
o forem utilizados, o trabalso rea-
lizadoo terá sentido. De modo
geral, os administradoreso costu-
mam servir-se dos resultados das pes-
quisas para a tomada de decisões.
A culpa disso recai em parte sobre
os pesquisadores: os prazos de tér-
mino das pesquisas se alongam e os
administradoreso recebem em
tempo útil os subsídios de que ne-
cessitam para equacionar seus pro-
blemas. A informação só é válida se
puder ser utilizada.
Outro aspecto que merece referên-
cia é queo existe respaldo legal
que obrigue os administradores a de-
cidirem com base em resultados de
estudos e pesquisas prévios que
orientem suas decisões. Julgo, en-
tão, que os pesquisadores devem
atuar agressivamente, procurar os
órgãos da administração do ensino
federal, estadual, municipal, era
busca da identificação da problemá-
tica que precisa ser solucionada.
Conforme o caso, os pesquisadores
devem fornecer aos administradores
resultados de pesquisas já realiza-
das, que sirvam de subsídios para as
soluções necessárias, ou montar e
executar estudos e pesquisas visan-
do fornecer os subsídios de que os
administradores precisam.
A parte formal da apresentação dos
resultados de pesquisas para fins de
utilização também deve merecer
atenção: ela precisa ser funcional.
O INEP está contornando esse pro-
blema da seguinte maneira: publi-
cam-se os relatórios das pesquisas
colocando em cada um deles um en-
carte, no qual há uma descrição
sucinta do trabalho e ressaltam-se as
conclusões e as sugestões derivadas
da pesquisa. Isso facilita a coleta
de subsídios pelos administradores
para a resolução dos problemas que
enfrentam.
Os pesquisadores, por sua vez, ao
elaborarem projetos de pesquisa
precisam realizar levantamentos bi-
bliográficos sobre o tema a estudar.
O INEP está montando seu sistema
de documentação e informação edu-
cacional com o propósito de servir
aos administradores, pesquisadores,
planejadores, enfim, a todos os que
se interessem por assuntos da área
da educaçã >.
Acredito que já em 1976 possamos
fornecer informações que nos sejam
solicitadas: por exemplo, se um pes-
quisador, de qualquer ponto do
País, pretender desenvolver determi-
nado estudo e solicitar dados ao
INEP, receberá bibliografia perti-
nente, cópias de trabalhos congéne-
res, enfim, material que facilite sua
tarefa.
Já estamos com um terminal de
computador instalado, organizamos
um Thesaurus, que é elemento fun-
damental para a recuperação da in-
formação, em resumo, o INEP de-
verá vir a prestar serviços relevan-
tes na área da informação.
Prof. João Batista e Oliveira
A terceira pergunta é a- seguinte:
Como o INEP, ao selecionar os pro-
jetos, trata as pesquisas que lheo
apresentadas sob o ponto de vista
de duração? Há critérios decorren-
tes dos trabalhos serem de curta,
média ou longa duração?
Diretor-Geral do INEP
Nosso critério é que a informação
tem que ser útil, devendo ser obtida
a tempo de intervir na solução do
problema. Na realidadeo impor-
ta que o projeto seja de curta,-
dia ou longa duração, desde que
haja condições de utilização de seus
resultados.
Prof. João Batista e Oliveira
Como quarta pergunta, desejo sa-
ber se as entidades podem solicitar
apoio do INEP para mais de um
projeto por ano.
Diretor-Geral do INEP
Na fase atual, nosso propósito, den-
tro do objetivo de estimular a pes-
quisa, é proporcionar apoio ao
maior número possível de entida-
des, distribuídas pelo maior número
de unidades federadas. Estamos
prestando assistência a cerca de uma
centena de projetos externos e há
Universidades, Faculdades e outras
entidades quem vários projetos
simultâneos financiados pelo INEP.
Em alguns casos,o dispomos ain-
da de elementos que nos permitam
ajuizar da capacidade técnica e
administrativa dessas instituições,
que estão desenvolvendo tal volume
de trabalho.s lhes estamos dan-
do um crédito de confiança e es-
peramos que os resultados sejam os
esperados.
Prof. João Batista e Oliveira
Passo agora à última de minhas
questões. Verifica-se que os recur-
sos do Instituto Nacional de Es-
tudos e Pesquisas Educacionais vêm,
de ano para ano, sendo inferiores
à demanda crescente de solicitações
de apoio para financiamento de
projetos. Segundo a legislação em
vigor, ao INEP cabe coordenar a
pesquisa educacional no País. Dese-
jaria saber do professor Ayrton de
Carvalho Mattos quais as perspecti-
vas que se apresentam ao INEP
para cumprir sua função específica
de coordenação. Como se coloca o
INEP em face dos trabalhos de pes-
quisa desenvolvidos por outros ór-
gãos do próprio MEC? Tais ativida-
deso também coordenadas pelo
INEP?
Diretor-Geral do INEP
Em relação aos recursos, desejo re-
petir o que mencionei no início des-
ta mesa-redonda. Há poucos anos
o número de solicitações de apoio
para pesquisas era ínfimo e o
INEP mal conseguia investir 30%
da verba que lhe era alocada para
tal fim. Agora, houve uma rever-
são: éo grande o número de pro-
jetos apresentados que o INEP pas-
sou a formar no grupo dos órgãos
do MEC que pleiteiam aumento de
verba. Pode colocar-se nessa posição
porque fundamenta seu pedido no
volume do trabalho em curso e a ser
empreendido.
No que diz respeito à coordenação
da pesquisa educacional no País, o
INEP ainda se encontra em fase de
preparação e início de atividades.
As pesquisas em educação, desenvol-
vidas por outros órgãos do MEC,
o se acham por enquanto sob a
coordenação do INEP.
É nossa intenção pleitear, já para o
próximo ano, que todos os recursos
destinados para pesquisa no MEC
sejam canalizados para o INEP.
Haverá entrosagem do INEP com os
demais órgãos do MEC e identifica-
ção de prioridades na área da pes-
quisa. Ao serem apreciados os pro-
jetos externos apresentados ao
INEP, um dos critérios para sua
seleção poderá ser o fato de atende-
rem às necessidades sentidas pelos
Departamentos de Ensino do MEC
na área da pesquisa. Deverão tam-
m ser considerados os problemas
atinentes às administrações do ensi-
no estadual e municipal. Ao ser ela-
borado o programa de estudos e pes-
quisas do INEP para 1976, preten-
de-se que nele figurem projetos de
órgãos do MEC, de Secretarias de
Educação, de Universidades, de ou-
tras entidades da órbita pública e
privada, mas todos compatibilizados
em termos deo duplicação de es-
forços e de recursos, visando atende-
rem à problemática educacional bra-
sileira, buscando soluções e propon
do inovações.
Esperando ter respondido satisfato
riamente às questões levantadas pelo
professor João Batista e Oliveira, da
FINEP, e atendendo ao cronograma
fixado para esta mesa-redonda, de-
claro encerrados os trabalhos iela-
tivos à primeira parte. Após o in
tervalo, reiniciaremos a exposição
debate do tema em foco.
INTERVALO
Diretor-Geral do INEP
Dando prosseguimento a nossos
trabalhos concedo a palavra à pro-
fessora Lyra Paixão, representante
da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Prof.
3
Lyra Paixão
Em rigor,o se pode falar
em tradição de pesquisa na Uni-
versidade Brasileira, na área de edu-
cação. Tomando como referência a
UFRJ, pode-se dizer que foi a par-
tir de 1970 que a Faculdade de
Educação registrou os primeiros e:
forços sistemáticos no sentido de
realizar pesquisa em âmbito ins-
titucional. Acredita-se que duas va-
riáveis atuaram positivamente no
desencadeamento do processo: (a)
a necessidade de executar pesquisas
para atender aos requisitos da tese
de mestrado, por professores da Fa-
culdade de Educação, que cursavam
a pós-graduação em outras institui-
ções; (b) a implantação do regime
gratificado de trabalho, com a cria-
ção da COPERTIDE, que exigia
dos docentes, em regime de 40
horas, a elaboração de projetos de
pesquisa.
A implantação do Curso de Mestra-
do na FE/UFRJ, em agosto de 1972,
constituiu a terceira variável a con-
tribuir para o desenvolvimento e
consolidação da pesquisa na insti-
tuição, uma vez que a partir daí os
professoresm canalizando esfor-
ços no sentido de conseguir o equi-
líbrio entre ensino e pesquisa, ca-
racterístico desse nível de ensino. É
no contexto do binómio ensino/pes-
quisa na pós-graduação que o INEP,
órgão avaliador e financiador de pes-
quisa, será aqui considerado.
O relacionamento entre a Diretoria
Adjunta de Pós-Graduação da FE/
UFRJ e o INEP pode ser caracte-
rizado pelos convênios quem sen-
do firmados entre as duas institui-
ções. O primeiro teve início no se-
gundo semestre de 1973, desdobran-
do-se em duas fases: setembro/de-
zembro 1973 e julho/dezembro
1974, num montante de
Cr$ 330.000,00 e objetivou o treina-
mento de pesquisadores para a área
educacional. Na primeira fase fo-
ram oferecidos cursos de Estatística,
Medidas e Metodologia da Pesquisa
aplicados a Educação, para 12 téc-
nicos do INEP, um professor da
FE/UFRJ e sete professores de ou-
tras instituições. Na segunda fase,
de julho a dezembro de 1974, o pro-
grama foi desenvolvido para dois
grupos de alunos, um constituído
de mestrandos da FE/UFRJ e o ou-
tro de técnicos do INEP. Consti-
tuiu objetivo dessa fase o desenvol-
vimento de projetos de pesquisa a
serem submetidos ao INEP para fi-
nanciamento. Lograram aprovação
dois projetos, num total de
Cr$ 100.000,00. O contrato do pri-
meiro já foi firmado pelo Diretor
do INEP e pelo Reitor da UFRJ,
encontrando-se em fase de exe-
cução. O segundo projeto, embora
aprovado, aguarda verbas do INEP
para celebração de contrato.
Além dessas atividades, o INEP ain-
da financiou, em 1974, com recur-
sos desse convênio, a consultoria de
dois professores norte-americanos à
FE/UFRJ, os quais prestaram asses-
soria à direção da FE na área de
formação de professores e na elabo-
ração de dois anteprojetos, um para
a implantação de um Serviço de
Pesquisa e Assistência Técnica na
Faculdade de Educação c outro
para a introdução da área de con-
centração em Metodologia da Pes-
quisa no Curso de Mestrado.
Ainda no último trimestre de 1974,
uma equipe de professores da 63
FE/UFRJ, atendendo a solicitação
da Comissão de Ensino da Área de
Educação do Departamento de
Assuntos Universitários do MEC
(CEAE/DAU/MEC), elaborou um
projeto de pesquisa para avaliar o
grau de adaptação dos cursos de li-
cenciatura às exigências da Lei
5.G92/71. Submetido ao INEP, o
projeto foi aprovado para fins de
financiamento, num custo total de
Cr$ 600.000,00. O contrato foi as-
sinado pelo Reitor em maio de 1975
e sua publicação no Diário Ofi-
cial ocorreu no dia 12 de junho
próximo passado, estando no mo-
mento aguardando as últimas pro-
vidências para a liberação da pri-
meira parcela pelo INEP.
Dificuldades de Ordem
Institucional e Decorrentes
das Sistemáticas Adotadas
pelas Agências Financiadoras
1. Provenientes da agência finan-
ciadora:
(a) exigência de que os convênios
sejam firmados diretamente com os
reitores;
(b) dificuldade de reprogramação
dos saldos de um exercício financei-
ro para outro;
(c) impossibilidade de pagamento
retroativo do trabalho executado
pela equipe e do material de con-
sumo adquirido antes da liberação
das verbas;
(d) exigência de vários relatórios
parciais.
2. Provenientes da instituição:
(a) trâmites burocráticos lentos e
complicados, principalmente em se
tratando de projeto de faculdade
pertencente a uma grande Univer-
sidade, como é o caso da UFRJ.
Uma vez que o INEP só aceita fir-
mar o contrato com o Reitor, este,
por maior boa vontade que possua
com relação ao assunto, necessita,
para assinar o documento, da asses-
soria direta do Sub-Reitor de Patri-
mónio e Finanças, o qual só pode
opinar após a aprovação do Conse-
lho Universitário, do Conselho de
Curadores e do Conselho de Ensi-
no para Graduados e Pesquisa. Mes-
mo quando a matéria é tratada com
prioridade, a tramitação é lenta e
penosa. Como exemplo, pode ser
citado o processamento burocrático
do projeto institucional que ora
aguarda a liberação da primeira par-
cela de financiamento. Elaborado
pela equipe em outubro de 1974,
foi aprovado pelo INEP em feve-
reiro de 1975, assinado pelo Reitor
em maio de 1975, publicado no Diá-
rio Oficial em junho de 1975, ainda
o teve a primeira parcela de re-
cursos liberada. Como consequên-
cia do longo processo burocrático,
os cronogramas de execução dos pro-
jetos são, via de regra, extremamen-
te retardados, o que causa arrefeci-
mento no entusiasmo da equipe que
trabalha no projeto.
(b) Padrões de remuneração: em-
borao haja um teto salarial defi-
nido por parte do INEP, na reali-
dade a instituição sente dificuldade
em remunerar seus pesquisadores
em níveis compatíveis com suas qua-
lificações. Esse fato constitui deses-
tímulo aos pesquisadores qualifica-
dos, os quais se vêem quase que
obrigados a atender a solicitações de
agências externas à faculdade que
lhes oferecem condições de remu-
neração mais atraentes.
(c) índice de professores em tem-
po integral. No caso específico da
FE/UFRJ, a maioria dos professo-
res funciona em regime de 12 h e
24h, o que dificulta os contatos ne-
cessários para um trabalho em
equipe.
(d) Infra-estrutura física e admi-
nistrativa. A infra-estrutura existen-
teo atende às necessidades de
trabalho dos professores que dese-
jariam dedicar mais tempo às ativi-
dades de pesquisa (espaço físico,
mobiliário, facilidades de datilogra-
fia e duplicação de materiais etc).
Sugestões
1. Facilitação dos trâmites buro-
cráticos. Em relação ao INEP, em
especial, sugere-se o estudo da via-
bilidade de assinatura de convênios
diretamente com diretores de uni-
dades de ensino. A medida facili-
tariao apenas a prestação de con-
tas como o próprio andamento das
pesquisas, cujos recursos poderiam
ser despendidos segundo as neces-
sidades do momento e evitando-se
atrasos na programação.
2. Estudo da viabilidade de re-
programação dos saldos de um exer-
cício financeiro para outro e do pa-
gamento retroativo de despesas rea-
lizadas entre a aprovação do proje-
to e a liberação dos recursos.
3. Simplificação das exigências re-
ferentes aos relatórios parciais, prin-
cipalmente no que se refere à fre-
quência de sua apresentação.
'4. Criação, nas instituições uni-
versitárias, de organismos encarrega-
dos dos aspectos formais e adminis-
trativos dos convênios, com a fina-
lidade de solucionar o problema da
remuneração dos docentes envolvi-
dos em atividades de pesquisa. Essa
solução vem sendo experimentada
com êxito em algumas universida-
des federais, que criaram Fundações
com o objetivo específico de gerir
convênios. A UFRJ tende para essa
solução através da implantação da
já planejada Fundação José Boni-
fácio .
5. Finalmente, embora talvez mais
importante que as sugestões prece-
dentes, é a criação de coordenado-
rias de pesquisa dentro das unida-
des que já contassem com um núcleo
de pesquisadores qualificados. Sua
finalidade seria basicamente a pro-
gramação racional de pesquisas que
atendessem às prioridades do gover-
no e das universidades, num posi-
cionamento de vínculo entre os or-
ganismos financiadores e executores
de pesquisa. A esse respeito, a
FE/UFRJ previu a instalação do
Serviço de Pesquisa e Assistência
Técnica, cujo projeto aguarda fi-
nanciamento. Esse serviço oferece-
rá condições administrativas e téc-
nicas imprescindíveis à elaboração
e execução de pesquisas, além de
definir uma política de pesquisa
dentro da unidade. O INEP pode-
ria financiar inicativas dessa natu-
reza, em instituições selecionadas e
em caráter experimental, para isso,
talvez, reservando certa percenta-
gem de seu orçamento.
Em conclusão, pode-se destacar o se-
guinte: (a) já se faz pesquisa na Fa-
culdade de Educação da UFRJ;
(b) a instalação dos cursos de
pós-graduação foi fator decisivo
no desencadeamento do proces-
so; (c) a frequência e qualida-
de dos estudos realizadosm de-
monstrando crescimento; (d) o
apoio financeiro por parte do INEP
tem sido, até o presente, a única
fonte de recursos colocada à disposi-
ção da FE/UFRJ; (e) o trabalho
realizado é fruto de equipe reduzi-
da e qualificada que acredita na
tarefa que realiza e que empresta
uma quota de sacrifício à institui-
ção num período que presume tran-
sitório; e (f) a instalação do Serviço
de Pesquisa e Assistência Técnica
deverá imprimir um cunho mais
profissional e abrangente aos esfor-
ços individuais e de pequenos gru-
pos que realizam pesquisas na ins-
tituição.
Diretor-Geral do INEP
Com a palavra o Dr. Adolpho Ri-
beiro Netto, Diretor-Presidente da
Fundação Carlos Chagas.
Prof. Adolpho Ribeiro Netto
Para discussão do tema desta mesa-
redonda será útil, preliminarmen-
te, examinarmos de forma sucinta
alguns traços da história da pesqui-
sa educacional em nosso meio.
Área de menor tradição em pesqui-
sa, comparativamente a outras áreas
do conhecimento, a pesquisa educa-
cional foi e ainda o é, em boa me-
dida, predominantemente histórica
e filosófica, fragmentária e pouco
relevante, incapaz de fornecer aos
administradores e aos responsáveis
pela política educacional os ele-
mentos de diagnóstico, de acompa-
nhamento e de avaliação indispen-
sáveis para bem orientar as inter-
venções no sistema educativo. Por
outro lado, os administradores e os
responsáveis pela política educacio-
nal usualmenteo se preocupa-
vam em fundamentar suas decisões
na pesquisa educacional como se
fossem dotados do dom adivinható-
rio ou recebessem, por meio da re-
velação divina, os conhecimentos de
que necessitavam para orientar suas
decisões. Estabeleceu-se, assim, de
certa forma, um círculo vicioso: a
pesquisa educacionalo se mostra-
va útil para o administrador em
educação e esteo a valorizava co-
mo potencialmente capaz de orien-
tar a tomada de decisões e, portan-
to,o a estimulava. Hoje, parece
que vivemos uma fase de transição:
já se fazem notar em maior número
e de forma mais consistente alguns
núcleos dedicados à pesquisa edu-
cacional,o mais limitada a estu-
dos exploratórios e descritivos.,
também, de parte do administra-
dor, o reconhecimento, pelo menos
formal, da importância da educação
que ocupa, frequentemente, os pri-
meiros postos nas metas prioritárias
dos governos.
Entretanto, essa valorização parece,
na prática, mais ilusória do que
real. Fala-se muito, por exemplo,
em formação, atualização, aperfei-
çoamento e especialização de pro-
fessores, maso se cuida da sua
motivação como se o magistério, re-
montando às suas origens, tivesse
perpetuado, através dos tempos,
vínculo indissolúvel com o sacerdó-
cio.
Situação análogo vive a pesquisa
educacional que carece de maior es-
tímulo. Por isso, congratulamo-nos
com o Prof. Ayrton de Carvalho
Mattos, Diretor-Geral do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais INEP, pela oportu-
nidade da organização desta mesa-
redonda.
Para considerar o complexo de va-
riáveis que intervêm no processo de
desenvolvimento da pesquisa educa-
cional, utilizaremos um modelo
constituído, basicamente, de três
elementos: a planta, o clima e o
fruto, onde a planta é o pesquisa-
dor, o clima as condições do meio
ambiente e o fruto a pesquisa.
É pressuposto essencial que a planta
deva ser de boa semente para que
possa produzir bons frutos, quando
as condições do meio ambienteo
favoráveis. Desponta, assim, desde
logo, a importância do meio am-
biente como elemento capaz de fa-
vorecer ou de prejudicar o desen-
volvimento da planta e sua produ-
tividade .
o nos propomos considerar em
detalhe a influência do agregado
dos fatores ambientais. Procurare-
mos, apenas, mais à guisa de exem-
plo, discutir alguns deles que nos
parecem importantes, sem que isto
represente desconsideração por ou-
tros, agrupando-os em três catego-
rias: o meio físico, o meio bioló-
gico e o meio sócio-econômico.
Como fator do meio físico destaca-
ríamos o solo simbolizando a ba-
se institucional do pesquisador, a
infra-estrutura de pesquisa que
deve estar cuidadosamente arado,
gradeado, corrigido e conter os
nutrientes necessários para que a
boa semente possa germinar, para
que a planta possa desenvolver-se
e dar bons frutos. A existência de
uma base institucional possibilita o
desenvolvimento de um programa
sistemático de pesquisas que, em
nosso entender, à semelhança de um
campo cultivado, é muito mais pro-
dutivo do que projetos individuais
conduzidos de forma assistemática
por pesquisadores como se fossem
plantas isoladas e dispersas. Uma
infra-estrutura administrativa efi-
ciente e ágil, a existência de facili-
dades para o processamento de da-
dos e de biblioteca especializada
o elementos importantes.
No que tange ao meio biológico,
consideraríamos as relações que as
plantas mantêm, entre si, no am-
biente intra e interinstitucional. A
existência de um programa sistemá-
tico de pesquisa, em âmbito insti-
tucional, representa estímulo à se-
leção e formação de pesquisadores.
O espírito sadio de competição, a
fertilização cruzada que se verifica
entre pesquisadores de interesses va-
riados na área da educaçãoo fa-
tores positivos na formação do pes-
quisador. O intercâmbio e a coope-
ração interinstitucional são, tam-
bém, fatores de relevância para a
pesquisa educacional. Quando, no
Brasil, a pós-graduação na área da
educação luta contra a carência de
recursos humanos qualificados para
a formação de pesquisadores, seria
de grande importância a colabora-
ção interinstitucional no sentido de
criar-se um verdadeiro "pool" ins-
titucional para tirar-se proveito-
ximo dos parcos recursos humanos
qualificados disponíveis. O desen-
volvimento de sistemas para a dis-
seminação de informação sobre pes-
quisas concluídas e em andamen-
to, o apoio a iniciativas de comuni-
cação entre pesquisadores e institui-
ções de pesquisa, mediante congres-
sos, seminários, visitas e outras ati-
vidades do género, a maior intera-
ção entre pesquisadores educacio-
nais, administradores na área da
educação e responsáveis pela ado-
ção de políticas educacionais repre-
sentariam complemento indispensá-
vel ao relacionamento mencionado.
No que respeita ao meio sócio-eco-
nômico, é preciso, realmente, que o
sistema educacional incorpore a
ideia de que a pesquisa educacio-
nalo é diletantismo nem curiosi-
dade ociosa, mas sim uma atividade
indispensável para orientar a toma-
da de decisões.
Toda intervenção no processo ou no
sistema educacional deve, necessa-
riamente, alicerçar-se na pesquisa
para o diagnóstico dos problemas, o
acompanhamento das inovações ou
alterações introduzidas e para a ava-
liação dos seus resultados. Quando
existir esta convicção, a pesquisa
educacional estará, então, realmen-
te valorizada e os sistemas educa-
cionais mais abertos para permitir,
com menos burocracia, a realização
de pesquisas.
Relativamente ao apoio econômi-
co à pesquisa educacional, o que se
nota é que a posição, usualmente
privilegiada, da educação como pro-
grama de ação de governo contrasta,
marcantemente, com o posto que a
pesquisa educacional ocupa como
receptora de financiamentos. De
fato, se examinarmos os recursos
destinados pelas agências financia-
doras de pesquisa à educação e à
tecnologia, veremos que esta é, de
longe, muito mais apoiada. Se o de-
senvolvimento tecnológico é impor-
tante, todos reconhecemos haver ne-
cessidade de criar-se um "know-
how" nacional queo pode pres-
cindir da pesquisa; com igual e, di-
ríamos até, com maior razão o de-
senvolvimento da educação brasilei-
ra deve, necessariamente, apoiar-se
na pesquisa educacional notada-
mente porque os resultados de pes-
quisas e soluções alienígenas são,
frequentemente, inaplicáveis em vir-
tude das marcadas diferenças sócio-
econômicas e culturais existentes en-
tre países. Mister se faz, portanto,
corrigir tal incoerência.
Ainda no que diz respeito ao apoio
financeiro e versando especificamen-
te sobre os tópicos constantes do
item 3 da pauta de trabalhos desta
mesa, apresentamos as seguintes
ponderações:
Relativamente ao dimensiona-
mento do apoio recebido em face
da programação de pesquisas da
instituição, diríamos que os finan-
ciamentos recebidos nestes últimos
anos têm, em média, correspondi-
do a cerca de 30% do custo ope-
racional do Departamento de Pes-
quisas Educacionais da Fundação
Carlos Chagas. Analisado do ponto
de vista institucional, o percentual
mencionado reduz-se a, aproximada-
mente, 10% em sua maior parte
proporcionado pela Fundação Ford,
que contribuiu, sem dúvida, de for-
ma substancial, para a implantação
e desenvolvimento do mencionado
Departamento. O complemento, ou
seja, 70% do custo operacional do
Departamento de Pesquisas Educa-
cionais é custeado, penosamente,
pela própria Fundação Carlos Cha-
gas com receitas originárias de ou-
tras atividades, notadamente as de
seleção de recursos humanos. Assim,
o apoio financeiro recebidoo se
tem mostrado suficiente para ali-
mentar a intensa atividade de pes-
quisa e a execução de projetos mais
ambiciosos que requeiram maior so-
ma de recursos. Tal situação, em
parte decorrente do próprio cres-
cimento do Departamento de Pes-
quisas Educacionais, tem levado a
Fundação Carlos Chagas a buscar
fontes adicionais de financiamento.
No tocante às dificuldades de
ordem institucional e decorrentes
das sistemáticas adotadas pelas agên-
cias financiadoras, nossa experiên-
cia na busca de novas fontes de re-
cursos tem indicado as seguintes di-
ficuldades: algumas instituições ado-
tam a política de apoio a projetos
individuais eo contemplam a
possibilidade de financiamento de
programas em âmbito institucional
que representa, em nosso entender,
estímulo mais eficaz. Outra dificul-
dade consiste na excessiva morosi-
dade com que as solicitações de au-
xílio financeiro para pesquisao
apreciadas. Tal situação pode de-
terminar um hiato nas atividades
de pesquisa. O pesquisador, tendo
já um trabalho planejado e pronto
para dar início, fica pendente, im-
paciente e inativo à espera da de-
cisão do arganismo financiador de
pesquisa. Vale a pena mencionar,
também, como entrave, em alguns
casos, a complexa sistemática de
prestação de contas exigida pela
contabilidade pública, no caso de
organismo governamental financia-
dor de pesquisa, cujos critérios, vez
ou outra, divergem dos sistemas ado-
tados pela contabilidade mercantil
seguida por entidades privadas. Por
vezes, um processo de prestação de
contas é, repetidamente, convertido
em diligência para atender a deta-
lhes burocráticos de somenos impor-
tância. Neste particular, louve-se a
sistemática adotada pelo INEP que
elimina tais inconvenientes. Estas
dificuldades apontadas, de caráter
meramente operacional,o repre-
sentam, em verdade, maior obstá-
culo ao desenvolvimento da pesqui-
sa educacional. O que importa de
fato, voltando ao nosso modelo ini-
cial, é garantir a produção de bons
frutos e assegurar o seu consumo,
modificando os hábitos alimentares
do próprio sistema educacional bra-
sileiro .
Diretor-Geral do INEP
Retomamos agora o debate livre so-
bre o tema que estamos apreciando.
Um elemento da assistência
Desejo saber do Diretor do INEP,
a respeito do serviço de informação
e divulgação, de que modo o INEP
no momento poderia servir aos pes-
quisadores nessa área. Pode-se escre-
ver pedindo informações?
Diretor-Geral do INEP
Naturalmente que sim. O que es-
clareci é que a partir de 1976 já
prestaremos as informações solicita-
das com mais rapidez, dentro de
uma rotina e com maior riqueza de
material informativo. No momen-
to poderemos fornecer bibliogra-
fias, mas talvezo tenhamos con-
dições de enviar cópias de traba-
lhos, dados sobre estudos congéne-
res;o será um atendimento co-
mo o que nos propomos realizar a
partir do ano próximo.
Um elemento da assistência
Ao se encaminhar ao INEP uma
solicitação de informações, basta
enunciar o tema de interesse ou é
preciso detalhá-lo?
Diretor-Geral do INEP
A simples menção do tema já basta
para que se forneçam informações,
mas é claro que, se houver discrimi-
nação dos assuntos de interesse, as
informações fornecidas serão mais
substanciais.
Há mais alguém que deseje fazer
alguma outra pergunta?
Como ninguém se manifestou, va-
mos passar à análise das observações 69
e sugestões da professora Lyra Pai-
xão, que de certa forma se ajus-
tam às do professor Adolpho Ribei-
ro Netto, os dois participantes desta
mesa-redonda que representam en-
tidades que solicitam apoio para a
realização de pesquisas.
Em primeiro lugar, acredito que
o há dúvida nenhuma de que a
Universidadeo se encontra es-
truturada para favorecer a realiza-
ção de pesquisas com a participação
de outras entidades. É demoradís-
sima a tramitação dos processos que
envolvam assinatura de convênios
ou contratos. Os coordenadores dos
projetos pertencem a unidades da
Universidade, mas os convênios e
contratosoo assinados pelos
dirigentes dessas unidades e, sim,
pelo Reitor, o que em geral leva
muito tempo. Depois da referida
assinatura, as verbas liberadas para
os projetoso incluídas na conta-
bilidade geral da Universidade,
sendo complexo e longo seu proces-
so de entrega aos coordenadores dos
projetos. O mesmo acontece com a
correspondência, até mesmo de-
vel técnico, que se estabelece entre
as equipes dos projetos e o INEP.
Sua circulação dentro da Universi-
dade é demorada e às vezeso
chega aos destinatários.
O INEP, por sua vez, como órgão
autónomo de administração direta,
ligado à Secretaria-Geral do MEC,
tem de se cingir ao cumprimento de
normas e diretrizes da administra-
ção federal. Para facilitar o pro-
cesso de fornecimento de apoio fi-
nanceiro, estamos preferindo firmar.
contratos, em vez de convênios, por-
que a prestação de contas se torna
mais simples.
70 De qualquer modo, o que resulta
dessas exigências burocráticas é o
atraso no desenvolvimento dos
projetos.
Pretendendo contornar em parte
esses óbices, estabelecemos a data-
limite de 31 de agosto do corrente
ano para recebimento de solicita-
ções de apoio a projetos a serem
executados em 1976.
Esperamos que haja tempo para
análise e seleção dos estudos e pes-
quisas a serem financiados, para fi-
xação do programa de pesquisas do
próximo ano e para as mediações
entre o INEP e as outras entidades
com vistas à assinatura dos contra-
tos respectivos. É nosso propósito
que ao fim de janeiro de 1976 to-
dos os contratos da programação fi-
xada para aquele ano estejam fir-
mados.
Se os Reitores das Universidades
credenciassem os dirigentes das uni-
dades que fossem executar projetos
para assinarem os contratos, isso fa-
voreceria a entrosagem do INEP
com essas unidades.
Temos muito mais facilidade de
atuar cooperativamente com entida-
des do tipo da Fundação Carlos
Chagas e da Fundação Getúlio Var-
gas do que com as Universidades.
Outros exemplos de entidades que
possibilitam entrosagem mais racio-
nalo o GEEMPA Grupo de Es-
tudos sobre o Ensino da Matemáti-
ca de Porto Alegre (é um grupo
de professores que resolveu formar
essa agremiação para fugir aos con-
dicionamentos da Universidade) e o
CERU Centro de Estudos Rurais
e Urbanos deo Paulo. Poderia
citar várias outras entidades da
mesma espécie e julgo mesmo que,
se a Universidadeo se reestrutu-
rar para fins de pesquisa, essas agre-
miações se irão multiplicar.
Um elemento da assistência
Senhor Diretor, houve caso, em al-
guma Universidade, de o INEP ter
assinado contrato diretamente com
um dirigente de unidade?
Diretor-Geral do INEP
Sim. O Diretor do Instituto de Psi-
cologia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro foi credenciado pelo
Reitor, Dr. Hélio Fraga, para fir-
mar o contrato relativo ao Projeto
INEP/Instituto de Psicologia-UFRJ.
Desejaríamos que essa situação se
multiplicasse a fim de que aumen-
tassem as condições propícias para
a realização de estudos e pesquisas
educacionais.
Julgamos que haverá maior dispo-
nibilidade futura de recursos. Pelo
que aqui foi dito, verifica-se que a
FINEP está entrando na área da
educação e a Fundação Ford con-
tinuará financiando projetos educa-
cionais.
O INEP espera poder atender ao
maior número possível das solicita-
ções que receba, mas, torno a repe-
tir, o que mais onera os custos é a
parte de remuneração de pessoal.
É nossa opinião que os pesquisa-
dores devem receber remuneração
condigna, mas issoo vem ocor-
rendo. Então, além de acumularem
sua função de pesquisa com a de
magistério, notamos que há pesqui-
sadores que se agrupam e figuram
simultaneamente em vários proje-
tos: nuns recebem como coordena-
dores, noutros como assessores, em
alguns como consultores, em outros
como especialistas de determinada
área. O produto desses trabalhos
o pode ser o desejável e diminui
o mercado de trabalho para acolher
outros pesquisadores.
Esse problema e os demais identi-
ficados no decorrer dos trabalhos
desta mesa-redonda me permitem
sugerir algumas conclusões relativas
ao tema que focalizamos. A primei-
ra é que se torna imprescindível ins-
titucionalizar a pesquisa, que deve
ser conduzida por equipes, adequa-
damente constituídas, conforme o
tema do trabalho.
A par da necessidade de institucio-
nalização da pesquisa, aparece a
conveniência ou o imperativo de
que a Universidade se agilize para
ter possibilidade de desenvolver,
com mais eficácia, estudos e pesqui-
sas em cooperação com outras en-
tidades, especialmente com as agên-
cias financiadoras de projetos.
Por outro lado, os órgãos que
apoiam projetos devem também
aperfeiçoar seus mecanismos de fi-
nanciamento para poder atender
em melhores condições às entida-
des que lhes solicitam assistência.
Uma outra conclusão importante é
que há conveniência em se orientar
o apoioo a projetos isolados mas,
principalmente, a programas de pes-
quisas, isto é, grupos de projetos
que investiguem dentro de determi-
nadas linhas comuns, respondendo
a prioridades da educação nacional.
Desejo saber se algum dos membros
da mesa ou da assistência tem obser-
vações a fazer a respeito dessas con- 71
clusões ou algo a acrescentar.
Como ninguém se manifestou, de-
claro encerrada esta mesa-redonda,
agradecendo a honra e a satisfação
que nos foram proporcionadas pela
valiosa participação dos senhores re-
presentantes de entidades, aqui pre-
sentes, e dos demais assistentes.
O INEP se encontra à disposição de
todos em sua sede, em Brasília, no
Edifício Gilberto Salomão, 14.° an-
dar, Setor Comercial Sul.
Vamos procurar reproduir o que
aqui foi gravado e divulgaremos
este material oportunamente.
Ainda uma vez, nossos agradecimen-
tos a todos e até um próximo en-
contro, que, espero, sejao eficaz
como o que ora terminamos.
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